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És a nossa Fé!

O golo número 900 de Cristiano Ronaldo

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O futebol faz mover paixões e lega-nos memórias inesquecíveis devido à sua imparável força icónica. Pensei nisto ao ver ontem Cristiano Ronaldo marcar o golo oficial número 900 da sua longuíssima carreira como futebolista profissional. Foi no estádio da Luz, correspondendo da melhor maneira a um soberbo cruzamento de Nuno Mendes. Em posição frontal, sem deixar a bola tocar no chão.

Aconteceu aos 34 minutos do Portugal-Croácia, jogo inaugural da Liga das Nações que vencemos por 2-1. O primeiro havia sido marcado por Dalot logo aos 7', portanto aquele golo do melhor jogador do mundo revelou-se decisivo contra a excelente selecção croata, onde pontifica outro jogador fantástico: Luka Modric, que daqui a três dias festeja 39 anos - os mesmos que Ronaldo já tem.

Ao contrário do que se esperava, CR7 não celebrou o quase mítico n.º 900 - e o n.º 131 ao serviço da selecção nacional - com aquele seu salto que muitos tentam imitar nos relvados ou fora deles. Dirigiu-se a um dos cantos e ajoelhou. Como em prece de agradecimento por ter sido tão fadado com o dom do golo.

Permaneceu assim longos segundos, como se alheado da multidão que o ovacionava, até Bruno Fernandes ir ter com ele, fazendo sinal para que se levantasse. Então lá vimos o Ronaldo a que nos habituámos. Já quase quarentão mas exibindo ainda sorriso de criança cada vez que marca mais um golo. Como fazia em miúdo, quando jogava à bola na rua.

Querem um exemplo da magia do futebol? Pois é este mesmo.

Estes jogadores insistem em ser felizes

Sporting, 2 - FC Porto, 0

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Gyökeres, imparável, adianta-se como rei dos artilheiros: à quarta jornada, já marcou sete golos

Foto: Luís Branca / Lusa

 

Para quem tivesse dúvidas, repetiu-se a dose: no campeonato passado recebemos o FC Porto e eles voltaram para a cidade de origem com dois golos sofridos na bagagem, sem nenhum marcado. Desta vez - sábado passado, dia 31 - repetiu-se a dose

Quer isto dizer que mesmo desfalcado de três habituais titulares da época passada - Coates, Adán, Paulinho - o Sporting mantém o equilibrio de base, agora num onze mais jovem e com processos de aprendizagem mais rápidos. A dinâmica acentuou--se, os automatismos ganharam consistência, o modelo de Rúben Amorim tem vindo a ser aperfeiçoado com vantagem para a equipa.

Um dos ajustamentos relaciona-se com o desempenho dos alas, agora cada vez mais envolvidos no processo ofensivo. A manobra defensiva, no essencial, é assegurada por dobras dos centrais e o recuo esporádico de um médio, neste caso Morita e Morten alternando na missão. Que foi bem-sucedida.

 

Se este repetido 2-0 final peca é apenas por ser escasso face à superioridade leonina no primeiro clássico da Liga 2024/2025.

Após o quarto de hora inicial, em que as equipas se mediam e os azuis-e-brancos adiantaram muito as suas linhas para pressionar a nossa habitual saída com a bola dominada, o Sporting passou a dominar sem discussão. Na baliza portista, Diogo Costa tinha instruções para esticar ao máximo o jogo, despejando bolas longas. Equívoco logo tornado transparente à medida que o guardião titular da selecção nacional acabava por entregá-las à nossa defesa. A gente agradecia - e partia para o ataque rápido, alternando corredores. Aos 20 minutos da partida já invadíamos o meio-campo adversário de forma consistente. A estratégia de Vítor Bruno para nos ensanduichar no espaço central interior, aproveitando o facto de ter mais um elemento nesse sector, estava condenada ao fracasso.

Amorim soube ler melhor o jogo.

 

O que mais impressiona neste Sporting rejuvenescido que sonha com o primeiro bicampeonato em 70 anos é a sua dinâmica colectiva. Os sectores inteligam-se, as linhas de passe abrem-se com naturalidade, o ataque ao portador da bola é quase obsessivo. 

Gonçalo Inácio (23 anos), Eduardo Quaresma (22 anos) e Diomande (20 anos) parecem jogar juntos há muito tempo. Tão jovens e já com tanta maturidade competitiva: só pode ser pela qualidade do treino. Haver bom balneário ajuda muito: esta é uma equipa que se movimenta em campo com manifesta alegria e um companheirismo raras vezes visto.

Quem pensa que futebol é só "pontapé para a frente" e vê-los correr que nem galgos, está redondamente enganado.

 

Merece destaque especial o trio da frente. Com os interiores actuando em regra de pé trocado: o canhoto Trincão na meia-direita, o dextro Pedro Gonçalves no lado oposto. Ambos movimentando-se bem entre linhas, sem posições rígidas: deve ser um pesadelo marcar estes nossos jogadores, o recurso à falta torna-se uma tentação. 

