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És a nossa Fé!

Para mim são reforços

mateus fernandes.png

 

Defesa: João Muniz.

Médio: Mateus Fernandes (na foto).

Ala: Quenda.

Avançados: Rodrigo Ribeiro e Rafael Nel *.

 

Para mim são reforços

Curiosamente, para vários adeptos do Sporting a promoção de jovens da formação à equipa principal não deve ser contabilizada como "reforço".

Esses jovens devem andar por ali, no banco, a tapar buracos. Mais nada.

 

E no entanto olhamos para o FC Porto, que acaba de derrotar-nos na Supertaça, e quem jogou? Vários miúdos da formação: Martim Fernandes, Gonçalo Borges, Vasco Sousa, João Mário... Já nem falo do Diogo Costa.

Dizem, quando calha, que «temos a melhor formação da Europa». Mas falam como se ela não servisse para nada.

Demarco-me por completo disso.

 

* Nel, de 19 anos, renovou ontem contrato com o Sporting.

Olhando a formação

Depois da vitória na Covilhã, o Sporting B recebeu e empatou com o Oliveira do Hospital e segue no pelotão da frente da série sul da Liga 3. Uma Liga que peca pela fraca qualidade dos árbitros que embarcam nas silmulações constantes de jogadores viciados nisso mesmo. Os jogos estão sempre a ser interrompidos para a marcação de faltas e faltinhas e atenção a jogadores que andam sempre pelo chão a queixar-se de lesões imaginárias.

Esta equipa agora treinada pelo João Pereira pouco tem a ver com a época passada, apenas dois ou três se mantêm, conta agora com os vice-campeões europeus de sub17.

A equipa alinhou com:

Guilherme Pires (19); Leonardo Barroso (19), Pedro Silva (19), Miguel Alves (18) e José Silva (18); Eduardo Felícissimo (17),  Henrique Arreiol (19) e Mendonça (19); João Simões (17), Gabriel Silva (17) e Luis Gomes (20).

Entraram depois: Mauro Couto (18), Nilton Cardoso (19), Kaua Oliveira (20), Rafael Besugo (20) e Lucas Anjos (20).

E foram mesmo dois dos sub17 que mais se destacaram, o Eduardo Felícissimo a comandar o meio-campo e o João Simões a marcar. Já o Gabriel Silva esteve muito apagado na dianteira.

Depois, não há dúvida que João Pereira incutiu nesta equipa uma dinâmica de vitória que esteve ausente nas épocas anteriores. A perder ao intervalo tira um central, recua o Felícissimo e mete o Mauro Couto na ponta. Depois foi sempre mexendo na equipa de forma a aumentar o caudal ofensivo tentando a vitória que com algum azar na concretização acabou por não acontecer.

Claro que faltam argumentos a esta equipa para outros voos, mas o importante é levar alguns deles ao sítio onde o Quenda já mora.

Vale a pena ver na Sporting TV a entrevista que Tomaz Morais deu esta semana. Ele explica em detalhe o funcionamento da Academia e responde às questões mais polémicas. Fiquei agradavelmente surpreendido pela dimensão e maturidade da estrutura que suporta a Academia, mas cada um que veja e tire as suas conclusões. Um modelo de comunicação que poderia ser seguido pelos responsáveis de modalidades, a começar pelo futebol feminino.

 

PS: Por onde anda o Diogo Abreu? Mistério.

SL

Rúben Amorim e a aposta na formação

Não me recordo dum treinador do Sporting tão atento à formação como Rúben Amorim. Isto é dito por gente com conhecimento do que se passa em Alcochete, mas recordo-me facilmente de dois outros treinadores que, feitas as contas, lançaram mais jovens de forma definitiva na primeira equipa do que ele. 

A explicação é simples. Paulo Bento foi campeão de juniores com João Moutinho, Nani e Miguel Veloso, em Alcochete estavam o Rui Patrício, o Djaló, o Pereirinha e o Carriço. E durou como treinador enquanto os conseguiu segurar no clube. Já Leonardo Jardim desfrutou da melhor equipa B de sempre, mais William Carvalho e Rúben Semedo.

Rúben Amorim chega ao Sporting com Alcochete completamente ultrapassado pelo Seixal durante os cinco anos de Bruno de Carvalho, e consequentemente com uma enorme falta de quantidade de qualidade de jovens com 17-20 anos para lançar. Das duas equipas de sub19 e sub17 campeãs nacionais muito poucos se aproveitaram, afinal formar a ganhar significou o final da carreira para muitos.

Havia de facto um "grupo de elite" que já tinha feito a pré-época com Keizer e contratos renovados por Frederico Varandas que incluia Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, Quaresma e Tiago Tomás. Foi com eles que se partiu para a conquista do título nacional. Depois foi esgravatar até encontrar jovens de 15 ou 16 anos com potencial mas muita estrada para andar, como Essugo ou Rodrigo Ribeiro.

Quatro anos depois, a selecção sub17 de Portugal vice-campeã da Europa já teve o Sporting como primeiro clube fornecedor. Dessa selecção, Quenda já integra a pré-época. Além dele, estão lá Callai, Diogo Pinto, Francisco Silva, Muniz, Travassos, Miguel Alves, Nel, Moreira, Rodrigo Ribeiro, Essugo, Mauro Couto, Samuel Justo. Não sei se me  esqueci de algum.

Não estão lá nem o António Silva nem o João Neves que o Schmidt lançou nestes dois anos? Pois não, estão lá os melhores que existem em Alcochete, e é com eles e não com os do Seixal que Rúben Amorim tem de trabalhar. Se lá estivessem também os lançava. Se lá estivessem Moutinho, Veloso, Nani, William ou João Mário, também.

