Todos os anos, no És a Nossa Fé, elejo os melhores golos da época futebolística. Desta vez conto com o vosso contributo, esperando que votem naquele que consideram o mais espectacular, o mais decisivo, o mais inesquecível.
Felizmente não faltam opções à escolha. Seleccionei sete, de entre outros possíveis, para que possam pronunciar-se. É isso que espero.
Podem optar por outro qualquer, se assim entenderem.
19 de Outubro de 2021. Golo de PAULINHO (Besiktas-Sporting):
11 de Janeiro de 2022. Golo de TABATA (Leça-Sporting):
2 de Fevereiro de 2022. Golo de PORRO (B-SAD-Sporting):
6 de Fevereiro de 2022. Golo de MATHEUS REIS (Sporting-Famalicão):
20 de Fevereiro de 2022. Golo de SARABIA (Sporting-Estoril):
2 de Março de 2022. Golo de SARABIA (Sporting-FC Porto):
19 de Março. Golo de EDWARDS (V. Guimarães-Sporting):
Já não comemoro golos em Alvalade. Desde que há o VAR aquilo que é a bola entrar na baliza adversária deixou de ter graça.
Dizem que o vídeo-árbitro veio para colocar mais verdade no futebol. Mas veio também para estragar a festa aos milhares de adeptos presentes no estádio.
Quantas vezes gritamos a plenos pulmões golo, para cinco minutos depois vir o VAR (desculpem-me este trocadilho!) dizer que o marcador estava em situação de fora de jogo por um… pelo de barba.
Percebo que o VAR possa ajudar os árbitros nas decisões mais controversas, mas retirou ao jogo aquela alegria e espontaneidade que era assaz fértil no futebol.
Ontem não foi excepção. Se não foi no golo foi na decisão da grande penalidade. Muitos minutos perdidos até que saia, por fim, um veredicto.
É tempo de o VAR actuar de uma forma mais célere e mais assertiva de maneira a não haver tantas perdas de tempo.
O Sporting soma 59 golos marcados em 30 jogos de campeonato. Menos 16 do que o adversário de ontem e menos 20 do que o de quinta-feira, para outra competição. Esta diferença ajudará a explicar o ataque em falso ao bicampeonato? Bem sei que as goleadas valem os mesmos pontos do que os 1-0 mas...
Hoje com 33 anos, o nosso antigo central que marcou este inesquecível golo ao Manchester City, em 8 Março de 2012, vai estar hoje em Alvalade, na recepção ao mesmo clube.
Oxalá nos sirva de talismã nesta partida da Liga dos Campeões.
Este não foi, seguramente, o golo que merece melhor nota artística nem o que resultou de uma das jogadas mais soberbas. Mas justifica-se que seja destacado como o nosso golo do ano que agora terminou. Porque graças a ele nos sagrámos campeões nacionais de futebol após um insuportável interregno que durou quase duas décadas.
Foi o golo da vitória do Sporting na 32.ª jornada da Liga 2020/2021. O que nos valeu a vitória decisiva, o que nos garantiu o título, o que nos fez explodir de alegria. Na recepção ao Boavista, a duas rondas do fim da prova. Um tiro certeiro disparado por Paulinho ao minuto 36 dessa partida do nosso contentamento.
Um golo que começa a ser construído por João Mário no meio-campo defensivo dos axadrezados: liberta-se de dois adversários e endossa a bola para Nuno Santos, que da esquerda cruza para a pequena área, onde o ponta-de-lança que Rúben Amorim tanto desejou ver de verde-e-branco lhe dá o toque decisivo para o fundo das redes.
A ver e a rever. Sempre.
Vale a pena destacar três menções honrosas, todas para lembrar também:
O jogo entre Sporting e Borussia de Dortmund previa-se de grau de dificuldade elevada. Pelo resultado anterior (derrota da equipa leonina na Alemanha) e pela pressão dos euros da UEFA.
Os sportinguistas apareceram em grande número como se pode ver no pequeno filme que segue:
Depois aquele início de jogo com o meio campo leonino a ter dificuldade de manter a bola no pé resultado de um nervoso miudinho estranho e que passou paulatinamente para alguma plateia.
Finalmente vieram os golos e com isso equipa cresceu até ao intervalo,
A segunda parte mostrou uma turma alemã decidida a dar outro rumo ao jogo, mas aí o Sporting manteve-se competente a defender.