Foi assim, na conversão dum castigo máximo, que chegámos ao primeiro golo. Já estavam decorridos 71 minutos, ficara para trás um empate a zero ao intervalo que sabia a pouco. Marcador? O suspeito do costume, Viktor Gyökeres. Fazia todo o sentido, até porque fora ele a sofrer a falta, por Otávio: o internacional sueco passou pelo brasileiro como faca por manteiga. É um dos melhores avançados da história do Sporting, aliando a técnica à força e a inteligência táctica à robustez.

Já marcou sete vezes nas primeiras quatro jornadas do campeonato. Quer ultrapassar a marca da Liga anterior, quando se sagrou rei dos artilheiros, com 29 golos - deixando a larga distância o bracarense Banza, com 21. 

Ninguém diria que foi operado ao joelho esquerdo apenas há três meses...

 

À medida que os portistas procuravam progredir no terreno, em busca do empate, desguarneciam as linhas recuadas. Com nula eficácia atacante: só criaram perigo duas vezes, atraves de Galeno, agora lateral esquerdo - o que diz muito da ineficácia ofensiva da equipa que deixámos a 18 pontos de distância no campeonato anterior.

Abriam-se novas oportunidades para o Sporting. Os mais de 46 mil espectadores presentes em Alvalade sentiam que o jogo não iria terminar com a vitória tangencial registada aos 90 minutos. O tempo extra iria ser aproveitado até ao último instante.

E assim foi. Aos 90'+3 Pedro Gonçalves tocou para Geny e o moçambicano partiu cheio de confiança, com ela dominada junto à linha direita para depois se chegar ao meio e daqui fuzilar as redes com o seu magnífico pé esquerdo. A bola voou, desenhando um arco para defesa impossível de Diogo Costa. Numa réplica do golaço que marcara ao Benfica a 6 de Abril - também em Alvalade, também no tempo extra, também em lance digno de levantar bancadas.

 

Assim seguimos no comando. Já isolados, à quarta ronda. Invictos: cada jogo, uma vitória. Com 14 marcados e apenas dois sofridos.

FC Porto segue três lugares abaixo. O irreconhecível Benfica, neste momento já sem treinador, na sétima posição e com menos cinco pontos.

O bicampeonato vai sendo construído, etapa após etapa. Estes jogadores insistem em ser felizes. E em tornar-nos felizes também.

 

Breve análise dos jogadores:

Vladan - Enfim, mostrou serviço: travou dois remates venenosos de Galeno, aos 41' e aos 60'. Menos bem a jogar com os pés.

Eduardo Quaresma - Com ocasionais lapsos, mas revelando a habitual entrega à luta. Nunca desiste dum lance. Exibe garra leonina.

Diomande - Nem parece ser tão jovem. Domínio no jogo aéreo, perfeita noção do espaço. Limpa tudo lá atrás. Atento às dobras dos companheiros.

Gonçalo Inácio - Talento inegável a defender: irrepreensível desarme a Iván Jaime (48'). E no passe longo, de que foi exemplo uma entrega a Gyökeres (50').

Quenda - Teve dois portistas a policiá-lo: Galeno e Pepê. Homenagem implícita ao mérito do talentoso ala direito, motivado e confiante.

Morten - Voltou de lesão, capitão da nau leonina. Útil, como sempre, no capítulo das recuperações (25', 28'). Isola Gyökeres com passe longo (69'): lance originou penálti.

Morita - Na casa das máquinas, ele é um operacional. No controlo do jogo, no passe preciso, na marcação ao adversário. Criando desequilibrios.

Geny - Ganhou o direito a ser titular. Tem alinhado à esquerda, mas mostra o seu melhor à direita. Assim foi, ao marcar o golo da confirmação (90'+3). Golaço.

Trincão - Activo na procura de espaço, abrindo linhas, baralhando marcações. Desta vez só esteve ausente dos golos. Podia ter marcado aos 17', 35' e 36'.

Pedro Gonçalves - Útil e criativo, como já nos habituou. Assistência para o golo de Geny. E vão três, em quatro rondas. Lidera a lista da Liga.

Gyökeres - Quatro  jogos do campeonato, sete golos. Quer repetir a dose anterior, ou ampliá-la. Conquistou o penálti e converteu-o. Melhor em campo, de novo.

Matheus Reis - Rendeu Quenda aos 79', permitindo que Geny transitasse para o corredor direito. Reforçou a estabilidade da equipa.

Debast - Substituiu Eduardo Quaresma aos 79'. Exibe confiança. Neutralizou ataque portista aos 89'. Um corte que deu nas vistas aos 90'+2.

Daniel Bragança - Entrou aos 86', substituindo um fatigado Morten. Pouco tempo em campo, mas continua a ler bem o jogo, sempre de olhos na baliza.

Nuno Santos - Entrou aos 90', rendendo Trincão. Parece cada vez mais um extremo puro. Quase não teve tempo para se mostrar, mas ouviu muitos aplausos.

Rescaldo do jogo de anteontem

 

Gostei

 

Da nossa vitória clara e concludente no clássico. Vencemos e convencemos. Com a mesma marca do campeonato anterior, que finalizámos 18 pontos acima deles, não deixando lugar a dúvidas: somos superiores ao FC Porto. Mesmo que alguns adeptos leoninos, reais ou fingidos, pareçam acreditar mais nos emblemas rivais do que no nosso - algo que nunca entenderei.