Salvo uma ou outra situação que terá explicação que desconheço, Rúben Amorim está a trabalhar com o melhor que existe em Alcochete. Se não há melhor, a culpa não é dele. Mais: está a dar prioridade aos "formatados" em Alcochete relativamente àqueles contratados fora jovens, como Marsà, Gonçalo Esteves, Marco Cruz e Diogo Abreu. Ou a jogadores adultos com dificuldades a corresponder, como Jovane, Vinagre, Sotiris, Tanlongo e Koindredi.

Pois, pois, mas leva-os para os estágios e não os põe a jogar depois. Pois não, perdeu em Arouca há dois anos com Nazinho e Essugo, ia empatando com o Vizela com o Moreira na época passada, perdeu a taça no Jamor com Catamo e Diogo Pinto a asneirarem. O que seria se os pusesse a todos? Era bar aberto na tasca dos ressabiados, guerra civil em Alvalade.

O Sporting de hoje não é o do tempo do Paulo Bento nem o do Leonardo Jardim. Foi campeão nacional duas vezes em quatro anos, já ganhou outros títulos também, a Champions tem uma importância maior do que nunca, e são os jovens que agora levou a Lagos que têm de demonstrar serem soluções viáveis. Muniz tem de demonstrar que pode fazer o papel de Inácio, ou o Moreira a fazer o papel de Trincão sem a equipa perder capacidade. 

A forma como Amorim conseguiu recuperar Eduardo Quaresma, Daniel Bragança e Geny Catamo não é para todos. Só para alguns. Porque um Nuno Mendes até o Jorge Jesus põe a jogar.

SL

Renato Veiga: um desperdício

renato.png

 

É sempre mais fácil criticarmos os seleccionadores por não aproveitarem os jogadores do Sporting.

Mas peguemos no caso de Renato Veiga.

Afinal quem é que não o aproveitou?

 

Agora com 20 anos, este médio da nossa formação é internacional sub-21. Já com sete partidas disputadas com o emblema das quinas ao peito.

Aposta da Federação Portuguesa de Futebol. Infelizmente, não tendo sido aposta nossa. Saiu do Sporting ao fim de sete anos sem ter jogado um só minuto na equipa principal leonina. Alinhou nos sub-15, nos sub-17, nos sub-23. O mais alto que subiu foi à equipa B.

Esta marginalização ocorreu por ele não valer nada? Se acreditarmos nesta hipótese, então é manifesta a incompetência do Basileia, que há um ano adquiriu o seu passe por 4,6 milhões de euros. E que agora o vende ao Chelsea com enorme margem de lucro: 14 milhões de euros. Contrato por sete anos, até 2031.

Seguindo a mesma hipótese, na qual não acredito, mais incompetente ainda é o clube londrino.

 

Ainda acabaremos por embolsar 1,6 milhões nesta transacção. Mas contentamo-nos com pouco: são quase só trocos. Entretanto, nada aproveitámos do talento desportivo do jogador. Em boa verdade, nem lhe demos hipótese para isso.

Convém pensarmos um pouco neste exemplo antes de voltarmos a criticar com excessiva rapidez a FPF.

A produção de Alcochete

Os jogadores formados ou que passaram em Alcochete pelas camadas jovens e que chegaram a internacionais A por alguma selecção, do ano de nascimento do Cristiano Ronaldo ou posterior, são os seguintes (o ano indicado é de quando fizeram 18 anos):

2003

  • Cristiano Ronaldo

2004

  • João Moutinho
  • Nani
  • Miguel Veloso

2005

2006

  • Rui Patrício
  • Daniel Carriço 

2007

  • Adrien Silva

2008

2009

  • Cédric Soares

2010

  • William Carvalho

2011

  • João Mário

2012

  • Bruma
  • Eric Dier (Inglaterra)
  • Rúben Semedo

2013

  • Gelson Martins
  • João Palhinha

2014

2015

2016

  • Rafael Leão
  • Demiral (Turquia)

2017

2018

2019

  • Gonçalo Inácio
  • Geny Catamo (Moçambique)

2020

  • Nuno Mendes

2021

2022

2023

2024

 

Não sei se falta alguém nesta lista. Se faltar agradeço que me informem para corrigir.

Fica claro que não chega ganhar títulos nas camadas jovens para produzir bons jogadores. Importa acompanhar os melhores de forma a conduzi-los ao sucesso, e os outros, para que gerem retorno económico para sustentar a academia. É o tal modelo centrado no jogador que alguns não percebem nem querem perceber.

Mas para esse modelo ter sucesso tem de haver... melhores. Isto remete-nos para o recrutamento. Que capacidade estamos a ter de convencer os melhores "putos" e respectivas famílias a optar pelo Sporting, em vez do Benfica na zona sul, ou em vez de Porto ou Braga na zona norte? E que "putos" queremos, se grandes se pequenos, se educados se para educar, se nascidos em Portugal se das ex-colónias, se fidelizados nos valores do clube se nas mãos de empresários ou familiares ávidos de dinheiro, etc... Enfim muita coisa.

O facto é que Alcochete não conseguiu ainda produzir mais nenhum internacional A depois do Nuno Mendes, para mim o melhor jogador português do Euro. No entanto, no plantel actual temos um ou outro que podem lá chegar.

