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És a nossa Fé!

Ecos do Europeu (24)

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Nem sempre podemos dizer isto, mas desta vez ninguém tem dúvidas: venceu a melhor selecção. Aquela que exibiu melhor futebol, aquela que obteve melhores resultados, a que seduziu milhões de pessoas em todo o mundo durante este Euro 2024, disputado ao longo dum mês. A Espanha do seleccionador Luis de la Fuente, digna herdeira daquele já quase lendário plantel orientado (primeiro) por Luis Aragonés e (depois) por Vicente del Bosque que venceu dois Europeus e um Mundial em apenas quatro anos.

Ontem à noite, no Estádio Olímpico de Berlim, nuestros hermanos venceram o seu quarto Campeonato da Europa, juntando-o aos de 1964, 2008 e 2012. Isolaram-se como país mais conquistador deste cobiçado troféu - que foi nosso em 2016. E revelaram ao Planeta Futebol dois extraordinários jogadores, que fizeram a diferença: Nico Williams e Lamine Yamal, extremos de pés trocados, dignos herdeiros da eterna magia do futebol de rua.

Foram eles a construir o golo inicial, aos 47'. Num magnífico exemplo de futebol de ataque, concretizado com toques rápidos e olhar fixo na baliza. Bem servido por Carvajal junto à linha direita, Yamal fez um passe de ruptura, lateralizado, Olmo deixou-a passar arrastando os centrais e Williams apareceu solto de marcação pela esquerda, culminando o lance da melhor maneira num remate cruzado.

Futebol clássico, futebol moderno, o futebol de sempre. Protagonizado por um miúdo de 22 anos do At. Bilbau, filho de imigrantes do Gana, e por um miúdo que na véspera festejara 17 anos, nascido na Catalunha de pai marroquino e mãe da Guiné Equatorial.

Vieram do quase-nada, já conseguiram quase tudo.

 

E no entanto até foram os ingleses a criar a única oportunidade de golo da primeira parte. Aos 45'+1, por Foden. Unai Simón estava lá para o travar.

A Inglaterra tentou reagir. No banco e no campo. Aos 61', o seleccionador Gareth Southgate mandou sair Harry Kane, trocando-o por Watkins: tinha a fezada de repetir a fórmula que resultou na meia-final frente à Holanda. Aos 64', Bellingham - goleador do Real Madrid, apagado a jogar como interior esquerdo na selecção - fez a bola roçar o poste num remate rasteiro. Aos 66', a genial dupla Nico-Lamine construiu um golo que só o guarda-redes Pickford conseguiu travar. Aos 73', o recém-entrado Palmer empatou num fortíssimo remate rasteiro.

Renascia por instantes a esperança inglesa. O espectáculo refinava-se, digno de uma final, em ritmo de parada-e-resposta. Aos 82', nova parceria Nico-Lamine com toque de brilhantismo: Pickford voltou a brilhar entre os postes.

Adivinhava-se prolongamento. Mas não foi necessário: Oyarzabal - que substituíra Morata aos 68' - sentenciou a partida aos 87', com preciosa assistência de Cucurella, este indiferente aos assobios que lhe dirigiam nas bancadas desde o início da partida. 

Tudo ainda podia acontecer. Esteve quase para ocorrer o empate, no minuto 90. Unai Simón defendeu à queima-roupa e Olmo, em missão defensiva, afasta-a de cabeça na recarga em cima da linha de baliza. Festejando o corte como se tivesse marcado golo.

 

Caía o pano. Southgate confirmava a fama de pé frio: segunda final consecutiva perdida, após a queda em casa, há três anos, frente aos italianos, na roleta dos penáltis finais. A Inglaterra continua em estado virgem, sem títulos nos Europeus. E o único Mundial que venceu foi o de 1966, aquele em que Eusébio mais brilhou.

