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És a nossa Fé!

A Glória que não chegou

OlímpicosT2020.jpg

ImagemReuters/A. Perawongmetha

O conteúdo da entrevista dada ao Jornal Sporting de 16 de Janeiro de 2020, prometia. No imediato, e, mais do que isso, por materializar aquele que é o sonho de qualquer sportinguista: a aposta interna na formação de atletas olímpicos.

Que a almejada ‘Glória’ suprema entre desportistas não foi sequer tentada, já todos sabemos. O cancelamento dos Jogos previstos para Tokyo 2020 demorou, mas acabou por acontecer.

E a promessa feita de que findos, e para o arranque da próxima campanha, poderíamos contar com a aposta na formação de Atletas Olímpicos, manter-se-ia/á?

Em Agosto de 2020 surgiram os primeiros sinais de alarme. Nos últimos dias, sucederam-se mais do que sinais, evidências claras de desinvestimento: saíram no ano passado David Varela, Norberto Mourão (ambos já qualificados para Tóquio) e, mais recentemente, Nelson Évora (FC Barcelona) e Emanuel Silva. Diz-se, ainda, que o Sporting Clube de Braga poderá assumir o projecto olímpico de canoagem do Sporting. E a bonita Daria Bilodid, que eliminou a referência ao Sporting Clube de Portugal do seu perfil do Instagram, ainda é nossa atleta/colabora com o Sporting?

Hoje, a um dia de perfazer exactamente um ano desde que foi anunciado como Coordenador do Comité Olímpico do Sporting Clube de Portugal, Paulo Malico de Sousa, demitiu-se

Se não surpreende, pelo menos, preocupa. Sobretudo para quem, como eu, terá notado, aqui e ali, sinais de outras alterações estruturais, de cujo impacto, por especificidade do seu objecto, só a muito longo-prazo conheceremos resultados. Mexe-se em equipas vencedoras, com pinças ou com martelos pneumáticos?

Não aprendemos, simpatizantes e sócios, nada, com o desinvestimento na Academia Sporting que concordamos ter acontecido com o consentimento entorpecido de todos? Ou pura e simplesmente este desinvestimento olímpico é consensual? Doloroso, mas inevitável?

Estou genuinamente satisfeita com os resultados que a equipa sénior de futebol tem alcançado. Estendo a satisfação aos resultados alcançados, globalmente, pelas modalidades. Mas não esqueço, nem posso esquecer, que há pedras angulares de projectos importantes que, ou têm sido afastadas, ou viram o seu raio de acção drasticamente reduzido.

Que corra pelo melhor, desejo eu.

Screenshot_20210105-170317.png

Imagem: perfil Facebook do Gabinete Olímpico do SCP

 

P.S. Em Fevereiro de 2020, a página Facebook do Gabinete Olímpico leonino não era actualizada desde Novembro de 2019. A 5 de Janeiro de 2021, não é actualizada desde Novembro de 2019.

Gabinete olímpico - Antes da Glória

Esforço, Dedicação e Devoção

No dia 6 de janeiro de 2020, o Sporting Clube de Portugal anunciou que Paulo Malico de Sousa (1) - licenciado em Psicologia, mestre em Psicologia (2), doutorado e pós-doutorado em Ciências do Desporto e  coordenador de uma licenciatura em Educação Física e Desporto - passaria a desempenhar funções de coordenador do Gabinete Olímpico (GO) do nosso Clube. Até então e desde 2016, coordenara o respectivo Gabinete de Psicologia das Modalidades (GPM). Actualmente, acumula ambas as funções (3).

Em entrevista ao Jornal Sporting (edição de 16 de janeiro de 2020), o, palavras do próprio, Sportinguista desde sempre, esclarece que:

- vai descentralizar o poder do Gabinete e oferecer a primeira fase de decisão aos departamentos de cada modalidade, por entender que há aspectos da gestão do quotidiano de um atleta que não são relevantes para o GO;

- vai apostar na presença de atletas olímpicos em eventos de cariz social, não apenas para projectar a imagem de responsabilidade social do Clube, como para aproveitar a oportunidade para atrair jovens a treinos de captação e, com isto, promover a detecção precoce de talento;

- a presença de atletas no gabinete de Psicologia é facultativa, daí que nos últimos 3 anos e meio, haja quem procure o gabinete semanalmente e quem nunca lá tenha estado;

- como objectivo para Tóquio 2020, aponta sermos capazes de fazer o nosso absoluto melhor a cada dia, perspectiva de intervenção que diz sustentar o elevado número de atletas que tem frequentado esta competição, alguns dos quais candidatos a pódios e, dentro deste sub-grupo, candidatos ao primeiro lugar;

- a partir de Setembro de 2020, o paradigma vigente vai alterar-se, a favor da aposta formativa, tendo por objectivo integrar o mais precocemente possível jovens já formandos no Clube, em detrimento da contratação de atletas sem, contudo, perder competitividade e a qualidade que temos apresentado.

