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És a nossa Fé!

Ingratidão do rival vs. serenidade leonina

Ler queixas de benfiquistas sobre o árbitro João Capela, o tal que lhes perdoou várias grandes penalidades no derby do limpinho, limpinho, equivale a ler uma dissertação de Cicciolina sobre a perda da virgindade. O clube da Luz, que foi amplamente beneficiado anos a fio, a ponto de jocosamente se apelidar um campeonato de Liga Capela, mostra ingratidão face aos serviços anteriormente prestados. Obviamente que este clamor visa desviar atenções da qualidade do futebol praticado, da prestação das principais aquisições na presente época, face ao investimento, das críticas de adeptos a Rui Vitória e até da inenarrável explicação sobre o like de Jonas no Instagram, com a bizarra teoria da conta ter sido pirateada.

Felizmente que os tempos são calmos no Sporting, apesar da controvérsia sobre a não convocação de Nani para o jogo com o Marítimo. No entanto José Peseiro falou demais, compreendo o interesse mediático, mas os problemas de casa, decidem-se internamente, à porta fechada. Claro que a vitória ajudou a serenar os ânimos, acredito que Nani volte a ser titular e receber a braçadeira muito em breve, quiçá na próxima quinta-feira. A bem do clube.

Os mesmos

 

Atiram-se agora a João Capela os mesmos que beneficiaram de três penáltis inventados por este árbitro num Benfica-Sporting de péssima memória.

No mínimo, são ingratos.

 

Atiram-se agora aos 8 minutos de tempo extra concedidos no Tondela-Sporting os mesmos que há três semanas festejaram um golo de Jonas aos 90'+7' que permitiu ao Benfica amealhar um pontinho de emergência no Restelo.

No mínimo, são imbecis.

 

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Da vitória arrancada a ferros. Batemos o Tondela esta noite, por 2-1, com o golo do triunfo a ser apontado por Coates quando já se iniciara o nono minuto do tempo extra, que em princípio deveria escoar-se apenas em quatro. Registou-se uma explosão de justa e compreensível alegria entre os adeptos leoninos que se deslocaram ao estádio daquela cidade da Beira Alta e certamente um pouco por todo o País e nas partes do mundo que acompanhavam a transmissão em directo do jogo pela rádio ou pela televisão.

 

De Bas Dost. Regressou à equipa após três semanas de ausência e voltou em forma: à primeira oportunidade, com notável sentido posicional, marcou logo um golo. O nosso primeiro, aos 26', cabeceando da melhor forma com notável tempo de salto. Participou ainda na construção do segundo, amortecendo a bola que havia sido bombeada a 40 metros de distância por William Carvalho e servindo-a, na prática, como assistência para o finalizador Coates.

 

De Acuña. Para mim, o argentino foi o melhor em campo nesta partida: dinâmico, veloz, esticando o jogo, desequilibrando as marcações adversárias. E assegurou duas posições diferentes no seu flanco. Fez a assistência para o primeiro golo com um cruzamento milimétrico para o holandês. Repetiu a proeza em duas outras ocasiões: aos 45', servindo Mathieu (que cabeceou por cima) e aos 87' para Doumbia (que desperdiçou). Com a saída de Bruno César - hoje lateral esquerdo titular na ausência de Coentrão por castigo - recuou para a ala defensiva, onde também cumpriu a missão, mas sem nunca descurar a manobra atacante, bem útil quando a nossa equipa já jogava apenas com dez.

 

De William Carvalho. Falso lento, está sempre em jogo. E voltou a funcionar como o dínamo do onze leonino, pautando tanto a manobra defensiva como a corrente ofensiva. Hoje não se limitou ao meio-campo: quando foi necessário, cumpriu aquilo que o treinador lhe pediu, funcionando como defesa central de emergência após o vermelho exibido a Mathieu. Mas na retina dos adeptos ficou, acima de tudo, o seu espectacular passe longo do último lance que viria a ser muito bem recolhido por Bas Dost, daí resultando os três pontos que o Sporting trouxe de Tondela. Jogadores como o nosso capitão fazem a diferença nestes pormenores. Que são pormaiores.

