Uma das frases do ano desde já
«Falta-me fazer tudo no Sporting.»
Rúben Amorim, em entrevista ao Record
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«Falta-me fazer tudo no Sporting.»
Rúben Amorim, em entrevista ao Record
FRASE DO ANO:
"GYÖKEEEEERES!"
Viktor Gyökeres é um caso raro de popularidade instantânea entre os sportinguistas. Conquistada logo na sua primeira aparição de Leão ao peito. Aconteceu a 25 de Julho, num jogo de preparação da época, frente ao Real Sociedad, no estádio do Algarve.
Bastaram 19 minutos para que o craque sueco se estreasse a marcar como artilheiro leonino frente à equipa adversária, participante na Liga dos Campeões. Aproveitando da melhor maneira a sua primeira oportunidade - que foi também a primeira oportunidade da nossa equipa neste desafio frente ao quarto classificado da Liga espanhola 2022/2023.
Houve explosão de alegria nas bancadas. Era natural: confirmava-se que Gyökeres era mesmo reforço. Não só pelo golo, mas por ter lutado sem cessar pela posse da bola. E também pela boa condição física que evidenciou até ao apito final.
Poucas semanas depois, já havia um cântico das bancadas dirigido ao ponta-de-lança que veio do Coventry. Repetindo-se o ocorrido com Bas Dost: o grande artilheiro holandês esteve três temporadas no Sporting, onde marcou 93 golos em 125 jogos.
Tal como ele, Viktor também cativou o coração dos sportinguistas sem aparente esforço. Daí ouvir o seu nome entoado por milhares de gargantas em Alvalade e noutros estádios do País onde se concentram sócios, adeptos e simpatizantes do Sporting. «O estádio vai abaixo quando fazes um golo», entoa-se num desses cânticos.
Mas o mais importante é o refrão, com o nome mágico: «Gyökeeeeeres!»
Sinónimo de esforço, dedicação, devoção e glória. Sinónimo de combatividade. Sinónimo de espírito leonino. Traduzido já em 17 golos e nove assistências. Com inequívoco estofo de campeão.
Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»
Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»
Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»
Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»
Frase do ano em 2017: «Feito de Sporting»
Frase do ano em 2018: «Foi chato»
Frase do ano em 2019: «Um clube de malucos»
Frase do ano em 2020: «Para onde vai um vão todos»
Frase do ano em 2021: «É ir jogo a jogo»
Frase do ano em 2022: «Um país sem valores é um país futuro»
«O Sporting é candidato ao título», disse ontem Rúben Amorim em conferência de imprensa.
Gosto disto.
E vocês?
FRASE DO ANO:
"UM PAÍS SEM VALORES É UM PAÍS SEM FUTURO"
Frederico Varandas venceu as eleições para um segundo mandato com muitas facilidade. Enfrentou dois adversários, debateu com eles sem qualquer problema e a 5 de Março arrasou nas urnas: obteve 86% dos votos dos sócios expressos neste sufrágio. Deixando a larga distância os antagonistas - Nuno Sousa (7%) e Ricardo Oliveira (3%).
Nas declarações aos sportinguistas, confirmada a vitória eleitoral, deixou a promessa que este segundo mandato de quatro anos será o último. Em 2026, passará o testemunho a outro com toda a normalidade. É isso que pretende. E deixou claro porquê.
Era também uma óbvia indirecta ao presidente do FC Porto, que se vem perpetuando há quatro décadas no topo daquele clube, sem perceber que o tempo dele já passou e que é fundamental dar lugar às gerações mais jovens.
Varandas, aliás, não poupou em 2022 nas críticas ao vetusto líder portista, tal como fizera em anos anteriores. A declaração mais contundente aconteceu a 29 de Maio, rebatendo uma afirmação do recém-empossado secretário de Estado do Desporto, João Paulo Correia, que havia considerado Pinto da Costa uma «referência do desporto nacional».
O presidente leonino foi duro: «[PdC] é um corruptor activo e uma vergonha para o desporto português. (...) Um país que o reconhece como uma referência é um país sem valores. E um país sem valores é um país sem futuro. Portugal não pode nem nunca poderá ser esse país.»
