Afinal foi o melhor resultado das últimas duas pré-épocas...
A aposta na formação, que eu defendo, tem destas coisas, mas curiosamente se um "veterano", Vietto, não falhasse dois golos cantados, oferecidos por um Jov(em)ane endiabrado e hoje poderíamos estar aqui a festejar uma vitória nesta farsa de terceira volta do campeonato.
Bom, tem a vantagem de se poder fazer a pré-época mais cedo e ver se os miúdos dão alguma coisa, o que é importante e com a vantagem de não serem assobiados pela malta nas bancadas, passatempo favorito dos sportinguistas para os rapazes que vêm da formação.
Em resumo e autocarros à parte, Ferro, Marcelo e Costa podem dormir descansados que Alcochete jamais! E por mim estou aqui torcendo para que estes miúdos demonstrem que mesmo não ganhando, ninguem sem nome quebre os seus telhados de vidro. E que serão uma aposta ganha. Ontem demonstraram que podem ser solução. Que continuem a crescer!
Com a sua atitude no jogo de Guimarães, contra tudo e contra todos, inclusive treinador e jogadores da própria equipa, o maliano "preto como breu" (como se dizia noutros tempos), mas tão pessoa como eu, conseguiu dar uma grande pedrada no charco da podridão que existe no futebol português.
Pedrada no charco, porque põe a nu a mediocridade dos regulamentos do futebol português e o desleixo das entidades que os aplicam, a começar desde logo pelo árbitro que até conseguiu mostrar um cartão amarelo ao maliano, ou a atitude cobarde dos dirigentes reféns de claques.
Acredito que o futebol português não é racista. O maior ídolo do Benfica é Eusébio, no Sporting veneramos Rui Jordão, Oceano foi o nosso capitão muitos anos, na tourada era o Chibanga, o Guimarães tem lá o Neno como director desportivo. O problema não está aí. No plantel do Sporting temos brancos e negros, o rapaz mais promissor de Alcochete é bem negro também.
O problema, penso eu, está nesta conjunção de interesses entre as autoridades judiciais e policiais que tem entendido que o futebol é um mundo à parte onde quase tudo é permitido, e os ultras integrando as claques ou "à paisana" (casuals) que se julgam donos dos clubes e moralmente acima de dirigentes e praticantes. O tal "O clube somos nós". Se depois a vítima do dia é negra, lá virão os cânticos "de macacos" ou as bananas para o campo, se for outra coisa qualquer (cigano, asiático, homossexual, rato traidor, marreco ou coxo), lá virão os cânticos adequados à situação. Ou umas tochas a bombardear. E se as vítimas ripostarem e porventura ofenderem as mães deles, está montada a cena para assaltos terroristas aos centros de treinos ou emboscadas em zonas escuras.
Agora que os políticos estão a perceber a dimensão do problema, até pela vergonha nacional que representou a saída de campo do Marega, e que vão ter de fazer mais do que ir ao estádio e ver um grande jogo como convidados, espero que o castigo ao clube em causa seja exemplar, porque só assim as coisas irão mudar. Mas também que exista gente identificada que nunca mais possa entrar num campo de futebol.
Grande jogo finalmente, perante um adversário que deu muita luta e com imensa qualidade.
Para a apreciação individual cá virá o Leonardo Ralha, mas para mim o melhor em campo foi sem dúvida Vietto e Coates mereceu tanto aquele golo! Por tudo o que de bom lhe pode trazer e à equipa.
(eu disse ao Pedro Correia que acredito que Silas dará a volta a "isto". O que eu o desejo...)
Há três anos, percebemos em Guimarães que Marco Silva não ia ganhar o campeonato (e que já lhe tinham enfiado uns patins), quando sofremos uma copiosa derrota por 3-0. Há dois anos, percebemos em Guimarães que Jesus não ia ganhar o campeonato, quando Bryan Ruiz falhou o primeiro dos seus dois históricos golos de baliza aberta. O ano passado, percebemos em Guimarães que Jesus não ia ganhar nada, depois daquele empate assombroso. Este ano também cheira a decisivo.
Quando a determinada altura da segunda parte, o treinador decidiu fazer duas substituições completamente disparatadas, veio-me aquele sentimento de deja vu, de já ter visto aquele filme demasiadas vezes. Confirmou-se, era aquele o filme de terror que passa por vezes em Alvalade e pior, numa cópia já demasiado gasta, por tantas vezes corrida.
