Carrega Fofó
O Fofó ganhou 2-1 ao Sintrense. Sobe à II Divisão pela primeira vez na sua história quase centenária e sobe como campeão da sua série. Eu ganhei um cachecol assinado por todos os jogadores e vou guardar o bilhete.
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O Fofó ganhou 2-1 ao Sintrense. Sobe à II Divisão pela primeira vez na sua história quase centenária e sobe como campeão da sua série. Eu ganhei um cachecol assinado por todos os jogadores e vou guardar o bilhete.
As bifanas no Fofó não andam grande coisa quando comparadas com os couratos do bar do Casa Pia, mas amanhã a história é outra: o Fofó está à beira de subir à II Divisão. A duas jornadas do fim da fase de apuramento, o Fofó está em primeiro lugar com dois pontos de avanço sobre o Oeiras. Amanhã, o Fofó recebe o Sintrense e o Oeiras vai a Pêro Pinheiro. Uma derrota não compromete, o empate pode dar já a subida, mas é a vitória que clarifica: se o Fofó ganhar amanhã está automaticamente na II Divisão. Quanto estiver, estará a escrever uma página de História. O Fofó é o clube do meu bairro desde sempre. Era lá que jogava à bola nos ringues. Era lá que ia ver hóquei em campo. Era para lá que espreitava os jogos no pelado quando me pendurava no muro da mata de Benfica. Foi lá que conheci o Paulo Bento, a comer pó no pelado. Era bom ver-te lá amanhã. Se não puderes, aparece no dia seguinte no Jamor: é lá que vamos levantar a Taça de Portugal com o Sá Pinto. Grande fim de semana, pá!
O futebol português tem dois jogos completamente diferentes de todos os outros: o Sporting/Benfica e o Fofó/Casa Pia. Para estarmos todos a falar do mesmo, o Fofó/Casa Pia tem a carga emotiva de um Real Madrid/Atlético Madrid, mas, e isto conta muito para mim e para o gangue que me acompanha nestes devaneios futebolísticos, com sandes de courato muito melhores. Este domingo, o segundo grande derby de Lisboa jogou-se no campo do Futebol Benfica. Na primeira volta, lá fui ao Casa Pia ver a vitória da equipa da casa por 3-2. O Fofó tinha virado de 1-0 para 1-2 e na recta final do jogo o Casa Pia virou novamente para 3-2. Um golaço de livre directo nos últimos minutos ditou a sorte de uma belíssimo jogo da terceira divisão. Já sei que me vou esquecer disto, portanto, fica já dito que ontem o Fofó ganhou 1-0. Um golo na primeira parte comentadíssimo no intervalo na fila para as bifanas. Gostei de duas coisas ontem. Uma: gostei dos insultos. É pá, gostei mesmo. Os "Ultras" do Fofó dizem "senhor árbitro" antes de ofender a mãe do homem ou de questionar a sua orientação sexual. Notável. Dito com aquele toque de educação, nem parece uma ofensa, quase soa bem. Duas: o árbitro. Tratou os jogadores com respeito, marcou o que tinha para marcar e deixou jogar o que havia para jogar apesar da nossa berraria nas bancadas. Teve personalidade. Eu tenho a sensação de que este árbitro do Fofó/Casa Pia não tinha dado amarelo a um jogador que sofresse penalty, tinha marcado outro se tivesse visto, teria mostrado vermelho e não amarelo por uma tentativa de arrancar pernas e por aí fora. Gostei mais do árbitro do Fofó/Casa Pia que do espectáculo triste, incompetente e despersonalizado do senhor árbitro do Setúbal/Sporting. Tomem lá o que se diz na bancada do Fofó quando há golo: "Quando a rede balança, o marcador avança". Isto, é futebol. O resto, são as pulhices do costume.
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