Até que aos 81 minutos num contra-ataque leonino o VAR indica grande penalidade sendo Pedro Gonçalves responsável para cobrar a falta. Não sei se foi mérito de um ou demérito de outro a verdade é que o guarda redes alemão travou o remate de Pote, para vir outro Pedro emPorrar com a cabeça para o véu da noiva fazendo o 3 a zero!
O filme supra não terá a melhor imagem, mas inclui tudo o resto!
Um golo que acabaria por ser muito importante carimbando o Sporting com ele o passaporte para os oitavos de final da competição.
Como assinala Rogério Azevedo no jornal A Bola, o Sporting só por três vezes marcou mais de dois golos nos últimos 44 jogos que disputou. Um deles nesta época: a vitória por 3-0 frente ao Vizela, na primeira jornada do campeonato.
É pouco, muito pouco.
Temos um problema. Que exige solução urgente, à atenção do nosso treinador.
Estive esta tarde/noite em Alvalade a assistir a uma avalanche de golos perdidos, Uns por culpa do guarda-redes adversário, que no final (e ainda bem) deitou tudo a perder para a sua equipa, outros por uma ineficácia irritante dos jogadores leoninos.
Curiosamente até gostei do jogo. O Sporting sempre por cima, pressionante e sem medo de arriscar perante um Marítimo que realmente fez muito pouco. Muitos jogadores caídos no chão, muito tempo perdido em reposições de bola (especialmente, e mais uma vez, pelo guarda-redes), demasiado antijogo.
Daí também não perceber os amarelos a todos os defesas centrais… do Sporting. Quem vir as estatísticas pensará que o Sporting sentiu um sufoco. Mas fiquei desconfiado que aquilo dos amarelos deve ser como o software… teve de fazer o “download” para depois os poder mostrar. E toca a despachar...
Enfim uma vitória justíssima que só peca por defeito de golos marcados. E mesmo o único que existiu teve de ser à PORROada!
Tal como na jornada anterior. Que seja assim até ao fim e não me importo nada!
Golos marcados pelos jogadores do Sporting na Liga 2020/2021:
Pedro Gonçalves: 23
(Santa Clara, Santa Clara, Gil Vicente, Tondela, Tondela, V. Guimarães, V. Guimarães, Moreirense, Moreirense, Famalicão, Braga, Rio Ave, Marítimo, Marítimo, Santa Clara, Famalicão, Farense, Rio Ave, Benfica, Benfica, Marítimo, Marítimo, Marítimo)
Jovane: 8
(Paços de Ferreira, V. Guimarães, Sacavenense, Nacional, FC Porto, FC Porto, Belenenses SAD, Nacional)
Nuno Santos: 8
(Portimonense, FC Porto, V. Guimarães, Sacavenense, Nacional, Boavista, Portimonense, Benfica)
Coates: 7 (Paços de Ferreira, Sacavenense, Sacavenense, Gil Vicente, Gil Vicente, Santa Clara, Belenenses SAD)
Tiago Tomás: 6
(Aberdeen, Lask Linz, Gil Vicente, Paços de Ferreira, Belenenses SAD, Tondela)
Porro: 4
(Tondela, Famalicão, Braga, Boavista)
Sporar: 4
(Gil Vicente, Tondela, Mafra, Farense)
Matheus Nunes: 3
(Braga, Benfica, Braga)
Paulinho: 3
(Moreirense, Rio Ave, Boavista)
Tabata: 2
(Paços de Ferreira, Mafra)
Palhinha: 2
(Paços de Ferreira, Paços de Ferreira)
João Mário: 2
(Belenenses SAD, Paços de Ferreira)
Gonçalo Inácio: 2
(Sacavenense, V. Guimarães)
Feddal: 2
(Portimonense, Nacional)
Pedro Marques: 2
(Sacavenense, Sacavenense)
Nuno Mendes: 1
(Portimonense)
Plata: 1
(Marítimo)
Vietto: 1
(FC Porto)
Na época 2014/15, os melhores marcadores foram Slimani, Montero e Adrien.
Na época 2015/16, os melhores marcadores foram Slimani, Teo Gutiérrez, Adrien e Bryan Ruiz.
Na época 2016/17, os melhores marcadores foram Bas Dost, Alan Ruiz e Gelson Martins.
Na época 2017/18, os melhores marcadores foram Bas Dost, Bruno Fernandes e Gelson Martins.
Na época 2018/19, os melhores marcadores foram Bruno Fernandes, Bas Dost e Luiz Phellype.
Na época 2019/20, os melhores marcadores foram Bruno Fernandes, Luiz Phellype e Vietto.
