Outra publicação para referência futura, do género da "Regra do Capitão".
Segundo as notícias de hoje, Pedro Neto, internacional português que esteve presente no Euro 2024 em detrimento de jogadores Campeões Nacionais pelo Sporting, agenciado pela Gestifute de Jorge Mendes, estará a caminho do Chelsea por 60 milhões de euros.
Vamos ver quantos jogos vai fazer na sua nova equipa, recapitulando a sua carreira até agora:
Foi transferido para a Lazio por 11 milhões de euros, após 3 jogos feitos na equipa sénior do Sp. Braga;
Foi transferido para o Wolverhampton por 17,9 milhões de euros, após 5 jogos feitos pela Lazio;
Será transferido para o Chelsea por 60 milhões de euros, após 5 épocas no Wolverhamtpon, onde efectou um total de 135 jogos (média de 27 por época), 87 deles como titular (média de 17,4 por época), obtendo 15 golos (média de 3 por época) e 21 assistências (média de 4,2 por época).
Realmente com números destes qualquer clube da Europa estaria desertinho para estourar 60 milhões a fim de assegurar a sua contratação.
Vendo o que jogou a Espanha e o onze que montou o espanhol seu treinador com base no Atlético de Bilbau e na Real Sociedad, e vendo o que jogou Portugal e o onze que montou o espanhol nosso treinador com base na "turma do Pepe" e no Jorge Mendes, se calhar o ex-vice presidente do FC Porto contratou o espanhol errado.
Ou então não, a ideia era essa mesmo.
Sobra ao Cristiano o recurso ao DVD.
PS: Entretanto o bombeiro Jorge Mendes prossegue na sua missão de salvar o tal clube do ex-vice presidente do buraco em que o deixou o Pinto da Costa:
Reina a maior indignação no círculo do costume sobre a hipótese dum jovem que passou a formação entre Alcochete, Oeiras e Sacavém (Tiago Santos, defesa direito, 20 anos, 1,75m) rumar ao Benfica sem que o Sporting se mostre interessado em exercer o direito de preferência.
O mesmo jogador a que Nelson Veríssimo, que tinha vindo do Benfica para onde vai voltar, o mesmo Benfica agora interessado no Tiago Santos, deu-lhe a titularidade em vez de a Gonçalo Esteves (19 anos, 1,71m, contrato com o Sporting até 2004), o que muito lhe estragou uma temporada que devia ter sido de afirmação.
Será que o Tiago Santos tem condições para substituir Porro ou até Bellerín, e é de facto o ala direito de que o Sporting precisa? Que fez ele de tão relevante esta época para isso? Quantas internacionalizações conta no seu percurso? Nenhuma?
E que fazer do Travassos (19 anos, 1,75m) ou do David Monteiro (19 anos, 1,77m), este acabado de renovar contrato? Ficavam a ver o Tiago Santos fazer de boomerang?
Além dos milhões que o Sporting pode ganhar com a transferência, o caricato da questão é que a malta do costume quer meter à viva força mais um jogador da Gestifute, mais um jogador do Jorge Mendes no plantel principal do Sporting, mais um do carrossel, mais uns mendilhões, etc, etc...
Como é, afinal? O Mendes já conseguiu entrar no orfanato?
Ricardo Quaresma queria ter voltado a Alvalade, depois do Barcelona. Jorge Mendes desviou-o para o Porto porque «o Sporting andou ali a perder muito tempo».
A fazer fé na notícia do "The Athletic", um sítio britânico versado nestas coisas do desporto como o próprio nome indica, Cristiano Ronaldo poderia ter vindo para o Sporting por 90.000€ por semana, o que por contas de merceeiro, de Agosto a Maio, atingiria a quantia de 3.6 M€ por uma época desportiva (vá que se considerasse mais o mês de Junho, seriam perto de 4M€), para nos representar. O MU trataria de pagar o remanescente do ordenado que o jogador auferia em Manchester.
Como não é meu hábito contar o dinheiro dos outros, nem criticar as atitudes que tomam em consciência se não colidirem com direitos e garantias de outros, parece-me que CR7 teve uma oportunidade de ouro de ter disputado a CL ao serviço do Sporting.
O valor do ordenado facilmente seria coberto por publicidade, assistência, vendas na loja, etc.