 

De termos anulado o ataque azul-e-branco. Pepê, Namaso, Iván Jaime: todos vulgarizados e neutralizados pela superioridade imposta nos nossos corredores. Ao longo de toda a partida o FCP só dispôs de duas oportunidades, ambas por Galeno, que actuou como ala defensivo: Vladan impôs-se entre os postes em ambas as ocasiões, aos 41' e aos 60'.

 

De ver tantos sportinguistas nas bancadas. Ainda há pouco a temporada oficial começou e na noite de sábado já tivemos estádio cheio em Alvalade: mais de 46 mil espectadores ali presentes para assistir a este Sporting-FC Porto. Tal como tinha havido corrida às camisolas e aos lugares de época. Sem euforias descabidas, mas também sem ridículas autoflagelações, há que dizer: vivemos um dos nossos melhores períodos de sempre. Há que aproveitar: são recordações que jamais se apagarão.

 

De Gyökeres. É uma máquina de jogar e de marcar golos: leva tudo à frente. De Leão ao peito, acaba de apontar o quarto aos portistas. Segue isolado no comando da lista de artilheiros da Liga 2024/2025, com sete já na sua conta pessoal. O sétimo aconteceu neste clássico de Alvalade - foi o que desbloqueou o jogo, de penálti, aos 72'. Castigo máximo conquistado também por ele, num duelo vitorioso com Otávio, com o brasileiro forçado a recorrer à falta para o travar. O craque sueco esteve envolvido em seis das sete oportunidades de golo do Sporting, o que diz quase tudo sobre o seu mérito. Numa dessas oportunidades, aos 52', só não marcou porque Alan Varela a tirou já na linha de golo, com Diogo Costa fora de combate. Melhor em campo, para não variar.

 

De Pedro Gonçalves. Compõe parceria perfeita com Gyökeres: parece que actuam juntos há anos, já jogam de olhos fechados. O nosso n.º 8 em envolvimento constante entre linhas, baralhando marcações adversárias, criando desequilíbrios. Irrequieto, criativo, determinante na manobra colectiva a explorar espaços interiores. Sempre em jogo, tenha ou não tenha bola. E soma mais uma assistência: foi dele o passe para o segundo golo.

 

Do golo de Geny. Sentenciou a partida, fixando o resultado (2-0, vitória verde e branca neste clássico) aos 90''+3. Golaço que fez levantar o estádio e pôs fim à incompreensível ansiedade dos adeptos que esperam sempre o pior, nunca o melhor. Candidato desde já a golo do mês, no seu característico movimento de pegar nela no corredor direito e transportá-la para o meio onde lhe aplica o pontapé-canhão, em arco, como já fizera ao Benfica no campeonato anterior. Gosta de marcar aos chamados "grandes", confirma-se. E é mais útil a alinhar na ala direita, como ficou demonstrado ao mudar de corredor, aos 79', com a saída de Quenda.

 

Do regresso de Morten. O capitão voltou após lesão que o forçou a parar três semanas. Está longe da forma ideal, mas já demonstrou a sua utilidade. No capítulo das recuperações (cumpriu com brilho aos 25' e 28'), no passe em profundidade (38') e até no passe com selo de golo (foi ele a desmarcar Gyökeres aos 69', no lance que culminaria na grande penalidade).

 

Da importância deste triunfo. Graças a ele, assumimos o comando isolado da Liga: continuamos invictos, à quarta jornada. Agora com mais três pontos do que o FCP e mais cinco do que o Benfica. Quebrámos a invencibilidade neste campeonato da turma portista, que ainda não sofrera qualquer golo na prova. Evidenciámos jogo colectivo próximo da perfeição. E vingamos o fortuito desafio da Supertaça, perdido à tangente sem ter havido superioridade azul-e-branca em campo.

 

Da arbitragem. Nota muito positiva para Luís Godinho: apitou sem excessivo protagonismo, deixou jogar, desencorajou as queixinhas do costume, não vacilou nos momentos decisivos -- desde logo o penálti contra o FC Porto de que nasceu o nosso primeiro golo. Algo está a mudar na arbitragem portuguesa. Para melhor. Coincidindo com o abandono de Artur Soares Dias.

 

Do nosso segundo jogo consecutivo sem sofrer golos. Vale a pena registar. Por ser um dos aspectos que à partida suscitavam mais dúvidas quanto ao desempenho deste Sporting 2024/2025.

 

De ver o Sporting marcar há 46 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.

 

De termos disputado 25 desafios em sequência sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 14 triunfos nas últimas 15 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.

 

Da nossa 19.ª vitória consecutiva em Alvalade. Todo o campeonato anterior, mais duas rondas da Liga 2024/2025. Há 70 anos que não nos acontecia algo semelhante. Saldo destas 19 partidas em golos: 62 marcados e apenas 12 sofridos.

 

De continuar a ver o Sporting sem perder em casa. Acontece há ano e meio, desde Fevereiro de 2023, quando o FCP nos venceu então. Não voltou a acontecer. São já 26 partidas sem derrotas para o campeonato no Estádio José Alvalade.