SL

Olhando a formação

Terminou da pior forma a participação de Portugal no Europeu Sub17 com uma derrota clara por 0-3 na final contra uma Itália mais alta, mais forte, mais organizada, mais objectiva, mais tudo. De qualquer forma, não deixa de ser uma excelente participação na competição. Derrotámos a Espanha, a Inglaterra e a Sérvia. Perdemos com a França e a Itália.

No onze mais titular pontificaram cinco jovens do Sporting: o central Rafael Mota, os médios-centro João Simões e Eduardo Felicíssimo, e os avançados Gabriel Silva e Geovany Quenda. Na final não foram eles os elementos mais fracos do onze, muito pelo contrário. O lateral direito do Benfica foi um autêntico passador e a "estrela da companhia" do Porto baqueou claramente.

Entretanto a equipa sub17 segue na segunda posição a duas jornadas do fim com um jogo a mais, provavelmente ficará em 3ª ou 4º no final. As equipas de sub15 e sub19 também não acabarão melhor nos campeonatos respectivos.

Como é que a equipa que domina a selecção sub17 não ganha o título na respectiva categoria etária? Simples, os jovens jogam em escalões etários acima da sua idade, Quenda nos sub23 e até na B. Gnhando ou perdendo, tornam-se melhores jogadores. Quenda, extremo de enorme qualidade formado em Alcochete, vai integrar a pré-época do plantel principal. Os outros quatro deverão jogar maioritariamente nos sub23, campeonato em que acabámos este ano em 2.º lugar, logo atrás do lider Estoril.

Mateus Fernandes, que seguiu este caminho, está a chegar depois duma época de rodagem no Estoril. Dário Essugo, Afonso Moreira e Callai precisam ainda de mais tempo, outros sairão do projecto, sendo vendidos por verbas  apreciáveis. Como aconteceu com Veiga e Chermiti.

Entretanto, João Pereira vai assumir a equipa B para mais uma vez disputar a Liga 3 com um plantel maioritariamente de jogadores sub19. Aqueles de 21-22 anos da época passada que, embora sem condições de singrar na equipa principal, podiam constituir o núcleo duro duma equipa a lutar pela subida, estarão de saída.

Podemos concordar mais ou menos com esta política, que não está baseada em ganhar títulos mas em formar jogadores. E vir com teorias de formar vencedores e não perdedores. Mas o que interessa no final é o retorno desportivo, a entrega de jogadores ao plantel principal, e o retorno financeiro, as vendas e a salvaguarda de direitos em futuras transferências, da formação.

SL

O menor dos 3 grandes?

Ainda há pouco, na entrada da gala "Rugidos de Leão", o nosso presidente deixou claro que o tempo do Sporting ser o clube menor dos 3 grandes em Portugal está por um fio.

E é mesmo um fio entrançado feito de vários. Um financeiro claramente demonstrável pelos R&C. Outro desportivo traduzido nos resultados do futebol e nas modalidades. Outro formativo com base nas academias próprias e parcerias de formação. Outro, o das infraestruturas e das arenas desportivas. Outro nos contratos televisivos. Outro ainda, que convém não esquecer, em termos éticos e de reputação desportiva.

 

Senão vejamos:

1. Financeiramente, apresentamos R&C positivos no clube e na SAD onde reforçámos a participação accionista. Enquanto isso o buraco financeiro do FC Porto está à vista de todos e vem aí a Dona Branca. Quem vier atrás que feche a porta.

1. Sporting: + 25,2 M€

2. Benfica : + 4,2 M€

3. FC Porto: - 47,6M€

 

2. Desportivamente, neste momento e olhando para as posições nas classificações nos respectivos campeonatos de cada um dos chamados "3 grandes", considerando a mesma classificação para os mesmos pontos, temos:

No futebol, Benfica 1º, Sporting 2º (mp), FC Porto 3º (Derrota por 1-2 no dérbi da Luz)

No futebol feminino, Benfica 1º, Sporting 2º, FC Porto não tem (Vitória por 3-1 no dérbi do Seixal)

No hóquei em patins, Sporting 1º, FC Porto 3º, Benfica 4º (Vitória no dérbi de Alvalade por 3-2, derrota no Dragão por 3-5)

No andebol Sporting 1º, FC Porto 2º, Benfica 3º (Vitórias fora  contra os dois rivais)

No voleibol, Benfica 1º, Sporting 2º, FC Porto não tem (Derrota por 0-3 no dérbi do João Rocha)

No voleibol feminino, FC Porto 1º, Sporting 3º, Benfica 4º (Derrota com o FC Porto por 0-3, vitória no dérbi de Alvalade por 3-2)

No futsal, Sporting 1º, Benfica 3º, FC Porto não tem (Vitória por 4-1 no dérbi do pavilhão Luz)

No basquetebol, Sporting 1º, Benfica 2º, FC Porto 6º (Vitória por 91-88 no dérbi de sábado)

 

Portanto, neste momento e numa perspectiva global:

1. Sporting

2. Benfica

3. FCPorto

 

3. Além dos resultados, podemos falar do valor do plantel do futebol de cada um dos 3 grandes conforme o TM:

1. Benfica - 359,6 M€

2. FC Porto - 289,0 M€

3. Sporting - 280,3M€

 

4. Em termos de formação temos uma Academia de Alcochete (que se prolonga no pólo EUL) reestruturada a todos os níveis, e uma extensão do conceito às diferentes modalidades numa óptica transversal. Penso que estaremos quase ao nível do Benfica, recuperando do atraso de vários anos de incúria, enquanto no FC Porto Pinto da Costa, que em 40 anos se esteve a marimbar para o conceito, promete agora que vai pensar no assunto antes de lhe dar uma coisa má. 

