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És a nossa Fé!

Os 15 craques que Aurélio Pereira descobriu

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Imagem: ZeroZero

 

É um legado inigualável: Aurélio Pereira descobriu-os a todos e trouxe-os para a formação leonina. Dois foram Bola de Ouro, outro foi Bola de Prata. Dez sagraram-se campeões europeus ao serviço da selecção nacional. 

 

ADRIEN SILVA

BETO

CÉDRIC SOARES

CRISTIANO RONALDO

HUGO VIANA

JOÃO MÁRIO

JOÃO MOUTINHO

JOSÉ FONTE

LUÍS FIGO

NANI

PAULO FUTRE

RICARDO QUARESMA

RUI PATRÍCIO

SIMÃO SABROSA

WILLIAM CARVALHO

 

Saudade eterna, mestre Aurélio

Olhando a formação

O Sporting B foi empatar hoje ao estádio do Restelo, mantendo o 2.º lugar no grupo de promoção da Liga 3.

Contra uma equipa com uma média de idades dez anos acima, reforçada recentemente para subir, a nossa equipa B que vai no quarto treinador da temporada e que já não conta com quase nenhum dos titulares que começaram a época, mesmo assim atira no poste, tem um golo anulado por alguns centímetros, sofre um na sequência dum canto e marca outro de igual forma já nos descontos.

Agora joga num 5-3-2 "hiper-Amorim", com dois defesas laterais de origem na linha de 3 defensiva, dois "cavalões" nas alas, dois médios e três "baixinhos" no ataque: Mendonça, Moreira e Mauro Couto.

Francamente, chegar à 2.ª Liga nestas condições é missão impossível, mas os miúdos têm feito por isso. Quem vir os jogos deixa-se de tretas e percebe melhor o discurso do mestre Aurélio.

Entretanto o Braga B ficou pelo caminho e compete na Liga 3 no grupo de despromoção (mas dois jogadores deles estiveram no golo que marcaram em Alvalade), o Benfica B segue com uma equipa mais velha bem colocado na Liga 2 enquanto a A contrata Brumas e nevoeiros, e o Porto B na mesma Liga, mesmo com umas escandaleiras arbitrais à mistura, segue para descer.

De quem é que gostei mais no jogo de hoje? Diego Callai: está um senhor guarda-redes.

SL

Quenda: o nosso segundo melhor negócio

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Os 74,3 milhões de euros que o Sporting se prepara para receber pelas saídas de Quenda (17 anos) e Dário Essugo (20 anos), ambos para o Chelsea, configuram uma das melhores receitas da história leonina.

Cerca de 52,1 milhões pelo nosso ala, 22,2 milhões pelo médio - que vem jogando no Las Palmas, a título de empréstimo. 

Quenda - lançado ainda por Ruben Amorim no onze leonino, onde não tardou a destacar-se, conquistando os adeptos - tem uma vantagem suplementar: vai continuar na próxima temporada ao serviço do Sporting, já emprestado pelo clube londrino, que lhe garante o pagamento do salário. Excelente notícia.

Estamos perante o segundo melhor negócio alguma vez fechado no futebol verde-e-branco. A escassa distância do primeiro. Bruno Fernandes saiu por valor mais elevado (65 milhões de euros), mas tinha custado 9 milhões à SAD leonina em Junho de 2017.  

Quenda entra directamente para o pódio, na segunda posição. Custos, só os da formação.

 

Segue-se Ugarte, que saiu para o PSG por 60 milhões - mas o Sporting tinha apenas 80% do passe dele, recebendo portanto cerca de 48 milhões.

E depois?

Matheus Nunes (Wolverhampton), Porro (Tottenham) e Nuno Mendes (PSG), todos por 45 milhões de euros.

Anos antes tinham saído João Mário por 40 milhões (Inter de Milão), Slimani por 31 milhões (Leicester), Nani por 25,5 milhões (Manchester United) e Adrien igualmente por 25,5 (também para o Leicester).

A lista dos "doze mais" encerra com Gelson Martins (transferido para o Atlético de Madrid por 22,5 milhões) e agora Dário.

 

Uma curiosidade: dois terços destes futebolistas são fruto da nossa formação - a melhor de Portugal e uma das melhores do mundo. 

Outra: oito foram negociados durante o mandato presidencial de Frederico Varandas. Três (João Mário, Slimani e Adrien) são da era Bruno de Carvalho e há um (Nani) ainda do consulado de Filipe Soares Franco.

Há quem não goste? Paciência: as coisas são o que são.

Quenda e Essugo no Chelsea

Aparentemente o Sporting vai encaixar mais de 70M€ com a venda de dois jovens formados em Alcochete para o Chelsea, ainda com a garantia de poder contar com Quenda na próxima época.

São apenas mais dois desde o assalto a Alcochete e da fuga de Rafael Leão e Gelson Martins, numa lista que inclui Thierry Correia, Nuno Mendes, Tiago Tomás, Chermiti, Renato Veiga e Mateus Fernandes, correspondente a um encaixe de cerca de 200M€.

E a lista não ficará por aqui. Além de Gonçalo Inácio que se vai mantendo no clube, como Quenda temos mais quatro vice-campeões da Europa a chegar à equipa A, João Simões e Eduardo Felicíssimo entre eles.

Sempre de acordo com jogadores e respectivos empresários e familiares, sempre sem fugas, braços de ferro, peixeiradas ou queixas na FIFA. 

Daqui a uns anos, a selecção nacional voltará a ser dominada pelos ex-Alcochete como o foi em França. 

