Enquanto esperamos que o Roberto e os outros seleccionadores não nos cansem os jogadores nem que volte ninguém lesionado, lembrei-me de fazer um passatempo de fim-de-semana, com hífen, para eleger os nossos 5 melhores jogadores, até agora.
Assim, peço que comentem quais é que acham que são os nossos 5 melhores, por ordem de importância.
O 1º terá 5 pontos, o 2º terá 4 pontos, e assim por diante até ao 5º, com 1 ponto.
Será feito um somatório e será mais tarde divulgada a votação final.
O passatempo mais estúpido que pode existir para um Sportinguista é andar ao tiro aos jogadores acabados de contratar ou aos jovens de Alcochete acabados de promover. Só mesmo para tascas de ressabiados.
Quer uns quer outros precisam de tempo, de se sentir confortáveis, de ganhar confiança, treinando e jogando.
Uns conseguem, outros não. Com Rúben Amorim, com Rui Borges, com Jorge Jesus, ou com outro qualquer.
Debast e Maxi Araújo chegaram esta época, tiveram os seus problemas e situações, demoraram o seu tempo, adaptaram-se a outras posições, foram os melhores em campo em Barcelos.
Fresneda é um caso de toda uma primeira época em Portugal mais ou menos perdida para agora ser o melhor lateral direito da Liga.
Catamo é outro caso de duas épocas mais ou menos perdidas em empréstimos para voltar, ser aposta e ter sido herói em vitórias épicas.
Da equipa B chegaram ou estão a chegar jovens de imenso potencial mas que precisam de tempo também. Da equipa nacional vice-campeã da Europa em sub17, Quenda é titular absoluto, João Simões também o estava a ser aquando da lesão, Felícissimo já teve minutos. Além deles, também Alexandre Brito já entra no onze inicial, Kauã Oliveira vai supreender muita gente. Mauro Couto, Afonso Moreira e Lucas Anjos também já tiveram minutos.
Daquilo que vi no YouTube e ao vivo, parece-me que Biel é aquele extremo rápido que tanto vai à linha como centra na diagonal ou remata ao golo, que não existe na equipa B, mas que também não tem a consciência táctica dos jovens de Alcochete. Veio doutro campeonato, precisa de tempo.
Como precisaram muitos extremos sul-americanos que chegaram ao futebol português mas que depois brilharam e saíram rumo a grandes clubes europeus, nos rivais existem muitos exemplos que confirmam isso. No Sporting o último extremo sul-americano vindo directamente do campeonato local terá sido Acuña. Raphinha veio já com a passagem pelo V. Guimarães. Acuña, quando começou no Sporting, parecia um cepo, um pouco como Slimani. E depois foi o que se viu.
Vamos com calma com o Biel. Teve o mesmo treinador que o Maxi Araújo, acabado de contratar pelo Botafogo. Alguma coisa terá dito a seu favor.
PS: Ainda alguém vai aparecer por aqui a dizer que o Maxi não presta, o Piccini é que era o máximo. Ou o Schelotto, ou o Lumor. Alguém se lembra do Lumor? Espectáculo!
Não está a ser fácil a transição entre os dois sistemas tácticos, por muito que Rui Borges tenha procurado simplificar o modelo de jogo e ter os jogadores confortáveis nas posições e movimentos solicitados. Rúben Amorim teve 4 anos e 4 pré-épocas para montar e aperfeiçoar um modelo de jogo vencedor, Rui Borges só teve duas semanas, não falando do período de profunda confusão do tempo do João Pereira entre o trabalho dos dois.
Se formos pelos resultados, Rui Borges sai em vantagem na comparação: leva 1V 1E, 5-4 em golos, em campos que Rúben Amorim na época passada conseguiu 1V 1D, 4-4 em golos. Não foi dele a responsabilidade de 1V 1E 2D, 4-4 em golos.
Também não é dele a responsabilidade da indisponibilidade de jogadores importantes como Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Gonçalo Inácio e Daniel Bragança.
Nestes dois jogos a equipa começou bem, com intensidade e objectividade na chegada à baliza adversária. Conquistou vantagem sobre o adversário mas na 2.ª parte foi quebrando fisicamente, sem que as substituições permitissem o regresso ao ritmo inicial. 3-1 golos na 1.ª parte, 2-3 golos na 2.ª. Dos quatro golos sofridos, dois foram na sequência de lances de bola parada.