 

De Bruno Fernandes.  Boa partida do nosso médio criativo, que a partir da recomposição táctica imposta pela expulsão de Mathieu recuou para médio de contenção, ocupando a posição antes confiada a Willliam: deu boa conta do recado. Os melhores remates de meia distância, como é hábito, saíram dos pés dele: um aos 45', travado in extremis pelo guardião do Tondela, outro aos 78', noutro disparo muito bem colocado.

 

De Coates.  Começou por ser o vilão e acabou por tornar-se o herói leonino desta partida. Primeiro, aos 13', quando por lentidão de reflexos falhou uma intercepção de bola, permitindo a cavalgada do Tondela para o golo inaugural. Depois, ao marcar um golo em que quase ninguém já acreditava mesmo ao cair do pano desta partida. Neste último lance, o central uruguaio confirmou aquilo que sabíamos: tem raça e garra de Leão. Conscientes disto, perdoamos-lhe as falhas ocasionais: a desta noite já está esquecida.

 

Da "estrelinha". Há muito venho observando por aqui que o Sporting, nesta temporada, tem "estrelinha de campeão". Talvez em nenhum outro jogo da Liga 2017/2018 isso tenha sido tão flagrante como neste embate com o Tondela, que foi um digno vencido. É uma boa notícia para nós: não há jogo sem sorte e não há campeão sem estrelinha.

 

De Jorge Jesus. O treinador teve bons reflexos ao gerir os efeitos da inesperada e desagradável expulsão de Mathieu. Deixou no banco um central alternativo, limitando-se a fazer recuar William para jogar com Coates no eixo da defesa leonina e pedindo a Bruno uma missão táctica suplementar como médio mais recuado. Foi recompensado por esta ousadia: os jogadores corresponderam e a sorte sorriu-lhe.

 

De concluir que nos mantemos na corrida ao título. Continuamos a depender só de nós, igualando o Benfica na segunda posição e apenas a dois pontos do Porto, ainda comandante do campeonato. Tudo é possível.

 

 

 

Não gostei

 

 

De Mathieu. Partida para esquecer do central francês, amarelado ainda no primeiro tempo pelo árbitro João Capela. Aos 60', num gesto irreflectido, levou as mãos à cara de um adversário, como se implorasse um segundo cartão. Assim aconteceu: foi para a rua e deixou o Sporting com menos um jogador. O jogo permanecia empatado e tudo a partir daí se tornou um pouco mais difícil.

 

De Montero e Doumbia. O colombiano na primeira parte, o marfinense que o substituiu na segunda: nenhum deles cumpriu os mínimos para justificar ser titular numa equipa que aspira à conquista do campeonato. Apáticos, trapalhões, sem intensidade, sem instinto goleador, sem conseguirem combinar com Bas Dost. Duas grandes decepções.

 

De Rúben Ribeiro. Vai desperdiçando oportunidade atrás de oportunidade. Hoje, lançado em campo aos 59' após a saída de Bruno César (e o consequente recuo de Acuña), teve a seu cargo a ala esquerda ofensiva, mas foi de uma vulgaridade gritante, incapaz de fazer a diferença. Lento, previsível, preocupa-se mais em adornar os lances de costas para a baliza do que em criar desequilíbrios que possam servir a equipa e incutir-lhe a dinâmica que tantas vezes lhe falta.

 

Do desgaste da nossa equipa. Esta vitória soube muito bem, mas o jogo, tal como decorreu, trouxe um adicional de fadiga aos jogadores do Sporting nada recomendável para os desafios que vão seguir-se.

 

Do empate a uma bola que parecia interminável. Chegámos assim ao intervalo e já imaginávamos que não seria desfeito. Felizmente Coates estava lá para provar que nos tínhamos enganado. Com o beneplácito do árbitro João Capela, a quem a partir de hoje não voltarei a dirigir impropérios. Foi uma vitória limpinha, limpinha.