Espanha inteira festeja. E com motivos para isso. Após vitórias sucessivas contra a Croácia (3-0), Itália (1-0), Albânia (1-0), Geórgia (4-1), Alemanha (2-1), França (2-1) e agora Inglaterra. Três antigos campeões do mundo derrubados. 

Craques, além do mencionados? Rodri, que não hesito em qualificar como melhor médio actual do mundo: é o verdadeiro pêndulo da equipa, o principal factor de segurança, um referencial de estabilidade. Sem surpresa, foi designado Jogador do Torneio

Outro: Fabián Ruiz. Longe de ser titular absoluto no PSG, revelou-se um dos grandes obreiros deste título europeu de Espanha. A construir golos e a marcá-los. Conciliando eficácia com talento desportivo.

Outro ainda: Dani Olmo, médio ofensivo do Leipzig. Começou no banco, terminou a titular. Imprescindível na selecção campeã. Autêntico todo-o-terreno, este catalão que «parece alemão», como dizem por lá. 

Sai do Europeu como melhor marcador, a par de Kane, Musiala (Alemanha), Mikautadze (Geórgia), Cody Gakpo (Holanda) e Schranz (Eslováquia): todos com três marcados. Soube a pouco. Longe dos cinco de Cristiano Ronaldo, rei dos marcadores no Euro 2021. Único aspecto em que este Campeonato da Europa disputado na Alemanha desiludiu.

 

Com dois golos e uma assistência, Williams foi eleito melhor jogador da final do Euro 2024. Com todo o mérito, com toda a justiça. Numa selecção campeã que integrava nove jogadores oriundos do País Basco: nada como o futebol para limar divergências políticas. 

Irá voar agora mais alto, rumo ao Barcelona. Onde promete fazer parceria inesquecível com Yamal. Mas isso já é outra história.

 

Espanha, 2 - Inglaterra, 1 (final do Euro 2024)

 

Leitura complementar: A Espanha é campeã da Europa porque o futebol ainda sorri de volta a quem não o jogar com medo. De Diogo Pombo, na Tribuna Expresso.

Pódio: Eduardo, Coates, Gonçalo Inácio

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-FC Porto, da final da Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Eduardo Quaresma: 17

Coates: 17

Gonçalo Inácio: 16

Pedro Gonçalves: 15

Morten: 15

Nuno Santos: 14

Daniel Bragança: 13

Diomande: 12

Morita: 12

Gyökeres: 12

Trincão: 11

Diogo Pinto: 11

St. Juste: 10

Koba: 10

Esgaio: 10

Geny: 9

Paulinho: 6

 

A Bola elegeu Gonçalo Inácio como melhor Leão em campo. O Jogo optou por Coates. O Record escolheu Eduardo Quaresma.

Detestar perder

O campeão ser vulgarizado como foi pelo terceiro classificado da liga, que ficou a 18 pontos da liderança, é detestável. E isto escrevo, não como desabafo, mas como wishful thinking. Traduzo (e não apenas do inglês): Eu desejo que o destestar perder seja um dos sentimentos dominantes da equipa na época 2024/2025. Temporada que eu espero tenha começado a ser preparada imediatamente a seguir ao apito final no Jamor. 

E por perder entenda-se não ganhar os desafios e embates para os quais temos mais do que qualidade e argumentos para vencer. 

Este ano fomos campeões. Para o ano seremos bicampeões, vencedores da Supertaça, Taça de Portugal e com um percursos vitorioso na Europa. 

Foi isto que Amorim disse aos jogadores ainda no balneário. Foi isto que os jogadores disseram uns aos outros antes de partirem de férias.

O dia seguinte

Hoje no Jamor não tivemos o Sporting campeão nacional 2024, foi mais o Sporting 4.º classificado em 2023 que entregou ao Marselha os dois jogos da Champions. Só assim se entende termos perdido a Taça de Portugal perante um adversário que tem um óptimo guarda-redes e o resto pratica um futewrestling muito eficaz para cavar faltas e penáltis, condicionar arbitragens e forçar decisões favoráveis. O cerco que montaram ao árbitro ao intervalo foi miserável e esteve à vista de todos. Treinador expulso, mas isso é normal. O tal bandido referido pelo nosso presidente expulso de presidente pelos associados do clube mas que recusou largar o tacho e as compensações, chorou (de quanto vai ser o último cheque?), reveu-se no desfecho.

