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És a nossa Fé!

Nem é preciso rebentar, basta abrir a porta

O Sporting procura domingo a primeira dobradinha em mais de vinte anos. Como campeão e melhor equipa nacional, estatisticamente e exibicionalmente, é favorito, o que não garante nada a não ser otimismo  e ambição.

Os do Porto quererão despedir-se de Jorge Nuno e talvez de Sérgio da melhor forma e nós quereremos dar continuidade à festa. Eles têm um bom guarda-redes, um bom trinco, dois espalhas-brasas-brinca-na-areia e dois avançados goleadores meio adormecidos que esperemos que o sol do Jamor não acorde. Também têm tendência para ter os nervos fracos e ver gigantes em moinhos de vento (ou mesmo portas da Linha). 

Nós temos um júnior na baliza, bem guardado por Coates e companhia; uma junção nipo-dinamarquesa no miolo e alas verdadeiramente diferenciados e sempre prontos a entregar presentes ao nosso uber-Jardel.

E ainda temos uma convocatória entalada na garganta, que se pode desprender à conta de golos bem gritados. Há uns quantos portugueses que, pela primeira vez, estão desgostosos por ir passar uns dias numa ilha paradisíaca em vez de aterrarem na Alemanha. Pela milésima vez poderão mostrar que mesmo ignorados, são melhores. 

Esta época é verde. Resta saber o quão verde. Acredito que muitíssimo. Só é pena que o Jamor não estique.

Duas grandes questões

«Sobram duas grandes questões sobre o espectáculo vergonhoso a que todos pudemos assistir no Jamor: quais são os critérios que levam uns delegados de saúde a impedir a realização de um jogo quando há quatro infectados (Feirense-Chaves da última época) e outros a autorizar a realização de outro quando há mais de uma dezena, como aconteceu com o Belenenses? Talvez as autoridades de saúde possam responder a esta. A outra é, obviamente, o que levou Rui Pedro Soares a não pedir formalmente o adiamento do jogo e até a insistir que não o faria quando o número de infectados já o exigia. Talvez esta não tenha nenhuma resposta que o dirigente do Belenenses possa dar.»

Jorge Maia, hoje, no jornal O Jogo

A festa do Jamor

xSportingTaça.jpg

 

Estamos na época do ano da grande festa do Jamor, já nem sei dizer quantas vezes lá estive a torcer pelo meu Sporting, ganhando umas, perdendo outras, talvez uma dezena de vezes.

No ano passado, estive lá a ver o nosso Sporting conquistar brilhantemente a Taça de Portugal frente ao rival FC Porto e depois de ter ultrapassado o outro rival nas meias-finais. Depois de sofrermos o primeiro golo, conseguimos empatar pelo Bruno do costume e levar o jogo para prolongamento defrontando uma equipa com outro potencial, conseguimos a vantagem por Bas Dost para sofrer um golo evitável a terminar o prolongamento. Depois o mesmo Bas Dost atirou à trave, tudo parecia perdido, mas Renan e os outros resolveram a questão. 

 

Foi a 17.ª Taça ganha pelo Sporting, a 11ª nos últimos 50 anos, com os seguintes presidentes:

7ª -1971 - Brás Medeiros

8ª -1973 - Manuel Nazareth

9ª -1974 - João Rocha

10ª -1978 - João Rocha

11ª -1982 - João Rocha

12ª -1995 - Sousa Cintra

13ª - 2002 - Dias da Cunha

14ª - 2007 - Soares Franco

15ª - 2008 - Soares Franco

16ª - 2015 - Bruno de Carvalho

17ª - 2019 - Frederico Varandas

 

No entanto, em duas ocasiões a festa foi manchada por acontecimentos antes e durante, e o Sporting não deveria ter embarcado numa jornada inglória e condenada ao fracasso:

1996 - A final do "very light", com Santana Lopes como presidente, marcada pelo assassínio do nosso Rui Mendes nas escadarias do Jamor (não confundir com alguma vítima das guerras das claques);

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2017 - A final da vergonha, marcada pela deserção do presidente Bruno de Carvalho e pelos insultos aos jogadores nas escadarias pelos do costume.

SportingTaça2018.jpg

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E assim chegámos às 17 Taças de Portugal no museu do Sporting. Com certeza lá estaremos de novo um dia destes para ajudar a equipa e o presidente da altura a conquistar mais uma.