Alguns pensam que nos dias de hoje ainda é possível amarrar o jogador ao clube e fazer dele mercadoria. Que os empresários não contam, a vontade dos jogadores também não, é como o clube quer e ponto. Mesmo com regras FIFA que impõem durações máximas aos contratos de menores como Quenda.

Em vez disso, cada jogador no momento actual é uma empresa com objectivos a cumprir e accionistas a satisfazer. Como Jorge Mendes, que põe e dispõe em muitos clubes e controla muita coisa, a começar pelo catalão que é seleccionador de Portugal.

O que o Sporting tem de fazer com Quenda e todos os outros é chegar ao melhor acordo para todos, ao "win-win". E este parece ser. O que não seria mesmo é deixá-lo sair a custo zero em 2027... Não seria o primeiro.

Além disso, importa realçar a força da marca Academia Cristiano Ronaldo de Alcochete, que produz de forma certificada e premiada internacionalmente jogadores de excelência que interessam aos maiores clubes da Europa. Como interessou o próprio Cristiano Ronaldo a seu tempo.

A academia continua no mesmo sítio (apesar dum ex-presidente se queixar da proximidade das vacas e a querer levá-la para perto de Alvalade), muito mudou entretanto em todos os termos, mas continua a existir uma linha de continuidade entre o artesanato e a fábrica, e essa é o mestre Aurélio Pereira.

SL

Aposta na formação

Com Frederico Varandas o Sporting voltou às raízes em muitos aspectos. No respeito por valores inegociáveis em termos do clube, no palco dado a quem defende a nossa camisola, na aposta na formação de forma transversal.

Dessas três coisas veio ao cima um ADN Sporting que se sente e partilha no estádio e no pavilhão, e que só é beliscado por aquelas claques que, conjuntamente com as dos outros rivais, mesmo com os líderes na prisão, vivem num universo paralelo ultra e pirotécnico e em jogo permanente do gato e do rato com as autoridades policiais e judiciais.

Apostar na formação é assegurar o presente protegendo o futuro do Sporting. A época ainda não acabou mas já estreámos na equipa principal Bruno Ramos, Lucas Taibo, João Simões, Eduardo Felícissimo, Kauã Oliveira, Mauro Couto, Arreiol, Lucas Anjos e José Silva. Se olharmos para o plantel de Jorge Jesus em 2017/2018 e este de Rui Borges em 2024/2025, a diferença de idades e de proveniências é brutal.

 

Mas isso não é apenas no futebol profissional.

Se olharmos para as oito maiores modalidades de estádio e de pavilhão cujos resultados trago aqui regularmente, vamos encontrar os mesmos príncipios: plantéis curtos, muita juventude, muito espaço para a formação interna ou para a contratação de jogadores muito novos com imenso potencial.

Como no andebol. O nosso plantel conta com Santiago Póvoas (16), Rafa Vasconcelos (17), Kiko Costa (20), João Gomes (22), Martim Costa (22), Jan Gurri (22) e Salvador Salvador (23), o que é a nossa melhor garantia de futuro. Eles e os mais velhos foram aclamados ontem no aeroporto de Lisboa na chegada da Polónia.

Hoje são as raparigas do voleibol que competem em Matosinhos para ganhar a Taça de Portugal. No plantel encontramos também essa juventude com Melany Detzel (19), Maria Galacho (19), Amanda Cavalcanti (23) e Saska Djurovic (23).

 

A formação tem custos mas gera receitas. No futebol mais pela venda de jogadores, nas modalidades mais pelas contribuições directas e indirectas das famílias. Atrai e fideliza as novas gerações.

O contrário disto, mas que se vê noutros lados, é apostar tudo nos títulos, contratando sem limite. Quem vier que feche a porta e apague a luz.

Não é por aí o nosso caminho.

SL

Olhando a formação

O Sporting foi eliminado anteontem da Youth League, perdendo em casa por 2-3 com o Frankfurt, equipa alemã muito forte fisicamente que não deu grandes hipóteses.

O onze que entrou em campo foi muito diferente daquele que começou a prova. Os melhores estão a trabalhar com Rui Borges ou estão lesionados e não puderam alinhar: Felicíssimo, Arreiol, Brito, J. Simões, Miguel Alves, todos eles sub19, todos eles estiveram fora. A trinco, num 3-4-3 à semelhança da equipa A contra o Estoril, alinhou um rapaz de 16 anos, o Gamboa, ao lado o pequeno Manuel Mendonça, os dois impotentes para estancar as ofensivas adversárias.

As classificações actuais das equipas de formação são as seguintes:

Liga 3 - Apuramento de Campeão - 2º lugar em 8

Sub23 - Apuramento de Campeão - 7º lugar em 8

Sub19 - Manutenção zona sul - 2º lugar em 6

Sub17 - Apuramento de Campeão - 3º lugar em 10

Sub15 - Apuramento de Campeão - 4º lugar em 10

 

A aposta num plantel curto na equipa A, conjuntamente com o modelo centrado no jogador adoptado em Alcochete, implica que os títulos e conquistas passam para segundo plano.

As lesões na A obrigam a um "subir de escada" de muitos jovens que enfraquecem as equipas onde estavam a jogar. 

Mas o objectivo primeiro da formação não é ganhar títulos. É levar mais Quendas, João Simões, Britos e Felícissimos ao onze inicial da equipa A do Sporting. 

E vender bem aqueles que se destacam mas que não têm condições para serem aposta como os anteriores.

É isso que eu vejo que se procura fazer, e bem, na formação do Sporting.

Em tudo diferente do tempo do autocarro anual de "reforços" para ganhar a todo o custo e em que campeões nacionais da altura agora andam a "servir cafés" algures.

