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És a nossa Fé!

Nem parece que sonham com a Champions

Gil Vicente, 0 - Sporting, 0

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Chermiti: imagem da desolação no estádio de Barcelos onde em Outubro o Varzim nos derrotou

Foto: Estela Silva / EPA

 

O estádio do Gil Vicente tem sido funesto para nós esta época. Em Outubro fomos lá afastados da Taça de Portugal pelo modestíssimo Varzim, do terceiro escalão do futebol nacional e que nem sequer tinha casa condigna para nos receber. Agora, no mesmo local, voltamos a tropeçar - desta vez com um empate a zero que acaba por ter um certo sabor a derrota. Isto porque nos impediu de encurtar distâncias face ao FC Porto (sete pontos acima de nós) e ao Braga (que tem mais cinco).

Atacámos bastante, mas quase sempre mal. A tal ponto que os nossos jogadores caíram oito vezes em situações de fora-de-jogo, estabelecendo um novo recorde na Liga 2022/2023. Dá que pensar...

A defesa apresentou-se sólida, o meio-campo foi aguentando ao ver reposta a parceria Ugarte-Morita. Faltou fazer a diferença na capacidade de decisão lá na frente. Edwards e Pedro Gonçalves, talvez os nossos jogadores com maior talento, foram perdulários. Chermiti, anteontem titular face à ausência de Paulinho por lesão, revelou a imaturidade própria dos seus 18 anos. Mesmo assim, foi dele o lance mais vistoso da partida: podia ter marcado golo de calcanhar, logo aos 10', tendo sido impedido pelo guardião Andrews, melhor jogador em campo.

 

Foi nas alas que o nosso jogo se revelou mais deficiente. O sistema de Rúben Amorim exige laterais projectados no corredor que funcionem como principais municiadores do ataque. Nem Esgaio (à direita) nem Matheus Reis (à esquerda) cumpriram tal função. Tímidos, não arriscaram lances de ruptura. Pecaram por défice ofensivo. Quando avançavam, eram lentos e previsíveis. Ou mediam mal a posição de fora-de-jogo: Edwards (54') e Pedro Gonçalves (60') até meteram a bola lá dentro, mas viram os golos anulados por deslocação.

Rúben Amorim terá pecado na preparação deste embate contra a equipa que há mês e meio derrotou o FC Porto no Dragão. Tinha melhores elementos para o vaivém dos corredores externos: Nuno Santos e Arthur, com bons desempenhos no desafio anterior, em Alvalade, frente ao Santa Clara. Por motivos difíceis de entender, ficaram ambos no banco. E o brasileiro só entrou ao minuto 76, rendendo um Esgaio totalmente desinspirado. Também a quebra (física ou anímica?) de Ugarte se tornou evidente a partir da hora de jogo.

 

Como o zero-a-zero inicial persistisse à entrada do quarto de hora final, o treinador apostou no tudo ou nada: fez três mudanças já muito tardias, quando o tempo útil para desfazer o empate começava a esgotar-se. O coração parecia impor-se à cabeça: só isto explica que Coates tenha transitado de central a ponta-de-lança, ansiando por um chuveirinho milagroso que lhe desse oportunidade para cabecear com êxito.

Azar: os centros passaram a ser rasteiros, o que dificultou ainda mais a missão do capitão uruguaio, policiado com eficácia pela sólida defesa gilista. A desinspiração de Edwards e a falta de nervo de Trincão, incapaz de imprimir o suplemento de ânimo de que a equipa tanto necessitava, contribuíram para que o jogo terminasse como começou. Facto raro: há cerca de dois anos que não registávamos um empate sem golos. 

Também merece registo, pelo insólito, o nosso primeiro canto ter ocorrido só aos 63'. O que serve para confirmar a inoperância ofensiva do Sporting. 

 

Quem sonha com a Liga dos Campeões tem de se bater por ela. Foram poucos os nossos jogadores que demonstraram ter muita vontade para encurtar a distância face às duas equipas situadas imediatamente acima de nós na tabela classificativa. Entre os que remaram contra a maré, destaco St. Juste: exibição irrepreensível. 

Agora aparentemente já livre das lesões que durante meses o apoquentaram, o defesa holandês - que chegou ao Sporting, no Verão passado, com fama de ser o central mais veloz da Europa - foi, nas fileiras leoninas, um dos raros que revelaram inconformismo. Lutando sem nunca baixar os braços até ao minuto final. 

Se todos fossem como ele, o nosso percurso ficava mais fácil.

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Muito pouco trabalho. Na única vez em que foi realmente chamado a intervir (52'), revelou reflexos rápidos, como se impunha, neutralizando o ataque gilista.

St. Juste - Muito eficaz a ler o jogo, sem receio dos confrontos individuais, pegou na bola várias vezes e construiu com ela dominada, levando a equipa para a frente.

Coates - Regressado ao onze, o nosso capitão foi decisivo na missão de neutralizar Navarro, o artilheiro da turma de Barcelos. Acabou o jogo com ponta-de-lança improvisado.

Gonçalo Inácio - Está longe da sua melhor forma física. Pelo segundo jogo consecutivo, é substituído ao intervalo. Atento às dobras, faltou-lhe a habitual perícia no passe longo.

Esgaio - O treinador dá-lhe sucessivas oportunidades, mas ele teima em desperdiçá-las. Centrou pouco e mal. Aos 11', atirou à figura: com outro, seria golo. Substituído aos 76'.

Ugarte - Um pouco abaixo do elevado nível médio a que nos tem habituado, o internacional uruguaio protagonizou boas recuperações (26', 44'), mas foi esmorecendo. Saiu aos 76'.

Morita - Foi dele o melhor lance individual do desafio, ao percorrer meio campo com a bola dominada (37'). Passe exímio para Nuno Santos aos 73'. Fatigado, foi rendido aos 85'.

Matheus Reis - Duas missões em campo. No primeiro tempo, demasiado tímido nas incursões como ala esquerdo. Melhorou ao recuar para central, na etapa complementar.

Edwards - Dele espera-se sempre um rasgo de génio para desembrulhar jogos difíceis, como já sucedeu nas competições europeias. Mas desiludiu. Até marcou, mas não valeu.

Pedro Gonçalves - Andou a transitar entre o ataque e o meio-campo, algo errante, sem fazer a diferença. Nem na cobrança de livres, uma das suas especialidades.

Chermiti - Fez de Paulinho, como avançado-centro. Raras vezes a bola lhe chegou em condições. Quando isso acontecia, ele estava deslocado. Ainda tem muito para aprender.

Nuno Santos - Dinamizou o flanco esquerdo ao substituir Gonçalo, no segundo tempo. Destacou-se com um remate forte e bem colocado, aos 73', para defesa difícil de Andrew.

Arthur - Pareceu ter entrado demasiado tarde, quando substituiu Esgaio aos 76'. Mais dinâmico e criativo, procurou soluções no corredor direito. Bons cruzamentos (78' e 83').

Trincão - Entrou por troca com Ugarte. Lançado na ala esquerda do ataque, enquanto Pedro Gonçalves recuava, mostrou-se inofensivo. Um remate à figura e pouco mais.

Tanlongo - Substituiu Morita aos 85'. Troca algo estranha, esta de pôr um médio defensivo quando mais precisávamos de atacar. Amarelado aos 90'+4: precisa de refrear a força.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

Do empate do Sporting em Barcelos. Parece sina: derrapámos frente ao Gil Vicente, cumprindo um jogo em atraso, no mesmo estádio onde tínhamos naufragado, em Outubro, frente ao Varzim - do terceiro escalão do futebol português - para a Taça de Portugal. Desta vez, empate a zero. Sem hipótese de recurso a teorias da conspiração: só podemos queixar-nos de nós próprios.

