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És a nossa Fé!

Matar saudades e celebrar conquistas

O nosso plantel reunido dois anos depois

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Dois anos depois, voltámos enfim a juntar-nos. No local do costume - celebrizado por um antigo presidente do Sporting em noite de diatribe contra nós, nem ele sabe porquê.

Regressámos ao Café Império, local de tantos serões de tertúlia leonina motivada por este nosso blogue agora no 11.º ano de existência. 

Desde Março de 2020 que não nos reuníamos num destes ruidosos e alegres jantares do És a Nossa Fé ontem retomados. Com o cardápio do costume: bife da vazia no prato e cerveja loura ou morena no copo.

 

Sem surpresa, retomaram-se os pedidos habituais - desde «um bife a nadar em sangue» até «molho com bife em vez de bife com molho». Apenas uma voz dissidente preferiu polvo, talvez como irónica homenagem aos 40 anos do «senhor Jorge Nuno» em vitalício múnus presidencial nas Antas.

A casa que nos acolhe, aproveitando o confinamento imposto pela pandemia, ganhou toques de renovado requinte fazendo jus à sua tradição de cenário de filme, reforçado com fotografias de estrelas da antiga Hollywood nas paredes.

Juntámo-nos dez: um plantel ainda desfalcado. Ainda assim, em número superior aos futebolistas que o B-coisa congregou naquele amigável do Jamor também conhecido por jogo da vergonha.

Discutiu-se de tudo um pouco - da resolução dos mais intricados problemas da geopolítica mundial ao modo infalível de vencermos campeonatos, dotados da nossa proverbial sabedoria de treinadores de bancada.

 

Foi uma reunião feliz. Nem poderia ter sido de outro modo: festejávamos quatro títulos e troféus, só no futebol, conquistados desde o anterior jantar pelo emblema que nos une.

O campeonato nacional de 2021.

A Taça da Liga 2021. 

A Supertaça 2021.

Taça da Liga 2022.

 

E mais, muito mais. Como a Liga dos Campeões de futsal. E a Liga Europeia de hóquei em patins, ganha pela segunda vez consecutiva.

Sem esquecer, claro, os campeonatos nacionais de futsal, hóquei em patins, basquetebol e futebol de praia. E as Taças de Portugal de futsal, basquetebol e voleibol. E o campeonato nacional de râguebi feminino. E a Taça da Liga de futsal.

Igualmente em homenagem também já atrasada mas mais que merecida a Rúben Amorim, melhor treinador de futebol 2021 em Portugal. E a Sebastián Coates, melhor jogador do campeonato português 2020/2021. E a António Adán, melhor guarda-redes da Liga portuguesa. E a Pedro Gonçalves, rei dos marcadores 2021.

 

Brindámos a este brilhante palmarés e a futuros títulos que desejamos conquistar em breve. Com brava medronheira de Monchique, generosamente remetida pela nossa colega CAL, ausente em pessoa mas presente em espírito. 

Assim protagonizámos estas quatro horas de caloroso convívio. A Alda, a Marta, o Edmundo, o João Goulão, o José da Xã, o Luís, o Ricardo, o Tiago, o Zé Navarro e o escriba que redige e assina a acta. Na certeza antecipada de que desta vez não demoraremos dois anos e quase dois meses a retomar estes convívios. Até já se fala em Castelo Branco e Ericeira como possíveis locais dos próximos. Porque o País não se resume a Lisboa e o nosso Sporting é de Portugal.

 

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Dez à mesa do Cafe Império: quatro títulos celebrados, só no futebol

Quem não viu, tivesse visto

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Com apertos de mão e sem máscara anti-vírus, à moda antiga, lá nos reunimos uma vez mais, à mesa do "nosso" Café Império, em novo convívio descontraído e acervejado.

Havia que pôr a conversa em dia. E não faltava assunto. Desde logo a contratação do treinador mais caro da história do futebol português, que permitiu ao Sporting de Braga, que equipa de vermelho, receber dez milhões em notas verdes - cinco já e outros cinco até Setembro, afiambrando ainda 155 mil euros em juros, à taxa de 6%. 

Foram escutadas palavras como "fezada", "loucura", "roleta". E até o sinistro vocábulo "lampião".

 

A necessidade de serem alterados os estatutos leoninos foi tema que mereceu amigável discussão - incluindo a possível introdução do princípio "um sócio, um voto". Não custa perceber que nada propiciará tanto debate interno do que este tema. 

Outro, ainda mais premente, relaciona-se com as perspectivas em torno do sucesso do mandato de Frederico Varandas. Aqui existiu maior consenso à volta da mesa, onde se reuniram treze convivas nada supersticiosos: parecem cada vez mais reduzidas as hipóteses de o antigo director clínico do Sporting ser lembrado no futuro como um presidente que deixou um legado positivo, tanto no clube como na SAD.

