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És a nossa Fé!

Hoje é o melhor dia para cas(c)ar

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A época ainda não começou mas vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar.

Este Sporting não joga nada, a única solução seria a contratação de SãoR7, infelizmente, Santos da casa não fazem milagres.

Foi assim no dia 3 de Janeiro de 2022, Old Trafford engalanado, o melhor jogador de futebol de todos os tempos, capitaneava os diabos vermelhos e comandava o ataque diabólico, acolitado por Cavani.

Nesse dia Cavani, CR7 e todos os outros diabos ficaram em branco, o único golo desse jogo foi apontado aos 82' por João Moutinho, o rei do encontro (dizem os ingleses) de facto, encontrou forma de colocar a bola dentro da baliza, o objetivo do jogo.

Tenho um carinho especial por todos os ex-jogadores do Sporting (uns mais que outros, claro) não compreendo os assobios a João Moutinho e a Podence, foram jogadores que dentro do campo sempre deram tudo pelo emblema do leão rampante, para mim, é suficiente, para além disso, ambos conquistaram títulos nos escalões de formação e na equipa principal.

Outros com muito menos títulos conquistados nos escalões de formação (zero) e na equipa principal são aplaudidos, desejados, disputados e, provavelmente, amaldiçoados se algo correr mal.

Tracemos o seguinte cenário, como a revista "Nova Gente" escreve com letras vermelhas Cristiano Ronaldo (como Futre no passado)  vai mudar-se para Lisboa.

Será para o Sporting?

O "staff" de CR7 pode estar à espera que o Benfica se classifique para a "Champions" para anunciar o contrato com o clube que já perdeu Seferovic e Darwin e precisa, desesperadamente, de uma referência atacante. 

Passaria Cristiano Ronaldo a ser pior jogador de futebol, como Futre, se assinasse pelo Benfica?

Convém pensarmos nisto agora, para numa próxima visita de CR7 a Alvalade, vestido com o vermelho selecção ou com o vermelho Benfica (se acontecer) não ter de passar pelo mesmo que Podence ou João Moutinho passaram ontem.

Parece que CR7 vai mudar de vida e nós deixaremos de assobiar os nossos?

Catar-22 (3)

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[Repito-me, pois na sequência dos meus Catar-22 e Catar-22 (2)]

Acabo de ver a segunda parte do Brentford-Wolverhampton (1-2). Bruno Lage colocou sete portugueses como titulares e três como suplentes. E o excelente Neto continua em recuperação de grave e prolongada lesão... Terceira vitória consecutiva da sua equipa, que está embrenhada na luta pelos lugares europeus, agora aparentemente colocada no 8º lugar - mas até poderá estar melhor, dado que entre o 4º (Manchester United) e este 8º a distância são apenas 4 pontos à 22ª jornada mas os clubes têm diferentes jogos realizados.

Ou seja, o Wolverhampton - a "alcateia portuguesa", como bem lhe chamou o locutor televisivo - está a fazer um belíssimo campeonato para um clube da sua dimensão económica e desportiva. Hoje fez mais uma segura e competente exibição, tendo ganho através de um belo golo de João Moutinho, o qual fez ainda o cerebral passe para o segundo golo - sim, exactamente João Moutinho, esse que (não me canso de o repetir) os profissionais do comentário televisivo e jornalístico insistem que "já não tem pedalada" para jogar na selecção portuguesa. Segundo golo esse que foi marcado, a dez minutos do fim, através de (mais) um magnífico remate de "meia-distância" de Rúben Neves, o qual ainda viria a fazer um passe magistral para um golo que acabaria por ser anulado devido a fora-de-jogo centimétrico.

No final do jogo exultavam nas bancadas os calorosos adeptos do clube, a viverem um verdadeiro apogeu na sua história de 150 anos. E fazem-no reconhecendo quem os conduz a tais píncaros, louvando-se no cântico "We've got Neves". E ao ver este acertados cachecóis só consigo repetir o que há anos aqui resmungo: como é possível que passem as épocas e as competições e Rúben Neves seja preterido na selecção por jogadores como William ou Danilo? Que seleccionador temos tido? Porque "não temos Neves"?