Segunda parte miserável, para a qual o treinador contribuiu decisivamente.
E aqui está a minha dúvida (ou talvez não). Quando fez sair os homens que estavam melhor (Alan e Bruno) e fez subir William, um jogador que pede gente rápida na frente, a entrada de Joel e do inenarrável Castaignos foram apenas uma decisão tola tomada por equívoco, ou foi uma tola decisão tomada por teimosia?
A partir desse momento passámos a jogar com menos três: William, porque o seu jogo não tinha seguimento e os dois que entraram, porque foram uma nulidade.
É preciso a gente fazer uma petição para que os miúdos joguem?
A lição da semana é: a jornada europeia começa na jornada da Liga que antecede o jogo da Champions e só termina na jornada da Liga que segue ao jogo da Champions. E não vale a pena vir com histórias de mudança de "chipe". Não serve de nada ir jogar a Madrid como se fôssemos o Barcelona para depois vir jogar com o Rio Ave como se fôssemos o Feirense. Talvez a lição devesse já estar estudada para a próxima jornada europeia, que começa na sexta-feira: Estoril-Legia-Guimarães. Está bem que o Legia não é o Real, mas cada uma destas equipa é suficientemente chata para não poderem existir distracções.
Infelizmente, cenas como aquelas acontecem muito mais vezes do que possamos imaginar. Felizmente (porque tudo aquilo choca demasiado) nem sempre há imagens em vídeo. Aqueles que se dizem agentes da autoridade (garantes das liberdades individuais dos cidadãos) agem como se estivessem acima das regras jurídicas. Aquele animal que bate violentamente num homem (com a agravante de o fazer em frente aos filhos menores) deveria ter sido detido imediatamente. Infelizmente, o sentimento de classe (é sempre o mesmo!) faz/fez com que o protejam. Todos os outros agentes da PSP que assistiram ao sucedido são cúmplices da acção bárbara daquela besta!
Estou farto de ir ao futebol e ser tratado indevidamente por polícias. Fazer cumprir a ordem e a regra não significa agir desta maneira. Não vivemos num Estado de Polícia e os agentes da autoridade não são autómatos incapazes de pensar ou máquinas de bater em pessoas. Os cidadãos têm direito a ser tratados como seres humanos. Estou plenamente solidário com aquela família.
Para começo de conversa quero aqui dizer que detesto uma parte dos adeptos do Vitória de Guimarães, nomedamente aqueles que batem (e esfaqueiam) em tudo que é verde e mexe.
Posto o intróito, quero afirmar aqui o meu sentimento de pessoa livre, que vive num país livre e onde a democracia é o regime que escolhemos (quase) todos, logo abomino a posição oficial do Vitória de impedir festejos por parte dos adeptos do Benfica, caso este se sagre campeão no jogo de Domingo.
Eu sei que a tentação seria trazer aqui à colacção a atitude abjecta do mesmo Benfica no final do jogo com o FCPorto, quando ligou o sistema de rega enquanto os jogadores portistas celebravam a conquista do título, mas uma atitude não justifica a outra, uma má acção nunca pode justificar outra má acção! Logo, a atitude dos dirigentes do Vitória, reprovável em todos os sentidos, tem que ser denunciada à exaustão e alvo de sanções, não só a nível desportivo, mas também no campo cível, porque incita, claramente, à violência que é como tudo isto irá acabar! Quem é o badameco do presidente da AG do Vitória de Guimarães e a sua direcção, para impedirem quem quer que seja de se manifestar/regozijar com a conquista de um troféu? Guimarães não é um feudo do Vitória, é parte integrante do território de Portugal e não há, que se saiba, nem deverá haver, está claro, algum regime de excepção neste país! Em absurdo, os benfiquistas de Guimarães, que os deve haver, terão que ir festejar a Braga?
Achemos ou não justa a conquista do título, aqui o que está em causa é algo que tem a ver com Direitos, Liberdades e Garantias, coisa de "somenos" consignada na Constituição da República Portuguesa.
Posto isto, espero sinceramente que as pessoas, todas, se portem à altura e não respondam à provocação da direcção do Vitória, porque a cidade, a região e o país não merecem gente desta!
O equipamento à Paços de Ferreira. Não podemos lutar por títulos e conquistas com um equipamento de equipa mediana, que fere a vista quando observado. Hoje devíamos ter jogados com as belas das listas. Fora o amarelo, fora a "paçização" do Sporting via equipamento.
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