A sua vinda não seria garantia de nada em termos desportivos, mas podemos "aventar" que no campeonato português CR7 chegaria facilmente aos 30 golos e a sua influência em campo seria tremenda podendo potenciar os jovens talentos e na bola apesar de as contas só se fazem depois de acabar o último jogo, o título sería uma probabilidade evidente.
Não sei porque não veio. Admito que não tenha querido vir e respeito a sua opção, como digo, sua e que não molesta ninguém; Cristiano Ronaldo anda a tratar da sua vida e ninguém lhe pode levar a mal, mas também admito que o Sporting não se tenha chegado à frente e se assim foi, achando eu que terá sido um erro crasso, terá sido uma opção ponderada. Também pode ter acontecido que o ex-empresário do jogador não tenha contactado o Sporting, ou lhe tenha dado informação de que da parte do Sporting não haveria interesse, há uma panóplia de hipóteses para teorizar sobre o assunto e até sobre o corte da relação profissional entre ambos.
É minha convicção que com Ronaldo estaríamos mais perto de atingir os nossos objectivos, apesar dos euros. Lembro que tivemos cá um treinador que ganhava perto disso e títulos... Bola! E claro, nem uma camisola vendeu...
Num negócio intermediado por Jorge Mendes, o Sporting contratou um jovem internacional A ao Barcelona em condições bastante favoráveis.
Contando já com Francisco Trincão, são três os jogadores do plantel agenciados pela Gestifute. Manuel Ugarte e Daniel Bragança são os outros dois. Entretanto foram saindo jogadores que ainda são ou passaram depois a ser agenciados por aquela empresa: Rui Patrício, Rafael Leão, Daniel Podence, Thierry Correia, Rodrigo Fernandes, André Geraldes e mais um ou outro.
Ao contrário do que dizem alguns, Rúben Vinagre é agenciado por Jorge Pires, tal como Pedro Gonçalves e Nuno Santos. Claro que a proximidade de Jorge Pires a Jorge Mendes deve ser grande, mas se formos por aí qual é o grande empresário português que não está ou quererá estar próximo de Mendes?
É óbvio que, além da Gestifute, o empresário construiu toda uma rede de negócios e de influências que o colocou próximo dos grandes clubes europeus e com um pé bem dentro doutros não tão grandes e no centro das maiores transferências.
E as grandes transferências ocorrem em carrossel, com jogadores a entrarem para colmatarem a saída doutros, num sentido ascendente ou descendente. Ainda agora entra o Raphinha e sai o Trincão no Barcelona, para o Sporting veio Ugarte para que Palhinha pudesse sair.
O que conheço de Jorge Mendes é pela comunicação social. Parece que vive bem e a mulher também, noto que se trata de alguém muito reservado e avesso a entrevistas, e de quem muito poucos se queixam de faltas de palavra ou vigarices nos negócios que mantêm com ele.
Como toda a regra tem excepção, o Sporting teve um presidente que entrou em conflito com ele penso que devido ao processo de renovação de Adrien Silva, como já tinha entrado em conflitos com outros. Exactamente o mesmo que deixou a situação descambar ao ponto de termos a academia de Alcochete assaltada, jogadores agredidos, rescisões de contratos, e a figura de Mendes a emergir como pivot de muitas movimentações em benefício ou prejuízo do Sporting.
Com a entrada em cena de Frederico Varandas e Hugo Viana, a relação com o empresário tem sido cordial e proveitosa. Começou logo pela negociação com alguns dos fugitivos que ainda está para concluir, faltando apenas resolver o caso de Rafael Leão. Na saída de Thierry Correia, com a colaboração de Mendes o Sporting passou a conseguir vender aos grandes como o ManUnited e o PSG, e vender/comprar jogadores a clubes a ele ligados.
Parece-me que o volume de negócios de Jorge Mendes com o Sporting é bem menor do que acontece com Benfica e Porto.
Podia o Sporting dar-se ao luxo de passar ao lado do poder e influência de Jorge Mendes? Obviamente que não, porque tem objectivos desportivos e financeiros exigentes para cumprir.
Muito menos pode estar refém do caldo de cultura que ainda reina nalguns sectores, que recusa "o futebol moderno" e pensa que "o presidente do Sporting está lá para defender os interesses do clube, os empresários e os jogadores que defendam os deles".