 

 

Não gostei

 

Do zero-a-zero ao intervalo. Resultado que não traduzia, de todo, o que havia ficado demonstrado em campo, com clara superioridade leonina. 

 

Das oportunidades desperdiçadas. Trincão esteve à beira de marcar aos 17', com assistência superior de Pedro Gonçalves. Aos 35' e aos 36', rematou desenquadrado em boa posição. Aos 40', Diogo Costa negou o golo ao nosso n.º 8. Aos 52', foi Varela a fazer de guarda-redes impedindo o craque sueco de marcar. O resultado só pecou por escasso.

 

De esperar 72 minutos pelo nosso primeiro golo. Já havia sinais de impaciência em Alvalade, nomeadamente em duas más reposições de bola de Vladan. Esta nossa equipa não merece, de todo, tanto nervosismo dos adeptos. Pelo contrário, merece que confiemos nela. Do princípio ao fim.

Era previsível

Este abalo sísmico, sentido hoje de madrugada, depois de 14 golos em 3 jogos, era expectável.

Assim, para o próximo fim de semana, sábado concretamente, a Protecção Civil que vá dando corda aos sapatos e prepare o plano de contingência, que esta onda telúrica tem tendência a intensificar-se. Só quero que as autoridades não esqueçam que na comemoração do título até apareceu um meteorito...

Depois digam que não avisei.

Balanço (29)

Golos marcados pelos jogadores do Sporting na época 2023/2024:

 

Gyökeres: 43

(Vizela, Vizela, Moreirense, Sturm Graz, Farense, Farense, Atalanta, Arouca, Farense, Farense, Farense, Benfica, Dumiense, Gil Vicente, Gil Vicente, Sturm Graz, FC Porto, Portimonense, Tondela, Tondela, Vizela, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, União de Leiria, União de Leiria, Braga, Young Boys, Young Boys, Rio Ave, Benfica, Farense, Arouca, Boavista, Boavista, Boavista. V. Guimarães, V. Guimarães, FC Porto, FC Porto, Portimonense, Chaves, Chaves)

Paulinho: 21

(Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Famalicão, Rio Ave, Estrela da Amadora, Dumiense, Dumiense, Dumiense, Tondela, Portimonense, Chaves, Vizela, Atalanta, Boavista, Boavista, Estrela da Amadora, Benfica, Portimonense, Estoril, Chaves)

Pedro Gonçalves: 18

(Braga, Farense, Boavista, Raków, Raków, FC Porto, Estoril, Tondela, Tondela, Chaves, Casa Pia, União de Leiria, Moreirense, Benfica, Farense, Atalanta, Famalicão, V. Guimarães)

Trincão: 10

(Dumiense, Estoril, Chaves, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Braga, Gil Vicente, Gil Vicente, Portimonense)

Nuno Santos: 7

(Farense, Dumiense, Casa Pia, V. Guimarães, Braga, Boavista, Estrela da Amadora)

Edwards: 6

(Rio Ave, Olivais e Moscavide, Estrela da Amadora, Atalanta, Estoril, Estoril)

Coates: 6

(Raków, Dumiense, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Rio Ave)

Geny: 6

Olivais e Moscavide, Boavista, Casa Pia, Arouca, Benfica, Benfica)

Daniel Bragança: 5

(Olivais e Moscavide, Estrela da Amadora, Tondela, Braga, Farense)

Gonçalo Inácio: 4

(V. Guimarães, Sturm Graz, Sturm Graz, Young Boys)

Morten: 4

(Moreirense, Rio Ave, Arouca, Benfica)

Diomande: 3

(Moreirense, Sturm Graz, Gil Vicente)

Morita: 2

(Arouca, Moreirense)

Neto: 1

(Dumiense)

Eduardo Quaresma: 1

(Braga)

St. Juste: 1

(FC Porto)

Pedro Tiba: 1

(médio do Gil Vicente, autogolo)

Pedro Álvaro: 1

(defesa do Estoril, autogolo)

Amenda: 1

(central do Young Boys, autogolo)

Andrew: 1

(guarda-redes do Gil Vicente, autogolo)

 

Na época 2014/15, os melhores marcadores foram Slimani, Montero e Adrien.

Na época 2015/16, os melhores marcadores foram Slimani, Teo Gutiérrez, Adrien e Bryan Ruiz.

Na época 2016/17, os melhores marcadores foram Bas Dost, Alan Ruiz e Gelson Martins.

Na época 2017/18, os melhores marcadores foram Bas Dost, Bruno Fernandes e Gelson Martins.

Na época 2018/19, os melhores marcadores foram Bruno Fernandes, Bas Dost e Luiz Phellype.

Na época 2019/20, os melhores marcadores foram Bruno Fernandes, Luiz Phellype e Vietto.

Na época 2020/21, os melhores marcadores foram Pedro Gonçalves, Jovane e Nuno Santos.

Na época 2021/22, os melhores marcadores foram Sarabia, Pedro Gonçalves e Paulinho.

Na época 2022/23, os melhores marcadores foram Pedro Gonçalves, Paulinho e Trincão.