SL

De pedra e cal - A mais distinguida filial algarvia

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Legenda: No Jamor, o Sporting Clube de Portugal defronta o Sporting Farense. O bloco de comandados por Ronnie Allen: (na primeira fila: Carlos Pereira, Tomé e José Carlos) vai enfrentar os representantes da mais distinguida filial algarvia. Luta Familiar que não pode resultar em problema leonino.

 

O jogo aconteceu a 14 de Janeiro de 1973 e o Sporting ganhou por 4-0. Mesmo assim a equipa de Faro conseguiria ficar em 11º lugar no campeonato e chegar até às meias-finais da Taça de Portugal, troféu ganho pelo nosso Clube. A nossa equipa era comandada por Ronnie Allen que nos deixou no final da época.

No dia em que se confirma a subida do Sporting Clube Farense (1 de Abril de 1910), filial n.º 2 do Sporting Clube de Portugal, congratulo-me e partilho esta memória longínqua. 

As minhas memórias, são outras. A primeira vez que vi o Sporting Clube de Portugal em campo, foi no S. Luís, em Faro. A primeira vez que pus o pé num estádio de futebol, foi no S. Luís, em Faro. O meu Farense, é o de Paco Fortes e do temível Hassan. O meu Farense, é o que na época 94/95 garantiu acesso à Taça UEFA. O meu Farense, nossa filial n.º 2, está de volta ao palco principal do futebol nacional e eu sinto-me duplamente feliz.

O meu coração é, e será sempre, exclusivamente verde e branco, mas na próxima época, estará ainda mais palpitante.

Seja bem-vinda à Primeira Liga, cara filial n.º 2. Estou absolutamente certa de que as disputas familiares da próxima época, não vão resultar em problema, mas em grande festa leonina.

Muito obrigada, caro Leão da Amadora.

 

Imagem: acervo pessoal do antigo jogador Carlos Espírito Santo, com o meu sentido agradecimento ao seu filho, Ricardo Espírito Santo.

*Edição: distinguida por distinta (legenda e título).

Jamor?

Foi no final da época de 1993/1994 que vi, pela primeira vez, uma final da Taça de Portugal. O jogo foi contra o Porto, a mesma equipa que vamos defrontar amanhã. Empatámos a zero e teve de se realizar uma finalíssima (felizmente que alguém se lembrou de acabar com isso!). Na minha memória o estádio não estava cheio, sobretudo em comparação com a final a que assisti no final da época seguinte contra o Marítimo e que, felizmente, ganhámos. 

Desde 1993/1994 falhei apenas a final da época de 1995/1996, o jogo em que Rui Mendes caiu atingido por um very light, num dos mais tristes momentos do futebol português. 

Da última final, no ano passado, não guardo boas memórias. Não pelo resultado que, em muitas circunstâncias, pouco importava, mas antes devido a tudo o que se havia passado poucos dias antes e que deixou a larga maioria dos sportinguistas de rastos.

Este texto, porém, não é sobre as minhas memórias de finais de Taça de Portugal, é sobre o estádio. O Jamor, embora esteja num local aprazível, é um estádio sem quaisquer condições para receber encontros de futebol de grandes competições. Aliás, a avaliar pelas notícias saídas em diversos órgãos de comunicação social, a UEFA terá mesmo determinado que o estádio do Jamor não estaria apto para receber jogos europeus.

O estádio do Jamor é uma tragédia à espera de acontecer. Dentro do estádio e, principalmente, fora dele, todo o espaço revela fragilidades (falta de cobertura das bancadas, debilidades várias nos parques de estacionamento, condições deploráveis nas casas de banho, ausência de ligações adequadas a transportes públicos) que muito dificilmente podem ser superadas. Ademais, a lotação é claramente insuficiente para um jogo que atrai sempre dezenas de milhares de pessoas.

Por qualquer motivo que tenho dificuldade em compreender, existem, apesar de tudo, muitas pessoas que defendem a realização do jogo da final no Jamor. É difícil de entender, uma vez que nem a seleção nacional ali joga. O problema do Jamor só poderia ser resolvido com um investimento muito significativo no estádio e no lugar circundante que custaria certamente algumas centenas de milhões de euros, o que talvez não se justifique quando temos no nosso país três estádios ao nível do melhor que existe na Europa.