Catar-22

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Sobre o desejável apuramento para o Mundial-22 já muito foi resmungado, aquando dos últimos jogos da selecção. Ficou este travo azedo, no deslizar do mais do que acessível apuramento até esta já desfocada miragem da sua obtenção. Tudo o que bem espero não se vir a tornar verdadeiro azedume. E agora, no sprint final do campeonato de Inverno, após as qualificações nas taças europeias, com o dealbar do "mercado de Inverno" futebolístico e, ainda para mais, com a concentração de boas festas natalícias e melhores intenções, as questões da selecção estão em pousio. Até porque a Federação foi renitente a mudanças - espero que com acertada visão - mantendo a crença na fé do seleccionador Santos. Para quê vir então, agora, perturbar a quadra com tal horizonte? 

Faço-o porque tenho visto, a espaços, jogos do campeonato inglês, no qual participam vários dos nossos habituais internacionais. É certo ser geral a tendência de mais se prezar os jogadores seleccionáveis com os quais se têm (ou imaginam) afinidades clubísticas, mas isso pode ser ultrapassado ou, pelo menos, matizado, em momentos de crise. E é também certo que no nosso campeonato também muito há para ponderar. E dessa atenção endógena três exemplos logo se realçam, denotativos do conservadorismo vero imobilismo de Santos: o relativo apagamento do habitual convocado Sérgio Oliveira; a grande época de Ricardo Horta, sempre esquecido. E a quase nula integração do campeão Matheus Nunes - ainda mais clamorosa quando o naufrágio contra a Sérvia passou pela titularidade de Sanches em nome do seu repentismo, do inesperado galopante que traz ao jogo, mesmo que seja jogador com fortes deficiências tácticas. E se são essas as características que o catapultam para os momentos decisivos bastará recordar a extrema competência táctica de Nunes e convocar o seu recente golo na Luz para perceber que o erro não é dos treinadores de sofá, pois é ele bem mais superior como centrocampista actual.

Mas vou aceitar como racionalmente prudente que não será no futuro próximo, em embate(s) tão decisivo(s), que Santos introduzirá alterações no seu naipe preferencial de trunfos. Por isso olho os consagrados que jogam nos campos ingleses. O novo treinador do M. United não só mantém a confiança no binómio atacante Fernandes-CR7 (o que tanto poderá/poderia beneficiar a selecção) como catapulta Dalot, este firmando-se como alternativa incontestável à direita podendo deixar a esquerda para um Cancelo, a jogar esplendidamente. Enquanto Bernardo Silva brilha como nunca (e muito já brilhara) e Dias se mantém um rochedo. Mas não vim fazer um postal cobrindo de A a Z os jogadores seleccionáveis. Pois o que me convocou este postal foi ter assistido ao recente Wolverhampton-Chelsea. O Wolverhampton de Bruno Lage jogou com 4 titulares portugueses e ainda fez entrar um outro. Enfrentando o campeão europeu, uma equipa que segue no topo da tabela, um dos três reais candidatos ao título (conjuntamente com o Manchester City e o Liverpool) e que se caracteriza por um futebol muito pressionante, de grande exigência física e táctica. A equipa de Lage jogou muito bem, algo consentâneo com o belo campeonato que vem fazendo (um actual 8º lugar, na senda dos dois primeiros anos após o seu regresso a esta Liga nos quais, sob Espirito Santo, obteve 7ºs lugares). O relevante é que durante aqueles 90 exigentíssimos minutos - contra o actual campeão europeu, repito - no meio-campo do Wolverhampton esteve João Moutinho, a jogar e a fazer jogar, pressionante e pausando o jogo da sua equipa.

Olhando aquele jogo lembrei-me dos comentários após o jogo da Sérvia, seja dos emproados comentadores televisivos seja dos convictos bloguistas: face ao tal naufrágio em que João Moutinho fora abandonado diante do meio-campo sérvio, dado que Danilo se afundara num quase trio de centrais e Sanches cavalgava pelo estádio da Luz, decerto que devido a instruções que ambos haviam recebido, todos - assalariados, avençados e voluntários - coincidiam na doutoral sentença de que o veterano Moutinho "já não tem pedalada" para jogos daquele quilate. Ora se há coisa que se pode afirmar é que quem arranca uma jogatana daquelas, no seu peculiar estilo quase mudo, diante do super-Chelsea tem todo o pedal necessário para jogar contra a mediana Sérvia. Precisa apenas, para não sofrer os dislates dos comentadeiros arrivistas, de estar inserido numa equipa tacticamente estruturada, nisso imaculada se possível. E não a remar sozinho contra... as divergentes correntes.

