Gostei muito de ver o Sporting carimbar a presença no Jamor como finalista da Taça verdadeira. Segunda participação consecutiva da nossa equipa na final de uma competição que conquistámos pela última vez em 2019, com Marcel Keizer ao comando do onze leonino. Garantimos agora a presença nesse decisivo desafio, a disputar no dia 25 de Maio, ao derrotarmos o Rio Ave na segunda mão da meia-final. Metade da tarefa estava feita, no encontro da primeira mão em Alvalade (vencemos por 2-0). Faltava a confirmação, concretizada anteontem, ao alcançarmos novo triunfo - desta feita por 2-1.
Gostei de ver Viktor Gyökeres continuar em excelente forma. Voltou a marcar: foi dele o segundo, aos 51', em oportuna recarga após Geny ter falhado o remate inicial. Este foi o seu 48.º golo da temporada - e o 57.º, se incluirmos na lista os que apontou ao serviço da selecção sueca: de verde-e-branco, nestas duas épocas, tem no seu registo 91 golos em 97 partidas. Também gostei de Gonçalo Inácio, que abriu o marcador aos 12', cabeceando na direcção certa após canto apontado por Debast - e desvio subtil de Gyökeres. Sexto da temporada para o brioso central canhoto, formado na Academia de Alcochete: protagonizou um dos momentos altos da partida. Outro protagonista, inevitável, foi Pedro Gonçalves: regressou à titularidade mais de cinco meses depois, comprovando que podemos enfim contar de novo com ele. Actuou só na primeira parte, o que se entende pois ainda recupera o melhor ritmo competitivo, já vencíamos por 1-0 ao intervalo e havia que dosear o esforço colectivo a pensar no desafio do Bessa.
Gostei pouco do egoísmo de Harder, jogador que aqui elogiei em fresca data. Lançado por Rui Borges aos 67', claramente para gerir o esforço de Gyökeres antes do confronto de domingo com o Boavista, o jovem dinamarquês protagonizou dois ou três momentos de ataque inconsequente, em que só pensou nele próprio e na baliza, como se jogasse sozinho. Erro maior aos 90'+1: deixou-se interceptar em posição frontal, perdendo a bola, quando tinha colegas em excelente posição para marcar - tanto à esquerda como à direita. Precisa de ganhar maturidade e responsabilidade táctica para evitar dar razão ao técnico, que já lhe chamou «muito trapalhão» em público. Melhor esteve Biel, que também saltou do banco aos 67' (substituindo Trincão). Bons apontamentos do extremo esquerdo brasileiro, nomeadamente quando revelou qualidade técnica num slalom com bola aos 86', queimando linhas e oferecendo um golo a Maxi Araújo, que desperdiçou.
Não gostei que o Rio Ave jogasse em terreno emprestado, no Estádio Capital do Móvel. Mas a transferência de Vila do Conde para Paços de Ferreira foi plenamente justificada: a equipa rioavista viu parte das suas instalações danificadas na recente tempestade que assolou quase todo o país. Compreensível motivo de força maior.
Não gostei nada de ver o Sporting desperdiçar várias oportunidades de golo, repetindo-se o que já sucedera no desafio da primeira mão. Trincão rematou duas vezes: pontapés fracos e à figura, para defesas muito fáceis. Maxi Araújo falhou golo cantado aos 86'. De Harder já falei. E o próprio Gyökeres, isolado, teve o golo nos pés logo aos 9': não falhou mas permitiu uma grande defesa do excelente guardião rioavista, o polaco Miszta. Que não ficaria mal de leão ao peito.
Mais uma vez corridos a osso, os extraordinários árbitros portugueses estarão ausentes de mais uma competição importante, desta vez do Mundial de Clubes, como já haviam estado ausentes do último Mundial de selecções. Cá p'ra mim tem a ver com as maravilhosas actuações que vão rubricando por esses campos fora e tomando decisões como as deste acima retratado, Cláudio Pereira, que consegue expulsar um jogador, Conrad Harder, porque o rapaz comemorou a vitória com um "Yeah, de forma provocatória", segundo o "estudante" árbitro. Certamente não cursará línguas e literaturas modernas, porque saberia que essa é uma corriqueira expressão inglesa usada universalmente. Levasse ele uma cabeçada e tudo estaria dentro da normalidade.
Vai acontecer certamente o recurso para o TAD, que terá efeitos nulos já que a decisão virá lá para o final de Maio.
A talhe de foice e por falarmos em TAD, o Sporting recorreu do castigo aplicado ao presidente Frederico Varandas para aquele tribunal, após ter sido castigado com 51 dias, salvo erro, por declarações sobre arbitragem numa entrevista à SportingTV. Estamos ansiosos para saber qual o castigo que vai ser aplicado ao princepezinho que arremeteu mais uma vez túnel adentro, confrontando o árbitro do jogo com o Arouca, onde perderam a liderança do campeonato depois de se deixarem empatar nos descontos.
Foi o que disse Rúben Amorim depois do empate ontem concedido pelo Man.United frente ao Lyon, com dois "frangos" de Onana.
Rui Borges disse outra coisa do Conrad Harder depois do empate concedido frente ao Sp. Braga num jogo em que o Trincão não passa a bola a Gyökeres completamente desmarcado, o Maxi esquece-se da marcação ao homem que faz o centro fatal, o Quaresma fica a olhar para a bola que vai no ar ignorando o adversário que importava bloquear, o Catamo passou o jogo a fugir do seu lugar em slaloms quase sempre inconsequentes, e ele mesmo, Rui Borges, não viu o evidente: Moutinho era o motor do adversário que importava fazer gripar.
Conrad Harder não é extremo nem nunca foi, mas o Sporting que eu saiba joga com extremos de origem em posições interiores.
Conrad Harder é um avançado-centro completamente compatível com Gyokeres, alternando movimentos e confundindo as defesas contrárias, com remate fácil e se calhar com melhor jogo aéreo do que o próprio Gyökeres. Foi fundamental na vitória em Braga.
Também Paulinho não era extremo e jogou com Gyökeres, Slimani com Paulinho, Manuel Fernandes com Jordão, Yazalde com Dé, etc, etc.
No ano passado na Luz, a ganhar por 1-0 em inferioridade numérica quase no final do jogo, Rúben Amorim não mete um defesa: mete o Paulinho. Para defender mais à frente. Não correu bem, acabámos por perder o jogo em dois lances de inspiração individual de jogadores contrários. Mas ficou a ideia.
Conrad Harder é aquele tipo de jogador que encaixa como uma luva nos valores do Sporting. Humilde, esforçado, jogador de equipa, galvanizador das bancadas.
Mas muito mais do que aquilo que disse de Harder, a conferência de imprensa de Rui Borges foi marcada por uma inesperada desorientação e dificuldade do treinador de assumir e explicar o desaire aos Sportinguistas.
Ficou a ideia de que foi apanhado de surpresa num jogo que estava controlado, quando qualquer um que tenha estado como eu nas bancadas de Alvalade passava o tempo a olhar para o relógio a ver os ponteiros passar lentamente enquanto Moutinho ia correndo solto pelo campo fora.