Não é assim que as coisas funcionam, nem num clube como o Sporting, nem numa empresa, nem na vida privada de todos nós. Funcionam muito mais por relações de "win-win" equilibradas e diversificadas.
Como aconteceu com a saída de Luis Maximiano, por exemplo. Encontrou-se de facto a melhor solução para todos os envolvidos.
"Trincão? É bom para o Sporting e para o jogador", diz agora o adjunto de Paulo Bento, João Aroso. Pois é.
Os adeptos do Sporting deviam decidir, de uma vez por todas, se querem um clube nas mãos de Jorge Mendes a inflacionar todas as vendas - e a empochar brutais mais-valias proporcionadas por negócios relacionados com clubes como o FC Porto e o Benfica - ou se preferem um Sporting imune a Mendes, fazendo vendas muito mais modestas.
O que não tem qualquer lógica é exigirmos por um lado um Sporting «livre do Mendes» e depois protestarmos por não conseguirmos as vendas que só ele potencia com a sua incomparável agenda de contactos e a sua influência nos meandros do futebol.
Durante três anos, andaram umas dúzias de fervorosos militantes anti-Varandas a bradar contra a alegada "submissão" do Sporting à Gestifute, garantindo que o nosso emblema iria tornar-se refém desta empresa a muito curto prazo. Por ironia, eram os mesmos que bateram palminhas e soltaram urros de alegria quando Jorge Jesus, um dos principais treinadores do catálogo de Jorge Mendes, assumiu as funções de técnico principal do futebol leonino. Nessa altura, ao que parece, a Gestifute não era produto tóxico...
Como tem acontecido em tantas outras matérias, a realidade encarregou-se de desmentir as fábulas da tal legião anti-Varandas. Aos poucos, o nosso plantel profissional foi-se preenchendo com futebolistas representados por outros empresários. O penúltimo ainda representado por Mendes, Rodrigo Fernandes, acaba de rumar ao Dragão após ter sido lançado por Silas na equipa principal, onde não singrou.
5,5 Milhões de Euros. Por extenso: Cinco vírgula cinco milhões.
Foram os "custos de intermediação" da transferência de Bruno Fernandes para o Manchester United, segundo o comunicado publicado pelo Sporting na CMVM no final da semana passada.
Esses 5,5 milhões (10% - dez por cento - dos EUR 55 milhões da venda) comparam com 34 milhões de encaixe líquido para o Sporting com o negócio (https://www.abola.pt/nnh/2020-02-22/sporting-bruno-fernandes-rendeu-34-13-milhoes/830479), descontadas as fatias da banca e outras. Ou seja, os agentes facturaram cerca de 16% do que o clube, proprietário do passe, encaixou.
E quem são esses agentes?
(in Record)
Ora, a Positionumber, do empresário de Bruno Fernandes, e... a Gestifute - sim, a de Jorge Mendes. Porque é que o empresário de BF, o Sporting e o clube interessado na contratação precisaram do "superempresário"? Não sabemos.
Recorde-se que este é o mesmo Mendes cujos negócios com SLB, FCP e outros clubes estão a ser investigados por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais:
Será que a direcção do Sporting era tão incompetente para vender o melhor jogador do plantel - e do campeonato português - que precisou da ajuda de Mendes?
Gostava de ver Frederico Varandas no Jornal da Noite da TVI ou em 5 edições seguidas no Record a explicar aos sportinguistas estes negócios e comissões.
Também o de Ilori.
E a venda de Thiery, também intermediado por Mendes.
Gostava de ver, mas sei que não verei.
Como já aqui escrevi várias vezes, acredito que, a caminho de meio do mandato da actual direcção, se tornou mais do que evidente a falta de rumo do Clube e a incapacidade para preparar uma época num desporto altamente competitivo e profissionalizado como é hoje o futebol. Com o conflito com a oposição interna (a "escumalha", nas palavras do próprio) em níveis perigosos, c. de 5 mil pessoas (entre elas, eu) participaram na maior manifestação de que há memória em Alvalade há c. de 2 semanas, prova do enorme descontentamento entre os sportinguistas. Estou certo de que, hoje, Varandas perderia as eleições. Perderia, e por muito. Ele próprio sabe disso, daí agigantar inimigos internos (meros vândalos, para os quais está aí a PSP e estão aí os tribunais), apresentando-os como a maior ameaça à Humanidade desde a Peste Negra.