SL

As hienas e a caravana

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Nunca a nossa formação esteve tão em foco. No palco máximo, o da equipa A. Ao contrário do que profetizavam as hienas.

Vale a pena recapitular quem foram os jovens leões lançados esta época, até agora, na equipa principal do Sporting:

Quenda

João Simões

Alexandre Brito

Afonso Moreira

Arreiol

Lucas Anjos

Kauã

Felicíssimo (há dois dias em estreia a titular)

José Silva (há dois dias em estreia absoluta)

 

Conclusão: as hienas chiam e a caravana passa.

No rumo certo

É mais que evidente que estamos perante uma época desportiva tremendamente exigente do ponto de vista físico, ainda mais para as equipas recheadas de internacionais que disputam a Champions.

Os jogadores são os mais afectados, jogando no limiar do risco, sem o descanso necessário, em terrenos castigados pelo Inverno e sujeitos a lesões graves. 

Por esta altura existe uma epidemia de lesões no futebol europeu. Vários responsáveis já se pronunciaram sobre a mesma, que o previsto Mundial de Clubes ainda irá agravar.

Só numa semana, nos dois grandes de Lisboa, aconteram três roturas de ligamentos do joelho e mais três ou quatro  complicações musculares. 

Mas por essa Europa fora o mesmo se passa. O Man.City caiu a pique na tabela depois de duas ou três lesões, o Man.United acabou de perder um jogador que muito estava a ajudar Rúben Amorim.

No Sporting, a tudo isso se juntou a mudança imprevista de equipa técnica, um sucessor que falhou na tarefa, e um terceiro treinador que anda a correr atrás do prejuízo. Não há tempo para treinar, não há forma de rodar jogadores sem pôr em causa as vitórias, uns falham aos jogos por lesão, outros jogam sem descanso.

Só mesmo um Augusto Inácio, de que desconheço qualquer qualificação académica relevante, para pôr em causa o desempenho da estrutura do Sporting, envolvendo o departamento médico, treinador, departamento de performance, insinuando que tudo tem a ver com incompetência ou pior do presidente. Isso aconteceu pouco antes da visita do Sporting ao Dragão, em que em caso de vitória tinha arrumado de vez com o clube e treinador esta época. E o Sporting só não ganhou porque o apitador João Pinheiro fez vista grossa a um penálti no último minuto contra o Porto, e o VAR Tiago Martins que viria a validar um golo do Porto em Faro com manifesta falta atacante. 

Só falta agora que o Bruno de Carvalho, lá do Big Brother onde se encontra, venha discorrer sobre micro-roturas e fibroses, traumatismos e entorses, fascites plantares e unhas encravadas.

Rui Borges tem sido muito claro sobre o que se passa no Sporting. Um diálogo franco e aberto entre os diferentes responsáveis e os jogadores, uma gestão muito dia a dia na pressão dum calendário inclemente, nada se faz sem o acordo de todos.

Isso implica que qualquer desconforto dum jogador seja sinalizado imediatamente e que não aconteça o que aconteceu com St. Juste, que já lesionado teve um lance infeliz, o Sporting sofreu um golo e ele teve mesmo de sair a seguir.

Com Gyökeres é bem visivel esse trabalho conjunto. O sueco faz por administrar muito bem o esforço quando chamado, tentando o retorno à sua melhor forma.

Existe desde sempre com este presidente uma aposta clara e assumida em plantéis curtos que abram espaço aos jovens da formação, o que com Rúben Amorim e o seu modelo de jogo foi levado um pouco ao exagero.

Emprestaram-se jogadores que agora fazem falta, como Essugo, Koindredi e outros, até porque havia um histórico recente de lesões em jogadores como Pedro Gonçalves, Gyökeres, Daniel Bragança e St. Juste.

Amanhã vamos a Dortmund sem Gyökeres e Trincão por cansaço, sem Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Morita, Catamo, Daniel Bragança e St. Juste por lesão, mas levamos jovens de talento que valem muitos milhões. E vamos com Biel que vai ter de demonstrar porque foi contratado.

Vamos para disputar a vitória. Se depois conseguimos ou não, logo se verá, e fazer calar aqueles que ainda não ultrapassaram a colossal derrota eleitoral que teve o seu candidato e insistem em martelar na mesma tecla, a da incompetência dum presidente ganhador no futebol e nas modalidades.

Convocados (sublinho aqueles que vi a cores e ao vivo anteontem na Tapadinha pela equipa B):

GR: Rui Silva, Franco Israel e Diego Callai;
Defesas:  José Silva, Esgaio, Fresneda, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Diomande, Debast, Matheus Reis e Maxi Araújo;
Médios: Hjulmand, João Simões, Eduardo Felicíssimo, Alexandre Brito e Manuel Mendonça;
Avançados: Biel, Afonso Moreira, Quenda, Lucas Anjos, Rafael Nel e Harder.

 

SL

MR7, o mais novo

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No futebol e na vida procuramos novidades, gostamos de estar atentos, de conhecer, de saber que existe.

Martim Ribeiro existe, é bom que o procuremos conhecer e que estejamos atentos.

É um fenómeno que podemos acompanhar já, ver como se movimenta em campo, como domina a bola, como se coloca em campo, quando corre, quando temporiza, como finta qual Garrincha, quando finge que vai por ali e vai mesmo, quando cabeceia como se fosse Pelé.

Apesar da tenra idade acompanhar Martim em campo é vermos a magia de Messi e a potência física de Cristiano Ronaldo, tudo num jogador, M de Messi, R de Ronaldo.