Sábado no Jamor vamos ser felizes !!!

jamor.jpg

 

No próximo sábado mais uma vez o Sporting Clube de Portugal estará naquele estádio emblemático e histórico para tentar ganhar mais uma Taça de Portugal.

Isso acontece um ano depois de ter lá estado numa situação miserável, com o plantel acossado e violentado por um alucinado presidente e pela sua tropa de choque, e ter saído com uma derrota, se calhar inevitável, e com mais uma humilhação pública por parte da jagunçada das claques nas escadarias do Jamor. Quem lá esteve viu os choros de raiva e impotência ao vivo, o ódio dos javardos nas escadarias sob o olhar contemplativo da polícia, quem não esteve viu pela TV. Mas ao vivo as coisas tornam-se bem diferentes. Quem lá não esteve foi o presumivel líder do assalto terrorista a Alcochete, barrado à entrada (Uma palavra de lamento pela doença de que conforme ouvi padece).

Mas voltando a este ano, o Sporting só lá vai estar porque, com Keizer ao comando, conseguiu eliminar o vencedor da Liga, numa jornada dupla, e logo na melhor fase do mesmo, na fase Bruno Lage. Ou seja, vai lá estar com todo o mérito.

Vai enfrentar um Porto com um plantel muito mais rico que o do Sporting, e a prova é que 5 ou 6 titulares, com Militão à cabeça, estão de saída para grandes de Espanha e Inglaterra, e com um treinador no seu 2º ano no clube, vencedor da Liga no ano transacto, mas um verdadeiro labrego na forma de ser e estar, que fez tudo para retirar alguns dos nossos melhores da final de sábado. Mas não conseguiu, ele ficou sem Corona e (notícia de hoje) Aboubakar, nós vamos mesmo contar com Acuna e Bruno Fernandes no próximo sábado. 

Mas vai enfrentar também um Porto que já venceu, também sob o comando de Keizer, para a Taça da Liga, para grande azia do referido labrego e do seu adjunto.

A nossa equipa de futebol profissional vai entrar no Jamor tranquila (e sem posts no facebook ou SMS idiotas), focalizada, unida, com toda a hierarquia de liderança, de Varandas aos capitães, a ajudar a que a vitória aconteça. A transformação mais que positiva de Acuña (um senhor no Dragão) post-não saída para o Zenit, e a renovação de Mathieu são demonstrativos que as coisas estão bem. Também a continuação de Keizer, contrato à parte, depois da vitória na Taça da Liga, do 3.º lugar na Liga e da eliminação do Benfica no acesso ao Jamor, está mais que assegurada.

E com a nossa ajuda, a dos Sportinguistas que lá irão estar e a de todos os outros que vão sofrer à distância (e já agora também a divina para os mais crentes), isso vai acontecer, porque de facto mereçemos ! Vamos mesmo ser felizes !!!

Viva o Sporting Clube de Portugal !!!

 

PS1: Fora de casa e sem grande tempo para comentar, foi com grande pena que assisti ao abandono do JPT deste blogue, mesmo compreendendo as razões invocadas e a impotência do mesmo para obviar à javardice comunicacional de idiotas e avençados, estes não tão idiotas como isso. Para que isso não aconteça comigo, e de acordo com as regras de gestão do blogue do Pedro Correia, fica desde já comunicado que comigo o "tempo de antena" a anónimos "profissionais" e a cartilheiros lampiões e/ou brunistas terminou. 

 

SL

Uma goleada das (muito) antigas

No grandioso Estádio Nacional, ou Estádio do Jamor, agora casa alugada do Belenenses SAD, o Sporting Clube de Portugal tendo como presidente Frederico Varandas e treinado pelo holandês Marcel Keizer (contratado por Frederico Varandas) goleou a equipa daquele clube por 8-1, registando o resultado mais volumoso para a Liga/Campeonato desde ... (desculpem mas teria de andar pela Wiki Sporting página a página, ano a ano, até descobrir igual resultado e não estou para isso).