Ricardo, Carlos e João

Nesta jornada aconteceu um feito inédito que passou despercebido.

Os três grandes venceram com a particularidade dos golos terem sido apontados por portugueses.

Ricardo Quaresma e Carlos Mané, produtos da escola de avançados do Sporting Clube de Portugal, marcaram para as respectivas equipas e João Capela, produto da escola de avençados do clube da freguesia (ao lado) de Carnide, apontou, também, um bonito golo... falso mas bonito.

Uma crise de ciúmes

A desonestidade intelectual e a cegueira clubística de alguns comentadores de futebol é tão gritante que choca mesmo muitos daqueles que já não se surpreendem com quase nada. Pensei isto na noite de segunda-feira, ao escutar o benfiquista Rui Gomes da Silva, na SIC Notícias, berrando contra o árbitro João Capela, que beneficiou escandalosamente o FC Porto em Coimbra ao inventar um penálti favorável aos azuis e brancos e perdoando-lhes outro, indiscutível.

 

Trata-se precisamente do mesmo benfiquista que, perante uma arbitragem ainda mais escandalosa do mesmíssimo árbitro, em 22 de Abril, proclamava também com estridência no canal noticioso de Carnaxide: "Não houve nenhum penálti não marcado!" Procurando assim escamotear o facto de Capela ter perdoado duas grandes penalidades ao Benfica, na Luz, contra o Sporting - um facto reconhecido na altura por todos os especialistas em arbitragem. Incluindo estes e estes.

 

Sem memória do que declarou então, como advogado oficioso de Capela, o comentador encarnado de Carnaxide não hesita desta vez em virar o bico ao prego perante o mesmo apitador: "É um escândalo tão grande, tão grande, tão grande aquele penálti!", declarou no programa O Dia Seguinte, enojado com a prestação de Capela em Coimbra.

 

Beneficiado em Abril pelo árbitro que ofereceu três pontos ao Benfica, Gomes da Silva não tolera ver desta vez a mesma personagem beneficiar os portistas. Admito que seja uma crise de ciúmes: gostaria talvez de ter o monopólio das prendas de Capela, o pior árbitro ainda em actuação na Liga. Mas já vai muito tarde para atacar agora o que dantes defendeu.

Sujinho, sujinho

 

 

«Está aqui um árbitro com muito futuro.»

Jorge Jesus sobre João Capela após o Benfica-Sporting da época passada (21.4.2013)

 

«João Capela assinalou um penálti caricato contra a Académica.»

José Ribeiro, Record

 

«Grande penalidade inexistente e, como tal, mal assinalada.»

José Leirós, O Jogo

 

«Ricardo defendeu o penálti mal assinalado por João Capela.»

António Tadeia, Record

 

«Não houve motivo para grande penalidade e tão pouco para cartão amarelo [a Aníbal].»

Jorge Coroado, O Jogo

 

«Logo no início da partida [Académica-FCP], ficou por marcar uma grande penalidade, a castigar falta de Josué sobre Ivanildo.»

Luís Pedro Sousa, Record

 

«Josué atinge a perna esquerda do adversário, derrubando-o. Penálti por assinalar.»

José Leirós, O Jogo

 

«João Capela não viu um penálti de Josué sobre Ivanildo.»

António Tadeia, Record

 

«Jogo complicado pelo árbitro nos últimos instantes, quando fez sobrevir a incompetência já anteriormente demonstrada.»

Jorge Coroado, O Jogo

A primeira boa notícia deste fim de semana

Académica derrota o FC Porto em Coimbra, o que não sucedia desde o dia 15 de Novembro de 1970. Com o nosso conhecido João Capela a perdoar uma escandalosa grande penalidade cometida logo no início do jogo por Josué sobre Ivanildo e a validar um penálti mais que duvidoso que beneficiou os portistas (embora tenha sido defendido pelo guardião conimbricense, Ricardo) a cinco minutos do fim.

Confirmando ser um dos piores árbitros a actuar em relvados portugueses. Limpinho só mesmo para Jorge Jesus.

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