Outra frase do ano, a 16 de Outubro, veio da boca de Rúben Amorim. No rescaldo imediato da nossa derrota frente ao Varzim que nos pôs fora da Taça de Portugal.
«A culpa não vai morrer solteira», assegurou o treinador do Sporting, desta vez nada sorridente. A declaração funcionou como uma espécie de murro na mesa para mobilizar o grupo de trabalho. E parece ter produzido efeito, pois fechámos 2022 a jogar bem e a somar vitórias. São sempre bem-vindas.
Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»
Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»
Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»
Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»
Frase do ano em 2017: «Feito de Sporting»
Frase do ano em 2018: «Foi chato»
Frase do ano em 2019: «Um clube de malucos»
Frase do ano em 2020: «Para onde vai um vão todos»
Frase do ano em 2021: «É ir jogo a jogo»
Não gostei do que vi, menos ainda do que ouvi.
A frase «Um país sem valores é um país sem futuro» devia ficar inscrita no monumento ao Leão.
Em vez daquela inanidade que lá continua gravada em bronze.
FRASE DO ANO: "É IR JOGO A JOGO"
Rúben Amorim não nos habituou apenas a ser um excelente condutor da principal equipa de futebol do Sporting, campeã nacional em título, em termos tácticos e técnicos. Foi-se revelando também um magnífico comunicador, capaz de dizer muito em fórmulas curtas, simples e claras. E parece fazê-lo sempre sem esforço, como se ter o dom da palavra fosse a coisa mais natural do mundo.
Entre as frases que popularizou - e que rapidamente se incorporaram no léxico leonino - inclui-se esta, que destaco como a mais significativa de 2021: «É ir jogo a jogo.» Pronunciada várias vezes ao longo da temporada anterior e reiterada com ênfase numa conferência de imprensa a 1 de Maio, quando o título já espreitava mas ainda faltavam disputar jogos cruciais. «É ir jogo a jogo, como temos vindo a fazer. Há um ano e meio, quando chegámos, havia também manifestações [de adeptos], mas contra.»
A intenção era óbvia: baixar as expectativas daqueles adeptos que se apressavam a festejar antes de estar garantido o campeonato em campo.
Liderar também é isto: transformar a palavra em instrumento estratégico para mobilizar um grupo de trabalho. Amorim sabe fazer esta pedagogia como poucos treinadores contemporâneos, promovendo uma frase a lema.
Resulta - e de que maneira. Como temos visto.
Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»
Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»
Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»
Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»
Frase do ano em 2017: «Feito de Sporting»
Frase do ano em 2018: «Foi chato»
Frase do ano em 2019: «Um clube de malucos»
Frase do ano em 2020: «Para onde vai um vão todos»
A frase de Bruno de Carvalho inscrita no Monumento ao Leão -- logo debaixo da palavra Glória -- mantém-se lá apesar de o antigo presidente do Sporting já nem sequer ser sócio do Clube.
É uma frase como o Melhoral: não faz bem nem mal. Não aquece nem arrefece.
Ora o referido cavalheiro tem escrito várias outras, muito recentemente, naquela que agora parece ser a sua rede social favorita, o Twitter.
Aqui transcrevo algumas. Deixando ao critério dos nossos estimados leitores a escolha daquela que mais gostariam de ver inscrita naquele monumento.
«[Os sportinguistas] provaram ser os adeptos mais burros da história do futebol.»
«Injustos, manipuláveis, desprezíveis e não merecedores de nada.»
«Fica a vergonha de ter liderado um bando de idiotas (nem todos, existem 10 que se aproveitam).»
«Nunca irei perdoar aos sportinguistas a sua injustiça, ignorância e a forma como passados 3 anos ainda espalham ódio só porque podem e querem.»
«Jamais perderia um minuto da minha vida a liderar um bando de cretinos.»
«Não valem o ar que respiram.»
«Vão-se catar, vão-se esconder por debaixo das pedras onde vivem, vão chatear o Camões e vão morrer longe.»
«Nem cobertos de ouro eu lá voltaria.»
Como se vê, não faltam opções à escolha.