Por acaso, marcaram os golos:

Os contratados/retornados pela mão de Sousa Cintra no Verão : Bruno Fernandes (3), Bas Dost e Gudelj

Os contratados por Frederico Varandas no Inverno: Doumbia e Luiz Phellype

E o contratado por Bruno de Carvalho no Inverno do ano passado: Raphinha

Qualquer Sportinguista a sério diria:

"É para termos alegrias destas, é por um Sporting CP vencedor que trabalhámos tanto nos últimos anos!

Afinal valeu a pena investir!

Parabéns ao enormes treinadores e atletas do futebol do Sporting Clube de Portugal.

Nós os Sportinguistas merecemos momentos destes."

Fico a aguardar...

SL

Todos ao Jamor

Mais uma vitória do Sporting, que foi apenas por 2-0 porque entre bolas nos ferros, bolas a rondar os ferros e boas defesas do GR se perderam mais meia dúzia de golos. Para aí uns 6-1 estariam bem para o que foi o jogo.

Mais uma boa exibição colectiva, futebol simples, prático e eficaz, a defender e a atacar, com vários jogadores a fazer coisas nunca vistas em Alvalade, Renan a colocar bola com precisão à distância, Doumbia a fazer de grande trinco, LP9 a desviar magistralmente de cabeça, Raphinha a dar cabo daquilo tudo. Mesmo o "pé-frio" Diaby teve o mérito de estar no sítio certo para falhar da melhor forma.

Mais 3 pontos de vantagem para o Braga, consolidando o 3º lugar.

Esta equipa do Sporting começa a demonstrar o tal ADN de campeão que o Futsal, o Andebol e outras modalidades já conseguiram atingir, grandíssima vitória a do Futsal só possível pela aposta continuada na modalidade, reforço criterioso do plantel e estabilidade da estrutura técnica, será isso que Frederico Varandas terá de fazer também no futebol, mantendo a estrutura técnica, os principais jogadores e ir buscar mais alguns que façam também a diferença, obviamente não esquecendo o estado problemático das finanças da SAD e as naturais ambições dum ou doutro craque.

Segue-se o Belenenses no Jamor, vamos lá todos apoiar a equipa na sua caminhada para a entrada directa na Liga Europa e para o regresso vitorioso àquele palco na final da Taça.

Para fazer esquecer de vez a vergonha que foi aquele dia em que uma equipa assaltada e fragilizada teve que levar não apenas com o adversário, mas também com a sombra negra dum alucinado a intrigalhar de véspera desde o sofá e com o comportamento miserável das claques, acabando insultada por alguma escumalha oriunda dessa área nas escadarias do estádio.

Sendo assim,

Todos ao Jamor. Em dose dupla.

SL

Foi assim que vi a final da Taça

Estive de manhã pelo Jamor, e voltei depois de almoço por motivos de “tradição de almoço em dia de Final da Taça com pai, irmão e amigos”, mas o tempo que lá andei deu para sentir o ambiente. De manhã e até à hora do jogo a atmosfera era o de Jamor, o de dia de Final da Taça: piqueniques pela mata e estacionamentos, a fan zone animada, as pessoas a viver Sporting.

A entrada foi tranquila e já no estádio, os guarda-redes do Sporting vieram aquecer e foram aplaudidos, bem como o resto da equipa. Mas assim que o jogo começou, sentiu-se na bancada como estamos cada um para seu lado, com os seus pensamentos e amarguras. Uns mais esperançosos, outros mais frustrados e irritados, foi fácil identificar pela bancada quem sentia o quê depois de uma semana de pesadelos.

Não é difícil numa Final da Taça ter uma bancada inteira a cantar, mas desta vez não pegou por todo o estádio. Apatia geral, irritação por tudo e um par de botas, alguma esperança com o nosso golo, mas o lado do Aves foi o que se ouviu mais e melhor. E bem, não ponho isso sequer em causa.

Depois de Bas Dost acertar na trave e ser assobiado por isso (não entendo, juro que não), foi sempre a descer. Infelizmente os assobios sobrepõem-se a palma, e pareciam mais. Não se assobiam os jogadores do Sporting, sempre ouvi, mas isso mudou e muito. Continuo a não achar bem e custou-me não só assistir a isso como piorou quando vi as imagens de perto, de caras tristes e ar carregado da nossa equipa. Sim, nossa.

Foi uma Final triste, como tudo foi triste a semana passada. Estamos tristes, não há volta a dar.