 

Três lances foram decisivos na entrega da Taça:

1. Por volta dos 30 minutos, com1-0 no marcador e por cima do jogo, Catamo falha a intersecção duma bola alta, assistindo o ponta de lança do Porto para o golo.

2. Logo a seguir, duma bola lançada em profundidade, St. Juste arrisca ir atrás daquele palhaço do Porto que faz um número de circo de nota tão elevada que logo o Veríssimo aproveitou para decidir o jogo. A falta é mais que discutível, o lugar depende de que falta estamos a falar, entre livre e expulsão e penálti sem expulsão, foi marcado o pior para o Sporting.

3. Já no prolongamento, dum lançamento em profundidade em direcção à linha de fundo, Diogo Pinto arrisca a saída, acerta no adversário e estraga tudo o que de bom tinha feito até ali.

O resto resume-se à luta inglória do Sporting perante um adversário a jogar em superioridade numérica, sempre a jogar pelo seguro e no desgaste, e com o conforto de lhe terem oferecido as chaves do encontro.

 

A festa dos campeões que se prolongou esta semana na CML ajudou a este desfecho? Não faço ideia. As três situações atrás referidas resultaram de erros individuais. Como nos tais dois jogos com o Marselha. E nem Catamo, nem St. Juste, nem Diogo Pinto entraram com a  rodagem / experiência daqueles que falharam nessa altura.

A convocatória e as justificações esfarrapadas do Martinez contribuiram para este resultado?  Pelos vistos sim, Pedro Gonçalves e Trincão estiveram irreconhecíveis e Nuno Santos mostrou as insuficiências defensivas. Já o Conceição filho jogou, mergulhou e sarrafou cheio de moral.

Arbitragem? Coitado do Veríssimo, por muitas dúvidas que tenha no lance que ditou a expulsão de St. Juste não foi por ele que perdemos. Jogar contra o árbitro em reclamação constante não leva a lado nenhum.

 

Melhor em campo? Quaresma. Se calhar com ele em vez de Catamo no onze inicial tínhamos ganho o jogo, digo eu. Depois dele Hjulmand, Coates e Diomande. 

Lição para o futuro? Só por milagre ganharemos alguma coisa sem um grande guarda-redes que faça a diferença. Ok, aconteceu este ano. Então é porque foi mesmo um milagre.

E agora? Passado o efeito do champanhe do título e provado o vinagre de hoje, é tempo de descansar e depois reflectir sobre o que correu melhor e pior esta época e projectar a próxima, uma época de Champions que começará com a Supertaça contra o adversário de hoje. Para mim é claro que há que melhorar em alguns parâmetros, mas isso é tema para outros posts. 

SL

O espírito de conquista

Deveria começar este postal pela enorme vitória de ontem no pavilhão João Rocha e consequente vitória no campeonato contra a equipa do FCPorto, mas inicio pela vitória da equipa de futsal pela margem mínima no pavilhão adversário dos Leões de Porto Salvo. Quase a meio da segunda parte o Sporting encontrou-se a perder por dois a zero. Mas ao invés do que antigamente temia, agora não me preocupei e em dois minutos a equipa comandada por Nuno Dias deu a volta no marcador acabando por ganhar por quatro a três.

É este espírito de conquista que Rúben Amorim colocou nos corações dos Sportinguistas. Antes, e sempre que jogávamos contra adversários da nossa valia, crescia dentro de nós aquela incerteza do resultado.

Hoje sabemos que temos valia, coragem, competência para levarmos de vencida qualquer adversário que nos surja pela frente. Foi há dias no hóquei, foi ontem no andebol, foi há semanas no futebol e será em muitos mais jogos e modalidades.