Liderança é aquilo de que Rúben Amorim mais uma vez deu provas e não é de todo o que aconteceu com Rui Borges.
Vamos ver a conferência de imprensa dele de hoje na antevisão do jogo contra o Santa Clara, esperando que seja um voltar de página que permita encarar o resto do campeonato com a maior confiança. Neste momento estou bem mais preocupado com ele do que com o "estudante" Cláudio Pereira ou o idiota Malheiro.
«Nos últimos jogos em que o Harder entrou, deu pouco ou nada à equipa. Não segurou bolas... muito trapalhão... quis entrar muitas vezes no um-para-um... Porque ele não joga naquela posição (extremo). Nós acreditamos muito nele, acreditamos que a energia dele às vezes é boa, mas especificamente neste jogo precisávamos de gente para segurar mais o jogo, para ficar com a bola, para pausar o jogo...»
Palavras do treinador do Sporting, na noite de segunda-feira. Lamentáveis, por vários motivos. Transformando Conrad Harder, injustamente, no bode-expiatório do empate leonino contra o Braga que nos fez perder o comando do campeonato.
O jovem atacante dinamarquês - que fazia 20 anos naquele dia - não merecia ter ouvido isto. Ele não é um Viktor Gyökeres, seguramente. Mas é o segundo melhor artilheiro da equipa. E não pode ser apontado como responsável por desaires - muito menos contra a equipa minhota, pois foi precisamente ele, ao bisar em Braga, que nos garantiu os três pontos. Ainda com Ruben Amorim ao leme da equipa.
Mas não só por isto.
Como é que o técnico lhe aponta agora o dedo se praticamente não lhe tem concedido oportunidades? Contra o Estrela da Amadora, Harder entrou só aos 84'. Contra o Rio Ave, aos 78'. Anteontem na nossa recepção ao Braga, só saltou do banco ao minuto 90 - já em desespero, quando a equipa adversária tinha acabado de empatar e a última coisa de que precisávamos era de alguém que «segurasse a bola e pautasse o jogo».
Conrad Harder tentou, nos escassos seis minutos que Rui Borges lhe concedeu. E, sim, arriscou no um-para-um. Fez bem: sem isso, João Moutinho - um dos melhores do Braga - não teria sido expulso ao ver o segundo amarelo. Infelizmente aconteceu já aos 90'+4, faltava quase nada para o apito final.
Repito: o jovem avançado, com dez golos e cinco assistências em 1251 minutos no Sporting, não merecia ter ouvido tão duras palavras após uma partida em que o Sporting só pode queixar-se de si próprio. Começando pela incapacidade do treinador em delinear as soluções necessárias para conquistar os três pontos.
Rui Borges preocupado: mais dois lesionados, outro jogador expulso e um autogolo absurdo
Foto: Rodrigo Antunes / Lusa
Há jogos candidatos a ficarem-nos na memória pelos piores motivos, mesmo quando não perdemos. Foi o caso desta recepção ao Arouca, há quatro dias. Prometia ser um desafio de baixo grau de dificuldade frente à equipa classificada em 12.º lugar na Liga 2024/2025. E podia, na verdade, ter sido assim.
Lamentavelmente, complicámos o que é simples. E proporcionámos dois golos de bandeja à turma forasteira, ainda na primeira parte. O primeiro - em lance digno dos "apanhados" - após atraso totalmente disparatado de St. Juste para Rui Silva, que se encontrava fora da baliza. O holandês, sem olhar, despachou um balão que o guarda-redes tentou dominar com os pés mas com tanta inabilidade que acabou por cometer autogolo. Digno de riso, excepto para nós.
Aos 45'+1, novo brinde. Desta vez de Morten, que parecia um jogador inexperiente, cometendo penálti claro em lance de bola parada. Chamado a converter, quatro minutos depois, Henrique Araújo não vacilou.
Assim fomos para o intervalo. A perder 1-2 em Alvalade. E com dois jogadores a menos, ambos lesionados: St. Juste aos 11', Daniel Bragança aos 13'. Ninguém lhes tocou: magoaram-se sozinhos. Infelizmente, a lesão de Daniel é grave: rotura de ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Já não volta esta época.
E no entanto até nem estivemos mal a espaços. Com Quenda muito dinâmico do lado esquerdo, criando movimentos de ruptura, e Harder a pressionar muito a saída de bola do Arouca, funcionando como primeiro defesa da equipa. Maxi também acutilante como lateral esquerdo com vocação ofensiva - bem mais do que Fresneda no lado oposto.
A melhor notícia, à partida, era o regresso de Gyökeres. Aparentemente recuperado da fadiga muscular que o afastara da titularidade três jornadas antes. Ainda longe da melhor forma, manteve-se em campo até ao fim. E foi dele a assistência para o nosso golo inicial, aos 17'. Marcador: Harder, num eficaz remate cruzado, sem hipótese para o guarda-redes.
O jovem avançado dinamarquês combinou bem com o sueco lá na frente. Demonstrando a Rui Borges que podem ambos coexistir como titulares. Nenhuma dúvida quanto a isso.
Mas Harder, neste jogo, foi superior. Ao ponto de podermos elegê-lo sem hesitar como melhor em campo. Marcou e deu a marcar - neste caso aos 74', num passe para o golo de Trincão, que fixou o empate.
Soube a pouco? Claro que sim. Resta-nos a consolação de termos visto a equipa muito combativa na meia hora final, quando já estava reduzida a dez por expulsão de Morten aos 62'. Rui Silva redimiu-se do autogolo com três grandes defesas. Maxi, Quenda e João Simões vão melhorando de jogo para jogo. E até houve oportunidade para surgir novo estreante: o médio Alexandre Brito, substituindo precisamente Simões.
Foi também óptimo ver que os adeptos estão com a equipa, o que se tornou visível (e audível) na prolongada ovação que dispensaram aos nossos futebolistas mal soou o apito final.
Prenúncio de novos tempos, cada vez mais favoráveis. É bom saber.
Breve análise dos jogadores:
Rui Silva (6) - Merecia nota zero pelo autogolo logo aos 8'. Mas redimiu-se durante o jogo com três grandes defesas aos 40', 58' e 90'+4.
Fresneda (5) - Certinho mas sem brilho nem rasgo, demasiado posicional, arriscando o mínimo em lances de desequilíbrio.
St. Juste (1) - Traiu o guarda-redes atrasando sem olhar em vez de mandar a bola fora. Saiu logo a seguir. É um eterno lesionado.
Gonçalo Inácio (4) - Muito passe transviado, muita falta de confiança. Marcou com os olhos aos 40': a bola foi à trave. Uma sombra do que já foi.
Maxi Araújo (6) - Articulou-se bem com Quenda à esquerda. Grande centro para Harder (90'+4). Ainda se agarra em excesso à bola.
Trincão (7) - Quando tudo parece quase perdido, ele salva a equipa. Voltou a acontecer marcando o segundo aos 74'. Leva 20 jogos seguidos sem parar.
Morten (3) - Irreconhecível. Comete o penálti que daria o segundo golo do Arouca (45'+5). Viu o segundo amarelo aos 62' por falta desnecessária.