Para acompanhar no campeonato de iniciados, cinco jogos, sete golos, 24 pontos (o campeonato vai na oitava jornada).

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O outro sonho era jogarem os dois na equipa principal do Sporting, ficarem no lugar dos "irmãos" nórdicos.

Recebíamos 200 milhões pelos vikings Conrad e Viktor e avançavam para a equipa principal os verdes (da zona do vinho verde, Viana do Castelo) Martim e Rodrigo.

Brindo a isso, entretanto, faz-te homem, Martim, concentração, exigência e eficácia é o que se pede a um finalizador.

Como já vimos o Sporting segue invicto no campeonato de iniciados com 24 pontos, a "Best Academy do Dubai/Seixal" arrasta-se num quarto lugar atrás do Belenenses Verdadeiro e do Alverca.

Vamos lá, nem cantando, nem rindo, jogo a jogo, que as contas só se fazem no fim.

Adenda:

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Imberbe ou escanhoado?

Futebol a preto, a branco e a verde, o futuro

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Qual será a altura ideal para escolher um clube? Qual será a altura ideal para entrar numa escola de futebol?

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Vemos Quenda na capa da "Onze mondial" e questionamo-nos, será com nove anos, será que com nove anos a formação no futebol de rua já está acabada e pode começar o futebol a sério?

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O que será o futebol de rua, hoje? Será que existe, será que as crianças brincam e jogam à bola na rua como jogavam nos anos 70, 80 e 90?

"Uma bola de pano, num charco, um sorriso traquina, um puto"

Temo que tudo isto se tenha perdido.

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Temo que colocar miúdos com quatro anos em escolas ou em actividades extra-curriculares de futebol não ajude muito mas qual é a solução?

Para mim são reforços

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Defesa: João Muniz.

Médio: Mateus Fernandes (na foto).

Ala: Quenda.

Avançados: Rodrigo Ribeiro e Rafael Nel *.

 

Para mim são reforços

Curiosamente, para vários adeptos do Sporting a promoção de jovens da formação à equipa principal não deve ser contabilizada como "reforço".

Esses jovens devem andar por ali, no banco, a tapar buracos. Mais nada.

 

E no entanto olhamos para o FC Porto, que acaba de derrotar-nos na Supertaça, e quem jogou? Vários miúdos da formação: Martim Fernandes, Gonçalo Borges, Vasco Sousa, João Mário... Já nem falo do Diogo Costa.

Dizem, quando calha, que «temos a melhor formação da Europa». Mas falam como se ela não servisse para nada.

Demarco-me por completo disso.

 

* Nel, de 19 anos, renovou ontem contrato com o Sporting.

Olhando a formação

Depois da vitória na Covilhã, o Sporting B recebeu e empatou com o Oliveira do Hospital e segue no pelotão da frente da série sul da Liga 3. Uma Liga que peca pela fraca qualidade dos árbitros que embarcam nas silmulações constantes de jogadores viciados nisso mesmo. Os jogos estão sempre a ser interrompidos para a marcação de faltas e faltinhas e atenção a jogadores que andam sempre pelo chão a queixar-se de lesões imaginárias.

Esta equipa agora treinada pelo João Pereira pouco tem a ver com a época passada, apenas dois ou três se mantêm, conta agora com os vice-campeões europeus de sub17.

A equipa alinhou com:

Guilherme Pires (19); Leonardo Barroso (19), Pedro Silva (19), Miguel Alves (18) e José Silva (18); Eduardo Felícissimo (17),  Henrique Arreiol (19) e Mendonça (19); João Simões (17), Gabriel Silva (17) e Luis Gomes (20).

Entraram depois: Mauro Couto (18), Nilton Cardoso (19), Kaua Oliveira (20), Rafael Besugo (20) e Lucas Anjos (20).

E foram mesmo dois dos sub17 que mais se destacaram, o Eduardo Felícissimo a comandar o meio-campo e o João Simões a marcar. Já o Gabriel Silva esteve muito apagado na dianteira.

Depois, não há dúvida que João Pereira incutiu nesta equipa uma dinâmica de vitória que esteve ausente nas épocas anteriores. A perder ao intervalo tira um central, recua o Felícissimo e mete o Mauro Couto na ponta. Depois foi sempre mexendo na equipa de forma a aumentar o caudal ofensivo tentando a vitória que com algum azar na concretização acabou por não acontecer.

Claro que faltam argumentos a esta equipa para outros voos, mas o importante é levar alguns deles ao sítio onde o Quenda já mora.

Vale a pena ver na Sporting TV a entrevista que Tomaz Morais deu esta semana. Ele explica em detalhe o funcionamento da Academia e responde às questões mais polémicas. Fiquei agradavelmente surpreendido pela dimensão e maturidade da estrutura que suporta a Academia, mas cada um que veja e tire as suas conclusões. Um modelo de comunicação que poderia ser seguido pelos responsáveis de modalidades, a começar pelo futebol feminino.

 

PS: Por onde anda o Diogo Abreu? Mistério.

SL

Rúben Amorim e a aposta na formação

Não me recordo dum treinador do Sporting tão atento à formação como Rúben Amorim. Isto é dito por gente com conhecimento do que se passa em Alcochete, mas recordo-me facilmente de dois outros treinadores que, feitas as contas, lançaram mais jovens de forma definitiva na primeira equipa do que ele. 

A explicação é simples. Paulo Bento foi campeão de juniores com João Moutinho, Nani e Miguel Veloso, em Alcochete estavam o Rui Patrício, o Djaló, o Pereirinha e o Carriço. E durou como treinador enquanto os conseguiu segurar no clube. Já Leonardo Jardim desfrutou da melhor equipa B de sempre, mais William Carvalho e Rúben Semedo.