Qual tem sido o melhor e o pior deste Sporting de Rui Borges?
Melhor:
1. Modelo de jogo simples e objectivo, aproveitando bem a largura do campo e a capacidade de desmarcação de Gyökeres. Entrada forte nos jogos com criação de várias oportunidades de golo.
2. Jogadores nos seus lugares, confortáveis com o que lhes é solicitado. Quenda está a progredir a jogar do lado do seu pé natural, Quaresma não está pior a lateral direito do que estava como defesa do lado direito no 3-4-3 de Amorim. Trincão joga onde jogava com Amorim.
Pior:
1. Incapacidade física da equipa para aguentar 90 minutos em ritmo intenso, sem saber descansar com bola, fazendo-a circular por todo o campo. Nos dois jogos, o tempo de posse de bola foi bem inferior ao adversário.
2. Desorganização defensiva decorrente da perda dos automatismos e referências associadas à linha de 3, e falta de capacidade nas bolas paradas defensivas.
3. Encolhimento do plantel, com jogadores de valor sem jogar como Debast e Edwards, ao mesmo tempo que são dados minutos a um Fresneda com empréstimo alinhavado. Neste último jogo, com a equipa em evidente perda física, foram feitas apenas quatro substituições, três delas nos últimos 15 minutos de jogo útil.
Além disto, é evidente a necessidade de reforçar a equipa com a abertura do mercado de Inverno. Fresneda estará de saída e é preciso encontrar uma solução para Edwards. Duvido que algum dos nossos craques saia, pelas cláusulas elevadas e as questões de regulamentação da Premier League e de outras Ligas.
Jogadores como Gustavo Sá (Famalicão), Alberto Costa e Manu (V. Guimarães) seriam muito bem vindos para dar outra capacidade defensiva pelas laterais e de controlo do jogo a meio-campo.
No ataque a troca de Edwards por um jogador mais possante e com capacidade goleadora, nomeadamente na concretização de livres directos.
Na baliza, Israel continua a lutar contra o mau início de época por lesão. Fazia sentido vir um concorrente mais experiente tipo Adán, até porque a defesa é muito nova e precisa de orientação constante.
Enfim, é o que me apetece dizer sobre o assunto. Fica aqui aberto o debate.
Lamento desiludir-vos, morcões e lampiões, mas os jogadores do Sporting continuam a ser os mais valiosos hoje em Portugal.
A prova ficou agora à vista, com a actualização no Transfermarkt dos valores de mercado dos futebolistas portugueses: seis dos dez mais cotados são nossos.
Os restantes? Três do FCP e um do SLB.
Mesmo os lesionados, forçados a paragens na competição, continuam muito valorizados. Valem mais do que quase todos os do Benfica e do FC Porto mesmo sem impedimentos por lesão.
Só falta acrescentar: Gyökeres é o jogador de uma equipa portuguesa mais valorizado de sempre neste registo de referência do futebol internacional.
Cada jogador na sua posição, cada jogador a compreender a posição do colega, a saber fazer o que é preciso em cada uma das dez posições de campo (estou a excluir o guarda-redes).
Há jogadores como Debast que no mesmo jogo fazem mais do que uma posição, no último jogo começou como "central do meio" construiu a jogada que resolveu o desafio como "central à esquerda" e acabou o jogo como "central à direita". É o tipo de jogadores que mais valorizo, os que não se escondem no/do jogo, os que arriscam, os que defendem e atacam.
Um futebolista perfeito (para mim) poderia ser um misto destes dois, vejo isso em Morten, vejo-o, também, em Geny que se está a tornar-se um futebolista total, cada vez melhor a defender.
O melhor futebolista será aquele que cometer menos erros durante um jogo, assim um guarda-redes que dá três frangos mas faz uma defesa fantástica, um defesa que dá três abébias mas faz um corte maravilhoso, um médio que tem três perdas de bola comprometedoras mas faz um passe para golo, esses nunca são os melhores do jogo, nunca.
Já um avançado que falha três golos cantados, que em quatro oportunidades flagrantes marca uma, esse sim, pode ser o homem do jogo.
Reconheço que Viktor é um jogador com uma entrega e com uma potência física inesgotável mas neste último jogo foi demasiado perdulário. O maravilhoso golo que marcou com uma recuperação e um passe fantástico de Debast não apagam o resto.