João Simões (5) - Vai-se tornando mais influente, sem receio de arriscar no um-para-um. Falta-lhe melhorar a ligação com o ataque.
Quenda (7)- Muito irrequieto à esquerda: grandes centros aos 4', 19' e 36'. Quase marcou aos 42'. Pré-assistência no golo do empate.
Daniel Bragança (2). Tocou dez vezes na bola e sentou-se. Aos 12'. No minuto seguinte teve de sair, com lesão grave. Mais um.
Gyökeres (6) - Enfim, recuperado. Assistiu Harder no primeiro golo, esteve próximo de marcar ele também aos 35', 74' e 90'+2.
Debast (4) - Substituiu St. Juste (11'). Intranquilo, sem confiança, articulando mal com Gonçalo. Sem arriscar na construção com passes à distância.
Harder (8) - Substituiu Daniel (13'). O mais inconformado, em pressão constante. Marcou (17') e deu a marcar (74'). Merece ser titular.
Biel (4) - Entrou aos 85, substituindo Fresneda. Gyökeres ofereceu-lhe golo, mas ele mandou a bola para a bancada (90'+6).
Alexandre Brito (-) - Substituiu João Simões aos 85'. Em estreia na equipa A. Sem tempo para mostrar qualidades nem eventuais defeitos.
De perder dois pontos em casa. Contra o modesto Arouca, que segue em 12.º no campeonato nacional de futebol. E da forma como perdemos, com aspectos caricatos.
De St. Juste. Exibição calamitosa do central holandês, que parece ter ludibriado a equipa técnica garantido estar apto para a recepção ao Arouca. Não estava, como se viu mal tocou na bola. Sem capacidade física, em vez de se sentar na relva ou atirar para fora, fez um arriscadíssimo passe à retaguarda, em balão, traindo o guarda-redes, que estava adiantado. Rui Borges mandou-o sair de imediato. Dificilmente voltaremos a ver este defesa de 29 anos, com mais ano e meio de contrato, alinhar pelo Sporting. Está novamente lesionado: é quase inacreditável.
Do frango de Rui Silva. Cometeu autogolo aos 8', quando St. Juste fez aquele atraso disparatado: estava afastado dos postes, quis deter a bola com o pé mas acabou por tocar-lhe de calcanhar e ela entrou onde não devia. Um lance para os "apanhados", segundo muita gente. Mas sem ponta de graça para nós.
Da lesão de Daniel Bragança. Magoou-se sozinho, logo aos 12'. Forçado a sair, amparado. Coisa grave, garante-lhe paragem por vários meses: rotura de ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Que mais nos irá acontecer?
De Morten. Noite infeliz do capitão. Nada lhe saiu bem. Cometeu um penálti aos 45'+1, permitindo o segundo golo arouquense - outro oferecido de bandeja no mesmo jogo: Henrique Araújo, emprestado pelo Benfica, converteu o castigo quatro minutos depois. Amarelado nesse lance, o médio dinamarquês fez falta absolutamente desnecessária que lhe valeu o segundo cartão e consequente expulsão, aos 62'. Passámos a jogar só com dez e não contaremos com ele na próxima partida.
Da ausência de Diomande, castigado. Fez falta. Sem ele ao comando, a nossa linha defensiva ressente-se. St. Juste foi um desastre. Debast, que o substituiu, esteve muito nervoso e sem confiança. Gonçalo Inácio, central à esquerda, acumulou passes falhados (5', 15', 24') e limitou-se a marcar com os olhos numa jogada em que a turma forasteira fez a bola embater na trave.
De ver Chico Lamba jogar contra nós. Excelente exibição do lateral direito do Arouca, produto da formação leonina. Esteve onze épocas no Sporting, foi internacional júnior e capitão da equipa B, mas acabou transferido por falta de utilização na equipa A, onde apenas calçou uma vez. Saiu cedo de mais. Tem apenas 21 anos e qualidade para integrar o plantel leonino.
Do nosso segundo empate seguido. Na ronda anterior tínhamos empatado no Dragão com o FC Porto (1-1), agora aconteceu o mesmo na recepção ao Arouca (2-2). Aproveitou o Benfica para encurtar distâncias: está só a dois pontos.
Gostei
De Harder. Melhor em campo. Ao contrário de vários outros, aparenta excelente forma física. Lutador incansável, fez tudo para conseguirmos os três pontos. Marcou o nosso primeiro golo, num bom remate cruzado aos 17', assistiu no segundo e esteve quase a oferecer o terceiro a Gyökeres aos 90'+2. Deixou bem claro este recado em campo ao treinador: merece ser titular.
De Trincão. É o nosso jogador mais utilizado: Rui Borges continua a contar com ele. E é recompensado: depois de ter marcado golos cruciais ao Nacional e ao V. Guimarães, o avançado minhoto voltou a ser muito útil, numa fase do jogo em que muitos adeptos já não acreditavam que fosse possível conseguirmos o empate. Fixou o resultado aos 74', num pontapé forte e cheio de pontaria. Mais um ponto que fica a seu crédito.
De Quenda. Muito boa exibição do jovem extremo, o elemento mais desequilibrador do nosso plantel, capaz de criar movimentos de ruptura junto à linha, sobretudo do lado esquerdo. Inicia o segundo golo num desses movimentos e esteve ele próprio quase a marcar, aos 42', num disparo que o guardião do Arouca defendeu com dificuldade.
De Gyökeres. Enfim, recuperado. Sem o fulgor que já lhe vimos, mas sem virar cara à luta nem perder de vista a baliza adversária. Foi dele o passe para o golo de Harder. Viu o guarda-redes negar-lhe dois golos com boas defesas aos 35' e aos 74'. Pena ter falhado a emenda à boca da baliza, já no tempo extra: teria sido o 3-2.
Da estreia de Alexandre Brito. Médio defensivo, com apenas 19 anos, teve agora oportunidade de se mostrar na equipa principal: entrou aos 85', substituindo João Simões - ainda mais jovem do que ele. Esperemos que não fique por aqui.
Das palmas no fim do jogo. Impressionante manifestação de confiança dos adeptos na equipa, apesar de dois pontos terem ficado pelo caminho. Apoio é isto.
De continuarmos no comando. Temos o Benfica dois pontos atrás de nós e o FC Porto com menos oito. Faltam 12 jornadas para o fim.
Podia ter sido uma vitória heróica ao cair do pano. Harder, Gyökeres e Biel falharam oportunidades claras de golo, mas não deixou de ser um empate heróico na vontade e do querer dar a volta ao infortúnio e à inclinação do campo pela arbitragem APAF.
Começar um jogo contra uma equipa confiante, a atravessar o seu melhor momento na Liga, e ter dois jogadores lesionados, um deles na origem dum "peru" de todo o tamanho do guarda-redes recentemente contratado, não lembra ao diabo.
