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És a nossa Fé!

Preços

Acaba de sair esta bela t-shirt com a figura do goleador do bicampeonato. Está marcada no site a 34,90 euros, mas como sou sócio, prometem-ma vender por 31,41, premiando a minha dedicação ao longos dos anos. Já me reuni com o caixa da Loja Verde e ofereci 20 euros + 5 euros em objetivos. Recusou. Logo a mim, que sempre dei tudo pelo meu Sporting... Depois, admirem-se que a t-shirt fica na prateleira...

Balanço (4)

Pódio: Gyökeres, Trincão, Geny

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Em jeito de balanço, aqui fica a lista dos jogadores que receberam a menção de melhores em campo no último campeonato, em resultado da soma das classificações atribuídas por

diários desportivos após cada jornada. Num total de 136 votos.

 

Gyökeres, sem surpresa, foi o jogador mais pontuado pela imprensa especializada em futebol ao longo da temporada que decorreu de Agosto a Maio. Repete a proeza do ano anterior, ampliando ainda mais a distância face aos seus companheiros. O rei dos goleadores do campeonato relegou novamente para o segundo posto o rei das assistências, Francisco Trincão, que havia chegado ao topo na época 2022/2023. 

Todos os jornais lhe atribuíram o primeiro posto. Com Trincão também a suscitar unanimidade no segundo lugar, embora a larga distância - menos de metade dos pontos. Foram agora 28 a separá-los. Há um ano tinham sido 23.

Em qualquer caso, poucos adeptos contestarão estas escolhas. Pelo brilhantismo do craque sueco ao longo de toda a Liga 2024/2025 e pela excelente forma do avançado minhoto, que registou vários momentos de indiscutível brilhantismo. 

 

Face ao balanço anterior, destacam-se as ausências de Paulinho (terceiro há um ano), por ter deixado de integrar o plantel, e Edwards (terceiro em 2023, quinto em 2024), este pelo subrendimento evidenciado até abandonar Alvalade rumo ao Burnley, agora de regresso à Premier League.

Lesionado durante mais de metade da temporada, Pedro Gonçalves desceu de quarto para sexto. Enquanto Morten, inversamente, subiu de sexto para quarto. E Harder, caloiro no plantel, ficou em quinto. Quenda, outro caloiro, foi sétimo.

A maior subida, face ao ano anterior, foi a de Geny. Que em 2024 ficou num modesto nono posto e agora entra no pódio, por mérito próprio.

Eduardo Quaresma, estreante nestas lides, justifica menção especial: recebeu quatro pontos pelo magnífico desempenho no Sporting-Gil Vicente, a duas jornadas do fim, marcando um golo decisivo - o melhor da Liga 2024/2025.

Pelo segundo ano consecutivo, regista-se a ausência de Nuno Santos, quarto classificado na votação da época 2022/2023. Desta vez até se compreende, pois sofreu uma lesão muito grave pouco depois do início do campeonato.

 

O Record foi o único desportivo que não esqueceu dois jogadores nucleares, cada qual a seu modo: Debast e Gonçalo Inácio.

O digital ZeroZero, que figurou pela primeira vez nestes pódios, lembrou-se de Daniel Bragança, elegendo-o como melhor em campo no Moreirense-Sporting. E destacou uma vez Morita, tal como fez O Jogo.

De Rui Silva, Diomande, St. Juste, Fresneda, Matheus Reis e Maxi Araújo ninguém falou.

 

Gyökeres: 51

Trincão: 23

Geny: 13

Morten: 12

Harder: 11

Pedro Gonçalves: 9

Quenda: 8

Eduardo Quaresma: 4

Morita: 2

Gonçalo Inácio: 1

Debast: 1

Daniel Bragança: 1

 

A BOLA: Gyökeres (12), Trincão (6), Geny (4), Morten (4), Harder (3), Pedro Gonçalves (2), Quenda (2), Eduardo Quaresma.

RECORD: Gyökeres (12), Trincão (4), Geny (4), Morten (3), Pedro Gonçalves (3), Harder (3), Quenda (2), Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Debast.

O JOGO: Gyökeres (14), Trincão (6), Morten (4), Geny (3), Pedro Gonçalves (2), Quenda (2), Harder, Eduardo Quaresma, Morita.

ZEROZERO: Gyökeres (13), Trincão (7), Harder (4), Geny (2),  Pedro Gonçalves (2), Quenda (2), Morten, Eduardo Quaresma, Morita, Daniel Bragança.

 

Há um ano foi assim: Gyökeres, Trincão, Paulinho.

Há dois anos foi assim: Trincão, Pedro Gonçalves, Edwards.

Há três anos foi assim: Sarabia, Porro, Nuno Santos.

Há quatro anos foi assim: Pedro Gonçalves, Palhinha e Coates.

Há cinco anos  foi assim: Bruno Fernandes, Jovane, Vietto.

Há seis anos foi assim: Bruno Fernandes, Raphinha, Nani.

Há sete anos foi assim: Bruno Fernandes, Bas Dost, Gelson Martins.

Há oito anos foi assim: Bas Dost, Gelson Martins, Bruno César. 

Há nove anos foi assim: Slimani, João Mário, Gelson Martins.

Balanço (3)

Os melhores jogadores da época passada

Balanço dos jogadores do Sporting que mais se destacaram em cada desafio do campeonato 2024/2025:

 

Gyökeres: 14 (Farense, FC Porto, AVS, Estrela Amadora, Moreirense, V. Guimarães, AVS, Estoril, Casa Pia, Famalicão, Estrela Amadora, Braga, Moreirense, Boavista)

Trincão 4 (Arouca, Casa Pia, Boavista, Nacional)

Pedro Gonçalves: 3 (Rio Ave, Nacional, V. Guimarães)

Harder: 3 (Braga, Farense, Arouca)

Geny 3 (Estoril, Santa Clara, Benfica)

Quenda 3 (Famalicão, Rio Ave, FC Porto)

Morten 2 (Gil Vicente, Benfica)

Debast 1 (Santa Clara)

Eduardo Quaresma 1 (Gil Vicente)

 

Na época 2014/15, os melhores jogadores foram Nani, William Carvalho e Montero.

Na época 2015/16, os melhores jogadores foram Slimani, Adrien e João Mário.

Na época 2016/17, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bas Dost e Adrien.

Na época 2017/18, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bruno Fernandes e Rui Patrício.

Na época 2018/19, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Raphinha e Nani.

Na época 2019/20, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Jovane e Coates.

