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És a nossa Fé!

O Mendes entrou no orfanato?

Reina a maior indignação no círculo do costume sobre a hipótese dum jovem que passou a formação entre Alcochete, Oeiras e Sacavém (Tiago Santos, defesa direito, 20 anos, 1,75m) rumar ao Benfica sem que o Sporting se mostre interessado em exercer o direito de preferência.

O mesmo jogador a que Nelson Veríssimo, que tinha vindo do Benfica para onde vai voltar, o mesmo Benfica agora interessado no Tiago Santos, deu-lhe a titularidade em vez de a Gonçalo Esteves (19 anos, 1,71m, contrato com o Sporting até 2004), o que muito lhe estragou uma temporada que devia ter sido de afirmação.

Será que o Tiago Santos tem condições para substituir Porro ou até Bellerín, e é de facto o ala direito de que o Sporting precisa? Que fez ele de tão relevante esta época para isso? Quantas internacionalizações conta no seu percurso? Nenhuma?

E que fazer do Travassos (19 anos, 1,75m) ou do David Monteiro (19 anos, 1,77m), este acabado de renovar contrato? Ficavam a ver o Tiago Santos fazer de boomerang?

Além dos milhões que o Sporting pode ganhar com a transferência, o caricato da questão é que a malta do costume quer meter à viva força mais um jogador da Gestifute, mais um jogador do Jorge Mendes no plantel principal do Sporting, mais um do carrossel, mais uns mendilhões, etc, etc...

Como é, afinal? O Mendes já conseguiu entrar no orfanato? 

SL

É chato

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Durante três anos, andaram umas dúzias de fervorosos militantes anti-Varandas a bradar contra a alegada "submissão" do Sporting à Gestifute, garantindo que o nosso emblema iria tornar-se refém desta empresa a muito curto prazo. Por ironia, eram os mesmos que bateram palminhas e soltaram urros de alegria quando Jorge Jesus, um dos principais treinadores do catálogo de Jorge Mendes, assumiu as funções de técnico principal do futebol leonino. Nessa altura, ao que parece, a Gestifute não era produto tóxico...

Como tem acontecido em tantas outras matérias, a realidade encarregou-se de desmentir as fábulas da tal legião anti-Varandas. Aos poucos, o nosso plantel profissional foi-se preenchendo com futebolistas representados por outros empresários. O penúltimo ainda representado por Mendes, Rodrigo Fernandes, acaba de rumar ao Dragão após ter sido lançado por Silas na equipa principal, onde não singrou. 

Neste momento, dos nossos jogadores do primeiro escalão, só Daniel Bragança e Manuel Ugarte mantêm vínculo à Gestifute. Apenas dois em vinte e três, portanto. Conclusão: fica a narrativa dos tais reduzida a coisa quase nenhuma.

É chato.

André Geraldes: um caso para reflectir

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A errática política de contratações do Sporting explica, em grande parte, o gigantesco passivo que se foi acumulando nas contas da SAD leonina e que em Junho perfazia 288,7 milhões de euros - já após a redução de 26,2 milhões alcançada no exercício da época desportiva 2019/2020, segundo números ontem comunicados à CMVM.

Olhemos para um exemplo concreto: o de André Geraldes, lateral-direito, hoje com 29 anos. Foi contratado pelo Sporting em Junho de 2014, ao Istambul BB, e nunca actuou na Liga portuguesa vestido de verde-e-branco. Ao longo destas seis temporadas, cumpriu apenas quatro jogos pela nossa equipa principal - todos referentes à Taça da Liga, em 2014/2015, quando Marco Silva era o treinador principal do clube.

Depois foi relegado à equipa B e andou incessantemente a transitar entre clubes portugueses do meio da tabela e emblemas estrangeiros, num verdadeiro carrossel de empréstimos que em nada beneficiaram o jogador e valeram zero ao Sporting: Belenenses, V. Setúbal, Gijón e Maccabi Telavive.

Sai agora, em definitivo, para o Apoel do Chipre, por sinal um clube que deixou um marco na história leonina. Mas sai sem prestígio nem proveito, quase a entrar na recta final da sua carreira, praticamente oferecido, a dois anos de terminar o vínculo que ainda o ligava a Alvalade: a ridícula cláusula de rescisão de 45 milhões que lhe foi fixada no momento de celebrar contrato valia coisa nenhuma. E o facto de ser representado pela Gestifute, de Jorge Mendes, não favoreceu qualquer das partes.

Esta história sem desfecho feliz constitui a demonstração viva dos numerosos erros que temos cometido, época após época, na contratação de bateladas de jogadores que nunca chegaram a ter qualquer utilidade. Pelo menos para nós. Resta saber se algum intermediário lucrou com isto.

Dívidas são para pagar

Muito se tem falado sobre a diferença entre o valor que o Wolverampton paga ao Sporting pela transferência de Rui Patrício e o valor que o clube recebe. Se existe uma dívida reconhecida pela Sporting SAD à Gestifute ou qualquer outra entidade, é bom que a mesma seja regularizada o quanto antes, sem manobras dilatórias ou chico-espertices tipo “Marcos Rojo/Doyen”, que acabam sempre por serem pagas, acrescidas de juros. Afirmar que dos supostos 18 milhões o clube recebe apenas 11, é intelectualmente desonesto, porque existe encontro de contas.

Mas desonestidade é algo a que nos habituámos durante 5 anos, sempre em defesa dos superiores interesses do Sporting, está bom de ver, acabando sempre por perder os processos em sede própria, só não viu quem não quis, ou quem de forma acéfala seguiu o conselho do guru espiritual e apenas sintonizou a Sporting TV, que foi, como sabemos até aqui, uma verdadeira fonte de informação ao serviço do deposto querido líder. É que, não tendo nada a ver com a vida dos outros, ainda me lembro quando um presidente de clube rival desbaratou o bom nome na praça, coleccionando dívidas e rasgando contratos. As consequências duram anos.

É pois com alguma surpresa e receio que ouço rumores que algumas transferências estão por pagar, que existem dívidas a fornecedores no valor de 40 milhões de euros. A ser verdade, tal poderia explicar algum desnorte e fuga à realidade que fizeram perigar nos últimos meses a existência do Sporting Clube de Portugal. Mas ninguém tenha dúvidas que, apesar do coro de viúvas carpideiras saudosistas do passado recente, o clube está a ser reerguido. Esperemos pelo resultado da auditoria forense e retiremos da mesma todas as consequências.

{ Blogue fundado em 2012. }

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