 

Dos golos anulados. A bola entrou duas vezes na baliza gilista. Edwards, aos 54', e Pedro Gonçalves, aos 60', meteram-na lá dentro, mas sem valer. No primeiro caso, detectado pelo vídeo-árbitro Hugo Miguel, Chermiti iniciou o lance em fora-de-jogo. No segundo, a deslocação era tão evidente que nem necessitou de linhas virtuais - o próprio Pedro percebeu que estava adiantado face ao penúltimo defensor.

 

Da atitude. Num desafio de quase tudo-ou-nada, que podia ditar (ou não) o acesso do Sporting às receitas da liga milionária, foi inaceitável aquele ritmo pausado, aquela falta de fibra, aqueles passes atrasados, aquela incapacidade de ganhar segundas bolas - e até de conquistar cantos, pois o primeiro só aconteceu aos 63'. Perante um Gil Vicente que cumpriu o seu plano de jogo com eficácia mas também com fragilidades que fomos incapazes de aproveitar. 

 

Da desconcentração. Como é possível os nossos jogadores serem oito vezes apanhados em posição irregular? Isto só se explica por lapsos de concentração competitiva, ainda mais imperdoáveis por se tratar de um desafio que nos poderia deixar apenas a três pontos do Braga - e em vantagem competitiva com a turma minhota. Nem pareciam estar em campo os mesmos que esta época já derrotaram o Tottenham na Liga dos Campeões e eliminaram o Arsenal da Liga Europa. Só sentirão verdadeira motivação quando enfrentam adversários de renome no futebol europeu? Nem quero acreditar.

 

Do treinador. Rúben Amorim pecou a dois tempos. Desde logo, ao escolher o onze titular: para quê promover o regresso de Esgaio e apostar em Matheus Reis como alas se Arthur e Nuno Santos tinham estado tão bem na partida anterior, frente ao Santa Clara? Esgaio, como sabemos, é incapaz de driblar, cruza de modo inofensivo e tem péssima relação com a baliza. Matheus, sempre de nervos à flor da pele, cumpriu no plano defensivo mas é claramente inferior no capítulo ofensivo. Rúben também demorou demasiado a mexer na equipa, exceptuando a troca de Gonçalo Inácio por Nuno Santos ao intervalo. Só aos 76' decidiu que era preciso alterar alguma coisa, quando era evidente para todos que o cenário de vitória ia ficando cada vez mais longe.

 

De Chermiti. Esteve quase a marcar um golo com "nota artística", de calcanhar, agora que andam na moda as candidaturas ao Prémio Puskás. Foi aos 10': se entrasse, toda a história deste Gil Vicente-Sporting seria bem diferente. Faria bem o jovem dianteiro em deixar-se de malabarismos e a dedicar-se a praticar um futebol objectivo e sempre de olhos nas redes adversárias, pensando menos nos memes das redes sociais e nas manchetes da imprensa do dia seguinte. E também a estar mais atento à linha do fora-de-jogo, como compete a qualquer avançado.

 

De Edwards. É um dos nossos melhores jogadores, mas por vezes desliga o interruptor e torna-se mero espectador. Ontem foi facilmente anulado pela defesa minhota, o que pareceu desmoralizá-lo. Ia tentando, de modo intermitente, mas faltava-lhe sempre o ângulo certo para o remate de pé esquerdo ou a floresta de pernas à sua frente inviabilizava a trajectória da bola rumo à baliza. Esteve em dia não.

 

De Trincão. Desperdiçou outra oportunidade. O facto de ter ficado fora do onze inicial já significa que vem perdendo a confiança do treinador. Ter entrado só no quarto-de-hora final foi outro indício. A verdade é que acabou por ser uma substituição inútil: pareceu ter entrado já cansado e não tardou a ser engolido pela muralha gilista. O melhor que fez foi um remate frouxo, à figura do guarda-redes Andrew.

 

De voltar a ver Coates como ponta-de-lança improvisado. Sinal de desespero evidente nos minutos finais: funcionou há duas épocas, quando a estrelinha brilhava e nos sagrámos campeões, mas o nosso capitão deixou de ser "arma secreta": todas as defesas adversárias conseguem anulá-lo com facilidade. O melhor é pensarmos num reforço a sério para esta posição e não continuarmos a recorrer ao improviso.

 

Da classificação. Seguimos em quarto lugar, vendo o Braga com mais cinco pontos, o FC Porto com mais sete e o Benfica à distância estratosférica de 17 pontos. Há cada vez menos tempo e menos espaço de recuperação, quando só faltam oito jornadas. O melhor a que ainda podemos aspirar, realisticamente, é ao último posto do pódio. 

 

 

Gostei

 

De não termos sofrido golos. Sexto jogo seguido com a nossa baliza invicta e dez jogos consecutivos sem derrotas - um recorde na era Amorim. Sinal de que os lapsos defensivos, apontados como o nosso principal problema no início desta época, já terão sido superados. 

 

De St. Juste. Em nítido contraste com a apatia que se apoderou de alguns dos seus colegas, o central holandês fez sempre a diferença pela positiva, empurrando a equipa para a frente e protagonizando ele próprio o início de prometedores lances de ataque. No último minuto, viu o cartão amarelo por estar inconformado com aquela pasmaceira, com o empate nulo e a perda de mais dois pontos. Melhor Leão em campo. 

 

Do Gil Vicente. Boa réplica da equipa minhota, que há mês e meio venceu o FC Porto no Dragão. Merece elogio.

 

Do árbitro. Nuno Almeida dirigiu a partida com critério largo, à inglesa, sem interromper a todo o momento nem tentar roubar protagonismo aos jogadores. Nenhum erro relevante a apontar-lhe.

 

Do apoio incessante dos adeptos. Mesmo a jogarmos fora, e sem um futebol entusiasmante, nunca faltou aos nossos jogadores o incentivo das bancadas. Do princípio ao fim. 

Ide-vos catar

Este foi um desafio que os jogadores não quiseram ganhar. Sempre mais uma fintinha, mais um toquezinho, mais um passinho, e ao cabo da primeira parte de 19 ataques resultaram 5 remates - uma miséria. Alguém que ensine uma lei básica da física a Edwards e Pote: os sólidos são intransponíveis, marrar contra os adversários ou rematar contra eles, não resulta. Também haja alguém que explique a Chermiti a lei do fora de jogo. E os defesas que comam bifes, trocar bolas com passes flácidos de mosca morta à bica de serem cortadas, ou esperar que o adversário esteja em cima para ficar aflito e passar de qualquer maneira é estúpido, mas foi o passatempo de Gonçalo Inácio na primeira parte e Matheus Reis na segunda.

Este foi o jogo mais irritante do ano, estava no papo, mas eles não quiseram. Se eu mandasse, os jogadores pagavam de multa ao clube o equivalente ao prémio do jogo que receberiam se tivessem ganho.

Prognósticos antes do jogo

Jogo mais logo, a partir das 20.15, em Barcelos: vai cumprir-se enfim a jornada em atraso para nós. Contra uma das equipas mais difíceis de enfrentar nesta Liga 2022/2023.

Na primeira volta, há seis meses, vencemos em Alvalade por 3-1. Golos de Morita (melhor em campo), Pedro Gonçalves e Rochinha. 