Na época 2020/21, os melhores jogadores foram Pedro Gonçalves, Coates e Palhinha.

Na época 2021/22, os melhores jogadores foram Sarabia, Porro e Nuno Santos.

Na época 2022/23, os melhores jogadores foram Pedro Gonçalves, Trincão e Porro.

Na época 2023/24, os melhores jogadores foram Gyökeres, Pedro Gonçalves e Trincão.

"Frederico Varandas, o responsável do maior clube português"

Foi o que disse o candidato Noronha Lopes à presidência do Benfica na CMTV referindo-se, claro, ao Sporting Clube de Portugal.

Como diz o povo, "fugiu-lhe a boca para a verdade", verbalizou claramente aquilo que o "principezinho amnésico" que preside ao seu clube já tinha aflorado, falando sobre o risco próximo que corre o Benfica.

Ontem o tal responsável do maior clube português deixou bem claro ao empresário do Viktor e aos seus porta-vozes do grupo Cofina, em campanha feroz contra o tricampeonato, que o tempo de fazer a vontade aos empresários já passou. 

O Sporting de Frederico Varandas respeita a vontade dos seus jogadores e não lhes "corta as pernas", passaram a fazer parte da família, recompensa-os pelos bons serviços prestados, despede-se deles com "obrigado por tudo e até já". E eles continuam a seguir o clube e a apoiar à distância. Nuno Mendes, João Palhinha, Matheus Nunes, Rafael Veiga, Pedro Porro são bons exemplos disso, com Dário Essugo, Geovany Quenda e Viktor Gyökeres acontecerá isso também.

Mas o Sporting não aceita manobras manhosas de empresários para contornarem a palavra do presidente, posição oficial do clube. Gyökeres tem contrato por mais três anos, recebeu já esta época um bónus importante, tem a promessa do presidente de o deixar sair abaixo da cláusula e é o que com certeza irá acontecer, conforme decorrer a negociação com os grandes clubes interessados.

E se não acontecer, melhor ainda. Temos Gyökeres para jogar, está confortável e adaptado, a Suécia corre para o Mundial e precisa de manter o registo actual, e para encaixar mais 70M€ temos muitas hipóteses dentro do plantel mais valioso de sempre.

Não sei se já somos o maior clube português, penso que estamos a ultrapassar o FC Porto a alta velocidade e em perseguição evidente ao Benfica em vários indicadores, até na implantação a nível nacional e na dimensão do estádio.

Mas que contamos actualmente com o maior presidente de clube português, isso é evidente. 

 

PS: Nuno Cerejeira Namora, antigo vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral [MAG] do FC Porto, afirmou esta quarta-feira, em tribunal, que Pinto da Costa faleceu por ter "tomado as dores" de Fernando Madureira, no âmbito da Operação Pretoriano. Mas se o Fernando Madureira caiu a defender o seu "pretor" da investida de Villas-Boas, e foi e continua a ser por este perseguido sem perdão, então quem é que verdadeiramente "matou" o maior presidente da história do FC Porto, Pinto da Costa? Parece ter sido Villas-Boas. E... quem "com ferros mata, com ferros morre". É esperar para ver.

SL

Obviamente

Por mais birras que alguém possa ensaiar, por mais "notícias" que apareçam plantadas nos jornais, Viktor Gyökeres não sairá do Sporting por 60 milhões + 10. Isto quando mantém ligação contratual com o clube por mais três anos e depois da época extraordinária que protagonizou (melhor marcador da Liga portuguesa, segundo melhor artilheiro europeu, melhor marcador da Liga das Nações, autor de 97 golos em dois anos de leão ao peito).

Alguém faça o favor de avisar o "empresário" do craque, que parece andar nervoso: tire o cavalinho da chuva.

Golos, vitórias e títulos

Viktor Gyökeres festeja hoje 27 anos

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Hoje é dia de festa para Viktor Gyökeres, bicampeão nacional pelo Sporting.

Caso para isso: o craque sueco celebra 27 anos de vida nesta quarta-feira.

Apetece-me perguntar aos leitores: que presentes lhe dariam neste dia caso pudessem? Sabendo que ele bem as merece, pois tem-nos oferecido golos, vitórias e títulos. Não pode haver melhores prendas para a massa adepta.

Quente & frio

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Gostei muito desta final da Taça de Portugal, conquistada com todo o mérito pela nossa equipa. Talento, competência, brio, sacrifício, espírito de grupo, fibra de campeões. Foi uma final dinâmica, emotiva, com resultado incerto até quase até ao fim. Grande em qualidade e quantidade: jogaram-se mais de 130 minutos. Com o Sporting a protagonizar uma das mais épicas reviravoltas de que tenho memória: já no final do tempo extra concedido pelo árbitro Luís Godinho, ao minuto 90'+11', quando perdíamos 0-1, Gyökeres protagoniza lance de génio ao passar por António Silva e prosseguir em ritmo avassalador até ser carregado em falta por Renato Sanches em zona proibida. Foi ele a converter o penálti - mais um - e a tornar inevitável o prolongamento. Com o Benfica arrasado psicologicamente, marcámos mais dois nessa etapa suplementar. Fazendo jus por inteiro ao nosso lema: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. A anterior Taça de Portugal fora conquistada em 2019, com Marcel Keizer ao leme da equipa. Rui Borges conseguiu em seis meses um título que Ruben Amorim foi incapaz de ganhar em cinco épocas. E torna-se o primeiro treinador português do Sporting a vencer neste século a dobradinha. A anterior conquista teve como técnico o romeno Laszlo Bölöni, em 2002.

 

Gostei de Trincão, para mim o melhor em campo. Incompreendido por tantos adeptos, e alvo do injurioso sarcasmo dos letais durante toda a época, voltou a demonstrar como foi imprescindível nesta gloriosa caminhada rumo aos dois títulos supremos do futebol português. Jogador mais utilizado durante a temporada, com 4682 minutos de leão ao peito, esteve ontem envolvido em todos os nossos golos: é ele a isolar Gyökeres num soberbo passe de 30 metros, ultrapassando a débil resistência de Florentino no lance do penálti; foi ele a assistir no segundo, aos 98', com um belo passe em arco para a cabeça de Harder; e é ele quem fecha a contagem, aos 121', num túnel ao inepto António Silva e disparo perante o impotente Samuel Soares após o dinamarquês lhe ter retribuído a gentileza num passe cirúrgico. Lance de génio, golaço para ver e rever. Ilustra bem o que é este Sporting bicampeão de 2024/2025 na frente de ataque, temível para qualquer adversário: trio de luxo composto por Francisco Trincão, Conrad Harder e Viktor Gyökeres. Também gostei da estreia de David Moreira na equipa principal: o lateral esquerdo, de 21 anos, entrou aos 115', ainda a tempo de contribuir para anular Di María. Estreia de sonho.