Balanço (28)

 

OS CINCO MELHORES GOLOS DO SPORTING - V

Eduardo Quaresma, no Sporting-Braga

(11 de Fevereiro de 2024)

 

Este foi, para mim, o nosso melhor golo da temporada que findou. Com marca de um artilheiro improvável: Eduardo Quaresma. Jogada iniciada e concluída por ele, numa corrida de 70 metros em que foi queimando sucessivas linhas com a bola dominada e depois a apontou para o fundo das redes já dentro da grande área quando Pedro Gonçalves tinha ficado sem ela. Golo à ponta-de-lança - o seu primeiro como profissional do Sporting após 25 jogos. Golo espectacular de um dos maiores talentos da nossa formação, que esteve quase a ser dispensado do Sporting. Em boa hora se manteve. Contamos muito com ele para a temporada prestes a começar.

Balanço (27)

 

OS CINCO MELHORES GOLOS DO SPORTING - IV

Geny, no Sporting-Benfica

(6 de Abril de 2024)

 

Alguns golos decidem os campeonatos. Este foi um deles. Apontado por Geny Catamo no clássico dos clássicos, disputado na nossa recepção ao Benfica. Já após os 90 minutos, Edwards marca um canto, a defesa encarnada alivia e a bola sobra para o jovem ala moçambicano que remata com colocação perfeita, levando a bola a entrar junto do ângulo mais distante de Trubin. De pé direito, tratando-se dum jogador canhoto - o que justifica um elogio ainda mais rasgado.

Balanço (25)

 

OS CINCO MELHORES GOLOS DO SPORTING - II

Trincão, no Sporting-Casa Pia

(29 de Janeiro de 2024)

 

Francisco Trincão foi um dos obreiros desta goleada (por 8-0) ao Casa Pia. A maior do Sporting, em meio século, nos desafios do campeonato. O minhoto bisou, aos 43' e aos 90'+4, protagonizando o nosso mais belo golo não apenas desta partida mas de todo o mês de Janeiro: um disparo fulminante, de meia distância. Golo que encerrou a contagem e o confirmou como meritório atacante: esta era o seu quarto jogo seguido da Liga sempre a marcar, garantindo-lhe a titularidade. O "patinho feio" virava cisne. Não o suficiente, infelizmente, para sensibilizar o seleccionador Roberto Martínez, que o deixou de fora na lista de convocados para o Euro 2024. Como se tivéssemos excesso de rematadores.

Balanço (24)

 

OS CINCO MELHORES GOLOS DO SPORTING - I

Daniel Bragança, no Tondela-Sporting

(23 de Dezembro de 2023)

 

Diziam dele que, embora com talento, não servia para marcar golos. Enganaram-se também nisto. Na nossa vitoriosa deslocação a Tondela, para a Taça da Liga, o Sporting cumpriu o seu objectivo central em larga medida graças a um golaço de Daniel Bragança. Que assim calou todos os críticos, externos e internos. Foi o primeiro, logo aos 18': pura obra de arte. Servido por Nuno Santos num passe picado, o nosso médio criativo dominou a bola no peito e colocou-a à mercê do seu melhor pé, o esquerdo. Atirando-a lá para o fundo.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Gostei

 

Da vingança em Alvalade. Recebemos o V. Guimarães, que nos tinha vencido (injustamente) no desafio da primeira volta do campeonato. Triunfo concludente da nossa equipa, por 3-0: repetimos a dose da época anterior. Excelente exibição num óptimo relvado com incessante apoio das bancadas, com a segunda maior enchente da época até agora (46.101 lugares preenchidos) e onde os adeptos nunca se cansaram de incentivar a equipa. Vimos um Sporting consistente, cheio de maturidade, muito superior à turma minhota. E com grau máximo de eficácia: ao intervalo, com apenas três remates enquadrados, tínhamos já dois golos à nossa conta.

 

De Gyökeres. O craque sueco regressou aos golos, pondo fim a mais de um mês de jejum. E logo a bisar. Foi dele o segundo, no último lance da primeira parte (45'+3), culminando belíssimo ataque posicional que justifica destaque autónomo nesta rubrica. E também o terceiro, aos 49', com espectacular assistência de Trincão. Tem 24 golos marcados neste campeonato. É um dos grandes obreiros desta fabulosa corrida para o título.

 

De Pedro Gonçalves. Destaco-o como melhor em campo. Fácil explicar porquê: marcou um golo (foi dele o primeiro, aos 30', num remate cruzado sem hipóteses para Bruno Varela), assistiu Gyökeres no segundo com um passe rasteiro a romper a defesa e esteve também no terceiro, picando a bola com categoria em pré-assistência para Trincão. Sem dúvida o melhor jogador português do plantel leonino. Já soma 11 golos na Liga.

 

De Daniel Bragança. Após a meia hora inicial, em que a bola mal circulou no nosso corredor central, tornou-se um dos mais influentes elementos desta recepção ao Vitória minhoto. Interveio nos nossos três golos, demonstrando todas as suas qualidades como médio ofensivo. No primeiro, com uma preciosa recepção orientada dentro da grande área após desmarcação oportuníssima, fazendo a bola sobrar para Pedro Gonçalves. No segundo, com uma tabelinha digna de aplauso com Pedro Gonçalves. No terceiro, é ele quem serve o n.º 8 antes da pré-assistência para Trincão. É já um dos pilares da equipa. 