Na época passada, foi mais difícil do que o resultado demonstrou. Mas superámos o teste, indo lá vencer por 3-0, com golos de Nuno Santos, Gonçalo Inácio e Daniel Bragança.

Como será o Gil Vicente-Sporting desta noite? Espero os vossos prognósticos.

Os melhores prognósticos

Assim é que eu gosto: vários vencedores. Quatro, nesta oitava jornada do campeonato. Aqui ficam os seus nomes, por ordem alfabética: Carlos Estanislau AlvesHorst NeumannLeão do Xangai e Pedro Oliveira

Todos acertaram não apenas no desfecho do Sporting-Gil Vicente (3-1), mas no nome de Pedro Gonçalves como um dos marcadores. 

Menção também, neste quadro de honra, para o nosso prezado leitor Leão do Fundão: previu o resultado, só lhe faltou acertar em pelo menos um dos artilheiros desta vitória leonina frente à turma de Barcelos.

Regresso às vitórias com estreia de Marsà

Sporting, 3 - Gil Vicente, 1

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Morita e Ugarte, dois dos melhores em campo

 

Boa notícia: após esta oitava jornada subimos ao sétimo lugar - ultrapassando o Estoril, que não fez melhor do que empatar em Chaves.

Isto só se tornou possível porque anteontem cumprimos o nosso papel, derrotando em casa o Gil Vicente. Não pelos 4-1 da época passada, mas também por margem inequívoca: 3-1. Com 2-0 ao intervalo. Golos surgidos cedo, por Morita (estreante como artilheiro leonino) e o suspeito do costume, Pedro Gonçalves. 

Rochinha - outra estreia como goleador - fechou a conta pelo nosso lado, aos 82'. Num desafio em que podíamos ter duplicado o número de golos, tanto foi o desperdício junto às redes adversárias. Ainda a enfiámos mais duas vezes (Paulinho, 11'; Trincão, 62'), mas não valeu por haver fora-de-jogo.

 

Domínio leonino e boa exibição dos nossos jogadores, sobretudo na primeira parte. A equipa recuperou a alegria em campo que parecia andar eclipsada. Apenas Trincão, com excesso de individualismo, pareceu deslocado daquele filme.

St. Juste regressou de lesão, aparentando boa forma.

Morita - o melhor em campo - confirma que é reforço de qualidade.

O jovem catalão José Marsà estreou-se em grande nível como titular na equipa principal - e logo num lugar de enorme responsabilidade, que costuma estar entregue ao agora ausente Coates, um dos lesionados.

Rochinha esteve muito bem ao saltar do banco: promete ser uma das nossas armas secretas ao longo da temporada.

 

Pena o golo sofrido mesmo ao cair do pano, na última jogada do desafio. Confirmando o Sporting, neste momento, como quinta equipa com pior defesa da Liga 2022/2023. Algo que tem de ser corrigido sem demora.

Com Navarro a facturar pelo conjunto de Barcelos, mostrando a quem pudesse ter dúvidas que é um dos melhores avançados do campeonato português. Confesso que não me importaria nada de vê-lo de verde e branco.

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Ajudou a consolidar esta importante vitória com duas defesas fundamentais, numa delas (69') em lance que tinha selo de golo. 

Gonçalo Inácio - Regressou a central pela direita com exibição irregular. Nem sempre feliz no passe longo, deixou-se ultrapassar duas vezes por Navarro.

Marsà - Fez de Coates, no eixo da defesa, e passou com distinção nesta estreia como titular do Sporting. Aos 20 anos, demonstra que o técnico pode confiar nele.

Matheus Reis - Pendular e eficaz como central adaptado. Precioso, um corte aos 65' que pôs fim a perigosa ofensiva da equipa minhota.

Esgaio - Lateral, substituindo o lesionado Porro. Assistiu Rochinha no nosso terceiro, mas foi ultrapassado por Navarro no lance de golo gilista.

Ugarte - Campeão das recuperações, combinou muito bem com Morita. Andam a formar uma dupla de respeito no futebol leonino. Saiu aos 72', já amarelado.

Morita - A sua melhor exibição de Leão ao peito. Estreou-se a marcar, aos 16', e fez soberba assistência para Pedro Gonçalves no segundo golo.

Nuno Santos - Grande actuação do ala esquerdo, voluntarioso e combativo. Foi dele a assistência para o golo de Morita. Tentou marcar também, mas sem sucesso.

Trincão - Teima em repetir erros que deve corrigir sem demora. Agarra-se demasiado à bola e dá sempre um toque a mais, perdendo tempo de passe. Improdutivo.

Pedro Gonçalves - Voltou a marcar (22'), destacando-se como artilheiro da equipa nesta temporada. Jogou lá na frente, local do terreno onde rende mais. 

Paulinho - Vem buscar bolas atrás, serve os companheiros, abre linhas de passe. Só lhe vai faltando aquilo que mais exigimos de um avançado: marcar golos.

Edwards - Entrou só aos 64', rendendo Trincão, e desta vez não soube fazer a diferença. Mostrou-se algo displicente, rendendo pouco.

Sotiris - Em campo desde o minuto 72', quando substituiu Ugarte. É um médio com clara propensão ofensiva que não vira a cara à luta. Remate defeituoso aos 89'.

St. Juste - Regressou após ausência por lesão, entrando aos 72' (por troca com Marsà). Cumpriu no essencial, parecendo agora em boa forma física.

Rochinha - Último a entrar: substituiu Paulinho aos 78'. Quatro minutos depois, assinou o terceiro golo, com boa execução técnica. Estreou-se a marcar pelo Sporting.

O dia seguinte

Ontem em Alvalade, contra um Gil Vicente que apresentou uma defesa subida do terreno arriscando no fora de jogo e procurando sempre jogar no campo todo, o Sporting entrou muito bem no jogo e fez uma bela primeira parte.

Para isso foi fundamental a frescura da equipa decorrente da paragem do campeonato. A equipa apresentou-se solta, disponível e intensa nos duelos físicos. A entrada de Paulinho deu organização e tracção à frente, Pedro Gonçalves rende muito mais com ele ao lado. Os dois médios regressados das suas selecções estiveram a excelente nível a destruir e a distribuir jogo com critério. E finalmente um trio defensivo impecável com um Marsà a exibir todo o seu pedigree “La Masia” e a substituir muito bem Coates. Nota negativa apenas para os dois alas, que foram desperdiçando sucessivas oportunidades de centros para golo e para um Trincão em dia para esquecer.

A ganhar por 2-0, e com o Gil sempre a tentar sair em velocidade para reduzir a vantagem, o Sporting foi tendo espaço para contra-ataques perigosos sempre desperdiçados no último passe ou tentativa de remate até que vieram as substituições e entrou Rochinha que, solicitado por Esgaio, fez aquilo que os outros não fizeram.

Com mais meia dúzia de oportunidades perdidas, incluindo os “tiros ao boneco” de Nuno Santos e uma de Sotiris de bradar aos céus, chegámos ao prolongamento e consentimos o golo de honra, aliás merecido, do adversário.

Simplesmente incrível o número de foras de jogo que coleccionaram os dois alas, Nuno Santos e Esgaio, e os cruzamentos desperdiçados pelos mesmos, ou porque o trio atacante não oferecia linhas de passe e se escondia no meio dos defensores contrários, ou quando isso acontecia o passe era invariavelmente falhado por força a mais ou direcção a menos. Que saudades do Nuno Mendes, ai, ai.

