Em quase cinco anos de permanência de Ruben Amorim no Sporting nunca o ouvi dizer uma frase, uma palavra, contra jornalistas. Nem contra árbitros. Nem contra treinadores, jogadores ou dirigentes de outros clubes.
Além de nos ter fornecido inegáveis provas de competência profissional, também nos deixou estes louváveis exemplos de civilidade desportiva. Mesmo quando empatava, mesmo quando perdia.
Nunca tinha visto sessão de penáltis tão rápida, até os meus nervos aguentaram.
Não costumo assistir a este tipo de desempate, esteja Portugal envolvido. E já me preparava para sair da sala, quando me apercebi de que seriam os eslovenos a inaugurar a sessão. Pensei: “OK, eles marcam golo e eu saio”. Mas Diogo Costa fez a sua primeira defesa! Quando vi que seria Ronaldo o primeiro português, estive novamente para sair, considerando a tragicidade que o envolvera neste jogo. Mas pensei: “Enfim, os eslovenos falharam o primeiro; se ele não marcar, desta vez, não é tragédia nenhuma”. Mas ele marcou! “Pronto, ainda aguento ver o próximo esloveno”. E o Diogo Costa tornou a defender! Já não havia desculpa para sair e o resto foi o que se sabe: tudo acabado em três tempos, com vitória de Portugal por 3-0. Era esta a eficácia que se esperava durante o tempo normal de jogo. Enfim, estamos nos quartos. E Diogo Costa escreveu a primeira página digna de registo na História deste Euro.
Bem, e onde entram as alemãs no meio disto tudo? Na transmissão televisiva do ARD, onde elas estiveram em maioria.
A locutora desportiva Christina Graf foi a voz-off de todo o desafio. Não pela primeira vez, é ela a responsável por muitos jogos do Euro transmitidos pelo ARD. Christina Graf foi igualmente jogadora de futebol, mas uma lesão grave no tornozelo obrigou-a a abandonar a carreira com apenas 23 anos. Enfim, ganhou-se uma excelente locutora e jornalista.
Ao intervalo e no fim do jogo, tivemos as análises de Sebastian Schweinsteiger, ao lado de outra mulher, Esther Sedlaczek, também já habitual nestas andanças.
Não gostava de Sebastian Schweinsteiger como jogador. Excelente, sem dúvida, mas bastante agressivo e impaciente, muitas vezes, arrogante. Desde que casou, em 2016, com a antiga tenista sérvia Ana Ivanović, modificou-se, está um outro homem. Ponderado, calmo e simpático, nem sequer pratica o chamado “mansplaining”, com Esther Sedlaczek, do estilo: “até podes ser competente, mas eu sou homem, fui um os melhores jogadores do mundo e vai dar-me um gozo enorme pôr a nu as tuas deficiências nesta matéria”. Uma atitude muito comum em homens, mesmo não sendo estrelas e tendo uma mulher competente a seu lado. Schweinsteiger limita-se a opinar e a analisar o solicitado por Esther Sedlaczek, falando bem, sem hesitações, nem interrupções, mantendo um semblante simpático. Um comentador de grande classe.
Que diferença dos debates futeboleiros portugueses, entre homens! Mesmo não sabendo alemão, tentem ver um pouco do vídeo da análise final do jogo de ontem, uma análise dinâmica e descontraída (espero que os direitos permitam a visualização do vídeo em Portugal). Os dois começam aliás por falar da Eslovénia e, só depois, se dedicam à nossa seleção.
Mais mulheres no futebol português, fora das quatro linhas, precisam-se!
Sebastian Schweinsteiger e Ana Ivanović têm três filhos. O mais novo nasceu no ano passado.
O antigo pivô do "Dia Seguinte" (na imagem, num dos momentos mais memoráveis do programa) apresentou ontem o "Jornal da Meia Noite" na SIC Notícias. O bom do moderador, ao dar a notícia da receção ao Sporting na Câmara Municipal de Lisboa, garantia que "centenas" (sic) de adeptos celebravam os novos campeões nacionais. As imagens davam conta de uma Praça do Município cheia; mas é evidente que eram "centenas". Muitas dezenas de centenas. Provavelmente uma centena de centenas. Era isso que Garcia queria dizer. Tudo centenas. Ou isso, ou possivelmente só sabe contar até 100. Será que entretanto já aprendeu alguma coisa sobre os monumentos de Braga?
Curiosamente ontem à tarde a meteorologia deu-me o privilégio de observar um dos bonitos espectáculos que a natureza, de quando em vez, nos proporciona: o arco-íris.