Por isso esta tarde o Sporting entrará no Jamor envolto num manto do tal espirito de conquista que Amorim tão bem conseguiu construir ao redor da sua equipa e que de alguma forma se tem alastrado às outras modalidades.

Finalmente como diz o nosso hino: A vitória sempre nossa, viva o Sporting!

Nem é preciso rebentar, basta abrir a porta

O Sporting procura domingo a primeira dobradinha em mais de vinte anos. Como campeão e melhor equipa nacional, estatisticamente e exibicionalmente, é favorito, o que não garante nada a não ser otimismo  e ambição.

Os do Porto quererão despedir-se de Jorge Nuno e talvez de Sérgio da melhor forma e nós quereremos dar continuidade à festa. Eles têm um bom guarda-redes, um bom trinco, dois espalhas-brasas-brinca-na-areia e dois avançados goleadores meio adormecidos que esperemos que o sol do Jamor não acorde. Também têm tendência para ter os nervos fracos e ver gigantes em moinhos de vento (ou mesmo portas da Linha). 

Nós temos um júnior na baliza, bem guardado por Coates e companhia; uma junção nipo-dinamarquesa no miolo e alas verdadeiramente diferenciados e sempre prontos a entregar presentes ao nosso uber-Jardel.

E ainda temos uma convocatória entalada na garganta, que se pode desprender à conta de golos bem gritados. Há uns quantos portugueses que, pela primeira vez, estão desgostosos por ir passar uns dias numa ilha paradisíaca em vez de aterrarem na Alemanha. Pela milésima vez poderão mostrar que mesmo ignorados, são melhores. 

Esta época é verde. Resta saber o quão verde. Acredito que muitíssimo. Só é pena que o Jamor não estique.

Prognósticos antes da Taça

Vem aí o jogo que encerra a temporada oficial de futebol. O jogo que nos pode valer a dobradinha, 22 anos depois. O embate contra o FC Porto no Estádio Nacional ("estádio de Oeiras", como dizia desdenhosamente aquele senhor que acaba de ser escorraçado pelos sócios lá na freguesia da Campanhã).

Jogo grande: final da Taça de Portugal. Com pontapé de saída previsto para as 17.15 de domingo.

A última vez que vencemos este título foi em 2019, com Marcel Keizer ao leme da equipa. Derrotando precisamente o FCP de Sérgio Conceição.

Como será agora? Deixem aqui os vossos prognósticos.

Gonçalo tem lugar no plantel leonino

Portugal vice-campeão europeu sub-19

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A selecção portuguesa perdeu ontem a final, por 0-1, contra a Itália - que assim vingou a derrota contra nós há cinco anos, quando nos sagrámos campeões europeus sub-19.

Agora somos a segunda melhor selecção UEFA neste escalão etário. 

Recordo que foi uma selecção remendada, a que esteve às ordens do competente treinador Joaquim Milheiro: só do Sporting, cinco jogadores foram impedidos por Rúben Amorim de se deslocar a Malta. 

Selecção remendada, mas que chegou longe e não envergonhou ninguém.

Saldo muito positivo: cinco jogos, quatro vitórias, uma derrota tangencial, 14 golos marcados e apenas três sofridos.

 

Vários destes rapazes, espero, chegarão longe como profissionais do futebol. Gostei de Gustavo Sá (médio ofensivo, do Famalicão), Gabriel Brás (defesa, do FC Porto) e Carlos Borges (extremo, do Manchester City B). 

Mas quem mais apreciei, claro, foi Rodrigo Ribeiro (três golos nesta competição) e sobretudo Gonçalo Esteves, jogador muito acima da média em termos técnicos e com versatilidade suficiente para ter feito ontem duas posições em campo: começou como ala direito, passou para ala esquerdo e ainda fez incursões como interior esquerdo. Com visão de jogo, inegável domínio da bola e sem nunca virar a cara ao confronto individual.