 

Gostei pouco da primeira parte, que terminou empatada a zero. Consentimos demasiado domínio territorial à equipa adversária e quase não soubemos critar situações de perigo. Aí brilhou Rui Silva, confirmando aos últimos cépticos que foi um dos nossos melhores reforços da temporada. Sobretudo aos 20', negando o golo a Pavlidis num voo em que desviou a bola para o ferro. Intervenções decisivas também aos 81' e aos 90'+8, bloqueando remates de Belotti e Leandro. Gigante entre os postes, sem culpa no golo encarnado, aos 47', num eficaz remate de meia distância de Kokçu. 

 

Não gostei do desempenho de Pedro Gonçalves, que perdeu várias bolas e foi presa fácil para Otamendi: sem surpresa, saiu aos 75', dando lugar a Harder, que esteve num plano muito superior. Aliás Rui Borges derrotou o treinador rival, Bruno Lage, também nisto: o Sporting, ao contrário do Benfica, foi melhorando a cada substituição. Rendimento mais fraco revelaram também Eduardo Quaresma (substituído por Fresneda aos 83'), que perdeu um duelo aos 81' com Schjeldrup, e Debast (cedeu lugar a Morita aos 58'), que facilitou a tarefa ofensiva de Pavlidis aos 20'. Mas não gostei sobretudo de pressentir que esta 18.ª final da Taça de Portugal conquistada pelo Sporting era a última ocasião para todos vermos Gyökeres de verde-e-branco. Ainda está e já nos desperta saudades: é um dos nossos melhores goleadores de todos os tempos.

 

Não gostei nada daqueles canalhas que nas bancadas onde se concentrava a maioria dos adeptos benfiquistas desataram a imitar o criminoso som do very light, numa aparente glorificação do assassino que noutra final da Taça, naquele mesmo palco, em 1996, roubou a vida ao sportinguista Rui Mendes, de 36 anos. Esta escumalha já fez o mesmo vezes sem conta no pavilhão encarnado, quando o Sporting lá joga, perante a indiferença cúmplice dos responsáveis desse clube. Merecem bem a derrota que acabam de sofrer em campo. Merecem mil derrotas enquanto continuarem a comportar-se desta forma miserável

Do Yazalde ao Gyökeres

Não há dúvida nenhuma que Viktor Gyökeres é o melhor ponta-de-lança do Sporting depois de Hector "Chirola" Yazalde.

Passaram cerca de 50 anos entre os dois, muito mudou o futebol entretanto, eu tenho a sorte de os ter visto a cores e ao vivo várias ou muitas vezes em Alvalade e fora dele. Como vi muitos outros grandes pontas-de-lança entre os dois, como Manuel Fernandes, Jordão, Jardel, Liedson, Slimani e Bas Dost.

Muita coisa em comum entre os dois, muita coisa diferente.

Do comum, a relação com o golo, a forma simples de viver a vida, o respeito pela profissão e pelos adeptos, a descomplicação da empreitada, a coragem física em cada intervenção e... os encantos duma bela portuguesa.

Do diferente, um era um "rato de área", iludia os defesas com um toque de habilidade e metia a cabeça onde outros metiam os pés, fosse relvado ou pelado; outro é um "touro selvagem" fora dela. Se considerarmos a habilidade com a cabeça e os pés, Yazalde ganha de goleada. Se considerarmos a potência nos confrontos, a desconstrução das defesas adversárias e as assistências para golo, Gyökeres ganha de goleada.

Qual é o melhor? Para mim, os dois. Do "Chirola" ficaram as maiores saudades, mais ainda pela morte prematura; do "Viktor" vão mesmo ficar também. 

Eu não vou mudar o "avatar", o "Chirola" continuará a ser o meu ídolo, o melhor jogador de futebol que vi envergar a camisola do Sporting desde que me comecei a sentar nas bancadas de Alvalade. Quem o viu jogar entende. 

SL

Rescaldo do jogo de ontem

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Pedro Gonçalves festeja com os adeptos em Alvalade: golo do título foi dele, oito meses depois

Foto: Lusa

 

Gostei

 

Da vitória categórica do Sporting em Alvalade, sagrando-se campeãoCumpriram-se as expectativas: não iríamos perder este jogo em casa, frente ao sexto classificado da Liga, numa partida em que precisávamos mesmo de derrotar o V. Guimarães para conquistarmos o título. Assim foi: a turma minhota perdeu 0-2, disse adeus à Liga da Conferência e ficou até atrás do Santa Clara. E nem precisaríamos de ter vencido, pois à mesma hora o Benfica encalhou na Pedreira: 1-1 frente ao Braga, confirmando-se que terá de ir à pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

 

Do bicampeonato agora conquistado. A última vez que tínhamos alcançado dois títulos consecutivos de campeão foi nas temporadas 1952/1953 e 1953/1954. Há 71 anos que não repetíamos esta proeza. Já muito poucos, entre os vivos, puderam testemunhar tal feito, agora justamente celebrado por adeptos de todas as idades nas mais diversas parcelas do mundo, não apenas em Portugal. É uma estreia para quase todos nós.

 

De Pedro Gonçalves. Foi ele o desbloqueador do jogo. Melhor em campo. Marcou o golo inicial do Sporting, aos 55' - um golaço coroando da melhor maneira excelente lance colectivo. Já tínhamos saudades de o ver meter a bola no sítio certo: desde 13 de Setembro que não marcava. E ainda é dele o passe para golo no segundo. Temos enfim de volta, em excelente forma, o nosso n.º 8 - pedra essencial do plantel leonino e (assim o exigimos) também da selecção nacional nos tempos que vão seguir-se.

 

De Gyökeres. Despediu-se do campeonato - e talvez também do público de Alvalade - fazendo o gosto ao pé, à sua maneira, marcando o segundo e último nesta partida frente à turma vimaranense. Excelente finalização, aos 82', dissipando as últimas dúvidas que restavam: o título seria mesmo nosso. Conclui assim o campeonato com 39 golos em 33 jogos. Desde que chegou ao Sporting, marcou 96 em 101 partidas. E ainda falta disputar a final da Taça. Inesquecível.