Antes da alegria trazida pelas conquistas dos nossos atletas, deixamo-vos estas breves notas elucidativas de uma nano parte do trabalho desenvolvido e do rosto que o coordena. Congratulo-me, especialmente, pela promessa de aposta na formação.
Venham as medalhas!

 

Screenshot_20200225-103611.png

Paulo Malico de SousaImagem: captura de ecrã daqui.

 

Quer seguir a actividade olímpica leonina? Carregue aqui (não actualizado desde 19 de Novembro de 2019).

Notas:
(1) Demais publicações de Paulo Malico de Sousa;  

(2) Nunca conheci o referido profissional nem conheço quem o conheça;
(3) Oportunamente, voltarei a abordar o que se depreende do seu percurso profissional e académico, à luz do actual organigrama do Sporting Clube de Portugal.

Os nossos comentadores merecem ser citados

«É incrível que em Portugal o torneio de futebol olímpico, onde deveríamos ter presença constante e em que poderíamos arrecadar sucessivas medalhas, não seja encarado com um mínimo de seriedade em decorrência de mesquinhos interesses de vistas curtas, como uma vez mais se viu no Rio em que nos apresentámos com uma equipa de segundas e terceiras escolhas.»

José Lima, neste texto do Edmundo Gonçalves

Jogos Olímpicos

No meu tempo chamava-se Ginástica.

Havia uma classificação qualitativa ( de Mau a Muito Bom ) e confesso que não tenho memória se afectava a classificação final geral.

De qualquer modo, era disciplina obrigatória e numa altura em que o dinheiro não abundava, e francamente não havia a qualidade e quantidade de oferta que há hoje, o equipamento, fato de treino de flanela verde incluído, era costurado pela mãe e as sapatilhas, hoje eufemisticamente apelidadas de ténis, sejam para a prática desse desporto ou não, eram as verdadeiras sapatilhas de ginástica, que serviam para tudo, até para correr. Mais tarde haveriam de chegar as Sanjo e depois as Adidas...

 

Serve o intróito para falar da importância da educação física em geral e do currículo escolar em particular.

Em todos os países onde o desporto ( e não só a corrida ) é encarado como parte essencial do desenvolvimento dos jovens e do bem-estar dos menos jovens, quando em competição os resultados positivos aparecem quase que naturalmente. Entendam como "naturalmente" um trabalho cuidado desde a pré-primária com objectivos definidos: Proporcionar uma melhor qualidade de vida aos cidadãos e por arrasto proporcionar aos que se distingam a possibilidade de se transcenderem e em competição demonstrarem as suas aptidões. Em regra, os atletas destes países têm mais possibilidades de conquistar medalhas em competições de alto nível.

É certo que o universo de escolha é importante, mas se fosse esse o caso os atletas da União Indiana, p.e., estavam carregados de medalhas e isso não acontece. Então, provavelmente, a qualidade do ensino é factor essencial para a obtenção de resultados. Basta ver as grandes potências da modalidade, como tratam a educação física e o desporto em geral. Há países que até atribuem bolsas universitárias aos melhores atletas, vejam bem! As universidades disputam os melhores atletas, coisa extraordinária.

É verdade que no meu tempo, quando a Ginástica era obrigatória, os resultados eram medíocres, exceptuando talvez uma medalha olímpica no hipismo, muitos anos antes e as vitórias no hóquei em patins, que não se percebe como não é modalidade olímpica, a propósito.

Os resultados começaram a aparecer nos finais dos anos setenta, resultado de uma democratização do desporto e porque correr não custava dinheiro.

Outros desportos foram-se desenvolvendo, fruto do investimento dos clubes e duma saudável rivalidade entre eles, o que fez com que de lá para cá, em pouco mais de quarenta anos, conquistássemos vários títulos europeus, mundiais e olímpicos a nível individual e colectivo. O palmarés do nosso país, longe de ser glorioso, enobrece quem se dedicou de corpo, alma e coração a um objectivo maior, que foi o de elevar o nome de Portugal ao mastro mais alto. Sem referência a nomes, pessoas houve que deram tudo de si a esta missão que tomaram como sua e levaram a água ao seu moínho.

 

Dizem por aí que os resultados dos portugueses nestes Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, foram fracos e muito aquém do esperado.

Discordo em absoluto! Senão, tomem lá uns números para reflexão: 

Melhor prestação de sempre em termos de resultados nos seis primeiros: Dez atletas conseguiram-no.

19 classificações no 'top 10', e mais 13 até aos 16 primeiros. Dos 91 atletas, 29 regressam a casa com diploma, 38 estão no 'top 10' e 50 na posição de semifinalistas.