Ou seja,

1. Benfica

2. Sporting

3. FC Porto

 

5. Em termos de infraestruturas e arenas desportivas, aqui claramente o Sporting está numa posição de inferioridade face ao rival de Lisboa, não por Alcochete e pelo magnífico pavilhão mas pelo estádio e zona envolvente que muito deixam a desejar, e que não sei como poderão melhorar. O FC Porto vive de protocolos manhosos com a câmara de Vila Nova de Gaia que lhe permitem treinar e jogar a custos simbólicos. Pagamos todos nós.

1. Benfica

2. Sporting

3. FC Porto

 

6. Em termos de contratos televisivos, o Benfica tem TV própria, o Sporting um bom contrato com a NOS, e o FC Porto um contrato manhoso com uma Altice cujos responsáveis foram apanhados pela Justiça e afastados da empresa. Mais um do tipo W52, tudo preso ou quase. Se calhar estão à espera da "bóia de salvação" da centralização dos direitos televisivos patrocinada por um poder político infiltrado por pessoal de confiança, uns até com assento num tal Conselho Superior. O Sporting só tem de ser contra: que seja a massa de sócios e adeptos de cada um a ditar as leis.

Ou seja,

1. Benfica

2. Sporting

3. FCPorto

 

6. Em termos éticos e de reputação desportiva, nem vale a pena argumentar. Luis Filipe Vieira deixou no Benfica uma série de processos judiciais que envergonham qualquer clube, Pinto da Costa são 40 anos de métodos mafiosos, conhecidos e documentados em Portugal e fora dele, como pode testemunhar Sir. Ferguson. 

Ou seja,

1. Sporting

2. Benfica

3. FC Porto

 

Poderão dizer que não, que existe um património "intangível" dos outros dois, na influência nos poderes federativos, arbitrais, até mesmo políticos, autárquicos, judiciais, policiais, que remete fatalmente o Sporting para a figura de parente pobre, sempre a lamentar-se das injustiças causadas pelas canalhices dos outros.

Depois disso tudo, e independentemente de tudo o resto, Sporting e Benfica têm lideranças jovens já com alguma experiência, enquanto o FC Porto vive refém da saúde dum idoso rodeado duma feroz guarda-pretoriana sem vontade de largar a cadeira do poder. As próximas eleições prometem ser escaldantes: desta vez encontrou um adversário que vai a jogo sem medo de aparecer a boiar nas águas do Douro ou noutro sítio qualquer (desgraçado do zelador que ficou sem automóvel, carteira e telemóvel, e ainda teve de ir ao hospital; será que foram os mesmos que atacaram Varandas?) e o resultado pode ser uma vitória de Pirro a deixar um clube fracturado e à beira do desastre. 

 

Então se nestes seis critérios o Sporting não parece ser de forma nenhuma neste momento o menor dos 3 grandes, ainda menos parece que daqui a uns tempos o seja. 

O caminho é longo, as dificuldades estão lá, mas estamos no rumo certo.  As hienas chiam e os leões passam.

SL

Olhando a formação

Mais um fim de semana de muitos jogos em Alcochete e fora dele. O posicionamento das diferentes equipas de futebol masculino do Sporting é o seguinte:

Sub15 - 1º da Zona B

Sub17 - 1º da Zona Sul

Sub19 - 2º da Zona Sul atrás do Benfica

Sub23 / C - 2º do Grupo B atrás do Estoril Praia

B - 5º do Grupo B da 3ª Liga a 4 pts do 1º Sp.Covilhã

A - 2º da 1ª Liga com os mesmos pontos do 1º Benfica

 

Agora apenas sobre a equipa B, no sábado tivemos um empate em casa por 2-2 frente ao líder Sp. Covilhã, tendo o Sporting B alinhado com:

Diego Callai (19); Leonardo Barroso (18), Miguel Alves (17), João Muniz (18) e Pedro Bondo (18); Diogo Abreu (20), Marco Cruz (19) e Miguel Menino (20); Tiago Ferreira (21), Rodrigo Ribeiro (18) e Mauro Couto (17).

Suplentes utilizados: David Monteiro (19), Alexandre Brito (18), Manuel Mendonça (18), Rafael Nel (18) e Vando Félix (21).

Não utilizados: Francisco Silva (17), Diogo Cabral (20), Rodrigo Marquês (20) e Lucas Taibo (16).
Treinador: Filipe Celikkaya
Marcaram: Rodrigo Ribeiro e Tiago Ferreira.

Dos convocados pontualmente para a A não alinharam (lesões ?, empréstimos à vista ?, opções ?), Diogo Travassos (19), Gonçalo Esteves (19), Afonso Moreira (18), Dário Essugo (18) e (este da C) Geovany Quenda (16)

Média de idades dos que jogaram: 18,7 anos.

Não consegui ver o jogo, apenas o resumo, 2 golos de bola corrida de belo efeito por parte do Sporting, 2 golos de bola parada da equipa visitante onde a experiência dum lado e doutra foi fundamental. A média de idades dos "leões da serra" se calhar era de mais 10 anos do que a nossa.

Concluindo, o panorama global do futebol do Sporting neste momento é este, equipas jovens e "enxutas" que lutam pelos objectivos sem inflaccionar orçamentos. No meu entender, este é o rumo correcto, focado no jogador e não no título da categoria, mas está a precisar dum pouquinho mais para conduzir as diferentes equipas ao sucesso.

Mais o quê?

1. Mais tempo, porque a qualidade que existe em Alcochete ainda está muito "verde" para se conseguir impor na equipa A. Não conseguimos encontrar aqui alguém que esteja num nível competitivo que lhe permitisse lutar pela titularidade ou até ser um suplente fiável.