 

De Eduardo Quaresma. Símbolo da raça leonina. Exibição irrepreensível do jovem central, que bem merece ser convocado para a equipa das quinas. Não apenas cumpriu no plano defensivo mas foi também ele a protagonizar vários movimentos de ruptura, queimando linhas com a bola bem dominada. Num destes lances começou a construir o nosso primeiro golo. Merece um prolongado aplauso.

 

Do meio-campo. Morten ficou de fora, por acumulação de cartões, mas a dupla Morita-Morten deu boa conta do recado, controlando o corredor central com eficácia: impediu o fluxo ofensivo do Vitória, quase inexistente. Destacaram-se ambos nas recuperações, acentuando a estabilidade do onze leonino. Não era fácil, mas cumpriram.

 

De ver a nossa baliza intacta. Total inoperância ofensiva do V. Guimarães. Rui Silva não teve de fazer qualquer defesa digna desse nome.

 

Do árbitro. Boa actuação de Fábio Veríssimo. Cumpriu, fazendo aquilo que se esperava dele: geriu a partida sem falhas relevantes nem qualquer interferência no resultado. 

 

Do incessante apoio dos adeptos. Começou logo com as bancadas repletas de público: 49.144 pessoas assistiram ao jogo no estádio. A festa começou ali. 

 

Do treinador. Rui Borges manteve-se invicto como responsável máximo da equipa leonina em competições nacionais. Cinco meses e dezanove jornadas sem perder. Mesmo com vários jogadores lesionados, com ele ao leme nunca a equipa deixou de pontuar. Dos 82 pontos conquistados pelo Sporting, 45 têm a marca dele.

 

De todo este percurso percorrido. Foi o Sporting que esteve à frente durante quase toda a época: 30 das 34 jornadas no comando. Indiscutível supremacia sobre o Benfica. E já nem falamos do pobre FC Porto, que chega ao fim com menos 11 pontos que nós.

 

Deste justíssimo título. Equipa mais pontuada, com mais golos marcados, menos golos sofridos, o maior goleador da Liga (e neste momento da Europa) e o rei das assistências. Vitória em toda a linha, indiscutível. Confirmando o Sporting como força dominante do futebol português nesta década de 20: três campeonatos ganhos, contra apenas um para o Benfica e outro para o FC Porto.

 

 

Não gostei

 

Da ausência de Morten. O nosso capitão, que cumpria castigo por ter visto o nono cartão amarelo, merecia ter participado neste desafio do título. Ele é um dos grandes obreiros do bicampeonato verde-e-branco.

 

Da lesão de Diomande. O central marfinense, magoado num joelho, teve de abandonar o campo aos 25': resta saber se recupera a tempo de disputar a Taça. Mas St. Juste jogou bem no lugar dele.

 

Do 0-0 registado ao intervalo. Sabia a pouco.

 

Do V. Guimarães. Alguns, mais temerosos e sempre a prever o pior, receavam que os minhotos pudessem dar-nos luta. Não deram nenhuma. Totalmente apagados no momento ofensivo, nunca chegaram à frente com perigo. Ficam fora das competições europeias na próxima época: nem isso conseguiram. Perderam muito com a saída de Rui Borges.

O essencial

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Fala-se muito em "sistemas tácticos", naquela linguagem labiríntica à moda do Freitas Lobo, como se isto fosse física quântica. Mas não é. A popularidade do futebol deve-se, acima de tudo, à sua simplicidade. Quando alguma coisa não funciona, quase sempre foi porque alguém desatou a complicar o que é simples.

Rui Borges, que permanece invicto ao comando do Sporting em provas nacionais, captou o essencial quando chegou a Alvalade: a equipa gira em torno de Gyökeres e funciona tanto melhor quanto mais vezes ele for bem servido.

Tinha um esquema táctico na cabeça e rapidamente o pôs de lado pois não era o mais adequado para concretizar aquele desígnio: a equipa estava habituada a outras rotinas. Imperou o princípio da simplicidade. A eficácia prevaleceu.

Muitas vezes basta isto. Complicar para quê?

O pavor

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Vamos ter a equipa na máxima força no decisivo clássico da tarde de sábado.

Diomande limpou cartões, estará de volta. Morten, com irrepreensível profissionalismo, rumou ao balneário mal soou o apito final do Sporting-Gil Vicente, não fosse algum pupilo do benfiquista César Peixoto envolvê-lo em escaramuças que pudessem custar-lhe um amarelo - e a falta de comparência na Luz. Harder evitou gritar «ié!», o que também o salvaguardou de eventual punição disciplinar, ao contrário do que aconteceu após o recente jogo com o Santa ClaraGyökeres começou a ser cercado por elementos do Gil Vicente com a clara intenção de o provocarem para que fosse admoestado, mas mal chegou a correr tal risco devido à pronta intervenção de elementos da estrutura técnica do Sporting, que o encaminharam de imediato para fora dali. 

Peixoto pode desejar imenso que o amigo Lage seja campeão, como já lhe confidenciou com o País inteiro a perceber, mas a ajuda que tentou dar-lhe anteontem em Alvalade de nada serviu. 

 

Volto ao mesmo: vamos lá na máxima força. Já recuperados Pedro Gonçalves e Morita, e com o nosso Eduardo Quaresma mais moralizado que nunca.

Há pavor do lado de lá. Daí tentarem tudo, começando por estas provocações. Bem os compreendo. É caso para isso.

Viktor, estrela na Amadora

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Imagem colhida pela SportTV no estádio José Gomes, na Reboleira, durante o jogo Estrela-FC Porto, sábado passado (derrota portista por 0-2). Confirma, de modo exemplar, como a excelente fama do nosso Viktor Gyökeres contagia já jovens adeptos de outras cores clubísticas. Estes miúdos com cachecol do Estrela, ao serem captados pelas câmaras, fazem de imediato o gesto vitorioso do nosso goleador.

Estrela já também na Amadora. Com aura de campeão. 

Pódio: Gyökeres, Trincão, Maxi Araújo

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Boavista-Sporting (0-5) por quatro diários desportivos:

 

Gyökeres: 33

Trincão: 27

Maxi Araújo: 26

Debast: 23

Harder: 22

Eduardo Quaresma: 22

Pedro Gonçalves: 21

Quenda: 21

Morten: 21

Geny: 21

Diomande: 21

Gonçalo Inácio: 21

Rui Silva: 21

Matheus Reis: 18

Morita: 18

St. Juste: 1

 

Todos os jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo.