Esteve bem o Record ao considerar Geny o melhor em campo, seria um prémio bem entregue a Franco Israel, a Gonçalo Inácio, a Debast, a Nuno Santos, a Morten e até a St. Juste, todos os que referi erraram menos que Viktor, todos eles foram determinantes para o 0-2 final.
Vamos, então, para Famalicão com mais concentração no ataque, mais frieza, menos perdas na finalização.
Como referi na resposta ao comentário ao último post, penso que o valor de mercado do plantel do Sporting referido no TM peca por defeito, o que é facilmente explicável pela juventude do plantel, apenas com 4 jogadores acima dos 27 anos e 7 ainda sub21.
Se o Sporting vendesse um ou outro mais jovem pelo valor do TM estava a cometer um lapso muito grave. Mas em termos gerais os valores fazem sentido.
Segundo a referência na matéria, o site Transfermarkt, o ranking dos valores dos quatro maiores clubes de cada um dos dois países da Peninsula Ibérica é agora o seguinte:
1. Real Madrid - 1340,0M€
2. Barcelona - 880,4M€
3. At. Madrid - 529,5M€
4. Sporting - 443,5M€
5. Fc Porto - 351,0M€
6. Benfica - 335,5M€
7. At. Bilbao - 318,6 M€
8. Sp. Braga - 127,5M€
No caso de Portugal, por acaso ou talvez não, a classificação actual da 1ª Liga reflecte este mesmo ranking.
Como se recordarão, há seis anos e meio perdemos o acesso à Champions, tivemos a SAD assaltada, meio plantel em fuga, ainda agora estamos a lutar por recuperar alguns milhões no que respeita ao Rafael Leão, presidente destituído, depois suspenso e expulso, começámos a época com uma manta de retalhos como plantel, um treinador que atraia a má sorte, um novo presidente eleito por uma unha negra a tentar conhecer os cantos à casa, uma bomba-relógio nas bancadas pronta a detonar à primeira vergonha. O nosso plantel valia pouco mais que o do Sp. Braga de então.
Agora temos presidente, director desportivo e treinador na sexta época juntos, a equipa na liderança da Liga e em lugar confortável na Champions. Dizem que Hugo Viana estará de saída para o Man. City no final da época e que Rúben Amorim, depois do interesse do Liverpool, poderá acompanhá-lo.
Dizem também que Rúben Amorim, amigo de Hugo Viana, foi a salvação de Frederico Varandas. O que não há dúvida que muito do sucesso deste percurso se deve a ele, ao seu trabalho incansável e da sua equipa de fiéis e jovens adjuntos, às suas ideias fixas e até casmurras sobre muita coisa, à sua valorização da forma de ser de cada um e do grupo como um todo. Não sei onde estudou, mas Rúben Amorim é um mestre em liderança.
Dizem também que Hugo Viana tem óptimas relações com o cunhado de Rúben Amorim, Antero Henrique, e com Jorge Mendes, e que isso explica muita coisa. Ainda bem para ele e para o Sporting.
Então realmente ou Frederico Varandas é um tipo muito inteligente ou teve mesmo muita sorte em escolher dois profissionais assim para o acompanharem. Ou então as duas coisas.
Também na vida pessoal aparentemente teve muita sorte com a esposa que encontrou, uma ex-atleta sueca do Sporting que prima pelo "low-profile".
O que está à vista de todos é que hoje futebol masculino e feminino e modalidades de pavilhão funcionam com base nos mesmos princípios: hierarquias bem definidas, estatuto de capitão muito presente, forte aposta na formação e na ligação da mesma à 1.ª equipa, contratação de estrangeiros muito jovens na fase ascendente das suas carreiras ou mais velhos na fase final das mesmas, espírito de equipa e de clube muito fortes. E se no futebol temos Rúben Amorim, no futsal temos Nuno Dias, no andebol o Carlos Carneiro e o Ricardo Costa, no basquetebol o Luís Magalhães, no voleibol masculino o João Coelho.
Na equipa B temos João Pereira, que colocou uma equipa muito jovem a jogar ao jeito da equipa A e segue na vice-liderança da zona sul da Liga 3, depois de perder no Restelo já no tempo extra, e por um penálti manhoso, a possibilidade de se colar ao líder Belenenses.