2. Mais investimento no plantel principal, porque partindo do princípio que vamos ter ainda um par de anos até que estes se consigam impor, passar destes 19 anos de média para 21, então a equipa A tem de ser reforçada no imediato a partir do mercado, e Gyökeres, Hjulmand e Fresneda (este, com 19 anos, já mostrou sofrer do mesmo problema) não chegam para os objectivos da época. E não foi preciso ir ao dérbi da Luz para ter chegado a essa conclusão.

SL

De novo a formação

Com Frederico Varandas chegou uma nova política de aposta na formação de jogadores, transversal a todas as equipas e todas as modalidades, com objectivos desportivos e financeiros bem definidos.

Apostar na formação significa investir em infraestruturas, em departamentos técnicos e em todo o staff de apoio. Mas ter equipas principais competitivas com um peso importante de jogadores formados localmente significa preservar a cultura do clube no plantel, o tal ADN Sporting, e poder concentrar os recursos financeiros em contratações que façam a diferença. E a própria formação, sendo paga pelos praticantes em muitas modalidades, gera receitas importantes para o clube. 

 

Falando agora apenas de futebol, o treinador principal é um elemento essencial na aposta na formação, porque é ele que faz o "casting" final dos jovens para o plantel principal, dialogando com os técnicos da formação, observando jovens, chamando-os aos treinos, testando o seu desempenho, lançando-os na primeira equipa.

É também ele que orienta a contratualização dos jovens, aquele em quem os jovens e os respectivos empresários confiam ou não para prosseguir as suas carreiras no Sporting, sabendo que se vão projectar no clube e assim aspirar a chegar a um grande europeu.

 

Ao longo dos quase quatro anos que Rúben Amorim leva no Sporting, foram projectados Nuno Mendes (PSG),  Gonçalo Inácio (ainda... no Sporting), Matheus Nunes (ManCity), Chermiti (Everton) e Tiago Tomás (Wolfsburgo). Geny Catamo está já nesse percurso. 

Alguns outros foram tendo oportunidades para singrar. Se não o conseguiram, em primeiro lugar foi por responsabilidade sua. Entre estes e aqueles que, demonstrando valor nas equipas secundárias, não tiveram um "casting" favorável, o Sporting pode gerar um conjunto de vendas a clubes menores que no total talvez chegue a valores bem interessantes, podendo suportar os custos de Alcochete. Foi assim que saíram Max e Renato Veiga, por exemplo. Não me recordo de nenhum craque da formação que tenha fugido de Alcochete rumo aos rivais ou a grandes europeus nos últimos tempos, como aconteceu no passado, o que comprova que o relacionamento não só com os jovens mas também com as famílias e os empresários está a funcionar.

 

Neste momento, o futebol do Sporting tem seis equipas em competição:

1. Equipa A, em 1.º lugar na Liga com cerca de 1/3 de jogadores formados em Alcochete.

2. Mateus Fernandes e Samuel Justo emprestados a equipas da 1.ª Liga sem opção de compra.

3. Equipa B em 2.º lugar na série B da Liga 3.

4. Equipa C (sub23) em 4.º lugar da série B dos Sub23.

5. Equipa Sub19 em 2.º lugar da Zona Sul.

6. Equipa Sub17 em 1.º lugar da Zona Sul.

7. Equipa Sub15 em 1.º lugar na Série B.

 

Pelo que tenho lido, nas últimas convocatórias para as diferentes selecções até aos 20 anos o Sporting é dominante. Um cenário completamente diferente do que acontece nos sub21 e na selecção principal.

Isso claramente quer dizer que existe um antes e um depois. Um antes em que o objectivo era ganharmos títulos nas camadas jovens e meia dúzia de anos depois muito poucos se aproveitarem, e um depois onde existe um modelo baseado no jogador que os vai fazendo progredir de equipa em equipa de acordo com a sua maturidade competitiva até ao plantel principal ou até outros desafios algures. Com o Sporting a receber a devida compensação.

SL

Acompanhando a formação

Enquanto aguardava o início do andebol, enorme jogo do Sporting no João Rocha frente à quarta equipa portuguesa que terminou numa "goleada" de 35-18, e do futebol no São Luís, tive a oportunidade de ver o Sporting B-Caldas que terminou num inglório 1-3. Por estranho que pareça, e até ao jogo do Sp. Covilhã, a nossa equipa mesmo com três derrotas segue no primeiro lugar da série, prova do equilíbrio existente.

Foi realmente uma exibição paupérrima, marcada por erros individuais clamorosos, e que coloca muitas questões que gostaria de ver esclarecidas:

 

1. Quem é que vê no Chico Lamba condições para se impor como profissional do Sporting na linha defensiva? Quantos jogos já comprometeu? Os melhores centrais da época passada, como Alcantar e Veiga, saíram, o Gilberto saiu também, o Muniz está lesionado, o Miguel Alves também nada ajudou, escorregou e ofereceu o primeiro golo, o Chico ainda fez qualquer coisa na área contrária (um golo anulado, uma bicicleta na trave) mas a defender esteve mais uma vez péssimo. A forma como o Pedro Bondo, um miúdo angolano com nervo e que pode ir longe, olhou para ele depois de mais um golo adversário disse tudo.