Não é só o clima de guerra civil e o aprofundamento de divisões entre sportinguistas; não é só pelos maus resultados, pelo depauperamento do plantel de futebol e pela mediocridade que se vai instalando no clube a todos os níveis. A demissão da actual direcção é uma urgência por sucessivas e reiteradas decisões de gestão lesivas para as finanças e a reputação do Clube.
...agradeço se alguém puder perguntar por mim qual foi o benefício até agora retirado pelo Sporting daquele protocolo com o Wolverhampton que diluiu ainda mais o que sobrava da dentada de Jorge "Incobrável não consta do meu dicionário" Mendes nas verbas recebidas em troca do fim do litígio com o ex-capitão Rui Patrício.
Não é uma "morte", termo demasiado. Mas é uma demissão anunciada. Desde a sua ... excêntrica contratação. O Sporting tem uma "chicotada psicológica" após a 4.ª jornada, demitindo um treinador que estava em funções há quase um ano. Isto é uma derrota estrondosa de quem fizera, porque julgando-se iluminado, tão ... excêntrica contratação. Já o botei aqui, há meses, naquela convulsa altura Varandas deveria ter sido prudente, a isso o obrigava a situação do clube, a situação do plantel, a situação financeira. Quis inventar, quis "mostrar-se". Espalhou-se ao comprido, e bem. A soberba tem destes problemas, impede de ver o óbvio.
Agora trata-se de não se pensar que "a cadeia de comando é sagrada". Pelo contrário, aconselhar-se (e parece que Jorge Mendes irá ter uma palavra nisto, fica óbvio nestas maquinações de "mercado") com quem sabe. Posto de outra forma? Que tenha juízo o nosso doutor.
Está por horas, parece, a maior venda de um jogador português. Os tão falados 120 milhões que o Atlético Madrid vai depositar para levar João Felix, vão bater, por larga margem, o valor pago pelo Bayern Munique por Renato Sanches. Muitos questionam-se sobre esta venda, e outras anteriores, patrocinadas sempre e em exclusivo por Jorge Mendes, o denominado super agente e os clubes que orbitam à sua volta. Invariavelmente uma venda por estes montantes poderia levar a que se questionassem outras compras, que não estando directamente ligadas, deviam levar alguém a tentar entender o porquê das mesmas serem uma reação à primeira venda.
O negócio de um agente assenta na rotatividade dos jogadores que representa. Porém Jorge Mendes, fruto do seu poderio financeiro e da vontade de investidores mundiais em ter acesso ao apetitoso mercado europeu de venda e compra de jogadores, atingiu um patamar onde aliou, a rotatividade de jogadores com o controlo efectivo sobre a política de compra e venda de jogadores de alguns clubes europeus. Presumo que Jorge Mendes, num determinado momento da sua profícua carreira de agente, percebeu que seria mais rentável ter um conjunto de clubes europeus que pudessem participar na montagem desta nova forma de transacionar passes de jogadores. Desta forma Jorge Mendes poderia assegurar aos clubes interessados o acesso, quase em exclusivo, a um conjunto de jogadores, fossem ou não agenciados por ele. Há, claro, um preço a pagar: os passes dos diversos jogadores foram inflacionados, tanto na compra como na venda, o que permite ao empresário não só um quase monopólio nos maiores negócios entre clubes, como também arrecadar avultadas comissões pelas transacções efectuadas. Negócios são negócios e cada um tenta sempre obter o melhor proveito, neste caso financeiro e desportivo. Mas não deixa de ser curioso que a Uefa acompanhe de certa forma este novo modelo de negócio, incentivando-o até. Desde a época anterior os prémios da liga dos campeões aumentaram de forma substancial. Ao promover este enorme buraco entre os clubes que participm na liga dos campeões e os que são relegados para a liga europa, a Uefa cava um fosso de proporções gigantescas entre clubes. Embora o futebol sejam sempre 11 contra 11 e orçamentos não ganhem por si jogos, torna-se evidente que com este modelo da Uefa vai ser cada vez mais difícil aos clubes que não participem de forma regular na Liga dos Campeões competir com aqueles que o fazem regularmente. A opção imediata consiste em associarem-se a modelos de compra e venda de passes de jogadores como o descrito de Jorge Mendes. Esta divisão que a Uefa fomenta origina que os grandes clubes europeus consolidem ainda mais o seu estatuto e dificulta enormemente que clubes médios possam almejar ser uma presença assídua na maior competição europeia de clubes a nível mundial.