A 30 de Outubro de 2018, menos de dois meses após o actual presidente do Sporting ter tomado posse, Luís Filipe Vieira avisou, como se tivesse acabado de chegar de Palermo:
«Se meter o Benfica à frente do Sporting, não vai estar lá muito tempo.»
Sem sequer perceber, o destituído acabou por fazer um enorme elogio ao presidente do Sporting com estas palavras mafiosas.
E revelou-se fraco profeta. Quem acabou por ficar lá pouco tempo foi ele próprio. Como hoje todos sabemos.
Varandas continua. Apoiado pela esmagadora maioria da massa adepta do Sporting e odiado pelos do costume. Que só o tornam mais forte.
Disse Sérgio Oliveira, há pouco, na zona das entrevistas rápidas após o FC Porto-Sporting (0-0):
«Para o Sporting, empatar aqui é ganhar a Champions League.»
Candidata-se desde já a frase mais idiota do ano. Proferida por um gajo que está dez pontos abaixo de nós no campeonato e foi eliminado por nós na meia-final da Taça da Liga.
É preciso ser muito imbecil.
FRASE DO ANO: "PARA ONDE VAI UM VÃO TODOS"
Rúben Amorim não tem demonstrado só mérito enquanto cérebro táctico da equipa principal de futebol do Sporting: revela qualidades também como comunicador. Num discurso claro, conciso e compreensível, com palavras que todos entendem, sem gaguejar nem deixar frases a meio. Consegue ser inspirador e mobilizador, transformando cada conferência de imprensa numa sessão de robustez anímica - tanto para jogadores como para adeptos.
Aconteceu naquele dia 5 de Dezembro, após o empate (2-2) em Famalicão, num jogo que merecíamos ter vencido, quando o árbitro Luís Godinho anulou um golo limpo a Coates e expulsou o nosso treinador pela segunda vez. Reagindo com sangue-frio após essa partida em que fomos espoliados, Amorim soltou a frase que funciona como novo lema leonino: «Para onde vai um vão todos».
Não tardou a pegar como palavra de ordem. Três dias depois já encontrava eco nas redes sociais. tornando-se no mais recente elo de ligação entre a massa adepta. E até treinadores de outros clubes passaram a usá-la também, com a devida vénia ao jovem técnico que reconduziu o Sporting ao primeiro lugar do futebol português.
«O nosso clube, os adeptos, o plantel, tal como o Sporting, nós também: onde vai um vão todos», declarou a 19 de Dezembro o treinador do Farense, Sérgio Vieira. Comprovando assim o sucesso da fórmula, patenteada por Rúben Amorim.
Tudo terá acontecido de forma espontânea. «Não foi nada pensado», esclareceu o técnico leonino, ainda em Dezembro, quando a sua frase já circulava de boca em boca. Veio para ficar. E promete servir-nos de aperitivo para novos triunfos.
Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»
Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»
Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»
Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»
Frase do ano em 2017: «Feito de Sporting»
Frase do ano em 2018: «Foi chato»
Frase do ano em 2019: «Um clube de malucos»
«Foram três anos aqui e tenho a sensação que foi a minha vida toda.»
Jeremy Mathieu
Têm dado muito que falar mundialmente (e também em Lisboa) as vandalizações de estátuas esta semana. Por princípio oponho-me à vandalização de estátuas, mas é sempre possível discutir o seu conteúdo, a sua finalidade, a homenagem que se pretende fazer. E, se for caso disso, removê-las do espaço público.
No caso do Sporting, não pretendo remover, e muito menos vandalizar a estátua da Rotunda Visconde de Alvalade. Mas creio que se deve discutir seriamente a pertinência de algumas mensagens - pelo menos uma - que lhe são adjacentes. Só vi algo semelhante a isto na Praça da Revolução em Havana. Até gosto muito de Cuba, mas por princípio também me oponho sempre a cultos de personalidade.
FRASE DO ANO: "UM CLUBE DE MALUCOS"
Não parece, mas esta frase foi proferida pelo presidente do Sporting, aludindo ao próprio clube e atribuindo-a a um treinador português com prestígio europeu cujo nome não especificou. Numa desastrada entrevista ao Jornal da Noite da SIC em que pretendia incutir tranquilidade aos adeptos, Frederico Varandas espalhou-se ao comprido logo no início, proferindo estas palavras que relegaram para segundo plano qualquer outra mensagem que pretendesse transmitir. Palavras que a partir daí se colaram a ele: será difícil libertar-se delas.