Ou seja, isto de chegarmos ao Catar não periga devido aos jogadores. (Nem aos comentadeiros). Pois há jogadores suficientes de grande qualidade para "dar a volta" à situação, veteranos como Moutinho ou Cristiano, maduros como os Silva ou Cancelo, jovens como Nunes ou Mendes. Mas o que é necessário é que Santos "dê a volta" a si mesmo, suas certezas e teimosias. Que o Pai Natal lhe traga essa flexibilidade é o que eu peço. Para a nossa alegria.

Para quê convocar Moutinho?

Texto de AHR

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Permita-me um desabafo sobre a convocatória do Fernando Santos para a equipa principal. Como é possível continuar a convocar o João Moutinho (depois da forma como abandonou o Sporting, não o reconheço como antigo jogador do clube) para a selecção principal?

Só pode ser por amizade.

Não haverá actualmente no futebol português jogadores com melhor desempenho do que o João Moutinho? Continuar a convocar o João Moutinho nesta fase da carreira, em que pouco mais faz do que bater livres, pontapés de cantos e lançamentos de linha lateral, é uma afronta para os novos jogadores portugueses que agora despontam, e que vêem o seu lugar tapado por argumentos do seleccionador do tipo "optei por seleccionar jogadores que já conheçam os processos da equipa".

Falei no João Moutinho mas poderia falar do André Gomes ou do Renato Sanches. Será que não há jogadores melhores que eles? Convoca-se apenas porque jogam no estrangeiro, nem que passem a maior parte do tempo no banco?

Aqui vai um exemplo de um injustiçado: Ricardo Horta. Será que o Ricardo Horta ficou de fora por não conhecer os processos da equipa? O ridículo não tem limites.

 

Texto do leitor AHR, publicado originalmente aqui.

Tudo ao molho e FÉ em Deus - A estrelinha de Santos

Muita reza deverá ter feito D. Fernando, o infante Santo(s) da lusa nação, que nunca viu a equipa por si liderada libertar-se da masmorra táctica engendrada pelos mouros comandados por Hervé Renard. Sem bola, Portugal foi para uma batalha com as pantufas de João Mário contra uns magrebinos armados até aos dentes. Nesse sentido, não foi surpreendente para ninguém assistir às constantes invasões marroquinas, que privilegiaram flanquear os portugueses pelo seu lado esquerdo, onde o nosso Guerreiro (Raphael) sentiu o poder das garras de um adversário com o diabo no corpo (Amrabat).

 

Enquanto o jogo foi jogo e não foi guerra, Portugal dominou. Assim, e para não variar, voltámos a marcar cedo. Ronaldo (quem mais?) compareceu a uma assistência de Moutinho (o melhor luso) e concretizou um "penalty" de cabeça. Pouco tempo depois, correspondendo a um passe de Raphael Guerreiro, CR7 rematou rente ao poste. O problema é que o domínio da equipa das quinas só duraria uns 10 minutos...

 

A partir daí, os avanços marroquinos seriam uma constante. Aos 11 minutos, Rui Patrício defendeu um cabeceamento perigoso e, logo depois, foi o eminente Moutinho a salvar um golo iminente. Até ao intervalo, a equipa liderada por Renard tomou conta do meio campo e Amrabat colocou a cabeça de Guerreiro a andar à roda, perfurando uma e outra vez e centrando com intenção maldosa. A excepção à regra foi um passe açucarado de Cristiano para Guedes, isolado, que se perdeu por falta de eficácia do valenciano.

 

Para a segunda parte, voltámos com os mesmos jogadores, apenas com umas "nuances" de troca de posicionamento entre João Mário e Gonçalo Guedes. O 4-4-2 luso não funcionava e Guedes, João Mário e Bernardo Silva eram totalmente inoperantes. Assim, após uma defesa salvadora de Rui Patrício, Fernando Santos tentou alterar algo, colocando Gelson (saiu Bernardo) na ala direita e alterando o esquema para um 4-3-3 ou, mais concretamente, um 4-2-3-1. Nada de significativo se alterou até porque o jovem da Formação do Sporting nunca conseguiu ter espaço para aplicar a sua velocidade. Em conformidade, o treinador português voltou a mexer, desta vez fazendo entrar Bruno Fernandes para o lugar de um desinspiradíssimo e pouco combativo João Mário. Mais uma vez, não resultaria. Desde os 70 minutos, os magrebinos instalar-se-iam nas imediações da baliza de Rui Patrício, em sucessivas vagas de ataque, e de lá não sairiam praticamente até ao fim do jogo. Adrien ainda refrescaria o miolo, substituindo o esgotado Moutinho, um homem que se entregou à luta sem vacilar.