Craque sueco vale cada cêntimo do passe

Boavista, 0 - Sporting, 5

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Viktor Gyökeres, melhor marcador da Liga desde 2002: filme de terror para as defesas adversárias

Foto: Manuel Fernando Araújo / Lusa

 

Nesta altura do campeonato, confesso, chego a ter pena dos letais. Por mais que inventem, por mais que rasguem as vestes, por mais ódio que alimentem há sete anos ao presidente do Sporting, o que dirão eles contra esta equipa que ainda não perdeu em competições nacionais sob o comando de Rui Borges e persiste em manter-se no comando da Liga 2024/2025, a três jornadas do fim? É chato.

Anteontem fizemos um jogo quase perfeito, do princípio ao fim. Vedámos a saída de bola do Boavista, vencemos quase todos os confrontos individuais, assegurámos a supremacia nos corredores, bem confiados à arte e engenho de Maxi Araújo e Geny, alas projectados que funcionavam como extremos.

Pedro Gonçalves como avançado interior esquerdo, Trincão à direita. Viktor todo-o-terreno no seu apego apaixonado à bola: não pode passar sem ela.

 

O treinador da turma axadrezada, cujo nome ainda não fixei, havia jurado dar luta ao Sporting. Numa daquelas bravatas que técnicos inaptos costumam proferir antes das partidas, aproveitando os fugazes minutos de ilusória fama, o senhor assegurou que iria assumir-se como força de bloqueio às aspirações leoninas de renovar o título. 

Afinal, coitado, só deu mais um passo - talvez decisivo - rumo ao trambolhão na Liga 2. É a vida...

 

Aqueles adeptos que adoram sofrer com os jogos, em vez de desfrutarem deles, assistiram a uma partida imprópria para masoquistas.

Porquê?

Porque o Sporting fez o primeiro remate com perigo à baliza aos 2', com Trincão a protagonizar o disparo, e meteu-a lá dentro logo depois, aos 6'. Pelo suspeito do costume: Viktor Gyökeres. Bastou-lhe encostar, porque o trabalho mais digno de aplauso ficou a cargo de Maxi, em brilhante parceria com Pedro Gonçalves na meia esquerda da área: recuperou, venceu duelo com o lateral direito e cruzou com selo de perfeição. 

Seguiu-se vendaval leonino em desafio de sentido único. O Boavista era incapaz de transpor a linha do meio-campo e nunca incomodou Rui Silva neste primeiro tempo.

 

Do lado deles destacou-se o guardião Vaclik, negando três golos ao sueco. Primeiro aos 12', num vistoso pontapé de bicicleta que entusiasmou os mais de dez mil adeptos do Sporting nas bancadas do Bessa. Depois, aos 18', também por Gyökeres. Faria o mesmo aos 73'. E ainda viu um cabeceamento do nosso craque sair ligeiramente ao lado, no minuto 33.

Mas aos 45'+1 não houve hipótese de o travar. Viktor recebeu a bola num soberbo passe vertical de Trincão e correu cerca de 40 metros com ela, imparável, até a bombardear com sucesso até ao fundo das malhas boavisteiras.

Golaço made in Suécia com tempero minhoto. 

 

Ao intervalo, 2-0. Dava alegria, mas sabia a pouco: pouco antes, na Luz, o Benfica goleara o AVS por 6-0, colocara-se em igualdade pontual connosco e ameaçava superar-nos em golos marcados, um dos critérios de desempate.

Era imperioso ampliarmos a vantagem, goleando também.

Assim sucedeu.

 

Este segundo tempo foi um festival de futebol ofensivo. 

Aos 50', o terceiro. Repetiu-se a dose: Trincão a assistir, isolando o colega lá da frente desta vez a partir do corredor central, e Gyökeres a rematar cruzado, com êxito, libertando-se da marcação. Tê-lo pela frente é uma espécie de filme de terror em sessões contínuas para as defesas adversárias.

Aos 57', o quarto. Nova parceria Maxi-Viktor, com o primeiro a conduzi-la, bem dominada, e servindo o colega de bandeja. Houve disparo, com Vaclik a bloquear à primeira, mas já sem conseguir impedir a recarga, feita pelo uruguaio de cabeça. Prémio bem merecido para Araújo neste que foi talvez o seu melhor jogo até agora de leão ao peito.

Aos 90'+2, o quinto que encerrou a conta e confirmou a goleada. Excelente lance colectivo com a bola ao primeiro toque entre Quenda, Trincão, Harder e... ele de novo, o inevitável Viktor. Vitorioso.

As nossas redes permaneceram intactas. A equipa anfitriã não conseguiu um remate enquadrado em todo o jogo.

 

Contas feitas, quando faltam 270 minutos para cair o pano, continuamos em primeiro. Com tantos pontos como o Benfica, mas em vantagem no desempate. Porque ganhámos o embate em Alvalade e temos mais três golos marcados. Graças a Gyökeres, a melhor contratação das últimas duas décadas no Sporting. 

Palmarés provisório do sueco: 38 apontados em 31 jornadas - faltam-lhe quatro para igualar a marca do século, estabelecida por Jardel em 2001/2002. E já marcou 52 golos no conjunto da temporada.

Vale cada cêntimo do seu passe, avaliado em cem milhões de euros.

 

Breve análise dos jogadores:

 

Rui Silva (5) - Sem trabalho. Limitou-se a controlar a profundidade, sempre bem articulado com os colegas.

Eduardo Quaresma (7). Muito combativo, sem dar hipótese de progressão ao adversário na sua ala.

Diomande (6) - Atento, tranquilo, concentrado. Viu amarelo aos 88' para limpar cartões. Saiu logo a seguir.

Gonçalo Inácio (7) -  Em boa forma. Momento alto: o magnífico passe longo que inicia o quarto golo. 

Geny (6) - Protagonizou alguns desequiíbrios à direita, mas sem envolvimento em nenhum dos golos.

Debast (7) - Poucos já se lembram que chegou para central. Médio-centro muito eficaz. Agarrou o lugar.

Morten (6) - Contribuiu para o nosso domínio do corredor central. Viu um amarelo escusado aos 45'+3.

Maxi Araújo (8) - Muito activo, influente, desequilibrador. Ofereceu o primeiro golo, iniciou e concluiu o quarto. 

Trincão (8) - Pura classe. Participa em três golos: assistiu no segundo e no terceiro, pré-assistência no último.

Pedro Gonçalves (5) - Intervém no primeiro golo, tentou marcar em remate que sai por cima (29'). Ainda só dura 45'.

Gyökeres (10) - Melhor em campo, novamente. Mais quatro para o seu pecúlio. Lidera Bota de Ouro europeia.