«Ao despedir Keizer, procurámos um treinador português e com um grande currículo europeu. Tentámos. Um mostrou que desejava ter projectos onde pudesse lutar pela Champions. E outro também recusou e até me disse: "Gabo muito a sua coragem, gabo muito a sua paciência, mas eu não tenho a mesma para aturar um clube de malucos, como é o Sporting." Isto [sic] é a visão que muitos treinadores têm hoje do Sporting.» Declarações textuais de Varandas, mencionando José Mourinho e Leonardo Jardim entre os técnicos conceituados que procurou (em vão) trazer para Alvalade.
Foi a 28 de Setembro - um dia em que o sucessor de Torres Pereira e Sousa Cintra certamente recordará pela negativa. Ao declarar o que declarou, Varandas confirmou que Silas esteve muito longe de ser a primeira escolha para orientar o futebol profissional do Sporting - facto que só pode quebrar-lhe a autoridade no balneário. Deixando claro, ao mesmo tempo, que não faltam treinadores que recusam trabalhar em Alvalade - algo nada abonatório para o emblema leonino. Além disso, ficou-lhe mal tornar públicas conversas do foro privado. Ficou-lhe ainda pior admitir insultos ao clube a que preside, venham de quem vierem.
Varandas não parece ter reparado que, se o Sporting é um clube de malucos, ninguém será tão doido como o primeiro na hierarquia. Ele.
No dia seguinte, em conferência de imprensa, Silas deu-lhe a resposta: «Sou o mais maluco de todos.» Demonstrando, com muito menos palavras, maior eficácia comunicacional do que o presidente.
Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»
Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»
Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»
Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»
Frase do ano em 2017: «Feito de Sporting»
Frase do ano em 2018: «Foi chato»
«Estamos com o coração cheio de orgulho»
Frederico Varandas
«o importante não é ganhar, é a forma como se ganha»
Hilário
FRASE DO ANO: "FOI CHATO"
A frase do ano, nestes balanços anuais que vou fazendo, não tem de surgir sempre em contexto positivo. Infelizmente, a de 2018 dificilmente poderia ter sido produzida numa circunstância mais negativa. Aconteceu ao princípio da noite de 15 de Maio, escassas horas após a violenta invasão da Academia de Alcochete por cerca de quatro dezenas de membros encapuzados da Juventude Leonina.
Numa balbuciante declaração à Sporting TV, Bruno de Carvalho pronunciou-se deste modo sobre os dramáticos acontecimentos então ocorridos: «Foi chato ver os familiares dos jogadores ligarem preocupados... do staff ... os meus próprios pais, a minha mulher, as minhas filhas... as pessoas ficam preocupadas, mas felizmente as coisas estão a decorrer dentro da normalidade, amanhã é um novo dia, temos que nos habituar que o crime faz parte do dia-a-dia e o crime tem que ser punido no momento certo, no sítio certo.»
Enquanto o presidente leonino - que viria a ser destituído na histórica assembleia-geral de 23 de Junho - assim falava, vários jogadores e elementos da equipa técnica do Sporting recebiam assistência por ferimentos causados pelos invasores de Alcochete e preparavam-se para rumar à esquadra da GNR no Montijo a prestar declarações sobre o sucedido naquele que foi um dos dias mais negros da secular história do nosso clube. Sem terem com eles qualquer elemento da estrutura directiva leonina.
Um dia "chato", para esquecer. Ou antes: para lembrar. Sempre.
Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»
Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»
Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»
Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»
Frase do ano em 2017: «Feito de Sporting»
«Temos que nos habituar. O crime faz parte do dia-a-dia.»
Bruno de Carvalho, 15 de Maio de 2018
Dias Ferreira:
Frederico Varandas:
João Benedito:
José Mª Ricciardi:
Rui Rego:
Tavares Pereira:
O debate entre os seis candidatos realizou-se esta noite, na TVI 24
«Somos campeões das reestruturações e os outros ficam com os títulos.»
Frederico Varandas, esta noite, em entrevista à CMTV
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