E assim ganhámos por 3-1 um jogo cujo resultado poderia ter sido muito mais dilatado. Saímos de Alvalade com uma sensação agridoce, mas depressa o realismo se sobrepôs. Foi uma vitória preciosa no início dum ciclo intenso que vai decidir muita coisa sobre o futuro do Sporting nesta temporada.

Melhor em campo : Hidemasa Morita o legítimo sucessor de Bruno Fernandes e Matheus Nunes.

Algumas notas negativas:

  • A primeira para o “speaker” do estádio. Não faz sentido nenhum anunciar golos e resultados dependentes dum lance em validação no VAR e ter o estádio a comemorar uma coisa que não existe. No golo anulado a Paulinho, como estava no enfiamento da jogada, logo fiquei com impressão de fora de jogo e mantive-me sossegado a aguardar o desfecho.
  • A segunda para Rúben Amorim. Já deve mais que conhecer Tiago Martins e alguns “artistas” que tem no plantel para saber que teria de os avisar para se absterem de atitudes de meninos mimados que não tiveram o “doce”. Num jogo sem casos, com o árbitro a deixar jogar e cometendo um outro erro de avaliação daí decorrente, é inadmissível acabarmos com quatro cartões amarelos.
  • A terceira para a ocupação do estádio, abaixo do que seria desejável. Um jogo a começar numa sexta-feira às 19h em Alvalade, com o trânsito em Lisboa naturalmente em estado caótico, não facilita nada e muitos sócios com gamebox não se deram ao trabalho de ir. Eu só consegui chegar um minuto ou dois depois do jogo começar e depois duma odisseia automobilística pelos arredores de Lisboa para fugir aos engarrafamentos normais do dia e da hora em questão.

SL

Rescaldo do jogo de hoje

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Foto: Miguel A. Lopes / Lusa

 

Gostei

 

Do regresso às vitórias. Triunfo inequívoco no nosso estádio perante um Gil Vicente que dominámos durante toda a partida. Vencemos 3-1, com golos de Morita (16'), Pedro Gonçalves (22') e Rochinha (82'). Ainda marcámos mais dois - Paulinho aos 11', Trincão aos 62' - mas não valeram, por fora-de-jogo. Pela equipa de Barcelos marcou o espanhol Navarro, no último minuto.

 

De Morita. A melhor exibição do internacional japonês vestido de verde e branco. Estreou-se a marcar pelo nosso emblema e fez uma assistência de sonho para o segundo golo, com um túnel de calcanhar. Protagonista de vários passes de ruptura, combinou muito bem com Ugarte no meio-campo leonino. A figura do jogo.

 

De Marsà. Outra estreia, desta vez como titular na nossa equipa principal. E logo para o lugar habitualmente ocupado por Coates, no eixo da defesa. O jovem catalão, apenas com 20 anos, correspondeu à confiança que nele depositou o treinador: exibiu segurança, maturidade e bom domínio técnico. É dos pés dele que tem início o segundo golo do Sporting, com uma soberba abertura de 50 metros. O golo sofrido aconteceu já com ele fora de campo: aos 72', entre aplausos do público, cedeu lugar a St. Juste.

 

De Pedro Gonçalves. Retomou o estatuto de goleador nesta sua partida n.º 100 na Liga portuguesa actuando onde mais gosta: lá na frente, sem posição fixa. Deu a melhor sequência ao magnífico passe de Morita, metendo-a lá dentro. Aos 75', foi ele a oferecer o golo com um centro muito bem medido que Edwards desperdiçou.

 

De Nuno Santos. Procurou o golo, desta vez sem o conseguir. Mas foi um dos obreiros deste triunfo leonino pela dinâmica que imprimiu ao nosso corredor esquerdo. Assistiu Morita no primeiro do Sporting, cinco minutos após ter servido Paulinho no golo anulado por deslocação do ponta-de-lança. Sempre inconformado, com energia inesgotável.

 

De Adán. Não teve muito trabalho, mas voltou a ser útil. Atento, concentrado, com reflexos rápidos, fez uma grande defesa aos 60'. Nove minutos depois, evitou um golo que parecia quase certo. Pena ter sido batido no último minuto, em lance no qual não teve culpa.

 

Da estreia de Rochinha a marcar. Entrou apenas ao 78', rendendo Paulinho. Bastaram quatro minutos em campo para facturar, na primeira vez em que tocou na bola. Golo à ponta-de-lança, dando ao ex-avançado do Braga uma lição prática de como se marca sem complicar. Junta-se à lista dos nossos artilheiros desta época.

 

Do regresso de St. Juste. Lesão muscular debelada enfim: oxalá possamos a partir de agora contar sempre com ele. Por precaução, Amorim só lhe deu ordem para entrar aos 72': até aí, a nossa linha de centrais estava totalmente preenchida por canhotos. O holandês parece estar em boa forma. A tal ponto que até arriscou progressões no terreno, como aquela em que cruzou recuado quase junto à linha final, aos 89', oferecendo um golo que Sotiris desperdiçou com um remate disparatado.

 

Do resultado ao intervalo. Vencíamos por 2-0, resultado que deixava antever uma segunda parte tranquila. Assim foi: construímos oportunidades e só pecámos na finalização. A vitória pareceu-nos sorrir bastante cedo, para compensar o que tem sucedido noutras partidas já disputadas desta Liga 2022/2023. 

 

Da homenagem à nossa equipa de futsal. Os nossos grandes campeões da modalidade exibiram a Supertaça recém-conquistada aos adeptos no estádio José Alvalade, minutos antes do início deste Sporting-Gil Vicente. Momento emotivo, com o nosso capitão João Matos em evidência ao segurar o troféu.

 

 

Não gostei

 

Do golo sofrido ao cair do pano. Quando tudo deixava antever que sairíamos desta vez com as nossas redes intactas, um lapso colectivo da nossa defesa, algo desconcentrada, propiciou o "tento de honra" do Gil Vicente. Não havia necessidade.

 

De Trincão. Foi o nosso jogador com exibição mais fraca. Agarra-se à bola, parece com vontade de actuar sozinho, perde-se em fintas inconsequentes e desperdiça boas oportunidades. Aconteceu duas vezes, aos 34' e aos 41', para desagrado dos colegas e do próprio treinador. Nunca fez a diferença pela positiva.

 

De Paulinho. Continua sem marcar no campeonato nacional 2022/2023.

 

Das lesões. Continuamos com vários jogadores indisponíveis. Três só na defesa: Coates, Neto e Porro. Além de Jovane e Daniel Bragança. Isto forçou Amorim a montar um onze titular com sete esquerdinos - facto invulgar. 

 

Dos amarelos por protestos. Nuno Santos e Esgaio viram cartões desnecessários por algum excesso temperamental. E Pedro Gonçalves arriscou um segundo amarelo pelo mesmo motivo. Nada justifica isto, muito menos num jogo em que vencíamos desde o minuto 16.

 

Do desperdício na segunda parte. O golo da tranquilidade só ocorreu na recta final do jogo. Podia ter acontecido mais cedo se não falhássemos tantas oportunidades - por Edwards, Nuno Santos e Trincão.

 

Da fraca assistência. Menos de 28 mil adeptos nas bancadas num jogo iniciado às 19 horas de sexta-feira. É verdade que o nosso desempenho nas competições internas tem sido decepcionante. Mas isso não é motivo para desertar do nosso estádio.

 

Da classificação. Com os três pontos agora conquistados, subimos para já ao sétimo lugar do campeonato. Oxalá o Estoril empate ou perca para não voltarmos ao oitavo.