 

Do golaço ao cair o pano da primeira parte. Exemplo soberbo de futebol colectivo: 23 passes, de pé para pé, com trocas de bola muito rápidas, sempre ao primeiro toque, durante 48 segundos cheios de classe. Deu gosto ver no estádio. Dará muito gosto rever nas imagens filmadas, uma vez e outra.

 

Do árbitro. Boa actuação de Cláudio Pereira, aplicando o chamado critério largo, sem interromper continuamente o jogo para atender a faltas e faltinhas.

 

Das faixas de apoio em Alvalade. Numa lia-se «Fica, Amorim». Noutra - da Juventude Leonina - era possível ler-se: «Eu quero ser campeão outra vez». Esta irá cumprir-se. Resta ver se o mesmo acontecerá com a primeira.

 

Da regularidade leonina. Não perdemos na Liga desde 9 de Dezembro - precisamente a data da derrota no estádio D. Afonso Henriques. De então para cá, 16 vitórias e um empate. Uma série espantosa, digna de prolongado aplauso. No total, até agora, em 30 desafios vencemos 26. Um dos nossos melhores registos de todos os tempos.

 

De já termos marcado 131 golos em 2023/2024. Destes, 86 foram na Liga. Há precisamente meio século, desde a época 1973/1974, que não fazíamos tantos golos num campeonato. Temos agora mais 22 do que o Benfica e mais 32 do que o FC Porto. Diferença impressionante. Melhor ainda: há 77 anos (desde os Cinco Violinos) que não marcávamos tantos golos numa temporada.

 

Dos 80 pontos já conquistados. Ainda podemos obter 92 - marca absolutamente inédita no futebol português. Vamos agora com mais 18 do que os portistas e mais dez, à condição, do que os encarnados. A quatro jornadas do fim. Faltam-nos duas vitórias nestas quatro rondas para levantarmos o caneco mais cobiçado do futebol português.

 

De ver o Sporting sempre a fazer golos. Cumprimos o 17.º desafio consecutivo sem perder na Liga 2023/2024, com oito triunfos seguidos. 

 

Da nossa 25.ª vitória consecutiva em casa na Liga. Alvalade é talismã para a equipa desde a época passada. Fizemos o pleno no campeonato em curso, até agora com folha limpa. E registamos 15 triunfos nos 15 desafios disputados como anfitriões na Liga 2023/2024. Nunca tinha acontecido nada semelhante desde que o nosso actual estádio foi inaugurado, em 2003.

 

 

Não gostei

 

De termos demorado desta vez meia hora para marcar. Já não estávamos habituados a tanta espera. 

 

Da fraca réplica do V. Guimarães. O treinador Álvaro Pacheco montou a equipa num hiperdefensivo sistema 5-4-1 que permitiu trancar as vias de acesso à sua baliza durante 30 minutos. Mas quando a muralha ruiu o treinador foi incapaz de um golpe de asa que lhe permitisse contrariar a óbvia superioridade do Sporting. Nem parecia a mesma equipa que venceu o FCP fora (1-2) e empatou com o Benfica em casa (2-2). Também nada ajudou o facto de ter mantido fora do onze, até ao minuto 59, o seu melhor jogador, Jota Silva. Não me importaria nada de o ver de Leão ao peito na próxima época.

 

Da ausência de Diomande, a cumprir castigo. Mas St. Juste deu conta do recado, com actuação irrepreensível como central à direita, atento às dobras a Geny, que actuou quase sempre como extremo. Comprovando assim que este Sporting tem várias soluções no banco.

 

Do descuido de Israel. Manteve as redes intactas neste seu oitavo jogo a titular no campeonato. Mas saiu muito mal da baliza aos 32', abalroando Afonso Freitas em lance que poderia ter valido um penálti à equipa visitantes. Felizmente o ala vitoriano estava fora-de-jogo, forçando a anulação de toda a jogada.

Mais, muito mais

Ao fim de 28 jogos, temos mais golos marcados (83) do que Manchester City (76), Arsenal (75) e Liverpool (72) na Premier League, em 32 jornadas. Muito mais do que o PSG (65) também em 28 rondas do campeonato francês. Mais golos marcados do que o Bayer Leverkusen (74) e o Bayern de Munique (82) após 29 desafios na Bundesliga. Muito mais do que o Real Madrid (67) e o Barcelona (62) nas 31 jornadas já cumpridas da Liga espanhola.

Futebol de ataque? É no Sporting. Pontaria frente à baliza? É no Sporting. Capacidade de decisão no momento certo? É no Sporting. As coisas são o que são.

Recordar Balakov

Geny.jpg

Como muito bem recorda o jornal “A Bola”, «o golo muito madrugador de Geny Catamo, com apenas 45 segundos de jogo disputados no dérbi de Alvalade, não foi o mais rápido de sempre na história dos confrontos entre Sporting e Benfica.