 

Em resumo, mais uma exibição descolorida da selecção nacional. Hoje valeu a atenção e reflexos de Rui Patrício, a combatividade de Moutinho e o habitual engodo pelo golo de Cristiano Ronaldo. E, claro, a já lendária estrelinha da sorte de Fernando Santos, a qual se sobrepôs à existente na bandeira marroquina. Destaques ainda para Cedric, bem melhor a defender que Guerreiro e para Fonte, mais esclarecido que Pepe. William tentou arrumar a casa, ganhando e perdendo bolas a meio campo.

 

Triunfo muito lisonjeiro para Portugal que tem agora quatro pontos, fruto de uma vitória e de um empate, bastando uma igualdade frente ao Irão para a tão desejada qualificação para os Oitavos-de-final. 2 jogos, 4 golos marcados, todos "by CR7". Precisamos de mais, de muito mais. Temos capacidade de sofrimento mas está a faltar a magia dos desequilibradores. Sem eles, não teremos condições de ir muito mais longe. É que Ronaldo é excelente, mas nem sempre pode valer por três...

 

Tenor "Tudo ao molho...": João Moutinho

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Aprender com quem sabe

Estes são dias em que as transmissões diárias dos desafios do Campeonato da Europa permitem separar o trigo do joio. Ficamos a saber quem é que, no enxame de comentadores e "analistas" dos jogos, entende mesmo de futebol e quem não percebe patavina.

Neste segundo lote destaca-se aquele que é talvez o palrador máximo da pantalha. Fala na proporção inversa do que sabe. Ainda há dias, como se estivesse numa conversa de café, declarava que o problema da selecção nacional é "eles correrem pouco". E concluía, contemplando a própria imagem num monitor de estúdio e repetindo sempre cada frase para preencher tempo de antena: "Deviam correr mais, deviam correr mais..."

 

Entre os que percebem realmente de futebol destaco alguém que não costuma pavonear-se nas televisões. Refiro-me a José Ribeiro, editor-chefe do jornal Record. Na edição de hoje, este jornalista explica de forma consistente e credível por que motivo jogadores como João Mário e William Carvalho renderam muito mais na segunda parte do Portugal-Hungria do que na primeira.

Passo a citar, com a devida vénia:

«William transformou-se, durante a primeira parte, na segunda "vítima" de Moutinho (a primeira fora Danilo): como o médio do Mónaco não está a conseguir ser dinâmico, "esconde-se" em espaços muito recuados, originando redundância de posicionamentos e funções na primeira fase de construção. Portugal voltou a ressentir-se desse problema. (...) Há um jogo com Renato que, neste momento, nunca pode existir com Moutinho. [No segundo tempo] o jogo da selecção transformou-se. O corredor central passou a ter vida e dinâmica. João Mário cresceu para os patamares habituais, de craque. E finalmente viu-se uma equipa com argumentos para poder discutir resultados. Com William vigilante, a cobrir-lhe as costas, este duo dinâmico foi capaz de "queimar" linhas e levar a bola para a zona de finalização. Não foi por coincidência, foi pela acção directa de Renato. E mesmo "sem" André Gomes em campo, aqueles dois carregaram o jogo e levaram a bola para onde ela tinha de estar. Onde ela não chegava com Moutinho.»

 

Palavras de um atento e sábio leitor do jogo. Com ele é possível aprendermos alguma coisa. Com o outro, o tal que adora mirar-se no monitor, ninguém aprende nada.

Nunca mais

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Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo e estrela maior da nossa formação, foi transferido em 2003 de Alvalade para o Manchester United por 17 milhões de euros - dos quais só 8,8 milhões terão realmente rumado aos cofres leoninos. Seis anos depois, saía para o Real Madrid por uma quantia recorde: 94 milhões de euros.

 

João Moutinho, titular da selecção nacional e capitão do Sporting, rumou em 2010 ao FCP por módicos 11 milhões de euros. Perdemos duas vezes com este negócio: pela saída de um melhores valores formados em Alcochete e por vê-lo jogar num concorrente directo, sem salvaguarda contratual prévia. Três anos depois, Moutinho saía do Dragão para o Mónaco numa transferência que envolveu também James Rodríguez, a troco de um chorudo pacote financeiro: 70 milhões.