Importa pois saber se o Sporting aceita entrar neste carrocel. A notícia da vinda de um jogador chinês por empréstimo do Wolverhampton para a equipa sub-23 leva-nos a concluir que entrámos. Só assim se explica que este jogador chegue ao nosso clube. Por muito que seja tentador conseguir efectuar vendas de jogadores por valores claramente inflacionados, convém que esta direcção esteja consciente que há sempre o reverso, isto é, seremos sempre obrigados a comprar também jogadores, independentemente da sua valia desportiva, por valores também eles inflacionados. Veja-se aliás o caso do Benfica: ainda não vendeu João Félix, mas já adquiriu o passe de dois desconhecidos por 20 milhões de euros. Jogadores esses que tinham sido vendidos pelo Sporting de Braga por cerca de 26 milhões de euros, num negócio que apenas se justifica, não pelo valor desportivo dos jogadores, mas sim como consequência de outros negócios. Certeza só há uma: quem ganha sempre é Jorge Mendes.
É este modelo de gestão desportiva e financeira que queremos para o Sporting?
Não "toco" de assobio, mas alguém chamou a atenção para o negócio Gelson Martins.
Gostava que todos quantos aqui vêm e todos os sportinguistas, já agora, analizassem este negócio e retirassem as ilações que dele há a retirar e que o comparassem com anteriores negócios de outros jogadores, "saídos e entrados". Com percentagens de passes e com valores envolvidos, etc.
Não conheço os termos do acordado, mas pelo que leio na imprensa, parece-me um mau negócio, ou se quiserem um negócio por verbas abaixo do valor de um atleta (Gelson) e muito acima do valor de outro (Vietto), que recordo, veio apenas, passe a imagem, com uma perna (50% do passe). Gostava sinceramente, para bem da transparência, que se conhecessem todos os contornos deste acordo, recordando que Sousa Cintra recusou no Verão passado 22 milhões por uma percentagem de entre 60 a 70% do passe, mais 10 milhões por objectivos. Pergunta para queijinho: Em quanto foi valorizado Vietto neste negócio e o que terá mudado desde que o presidente do Sporting bateu com a porta e exigiu 105 milhões pelo jogador?
Nota: Apenas comparações com negócios semelhantes, não venham com flops e outros que tais e conversa fiada. Exemplos concretos por favor e semelhantes.
Peço agora ao leitor que percorra a lista dos jogadores em cujos direitos o QFI investe. Irá descobrir que são quase todos do Sporting. Alguns destes nomes já surgiram nas páginas dedicadas ao Sporting Portugal Fund e, por isso, trata-se de jogadores que num determinado momento da sua carreira estiverem sob o controlo de três operadores diferentes: Sporting Portugal SAD, SPF e QFI. Os jogadores são: Filipe Chaby, Fabián Rinaudo, Ricky Van Wolfswinkel e Diego Rubio. Além destes, também existem jogadores em quem apenas o QFI investe: Tobias Figueiredo (o mesmo que foi mandado para o Reus), Marco Torsiglieri, João Mário, Cristian Ponde, Stijn Schaars e Eric Dier. Tudo isto acontece quando o Sporting já é não a cabeça-de-ponte para a conquista de Lisboa no quadro de uma guerra contra o Benfica e José Veiga. Neste momento, Veiga já foi abatido e o Benfica conquistado. Entre 2010 e 2013, o Sporting é só mais um clube que não faz qualquer oposição às vontades de Jorge Mendes. E vê o seu património técnico e económico reduzir-se cada vez mais. Contudo, há dois momentos de mudança: a confusão gerada pela transferência de Elias Mendes Trindade, médio brasileiro; e a eleição de Bruno de Carvalho, personagem completamente hostil a fundos e a terceiros, como presidente do clube leonino. Estamos em Março de 2013 e, naquele momento, inicia-se a viragem de cento e oitenta graus na atitude do Sporting nas relações com Mendes.»
