A Renova está sempre à procura de modelos que publicitem as suas novidades, papel com cores, papel perfumado.
Esta escolha, na minha opinião, foi infeliz. Este treinador tem um cheiro intenso, incomodativo, não se presta a este papel. Cheira à mão de Ronny. Cheira à traição feita a Lito Vidigal.
Não cheira bem, não é agradável.
José Mota é o treinador recordista, do Paços de Ferreira, em jogos perdidos no campeonato, substituiu o companheiro da nossa Diana e disse cheio de fanfarronice: "Vamos levantar a cabeça, vamos dar o nosso melhor, vamos dar 'paços' na direcção do sucesso" [as palavras não foram estas, o sentido sim].
Quatro jogos, quatro derrotas, despedimento.
Que o Sporting hoje contribua para José Mota bater o seu próprio record de insucesso, se perder hoje serão: três jogos, três derrotas.
A ver vamos, com mais pêlo ou com menos pêlo, do Farense esperamos deshabilidade e do Sporting esperamos habilidade, habilidade para ser, habilidade para vencer.
Olhando, novamente, para a última imagem, homens pelados e desabilitados não vencem jogos, todos sabemos que o futebol é* para homens de barba rija.
* era, alguns, agora, até usam cremes hidratantes, esfoliantes e loções pós barba.
O Sporting Clube de Portugal regressa hoje a Chaves, para defrontar o (quase) sempre aguerrido Desportivo num jogo duplamente traiçoeiro, quer pela fragilidade aparente do adversário, quer pela conjuntura da jornada onde o Sporting, ganhando, melhorará a sua posição relativa face a pelo menos um dos seus adversário diretos.
O Chave ocupa atualmente a 17.ª posição sendo uma das equipas a despromover. O Sporting tem a obrigação especial de ganhar perante uma equipa tão frágil, certo?
Naturalmente que sim, mas a fragilidade pontual do Chaves tem muito que se lhe diga. Desde logo porque, se considerarmos apenas as últimas 10 jornadas, a posição do Chaves seria muito mais lisonjeira: a 17.ª posição converter-se-ia num 8.º lugar. A apenas quatro posições do Sporting, que partilharia o 3.º/4.º lugar ex-aequo com o FC Porto. Por outro lado, o Desportivo de Chaves regressou às vitórias na última jornadas, jogando fora, frente ao Aves, já depois de ter despedido Tiago Fernandes e de ter contratado o sempre difícil e competente José Mota.
A menos que haja muita sorte neste jogo, é muito provável que o Sporting Clube de Portugal só saia vitorioso neste jogo se mostrar futebol muito mais eficaz na finalização do que nas últimas jornadas. E só assim poderá capitalizar com o embate direto entre Braga e Porto que decorrerá escassas horas antes do jogo frente ao Chaves, pelas 18 horas.
Ganhando, é este o cenário para o Sporting no fecho da jornada:
Ficar em 3.º e a 8 do 2.º;
Ficar a 1 do 3.º e a 6 do 2.º;
Ficar a 3 do 3.º e a 5 do 2.º.
Ficar aquém da vitória, neste contexto, será especialmente penalizador para a equipa e para o treinador, que tem ainda de conquistar junto dos adeptos (e dos jogadores?) o capital de confiança para se manter no comando técnico na próxima época, sem handicaps à partida.
Recorde-se que dia 3 de abril o Sporting Clube de Portugal recebe o eterno rival para tentar reverter um resultado desfavorável de 2:1 na 1.ª mão das meias finais da Taça de Portugal realizada no Estádio da Luz.
Este jogo com o Chaves inicia a reta final do campeonato onde um trajeto menos que perfeito e sem dar mostras de futebol mais consistente e competente deverá traçar o destino desta equipa técnica. Cumprir com esse difícil desígnio poderá, contudo, funcionar como tónico para alcançar essa mesma afirmação de esperança que todos os sportinguistas esperam ter em relação ao seu treinador e equipa.
Qual dos finais terá esta época?
A resposta espera-se em campo e que vingue o Sporting Clube de Portugal.