É dia de jogo

E eu vou lá estar, doido da cabeça...

Depois dos desaires contra o Chaves e o Boavista, com muita (demasiada) gente lesionada, vai ser um jogo muito complicado mais logo em Alvalade.

Se por um lado Paulinho está de volta, e muita falta tem feito, Marsà estará provavelmente no lugar de Coates entre Inácio e Matheus Reis, deixando que Esgaio e Nuno Santos estejam nos seus lugares habituais.

Vai ser a prova de fogo para um jovem central formado no Barcelona que ultimamente tem jogado como central do lado direito na equipa B, e que tem demonstrado uma grande evolução duma época para a outra. Embora com algum deficit de envergadura física, compensa isso com uma técnica apurada de recepção, passe e sair a jogar com desenvoltura. Vamos ver um jogador de que se percebe a origem.

Mais à frente, se Pote mais uma vez jogar nas costas do trio atacante, importa como é que Paulinho se integra neste contexto. Gostava de o ver em movimentos de troca de posição com Pote, atraindo os defesas e deixando o espaço para Trincão e Edwards aproveitarem.

Enfim, um jogo difícil, um jogo que importa ganhar. Todos temos de lá estar para ajudar a equipa a conseguir isso mesmo. 

Os exigentes da treta sempre prontos para enterrar podem aproveitar o dia doutra forma.

SL

Os melhores prognósticos

Primeira goleada do ano em Alvalade para o campeonato, à 32.ª jornada: vencemos o Gil Vicente por 4-1

Quantos acertaram? Apenas um: o nosso leitor Ulisses Oliveira, que anteviu o resultado. E também antecipou Sarabia e Pedro Gonçalves (ambos marcaram de penálti) como autores de dois dos quatro golos. 

Felicito-o pela perspicácia, numa jornada em que três magníficos remataram ao poste: Allfacinha, Edmundo Gonçalves e . Previram a goleada, mas por 4-0. Faltou-lhes muito pouco para também se sagrarem vencedores nesta ronda.

O dia seguinte

Sem Slimani nem Paulinho, um na porta de saída outro a contas com uma mazela qualquer, Rúben Amorim recorreu mais uma vez à frente móvel Edwards-Sarabia-Pedro Gonçalves, apoiada por dois alas bem abertos e através duma circulação de bola mais rápida que o habitual (excepto quando chegava a Neto), o Sporting dominou, criou oportunidades e conseguiu o 2-0 contra o Gil Vicente.

No entretanto alguns jogadores davam umas baldas (Inácio e Neto à cabeça) que originavam lances perigosos do Gil, felizmente sem resultado.

No entretanto também, Adán com a bola nas mãos choca com um adversário que não disputa a bola e apenas se mete à frente dele, o árbitro vê aquilo que eu vi, e o VAR ao contrário daquele João Pinheiro do Sporting-Braga, não interfere, como também não interferia se tivesse sido marcado penálti. É um lance de interpretação, mas falar em "negligência, imprudência e força exagerada" como faz o ressabiado Duarte Gomes quando Adán consegue chegar e agarrar a bola e obviamente não consegue saltar por cima do adversário, é mais que negligência como comentador de arbitragem, é má fé mesmo.

Mais inteligente foi o comentador da Sport TV que andou para ali 5 minutos a tentar demonstrar que antes do contacto a bola já tinha escorregado das mãos de Adán e por isso ele chocou com o adversário, que se tivesse a bola segura não era mas que assim havia uma bola em disputa e era. Temos então dois comentadores separados no entendimento da lei, mas juntos na certeza do penálti. É o que temos. Dois medíocres ex-árbitros com contas para saldar.

 

Voltando ao jogo. A seguir ao segundo golo, estranhamente ou talvez não, o Sporting relaxou, começou a correr mais para a frente e menos para trás, deixou partir o jogo, a velocidade dos jogadores do Gil começou a fazer mossa, surgiu o 2-1 e podiam ter surgido outros. Resumindo, para o que foi a primeira parte, o 2-1 acabava por ser lisonjeiro para o Sporting.

A segunda parte foi completamente diferente. Um Sporting mais competente e um Gil mais cansado, o terceiro golo não demorou muito, os lances de perigo para o Gil sucederam-se e só a enorme exibição do seu guarda-redes brasileiro de 20 anos, ex-Botafogo (Alô, Hugo Viana), impediu um resultado mais volumoso.

 

Desta vez as substituições pouco adiantaram, excepto no caso do jovem Rodrigo Ribeiro que tem mesmo pinta de jogador, embora para alguns não estivesse ali a fazer nada, devia era estar a lutar pelos títulos dos juvenis ou dos juniores.

Melhor em campo, de longe, Nuno Santos. Sarabia acertou um remate, falhou uma dúzia.

E assim conseguimos um dos objectivos mais importantes, talvez o maior de todos, desta época, o acesso directo à Champions, que vai permitir desafogo financeiro, retenção de talento e preparação atempada da próxima época.

Supertaça, Taça da Liga, passagem da fase de grupos da Champions, acesso directo à Champions da próxima época, nada mau mesmo. Graças a Rúben Amorim.

 

#JogoAJogo

SL

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Da goleada em Alvalade. Vencemos por 4-1 - sem margem para discussão - a brava equipa de Barcelos, que ocupa o quinto lugar no campeonato e ambiciona aceder à Liga Europa. Este Gil que tinha vencido em Braga e na Luz, e conseguiu impor um empate no Dragão mesmo a jogar só com dez durante quase toda a partida. Fomos, portanto, o único dos três "grandes" a derrotar este conjunto muito bem orientado por Ricardo Soares - treinador que desta vez não esteve no banco por cumprir castigo. 

 

Do nosso caudal atacante. Dominámos todo o desafio - desde os minutos iniciais, em que entrámos de pé no acelerador. Tivemos posse de bola com qualidade, fazendo-a rolar rumo à baliza adversária, sem a desperdiçar com trocas inconsequentes e estéreis no nosso reduto. No final da primeira parte já tínhamos 12 remates, sete dos quais enquadrados.

 

Do bom registo ofensivo sem ponta-de-lança. Nestes dois últimos jogos, marcámos sete golos dispensando um avançado fixo dentro da grande área. Eficaz ataque móvel, com dinâmica colectiva e constantes rotações de posição funcionaram para baralhar as defesas adversárias. Os resultados falam por si.

 

De Nuno Santos. Excelente exibição do filho da D. Fátima - desta vez os jogadores tinham os nomes das mães estampados nas camisolas - com transbordante energia, impondo-se no seu corredor como extremo à moda antiga, em contínuo desgaste da defesa contrária. Numa das suas movimentações cheias de velocidade, foi derrubado em falta: o lance, aos 20', originou penálti, convertido por Sarabia no minuto seguinte. Destacou-se pela qualidade dos seus cruzamentos - aos 24', 60' e 75' (este a partir do corredor direito). Um desses passes a rasgar, lá na frente, originou autogolo de Lucas Cunha, aos 53'. O nosso terceiro. Mesmo sem marcar, desta vez, destacou-se como melhor em campo.

 

De Porro. O  jovem internacional espanhol está de volta às grandes exibições. O filho de D. Carmen recuperou bolas, ganhou lances divididos, acelerou o jogo na ala direita, fez soberbos cruzamentos aos 26' e aos 51'. Novamente em grande forma.