Esse registo ainda pertence ao búlgaro Krassimir Balakov, que, a 17 de outubro de 1992, marcou logo aos 12 segundos do encontro com as águias.»

Outro record está igualmente por bater, o de Manuel Fernandes que detém o maior números de golos marcados num só jogo, neste dérbi eterno: 4.

Quente & frio

 

Gostei muito da nossa qualificação para a final da Taça de Portugal, anteontem. Primeiro porque já não acontecia há cinco anos - desde que conquistámos este título, na altura com a nossa equipa sob o comando de Marcel Keizer. Depois porque foi alcançada em casa do nosso mais velho rival, num estádio da Luz com quase 60 mil espectadores - incluindo cerca de 3500 adeptos leoninos. E por ter sido merecida: no conjunto das duas mãos, o Sporting foi superior. Domínio total na primeira parte em Alvalade, com a segunda parte equilibrada, enquanto o Benfica esteve por cima nos 45 minutos iniciais do desafio da segunda mão, com o período complementar disputado taco-a-taco - numa das mais emocionantes partidas de futebol português da temporada em curso, bem arbitrada por João Pinheiro. Como costumo dizer, a sorte sorriu-nos com todo o mérito. 

 

Gostei de que em momento algum, nestes dois desafios da meia-final da Taça, nunca o Benfica tivesse estado em vantagem. Pelo contrário, foi sempre correndo atrás do prejuízo. Aconteceu no final de Fevereiro, em Alvalade, quando conseguiu reduzir com um golo solitário no momento em que já perdia 2-0. Voltou a acontecer agora: fomos nós a inaugurar o marcador desfazendo o empate a zero que se mantinha ao intervalo - primeiro com um golaço de Morten que gelou a Luz, aos 47', depois por Paulinho, dando o melhor caminho à bola na sequência de um cruzamento perfeito de Geny, aos 55'. Os encarnados ainda empataram, mas já não foram capazes de inverter o resultado, que se fixou em 2-2. Nós seguimos para a final do Jamor, a 26 de Maio. Eles ficam pelo caminho. 

 

Gostei pouco de termos desaproveitado três oportunidades para vencer no estádio dos vizinhos. Andámos lá perto. Aos 7' Gyökeres tocou para Morten, já na pequena área, com o dinamarquês a elevar ligeiramente a bola, que rasou a barra: se marcasse neste lance, bisando na partida, teria sido um prémio ainda mais justo para o desempenho do excelente médio leonino, que elejo como melhor em campo. Aos 63', o internacional sueco, num dos seus raides espectaculares, galgou dezenas de metros sem oposição antes de disparar, fazendo a bola embatar com estrondo no poste: esteve prestes a marcar um dos mais belos golos do ano. Aos 84', também servido por Gyökeres, Paulinho rematou mais em jeito do que em força, bem enquadrado com a baliza, mas Trubin salvou in extremis com a ponta das luvas.

 

Não gostei de alguns desempenhos de jogadores nossos, sobretudo na primeira parte. Na linha defensiva, só Coates não tremeu - ao contrário de Gonçalo Inácio e Diomande, que iam somando decisões erradas, com passes transviados, e de Nuno Santos, que transformou o nosso corredor esquerdo numa passadeira para Di María e lá na frente perdeu sucessivos duelos com Bah. Na ala direita, Esgaio sentiu-se inferiorizado no confronto com Neres, mostrando-se incapaz de estender o nosso jogo para explorar a profundidade. Rúben Amorim, descontente com o que via, fez aquilo que se impunha: três trocas simultâneas ao intervalo. St Juste rendeu Diomande, Geny substituiu Esgaio e Matheus Reis entrou para o lugar de Nuno Santos. Com subida imediata do nosso rendimento colectivo - de tal maneira que segundos após o recomeço, na primeira incursão de Geny no seu corredor, o moçambicano já disparava à baliza e ao minuto 55, naquela assistência para Paulinho, mostrou a Esgaio como se faz no plano ofensivo.

 

Não gostei nada de ver como alguns jogadores encarnados se deitavam para o chão, uma vez e outra, simulando terem sido atingidos à margem das regras. Nesta ronha antidesportiva o campeão é Di María: felizmente o árbitro não se deixou impressionar por esta medíocre rábula. Quase tão censurável como os engenhos pirotécnicos e os potes de fumo lançados sobre a nossa baliza pela "não claque" benfiquista, que continua a fazer o que quer com total impunidade. Sem esquecer a agressão que teve como alvo Nuno Santos, brindado com um carregador de telemóvel por um energúmeno do SLB quando ia marcar um canto: esteve a centímetros de ser atingido com gravidade, podendo ficar seriamente ferido ou até incapacitado. Inacreditável como coisas destas continuam a acontecer sem uma palavra de censura do clube anfitrião nem as pesadas multas que se impõem. Para que o futebol deixe de ser uma selva.

Podem continuar a assobiar o Viktor

Viktor-Gyokeres-x-Arouca.jpg

 

Viktor Gyökeres não saiu do banco no jogo particular da selecção sueca com a da Albânia (vitória nórdica por 1-0). Boa notícia para o Sporting. Corríamos o risco de ver o nosso goleador ainda mais desgastado e talvez até lesionado numa partida sem qualquer relevância. Após a derrota que a Suécia sofreu há dias contra a selecção portuguesa num desafio em Guimarães (5-2). Com Viktor a marcar um dos golos.