Quenda (6) - Fez toda a segunda parte, rendendo Pedro Gonçalves. Duas pré-assistências - no terceiro e no quinto.

Morita (5) - Substituiu Morten aos 69'. Regresso após mês e meio de ausência. Temporizou e pausou o jogo.

Matheus Reis (5) - Entrou aos 69', rendendo Maxi Araújo. Aos 79', sacou amarelo a Bozenik, melhor jogador de campo boavisteiro.

Harder (6) - Substituiu Geny aos 79'. Chegou a tempo de protagonizar o decisivo passe para Viktor fechar a conta.

St. Juste (-) - Preencheu lugar de Diomande aos 90'. Exercitou-se nos três minutos de tempo extra.

Rescaldo do jogo de ontem

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Foto: Manuel Fernando Araújo / Lusa

 

Gostei

 

Da nossa goleada no Bessa. Exibição modelar de futebol colectivo que deitou por terra o Boavista liderado por um técnico que havia prometido fazer vida difícil ao Sporting. Coitado do sujeito: só conseguiu fazer vida difícil aos seus próprios jogadores, incapazes de formar uma equipa realmente digna desse nome. Levaram uma cabazada: 0-5. A maior goleada que já impusemos neste campeonato. A nossa maior goleada de sempre naquele estádio.

 

De Gyökeres. Um dos nossos melhores jogadores de sempre. Exibiu talento no relvado do Bessa, onde se agigantou ainda mais. Com um póquer que o projecta para a liderança da Bota de Ouro europeia, em disputa directa com Salah. Não precisou de muito tempo para tranquilizar os adeptos: abriu o activo logo aos 6'. Prosseguiu a contagem aos 45'+1, ao correr meio campo com a bola dominada e fuzilando as redes axadrezadas. Depois facturou aos 50' e aos 90'+2. E ainda intervém no único que não marcou, o quarto leonino: é dele o remate inicial, para defesa incompleta e golo de Maxi. Tem agora 38 marcados na Liga: ninguém havia chegado a esta marca desde 2002 no campeonato português. Vale cada cêntimo da sua cláusula de cem milhões.

 

De Trincão. Um jornal titula, com argúcia e notável capacidade de síntese: «Trincão disse "mata", Gyökeres disse "esfola"». Excelente resumo deste jogo. O craque sueco é genial, mas não actua sozinho: precisa de colegas com talento a colocar-lhe bem a bola. Trincão - o jogador do Sporting mais odiado pela matilha letal - foi um precioso municiador do futebol ofensivo que Viktor tão bem traduziu em golos. Dois excelentes passes para golo - o segundo e o terceiro - confirmam-no como rei das assistências: já tem 16 na temporada. Ofereceu dois outros, não concretizados: aos 33' novamente a Gyökeres, com um centro de inegável virtuosismo técnico a fazer a bola sobrevoar a defesa para a cabeça do sueco, e aos 48', soltando-a para Quenda. Exibição de luxo.

 

De Maxi Araújo. Talvez a melhor actuação do jovem internacional uruguaio de leão ao peito. Começou por assistir no primeiro golo: quase todo o trabalho foi dele junto à lateral esquerda, culminando num excelente cruzamento. E foi ele a marcar o quarto, aos 57', numa oportuníssima recarga de cabeça completando a tarefa que Viktor deixara incompleta. Dominou o flanco esquerdo, sem dar hipótese a investidas adversárias.

 

Do regresso de Morita. Após mês e meio de afastamento por lesão, o internacional japonês saltou do banco aos 69', substituindo o amarelado Morten. Esteve em campo tempo suficiente para demonstrar que podemos mesmo contar com ele nesta recta final do campeonato. Faltam 270 minutos decisivos.

 

De ver as nossas redes intactas. Em boa verdade, Rui Silva não necessitou de fazer qualquer defesa. O Boavista foi uma perfeita nulidade, tanto no plano ofensivo como defensivo.

 

Do apoio incessante dos adeptos. Cerca de 10 mil sportinguistas pintaram de verde as bancadas do Bessa. Parecia que jogávamos em casa. Isto ajuda a explicar o motivo de ainda só termos perdido uma vez (com João Pereira) fora de Alvalade neste campeonato.

 

De Miguel Nogueira. Boa arbitragem, pondo em prática o chamado critério largo, à inglesa. Fossem todas assim em Portugal e teríamos certamente pelo menos uma equipa de arbitragem no próximo mundial de clubes. 

 

De mantermos a liderança. Temos agora 75 pontos, quando faltam três rondas para o fecho do campeonato - correspondentes a 23 vitórias em 31 desafios. Ainda não perdemos com Rui Borges ao leme da equipa. O Benfica segue com os mesmos pontos, mas atrás de nós segundo os critérios de desempate: perdeu no clássico de Alvalade e tem menos três golos marcados (nós 83, eles 80). Pormenor relevante: o Sporting acumula agora mais 26 golos do que o FC Porto. Alguém ainda se lembra quando um tal Samu era apontado como suposto "rival" do nosso Viktor Gyökeres?

 

 

Não gostei

 

Do amarelo a Morten. Peça muito influente do onze leonino, o meiocampista fica agora à bica por acumulação de cartões, ao contrário do colega Diomande, que nesta partida "limpou o cadastro" quando viu o quinto que o deixa de fora na recepção ao Gil Vicente mas o torna disponível na ida à Luz, uma semana depois. Dilema para Rui Borges: excluir o internacional dinamarquês da próxima ronda para podermos contar com ele contra o Benfica? Por mim, nem hesito: diria já que sim.

 

Do resultado exíguo ao intervalo. Apenas vencíamos por 2-0 num jogo de sentido único. Gyökeres merecia ter marcado pelo menos mais um: aconteceu aos 12', num espectacular pontapé de bicicleta ainda algo distante da baliza mas pleno de colocação, para defesa muito apertada do guarda-redes boavisteiro.

 

Do reencontro com Diaby. Alinha agora pela turma do Bessa. Mal se deu por ele. Não deixou saudades em Alvalade.

 

Do Boavista. O tal sujeito mencionado no parágrafo inicial, numa bravata para consumo da imprensa, anunciou que a turma que ainda comanda seria «uma ameaça» em campo ao Sporting. A afirmação, à partida já ridícula, tornou-se caricata no fim do jogo: os do Bessa não conseguiram fazer um remate enquadrado até ao apito final.

Embrulhem

 

Acabamos de golear o Boavista no Bessa por 5-0. Cada vez mais embalados para o título, hoje com um póquer do fantástico Viktor Gyökeres. 