 

2. Porque vieram Gonçalo Esteves, Diogo Abreu e Marco Cruz do Porto, se andam por ali meio desmotivados (Gonçalo), falhos de preparação física (Diogo) ou jogam só nos minutos finais (Marco)? Se é para isto, ficavam lá muito bem. Percebe-se o potencial que qualquer um deles tem, o Diogo Abreu poderia até, com outro andamento, ser já titular da equipa A, mas andam por ali meio perdidos. Que se passa?

 

3. Porque é que jogadores como o Tiago Ferreira, o Rodrigo Ribeiro, o Vando Félix, o Rafael Nel, quase todos os avançados, com excepção do Diogo Cabral, são incapazes de jogar rápido, ao primeiro toque, perdendo quase sempre a bola a seguir pela chegada dos adversários? Pensam que estão nos sub23 a jogar com putos da idade deles? 

 

Algumas destas questões são da responsabilidade do treinador, outras dos jogadores, outras da própria gestão dos plantéis por parte da estrutura e das escolhas de Rúben Amorim, mas assim não vamos a lado nenhum.

Um enorme desperdício de talento por incapacidade de gestão? Ou apenas um dia mesmo negro desta equipa e deste treinador?

Aguardamos os próximos capítulos.

SL

No rumo certo

Numa época marcada pela recompra da maior parte das VMOCs detidas pelos bancos, que permitiu ao Sporting passar a deter mais de 80% da SAD,  a mesma SAD fechou as contas da época 2022/2023 com resultado positivo e números record em diferentes rúbricas.

Estes resultados só não tiveram mais eco na comunicação social e no universo Sporting porque passaram a ser normais, e a saúde não é notícia, a notícia é mesmo a doença. Estes resultados devem-se muito à estabilidade proporcionada por um presidente com os valores certos no lugar, que soube aprender a navegar num mar revolto e infestado de tubarões, avesso ao estardalhaço, às palhaçadas e às promiscuidades com gente muito pouco recomendável.

No TM relativo ao futebol profissional o ranking dos clubes portugueses, Benfica - 344,5 M€, FCPorto - 283,5M€, Sporting - 241,9€, SCBraga - 124,7M€ indica claramente que o objectivo imediato do Sporting é passar para a 2ª posição, ultrapassando um FC Porto que com Pinto da Costa se tornou num clube mafioso, em que todos os meios servem para se atingir os fins, e com uma claque de bandidos disposta a tudo se lhe derem o sinal para tanto. Mas a idade não perdoa e um dia destes irá cair da cadeira e deixar o clube em guerra civil e com um enorme rombo financeiro por resolver.

Já no que respeita ao futebol de formação e às principais modalidades o Sporting já se encontra claramente em 2.º lugar em termos de resultados desportivos. Acabámos todos os campeonatos respectivos à frente do FC Porto excepto no andebol (mas ganhámos a Taça) e do voleibol feminino (mas a equipa deles consistia numa parceria entretanto desfeita com a AJM). Segundo diz Pinto da Costa, ganharam não sei o quê no bilhar. Não sei se o clássico ou às três tabelas, há muitos anos que não pratico.

 

O Sporting Clube de Portugal está de boa saúde, bem mais unido do que no segundo mandato do ex-presidente. Quase 100 mil sócios pagantes, gameboxes esgotadas mesmo depois dum 4.º lugar na Liga, lotações esgotadas em Alvalade, vendas record no merchandising, e uma lógica transversal de constituição de plantéis, de aposta na formação, e de reconhecimento da importância de treinadores e capitães que qualquer um pode reconhecer.

Claro que ainda tem alguns problemas internos para resolver, desde logo o relacionamento com as claques que continuam a correr em pista própria e a causar danos evidentes ao próprio clube, mas também a requalificação dum estádio e da sua envolvência que se foi tornando um obstáculo ao crescimento do clube (e já agora limpar de vez a frase pindérica e agora semi-apagada do nosso ex-presidente na estátua do leão).

 

Oposição interna com projecto alternativo não existe, existem apenas os que restam do populismo brunista a cavalgar os insucessos do momento e com cada vez menos vontade de pagar quotas e de voltar às bancadas de Alvalade e do João Rocha.

Mas é preciso mais, muito mais. Desde já ultrapassarmos quem está imediatamente à nossa frente no futebol profissional e a partir daí assaltarmos. com base nos nossos valores e não de processos mafiosos e criminosos, a liderança do panorama desportivo nacional. 

Só assim podemos ir de encontro à visão do nosso fundador, "Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande quanto os maiores da Europa". 

SL

A propósito da formação

Deverá toda a formação leonina continuar a basear-se num sistema táctico diferente daquele que vigora na equipa A?

A minha resposta é clara: não.

Se o objectivo central, na equipa B e na sub-23, é projectar jogadores para serem integrados no escalão principal, essa equipa deve actuar da mesma forma.

Como isso não acontece, temos extremos como Afonso e Geny a serem lançados como laterais/alas quando chegam à equipa A sem automatismos nem treino nessa posição. Depois falham e são devolvidos à B, ficam a marcar passo ou vão emprestados a qualquer clube que os mantém encostados por não serem mais-valia, etc.

Encalham. Perdem-se profissionais promissores. Tem acontecido com alguns. 

 

Não é forma de gerir o plantel integrado (A + B).

Este é um tema que devíamos debater aqui mais vezes. Espero o vosso contributo para isso.

Olhando a formação

Começou a Liga 3 e o campeonato de sub23. O Sporting mantém as lideranças técnicas, o modelo de jogo e a lógica de funciomento, no caso, fazer evoluir os melhores juvenis/juniores da formação em contextos competitivos exigentes, muito acima daqueles do seu escalão etário e no caso da B a defrontar jogadores bastante mais velhos. Alguns bem mais de 10 anos.