O Luís Neto anda a pensar no que fazer à vida, não sei que ideias tem sobre o seu futuro profissional.
Para a equipa feminina, e depois da demissão de Mariana Cabral, veio para treinador um ex-adjunto de Amorim em Braga.
O que vai ser esta época no futebol, não sei. No final se verá. Mas que o futebol do Sporting como um todo está no rumo certo, isso é por demais evidente.
Vamos ter futuro depois de Viana e Amorim? Seguramente.
Com Luís Neto e João Pereira promovidos a outras funções? Não faço ideia.
Mas sempre ouvi dizer que "mais vale ser inteligente e com sorte, do que burro e sem ela".
Balanço dos jogadores do Sporting que mais se destacaram em cada desafio do campeonato 2023/2024:
Gyökeres: 15 (Vizela, Moreirense, Farense, Arouca, Benfica, Gil Vicente, FC Porto, Portimonense, Estoril, Vizela, Casa Pia, Rio Ave, Boavista, FC Porto, Chaves)
Pedro Gonçalves: 5 (Braga, Boavista, Chaves, Famalicão, V. Guimarães)
Trincão 4 (Braga, Moreirense, Estrela da Amadora, Gil Vicente)
Com uma segunda volta fantásica e várias goleadas, Sporting sagrou-se campeão nacional
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a última de quatro partes.
29 de Março (Estrela da Amadora, 1 - Sporting, 2): TRINCÃO
Terminou o estágio anual em Lagos do Sporting com uma vitória frente a um grande clube espanhol que está a atravessar uma má fase, pouco futebol e muita porrada.
Francamente não dei pelo equipamento, nem andei a contar os Sportinguistas da bancada com igual camisola, deixo isso para outros, para mim o importante foram o jogo e os jogadores.
Daquilo que vi pela TV em dois jogos, a equipa está a regressar ao modelo da 1ª época, a apostar mais no contra-golpe incisivo e letal do que no controlo do jogo em si. Um modelo de jogo em que Pedro Gonçalves e Trincão se sentem como peixes na água. Foram eles que mais se destacaram nos dois jogos televisionados. E esse modelo de jogo também muito favorece Gyökeres.
Mas atacando mais rápido também se perde a bola mais rápido e a defesa sofre mais. Com a saída de Coates, precisávamos duma aposta firme e continuada no melhor trio de defesas, St.Juste-Diomande-Inácio, e dum tampão efectivo à sua frente, porque Debast vai precisar de algum tempo de adaptação e Matheus Reis é preciso na ala esquerda. Com a lesão de St. Juste, o possível castigo de Diomande (continuo a achar o vermelho mal mostrado, no momento da falta Quaresma está a um par de metros e à frente de Diomande na corrida para a sua baliza, seria um lance revertido pelo VAR) e a chegada tardia de Inácio temos ali um problema. Quaresma cumpriu sem mais.
Na ala direita Catamo começa bem a época, mas Fresneda parece estar de fora das opções. O que levanta outro problema, porque precisamos dum ala direito melhor a defender do que Catamo. Entretanto Esgaio, que era para sair, continua.
Na ala esquerda continuamos com Nuno Santos e Matheus Reis. Para mim não está ali o problema.
No meio Morita está no caminho do seu melhor, oxalá a selecção do Japão meta férias por uns meses, Hjulmand a chegar, Bragança e Mateus Fernandes são opções mas doutro patamar. Contra o Sevilha, nas bolas paradas, foi notória a falta de altura do onze. Continuamos sem uma alternativa a Hjulmand alta e forte como ele.
Aparentemente Edwards está como Fresneda. É mesmo para ficar ou está a fazer as malas para Inglaterra?
Quanto aos jovens, andam a aproveitar muito bem as oportunidades. Rodrigo Ribeiro e Nel estiveram muito bem nos jogos televisionados, os outros actuaram nos jogos de porta fechada, não sei como estão.
A temporada ainda agora começou. Muita coisa para definir e acertar até ao fecho do mercado, a base está lá e funciona, e a base chama-se Rúben Amorim.
O resto vai com esforço, dedicação, devoção e muita... tranquilidade, como dizia o míster Paulo Bento.
Apoio inequívoco das claques na goleada por 6-1 ao Boavista em Alvalade (17 de Março)
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a terceira de quatro partes.
