Um futebolista do Benfica com nome de naturalista inglês do século XIX lidera a lista dos goleadores do campeonato. É um número mentiroso: três desses golos caíram do céu naquele patético "amigável" do Jamor em que onze pupilos do mestre da Amadora se atreveram a defrontar nove, incluído o guarda-redes suplente do falso Belenenses.
Esta putativa "liderança" tem o condão de nos recordar uma das páginas mais vergonhosas do futebol português que manchará para sempre a Liga 2021/2022.
Todos aqueles que detestam Cristiano Ronaldo estão a passar um mau bocado. Compreendo-os, coitados. Passaram semanas a berrar contra o melhor jogador português de todos os tempos, acusando-o de "estar acabado" e "só conseguir marcar de penálti". Como se um golo de penálti valesse menos. Como se andassem a milhas do que se passa no futebol.
Esses fanáticos anti-Ronaldo ignoram que o capitão da selecção nacional marcou 46 golos ao longo da temporada 2020/2021, proeza rara num jogador de 36 anos. Ignoram também que se sagrou rei dos goleadores no campeonato italiano, ao serviço da Juventus. Mas, por mais que fechem os olhos e tapem as orelhas, nem eles conseguem ignorar que CR7 acaba de inscrever o seu nome no quadro de honra dos campeonatos da Europa de futebol. Como melhor marcador desta edição 2021: cinco golos em quatro jogos.
Grande Ronaldo. Os teus inimigos, sem quererem nem saberem, ainda te fazem maior.
Não sei se os números estão todos certos, mas ainda assim revelam tudo sobre o Olimpo. E sobretudo que não basta lavar o rabo a meninos, controlar a comunicação social para promover jogadores de acordo com interesses comerciais, é preciso metê-la lá dentro...
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