Ajudar e ser solidário, é um dever que está inscrito no ADN sportinguista.
Nos últimos dias testemunhei 2 casos que justificam um nosso gesto.
O Mateus, bravo sportinguista de 10 anos, com um gravissimo problema de alergias, não pede para ele mas sim a ajuda possível para os Bombeiros da Lourinhã construirem um heliporto, que pode salvar vidas incluindo a dele (o apelo no Facebook https://fb.watch/7vzkHoUOl2/ e alguns videos do programa da TVI sobre o Mateus: https://tvi.iol.pt/goucha/videos?&pagina=3). Quem puder e quiser contribuir, nem que seja com 1€ pode fazê-lo por transferência, para o IBAN: PT50004551904023179348119 -Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lourinhã (para recibo de donativo, enviar mail com Nome, Morada e NIF para secretaria@bvlourinha.com).
O outro caso é o de um sportinguista do Fundão a quem foi diagnosticado Esclerose Lateral Amiotrófica, e cujo Núcleo está a organizar um sorteio para o ajudar. Quem contribuir para o Ângelo pode comprar as rifas junto do Núcleo Sporting do Fundão.
O teu rosto será o último, o nosso clube será o primeiro.
Um livro que morava cá em casa há algum tempo, três ou quatro anos, deu-me para o folhear agora e para lê-lo de um fôlego.
Com ligações familiares a uma terra de boa gente, o Fundão, especificamente, a uma aldeia com quatro letras encalacrada num sopé da Serra da Gardunha, voltada para sul (p.12) João Ricardo Pedro, soube tecer uma teia que nos prende pela informalidade, às vezes, crueza, da linguagem, pela história, melhor, pelas histórias que vai contando, enriquecendo-as com pormenores que fazem com que nos identifiquemos com cores, com sons, com cheiros e com emoções que são nossas, também.
Um bom livro que refiro aqui pela ligação do autor ao nosso grande clube pelas comparações que nos fazem sorrir: claro que já se imaginara a fo*** a professora de canto, mas da mesma forma que já se imaginara a fazer cruzamentos milimétricos para a cabeça de Jordão (...) tal como nunca se dirigira ao Estádio José de Alvalade com o propósito de mostrar os seus dotes futebolísticos, também nunca fizera nada para que a professora de canto, sequer, reparasse nele.(p.104)
Como futebolista o alter-ego de João Ricardo não terá nenhum sucesso já com a professora de canto as coisas correrão melhor (cf. p.106).
Um livro que se lê muito bem, que conjuga a vida pacata de uma aldeia com personagens-tipo como o padre Alberto, que torcia pelo Sporting e conhecia pessoalmente grandes glórias do clube - tinha inclusivamente uma fotografia em que aparecia abraçado ao Jesus Correia (p.50) com museus por essa Europa fora, com música erudita e com o dono de um hotel em Buenos Aires frequentado por jogadores de futebol coxos, prostitutas sem clientes, toureiros maricas, escritores (p.47) gente sem préstimo, acrescento eu, de forma irónica.
Termino com mais uma citação, com votos de boas leituras e com a certeza que o futebol é o mais importante das coisas pouco importantes.
Choviam gritos e aplausos. Havia lágriamas na plateia. Mas se alguém (...) lhe perguntasse qual o seu maior sonho (...) o mais certo seria Duarte responder (...) o Sporting ganhar a taça dos campeões europeus (p.76)
Nesse aspecto sou/penso como o Duarte/João Ricardo Pedro, ganhar a taça dos campeões europeus, o futebol interno com as suas eternas tricas interessa-me q.b. mas nós sportinguistas temos de olhar para cima, almejar o céu, somos os primeiros, somos os vencedores da Super Taça e da Taça de Portugal não devemos olhar para baixo, preocuparmo-nos com clubezitos que vão vencendo à custa de penalties duplos e auto golos.
{ Blogue fundado em 2012. }
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