 

De Adán. Sem culpa no golo sofrido, aos 45'+2, o filho de D. Toni merece destaque por este simples facto: tornou-se ontem no único jogador de todas as equipas utilizado em todos os minutos da Liga 2021/2022, cumprida agora a 32.ª jornada. Demonstração inequívoca da sua extrema utilidade e da sua qualidade entre os postes. Titular indiscutível, a ele muito devemos o facto de o Sporting ser a equipa menos batida do campeonato, com apenas 21 golos sofridos.

 

De Edwards. Não deslumbrou, mas justifica destaque por ter apontado o segundo golo leonino, num remate de ressaca, aproveitando da melhor maneira uma bola que lhe sobrou após defesa incompleta do guardião gilista a cabeceamento de Neto, aos 36'. Um golo importante: foi a estreia do inglês vindo de Guimarães como goleador de Leão ao peito no nosso estádio. 

 

Do regresso de Pedro Gonçalves aos golos. Ganhou um penálti e foi ele a convertê-lo, aos 63'. O filho da D. Maria voltou assim a fazer o gosto ao pé após mais de dois meses de jejum, selando o resultado desta partida após uma primeira parte muito apagada. Os adeptos compensaram-no com fortes aplausos ao ser substituído por Vinagre, ia decorrido o minuto 67.

 

De Rodrigo Ribeiro. Estreia do promissor júnior formado em Alcochete, com 17 anos recém-festejados, como sénior em Alvalade. Rendeu Sarabia aos 84' e correspondeu às expectativas com um remate cruzado muito perigoso a rasar a baliza, aos 86' e uma boa acção individual aos 89', empolgando os adeptos. O filho da D. Mariana tem bom toque de bola, sem margem para dúvida. Valor a ter em conta no Sporting do futuro.

 

Dos remates de meia-distância. Tem havido vários jogos sem um só para amostra, do nosso lado. Desta vez houve pelo menos três. Por Nuno Santos (5'), Porro (32') e Pedro Gonçalves (57'). A merecer destaque pela positiva.

 

De Andrew. O jovem guarda-redes da equipa minhota, com apenas 20 anos, foi uma das figuras da partida. Impedindo o Sporting de avolumar a vantagem. Eis um nome a reter.

 

Do árbitro. Estreia de Miguel Nogueira, aos 28 anos, a apitar um jogo com equipa grande. Merece nota positiva. E votos para que tenha sucesso nesta actividade. 

 

De termos assegurado o segundo maior objectivo da época. Com esta vitória, garantimos o acesso directo à próxima edição da Liga dos Campeões. Segunda presença consecutiva na prova máxima do futebol europeu ao nível de clubes. E mais cerca de 40 milhões de euros a caminho do cofre de Alvalade.

 

De vermos adiada a decisão definitiva do título. O FCP, que jogará com o Benfica na tarde do próximo sábado, queria celebrar por antecipação. O nosso triunfo frente ao Gil Vicente impediu os portistas de concretizarem este sonho. Agora, concentração máxima para o nosso embate. Também no sábado, mas só após o outro jogo: vamos enfrentar o Portimonense.

 

De somarmos agora 79 pontos. Podemos igualar a pontuação da época passada, que nos garantiu o título de campeões nacionais. Faltam dois jogos.

 

 

Não gostei

 

Da ausência de Coates. Com queixas físicas, o nosso capitão desta vez ficou de fora. E fez falta. O Gil Vicente marcou três golos, dois dos quais anulados por foras-de-jogo milimétricos, dando a ideia, sobretudo na primeira parte, que podia desestabilizar o nosso reduto defensivo, ontem desprovido do seu líder natural.

 

Do amarelo a Neto. Capitão em vez do internacional uruguaio, o filho da D. Rosa ficará ausente do próximo desafio por acumulação de cartões. Foi bem sancionado por falta dura - e desnecessária - aos 83'. Mas até podia tê-lo visto mais cedo, noutro lance ríspido que protagonizou.

 

Do 2-1 que se registava ao intervalo. Sabia a pouco.

 

De outro desperdício de Paulinho. Suplente utilizado, o avançado ex-Braga rendeu Edwards aos 56'. Com uma actuação que voltou a saber a pouco. Isolado por Sarabia aos 60' com um primoroso toque de calcanhar, rematou sem a devida acutilância, permitindo a defesa de Andrew a cerca de 6 metros da baliza. De golo "cantado" a golo falhado. As oportunidades perdidas vão-se acumulando no seu currículo.

 

Da fraca adesão dos adeptos. Bancadas demasiado despidas nesta bem disputada partida de futebol. Apenas 25.425 espectadores no Estádio José Alvalade.

Amanhã à noite em Alvalade

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Vai amanhã o Sporting defrontar em Alvalade aquele clube que ainda há pouco conseguiu um empate no Dragão reduzido a dez jogadores quase todo o tempo.

Em casa desse clube, o Gil Vicente, acabámos por ganhar por 3-0 depois de uma primeira parte atribulada, com duas expulsões, uma para cada lado, e um penálti falhado. Nuno Santos, Gonçalo Inácio e Daniel Bragança selaram o que foi então 10.º triunfo consecutivo dos leões na I Liga.

Por outro lado estamos a um ponto do segundo lugar na Liga, pelo que convém assegurar o controlo do jogo, aguardar o momento certo para marcar e deixar o Gil correr atrás do prejuízo.

Slimani deverá estar de fora pelos motivos conhecidos, mas Matheus Reis e Paulinho estão de regresso. Palhinha e Pedro Gonçalves parecem ser jogadores em que Amorim aposta neste final de época, mesmo que não estejam na sua melhor forma, pelo que devem alinhar de início.

 

Assim prevejo que o Sporting apresente de início o seguinte onze:

Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Porro, Palhinha, Matheus Nunes e Nuno Santos; Sarabia, Paulinho e Pedro Gonçalves.

Concluindo,

Amanhã o Sporting entra em Alvalade para conquistar mais 3 pontos perante o Gil Vicente.

Considerando o sistema táctico de Rúben Amorim, qual seria o vosso onze?

 

#JogoAJogo

SL

Prognósticos antes do jogo

O campeonato aproxima-se rapidamente do fim. Para nós, a 32.ª jornada disputa-se depois de amanhã, às 20.30: vamos receber o Gil Vicente.

O desafio da primeira volta, em Barcelos, correu-nos bem: fomos lá vencer por 3-0 a 18 de Dezembro após péssimos 45 minutos iniciais. Com Gonçalo Esteves a estrear-se como elemento da equipa principal, Daniel Bragança a estrear-se como marcador e Pedro Gonçalves a falhar um penálti. 

Na época passada, triunfo em Alvalade pela mesma marca. Mas com o primeiro golo a surgir só aos 82' - com Sporar a distinguir-se como melhor em campo, contribuindo para transformar o 0-1 que durou meia hora no 3-1 definitivo. Golos marcados pelo internacional esloveno, por Tiago Tomás e Pedro Gonçalves. Foi a 28 de Outubro de 2020 mas parece ter acontecido há mais tempo.

Aguardo os vossos prognósticos para o Sporting-Gil Vicente deste domingo.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Da nossa vitória categórica em Barcelos. Triunfo por 3-0 num campo sempre muito difícil, onde há duas épocas saímos derrotados por 1-3. Os golos tardaram mas apareceram, todos na segunda parte. Confirma-se: este Sporting que persegue o sonho do bicampeonato está ainda melhor do que aquele que em Maio conquistou o título nacional.