João Palhinha é excelente a fazer cobertura, a recuperar bolas, a construir lances ofensivos a partir do nosso meio-campo, a ocupar o seu espaço. Mas também capaz de fazer golos, como se comprova neste remate em vólei - de primeira, sem deixar a bola bater na relva - em que se estreou como goleador no campeonato 2020/2021. Demonstrando em definitivo ao seleccionador Fernando Santos que tinha de ser convocado para o Europeu.
O equatoriano voltou a ter uma oportunidade de mostrar o que vale, alinhando a partir dos 59' neste último desafio do campeonato, com o Sporting já campeão. E cumpriu, como ala direito, fazendo o vaivém no seu corredor. Exibição coroada com um golo magnífico, o nosso quinto nesta goleada por 5-0, aos 75', fazendo um chapéu sobre o guarda-redes do Marítimo a 30 metros de distância. Foi um dos grandes golos leoninos da temporada..
Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a sua inegável mais-valia no plantel leonino, ficou com elas desfeitas neste desafio. Pelo extraordinário golo que marcou, fixando o resultado em 2-0. O jovem internacional espanhol pegou na bola e à meia-volta, a 30 metros da baliza, fez um disparo fortíssimo, indefensável, daqueles que fariam levantar qualquer estádio na era pré-pandémica. Naquele momento conquistou em definitivo o coração dos adeptos.
O internacional olímpico brasileiro estreou-se da melhor maneira neste jogo da Taça de Portugal como titular no Sporting, substituindo Pedro Gonçalves, forçado a ausentar-se por castigo. E cumpriu, com uma exibição de grande nível coroada com um soberbo golo aos 44' - disparo fortíssimo, com o pé canhoto, confirmando haver diversas soluções, em matéria de rematadores, naquele Sporting 2020/2021 que viria a sagrar-se campeão nacional.
Estreou-se neste jogo, com todo o mérito, a marcar pela equipa principal do Sporting. Sendo ainda júnior: tinha apenas 18 anos e três meses. Vale a pena rever vezes sem conta este magnífico lance, que lembra um dos mais célebres golos de Pelé: após recuperar a bola em zona ofensiva perto da linha, o talentoso ala esquerdo vai deixando sucessivos opositores para trás em dribles sucessivos e não perdoa no momento de atirar à baliza.
Um golo construído com 32 passes certeiros: os jogadores húngaros ficam a ver a bola passar durante um minuto e dez segundos. Um dos melhores golos jamais alcançados pela selecção nacional. Foi o 106.º golo na carreira de Cristiano Ronaldo - demonstração suprema de futebol colectivo.
O mundo inteiro tem revisto esta jogada exemplar. E aplaude-a sem reservas. Eficácia é isto.
O sal do futebol é o golo: por mais elaborados que sejam os esquemas tácticos, por mais técnica individual que revelem alguns jogadores, nada disto tem grande significado sem golos.
Até agora, vi dois que merecem destaque. O primeiro foi ontem marcado por Yarmolenko, no Holanda-Ucrânia disputado em Amesterdão: o chamado golo de fazer levantar um estádio. Num remate em arco com o pé esquerdo para para o canto superior direito da baliza holandesa. Vale a pena ver e rever.
A Ucrânia perdia por 0-2, este tiro nas redes holandesas relançou o jogo: quatro minutos depois Yaremchuk estabelecia o empate, pondo a selecção laranja em sentido.
Tudo podia acontecer. Mas Dumfries, um defesa com vocação goleadora, encarregou-se de fixar o resultado aos 85', assumindo-se como figura do jogo. Grande segunda parte - a melhor, até agora, deste Europeu. Com todos os golos marcados neste período e resultado incerto até ao fim.
Este golo foi memorável só durante 24 horas. Porque hoje surgiu outro que o destronou. E que se arrisca desde já a ser eleito o melhor do Euro-2021. Um espectacular chapéu enfiado com precisão cirúrgica, à distância de 45 metros, na baliza da Escócia. Que até jogava em casa, incentivada pelo seu público, em Hampden Park (Glasgow).
Autor desta proeza, aos 52': Patrick Schick, avançado do Bayern Leverkusen. Que bisou neste embate da República Checa com os escoceses: já tinha sido dele o golo inicial, marcado de cabeça, aos 42'. É desde já uma das grandes figuras deste Europeu, que está a registar bons confrontos. Não exigimos menos que isto no patamar máximo do futebol.
Holanda, 3 - Ucrânia, 2
Escócia, 0 - República Checa, 2
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