Pata na poça?
O jogo em casa com o FC Porto quase coincide com o fecho do mercado de transferências, admito que este postal possa ser recebido de forma acintosa, mas ele só tem actualidade e razão de ser publicado hoje. O resultado do jogo de amanhã não será certamente influenciado por aquilo que a seguir irão ler, se vos apetecer, que os jogadores já têm o modo "on" ligado e o seu foco passa por uma vitória conclusiva.
Ora vamos lá: O tridente que dirige o futebol, tendo-se dado bem com uma jogada de risco há ano e meio, com a contratação surpreendente e que se veio a revelar profícua, de Gyokeres, hoje o nosso jogador mais valioso, sem dúvida, apostou neste defeso numa jogada semelhante ao apostar como alvo num grego que enche as medidas do treinador Ruben Amorim. Confesso que, não acompanhando o futebol grego, nunca tinha ouvido falar do jogador, mas o tal tridente tem um capital de confiança justamente acumulado que nos permite a nós, sócios e adeptos, estar descansados. E por isso demos de barato a saída de Paulinho, jogador de créditos firmados, excelente jogador de equipa e um razoável, para bom, marcador.
Ao que parece o clube grego detentor do passe do jogador pretendido não está pelos ajustes e não aceitou as várias propostas do Sporting, o que, convenhamos, é seu direito.
O tridente que tantas alegrias nos tem dado no passado recente parece ter acreditado que, com maior ou menor pressão, o Panathinaikos acabaria por ceder e abriria mão de Ioannidis, que parece estar desejoso de vir comer uns pastéis de Belém.
Só que, como dizia a minha querida avó Matilde, "cagou-lhe o cão no carreiro", ou em linguagem entendível, "shit happens" e a primeira e ao que parece única opção, a um dia do fecho do mercado, estará gorada.
Vira-se agora o tridente para uma segunda opção, um jovem imberbe de 19 anos, que tem como valor de mercado 5M€, mas cujo leilão ontem ao final do dia já ia em 20M€.
Concluindo: "Deixámos" sair sem causar muitas ondas o Paulinho, um jogador feito e com provas dadas, com a promessa (e verificada necessidade) de o (ter que) substituir, de preferência por alguém com uma qualidade superior, que ao que parece o grego tem e que o jovem Conrad Harder (que está harder ou mesmo impossible) definitivamente não tem (até parece que já há acordo com o Brighton, leio nos jornais desportivos). Não vindo estes, já toda a gente entendeu que o Sporting está desesperado por um avançado e até mesmo no mercado interno qualquer aspirante a jogador do Sporting estará por ora muito inflaccionado. O capital de confiança, enorme, que Frederico Varandas, Hugo Viana e principalmente Rúben Amorim detêm, permitindo-lhes apostar numa jogada de risco, não lhes retira a responsabilidade do fracasso (se ele vier a acontecer, repito) de termos que ficar até Janeiro apenas com um avançado, com cinco jogos da LC até lá (dois serão já em Janeiro) para agravar a coisa.
Está feito o desabafo.