 

Em 2013, outro capitão do Sporting, Daniel Carriço, foi vendido apressadamente ao Reding por apenas 750 mil euros, quando meses antes a direcção leonina recusara transferi-lo por três milhões - valor pelo qual o seu passe continua avaliado. Passou a jogar pouco depois no Sevilha, onde este central da nossa formação já venceu por duas vezes a Liga Europa.

 

Três valores do futebol internacional - cada qual à sua escala - formados na Academia do Sporting. Três jogadores vendidos ao desbarato por gestores incompetentes.

Não queremos disto. Nunca mais.

Sérgio, setenta anos

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Vinte e dois de Novembro de 2007, um local, FNAC do Colombo (19H00), assisti à apresentação do livro: "Futebol e Rock n' Roll"... o "rock" era o aniversariante de hoje, o Sportinguista Sérgio Godinho; o futebol era um futebolista, que digamos, já não joga no Sporting.

Retiro umas palavras desse livro (p. 31 e 32):

SG - E tu, nunca foste benfiquista?

JM - Para dizer a verdade, fui (...) apesar da minha mãe ser uma adepta anti-benfiquista.

SG - Ah, é uma adepta anti-benfiquista... Boa definição.

JM - Podem ganhar todos, menos o Benfica.

SG - Isso parece uma frase que os brasileiros costumam dizer: «me inclui fora dessa»... (risos)

JM - Quando o Benfica ia jogar a Olhão aconteciam umas certas... trafulhas - é como a minha mãe diz, trafulhas. A partir daí começou a detestar o Benfica (...) o árbitro roubava o Olhanense e a minha mãe, adepta do clube, ficou com um pó ao Benfica (...)

[ficar com pó ao Benfica é uma frase linda, lida à luz daquilo que hoje sabemos, ficar com pó ao clube do pó, há realidades que não podem ser branqueadas :)]

Enfim a ideia era dar os parabéns ao Sérgio mas enveredei pelo estilo João Gobern a quem pagaram para escrever uma crónica em que fala dele; Gobern e não de Godinho.

Vou terminar com um grande abraço para Godinho, Sérgio Godinho e uma frase à Leão:

TEMOS FORÇA E RAZÃO E VONTADE PARA LUTAR!

Curiosidade

Não deixa de ser curioso que jogadores como João Pereira e Ricardo Quaresma, que não primam propriamente pela finura e boa educação em campo, tenham revelado respeito e consideração sempre que se referiram aos seus anteriores clubes.

João Pereira, confesso benfiquista, já depois de ter ido para o Valência referiu-se com carinho ao Sporting e à marca que o clube tinha deixado nele. As palavras de Quaresma de que nunca iria falar mal do Sporting ainda estão bem presentes na memória dos sportinguistas.

Em contraponto, Simão ou João Moutinho, jogadores bem comportados em campo, aos quais nunca ninguém colocaria a etiqueta de broncos, revelaram uma deplorável falta de gratidão e sentido de memória para com o clube que os formou.

Moral da história: quem vê caras, não vê colunas vertebrais.

Rumo ao Mundial (6)

 

 

JOÃO MOUTINHO

Tem apenas 1,71m mas é um gigante no meio-campo: a selecção portuguesa não pode prescindir dele. Quando isso aconteceu - por decisão do seleccionador Carlos Queiroz, que entendeu deixá-lo de fora da lista dos convocados para o Mundial de 2010 - o resultado foi o que sabemos.

Quatro anos depois, permanece por decifrar esse enigma: por que motivo um jogador que teve uma participação decisiva na fase de qualificação para esse campeonato não chegou a embarcar para a África do Sul? O certo é que, a uma semana da final desse Mundial tão frustrante para nós, era anunciada a transferência de João Moutinho para o FC Porto por módicos 11 milhões de euros...

A irritação dos sportinguistas foi bem compreensível: o médio algarvio tinha sido uma das estrelas mais fulgurantes da nossa academia, jogava havia cinco épocas em Alvalade, era capitão da equipa desde 2008 e transferia-se para um dos nossos rivais directos. O então presidente leonino, José Eduardo Bettencourt, chegou a chamar-lhe "maçã podre" - frase de que mais tarde se arrependeu.