Conseguiu-se uma medalha de bronze. Mas convém não esquecer que em termos de medalhas, sendo Telma Monteiro a única a consegui-lo, Portugal só conseguiu duas medalhas por cinco vezes e três em duas ocasiões.

 

Ouviram-se algumas críticas de atletas e treinadores ao Estado e à forma como apoia o alto rendimento, não tanto pela falta de apoio, pareceu-me, mas pela qualidade do apoio prestado. Há hoje novas técnicas e equipamentos auxiliares de treino que urge colocar ao dispor e que provavelmente não implicarão um investimento por aí além. Haja vontade política para dedicar ao desporto, começando pelo desporto escolar, a atenção que ele merece. A maioria dos autarcas deste país já deu o seu contributo e foram nascendo como cogumelos pavilhões, polidesportivos, piscinas, pistas de atletismo, etc, que se encontram, parte deles, às moscas. Senhores decisores, é favor encontrar forma legal de os colocar ao serviço dos atletas e procurar rentabilizar o investimento.

Uma certeza tenho, se não houver vontade política (este chavão serve para tudo), o esforço dos nossos atletas, treinadores e dirigentes, não sendo em vão, difícil e raramente atingirá o topo, como é desejo de todos, a começar por eles próprios. 

 

Por fim, em jeito de desafio, compare-se os apoios dados a estes atletas e os apoios dados às empresas, para se internacionalizarem.

Compare-se também os resultados.

 

Estão a brincar

Rui Jorge lamentou - embora diga "compreender" - as recusas dos clubes em ceder jogadores para a Seleção Olímpica. Façam-se umas contitas.

Da defesa do Sporting iriam Paulo Oliveira, Ruben Semedo e Ricardo Esgaio. Ou seja, levar-se-ia quase metade dos centrais. Esgaio vai, o que prova não haver a mínima má-fé do Sporting.

Dos médios pretendia João Mário e William Carvalho. Quer isto dizer que após um campeonato esgotante, culminado com mês de Junho onde entraram em 7 jogos "a matar", teriam umas semanas de férias em Julho (enquanto a equipa já roda na pré-época) após as quais embarcariam durante o mês de Agosto para os Jogos Olímpicos ao serviço da Federação até ao dia 20, se chegassem à final. Só pode ser uma brincadeira de mau gosto...

Queria também Gélson Martins, Iuri Medeiros e Carlos Mané, os dois primeiros em fase de integração e crescimento numa equipa carente de extremos, que se prepara para enfrentar a Champions. (Carlos Mané vai.)

Só por loucura ou estultícia o Sporting cederia mais jogadores do que cedeu. E, neste caso, também a política de outros clubes não parece insensata.

A selecção olímpica

Respondam-me, se souberem, para que andam as selecções a tentar resultados, nomeadamente o apuramento para os Jogos Olímpicos (o que só prestigia o futebol português), se depois o seleccionador se vê em "palpos-de-aranha" para arranjar 18 para levar para o Rio de Janeiro?

Eu sei que os interesses dos clubes e tal, mas não interessará também aos clubes? E à federação? E aos jogadores?

Que tal tratarem de prever estas coisas nos calendários, que por acaso só acontecem de quatro em quatro anos?

Bom, resta-nos esperar que os escolhidos dignifiquem a camisola e não envergonhem.

Heróis do Sporting, heróis portugueses

 

Foi há 30 anos! Lembro-me tão bem!

Mas quase tão bom como a chegada de Carlos Lopes à meta foi a cerimónia de encerramento das Olimpíadas de Los Angeles 1984 se ter dado logo a seguir. O Estádio a rebentar pelas costuras, o mundo inteiro de olhos postos no ecrã televisivo, a esperar pelo espetáculo, a esperar por Lionel Ritchie. E, mesmo antes de ele começar a cantar, ouviu-se... o hino português! A nossa bandeira subia, Carlos Lopes no pódium com a medalha! Viva!

Olímpicos (10)

 

O Brasil tem de ir à bruxa: ainda não foi desta que conseguiu sacudir a maldição olímpica em matéria de futebol. Hulk ainda marcou um golo, na final contra o México. Mas não chegou para impedir a derrota brasileira (1-2) contra uma selecção onde brilhou Oribe Peralta, goleador já a sonhar com a Europa.

"É muito triste", lamentou Neymar. Tudo dito em três palavras.

Os lamentos brasileiros não se confinam ao futebol. Também na final de voleibol masculino de nada valeu a vantagem inicial: a Rússia acabou por se impor, conquistando o ouro. A fazer lembrar antigas proezas soviéticas noutras Olimpíadas, em tempo de Guerra Fria.