Rúben Amorim chega ao Sporting com Alcochete completamente ultrapassado pelo Seixal durante os cinco anos de Bruno de Carvalho, e consequentemente com uma enorme falta de quantidade de qualidade de jovens com 17-20 anos para lançar. Das duas equipas de sub19 e sub17 campeãs nacionais muito poucos se aproveitaram, afinal formar a ganhar significou o final da carreira para muitos.

Havia de facto um "grupo de elite" que já tinha feito a pré-época com Keizer e contratos renovados por Frederico Varandas que incluia Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, Quaresma e Tiago Tomás. Foi com eles que se partiu para a conquista do título nacional. Depois foi esgravatar até encontrar jovens de 15 ou 16 anos com potencial mas muita estrada para andar, como Essugo ou Rodrigo Ribeiro.

Quatro anos depois, a selecção sub17 de Portugal vice-campeã da Europa já teve o Sporting como primeiro clube fornecedor. Dessa selecção, Quenda já integra a pré-época. Além dele, estão lá Callai, Diogo Pinto, Francisco Silva, Muniz, Travassos, Miguel Alves, Nel, Moreira, Rodrigo Ribeiro, Essugo, Mauro Couto, Samuel Justo. Não sei se me  esqueci de algum.

Não estão lá nem o António Silva nem o João Neves que o Schmidt lançou nestes dois anos? Pois não, estão lá os melhores que existem em Alcochete, e é com eles e não com os do Seixal que Rúben Amorim tem de trabalhar. Se lá estivessem também os lançava. Se lá estivessem Moutinho, Veloso, Nani, William ou João Mário, também.

Salvo uma ou outra situação que terá explicação que desconheço, Rúben Amorim está a trabalhar com o melhor que existe em Alcochete. Se não há melhor, a culpa não é dele. Mais: está a dar prioridade aos "formatados" em Alcochete relativamente àqueles contratados fora jovens, como Marsà, Gonçalo Esteves, Marco Cruz e Diogo Abreu. Ou a jogadores adultos com dificuldades a corresponder, como Jovane, Vinagre, Sotiris, Tanlongo e Koindredi.

Pois, pois, mas leva-os para os estágios e não os põe a jogar depois. Pois não, perdeu em Arouca há dois anos com Nazinho e Essugo, ia empatando com o Vizela com o Moreira na época passada, perdeu a taça no Jamor com Catamo e Diogo Pinto a asneirarem. O que seria se os pusesse a todos? Era bar aberto na tasca dos ressabiados, guerra civil em Alvalade.

O Sporting de hoje não é o do tempo do Paulo Bento nem o do Leonardo Jardim. Foi campeão nacional duas vezes em quatro anos, já ganhou outros títulos também, a Champions tem uma importância maior do que nunca, e são os jovens que agora levou a Lagos que têm de demonstrar serem soluções viáveis. Muniz tem de demonstrar que pode fazer o papel de Inácio, ou o Moreira a fazer o papel de Trincão sem a equipa perder capacidade. 

A forma como Amorim conseguiu recuperar Eduardo Quaresma, Daniel Bragança e Geny Catamo não é para todos. Só para alguns. Porque um Nuno Mendes até o Jorge Jesus põe a jogar.

SL

Renato Veiga: um desperdício

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É sempre mais fácil criticarmos os seleccionadores por não aproveitarem os jogadores do Sporting.

Mas peguemos no caso de Renato Veiga.

Afinal quem é que não o aproveitou?

 

Agora com 20 anos, este médio da nossa formação é internacional sub-21. Já com sete partidas disputadas com o emblema das quinas ao peito.

Aposta da Federação Portuguesa de Futebol. Infelizmente, não tendo sido aposta nossa. Saiu do Sporting ao fim de sete anos sem ter jogado um só minuto na equipa principal leonina. Alinhou nos sub-15, nos sub-17, nos sub-23. O mais alto que subiu foi à equipa B.

Esta marginalização ocorreu por ele não valer nada? Se acreditarmos nesta hipótese, então é manifesta a incompetência do Basileia, que há um ano adquiriu o seu passe por 4,6 milhões de euros. E que agora o vende ao Chelsea com enorme margem de lucro: 14 milhões de euros. Contrato por sete anos, até 2031.

Seguindo a mesma hipótese, na qual não acredito, mais incompetente ainda é o clube londrino.

 

Ainda acabaremos por embolsar 1,6 milhões nesta transacção. Mas contentamo-nos com pouco: são quase só trocos. Entretanto, nada aproveitámos do talento desportivo do jogador. Em boa verdade, nem lhe demos hipótese para isso.

Convém pensarmos um pouco neste exemplo antes de voltarmos a criticar com excessiva rapidez a FPF.

A produção de Alcochete

Os jogadores formados ou que passaram em Alcochete pelas camadas jovens e que chegaram a internacionais A por alguma selecção, do ano de nascimento do Cristiano Ronaldo ou posterior, são os seguintes (o ano indicado é de quando fizeram 18 anos):

2003

  • Cristiano Ronaldo

2004

  • João Moutinho
  • Nani
  • Miguel Veloso

2005

2006

  • Rui Patrício
  • Daniel Carriço 

2007

  • Adrien Silva

2008

2009

  • Cédric Soares

2010

  • William Carvalho

2011

  • João Mário

2012

  • Bruma
  • Eric Dier (Inglaterra)
  • Rúben Semedo

2013

  • Gelson Martins
  • João Palhinha

2014

2015

2016

  • Rafael Leão
  • Demiral (Turquia)

2017

2018

2019

  • Gonçalo Inácio
  • Geny Catamo (Moçambique)

2020

  • Nuno Mendes

2021

2022

2023

2024

 

Não sei se falta alguém nesta lista. Se faltar agradeço que me informem para corrigir.