A verdade é que Moutinho, hoje com 27 anos e titular do Mónaco, é um elemento imprescindível da selecção. Como aliás se comprovou no Euro-2012: Paulo Bento, ao contrário de Queiroz, não o deixou em Lisboa. E fez muito bem: não há transportador de jogo como ele, estabelecendo a ligação entre a defesa e o ataque, colando como ninguém as diversas parcelas da equipa. Organizador nato, a sua capacidade de passe é notável, sobretudo em distâncias longas, devido a uma excepcional leitura de jogo. Lembremos, por exemplo, a sua soberba assistência para Cristiano Ronaldo no jogo contra a República Checa que nos colocou nas meias-finais do Euro.

Numa demonstração cabal de que em futebol não basta jogar bem com os pés: é fundamental saber utilizar também a cabeça.

Quando o crime não compensa

Sobre a passagem do FC Porto para a Liga Europa, cenário que me agrada por motivos egoístas, atrevo-me a dizer que é um justo castigo para a fraude miserável que os seus responsáveis fizeram no negócio com o Mónaco. Como precisavam de vender dois craques, para poderem 'mascarar' o valor de João Moutinho, de modo a não pagarem uma enorme percentagem de mais-valias ao Sporting, perderam também o James Rodríguez. Os resultados estão à vista, por muito que Josué e Licá se desunhem.

Ainda o episódio Moutinho...

Acho que um dos acertos que temos de fazer com nós próprios, sportinguistas, é o descermos à Terra e defendermos os nossos interesses (os do clube) com pés e cabeça. No caso da transferência do Moutinho para o Mónaco o que li nos jornais roçou o ridículo. Alienámos os direitos sobre o jogador (com exceção da percentagem sobre transferência futura). Ok. Ao vendermos a dita «maçã podre», perdemos o direito de algo mais sobre o valor base de eventual transferência (11 milhões), que não o da nossa percentagem. Perdemos o direito a definir o valor do passe, perdemos o direito a outra coisa que não fosse rezar pela valorização comercial do jogador. Seria absolutamente surreal pensar que, para agradar ao Sporting, o novo dono do passe o valorizasse ao máximo. Qualquer aprendiz de empresário ou de comerciante sabe isso. Vendendo, como vendeu, o jogador na forma 2 em 1 (valor da transação), qualquer negociante inteligente e defendendo os seus interesses próprios não iria proporcionar ao antigo detentor do passe um maximo de valor só pela cor verde dos uns lindos olhos. A «indignação» de alguns pareceu-me, deste modo, ridícula e desproporcionada. Não é assim, nem por aqui, que conseguiremos parecer gente crescida. É fazendo negócios de gente crescida.

A campanha portista na imprensa

Começou agora a campanha de certa comunicação social para tentar convencer os sportinguistas de que o negócio do João Moutinho foi bom ou, pelo menos, "não foi mau", através de artigos como este de Hugo Daniel Sousa: "Financeiramente, Moutinho rendeu mais ao Sporting do que ao FC Porto". Espero que os sportinguistas saibam ver o que está em causa, já que o sr. Hugo Daniel não sabe: a transferência do Moutinho para o Mónaco não pode ser vista isoladamente, e tem que ser analisada em conjunto com o negócio do James. Se o Porto fez tudo para desvalorizar o Moutinho (só faltava tê-lo vendido por 11 milhões e o James por 59), é lógico que se chegue a resultados como o que o sr. Hugo Daniel anuncia. Só que isso não tem significado nenhum nem invalida a aldrabice que foi feita.

Hugo Daniel Sousa também afirmou recentemente que este campeonato, ganho pelo Porto e o pior de sempre do Sporting, "deixa saudades". Significativo.

Que isto cheira muito mal cheira, cheira

Foto de "A Bola"

"A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a um acordo com o Association Sportive de Monaco Football Club para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva dos jogadores profissionais de futebol James Rodriguez e João Moutinho.

O valor global a receber por esta transferência é de 70.M€ (setenta milhões de euros), sendo:

- 45M€ (quarenta e cinco milhões de euros) relativos à transferência do jogador James
Rodriguez;

- 25M€ (vinte e cinco milhões de euros) relativos à transferência do jogador João
Moutinho."


A conclusão é que a "maçã podre", em vez de ser ter valorizado nos últimos tempos no FC Porto, desvalorizou-se. Pois, pois, contem-me destas.

Espera-se a reacção de quem de direito no Sporting. Isto assim não pode ficar!

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