Mas foi o que aconteceu ontem em Alvalade. Harder entrou e logo empatou o jogo, mas todo o planeamento de Rui Borges tinha já ido por água abaixo. A equipa foi tentando reencontrar-se em pleno jogo, e quando o intervalo estava a chegar para proceder aos ajustamentos necessário, o VAR APAF inventou um penálti a partir do sacudir de um agarrão do Hulmand, em que o adversário emprestado pelo Benfica nem sequer estava a disputar a bola. Isto uma semana depois do agarrão de Gyökeres numa situação de 1x1 na área do Porto que não foi marcado com o pretexto do agarrão mútuo. Pedro Proença foi eleito, a comitiva APAF foi atrás com cargos para todos os gostos. O Apito Dourado foi há anos, agora temos outra coisa qualquer, se calhar o Apafito Avariado.
Na 2.ª parte entrámos com tudo. As oportunidades foram acontecendo, mas também a equipa foi ficando mais vulnerável atrás. Hjulmand cometeu uma falta que teve tanto de evitável como de duvidosa para amostragem de amarelo.
E assim ficámos reduzidos a 10, em desvantagem no marcador, a meio da 2.ª parte, contra um adversário confortável a jogar no campo todo e com um capitão ex-Benfica.
Uma equipa qualquer tinha deitado a toalha ao chão, mas o Sporting foi para cima do adversário, pela esquerda com Maxi e Quenda, pela direita com Fresneda e Trincão, Harder e Gyökeres a bascularem à vez, veio o golo do empate numa bela jogada colectiva Quenda-Harder-Trincão. E vieram três lances de golo iminente.
Pelo meio claro que também o Arouca teve ocasiões em contra-ataque para sentenciar a partida, mas Rui Silva redimiu-se daquele golo "dos apanhados".
Isto realmente está complicado. Nos jogos dos rivais é raro que os adversários terminem com 11, há sempre um deles que resolve optar pelo "suicídio assistido" algures na 2.ª parte. Nos nossos, somos nós que não terminamos depois de encenações canalhas dos adversários.
Além disso obviamente que entrar em campo com jogadores que se lesionam na primeira vez que disputam uma bola não ajuda nada. Não sou Inácio para saber das razões, mas suspeito que tudo tem a ver com o planeamento da temporada, um plantel demasiado curto para as necessidades da época, e a contar que jogadores com histórico de lesões aguentassem sem recaídas. Não é agora nem foi no mercado de inverno que isso tenha ou tivesse fácil solução, a verdade é que ninguém pode prever quem se vai magoar a seguir.
Gostei imenso da atitude de todos, da dupla atacante Harder-Gyökeres e do flanco esquerdo Maxi-Quenda que deixou a pele em campo. Trincão continua a correr muitos kms por jogo, marcou um bom golo, temos de perdoar-lhe uma ou outra rotunda. Biel tem de pôr os olhos em Maxi, não é no ritmo de Itapuã que lá vai.
Melhor em campo? Harder. Um golo, uma assistência, que pena aquela bola enrolada que resolveu não entrar.
Arbitragem? Este também vai ser dirigente um dia destes, o comentadeiro APAF da Sport TV esvaiu-se em elogios. Já o João Simões deve estar com os tornozelos bem marcados em faltas não assinaladas. Gelo recomenda-se.
E agora? Nós só queremos o Sporting campeão. A eliminatória da Champions infelizmente está resolvida. O jogo na Alemanha deverá servir para alargar o plantel, dando mais minutos aos que entraram hoje no final, e não para castigar os mais desgastados neste momento.
PS: Grande jogo do "nosso" Chico Lamba, estreado contra o Casa Pia em Alvalade há dois anos ppr Rúben Amorim. Já o tinha feito em Arouca, estava lá e vi, tal como estive ontem em Alvalade. Grande evolução do nosso ex-capitão da equipa B.
Harder logo após marcar o terceiro golo, cumprimentado por João Simões e Quenda
Foto: Patrícia de Melo Moreira / AFP
Jogo calmo, tranquilo, dominado pelo onze leonino do princípio ao fim. Recebíamos o Farense, que na primeira volta goleámos por 5-0, lá no Algarve. Mesmo no início do campeonato, quando a frescura era outra - muito distante deste período de calendário apertadíssimo, com dois jogos por semana e quase sem tempo para recuperação física.
Apesar do cansaço que se acumula e das lesões que continuam a apoquentar a equipa, entrámos confiantes, logo instalados no meio-campo da turma visitante.
Esforço recompensado: aos 11', já a bola entrava na baliza do Farense. Tocada por um ponta-de-lança improvisado: Iván Fresneda, que a passe de Harder se estreou assim como goleador desde que actua como jogador sénior. O jovem espanhol transbordou de alegria e todos os colegas se associaram a ele nos festejos.
Daí a pouco, aos 26', Diomande seguiu-lhe o exemplo. Na sequência de um canto superiormente marcado por Trincão, elevou-se mais alto e meteu-a lá dentro, num cabeceamento fulminante. Estreando-se, também ele, como goleador nesta época.
O resultado reflectia o comportamento das duas equipas no terreno. O Farense muito remetido ao reduto defensivo, o Sporting fazendo pressão constante com variações de velocidade em largura e comprimento, pautando o seu jogo em obediência a este desígnio estratégico: convém evitar esforços inúteis.
Mas ninguém alimentava dúvidas sobre quem mandava ali. Morten no meio-campo interior e Trincão impulsionando o ataque, sobretudo inclinado para a direita.
Atrás as operações estavam bem confiadas ao quarteto comandado pelo marfinense. Que só desafinou uma vez, mesmo à beira do intervalo, aos 45'+2: bastou uma fugaz falta de sincronização para Lucas Áfrico, vindo lá de trás, rematar em posição frontal, livre de marcação, sem hipótese para Rui Silva.
E assim se foi para o intervalo.
No segundo tempo só deu Sporting. Já com João Simões em campo, contribuindo para a fluidez do nosso jogo, enquanto Quenda e Trincão pareciam rivalizar em exibições de virtuosismo técnico: os mais de 43 mil adeptos não lhes negaram aplausos.
Mas estava escrito que o herói daquele fim de tarde de anteontem seria Conrad Harder. Substituto do ausente Gyökeres, o jovem avançado deixou claro ao treinador que pode contar com ele. Confirmou-se como herói em campo ao apontar o terceiro, no minuto 88, em lance iniciado e finalizado por ele próprio, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Matheus Reis, que onze minutos antes saltara do banco.
Segundo desafio seguido a marcar: é assim que se ganha fama. É assim, passo a passo, que se vai subindo no Olimpo do Sporting. Parabéns ao dinamarquês: bem os merece.
Parabéns igualmente a Rui Borges, que tem feito omeletes com poucos ovos. Desta vez, outra baixa: Geny saiu aos 25', de maca, com lesão traumática. Vai parar pelo menos duas semanas. Talvez mais.
Numa das tribunas do estádio, a ver o jogo, estavam quatro titulares indiscutíveis: Gyökeres, Pedro Gonçalves, Morita e Nuno Santos.
Apesar dos problemas com sucessivas lesões, o Sporting mantém o comando isolado, continua a ter o melhor ataque e a melhor defesa, é a equipa com mais vitórias e menos derrotas. Registo à 20.ª jornada: 56 golos. Não marcávamos tantos há 51 anos, desde a saudosa época 1973/1974.