Deixo aqui uma das fotografias que tirei, da varanda, e que aqui coloco em homenagem não só a este jornalista, como principalmente a todos aqueles que lutam pela igualdade entre os Homens (com letra maiúscula, sinónimo de homens e mulheres) na raça, na religião, nas diferenças políticas e pelo direito de amar quem quiserem.
Igualmente e de forma simbólica, dou uma bofetada aos dirigentes do Catar e da FIFA.
Eu era para ter ficado caladinho neste assunto do arraial de porrada aviado ao um reporter de imagem da TVI pelo Pinto da Costa (se não foi ele, pelo menos estava ao lado e não impediu, nem sequer por palavras), que outros colegas com mais veia já o fizeram.
Mas acabei de ler o comunicado do sindicato de jornalistas e a minha alma ficou parva. E pelo respeito que tenho pela missão e profissão do jornalista (sem género, para me não acusarem de discriminação sexista), os verdadeiros e isentos que os há por aí aos montes felizmente, não posso deixar de ficar inquieto.
Aquilo de ontem, como muito bem diz o sindicato dos jornalistas, é crime público. E então reclama o sindicato dos jornalistas que sendo crime público, deve o ministério da coisa pública agir em conformidade. Assim a modos que "aquele puto bateu-me, toma lá esta pedra e dá-lhe com ela nos cornos". Será que não haverá naquela direcção um jornalista especializado em legislação, justiça, tribunais, o diabo a sete? É que até a minha mãe, que ainda trata o juíz por Vossa Excelência Senhor Doutor Juíz e o conhece desde que o senhor tinha cueiros, sabe que um crime público significa que qualquer pessoa que tenha conhecimento e de preferência testemunho desse crime, pode acorrer junto de qualquer tribunal e dar dele notícia e consequente queixa.
Será que perante um acto de tamanha gravidade, o sindicato dos jornalistas vai esperar sentado pelo ministério público?
Algo vai muito podre, quando uma associação de classe, perante acto tão hediondo, se limita a um comunicadozinho da treta. Até parece que têm rabos de palha, ou devem favores a alguém.
Que diabo, até a TVI diz que vai proceder criminalmente contra os agressores, apesar do peso de gente do Porto na estrutura accionista recente na empresa que a detém.
Um dia depois das comemorações do Dia da Liberdade, o sindicato dos jornalistas, constituido outrora por gente sem medo e que inventava formas de contornar a censura e nos dar novas enfrentando o lápis azul, tem hoje medo de um clube de azul.
Na noite passada, após ter visto a sua equipa perder pela primeira vez desde sempre contra o Santa Clara no estádio da Luz com quatro golos sofridos, algo que não acontecia desde 1997, o treinador do Benfica procurou virar o foco da derrota para os jornalistas, usando palavras inaceitáveis. Por serem lesivas da honra e da consideração devidas aos profissionais da informação.
Para meu espanto, nenhum repórter ali presente contestou de imediato o conteúdo calunioso desta declaração. E nem um só abandonou a sala em protesto contra a grosseria do treinador, como se impunha. Passividade e resignação, comer e calar: eis um exemplo inequívoco de uma classe profissional incapaz de se dar ao respeito. E que não pode queixar-se, portanto, de ser tratada desta forma por um indivíduo que saltou do anonimato para a fama em poucos meses precisamente devido aos jornalistas que agora insulta só porque um jogo lhe correu mal.
Teresa Dimas, jornalista da SIC, certamente nunca teve nem talvez volte a ter pela frente um entrevistado que, em 32 minutos, pronuncie tantas vezes o nome dela.
Pelas minhas contas, Frederico Varandas disse 115 vezes «Teresa» ao ser entrevistado por ela no Jornal da Noite de sábado. Se não for recorde nacional, anda lá muito perto. A merecer medalha. E talvez menção no Guinness.
Com o devido respeito por quem dignifica a missão que é a sua profissão e até com alguma compreensão para com aqueles que são pressionados e mesmo não o querendo e não tendo outra opção, fazem um péssimo jornalismo e acabam por dar uma má imagem da classe, pergunto: O que acham os caros leitores disto que o Mister do Café vai publicando? ( http://misterdocafe.blogspot.pt/2018/02/negocios-benfica.html )
Se acham que isto dignifica a importante, necessária e fundamental em democracia, profissão de jornalista?