 

Do nosso segundo tempo. Mandámos por completo no jogo, desboqueámos o nulo inicial e podíamos até ter terminado a partida com goleada. Destaque para os 11 minutos em que fizemos dois golos e para o quarto de hora final, com domínio absoluto do Sporting, continuamente incentivado por muitos adeptos presentes no estádio.

 

De Nuno Santos. Lançado na partida aos 31', quando jogávamos já só com dez, passou a dominar o corredor esquerdo em movimentos pendulares que tão bem conhece. Mas os frutos desta sua entrada em campo só foram colhidos na segunda parte, quando o esquerdino funcionou como abre-latas da nossa equipa: recuperou uma bola já no meio-campo ofensivo, progrediu alguns metros com ela e disparou uma bomba que foi aninhar-se nas redes adversárias. Aconteceu ao minuto 64: assim começou a construir-se o triunfo leonino, com Nuno Santos a revelar-se o melhor em campo.

 

De Ugarte. Saiu cedo, aos 57', por já estar amarelado. Mas voltou a destacar-se com uma exibição muito positiva, confirmando a validade da aposta de Rúben Amorim nele como titular a médio defensivo. Extremamente útil na recuperação da bola e a colocá-la na frente, transportando-a por vezes ele também. Numa destas incursões foi derrubado em falta, aos 33', originando uma grande penalidade para o Sporting.

 

De Matheus Reis. Continua a confirmar-se como um dos melhores elementos deste Sporting 2021/2022, para surpresa de muitos adeptos. Voltou a fazer duas posições e em ambas - lateral e  central - teve exibição impecável. Competente na construção, eficaz no passe, seguro no domínio de bola. É um dos jogadores que mais têm progredido sob o comando de Amorim.

 

De Daniel Bragança. Foi um dia grande para o jovem médio formado em Alcochete: ontem, actuando como médio ofensivo, marcou pela primeira vez de verde e branco para o campeonato. Um grande golo, aos 90'+3, correspondendo da melhor maneira a um passe milimétrico de Paulinho. Em campo desde o minuto 77, substituindo Gonçalo Esteves, fez três quase-assistências para Pedro Gonçalves (86', 88', 90'+1), infelizmente desperdiçadas, antes de ele próprio marcar. Impecável com e sem bola. Fez tudo para merecer o golo.

 

Da estreia de Gonçalo Esteves como titular no campeonato. Com apenas 17 anos e 9 meses, tornou-se o mais jovem no onze inicial do Sporting desde Cristiano Ronaldo, estreante em 2002. Correspondeu às expectativas do treinador, sobretudo no segundo tempo, em que actuou com maior liberdade de movimentos, quase como um extremo. Saiu aos 77', já muito fatigado, tendo aproveitado da melhor maneira esta oportunidade gerada pelo impedimento simultâneo de Porro e Esgaio. Não custa augurar-lhe uma carreira de grande sucesso.

 

Dos regressos de Paulinho e Palhinha. O primeiro recuperado do coronavírus, o segundo já recomposto da lesão que o tinha afastado dos cinco jogos anteriores. O avançado jogou o tempo todo e revelou ainda energia para construir toda a jogada que viria a resultar no terceiro golo, o médio defensivo entrou aos 57' para render Ugarte e cumpriu no essencial, embora ainda longe do nível a que nos habituou.

 

De concluir outra partida sem qualquer golo sofrido. Em 15 desafios deste campeonato que vai quase a meio, apenas sofremos cinco: só um a cada três jogos.

 

Da nossa décima vitória consecutiva na Liga. Há 15 anos que não conseguíamos uma campanha interna com tanto sucesso como esta. Sem perder qualquer ponto desde 11 de Setembro.

 

De ver o Sporting no comando do campeonato. Com 41 pontos em 45 possíveis, lideramos isolados - pelo menos até amanhã. Já com melhor registo na comparação com a 15.ª jornada da época anterior enquanto nos mantemos em todas as frentes desportivas, ao contrário do que sucedia nesta mesma altura em 2020/2021. Tendo já defrontado os nossos dois rivais directos e o Braga. Este vai ser, para nós, um Natal ainda mais doce.

 

 

Não gostei

 

Da primeira parte. Péssimo futebol, com a bola quase sempre parada e o jogo interrompido. Duas expulsões, uma para cada lado. E o 0-0 inicial a manter-se ao intervalo, como espelho de tudo isto.

 

De Pedro Gonçalves. Onde anda o implacável goleador de outros jogos? Falhou (pela segunda vez) um penálti, aos 37', permitindo a defesa do guardião adversário. E desperdiçou diversas oportunidades soberanas de que foi dispondo, sobretudo nos sete minutos finais, assistido por Daniel Bragança. É verdade que o segundo golo nasce de um pontapé rasteiro dele, aos 64', na ressaca de um lance confuso na grande área do Gil Vicente, mas mesmo aí a bola só entra por tabelar em Gonçalo Inácio, a quem a proeza foi creditada.

 

De Neto. Expulso aos 22' por ter encostado a cabeça em Pedrinho, do Gil Vicente, quando o Sporting estava em superioridade numérica, desde a expulsão de Fujimoto aos 12'. Atitude inaceitável do segundo elemento mais velho e experiente do plantel, que tem a obrigação de resistir a todas as provocações. Obrigou Amorim a alterar primeiro o sistema, jogando dez minutos com uma defesa a quatro, e depois a trocar Sarabia por Nuno Santos, repondo a linha de três centrais mas vendo-se forçado a prescindir do internacional espanhol, que vinha de três jogos consecutivos a marcar. Desta vez viu-se condenado a ficar em branco.

 

De ver meia equipa amarelada. Além de Neto, brindado com vermelho directo, cinco dos nossos também foram "premiados" com cartões: Pedro Gonçalves (7'), Ugarte (20'), Matheus Nunes (45'+3), Coates (61') e Gonçalo Esteves (63'). Cortesia do senhor Tiago Martins, incapaz de perceber que o futebol é um jogo de contacto e que o árbitro não está em campo para ser a figura em máximo destaque, como ele tanto gosta.

 

Das lacunas no plantel. Por lesão, por covid ou por impedimento disciplinar, Amorim não contou nesta partida com sete jogadores: Jovane, Vinagre, Feddal, Porro, Esgaio, Tabata e Tiago Tomás. Por isso viu-se forçado a sentar no banco três juniores: Geny, Nazinho e Marsà. É urgente haver dois reforços cirúrgicos já no mês que vem.

 

De Tiago Martins. Confirma-se: é um dos piores árbitros portugueses. Actuação lamentável em Barcelos: quase tudo de relevante lhe passou ao lado. Não viu uma agressão de Fujimoto a Matheus Reis evidente para qualquer pessoa que acompanhasse o jogo, passou-lhe ao lado uma grande penalidade cometida contra Ugarte, exibiu indevidamente um cartão vermelho (forçado depois a retirar) ao jovem internacional uruguaio, teve um critério errático no plano disciplinar, continua a ser o árbitro que mais apita em desafios da Liga. Acabou por ser salvo em momentos cruciais pelo vídeo-árbitro João Pinheiro: este sugeriu-lhe que observasse as imagens da agressão a Matheus (mesmo assim demorou quatro minutos a decidir!) e do penálti cometido sobre Ugarte, além de impedir a expulsão deste jogador. Uma noite negra para este incompetente que continua a arrastar-se nos relvados portugueses.

O dia seguinte

O Sporting acabou por passar em Barcelos duma forma categórica, um dos melhores resultados da temporada, mas num jogo que poderia ter acabado de forma completamente diferente.