Tenho lido as coisas mais inacreditáveis sobre jogadores e acontecimentos, e depois de ler a descrição que está hoje na Tribuna, ao pensar nos assobios e amuos porque “Nem nos agradecem estarmos cá”, só me pergunto: quem são os mimados afinal?

Menos, pessoas. Muito menos.

Be Italian!

Há nove anos, o filme Nine de Rob Marshall, com Daniel Day Lewis e beldades várias, tinha um trecho onde se cantava a plenos pulmões: "Be Italian". É a minha sugestão para logo. Dentro das linhas, onde mais interessa estar a nossa paixão, quero um Sporting italiano. Se não formos uma Roma, que sejamos uma Juventus, vivos até ao fim. Depois, se não pudermos pensar em Lyon, que pensemos no Jamor. 

Estive lá... e no domingo, ao Jamor, quem vai?

Estive lá, e só eu sei o que vivi em emoção. E depois, já muitos escreveram, e bem, sobre o assunto. Sobre andebol estamos conversados. Só ganhamos a Challenge e o campeonato nacional...falta a Taça de Portugal, já neste fim de semana. Mas, e domingo? Quem vai ao Jamor à final da taça de Portugal feminina? Eu vou lá estar. E lanço o repto a todos os sportinguistas para vestirem o Jamor de verde e branco...será um encanto! Aproveito para alargar a reflexão. A desilusão da equipa principal de futebol foi atenuada com sucessivas vitórias em diversas modalidades e escalões. Para se ver a importância que têm estes sucessos desportivos, basta ver o desdém com que os nossos adversários a eles se referem, numa espécie de "dor de corno" que lhes assenta muito bem. Por isso devemos apoiar tudo para ganhar tudo. Nem que seja ao berlinde. Cada êxito duma equipa do Sporting é uma espinha cravada na garganta dos nossos adversários. Efeito duplo: derruba-os e engrandece-nos. E é a partir de cada vitória destas que vamos gerando afirmação, atraindo atenção, criando simpatia, valorizando modalidades e atletas, ganhando poder. E colocamos a fasquia mais alta, tal alta que até pode contagiar aqueles que foram a tal desilusão. Se, no futebol, os nossos leões tivessem jogado com a determinação e o querer das nossas leoas, não estaríamos sujeitos a disputar o acesso à liga dos campeões, e teríamos porventura mais um título de campeões no museu do Sporting. Por isso devemos ir ao Jamor para fazer o que fizemos ontem em Odivelas do primeiro ao último segundo: apoiar incessantemente as nossas campeãs para a conquista da Taça de Portugal.

Ah, e não dizes nada do míster, nem do Marco e do Bruno

Calma. Agora é a taça, que eu tenho falhado posts vitais.

Marco Silva, Montero e Slimani deram-no-la e eu quero falar na taça. Não me alongarei, só quero também dobrar esse canto aqui no blog.

Fui ao Jamor. Cantei e saltei no início, e da segunda parte para a frente. 
Na primeira tive um momento de caminhar em direcção a uma luz. 2-0 e eu num túnel sem fim, a pensar que só queria estar num canto e morrer. Era isso, ia chegar a casa e avisar família e amigos: "vou ali morrer, não se preocupem. Amanhã é segunda feira e não me dava jeito viver depois deste resultado". Era o plano.

De repente, o intervalo. Deixei de caminhar em direcção à luz e juntei-me ao resto do estádio. Acordámos todos. Da minha parte pensei "espero que o responso ao intervalo seja valente" , "isto é inadmissível!" era o que eu lhes diria. "Estão a gozar com isto?!!" diria num tom baixinho mas já com algum ódio a aparecer-me nos olhos. E pronto, era esta a minha agressividade máxima. É por isso que não sou eu que lá estou. Adiante. 
A verdade é que não sendo uma grande jogatana, tudo junto, foi 'ma grande emoção. 
As pessoas saíram? Saíram saíram. E ao 2-1 algumas voltaram. O rapaz ao meu lado tentou, sem sucesso: "eu só não me vou embora porque não consigo sair daqui". E não saiu. No 2-2 abraçou-me e eu peguei-lhe pelos colarinhos: "está a ver como fez bem em ficar?!" 
E pronto, Patrício a coxear, penalties na bancada de lá, tinha tudo para nos correr mal, e correu lindamente. E foi bom. E foi bonito. 
A Taça é nossa. Fim.