Gyökeres no Sporting-Gil Vicente: um dos melhores avançados que passaram por Alvalade
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a segunda de quatro partes.
30 de Outubro (Boavista, 0 - Sporting, 2): PEDRO GONÇALVES
Gyökeres e Morten: grande dupla contra o Moreirense (vitória em casa por 3-0)
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio.
Último golo do último jogo do campeonato: lance de magia absoluta, digno de ser visto e revisto. Aconteceu ao minuto 55, quando o incansável Nuno Santos correu para impedir a bola de ultrapassar a linha de fundo na meia-esquerda. Conseguiu dominá-la e logo a tocou para Paulinho, que num fantástico pontapé de vólei a meteu lá dentro, sem a menor hipótese para o guarda-redes Gonçalo Pinto, por sinal formado na Academia de Alcochete. O estádio aplaudiu, em ondas de alegria e emoção, com milhares de gargantas entoando o nome de Paulinho. Que chegou ao fim com 15 golos - quarto melhor artilheiro da Liga. Cumprindo assim a sua melhor época de sempre, orgulhosamente de leão ao peito.
Os jogadores formados ou que passaram em Alcochete pelas camadas jovens e que chegaram a internacionais A por alguma selecção, do ano de nascimento do Cristiano Ronaldo ou posterior, são os seguintes (o ano indicado é de quando fizeram 18 anos):
2003
Cristiano Ronaldo
2004
João Moutinho
Nani
Miguel Veloso
2005
2006
Rui Patrício
Daniel Carriço
2007
Adrien Silva
2008
2009
Cédric Soares
2010
William Carvalho
2011
João Mário
2012
Bruma
Eric Dier (Inglaterra)
Rúben Semedo
2013
Gelson Martins
João Palhinha
2014
2015
2016
Rafael Leão
Demiral (Turquia)
2017
2018
2019
Gonçalo Inácio
Geny Catamo (Moçambique)
2020
Nuno Mendes
2021
2022
2023
2024
Não sei se falta alguém nesta lista. Se faltar agradeço que me informem para corrigir.
Fica claro que não chega ganhar títulos nas camadas jovens para produzir bons jogadores. Importa acompanhar os melhores de forma a conduzi-los ao sucesso, e os outros, para que gerem retorno económico para sustentar a academia. É o tal modelo centrado no jogador que alguns não percebem nem querem perceber.
Mas para esse modelo ter sucesso tem de haver... melhores. Isto remete-nos para o recrutamento. Que capacidade estamos a ter de convencer os melhores "putos" e respectivas famílias a optar pelo Sporting, em vez do Benfica na zona sul, ou em vez de Porto ou Braga na zona norte? E que "putos" queremos, se grandes se pequenos, se educados se para educar, se nascidos em Portugal se das ex-colónias, se fidelizados nos valores do clube se nas mãos de empresários ou familiares ávidos de dinheiro, etc... Enfim muita coisa.
O facto é que Alcochete não conseguiu ainda produzir mais nenhum internacional A depois do Nuno Mendes, para mim o melhor jogador português do Euro. No entanto, no plantel actual temos um ou outro que podem lá chegar.
Em tempos tinha feito aqui um balanço das aquisições ou empréstimos do tempo de Frederico Varandas. Venho actualizar essa avaliação, conhecendo agora mais sobre o valor desportivo e financeiro dos mesmos. Indico para cada um a época em que chegaram (1=2018/1019, ..., 6=2023/2024). Assim, nas épocas de 3 a 6 as contratações são da responsabilidade de Rúben Amorim.
Pontuando de 0 a 5, sendo 3 o mínimo positivo:
Nota 5 - Excelentes
Matheus Nunes (1) - Estoril
Pedro Gonçalves (3) - Famalicão
Pedro Porro (3) - Man.City
Manuel Ugarte (4) - Famalicão
Sarabia (4) - PSG
Diomande (5) - Midtjyland
Morten Hjulmand (6) - Lecce
Viktor Gyökeres (6) - Coventry
Todo um conjunto de jogadores que encaixaram totalmente na realidade do Sporting e no futebol de Amorim e que se valorizaram imenso. Sarabia foi um excelente empréstimo decorrente da venda de Nuno Mendes ao PSG (e dos fracassos anteriores de Fernando e Jesé), para onde iria depois Manuel Ugarte. Diomande, Hjulmand e Gyökeres, excelente trabalho de recrutamento, desde o scouting até à concretização do negócio.