Agora é só seguir em frente.
Breve análise dos jogadores:
Rui Silva (5) - Alguma vez havia de acontecer: sofreu o primeiro golo no Sporting, aos 45'+2. E fez a primeira defesa digna de aplauso, aos 50'.
Fresneda (6) - Envolveu-se na manobra ofensiva e foi recompensado com o primeiro golo da sua carreira, aos 11'. Vai motivá-lo para mais.
Diomande (7) - Grande golo de cabeça, após um canto (26'). O seu primeiro nesta época. Quem diz que não marcamos de bola parada?
Gonçalo Inácio (5) - Eficácia no passe longo. Mas falhou a marcação a Lucas Áfrico no tento algarvio. E falhou golo de baliza aberta (72').
Maxi Araújo (7) - Melhora de jogo para jogo. Excelente cruzamento atrasado para Gonçalo marcar. É dele a pré-assistência no terceiro golo.
Geny (4) - Estava a movimentar-se bem, no flanco direito, mas lesionou-se muito cedo (22'). Forçado a sair, queixando-se de entorse.
Morten (7) - Muito influente. Acorreu duas vezes à dobra de Diomande. Participou na construção do terceiro golo. Peça fundamental.
Daniel Bragança (4). Exibição muito abaixo do que nos habituou. Desperdiçou dois ataques (29' e 41'). Sem desenhar um só movimento de ruptura.
Quenda (7)- O maior desequilibrador do plantel. À esquerda e à direita, ganhou duelos e arrastou marcações. Indiscutível maturidade técnica.
Trincão (7) - Assistiu no segundo golo. Muito activo no ataque, grande compromisso na defesa. É o rei das assistências na Liga: e vão nove.
Harder (8) - Fez o passe decisivo para o primeiro golo e marcou o terceiro - de modo original, com o peito. Melhor em campo.
João Simões (6) - Substituiu Geny aos 25'. Bom comportamento defensivo, critério na entrega da bola. Nunca se esconde do jogo.
Matheus Reis (6) - Entrou aos 77, substituindo Daniel Bragança. Onze minutos depois, protagonizou o centro que daria o golo a Harder.
Debast (-) - Substituiu Trincão aos 90'. Só para confirmar que a breve lesão já foi ultrapassada.
Afonso (-) - Entrou aos 90', rendendo Maxi. Justo incentivo para um jovem jogador que se tem destacado no Sporting B.
Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Farense por quatro diários desportivos:
Harder: 25
Trincão: 24
Quenda: 23
Fresneda: 22
Morten: 22
João Simões: 21
Maxi Araújo: 21
Diomande: 21
Matheus Reis: 20
Daniel Bragança: 20
Gonçalo Inácio: 20
Rui Silva: 19
Geny: 18
Debast: 1 *
Afonso Moreira: 1 *
Três jornais elegeram Harder como melhor em campo. O Jogo escolheu Trincão.
* A nota 1 de ambos deve-se apenas ao Record, que pontua sempre os jogadores mesmo quando eles entram no fim do jogo e nem chegam a tocar na bola. Um disparate.
De mais um triunfo claro e tranquilo. Recebemos, dominámos e vencemos o Farense, penúltimo classificado, numa partida quase de sentido único. Resultado: 3-1. Melhor do que o do jogo homólogo do campeonato anterior, quando também batemos a nossa segunda filial, mas com menor diferença: 3-2.
De Harder. Melhor em campo. Fuzilou as redes pelo segundo jogo consecutivo, suprindo a ausência do artilheiro-mor da equipa. Quando Gyökeres não está, o jovem dinamarquês, de apenas 19 anos, avança para o seu lugar e dá conta do recado. Voltou a acontecer ontem: foi ele a confirmar a vitória leonina, aos 88', com um original golo marcado com o peito em posição frontal, correspondendo com eficácia máxima a um cruzamento de Matheus Reis. Assim culminou uma bela jogada colectiva que ele próprio havia iniciado. Mas não se limitou a marcar: também assistiu. Providencial passe para golo, logo aos 11', dando início à vitória.
De Fresneda e Diomande. Figuram aqui em simultâneo por terem apontado os nossos primeiros golos, sendo ambos defesas. O lateral espanhol em estreia absoluta como goleador enquanto jogador profissional: inaugurou o marcador aos 11', à ponta-de-lança. O internacional marfinense meteu-a lá dentro num cabeceamento fulminante na sequência de um canto, aos 26' - também em estreia, mas na época em curso. É bom haver vários jogadores prontos a ser homem-golo compensando as ausências que continuam a registar-se por lesão.
De Trincão. Grande partida do avançado minhoto, que antes deste embate com o Farense já registava 2930' de utilização em 2024/2025. Comandou as operações do meio-campo para a frente, assistou no segundo golo marcando o canto e revelou sempre compromisso defensivo. Ofereceu duas vezes o golo a Harder (33' e 80'). Esteve a centímetros de marcar ele também, aos 17', numa excelente recepção seguida de rotação e remate de primeira, com a bola quase a roçar o ferro.
De Maxi Araújo. Vai-se mostrando mais adaptado ao posto de lateral esquerdo e mais entrosado com os colegas, melhorando de jogo para jogo. Muito eficiente nas missões defensivas, nunca perde de vista a manobra ofensiva. Magnífica combinação com Matheus Reis no lance do terceiro golo: a pré-assistência é dele.
Da estreia de Afonso Moreira, esta época, na equipa A. O brioso ala esquerdo leonino, presença habitual na equipa B, saltou do banco substituindo Maxi Araújo aos 90'. Só actuou cerca de 5 minutos, mas foi uma oportunidade para mostrar o que vale entre os "adultos".
De confirmar a aposta na formação. Cinco jogadores oriundos da Academia Cristiano Ronaldo marcaram presença nesta partida: Gonçalo Inácio, Daniel Bragança, Quenda, João Simões e Afonso Moreira. O caminho faz-se caminhando.
Do apoio dos adeptos à equipa. Mais de 43 mil espectadores em Alvalade demonstrando a crença inabalável de que este Sporting vai conquistar o bicampeonato que nos foge há 74 anos. Só faltam 14 jornadas.
De Rui Borges. Mais três pontos conquistados, balanço muito positivo destas suas cinco semanas ao serviço do Sporting. Os números não deixam lugar a dúvidas: nove jogos disputados, com cinco vitórias, três empates e apenas uma derrota. No campeonato, vamos com três triunfos consecutivos - contra Rio Ave, Nacional e Farense.
Da arbitragem. António Nobre merece nota positiva. Deixou jogar, adoptando critério largo - precisamente o que vigora na esmagadora maioria dos melhores jogos internacionais. Sem exibir cartões a torto e a direito nem interromper a partida mal vê alguém atirar-se para o chão.
Do reforço da nossa liderança. Benfica e FC Porto continuam à distância. Lideramos isolados, agora com 50 pontos à 20.ª jornada. Apenas menos dois do que tínhamos na mesma fase do campeonato anterior.