In: RUSSO, Pippo - A orgia do poder : a história não contada de Jorge Mendes, o patrão do futebol mundial. 1ª ed. Lisboa : Planeta, 2017. pp. 346
Não é a primeira vez que me refiro neste "blog" ao desempenho de Renato Sanches, faço-o para desmontar uma máquina de propaganda que começou em Portugal mas que, neste momento, vai estendendo os seus tentáculos até à Alemanha. O Bayern tenta livrar-se do barrete que enfiou e este folclore, estes prémios fazem parte.
Antes de continuar, esclareço que o título do "post" está relacionado com um poema de Sérgio Godinho, chamado Maré Alta, concretamente, com o verso: "aprende a nadar, companheiro".
Vejamos então se Renato sabe nadar e para isso recuemos à época anterior.
Na época passada representou duas equipas: o Benfica B e o Benfica, o primeiro esteve quase a descer de divisão (só não desceu devido a mais uma golpada de secretaria, desta vez envolvendo o Farense. Desportivamente, com os resultados conseguidos dentro das quatro linhas, descia de divisão) o segundo venceu a Liga da forma como sabemos, sem praticar o melhor futebol, sem ser superior, nem ao Sporting, nem ao Porto, nos confrontos directos. A vitória nessa Liga está a ser investigada pela Polícia Judiciária.
Na selecção nacional não participou em nenhum jogo da fase de apuramento mas foi passear a França, onde o seu grande momento é no jogo da final, foi substituído para entrar Éder.
Desde essa substituição não voltaria a calçar na selecção.
Vejamos, agora, qual tem sido o percurso de Renato Sanches no Bayern München (BM).
Parece claro que nos jogos mais complicados, Renato não joga, foi assim com o Werder Bremen, com o Hertha e com o Atlético de Madrid, nesses jogos o BM marcou dez golos e não sofreu nenhum.
Nos outros seis jogos do campeonato alemão e nos restantes dois da "Champions", Renato jogou mas sempre como titular substituído ou como suplente utilizado, Ancelotti não confia nele para os 90' e os números dão razão ao treinador.
Nestes oito jogos em que participou (exceptuando um que referirei mais à frente) o desempenho do BM foi sempre pior ou igual com Renato em campo. Há jogos, por exemplo, com o Hamburger SV que Sanches é substituído aos 61' com o resultado em 0-0, o futebol do BM melhora com a entrada de Vidal e vence o jogo.
Importa realçar que o melhor jogador europeu sub-21 da Europa em oito jogos (incompletos, é certo) não marcou nenhum golo, nem fez nenhuma assistência; o que nos leva ao tal jogo (o único) em que o futebol do BM melhorou com a entrada do "golden boy", foi no Allianz Arena, no dia 13 de Setembro, o BM recebia os russos do Rostov.
Renato entra aos 71', ainda a tempo de ver Juan Bernat ampliar a vantagem de 4 para 5-0.
Era o jogo ideal para Renato Sanches brilhar, mais uma vez ficou a ver os colegas brilharem, nesse dia foi o defesa esquerdo espanhol, um desconhecido para a maior parte de nós que saiu do banco para fazer uma assistência (para o 4-0 de Kimmich) e marcar o quinto a passe de Ribéry.
Conclusão, A Bola pode fazer as capas que desejar, chamar-lhe "Príncipe" na capa e "Menino de Ouro" na pág. 2, pode atirar pedras ao Record (pág. 3) Renato foi primeiro para 20 das 30 referidas publicações e só quatro deixaram-no de fora [sic]: Sport Foot Magazine (Bélgica), Komanda (Ucrânia), Fanatik (Turquia) e Record (Portugal)" que isso não vai mudar para melhor o desempenho do jogador.
Quanto a Renato Sanches desejo que consiga provar em campo as imerecidas honrarias que tem conquistado fora dele; aprende a nadar, companheiro.
Ainda não sabemos qual será a carreira da selecção portuguesa no Europeu, mas sabemos o nome da empresa que já o conquistou: a Gestifute. Dos onze jogadores que ontem foram titulares contra a Áustria, sete são geridos por Jorge Mendes.