Concluo, reforçando aquilo que já escrevi aqui: Gonçalo tem lugar no plantel leonino 2023/2024. Espero que Amorim conte com ele.

Esta noite veremos

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Trincão e Jota, campeões europeus sub-19 em 2018, na Finlândia

 

Formar jogadores, no futebol profissional, é também ensiná-los a vencer. Habituá-los desde cedo que não interessa apenas competir por competir: importa ganhar títulos e troféus. Não apenas no clube, mas em tudo. 

Pela mesma lógica, os jogadores que formamos devem querer desde cedo ir à selecção. Basta olhar para o exemplo de Cristiano Ronaldo, o mais internacional do mundo. Nunca desertou da representação nacional, atribui valor especial a envergar o símbolo de Portugal na camisola e aos 38 anos ainda demonstra entusiasmo em campo como se fosse um recém-chegado, como muito recentemente confirmou.

Apontar exemplos destes também é formar.

 

Vem isto a propósito da final de logo à noite, em Malta. Está em jogo o Campeonato da Europa sub-19: defrontaremos a Itália, que já derrotámos por 5-1 na fase de grupos.

Se vencermos, como espero, será o segundo triunfo português num Europeu sub-19. Já ganhámos o de 2018, na Finlândia, derrotando precisamente Itália nessa final disputada a 29 de Julho. Havia três jovens do Sporting nesse lote de campeões: Thierry Correia, Miguel Luís e Elves Baldé. Outros três viriam a actuar no nosso clube em fase posterior e com sortes diversas: João Virgínia, Rúben Vinagre e Francisco Trincão - este o melhor marcador do certame, com cinco golos.

Foi um trabalho de continuidade. Vários deles tinham sido campeões europeus sub-17 dois anos antes, em Maio de 2016, no Azerbaijão: Thierry, Vinagre, Miguel Luís - e também Luís Maximiano e Rafael Leão. Sempre sob o comando de Hélio Sousa.

Uns singraram, outros não: é assim a vida. 

Mas estes títulos conquistados tão cedo na carreira já ninguém lhos tira. Estão inscritos na galeria da UEFA.

 

Esta noite veremos se haverá novo motivo para festejar. Estarei com a selecção, claro. Como estou sempre.

Ganhem ou percam, o percurso de qualquer deles não será fácil. Nunca é. Mas torna-se menos duro e menos difícil para quem começa desde cedo a habituar-se às vitórias. Faz parte da formação, faz parte da evolução. 

E quem só quiser "jogar por jogar", reúna uns amigos e vá dar uns toques para a praia.

Sem chama, sem emoção, sem risco

Péssimo cartaz para o futebol, a final da Liga dos Campeões entre Manchester City e Inter - ganha pelo clube inglês por margem tangencial (1-0). Num jogo chato, monótono, sem chama, sem emoção, sem risco.

O milionário City de Guardiola financiado por petrodólares conseguiu enfim ingressar na lista de vencedores da prova-rainha da modalidade. Quanto à qualidade do espectáculo, esteve ao nível de uma partida entre equipas do meio da tabela da Liga portuguesa. 

O Sporting jogou bem melhor em três jogos desta época europeia do que qualquer dos finalistas de ontem.

Ainda a final: as substituições de Amorim

 

Analisemos, uma por uma, as substituições desta final da Taça da Liga ingloriamente perdida para o FC Porto. 

Para avaliarmos até que ponto há (ou não) qualidade no nosso banco.

 

Nuno Santos por Fatawu (55') - É verdade que o Nuno esteve longe das suas melhores exibições, muito apagado nesta final. Mas o miúdo ganês, quase sem rodagem na equipa principal e de quem ainda há pouco se dizia que seria emprestado a outro clube, limitou-se a um fogacho ou outro, como seria de esperar. 

 

Edwards por Trincão (80') - Alguém viu o ex-Braga em campo? Eu não. Excepto num rematezinho de cabeça aos 90'+4. Bem longe do alvo, sem surpresa para ninguém. Falta de intensidade parece ser uma das características principais deste jogador.