Fica claro que não chega ganhar títulos nas camadas jovens para produzir bons jogadores. Importa acompanhar os melhores de forma a conduzi-los ao sucesso, e os outros, para que gerem retorno económico para sustentar a academia. É o tal modelo centrado no jogador que alguns não percebem nem querem perceber.

Mas para esse modelo ter sucesso tem de haver... melhores. Isto remete-nos para o recrutamento. Que capacidade estamos a ter de convencer os melhores "putos" e respectivas famílias a optar pelo Sporting, em vez do Benfica na zona sul, ou em vez de Porto ou Braga na zona norte? E que "putos" queremos, se grandes se pequenos, se educados se para educar, se nascidos em Portugal se das ex-colónias, se fidelizados nos valores do clube se nas mãos de empresários ou familiares ávidos de dinheiro, etc... Enfim muita coisa.

O facto é que Alcochete não conseguiu ainda produzir mais nenhum internacional A depois do Nuno Mendes, para mim o melhor jogador português do Euro. No entanto, no plantel actual temos um ou outro que podem lá chegar.

SL

Olhando a formação

Terminou da pior forma a participação de Portugal no Europeu Sub17 com uma derrota clara por 0-3 na final contra uma Itália mais alta, mais forte, mais organizada, mais objectiva, mais tudo. De qualquer forma, não deixa de ser uma excelente participação na competição. Derrotámos a Espanha, a Inglaterra e a Sérvia. Perdemos com a França e a Itália.

No onze mais titular pontificaram cinco jovens do Sporting: o central Rafael Mota, os médios-centro João Simões e Eduardo Felicíssimo, e os avançados Gabriel Silva e Geovany Quenda. Na final não foram eles os elementos mais fracos do onze, muito pelo contrário. O lateral direito do Benfica foi um autêntico passador e a "estrela da companhia" do Porto baqueou claramente.

Entretanto a equipa sub17 segue na segunda posição a duas jornadas do fim com um jogo a mais, provavelmente ficará em 3ª ou 4º no final. As equipas de sub15 e sub19 também não acabarão melhor nos campeonatos respectivos.

Como é que a equipa que domina a selecção sub17 não ganha o título na respectiva categoria etária? Simples, os jovens jogam em escalões etários acima da sua idade, Quenda nos sub23 e até na B. Gnhando ou perdendo, tornam-se melhores jogadores. Quenda, extremo de enorme qualidade formado em Alcochete, vai integrar a pré-época do plantel principal. Os outros quatro deverão jogar maioritariamente nos sub23, campeonato em que acabámos este ano em 2.º lugar, logo atrás do lider Estoril.

Mateus Fernandes, que seguiu este caminho, está a chegar depois duma época de rodagem no Estoril. Dário Essugo, Afonso Moreira e Callai precisam ainda de mais tempo, outros sairão do projecto, sendo vendidos por verbas  apreciáveis. Como aconteceu com Veiga e Chermiti.

Entretanto, João Pereira vai assumir a equipa B para mais uma vez disputar a Liga 3 com um plantel maioritariamente de jogadores sub19. Aqueles de 21-22 anos da época passada que, embora sem condições de singrar na equipa principal, podiam constituir o núcleo duro duma equipa a lutar pela subida, estarão de saída.

Podemos concordar mais ou menos com esta política, que não está baseada em ganhar títulos mas em formar jogadores. E vir com teorias de formar vencedores e não perdedores. Mas o que interessa no final é o retorno desportivo, a entrega de jogadores ao plantel principal, e o retorno financeiro, as vendas e a salvaguarda de direitos em futuras transferências, da formação.

SL

O menor dos 3 grandes?

Ainda há pouco, na entrada da gala "Rugidos de Leão", o nosso presidente deixou claro que o tempo do Sporting ser o clube menor dos 3 grandes em Portugal está por um fio.

E é mesmo um fio entrançado feito de vários. Um financeiro claramente demonstrável pelos R&C. Outro desportivo traduzido nos resultados do futebol e nas modalidades. Outro formativo com base nas academias próprias e parcerias de formação. Outro, o das infraestruturas e das arenas desportivas. Outro nos contratos televisivos. Outro ainda, que convém não esquecer, em termos éticos e de reputação desportiva.

 

Senão vejamos:

1. Financeiramente, apresentamos R&C positivos no clube e na SAD onde reforçámos a participação accionista. Enquanto isso o buraco financeiro do FC Porto está à vista de todos e vem aí a Dona Branca. Quem vier atrás que feche a porta.