E se, não achando, gastariam o vosso tempo e o vosso dinheiro com jornais, televisões e rádios que fazem do seu modus operandi, no que ao desporto diz respeito que é o que para aqui nos interessa, uma descarada protecção, um aviltante benefício, um abjecto branqueamento de situações que configuram eventuais crimes de favorecimento, de dolo, de corrupção activa e passiva em favor de um clube e atacando de forma soez, baixa, rancorosa nalguns casos, o presidente de um clube directamente concorrente com o protegido.
E que dizer do órgão de classe que tão lesto se mostra a condenar (nalguns casos até com razão) pessoas e situações que agem contra a sua justa e necessária liberdade de actuação e movimentos e noutras situações é conivente com o cercear do direito inalienável de informar que é essência da profissão? Dá-se de barato que seja até corporativista, não se pode no entanto tolerar que se pronuncie ao sabor dos gostos clubísticos dos seus membros, porque desvirtua a sua mais nobre missão, que é a de ser e estar, sempre e a qualquer momento, engajado com a verdade.
É imperioso que não tomemos a nuvem por Juno, sabemos todos quem são aqueles que há muito venderam a alma ao diabo e cuspiram no código deontológico e de jornalistas se foram metamorfoseando em comentadores tendenciosos. Que fique claro que não lhes nego esse direito, mas exijo-lhes que sejam coerentes e que, num gesto que sei que lhes dirá muito pouco, façam o mínimo que é exigível nestes casos: Entreguem a carteira e libertem-se da responsabilidade que é ser jornalista. A gente agradece.
Sporting Clube de Pyongyang, foi o nome escolhido para título do editorial de ontem, da responsabilidade do seu diretor, de um jornal autodenominado de referência. Como sportinguista sinto-me ofendido e acho inaceitável, o equívoco entre a sua condição de jornalista e a de sócio, utilizando oportunisticamente uma tribuna destas, como é um jornal nacional, para misturar presidente e instituição. Porque não gosta, porque não se revê. Afinal, tendo um comportamento em tudo semelhante ao de que acusa Bruno de Carvalho. O corporativismo é tramado. Pyongyang? Ditadura? Que experiência de vida tem um fedelho destes para se atrever a relacionar Sporting com ditadura? A menos que o facto de ter sido assessor de imprensa de Durão Barroso o tenha qualificado em maoismo e ditadura do proletariado, em sessões nostálgicas sobre o passado, regurgitando agora conceitos então aprendidos. É por este e por outr@s que credibilizar uma alternativacom um projeto sólido no clube fica cada dia mais distante. Eu nunca votarei em quem trata assim o Sporting. Quem ama cuida. Solta um grito de alegria no golo em Tondela aos 98 minutos, não solta a sua raiva contra o clube que diz ser o seu por não se rever em quem o dirige. Lamentável e ilegítimo o editorial de David Dinis no Público. Agora digam-me porque razão devo comprar este jornal? Que sportinguista gosta de ver chamar Sporting Clube de Pyongyang, ao seu SPORTING CLUBE DE PORTUGAL?
Já vai sendo tempo de alguém o dizer. Seja com Rui Vitória, Conceição ou JJ, começa a ser demasiado grave o que repórteres, pivots e comentadores fazem pelas audiências. Ignorando jogo, as opções estratégicas ou táticas, a escolha de jogadores, fazem uma pergunta geral inicial sobre o jogo, para logo depressa passarem a escarafunchar a ferida que estiver mais aberta – a substituição do Soares, a ida para os balneários, o diabo a 7 – fingindo-se de sonsos e anjinhos, jornalistas impolutos que procuram a verdade, quando o que querem é molho. A verdade é que procuram picar e espicaçar os intervenientes no jogo, para logo de seguida moralizarem. Provocam, provocam, provocam, perguntando o que o outro perguntou há dois minutos, insistem, teimam em temas que sabem ser polémicos e de resposta tensa, à espera que Vitória, JJ ou Conceição se passem dos carretos, para depois dizerem “Ontem Vitória, JJ ou Conceição, reagiu assim quando lhe perguntaram não sei o quê”. O que a abundância de televisões em diretos manhosos de pré-match, pós-match e comentário de bola estão a fazer é indigno da profissão de jornalista. Ainda por cima muito criticam, em textos de opinião e outras intervenções, o “Guerra”, ou o “Serrão” (e demais comentadores que só lá estão uma vez por semana), quando são eles quem rega com gasolina todo o ambiente de modo intensivo e sistemático à espera da primeira faísca.