 

Coates por St. Juste (80') - O holandês foi o maior responsável pela nossa passividade defensiva no golo de Marcano, que arrumou a final aos 86': o espanhol movimentou-se à vontade e atirou como quis para o lado que lhe deu mais jeito.

 

Morita por Tanlongo (84'): Incomparáveis. Começa mal, o recém-chegado argentino, no capítulo disciplinar. Esteve para Otávio como Wendell para Pedro Gonçalves: mereceu ir tomar duche mais cedo com vermelho directo. Teve sorte porque nem o árbitro nem o vídeo-árbitro repararam neste lance também.

 

Ugarte por Arthur (84'): O brasileiro que veio do Estoril vai-se revelando decepcionante jogo após jogo. Ao ponto de já não faltar quem se questione se é mesmo reforço.

Pódio: Edwards, Porro, Ugarte

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-FC Porto, da final da Taça da Liga, pelos três diários desportivos:

 

Edwards: 16

Porro: 15

Ugarte: 14

Gonçalo Inácio: 14

Matheus Reis: 13

Fatawu: 13

Pedro Gonçalves: 12

Trincão: 11

Nuno Santos: 11

Morita: 11

Coates: 11

Paulinho: 10

Adán: 10

St. Juste: 9

Tanlongo: 6

Arthur: 1

 

A Bola elegeu Edwards como melhor Leão em campo. O Jogo optou por Matheus Reis. O Record escolheu Porro.

O dia seguinte

Foi um jogo do qual consegui ver a 1.ª parte em directo e a 2.ª já pela noite dentro, também só agora tenho disponibilidade para escrever estas linhas, depois da leitura do meu jornal de sempre e dos posts dos meus colegas de blogue e respectivos comentários. Vou-me ficar então pelo essencial:

1. O Sporting perdeu a final da Taça da Liga. E com isso um dos objectivos da época. Isso é um facto. Se a época não estava a correr bem, pior ficou. Ficam apenas o acesso à Champions e a chegada a fases avançadas da Liga Europa para alcançar.

2. O proclamado melhor árbitro português João Pinheiro fez mais uma vez uma arbitragem tendenciosa e vergonhosa (nota 3 segundo o ressabiado Duarte Gomes) que prejudicou inegavelmente o Sporting, de olhos completamente tapados às simulações, agarrões e agressões dos jogadores do Porto, completamente abertos aos desarmes e aos contactos dos cotovelos com as cabeças baixas dos adversários dos jogadores do Sporting. Se calhar eram contas para saldar com Pinto da Costa pelo Porto-Benfica no Dragão, mas se era isso que saldasse as contas com fruta e chocolate. Mas não era só isso, o que esse senhor tem feito de mal ao Sporting como árbitro e como VAR dava para um bom livro.

2. O rufia Otávio, além de ter conseguido cavar faltas e amarelos, quase rebentou com o joelho de Porro naquele jeito dos jogadores do Porto de se atirarem para cima do adversário mais próximo e se rebolarem no chão. Como é que um rufia daqueles chegou a internacional por Portugal? Como é que o Macaco foi líder da claque de Portugal? Como é que um Sérgio Conceição consegue inventar um misto de futebol com wrestling que dá resultados? Como é que o secretário de estado aparece colado a Pinto da Costa? 

3. Rúben Amorim, depois da expulsão de Paulinho, fechou a loja. E fez bem, o jogo tinha ali terminado. Logo saíram Coates, Ugarte, Morita e Edwards a pensar no jogo de quarta-feira. A alternativa era mesmo sair toda a equipa e o Porto que jogasse sozinho, que metesse os suplentes e os árbitros do outro lado, que não faltasse nada ao Pinto da Costa e ao ajudante de campo.