Quando faltam três rondas para o fim, continuamos em primeiro. Com 75 pontos, 83 marcados e só 25 sofridos. Melhores números do que o Benfica. Do miserável FC Porto nem é bom falar: foi ontem pela sétima vez ao tapete no campeonato, derrotado por 0-2 na Amadora, onde não perdia desde 2006.

Embrulhem, morcões e lampiões.

Quente & frio

 

Gostei muito de ver o Sporting carimbar a presença no Jamor como finalista da Taça verdadeira. Segunda participação consecutiva da nossa equipa na final de uma competição que conquistámos pela última vez em 2019, com Marcel Keizer ao comando do onze leonino. Garantimos agora a presença nesse decisivo desafio, a disputar no dia 25 de Maio, ao derrotarmos o Rio Ave na segunda mão da meia-final. Metade da tarefa estava feita, no encontro da primeira mão em Alvalade (vencemos por 2-0). Faltava a confirmação, concretizada anteontem, ao alcançarmos novo triunfo - desta feita por 2-1.

 

Gostei de ver Viktor Gyökeres continuar em excelente forma. Voltou a marcar: foi dele o segundo, aos 51', em oportuna recarga após Geny ter falhado o remate inicial. Este foi o seu 48.º golo da temporada - e o 57.º, se incluirmos na lista os que apontou ao serviço da selecção sueca: de verde-e-branco, nestas duas épocas, tem no seu registo 91 golos em 97 partidas. Também gostei de Gonçalo Inácio, que abriu o marcador aos 12', cabeceando na direcção certa após canto apontado por Debast - e desvio subtil de Gyökeres. Sexto da temporada para o brioso central canhoto, formado na Academia de Alcochete: protagonizou um dos momentos altos da partida. Outro protagonista, inevitável, foi Pedro Gonçalves: regressou à titularidade mais de cinco meses depois, comprovando que podemos enfim contar de novo com ele. Actuou só na primeira parte, o que se entende pois ainda recupera o melhor ritmo competitivo, já vencíamos por 1-0 ao intervalo e havia que dosear o esforço colectivo a pensar no desafio do Bessa.

 

Gostei pouco do egoísmo de Harder, jogador que aqui elogiei em fresca data. Lançado por Rui Borges aos 67', claramente para gerir o esforço de Gyökeres antes do confronto de domingo com o Boavista, o jovem dinamarquês protagonizou dois ou três momentos de ataque inconsequente, em que só pensou nele próprio e na baliza, como se jogasse sozinho. Erro maior aos 90'+1: deixou-se interceptar em posição frontal, perdendo a bola, quando tinha colegas em excelente posição para marcar - tanto à esquerda como à direita. Precisa de ganhar maturidade e responsabilidade táctica para evitar dar razão ao técnico, que já lhe chamou «muito trapalhão» em público. Melhor esteve Biel, que também saltou do banco aos 67' (substituindo Trincão). Bons apontamentos do extremo esquerdo brasileiro, nomeadamente quando revelou qualidade técnica num slalom com bola aos 86', queimando linhas e oferecendo um golo a Maxi Araújo, que desperdiçou.

 

Não gostei que o Rio Ave jogasse em terreno emprestado, no Estádio Capital do Móvel. Mas a transferência de Vila do Conde para Paços de Ferreira foi plenamente justificada: a equipa rioavista viu parte das suas instalações danificadas na recente tempestade que assolou quase todo o país. Compreensível motivo de força maior.

 

Não gostei nada de ver o Sporting desperdiçar várias oportunidades de golo, repetindo-se o que já sucedera no desafio da primeira mão. Trincão rematou duas vezes: pontapés fracos e à figura, para defesas muito fáceis. Maxi Araújo falhou golo cantado aos 86'. De Harder já falei. E o próprio Gyökeres, isolado, teve o golo nos pés logo aos 9': não falhou mas permitiu uma grande defesa do excelente guardião rioavista, o polaco Miszta. Que não ficaria mal de leão ao peito.

Pódio: Gyökeres, Gonçalo Inácio, Debast

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Rio Ave-Sporting, da Taça de Portugal, por quatro diários desportivos:

 

Gyökeres: 27

Gonçalo Inácio: 25

Debast: 24

Geny: 21

St. Juste: 21

Diomande: 21

Matheus Reis: 21

Morten: 21

Pedro Gonçalves: 20

Fresneda: 20

Rui Silva: 20

Biel: 18

Trincão: 18

Esgaio: 17

Harder: 15

Maxi Araújo: 1

 

Três jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo. O Record escolheu Gonçalo Inácio.

O dia seguinte

Missão cumprida ontem em Paços de Ferreira: vitória no jogo contra o Rio Ave e alargamento do plantel. 

Com Pedro Gonçalves, mesmo a 50%, o futebol ofensivo do Sporting tem outra qualidade. Ee joga e faz jogar, enquanto outros teimam em jogar sozinhos. E Biel, que entrou mais tarde, fala a mesma linguagem, passa e desmarca para receber. Outros é acelerar e rematar, não importa quem esteja ao lado desmarcado.

Com Fresneda, St. Juste e Matheus Reis no onze a equipa fica bem mais sólida na defesa. Na 1.ª parte não deu hipóteses a um Rio Ave que joga em função da qualidade dos jogadores de que dispõe, na 2.ª depois do 2-0 e com jogadores frescos do outro lado já abanou pelo lado esquerdo onde Catamo fazia que ia mas não ia e deixava ir.

Assim, primeira parte muito competente do Sporting que marcando decidiu a eliminatória, e segunda parte de gestão de jogadores e intensidade, em que foi perdendo lucidez e jogo colectivo, mas sempre esteve mais perto de alargar a vantagem do que sofrer o empate.

Melhor em campo? O do costume: um golo e uma assistência.

Arbitragem? Critério uniforme, deixou jogar, por vezes em excesso.

E agora? Faltam cinco jogos até ao final da época, entre eles dois dérbis decisivos. 

Quanto a mim, irei estar longe por uns dias rodeado de Sportinguistas. Espero quando voltar poder festejar o bicampeonato em Alvalade e no Marquês. 

SL

Três tiros de Viktor: sonho continua vivo

Sporting, 3 - Moreirense, 1

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Craque sueco soma e segue: 47 golos e 11 assistências em 46 jogos de leão ao peito nesta época

Foto: Lusa

 

Vingança consumada. Esperámos quatro meses, mas valeu a pena. Após termos sido injustamente derrotados em Dezembro pela equipa de Moreira de Cónegos, mostrámos o nosso verdadeiro valor na desforra ocorrida Sexta-Feira Santa, há quatro dias, em Alvalade. 