Muitos factores influenciaram o resultado, desde logo a arbitragem, mas também a sorte dos remates que, batendo ou não, entraram ou não.

Mais que descrever o jogo avanço com algumas notas:

 

1. Rúben Al Morim

Não sei se repararam, mas com aquela barba e bigode, Amorim cada vez parece mais um "sheik" árabe. Se quando jogarmos com o Man. City ele for para a tribuna presidencial de fato e gravata e o Mansour para o banco do Sporting de fato de treino, as televisões não vão notar. Francamente não sei o que isto quer dizer, Amorim.

Mas fora isso, hoje, depois da expulsão de Neto e dum lance logo a seguir que podia ter colocado o Gil em vantagem, quem ganhou o jogo foi Amorim. Com o trinco Ugarte já amarelado, substituindo o avançado titular da selecção de Espanha pelo extremo esquerdo Nuno Santos, conseguiu reorganizar toda a equipa e prepará-la para uma segunda parte em que o maior espaço do 10x10 conjugado com a maior categoria dos jogadores do Sporting fez a diferença e justificou o resultado final. 

Além disso tudo e já é muito, a forma como Gonçalo Esteves se comportou durante todo o jogo, jogando pelo seguro até à vantagem do marcador, arriscando mais depois, ou a forma como Ugarte encaixou o estúpido cartão amarelo recebido e foi à procura de contrapartidas, que conseguiu no lance do assinalado penálti, só revela a excelência do treinador que os preparou para o jogo.

Foi realmente uma enorme vitória do Sporting, mas muito se deveu ao "Al Morim". 

 

2. Arbitragem "Tuga"

Um jogo como o de hoje abre o debate do que deve ser uma arbitragem moderna, europeia e promotora da qualidade do espectáculo e da indústria, versus uma arbitragem caseira, corporativista, mesquinha e ignorante do que é o futebol, a tal arbitragem "Tuga".

Que depois conta com comentadores de arbitragem "Ultra Tuga", que fazem o "Tuga" do campo mais o "Tuga" do VAR serem perigosos estrangeirados, os inféis do "tacho". Quase temos pena dum Tiago Martins quando ouvimos o que diz o comentador de arbitragem da Sport TV que não sei que curriculum teve enquanto árbitro ou como suspeito vou ler amanhã o Duarte "ressabiado" Gomes.

Ora bem, quando vamos para a Champions vemos que existe uma preocupação de quase todos os árbitros em deixar jogar, não influenciar o resultado dos jogos, valorizar o espectáculo, desvalorizar situações artificialmente criadas pelos jogadores, sejam simulações de toques, lesões, ou agressões, ao mesmo tempo que são muito exigentes em termos de "fair play" e respeito pela autoridade do árbitro.

Mas claro que a arbitragem "tuga", completamente alheia a todas estas questões e a querer em cada jogo fazer do árbitro o dono daquilo tudo, só existe porque também existe dos adeptos uma clubite exacerbada, achando sempre bem tudo o que nos convém e sempre mal tudo a nosso desfavor.

Dito isto, obviamente cada um de nós terá a sua opinião sobre a arbitragem de hoje. E todas legítimas.

A minha é que, além da expulsão do japonês "kamikaze", dos amarelos pelo gesto "reguila" do Pedro Gonçalves e pela falta de Coates que mete o pezinho, e de mais uma coisa ou outra, tudo o resto que foi sancionado foi manifestamente artificial ou exagerado. Ugarte não faz falta sequer, depois mete a perna à frente, o defesa do Gil corta a bola e depois dá-lhe na perna, Neto encosta a cabeça ao jogador do Gil que lhe deve ter feito alguma antes mas apenas isso, Matheus Reis não é maneta mas não tem os braços fora da zona do corpo quando corta o lance,  os cotovelos na cara acontecem porque os jogadores não são manetas e precisam dos braços para correrem e saltarem. Enfim, mais um festival de cartões desnecessários e que poderiam ter dado cabo do jogo.

E é nisto em que se transformou a arbitragem "Tuga": um festival de cartões, como aconteceu em Penafiel com o "Cláudio The Kid" que dispara alegremente cartões mais rápido que o lendário pistoleiro do Oeste, e este "Ice man" Tiago que ia conseguindo estragar mais um jogo da sua que devia ser triste carreira, mas se não é deve ter uns padrinhos influentes. Já agora gostava de saber o que lhe disse o nosso médico para ser expulso. Vamos ver no relatório?

E que jogadores vamos ter disponíveis para o jogo da Taça? Nem faço ideia.

 

3. Espírito de equipa

Simplesmente notável a forma como os 10 entraram em campo na segunda parte para conquistar os 3 pontos, depois de tudo o que se passou na primeira parte. Organização perfeita no 3-4-2 possível, sempre com Paulinho a incomodar enormemente a saída a jogar do Gil, e em contra-ataques rápidos que fizeram mossa. Foram 3-0, podiam ter sido mais. Depois do golo de Nuno Santos e da entrada de Palhinha e Bragança o vencedor estava encontrado, o resto foi um passeio.

 

4. Valia do adversário

O Gil Vicente fez um grande jogo, muito bem orientado, nunca estacionando o autocarro, mas sempre procurando sair em velocidade para criar problemas ao Sporting. Nesse sentido, o resultado não traduz as dificuldades encontradas pelo Sporting. Um dos adversários mais complicados que tivemos nesta primeira metade do campeonato.

Pena só aquela palhaçada com a simulação de lesão do guarda-redes para o treinador ter tempo para dar instruções aos jogadores em campo. Como é que uma situação destas não é punida pela Liga?

 

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

Amanhã à noite em Barcelos

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Voltamos amanhã a Barcelos para mais um encontro da 1.ª Liga, onde seguimos na liderança a par com o Porto. 

Dos jogos de Dezembro já despachámos os à partida mais complicados: Tondela (C), Benfica (F) e Ajax (F) e Boavista (C) e Penafiel (F), faltando-nos apenas Gil Vicente (F), Casa Pia (F) e Portimonense (C).

Este Gil Vicente foi na época passada um daqueles fregueses que acabam por pagar o que devem  mas mesmo no limite da coisa. Uma "trabalheira do caraças". Uma equipa que se fecha muito atrás para deixar espaço livre para arrancadas em velocidade que fazem estragos. E é mesmo essa velocidade de execução, em que a defesa não tem tempo para se estruturar depois duma perda de bola, que fez mossa ao Sporting.

O maldito vírus está a ditar leis, Tiago Tomás e Esgaio vão estar fora, mas Coates e Palhinha estão disponíveis. O "artista pistoleiro" de Penafiel colocou também Tabata de fora deste jogo, e Vinagre, Feddal e Jovane continuam em recuperação de lesões. 

Com tudo isto tem sido um rodízio no plantel do Sporting que vai a jogo, e amanhã vai ser com certeza um onze nunca visto a entrar em jogo.

 

Vamos então tentar adivinhar como começa e como acaba amanhã o Sporting. 

O meu palpite é:

Inicial: Adán; Neto, Coates e Inácio; Gonçalo Esteves, Ugarte, M. Nunes e M. Reis; P. Gonçalves, Paulinho e Sarabia.

Final: Adán; Inácio, Coates e M. Reis; Gonçalo Esteves, Palhinha, Bragança e Nazinho; P. Gonçalves, Sarabia e Nuno Santos.

Vou contar um ponto por acerto, 22 pontos em discussão. Fico a aguardar os vossos palpites.

 

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

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