4. Frederico Varandas depois do jogo veio falar mas falhou no essencial, pôr nomes aos bois. Claro que o Pinto da Costa vai cair da cadeira um dia destes, o Soares Dias e o João Pinheiro chegarão ao limite de idade para roubar, mas depois deles outros virão e alguns deles, como o 4.º árbitro Cláudio Pereira, não são exactamente melhores. Não, a arbitragem não está nada muito melhor, nem o Sporting está a ser mais respeitado, como ele afirmou. Apenas estão mais vigiados, mas isso só aguça o engenho dos vigaristas de sempre, com Pinto da Costa à cabeça.

5. No que respeita ao plantel, por um lado o jogo evidenciou as suas carências amplificadas pelas condições em que Ugarte e Morita regressaram do Catar, por outro mais uma vez falharam e clamorosamente alguns dos mais experientes, Adán, Paulinho e Nuno Santos. Assim não há hipótese para o resto da temporada.

6. No que respeita às duas maiores claques do clube, o seu comportamento no estádio e no pavilhão é cada vez mais um atentado aos interesses do clube, e ou se alcança um acordo bom para todos que altere comportamentos ou então se pune exemplarmente, ao nível do clube, quem pratica tais actos. Quantas expulsões de sócios existiram depois das de Bruno de Carvalho? Zero? Como é que querem o estádio e o pavilhão cheios neste ambiente de programada javardice? Ontem pelos vistos cairam tochas na bancada onde estavam muitos sócios do clube.

E agora? Agora há que vencer o Braga na quarta-feira, e eu vou lá estar.

SL

Vitória imerecida

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É o próprio treinador do FC Porto que o reconhece.

Aquilo que disse: "Foi uma vitória difícil, imerecida, contra um bom Sporting"

(o vídeo está no Mais Futebol e não oferece dúvidas).

Apesar do próprio treinador adversário reconhecer que o Sporting merecia ter vencido, há sportinguistas que preferem dizer que João Pinheiro fez uma excelente arbitragem, o VAR foi fantástico, Pepe não fez teatro quando recebeu um remate de Pedro Gonçalves na perna e esteve cerca de dois ou três minutos no chão a contorcer-se com, supostas, dores, Otávio é  um "gentlemen", dirige-se sempre ao árbitro em termos correctos, para além de ser um exemplo de fair-play com os adversários, dialogando sempre de forma respeitosa.

Para esses sportinguistas, dizia, a culpa foi do Adán, do João Paulo (quantos lances iguais já vimos passarem sem cartão, o murro de Pepe a Coates não foi mais grave?), da equipa que não joga nada, do Amorim, do Hugo Viana e do Varandas, todos os outros intervenientes estiveram bem, a cáfila de árbitros esteve óptima, fantástica e até é pena árbitros tão bons não terem estado no Mundial, a equipa do FC Porto, então, esteve maravilhosa, concentrada, a jogar o jogo pelo jogo, sem cometer faltas, sem perdas de tempo, sempre a colaborar com o árbitro, num diálogo respeitoso, já para não falar na forma elevada e cheia de desportivismo que utilizou durante todo o jogo na relação com os jogadores do Sporting.

Resumindo, Sérgio Conceição afirma que o Sporting mereceu a vitória, os "sportinguistas", pensam que não.

Houve circo em Leiria

1) Na linguagem dos bolólogos o fêquêpê é exímio em "dois momentos do jogo": o de de dar paulada à bruta, seja descaradamente seja à sorrelfa; e o de mergulhar ao mais ligeiro toque. "Definem" muito bem em ambas as "transições". Em face disto, com eles nunca há futebol, apenas um circo grotesco. Porque jogam assim? Simples: porque podem. Que bestas como Otávio ou Pepe tenham envergado a camisola da selecção diz muito do estado geral do futebol português, dos seus dirigentes e dos seus árbitros.

2) Definitivamente o problema do Sporting é Paulinho. Seria interessante saber qual é o xG dele nestes dois anos. Se comparado com a quantidade de golos marcados, talvez se verifiquem os números mais espantosos da Europa.