Não gostei
Da ausência de Gyökeres. O craque sueco assistiu ao desafio num camarote de Alvalade. Foi apenas o segundo jogo desta época em que não pudemos contar com ele, comprovando que esteve a jogar nos limites da resistência muscular. Também Morita continua lesionado. São ausências de monta, tais como as de Nuno Santos (indisponível até ao fim da época) e de Pedro Gonçalves.
Da lesão de Geny. Parece bruxedo: também ele se lesionou. Abandonou o relvado de maca, aos 25', aparentemente devido a uma entorse que pode afectá-lo com gravidade. Mais uma dor de cabeça para o nosso treinador.
Do golo do Farense. Aconteceu aos 45'+2, fixando o resultado ao intervalo: 2-1. Lucas Áfrico movimentou-se à vontade dentro da nossa área, com Gonçalo Inácio a falhar a marcação e Diomande a pô-lo em jogo. Fechou-se o círculo: em Agosto, no Algarve, o mesmo jogador tinha marcado para o Sporting num infeliz autogolo. A "retribuição" ocorreu agora.
De ver Rui Silva sofrer o primeiro golo de Leão ao peito. Alguma vez havia de acontecer. Mas o guarda-redes internacional vindo do Bétis não teve culpa.
De ver jogadores que formámos em Alcochete jogarem contra nós. Desta vez foram o avançado Elves Baldé (25 anos) e o médio Miguel Menino (22 anos). Nem todos podem ficar, como sabemos. É a vida...
Exibição competente qb do Sporting hoje em Alvalade, sabendo gerir o jogo no ritmo mais indicado para camuflar a falta de alguns titulares e a nítida má forma de outros, e dando palco a um quarteto de jovens de sangue na guelra com imenso potencial. E foram estes - Fresneda, Diomande, Quenda e João Simões - que desbloquearam o jogo, marcaram e deram a marcar.
O campeonato ganha-se com exibições assim, de controlo do jogo, de ganhar sem arriscar perder, evitando o desgaste e a quebra física no final dos jogos.
Do 3-4-3 de Amorim para o 4-4-2 de Rui Borges mudaram alguns posicionamentos mas não mudaram alguns princípios de jogo, o controlo através da posse e da circulação de bola a toda a largura do campo, a variabilidade das zonas de ataque, o lançamento em profundidade do ponta de lança em zonas laterais. Com isso o resultado é semelhante, o jogo ganha-se sem o nosso guarda-redes fazer uma defesa digna desse nome. Hoje aconteceu o golo contrário, um bom cruzamento que deu golo, por mérito contrário e porque Inácio não respeitou a linha dada por Diomande. Rui Silva nada podia fazer.
Fresneda marcou o golo inicial a cruzamento tenso de Harder. Não era preciso ser bruxo de Fafe para prever que isso iria acontecer, por pouco não tinha acontecido já em dois jogos anteriores porque ele repete o movimento interior que o coloca em boas condições para marcar. Diomande marcou o segundo num bom golpe de cabeça no seguimento dum canto. Harder o terceiro num bom cruzamento de Matheus Reis. Pelo meio meia-dúzia de defesas de Ricardo Velho e remates a sair a rasar o poste.
João Simões começa a encher-me as medidas. Está ali um médio todo-o-terreno do melhor que já tivemos, não falha um passe, tem mudanças de velocidade que desequilibram a defesa contrária, vai à linha de fundo, remata de fora da área, tudo isso aos 18 anos. Mais fresco do que Quenda, também ele um pouco desgastado.
Hjulmand está um patrão, joga e faz jogar. Mal mesmo esteve Trincão, a perder muitas bolas em zonas centrais e portanto perigosas para o contra-ataque adversário. Maxi e Inácio também longe do que podem fazer. Catamo complicativo e desta vez infeliz, vamos lá ver que lesão tem. Bragança começou bem mas depressa descarrilou, está sem capacidade física para fazer o que pensa.
Melhor em campo? Harder, o mini-Gyökeres, o suplente perfeito. A verdade é que os dez colegas em campo não notam muito a diferença, porque as movimentações são semelhantes.
Arbitragem? Fraquinha marca APAF: Vai gerindo o que marca e o que não marca, não interessa se são faltas ou não, ninguém percebe mas isso pouco interessa. Os fiscais de linha também não ajudam. Pelo menos não inventou penáltis.
E agora? Ganhar no Dragão, mas com o Eustáquio a central vai ser muito complicado. Pelo menos o Galeno não vai cavar penáltis e expulsões, o que já não é mau.
Missão cumprida: em noite muito chuvosa no nosso estádio, recebemos o Bolonha e empatámos (1-1). A equipa italiana cai fora, nós seguimos em frente na Liga dos Campeões.
Mesmo sem Gyökeres nem Morita, titulares absolutos. Mesmo com mais um lesionado - desta vez Debast, forçado a abandonar a partida aos 62'.
Rui Borges leu bem o jogo, em que perdíamos ao intervalo. Do banco saíram dois dos três jogadores que fizeram a diferença, construindo o empate: Quenda e João Simões. O terceiro - e decisivo - foi Harder, que a meteu lá dentro aos 77'. Em carambola, às três pancadas, mas a nota artística pouco interessa.
O importante é que entrou.
Mais um obstáculo ultrapassado.
Ficámos em 23.º lugar, logo abaixo do poderoso Manchester City.
Iremos agora defrontar Atalanta ou Borussia Dortmund no play off de acesso à próxima etapa da prova milionária.
Confiamos nos jogadores e na equipa técnica? Claro que sim.
Antes um puto de 19 anos que falha, mas tenta e tenta e volta a tentar, do que uma prima dona de poupinha que mais uma vez nem se digna ir à procura do jogo.
Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Santa Clara, da Taça de Portugal, por quatro diários desportivos:
Harder: 24
Gyökeres: 23
João Simões: 23
Debast: 22
Morten: 22
Geny: 21
Israel: 21
Diomande: 19
Quenda: 19
Eduardo Quaresma: 19
Matheus Reis: 18
Maxi Araújo: 17
Fresneda: 16
Trincão: 16
St. Juste: 12
Mauro Couto: 11
Três jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo. O ZeroZero escolheu Harder.
Rúben Amorim num abraço apertado a Conrad Harder: despedida em grande do Sporting
Foto: Hugo Delgado / Lusa
Faz hoje uma semana, em Braga, aconteceu uma das mais saborosas vitórias do Sporting. Reviravolta com tintas épicas. A segunda em poucos dias após o extraordinário triunfo em Alvalade frente ao Manchester City, considerado melhor equipa do mundo, sob o comando de Pep Guardiola, o treinador com mais fama nos nossos dias.
Primeira parte fraca, com demasiados erros individuais e falta de dinâmica colectiva. A turma anfitriã foi superior nesta fase, marcando duas vezes. Assim chegou o intervalo: perdíamos 0-2. Mais de 20 mil espectadores na Pedreira - parte dos quais sportinguistas.
Para agravar a situação, o melhor jogador português deste Sporting que sonha com o bicampeonato lesionou-se. Sozinho: problema muscular. Estavam decorridos apenas 23 minutos quando Pedro Gonçalves se viu forçado a abandonar o relvado. Ia em lágrimas, sabendo que voltaria também a falhar uma convocatória da selecção nacional. Só regressará às competições em 2025.