A rotação de jogadores mantém-se tornando difícil a afinação do onze e a qualidade de jogo da equipa.

O Sporting B começou com uma vitória em casa por 1-0 frente ao Amora, a que se seguiu uma derrota fora de casa com o Sp.Covilhã por 0-3.

 

As equipas utilizadas foram as seguintes:

Sporting B, 1 - Amora, 0

Diego Callai; Leonardo Barroso, Miguel Alves, Lucas Taibo, David Monteiro; Alexandre Brito, Miguel Menino (Marco Cruz) e Manuel Mendonça (Samuel Justo); Vando Félix (Diogo Cabral), Tiago Ferreira (C) (Rodrigo Marquês) e Rafael Nel (1) (Lucas Anjos).

Sp. Covilhã, 3 - Sporting B, 0

Diogo Pinto; Leonardo Barroso (Diogo Cabral), Miguel Alves, Muniz (Lucas Taibo), David Monteiro; Alexandre Brito (Chico Lamba), Miguel Menino e Manuel Mendonça (Samuel Justo); Vando Félix, Tiago Ferreira (C) e Rodrigo Ribeiro (Rafael Nel).

 

Vi o primeiro jogo. Boa exibição marcada pelo desperdício de golos, vitória mais que justa. Não consegui ver este último. Do que ouvi, a equipa entrou mal, sofreu o primeiro golo cedo, Leonardo Barroso cometeu um penálti escusado logo depois, valeu Diogo Pinto para que o resultado ficasse pelos 3-0.

Que dizer de tudo isto?

A Liga 3 não está nada fácil, basta recordar os jogos para a Taça de equipas deste escalão com os três grandes. Estamos a utilizar uma equipa com uma média de idades de 18 anos e pouco, com muitos juniores e até juvenis, o que desde logo acaba com qualquer ambição de subida de divisão.

Essa média de idades explica-se por alguns dos melhores jogadores que alinharam na B na época passada e agora aguardam colocação, como Veiga, Nazinho, Gonçalo Esteves, Fatawu, Tanlongo, e também por Diogo Abreu, Essugo, Mateus Fernandes e Afonso Moreira não terem sido utilizados e outros terem sido dispensados.

Sendo assim, esta equipa para já é nitidamente mais fraca do que a do ano passado. Mesmo esperando uma grande evolução durante a temporada, quando muito conquistaremos a custo a manutenção. Mais que isso é ficção.

Será esta a melhor solução para a equipa B ou haveria outra melhor que não fosse voltarmos aos Sackos, Dramés e Gazelas do tempo do Inácio?

SL

Esta noite veremos

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Trincão e Jota, campeões europeus sub-19 em 2018, na Finlândia

 

Formar jogadores, no futebol profissional, é também ensiná-los a vencer. Habituá-los desde cedo que não interessa apenas competir por competir: importa ganhar títulos e troféus. Não apenas no clube, mas em tudo. 

Pela mesma lógica, os jogadores que formamos devem querer desde cedo ir à selecção. Basta olhar para o exemplo de Cristiano Ronaldo, o mais internacional do mundo. Nunca desertou da representação nacional, atribui valor especial a envergar o símbolo de Portugal na camisola e aos 38 anos ainda demonstra entusiasmo em campo como se fosse um recém-chegado, como muito recentemente confirmou.

Apontar exemplos destes também é formar.

 

Vem isto a propósito da final de logo à noite, em Malta. Está em jogo o Campeonato da Europa sub-19: defrontaremos a Itália, que já derrotámos por 5-1 na fase de grupos.

Se vencermos, como espero, será o segundo triunfo português num Europeu sub-19. Já ganhámos o de 2018, na Finlândia, derrotando precisamente Itália nessa final disputada a 29 de Julho. Havia três jovens do Sporting nesse lote de campeões: Thierry Correia, Miguel Luís e Elves Baldé. Outros três viriam a actuar no nosso clube em fase posterior e com sortes diversas: João Virgínia, Rúben Vinagre e Francisco Trincão - este o melhor marcador do certame, com cinco golos.

Foi um trabalho de continuidade. Vários deles tinham sido campeões europeus sub-17 dois anos antes, em Maio de 2016, no Azerbaijão: Thierry, Vinagre, Miguel Luís - e também Luís Maximiano e Rafael Leão. Sempre sob o comando de Hélio Sousa.

Uns singraram, outros não: é assim a vida. 

Mas estes títulos conquistados tão cedo na carreira já ninguém lhos tira. Estão inscritos na galeria da UEFA.

 

Esta noite veremos se haverá novo motivo para festejar. Estarei com a selecção, claro. Como estou sempre.

Ganhem ou percam, o percurso de qualquer deles não será fácil. Nunca é. Mas torna-se menos duro e menos difícil para quem começa desde cedo a habituar-se às vitórias. Faz parte da formação, faz parte da evolução. 

E quem só quiser "jogar por jogar", reúna uns amigos e vá dar uns toques para a praia.

Aposta na formação

O Sporting de Rúben Amorim começou da melhor forma a nova época numa jornada dupla com E. Amadora de manhã e Marítimo pela tarde, duas equipas distintas em campo e duas vitórias no final, 4-1 com "hat-trick" de Chermiti de manhã, 3-0 com um "bis" de Trincão à tarde.

Pelas minhas contas estiveram em campo 25 jogadores, 14 da formação de Alcochete. Como dois guarda-redes são estrangeiros contratados não daria para formar um onze com os não-formados em Alcochete. Eu que sempre defendi a existência duma quota mínima da formação no plantel principal não me recordo duma situação assim, nem no tempo do Paulo Bento.