1. Sporting: + 25,2 M€

2. Benfica : + 4,2 M€

3. FC Porto: - 47,6M€

 

2. Desportivamente, neste momento e olhando para as posições nas classificações nos respectivos campeonatos de cada um dos chamados "3 grandes", considerando a mesma classificação para os mesmos pontos, temos:

No futebol, Benfica 1º, Sporting 2º (mp), FC Porto 3º (Derrota por 1-2 no dérbi da Luz)

No futebol feminino, Benfica 1º, Sporting 2º, FC Porto não tem (Vitória por 3-1 no dérbi do Seixal)

No hóquei em patins, Sporting 1º, FC Porto 3º, Benfica 4º (Vitória no dérbi de Alvalade por 3-2, derrota no Dragão por 3-5)

No andebol Sporting 1º, FC Porto 2º, Benfica 3º (Vitórias fora  contra os dois rivais)

No voleibol, Benfica 1º, Sporting 2º, FC Porto não tem (Derrota por 0-3 no dérbi do João Rocha)

No voleibol feminino, FC Porto 1º, Sporting 3º, Benfica 4º (Derrota com o FC Porto por 0-3, vitória no dérbi de Alvalade por 3-2)

No futsal, Sporting 1º, Benfica 3º, FC Porto não tem (Vitória por 4-1 no dérbi do pavilhão Luz)

No basquetebol, Sporting 1º, Benfica 2º, FC Porto 6º (Vitória por 91-88 no dérbi de sábado)

 

Portanto, neste momento e numa perspectiva global:

1. Sporting

2. Benfica

3. FCPorto

 

3. Além dos resultados, podemos falar do valor do plantel do futebol de cada um dos 3 grandes conforme o TM:

1. Benfica - 359,6 M€

2. FC Porto - 289,0 M€

3. Sporting - 280,3M€

 

4. Em termos de formação temos uma Academia de Alcochete (que se prolonga no pólo EUL) reestruturada a todos os níveis, e uma extensão do conceito às diferentes modalidades numa óptica transversal. Penso que estaremos quase ao nível do Benfica, recuperando do atraso de vários anos de incúria, enquanto no FC Porto Pinto da Costa, que em 40 anos se esteve a marimbar para o conceito, promete agora que vai pensar no assunto antes de lhe dar uma coisa má. 

Ou seja,

1. Benfica

2. Sporting

3. FC Porto

 

5. Em termos de infraestruturas e arenas desportivas, aqui claramente o Sporting está numa posição de inferioridade face ao rival de Lisboa, não por Alcochete e pelo magnífico pavilhão mas pelo estádio e zona envolvente que muito deixam a desejar, e que não sei como poderão melhorar. O FC Porto vive de protocolos manhosos com a câmara de Vila Nova de Gaia que lhe permitem treinar e jogar a custos simbólicos. Pagamos todos nós.

1. Benfica

2. Sporting

3. FC Porto

 

6. Em termos de contratos televisivos, o Benfica tem TV própria, o Sporting um bom contrato com a NOS, e o FC Porto um contrato manhoso com uma Altice cujos responsáveis foram apanhados pela Justiça e afastados da empresa. Mais um do tipo W52, tudo preso ou quase. Se calhar estão à espera da "bóia de salvação" da centralização dos direitos televisivos patrocinada por um poder político infiltrado por pessoal de confiança, uns até com assento num tal Conselho Superior. O Sporting só tem de ser contra: que seja a massa de sócios e adeptos de cada um a ditar as leis.

Ou seja,

1. Benfica

2. Sporting

3. FCPorto

 

6. Em termos éticos e de reputação desportiva, nem vale a pena argumentar. Luis Filipe Vieira deixou no Benfica uma série de processos judiciais que envergonham qualquer clube, Pinto da Costa são 40 anos de métodos mafiosos, conhecidos e documentados em Portugal e fora dele, como pode testemunhar Sir. Ferguson. 

Ou seja,

1. Sporting

2. Benfica

3. FC Porto

 

Poderão dizer que não, que existe um património "intangível" dos outros dois, na influência nos poderes federativos, arbitrais, até mesmo políticos, autárquicos, judiciais, policiais, que remete fatalmente o Sporting para a figura de parente pobre, sempre a lamentar-se das injustiças causadas pelas canalhices dos outros.

Depois disso tudo, e independentemente de tudo o resto, Sporting e Benfica têm lideranças jovens já com alguma experiência, enquanto o FC Porto vive refém da saúde dum idoso rodeado duma feroz guarda-pretoriana sem vontade de largar a cadeira do poder. As próximas eleições prometem ser escaldantes: desta vez encontrou um adversário que vai a jogo sem medo de aparecer a boiar nas águas do Douro ou noutro sítio qualquer (desgraçado do zelador que ficou sem automóvel, carteira e telemóvel, e ainda teve de ir ao hospital; será que foram os mesmos que atacaram Varandas?) e o resultado pode ser uma vitória de Pirro a deixar um clube fracturado e à beira do desastre. 

 

Então se nestes seis critérios o Sporting não parece ser de forma nenhuma neste momento o menor dos 3 grandes, ainda menos parece que daqui a uns tempos o seja. 

O caminho é longo, as dificuldades estão lá, mas estamos no rumo certo.  As hienas chiam e os leões passam.

SL

Olhando a formação

Mais um fim de semana de muitos jogos em Alcochete e fora dele. O posicionamento das diferentes equipas de futebol masculino do Sporting é o seguinte:

Sub15 - 1º da Zona B

Sub17 - 1º da Zona Sul

Sub19 - 2º da Zona Sul atrás do Benfica

Sub23 / C - 2º do Grupo B atrás do Estoril Praia

B - 5º do Grupo B da 3ª Liga a 4 pts do 1º Sp.Covilhã

A - 2º da 1ª Liga com os mesmos pontos do 1º Benfica

 

Agora apenas sobre a equipa B, no sábado tivemos um empate em casa por 2-2 frente ao líder Sp. Covilhã, tendo o Sporting B alinhado com:

Diego Callai (19); Leonardo Barroso (18), Miguel Alves (17), João Muniz (18) e Pedro Bondo (18); Diogo Abreu (20), Marco Cruz (19) e Miguel Menino (20); Tiago Ferreira (21), Rodrigo Ribeiro (18) e Mauro Couto (17).