Este é um dilema que há-de ser sentido, nos dias que vão correndo, pelo actual presidente da Mesa da Assembleia Geral: Rogério Alves terá de estar cada vez mais atento ao que pensam realmente os sócios, pois não quererá ficar associado à história leonina por maus motivos. Ainda que isso implique a convocação de novas eleições para os órgãos sociais do clube antes do ano regulamentar previsto para o efeito, que é 2022.

 

Entre os que já declararam a vontade de defrontarem Frederico Varandas em próxima refrega eleitoral figura o nosso colega e amigo Pedro Azevedo, que no seu blogue pessoal deixou isso bem claro. Demarcando-se do silêncio tacticista que vem imperando nas hostes dos candidatos derrotados por Varandas em 2018 - designadamente João Benedito, José Maria Ricciardi, Fernando Tavares Pereira e Rui Jorge Rego, que por estes dias parecem ter feito voto de clausura mediática.

O Pedro Azevedo foi um dos oradores da noite no Império. Mas todos falámos, cada qual na sua vez, para dizermos o que sentimos neste momento atribulado (mais um) da vida do enorme clube que nos serve de traço de união. Por esta ordem alfabética: Edmundo GonçalvesEduardo Hilário, Francisco Almeida Leite, João Távora, José da Xã, José Navarro de Andrade, José Teixeira, Luís Lisboa, Ricardo RoqueRui Cerdeira Branco e Tiago Cabral. Além do escriba desta acta. 

 

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Quiseram servir-nos croquetes de entrada, vá lá saber-se porquê. Mas rejeitámos a sugestão, optando em alternativa por umas saborosas chamuças, regadas a imperial loura ou morena. O bife desta vez não gerou unanimidade à mesa: quem optou em alternativa por omelete de camarão ou polvo salteado com batata doce assada não se queixou. 

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O ponto alto chegou antes dos cafés e descafeinados. Com a entrada em cena de uma sobremesa líquida em dose dupla, proporcionada pela nossa estimada "correspondente algarvia" que da Serra de Monchique nos fez chegar duas apreciadas garrafas - uma contendo aguardente de medronho, outra a original melosa, que adiciona mel e limão ao medronho. (Nem sabes o que perdeste, Pedro Oliveira.)

E o repasto prolongou-se, madrugada de hoje já bem entrada, em novo round de amena discussão no passeio fronteiro ao restaurante. Outra saudável tradição que gostamos de cumprir - também marca registada destes joviais jantares de blogue. Que hão-de repetir-se uma vez e outra, para alegria partilhada de quem comparece e talvez para alguma inveja de quem não vai. Como diria o grande António Oliveira, «quem viu, viu; quem não viu, tivesse visto».

Império Leonino

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O histórico café Império, agora muito IURD (não é B, é D), acolheu mais uma vez o jantar deste grupo heterógeneo de Sportinguistas, unidos pela participação num espaço de  discussão da actualidade do Clube, e coube-me a mim como caloiro fazer o relato para memória futura. 

Desta vez e enfrentando uma táctica de disposição de mesas que lembrava um duplo pivot à moda de Peseiro e que dificultava um pouco a comunicação do grupo, para além do habitual bife com ovo a cavalo regado com uma cerveja holandesa (que não se chamava Keiser) terminámos com um duplo shot de potente medronheira e licor de mel da serra algarvia atenciosamente oferecido pela nossa colega CAL, à qual muito agradecemos.

Foi realmente um grande prazer conhecer ao vivo as pessoas por detrás das opiniões e comentários expressos no blogue, ouvir das suas experiências e percursos, trocar ideias sobre muita coisa e sair mais rico em termos de entendimento do passado e presente do nosso clube. A conversa prolongou-se já depois na rua, as horas passaram bem depressa, e depois, já na volta para casa, e com a A5 mais uma vez entupida, lá tive que fugir pelo Estádio Nacional e passar em frente do local para mim marcado pela tristeza e vergonha que presenciei na ultima final da Taça. O Sporting é assim, capaz do melhor e do pior.

De tudo o que ouvi, parece-me que, existindo opiniões diferentes sobre muita coisa (por exemplo, de quem seria o treinador mais indicado para substituir o Keizer, não queremos de todo que se repita despedir um treinador sem substituto à altura no dia seguinte), registou-se um grande consenso sobre as mais importantes, a preocupação pela situação financeira do clube, a vontade de que o clube esteja bem e ganhe no estádio e pavilhão seja quem for o presidente, a importância de derrubar trincheiras e unir o clube, de manter a decência e urbanidade no blogue e de existir uma comunicação efectiva entre o clube e os sócios.

Concluindo, num momento marcado pela desconfiança e comportamentos agressivos entre sócios do mesmo clube foi com enorme satisfação que passei a integrar este grupo e voltar aos tempos em que cada Sportinguista era um amigo.

Saudações Sportinguistas e Sporting Sempre !!!

{ Blogue fundado em 2012. }

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