A dúvida

Quem terá saído mais do Jamor com a cabeça inchada?

Os adeptos do Braga que a 6 minutos do fim, com 2-0 a seu favor, festejavam a mais que provável conquista da taça?

Ou aqueles adeptos do Sporting que foram abandonando o Jamor durante a 2ª parte e acabaram por perder os golos do Sporting e a conquista da taça?

É Taça, é Taça

Eu, ingénua que sou, ainda fico parva com capas de revistas que em vésperas de final da Taça tentam ridicularizar o Sporting. Não sejamos ingénuos, não é só uma biografia inocentemente publicada, é circo para muita gente. 

Mas mais incrédula fico com a desunião, com os meios para alcançar os fins numa altura destas. Falo das ainda existentes discussões entre sportinguistas sob o tema treinador/direcção. Todos temos direito à nossa convicção e opinião, naturalmente, mas faça-se uma pausa nisso por estes dias. 

Agora só me interessa o jogo, e o resultado favorável ao Sporting. Sem manias, nem certezas. Vão sete anos desde que abracei o meu pai na cabeceira do Jamor, depois do segundo golo do Tiuí ao Porto, e eu quero voltar a ter essa sensação. #EuVouLáEstar #EmModoJamor

Os nossos comentadores merecem ser citados

«É tempo de a final da Taça deixar de se disputar no Jamor. O estádio não reúne as condições mínimas a todos os níveis. Entrarem mais de 25.000 pelas portas da Maratona é um claro convite ao aparecimento de acidentes mortais. Provavelmente só quando houver algo de muito grave é que finalmente decidirão mudar. Solução muito simples: o Estádio da Luz. Maximiza o número de espectadores e certamente nada me daria mais prazer do que ganhar uma taça no estádio dos lampiões.»

João Pina Pereira, neste texto do Filipe Arede Nunes

Estádio do Jamor

Escrevi, um pouco mais abaixo, sobre a vergonha que foi (tem sido) a venda de bilhetes para a final da Taça de Portugal no próximo dia 31 de Maio e, a talho de foice, pronunciei-me sobre o Estádio do Jamor.

Um dos nossos leitores refere que a festa do Jamor é especial! Há quem vá à bola para a festa fora do estádio mas eu confesso que não aprecio piqueniques e que acho as condições do espaço deploráveis. Mesmo para quem gosta de piqueniques e afins. O jogo é uma festa mas pode sê-lo em qualquer estádio do país. Recordo que, embora exista a tradição do jogo se realizar em Oeiras, a verdade é que já se fez quer no antigo Estádio das Antas, quer no antigo Estádio José de Alvalade. A festa pode ser feita onde quisermos!

Há quem sugira uma final a duas mãos. Não gosto dessa ideia. Acontece em alguns países da Europa mas eu prefiro uma final única. Lembro-me, inclusive, de antigamente existirem as chamadas finalissimas. Também não gosto da ideia! Um jogo onde tudo se decide mas num estádio em condições.

O Jamor é, para quem não vai lá, um estádio bonito. Mas é (e mesmo quanto à beleza podem existir dúvidas) a única vantagem que tem sobre os outros. No Jamor não há casas de banho em condições. As entradas para o estádio são poucas e a confusão é tremenda para entrar e sair. Os lugares são desconfortáveis e, na maioria dos pontos, têm má visibilidade, sendo que nas primeiras filas não se vê absolutamente nada. As bancadas ficam (em virtude da existência da pista de atletismo) a dezenas de metros do relvado. Quando chove (já me aconteceu) não há cobertura das bancadas. A parte exterior não permite a separação dos adeptos das duas equipas. Os acessos são absolutamente miseráveis e o estacionamento é medonho.

Não creio que existam condições para a Federação investir dinheiro num novo estádio. Também não me parece que faça falta. Volto a frisar, existem três estádios em Portugal com a classificação máxima da UEFA. Estádios modernos, seguros e maiores, com acesso a transportes públicos e a melhores vias de comunicação. Preferia, de longe, fazer a viagem ao Porto para ver a final da Taça de Portugal do que a Oeiras. Insistir no Estádio do Jamor é um erro. Todos (Federação, clubes e adeptos), saem a perder!

 

{ Blogue fundado em 2012. }

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