Suplentes utilizados: David Monteiro (19), Alexandre Brito (18), Manuel Mendonça (18), Rafael Nel (18) e Vando Félix (21).

Não utilizados: Francisco Silva (17), Diogo Cabral (20), Rodrigo Marquês (20) e Lucas Taibo (16).
Treinador: Filipe Celikkaya
Marcaram: Rodrigo Ribeiro e Tiago Ferreira.

Dos convocados pontualmente para a A não alinharam (lesões ?, empréstimos à vista ?, opções ?), Diogo Travassos (19), Gonçalo Esteves (19), Afonso Moreira (18), Dário Essugo (18) e (este da C) Geovany Quenda (16)

Média de idades dos que jogaram: 18,7 anos.

Não consegui ver o jogo, apenas o resumo, 2 golos de bola corrida de belo efeito por parte do Sporting, 2 golos de bola parada da equipa visitante onde a experiência dum lado e doutra foi fundamental. A média de idades dos "leões da serra" se calhar era de mais 10 anos do que a nossa.

Concluindo, o panorama global do futebol do Sporting neste momento é este, equipas jovens e "enxutas" que lutam pelos objectivos sem inflaccionar orçamentos. No meu entender, este é o rumo correcto, focado no jogador e não no título da categoria, mas está a precisar dum pouquinho mais para conduzir as diferentes equipas ao sucesso.

Mais o quê?

1. Mais tempo, porque a qualidade que existe em Alcochete ainda está muito "verde" para se conseguir impor na equipa A. Não conseguimos encontrar aqui alguém que esteja num nível competitivo que lhe permitisse lutar pela titularidade ou até ser um suplente fiável.

2. Mais investimento no plantel principal, porque partindo do princípio que vamos ter ainda um par de anos até que estes se consigam impor, passar destes 19 anos de média para 21, então a equipa A tem de ser reforçada no imediato a partir do mercado, e Gyökeres, Hjulmand e Fresneda (este, com 19 anos, já mostrou sofrer do mesmo problema) não chegam para os objectivos da época. E não foi preciso ir ao dérbi da Luz para ter chegado a essa conclusão.

SL

De novo a formação

Com Frederico Varandas chegou uma nova política de aposta na formação de jogadores, transversal a todas as equipas e todas as modalidades, com objectivos desportivos e financeiros bem definidos.

Apostar na formação significa investir em infraestruturas, em departamentos técnicos e em todo o staff de apoio. Mas ter equipas principais competitivas com um peso importante de jogadores formados localmente significa preservar a cultura do clube no plantel, o tal ADN Sporting, e poder concentrar os recursos financeiros em contratações que façam a diferença. E a própria formação, sendo paga pelos praticantes em muitas modalidades, gera receitas importantes para o clube. 

 

Falando agora apenas de futebol, o treinador principal é um elemento essencial na aposta na formação, porque é ele que faz o "casting" final dos jovens para o plantel principal, dialogando com os técnicos da formação, observando jovens, chamando-os aos treinos, testando o seu desempenho, lançando-os na primeira equipa.

É também ele que orienta a contratualização dos jovens, aquele em quem os jovens e os respectivos empresários confiam ou não para prosseguir as suas carreiras no Sporting, sabendo que se vão projectar no clube e assim aspirar a chegar a um grande europeu.

 

Ao longo dos quase quatro anos que Rúben Amorim leva no Sporting, foram projectados Nuno Mendes (PSG),  Gonçalo Inácio (ainda... no Sporting), Matheus Nunes (ManCity), Chermiti (Everton) e Tiago Tomás (Wolfsburgo). Geny Catamo está já nesse percurso. 

Alguns outros foram tendo oportunidades para singrar. Se não o conseguiram, em primeiro lugar foi por responsabilidade sua. Entre estes e aqueles que, demonstrando valor nas equipas secundárias, não tiveram um "casting" favorável, o Sporting pode gerar um conjunto de vendas a clubes menores que no total talvez chegue a valores bem interessantes, podendo suportar os custos de Alcochete. Foi assim que saíram Max e Renato Veiga, por exemplo. Não me recordo de nenhum craque da formação que tenha fugido de Alcochete rumo aos rivais ou a grandes europeus nos últimos tempos, como aconteceu no passado, o que comprova que o relacionamento não só com os jovens mas também com as famílias e os empresários está a funcionar.

 

Neste momento, o futebol do Sporting tem seis equipas em competição:

1. Equipa A, em 1.º lugar na Liga com cerca de 1/3 de jogadores formados em Alcochete.

2. Mateus Fernandes e Samuel Justo emprestados a equipas da 1.ª Liga sem opção de compra.

3. Equipa B em 2.º lugar na série B da Liga 3.

4. Equipa C (sub23) em 4.º lugar da série B dos Sub23.

5. Equipa Sub19 em 2.º lugar da Zona Sul.

6. Equipa Sub17 em 1.º lugar da Zona Sul.

7. Equipa Sub15 em 1.º lugar na Série B.

 

Pelo que tenho lido, nas últimas convocatórias para as diferentes selecções até aos 20 anos o Sporting é dominante. Um cenário completamente diferente do que acontece nos sub21 e na selecção principal.

Isso claramente quer dizer que existe um antes e um depois. Um antes em que o objectivo era ganharmos títulos nas camadas jovens e meia dúzia de anos depois muito poucos se aproveitarem, e um depois onde existe um modelo baseado no jogador que os vai fazendo progredir de equipa em equipa de acordo com a sua maturidade competitiva até ao plantel principal ou até outros desafios algures. Com o Sporting a receber a devida compensação.

SL

{ Blogue fundado em 2012. }

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