Precisamos dele na melhor forma. Para que Gyökeres continue a comandar a fabulosa onda goleadora da nossa equipa, com 22 golos marcados nas 24 partidas que disputou na Liga 2023/2024. Tem 36 apontados no conjunto das provas da temporada, além de 14 assistências - números que já fazem dele um dos nossos melhores avançados deste século. Para raiva e até desespero dos adeptos rivais - incluindo os idiotas que há dias o assobiaram no estádio D. Afonso Henriques.

Viktor é peça fundamental neste Sporting que lidera o campeonato e mantém intactas as expectativas de vencer a Taça de Portugal. Um Sporting até agora com 32 vitórias (74%), seis empates e apenas cinco derrotas nesta época. E um total de 117 marcados (excelente média: 2,72 golos por jogo). Estatísticas que enraivecem os nossos adversários mais fanáticos e menos esclarecidos.

Quando assobiam Viktor, é um excelente sinal. O melhor possível. Sinal inequívoso de que estamos no bom caminho. Próxima etapa: Sexta-Feira Santa, às 20.30.

Os golos de Amorim!

Há quem considere que o resultado num jogo de futebol passa a ser de goleada a partir de três golos de diferença. Mas há quem defenda que devem ser quatro a dita diferença entre os golos marcados e sofridos.

O curioso é que o resultado de três a zero, para muitos, pode não ser goleada, mas de quatro a um já é… No entanto a diferença de golos é a mesma.

Posto isto vou ter como matriz a diferença de três golos para considerar goleada. Assim, e em 25 jogos já realizados, o Sporting brindou os adversários com a diferença de três ou mais golos por oito ocasiões (quase um terço dos jogos).

Vejamos a lista das partidas realizadas:

jornada 5 – 3 - 0 ao Moreirense;

jornada 16 - 5 - 1 ao Estoril;

jornada 17 – 3 - 0 em Chaves;

jornada 18 – 5 - 2 em Vizela;

jornada 19 – 8 - 0 ao Casa Pia;

jornada 21 – 5 - 0 ao Braga;

jornada 25 – 3 - 0 em Arouca;

jornada 26 – 6 - 1 ao Boavista.

Depois fui ver os resultados do nosso adversário mais directo. Também ousou fazer oito goleadas contra apenas três do clube da Cidade Invicta. Neste último caso uma delas foi contra o nosso perseguidor.

Olho para estes dados e pergunto-me há quanto tempo isto não acontecia com o Sporting. Segundo li hoje parece que será necessário recuar meio século para se conseguir encontrar algo semelhante.

Agora a questão sacramental e que divide alguns sportinguistas: a quem atribuir o mérito destes resultados?

É fácil atribuir os louros ao ponta de lança sueco Gyökeres, a Pedro Gonçalves ou até mesmo ao Francisco Trincão ou em última instância partilhar o mérito pelos três. Só que nenhum deles, sem Rúben Amorim, conseguiria fazer da equipa o que ela é: uma poderosa máquina de fazer golos.

Rúben conhece hoje bem os seus homens. Conhece as características de cada um e sabe retirar deles o melhor. Mesmo quando estão cansados.

Posto isto e em termos meramente internos o Sporting é sem dúvida a melhor equipa portuguesa. Os outros podem até ter campeões do Mundo, da Lua ou de Marte, mas falta-lhes o espírito de grupo e de conquista como hoje tem a equipa leonina.

Mesmo quando as coisas não correm bem, como foi o caso em Bérgamo ou em Vila do Conde, a equipa não se desune e mostra que é sabendo ultrapassar os momentos menos bons que se pode encontrar o segredo das vitórias seguintes.

São estes os golos de Amorim e que a Liga não consegue contabilizar!

Contas certas à 25ª jornada

As contas certas não são nenhuma alusão política, devem-se à curiosidade de os golos do Sporting à 25ª jornada, marcados e sofridos, resultarem em números redondos e exactos:

  • 75 golos marcados, média precisa de 3 por jogo;
  • 25 golos sofridos, média exacta de 1 por jogo;
  • 75 marcados + 25 sofridos = 100 golos em 25 jogos, o que dá uma média de 4 golos certinhos por jogo.

Rumo aos 100?

Com 9 jornadas por disputar, uma evidência parece certa: este Sporting da New Era 2.0 será, até à data, o mais demolidor deste século, no que ao campeonato nacional diz respeito.

A atual melhor marca, de 79 golos, conseguida na época de 2015/2016 sob a batuta de Jorge Jesus, vai ser facilmente ultrapassada.

Surge a questão de saber se a equipa conseguirá atingir a mítica marca dos 100 golos, sendo certo que ainda teremos pela frente confrontos com Benfica e Porto, as duas melhores defesas do campeonato.

Da minha parte, acredito que poderemos muito bem fazer essa história. Mais alguém alinha?

{ Blogue fundado em 2012. }

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