Por exemplo, na época da "mão de Ronny", 2006-2007, o plantel contava apenas 9 em 26: Rui Patrício, Miguel Garcia, Caneira, Carlos Martins, Nani, Miguel Veloso, João Moutinho, Pereirinha e Djaló. Ninguém mais, mesmo tendo o Sporting sido campeão de juvenis e juniores dois anos antes.

O que demonstra bem a falta de noção de algumas críticas dirigidas a Rúben Amorim no que à formação diz respeito, que misturam ignorância com a forte vontade de o ver pelas costas, julgando que com ele vai o presidente, o que está tudo menos provado. 

Será esta a situação ideal em termos de composição do plantel? Penso que não, faltam mais dois ou três reforços de peso no plantel (e para isso é preciso investir), dois ou três dos 14 deveriam ser libertados para ficarmos enfim com um plantel equilibrado e competitivo. Mas é uma boa base de trabalho para identificar as reais necessidades e comprar cirurgicamente.

O Sporting B de Filipe Çelikkaya começou também a época. O único reforço conhecido é o angolano Pedro Bondo, de 18 anos. Média de idades ainda mais baixa no que no ano passado, quase todos com 19-20 anos, o único com mais é o Tiago Ferreira, por enquanto integrado no plantel principal e que alinhou ontem. Claro que desta forma, com um plantel bem mais novo do que os das equipas B dos rivais e sem quase reforços externos, será difícil que a subida de divisão se concretize, mas a ideia não é essa, é a de formar jogadores para a equipa A e/ou para o mercado internacional.

Os sub23 de João Pereira também já começaram os trabalhos. Mais um espaço de competição e de evolução para os melhores juvenis e juniores.

SL

Sem perceber

Os jogadores não evoluem só nos clubes. Evoluem também nas selecções.

Ao impedir cinco dos nossos jogadores de comparecer no Euro sub-19, Amorim corta-lhes as pernas. Não faz qualquer sentido.

Continuo sem perceber - e a comunicação do clube não fez o menor esforço para explicar - por que motivo Dário, Chermiti, Mateus Fernandes, João Muniz e Afonso Moreira foram proibidos por Amorim de se deslocar ao Europeu de Malta.

Poderiam vir de lá como campeões europeus. Seguramente, pelo menos, como vice-campeões europeus: a final será disputada frente a Itália depois de amanhã.

Viriam muito mais valorizados em termos financeiros. Mas sobretudo em termos desportivos, aquilo que mais me interessa enquanto adepto.

Isto também faz parte do processo de crescimento.

Que lhes foi negado.

Formação

Quando um só jogador transita de júnior para sénior caindo a pique, a maior responsabilidade será dele.

Se começa a acontecer com muitos, e não apenas com um ou dois, haverá que questionar seriamente a equipa técnica do clube - nas suas diversas camadas.

Porque deixa de ser um problema individual de X ou Y. Passa a ser um problema estrutural. Mais grave ainda tratando-se do Sporting. Que tem inscrita, na raiz da sua cultura desportiva, a excelência da formação.

Senha de identidade

Mais um que vai. Desta vez, Joelson Fernandes: 20 anos, desde 2014 no Sporting. Avançado promissor, tinha contrato até 2025. Com cláusula de rescisão de 60 milhões de euros. Sai de borla, para o campeonato turco.

Fez apenas quatro jogos na nossa equipa A.

A minha avaliação dos treinadores do SCP passa sempre também pela capacidade que revelam de aproveitar os talentos da nossa Academia.

Nem pode ser de outra maneira, pois somos um dos clubes mundiais que mais se caracterizam pela formação de excelência. Não podemos perder esta senha de identidade.

Estabilidade em Alcochete

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Em qualquer escola ou universidade, e na formação de jogadores profissionais, a estabilidade do corpo docente/técnico é essencial. E com ela o trabalho de equipa entre as diferentes equipas e escalões, de forma aos jogadores se sentirem sempre controlados e dentro dum percurso que os pode conduzir ao sucesso.

Na formação o objectivo principal é produzir jogadores de qualidade, os títulos ganhos são secundários e não podem acontecer em desfavor da evolução dos jovens. Tomaz Morais veio com Frederico Varandas para definir e implementar um projecto centrado no jogador, reconhecido internacionalmente, essencial para o futuro de Alcochete e do futebol do Sporting.

A equipa B do Sporting tem tido um papel essencialmente de filtragem dos melhores jovens à volta dos 18 anos na competição com equipas mais velhas e batidas nos campeonatos secundários. E também para dar competição aos jovens que treinam e pontualmente jogam na A. Com isso os onzes raramente se repetem, a qualidade do jogo ressente-se e os resultados não permitem sair do terceiro escalão do futebol português.

Como treinador da equipa B Filipe Çelikkaya tem gerido da melhor forma possível essa situação e este ano com a Youth League teve uma oportunidade de ganhar um título europeu, perdendo apenas nos penáltis com a equipa vencedora.

Abel Ferreira foi treinador da equipa B do Sporting no primeiro ano de Bruno de Carvalho, tendo sido despedido no dia da apresentação da época seguinte. Se viesse agora do Palmeiras para treinar neste contexto a nossa equipa B se calhar não faria muito melhor.

Por isso acho muito bem que o Filipe, um homem calmo e sensato, ao que dizem amigo de Rúben Amorim, continue à frente desta equipa pelo 4.º ano consecutivo.

SL

{ Blogue fundado em 2012. }

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