Foi talvez a melhor primeira parte do Sporting sob o comando de Rui Borges, que sucedeu ao infortunado interregno de João Pereira: era este o treinador quando perdemos em Moreira. Desde então, a equipa parece ter mudado da noite para o dia. 

Numa partida bem arbitrada por Fábio Veríssimo, os 45 minutos iniciais foram todos nossos. Pressão sufocante sobre o portador da bola, blindagem às saídas do Moreirense, domínio absoluto nos corredores, supremacia indiscutível nos duelos. Tabelinhas constantes entre os três da frente: Geny, Trincão e Gyökeres. 

Ao intervalo vencíamos por 2-0. Sabia a pouco: tivemos pelo menos quatro outras hipóteses de golo. Infelizmente o internacional moçambicano e o virtuoso minhoto estiveram perdulários: na hora da decisão, permitiam a defesa ou atiravam para a bancada.

 

Valeu-nos, como quase sempre, o craque sueco. Enquanto os colegas exibiam pontaria desafinada, ele acertava no alvo. Foi assim aos 12', começando bem cedo por tranquilizar os adeptos. Num belo lance de futebol colectivo iniciado por Eduardo Quaresma, prosseguido junto à lateral direita por Quenda, que a passou a Morten e este, como se fosse avançado, colocou-a na zona de rigor ao alcance de Geny que, estando em noite não, ficou sem ela. Felizmente Viktor estava mesmo ao lado e não perdoou.

Repetiu a dose aos 25'. Em lance de fulminante contra-ataque dos leões. Trincão fez tudo bem na condução da bola, só claudicando no remate que embateu na perna de um adversário. Mas Viktor, ali bem perto, tratou do assunto: remate bem colocado, desferido a meia altura ao ângulo mais distante do guardião - e lá foi ela, aninhar-se nas redes.

 

No segundo tempo tirámos o pedal do acelerador. Mas, mesmo com linhas mais recuadas, mantivemos o domínio da partida. Coroado com o terceiro - nosso e do avançado sueco, autêntica galinha dos ovos de ouro deste Sporting 2024/2025 que sonha ser bicampeão nacional de futebol.

Foi aos 52'. Gyökeres, carregado em falta quase à entrada da área, na meia esquerda, encarregou-se da marcação do livre. E tão bem o fez que o guarda-redes mal a viu passar. Viktor está a tornar-se especialista na conversão de livres directos. Ainda bem: não tínhamos nenhum desde a partida de Bruno Fernandes, que tantas saudades deixou.

Chegávamos ao 3-0. Até os adeptos mais pessimistas suspiravam de alívio.

 

Mas quatro minutos depois, num lance fortuito, a equipa visitante chegou ao golo solitário. De modo mais simples do mundo: extremo cruza do lado esquerdo, avançado infiltra-se na área e dispara, solto de marcação. Maxi Araújo chegou tarde ao lance. Rui Silva pareceu hesitar entre sair dos postes ou ficar. Dois segundos depois estava lá dentro.

E o pior foi ver quase tudo repetido aos 60', com a pequena diferença de ter sido a partir do corredor direito do Moreirense. O ala cruza, sem intercepção de Gonçalo Inácio, e o avançado cabeceia, vencendo Eduardo Quaresma no jogo aéreo. Felizmente não conseguiu melhor do que fazer a bola roçar o poste.

Não havia necessidade. 

 

Voltámos a pisar no acelerador. Já com Pedro Gonçalves de regresso a Alvalade, cinco meses depois, entre aplausos vibrantes das bancadas. Fez logo a diferença, numa tabelinha com Trincão aos 82' que merecia ter dado em golo. 

Fresneda, recém-entrado, ainda tentou um chapéu aos 90'+2: não entrou por pouco, teria sido um dos golos do ano.

Quando soou o apito final, estávamos por cima. Mais perto do 4-1 do que do 3-2.

Quase 45 mil adeptos ovacionaram a equipa. Crentes, mais que nunca, que o título será nosso. A esperança é verde - e, como sabemos, é a última a morrer.

 

Breve análise dos jogadores:

 

Rui Silva (5) - Poderia ter feito melhor no golo sofrido? Fica a incógnita. No resto, mostrou-se sempre seguro.

Eduardo Quaresma (5). Interventivo, voluntarioso. Inicia primeiro golo. Só demonstra ainda lacunas no jogo aéreo: aconteceu no golo deles.

Diomande (6) - Viu cartão amarelo logo aos 3'. Mas não ficou afectado: exibição em bom nível no comando da defesa.

Gonçalo Inácio (5) - Poderia ter fechado o ângulo no lance do golo sofrido. Mas cumpriu no essencial.

Quenda (6) - Marcou muito bem livre aos 5'. Interveio no primeiro golo, dando largura. Compromisso defensivo.

Debast (7) - Agarrou a posição de médio-centro. Segundo golo começa com recuperação dele. Bom no passe e nas recuperações.

Morten (8) - Intervenção decisiva no primeiro golo. Garantiu controlo do corredor central. Ganhou nas divididas.

Maxi Araújo (5) - Oscilante. Bons apontamentos técnicos, dignos de aplauso. Falhou marcação no golo sofrido.

Geny (4) - Prometeu muito, cumpriu quase nada. Falhou golos aos 15', 23', 44', 77' e 79'. Péssimas decisões.

Trincão (5) - Muito bom a conduzir, fraco a decidir. Golos falhados aos 9', 18' e 25' - no último, Viktor emendou.

Gyökeres (9) - Melhor em campo, melhor da Liga. Leva 47 golos marcados em 46 jogos - três agora. E ainda 11 assistências.

Pedro Gonçalves (5) - Substituiu Quenda aos 69'. Brilhou em tabelinha com Trincão aos 82'. Fazia-nos falta.

St. Juste (6) - Substituiu Quaresma aos 69'. Destacou-se num corte aos 79'. Trouxe tranquilidade e segurança.

Fresneda (5) - Substituiu Debast aos 84'. Tentou marcar de chapéu aos 90'+2. Um "quase golo" de belo efeito.

Esgaio (5) - Rendeu Trincão aos 84'. Jogou a médio-centro. Grande passe longo (87'). Boa recuperação (90'+1).

Matheus Reis (5) - Entrou aos 87', rendendo Maxi Araújo. Contribuiu para refrescar e estabilizar ainda mais a equipa.

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