Agora o que interessa; então temos o presidente da comissão da carteira profissional de jornalistas a afirmar, e de peito feito, que Cristiano Ronaldo cometeu um crime ao fazer mergulhar em águas internacionais, de forma intencional, um microfone da cmtv.
O senhor Henrique Pires Teixeira, de sua graça, assegura-nos mesmo que tal crime, foi já decidido como tal deve, e será, investigado pelo nosso, dos portugueses, ministério público. Nesta demanda sobre o respeito que todos nós, Cristiano incluído, devemos à classe, deles, é este presidente acompanhado por Luís Filipe Simões, escriba, logo jornalista, do desportivo A Bola e membro da direcção do sindicato dos jornalistas.
Neste paraíso onde habitamos, temos também lagos mas de águas nacionais, e mar, muito mar, com sol, boa comidinha, que nos altera amiúde o colesterol, e hábitos mediterrânicos que nos fazem ferver em água, às vezes muita na maioria pouca. É aqui então que cresceu, foi crescendo, uma trupe que se protege, cuida e que reivindica, também de peito cheio, um tratamento especial. Não um tratamento a eles, mas sim o tratamento que proporcionam aos outros. Falamos de, vá, pessoas, que têm como fito de vida a busca da calúnia, a propagação de mentira, e a ocultação da verdade que não vende.
Intitulam-se jornalistas e, pior, os dirigentes desta classe, falamos de uma profissão que tem “carteira”, isto é, para que a exerçam alguém tem que os certificar, defendem-nos apenas e só por que são jornalistas. Estes dirigentes não se interessam se o que aquelas, vá, pessoas trasvestidas de jornalistas fazem diariamente. Não querem saber se são ou não avençados de interesses que chocam com a sua profissão. É-lhes indiferente, olham para os botões das suas camisas e fazem a escolha mais fácil e também a mais cobarde: defendem a podridão, defendem aqueles que destroem a credibilidade da sua classe e assim asseguram a manutenção dentro do sistema. Vão a festas, recepções, cocktail´s e que mais haja para encher a barriga, que a conação dá fome.
Esta reação corporativa apenas nos confirma a podridão que ainda existe por cá.
Ontem pela noitinha houve uma assembleia geral do FC Porto. Correu tudo dentro da mais perfeita normalidade. Casa cheia de apoiantes do eterno presidente, justificações ocas, vazias para fazer passar o tempo, claques bem presentes não fosse dar-se o caso de algum alienado ousar contestar ao vivo o sempre eterno presidente.
No fim o habitual aconchego a um jornalista, só para não se perder o jeito, que isto da chapada não é como andar de bicicleta, há que ir treinando.
Como habitualmente o tão solícito sindicato dos jornalistas, sempre pronto a demonstrar o seu apoio à classe, não se pronunciou. Está a averiguar se o jornalista que foi agredido era de facto um jornalista ou se, o mais certo, o aconchego afinal foi bem dado.
Em futebol usa-se muito a expressão "missão de sacrifício". Uma missão também indispensável no jornalismo - sobretudo no televisivo. Nem com toda a paciência do mundo se atura a persporrência impertinente de certos sujeitos, que confundem palavra com berro e argumento com insulto.
... na formação da semana na Liga Espanhola consta um ex-Porto ... um que já passou pelo Benfica ... e o Português Daniel Carriço ...
A questão que devia ser colocada ao departamento desportivo da Antena 1 era se o Daniel não era um ex-Sporting Clube de Portugal, ou se custa muito ser imparcial ... já para não falar do melhor do mundo que também é ex-Sporting ...
Já começa a ser cansativo. Hoje foi Luís Freitas Lobo. A certa altura do jogo entre a Costa Rica e a Holanda, foi assinalada uma falta contra a primeira, em virtude de um seu jogador ter tocado com a mão na bola, num lance de ataque da equipa. Freitas Lobo disse logo que pensava que sim, que a decisão era correcta, embora, fez o favor de nos ensinar a imaginária regra, o toque da mão na bola não fosse voluntário. Acho extraordinário que os jornalistas e comentadores de futebol se estejam completamente nas tintas para o conhecimento das leis do jogo. Não quero acreditar, nem por um momento, que não as tenham lido ou que não lhes tenha sido chamada a atenção para o absurdo que proclamam, já que, para que seja marcada falta, a regra é bem clara na sua exigência de deliberação por parte do jogador que toca a bola com a mão. Por que insistem, então? A alternativa é, evidentemente, pior, já que significa que tantos jornalistas e comentadores não têm sequer a curiosidade de consultar e conhecer as leis do jogo.