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És a nossa Fé!

Edu, Afonso, Chermiti e Dani dão nas vistas

Sporting, 1 - Genk, 1 (jogo de preparação)

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Trincão marcou logo aos 10': regresso de férias com o pé quente

Foto: Lusa

 

Primeiro jogo de preparação aberto aos adeptos do Sporting. Foi no estádio do Algarve contra o Genk, vice-campeão da Bélgica. Terminou 1-1, resultado feito na primeira parte.

Rúben Amorim pôs em campo o seguinte onze. Israel; Eduardo Quaresma, Coates, Gonçalo Inácio, Matheus Reis; Morita, Edwards, Afonso Moreira, Pedro Gonçalves; Trincão e Chermiti. Uma espécie de 4-4-2, com 5-3-2 em momento defensivo, fazendo supor que passará a actuar com dois avançados, dois extremos com pendor mais clássico e um par de médios criativos resguardados com um quarto defesa elástico, Gonçalo Inácio, como sucedâneo de "trinco" ou médio posicional.

As aparências iludem. Veremos se esta mudança do modelo táctico virá para ficar ou se visa apenas baralhar os nossos adversários a escassas semanas do início do campeonato. 

Apesar de o nosso golo ter surgido cedo (marcado por Trincão à ponta-de-lança, muito bem servido por Chermiti logo aos 10'), foi na segunda parte que estivemos em melhor nível. Com destaque para o regresso muito aplaudido de Daniel Bragança após um ano de lesão grave. Ele e três outros elementos da formação leonina (Afonso, Eduardo e o já mencionado Chermiti) foram os elementos mais em foco.

Faltou Gyökeres, a nova estrela da companhia.

 

Alterações, apenas duas. A troca de Morita por Daniel ao intervalo e a entrada de Jovane aos 80', substituindo Eduardo Quaresma, que saiu com queixas físicas.

Perante uma equipa forte e que iniciou mais cedo a preparação da época, faltou-nos o quê? Mais poder de fogo. Faltou também maior consistência defensiva - ponto fraco da época passada. O golo do Genk foi brinde nosso: erro clamoroso de Matheus Reis, aos 24', com passe lateral à queima para o guarda-redes que Israel não conseguiu interceptar. 

Até nem me importo muito que tenham erros destes nos jogos de preparação. Se nos desafios a sério nada disto acontecer.

 

Breve avaliação dos nossos:

Israel. O melhor: saiu duas vezes bem dos postes. O pior: o golo sofrido, embora o grande culpado tenha sido Matheus Reis. 

Eduardo Quaresma. O melhor: enfrentou bem Fadera, o mais acutilante do onze belga. O pior: saiu com queixas físicas, oxalá não seja nada grave.

Coates. O melhor: resolveu vários problemas com a sabedoria que só a experiência dá. O pior: algo preso de movimentos em lances pontuais.

Matheus Reis. O melhor: aguentou 90 minutos. O pior: o erro caricato que traiu Israel e permitiu aos belgas empatarem o jogo.

Gonçalo Inácio. O melhor: Amorim experimentou-o em movimentos de transição para a posição 6, confirmando a confiança nele. O pior: falhou alguns passes.

Morita. O melhor: passe longo, de 40 metros, que isolou Chermiti iniciando o nosso golo. O pior: substituído ao intervalo, pareceu longe da melhor forma física.

Edwards. O melhor: um passe de ruptura, mesmo ao findar o jogo para dentro da área que poderia ter gerado golo. O pior: pareceu apático, longe das zonas de decisão.

Afonso Moreira. O melhor: várias iniciativas individuais vistosas no flanco esquerdo, com vontade de impressionar o técnico. O pior: alguma precipitação ocasional, motivada pela ansiedade.

Pedro Gonçalves. O melhor: vê-lo agora com o número 8, que pertenceu a Bruno Fernandes. O pior: passou praticamente ao lado do jogo.

Trincão. O melhor: o golo, à ponta-de-lança. O pior: não ter aproveitado três outras oportunidades que lhe foram surgindo.

Chermiti. O melhor: soberba assistência ao recuperar uma bola junto à linha final e cruzando, em oferta de golo a Trincão. O pior: ter ficado desta vez em branco.

Daniel Bragança. O melhor: vê-lo regressar em boa forma, aparentemente sem sequelas da grave lesão. O pior: já amarelado, cometeu falta que lhe teria valido segundo amarelo num jogo a sério.

Jovane. O melhor: excelente pormenor técnico ao receber um passe longo de Coates e rodar, deixando para trás um adversário, aos 86', e "assistindo" Trincão. O pior: esteve pouco tempo em campo.

O dia seguinte

Bom jogo de preparação contra o vice-campeão belga, mais avançado na preparação, em mais uma dupla jornada com o plantel repartido por dois jogos em horas distintas.

Trata-se antes de tudo duma metodologia de preparação que dá minutos (a grande maioria fez hoje 70 ou mais) e oportunidades a todos os jogadores. São eles que dizem ao treinador o que valem agora e o que podem valer na temporada.

Mas além disso existem também algumas ideias e dinâmicas novas para esta temporada testadas neste segundo jogo do dia: o avanço de Gonçalo Inácio para a linha média em momento de ataque; o posicionamento de Trincão deambulando atrás do ponta de lança, no caso Chermiti; e o ataque à profundidade num jogo mais directo do que o posicional da época passada. Claro que umas vezes isso traduziu-se em situações de golo na baliza adversária, noutras em perdas de bola inglórias na frente e contra-ataques perigosos do adversário.

Os piores em campo foram alguns dos melhores jogadores, habituais titulares do plantel, especialmente Pedro Gonçalves, Morita e Edwards. Os melhores, além de Inácio e Trincão, foram os putos de Alcochete: Quaresma, Moreira e Chermiti.

Nota especial para Daniel Bragança e Jovane, dois já não tão miudos mas que também passaram por Alcochete e andam a correr atrás do tempo perdido pelas lesões.

 

O jogo da manhã não vi: vitória sobre o Farense por 2-1. Jogaram alguns habituais titulares que viram o segundo jogo desde a bancada.

Enorme aposta na formação que Rúben Amorim e o Sporting estão a fazer nesta pré-época. Está à vista de todos. Neste jogo foram Quaresma, Inácio, Moreira, Bragança, Jovane e Chermiti, de manhã foram outros. O futuro está nas mãos (pés) deles.

SL

{ Blogue fundado em 2012. }

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