Geny teve de aquecer com rapidez. Entrou aos 26' para interior esquerdo.
O intervalo fez muito bem aos nossos jogadores. Parecia outra equipa. Mais veloz, mais acutilante, pressionando o Braga, forçando os adversários a recuar, impondo a superioridade natural. Aí ficou patente a excelente organização colectiva leonina, reforçada por jogadores com inegável talento.
Debast já não regressou para a segunda parte: St. Juste rendeu-o. A equipa ganhou com a substituição, beneficiando também com as trocas de Maxi Araújo por Harder e de Daniel Bragança por Morita ao minuto 56.
Neste confronto no Minho em que disse adeus ao Sporting antes de rumar a Manchester, Amorim confirmou uma das suas maiores virtudes: saber ler o jogo. Muito mais do que a famosa "estrelinha" do treinador, isto explica a reviravolta. Que não tardou a ocorrer, operada pelos jogadores recém-entrados.
St. Juste, num cabeceamento ao poste, e Morita, aproveitando o ressalto em remate fulminante, começaram a reduzir aos 58'.
O Braga vencia ainda, mas estava encostado às cordas.
Foi ao tapete no minuto 81', com um disparo fortíssimo de Morten, a cerca de 30 metros da baliza. Golaço indefensável: Matheus foi incapaz de travá-lo. Sério candidato a golo do mês. O internacional dinamarquês, nosso capitão, estreou-se assim a marcar na Liga 2024/2025.
Faltava entrar em cena um compatriota de Morten: Conrad Harder. Deu festival em campo nos minutos finais, levando ao delírio a massa adepta leonina. Aos 89', num remate cruzado, fortissimo. E aos 90'+4, repetindo a dose e fixando o resultado: 2-4.
Fabuloso bis, com parte do estádio a ovacioná-lo e o resto em silêncio.
De imediato todos os jogadores rodearam o treinador que se despedia, num comovente e eloquente abraço colectivo a demonstrar a força do balneário deste Sporting campeão, mais forte que nunca.
Faz sentido: vamos com 32 jogos seguidos no campeonato sem perder. Nesta Liga, com 33 pontos em 11 jornadas, temos 39 marcados e apenas 5 sofridos. Média impressionante: 3,54 golos por jogo.
Amorim sorria, provavelmente já com saudades antecipadas. E também certamente com sensação de orgulho.
Pôs fim ao maior período da história do SCP sem vencer o campeonato. Foi o primeiro treinador do Sporting a triunfar na Alemanha (goleando o Eintracht). Foi determinante na nossa mais lucrativa venda de sempre, com a transferência de Ugarte (aposta sua) para o PSG. Deixa o plantel mais valioso de Portugal: 443,5 milhões de euros, segundo o Transfermarkt.
Tornou-se sportinguista entre nós. Devemos-lhe algumas das nossas melhores recordações desportivas de sempre.
Breve análise dos jogadores:
Israel (5) - Sofreu dois golos, aos 20' e aos 45': nada frequente nele. Mas está isento de culpa em qualquer dos lances.
Debast (2) - Há dias em que mais vale não calçar. Foi esse o dia para o belga. Ofereceu o primeiro golo ao Braga e marcou com os olhos no segundo, desconcentrado. Já não veio do intervalo.
Diomande (5) - Sentiu dificuldades notórias na primeira parte, mas impôs a voz de comando no segundo tempo, ajudando a blindar o nosso reduto defensivo.
Matheus Reis (5) - Titular em vez de Gonçalo Inácio, começou muito intranquilo, parecendo por vezes não saber o que fazer à bola. Melhorou no segundo tempo.
Quenda (7)- Um dos obreiros da reviravolta. Genial, um passe cruzado de 40m a isolar Gyökeres aos 51'. Serviu de aperitivo ao golo, iniciado 7' depois por ele, na marcação dum canto.
Morten (7) - Líder incontestado do meio-campo, muito atento às incursões adversárias. Destacou-se sobretudo no golaço que apontou aos 81' - a sua estreia como artilheiro nesta Liga.
Daniel Bragança (4) - Estranhamente apático, sem velocidade nem ritmo. Falhou no confronto com João Moutinho, perdendo a bola no segundo que sofremos. Saiu aos 56'.
Maxi Araújo (5) - Protagonizou bons cortes, aos 8' e aos 12', mas ainda lhe faltam rotinas no corredor esquerdo. O melhor que fez, na frente, foi atirar à malha lateral (43'). Saiu aos 56'.
Trincão (7) - Poucos como ele revelam tanta qualidade com a bola em espaços curtos. Já faz boa parceria ofensiva com Quenda à direita. É dele o passe para Harder no quarto do Sporting.
Pedro Gonçalves (3) - Noite azarada para o craque transmontano. Viu um amarelo aos 13' por protestos. Aos 23', esticou demasiado a perna e sentiu dor forte: foi substituído aos 26'.
Gyökeres (6)- Noite estranha: ficou em branco. Quase marcou, aos 51': Matheus travou-o. Falhou por pouco a emenda a centro de Geny (60'). Útil nos cartões: forçou três ao Braga (38', 45' e 68').
Geny (6) - Substituiu Pedro Gonçalves aos 56'. Ajudou a encostar a turma braguista às cordas, pressionando na meia esquerda. Remate forte aos 72', para defesa apertada do guardião.
St. Juste (7) - Substituiu Debast na segunda parte. Com larga vantagem, atrás e à frente. Cabeceamento ao ferro que deu golo na recarga (58'). Inicia o terceiro golo numa recuperação.
Morita (8) - Substituiu Daniel aos 56'. Era o dínamo de que a equipa precisava: saiu do banco para abrir a conta leonina. Transformado em "n.º 10", assistiu no terceiro golo.
Harder (9) - Entrou aos 56', substituindo Araújo. Viria a ser o protagonista do jogo - e o melhor em campo - ao bisar, aos 89' (passe de Morita) e aos 90'+4 (passe de Trincão). Está cada vez melhor.
Gonçalo Inácio (7) - Substituiu Matheus Reis no minuto 80. Tal como os outros suplentes utilizados, imprimiu qualidade e talento à equipa. Foi dele o passe para o golaço de Morten.
Da nossa vitória em Braga. Nova reviravolta no resultado, novo desafio épico em menos de uma semana. Após a goleada ao Manchester City em Alvalade, virámos agora por completo um resultado desfavorável na Cidade dos Arcebispos. Fomos para o intervalo a perder por dois-a-zero, mas no segundo tempo marcámos quatro, fixando o resultado: 2-4. Com golos de Morita (58'), Morten (81') e Harder (89' e 90'+4). Continuamos invictos. Continuamos imbatíveis.
De termos igualado o melhor início de campeonato de sempre. Onze jogos iniciais, onze vitórias, 33 pontos. Há 34 épocas que não começávamos tão bem, desde a temporada 1990/1991, com Marinho Peres. Rúben Amorim despede-se do Sporting, para treinar o Manchester United, deixando a equipa ainda mais bem colocada para concretizar o sonho que alimentamos há 74 anos: a conquista do bicampeonato nacional de futebol.