Nota 4 - Boas
Neto (1) - Zenit
Geny Catamo (1) - Amora
Adán (3) - Atl. Madrid
Feddal (3) - Bétis
Matheus Reis (3) - Rio Ave
Nuno Santos (3) - Rio Ave
Paulinho (3) - Sp. Braga
João Mário (3) - Inter
Edwards (4) - V. Guimarães
Morita (5) - Santa Clara
Trincão (5) - Barcelona
Não tendo o valor de mercado dos outros, foi um conjunto de jogadores essenciais para o desempenho desportivo e os títulos alcançados. Nenhum veio na segunda época, a maior parte veio na terceira e o Sporting foi campeão nacional.
Nota 3 - Razoáveis
Luiz Phellype (1) - Santa Clara
Gonzalo Plata (1) - Equador
Vietto (2) - Atl. Madrid
André Paulo (3) - Real Massamá
João Pereira (3) - Trabzonspor
Antunes (3) - Getafe
Esgaio (4) - Sp. Braga
Tabata (4) - Portimonense
Arthur Gomes (5) - Estoril
St. Juste (5) - Mainz
Fatawu (5) - Gana
Marco Cruz (5) - Fc Porto
Diogo Abreu (5) - Fc Porto
Mateo Tanlongo (5) - Rosario Central
Franco Israel (6) - Juventus
Fresneda (6) - Valladolid
Koindredi (6) - Estoril
Pontelo (6) - Leixões
Pedro Bondo (6) - Petro Luanda
Contratações que fizeram sentido mas sem impacto relevante nos sucessos. Nalguns casos as lesões foram impeditivas de maior rendimento, noutras vendeu-se com lucro sem grande retorno desportivo, outros ainda ainda estão na fase de teste, entre o sucesso e a desilusão.
Nota 2 - Insuficientes
João Virgínia (4) - Everton
Marsà (4) - Barcelona
Gonçalo Esteves (4) - Fc Porto
Alcantar (5) - México
Sotiris (5) - Panathinaikos
Esperava-se bem mais de todos eles para justificar a vinda por contratação ou empréstimo. Alguns ainda poderão ir a tempo de dar retorno desportivo e/ou financeiro, outros já partiram e não deixaram saudades.
Nota 1 - Fracassadas
Doumbia (1) - Grozny
Valentin Rosier (2) - Dijon
Sporar (2) - Slovan Bratislava
Borja (2) - Colômbia
Bolasie (2) - Everton
Fernando (2) - PSG
Jesé (2) - PSG
Slimani (4) - Olympique Lyon
Bellerín (5) - Barcelona
Rochinha (5) - V. Guimarães
Aqui começamos a entrar no fracasso completo do scouting ou da decisão de contratação. Slimani é um caso de conflito de personalidade com Amorim, os outros nunca conseguiram integrar-se e demonstrar valor para justificar o que custaram. A segunda época é aqui dominante.
Nota 0 - Mega flops
Tiago Ilori (1) - Reading
Rafael Camacho (1) - Liverpool
Eduardo Henrique (2) - BSAD
Rúben Vinagre (4) - Wolves
Aqui há mesmo uma grande falta de estofo dos quatro jogadores, ainda por cima três deles formados em Alcochete e conhecidos pessoalmente pelo presidente, médico na altura. Vinagre foi um enorme e caro "barrete", se calhar contas a acertar com Jorge Mendes, não se entende mesmo como é que Amorim embarcou naquilo. Espero que tenha sido a última vez, porque o Chiquinho do Famalicão cheira a outro Camacho.
Resumindo:
1. Um total de 57 jogadores em 6 épocas (se bem me recordo foram cerca de 100 em 5 anos de Bruno de Carvalho para as equipas A e B).
2. Desses 57, considero 37 positivos e 8 excelentes. Nas negativas, a maioria diz respeito aos dois anos antes de Amorim.
3. Quais foram os casos em que Amorim mais falhou ao não conseguir extrair rendimento de contratações com qualidade?
Alguns mais jovens como Fatawu, Sotiris, Tanlongo e Diogo Abreu. Outros jovens com menos qualidade tiveram mais oportunidades na equipa A.
SL
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