Podem gabar-se os brasileiros ao menos do primeiro lugar no pódio obtido pela sua selecção feminina de voleibol, que revalidou o ouro olímpico. Já os espanhóis contentam-se com pouco. Bastou-lhes a prata na final de basquetebol (masculino) contra os Estados Unidos, há um par de horas, para desencadear torrentes de hipérboles na imprensa do país vizinho. "Uma prata para a eternidade", dispara o El País. "Medalha de prata, selecção de ouro", sintetiza a Marca, apesar de tudo mais comedida.

Leio estes títulos, bem ao estilo espanhol, e interrogo-me: o que sucederia se o país vizinho tivesse derrotado nesta final as estrelas da NBA?

Com menos hipérboles mas melhores resultados, os norte-americanos garantiam o 14º título em 18 Jogos Olímpicos em basquetebol. E podem gabar-se de ter sido o país mais medalhado em Londres - mais 17 medalhas que a China, no segundo posto.

Portugal só vem com uma. Mas traz uma consolação: foram dois a conquistá-la.

Olímpicos (9)

 

A poucos segundos do arranque da prova, o atleta vestido de amarelo pede silêncio às bancadas. Depois, no seu lugar, benze-se num gesto rápido. E parte imparável para a conquista de mais uma medalha olímpica. Foi assim que há poucos minutos Usain Bolt conquistou o ouro nos 200m - repetindo a marca alcançada há quatro anos, nos Jogos Olímpicos de Pequim. Nunca antes deste jamaicano de 25 anos atleta algum especializado em velocidade havia duplicado medalhas em Olimpíadas sucessivas. Bolt acaba de o fazer, numa final acompanhada por centenas de milhares de pessoas em todo o globo, disputada a uma velocidade estonteante. Três vezes medalha de ouro em Pequim (100m, 200m e 4x100m), duas já obtidas em Londres. Apenas o seu compatriota Yohan Blake procurou dar-lhe alguma réplica, embora sem sucesso. Bolt deu-se ao luxo de voltar a mandar calar alguém (certos críticos, presume-se), a poucos metros da meta, enquanto corria, como se lhe fosse indiferente o tempo efectuado: 19.32 (com o recorde do mundo em 19.19).

Depois do máximo olímpico obtido nos 100m, percorridos em 9.63 (segunda melhor marca de sempre, após o recorde de 9.58 estabelecido pelo próprio astro jamaicano nos mundiais de atletismo em Berlim, há três anos), Bolt arriscava-se a sair de Londres como uma das duas figuras cimeiras destas Olimpíadas - a outra, naturalmente, era o campeoníssimo Michael Phelps. Sublinhei isso mesmo aqui, com a devida antecedência. Os factos deram-me razão, comprovando que a tradição ainda é o que era. Vencer na piscina e vencer na pista, superando barreiras de velocidade, vem ao encontro do genuíno espírito olímpico, que nos interpela a ultrapassar todas as certezas antes afirmadas.

Com Phelps e Bolt, a distância entre o que era e o que passou a ser tornou-se ainda mais curta. Primeiro em Pequim, agora em Londres. Ambos entraram na lenda, podendo proclamar a plenos pulmões: Citius, altius, fortius. Imprima-se a lenda, pois.

Olímpicos (8)

 

Não deixa de ser tristemente irónico que a única medalha portuguesa até agora alcançada em Londres - a prata conquistada esta manhã pela dupla de canoístas Emanuel Silva-Fernando Pimenta em K2 1000m - distinga uma modalidade totalmente ignorada nas páginas da nossa imprensa desportiva. Quem é Emanuel Silva? Quem é Fernando Pimenta? Medalhados em Londres, enaltecidos nas notícias de hoje, mas dois ilustres desconhecidos da opinião pública nacional.

A imprensa desportiva, com a sua obsessão monotemática pelo futebol, tem grande responsabilidade neste divórcio entre os portugueses e alguns dos atletas que mais prestigiam as cores nacionais no palco das Olimpíadas. Como leitor atento dos jornais e adepto de diversas modalidades, gostaria que esta medalha que tanto nos orgulha pudesse contribuir para mudar mentalidades. As sociedades mais evoluídas são plurais em matéria desportiva. E desporto não é só futebol.

Quando a presença na final vale por uma medalha


Clarisse Cruz é atleta olímpica. Com 34 anos, tem ocupação profissional a tempo inteiro e ainda consegue compaginar a sua actividade com os treinos como atleta do Sporting. Hoje, na eliminatória dos 3.000 obstáculos caiu. Ainda assim, arranjou forças para recuperar e para se classificar em 5º lugar, logo atrás de Marta Dominguez que já foi campeã olímpica. A respescagem por tempos para a final é a primeira medalha para atletas portugueses. Não é de ouro, nem de prata, nem de bronze. É uma medalha especial para os que nunca se deixam derrotar.

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