Do treinador. Comprovando o seu talento como técnico capaz de ler os jogos, Amorim fez as substituições que se impunham: trocou Debast por St. Juste no recomeço da partida e Daniel Bragança por Morita aos 56': a dinâmica alterou-se de imediato, com pressão total do onze leonino rumo à baliza adversária. A troca de Maxi Araújo por Harder, também aos 56', acentuou esta tendência: o Braga foi encostado às cordas. A substituição de Matheus Reis por Gonçalo Inácio, aos 80', contribuiu para acentuar a fluidez do nosso jogo. Não só vencemos: voltámos a convencer.
De Harder. Não chegou a estar 40 minutos em campo, mas merece ser apontado como o melhor dos nossos. Por ter bisado, em dois grandes remates de meia-distância - fortes, muito bem colocados, com clara intenção de a meter lá dentro. Aproveitamento máximo das oportunidades de que dispôs. Foi graças a ele que trouxemos três pontos de Braga. O empate saberia a pouco, ficaria aquém dos objectivos, deixar-nos-ia sem hipóteses de igualar (e depois superar) o recorde de melhor início de sempre da maior prova desportiva nacional.
Do golo de Morten. Daqueles de fazer levantar um estádio. Golaço - sem dúvida o melhor da jornada, um dos nossos melhores até agora. Este golo, num pontapé fulminante, pôs fim a um período inédito, prolongado por mais de 80 minutos: foi a primeira vez em que estivemos a perder neste campeonato. O capitão dinamarquês, em estreia a marcar nesta Liga, não foi importante apenas por isto: voltou a ser também comandante absoluto do meio-campo.
De Morita. Grande partida do internacional japonês: mudou o fio de jogo leonino mal entrou em campo, tornando a equipa mais veloz, mais objectiva, mais acutilante. Actuando numa espécie de "número 10", estava no local certo para apontar o primeiro golo, apenas dois minutos depois de saltar do banco: foi de recarga, na sequência de um canto muito bem apontado por Quenda e de um cabeceamento de St. Juste ao poste. Foi também ele a fazer o passe para o nosso terceiro golo. Exibição sem mácula.
Do ambiente no estádio. Havia 20.585 espectadores nas bancadas da Pedreira, mas em largos períodos da partida escutavam-se sobretudo os apoiantes do Sporting. O chamado "12.º jogador" mostra-se activo e influente como nunca: também nisto se vê a dinâmica de um clube que sonha ser bicampeão.
Da união da equipa. Mal foi marcado o quarto golo, os jogadores correram em direcção a Rúben Amorim envolvendo-o num forte, caloroso e prolongado abraço. Símbolo bem expressivo do saudável ambiente do balneário, onde coesão e união são muito mais do que simples palavras. Não podia haver despedida mais empolgante e comovente do melhor treinador de sempre do Sporting.
De termos disputado 32 jogos em sequência sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 20 triunfos nas últimas 21 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.
De ver o Sporting marcar há 53 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.
Do nosso desempenho nesta temporada oficial. Dezoito jogos disputados, 16 vitórias. São números que dizem quase tudo.
Do balanço após quase um terço da prova. Melhor ataque (39 golos), melhor defesa (só cinco sofridos), melhor goleador: Gyökeres. Desde 1973/1974 não facturávamos tanto nas primeiras onze rondas. Ainda não vencemos, até agora, por menos de dois golos de diferença. Temos a equipa mais forte do campeonato português, cem por cento vitoriosa. Perseguimos um objectivo cada vez mais próximo: a conquista do bicampeonato. Só faltam 23 jornadas.
Não gostei
Dos dois golos sofridos. Consequência da boa dinâmica inicial do Braga, que bloqueou os nossos corredores laterais, com Bruma e Ricardo Horta a entrarem à vontade na grande área perante a passividade do trio defensivo - sobretudo Debast, com responsabilidades em ambos os golos (20' e 45') por manifesta desconcentração. Não admira que o belga já não tenha regressado após o intervalo.
Da nossa primeira parte. Sem uma oportunidade de golo, sem um remate enquadrado. O melhor que se fez foi um remate de Maxi Araújo às malhas laterais. Para esquecer.
Dos dois cartões exibidos por protestos. Primeiro Pedro Gonçalves (13'), depois Diomande (80'). Os jogadores devem ter especial atenção às novas regras para evitarem ser amarelados desta forma. Mas o árbitro Luís Godinho não teve critério uniforme, poupando João Moutinho a um cartão que devia ter visto ao protestar de forma ainda mais exuberante.
Da lesão de Pedro Gonçalves. O melhor jogador português do Sporting viu-se forçado a sair, com forte dor muscular, logo aos 23'. Baixa para a equipa, baixa (de novo) para a selecção nacional quando já estava convocado para os próximos encontros da equipa das quinas. Esperemos que consiga recuperar nesta pausa do campeonato motivada pelos confrontos internacionais.
Da despedida. Desta vez é que foi: Rúben Amorim deixou de orientar a nossa equipa principal de futebol após mais três desafios suplementares em boa hora impostos por Frederico Varandas. Valeu a pena: vitórias sucessivas contra o Estrela da Amadora (5-1), Manchester City (4-1) e Braga (4-2). Que tenha a maior das sortes em Manchester. Bem a merece, após o excelente trabalho em Alvalade durante quatro anos e oito meses - a mais longa permanência de um treinador neste posto em cerca de oito décadas no Sporting.
- Ruben Amorim: O melhor treinador que vi no Sporting, virou o jogo com as mexidas que fez na equipa.
- Harder: Algumas equipas conseguem suster um nórdico goleador, mas muitas poucas aguentam com dois nórdicos goleadores.
- Hjulmand: que Golaço!
- Dr. Luís Freitas Lobo: Hoje teve uma prestação do nível "se é para isto vou deixar de pagar a merda da Sportv e meter pirataria". Que falta de isenção, que falta de capacida de análise, passou 89 minutos a elogiar o Braga, uma equipa que fez três remates no jogo todo e marcou dois golos, com muita sorte à mistura. Só quando o Sporting estava a ganhar 3-2 é que se ouviram plavaras positivas à exibição do Sporting, mas aí também eu sou um grande analista, se me limitar a elogiar quem está a ganhar.
- Carlos Carvalhal: Mais um da colecção de ressabiados com o Sporting. Ainda hoje deve achar que foi despedido injustamente, depois da época de sonho que fez em 09/10, um 4.º lugar a 30 pontos do 1.º.
- Toda a equipa do Braga. Para ver se aprendem que o futebol não é só dar cacetada e fingir que se sofreu uma falta assim que um adversário está por perto.
- Luís Godinho: Num jogo com bastante cachaporra da parte do Braga, conseguiu ainda assim dar mais amarelos por protestos do que por faltas cometidas. Não viu ainda um encosto de ombro a Trincão na área do Braga, em que o ombro do jogador da casa eram os dois braços e o ombro do Trincão era o seu peito, nem viu que Franco Israel foi atropelado por um adversário no lance do primeiro golo, estando no chão no momento do remate devido a isso mesmo.
{ Blogue fundado em 2012. }
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.