3) Para juntar insulto ao agravo, das claques leoninas foram atirados foguetes contra o banco do Sporting. Nenhum outro clube tem uma quinta coluna de provocadores a soldo dos inimigos como o Sporting. Tão habituais são estes vergonhosos incidentes que começa a ser legítimo levantar a suspeita de que esses bandidos actuam pelo menos com a complacência, se não mesmo com a conivência, das autoridades.

4) Aproveito para chamar à atenção da direcção do Sporting que tem menos de uma semana para vender ainda Ugarte, Morita e Edwards, os jogadores com mercado. O equilíbrio financeiro do clube atingirá a perfeição quando chegar a zero.

Quente & frio

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Marcano acaba de marcar o segundo, aos 86', selando o resultado: Sporting perdeu final

Foto: Paulo Novais / Lusa

 

Gostei muito da exibição global do Sporting na primeira parte desta final da Taça da Liga disputada em Leiria com o FC Porto. Superioridade no terreno, aliás traduzida em número de remates: oito, contra apenas um da equipa adversária. Neste período tivemos duas bolas aos ferros (Porro mandou um petardo à trave, a mais de 30 metros de distãncia, Pedro Gonçalves viu uma bola desviar-se para o poste e um passe soberbo a isolar Edwards aos 13' dar golo, infelizmente anulado por deslocação de 41 cm). Partida disputada taco a taco até à expulsão de Paulinho, aos 71'. Mesmo com um a menos na meia hora final, o jogo terminou com superioridade leonina em remates: 11-4. Infelizmente, superioridade que não se traduziu no resultado: 0-2. Final perdida, após três vencidas - uma com Marcel Keizer, duas com Rúben Amorim. Pior: até agora, nesta época, fomos incapazes de marcar ao FCP. Balanço destes confrontos: dois jogos, duas derrotas, cinco golos sofridos. Nem um golito conseguimos marcar-lhes nesta que está a ser a nossa segunda mais negativa temporada de sempre.

 

Gostei das exibições de Pedro Gonçalves, já salientado, e de Edwards. Fizeram pressão alta, ganharam diversos lances individuais e revelaram boa reacção à perda de bola. Mas o nosso melhor, sem sombra de dúvida, foi Pedro Porro. Precisamente no dia em que se despediu dos adeptos, como ficou bem evidente na sua reacção emotiva junto da bancada no fim desta partida. Jogou e fez jogar, sempre em rendimento máximo. No primeiro tempo imperou no seu corredor, neutralizando Wendell. Grandes passes longos, infelizmente desaproveitados, para Nuno Santos (28') e Morita (31'). O petardo à barra foi dele (36'). Tentou novamente o golo num remate rasteiro que Cláudio Ramos só à segunda defendeu (47'). O melhor em campo. Infelizmente, na despedida.

 

Gostei pouco do desempenho de alguns dos nossos jogadores, que revelaram défice de inteligência emocional. Com destaque para Adán, um dos protagonistas - pela negativa - desta final perdida. Monumental frango logo aos 10', vendo a bola rematada à distância por Eustáquio escapar-lhe entre as luvas - a fazer lembrar aquela tarde negra em Marselha para a Liga dos Campeões. Também para Paulinho: após falhar o golo da praxe, aos 42', viu dois amarelos em oito minutos (63' por falta táctica e 71' por conduta antidesportiva ao acertar com um cotovelo na cara de Otávio quando conduzia a bola), levando-nos a ficar reduzidos a dez e pondo o campo inclinado em definitivo para o FCP. E ainda para Matheus Reis, que chegu a encostar o nariz à cara do árbitro aos 90'+6, totalmente descontrolado: viu só amarelo quando podia ter visto vermelho directo. Fala-se muito dos jovens, mas foram alguns dos jogadores mais experientes a enterrar a equipa nesta final. 

 

Não gostei da arbitragem de João Pinheiro, confirmando a sua inaptidão para esta tarefa e demonstrando por que motivo não houve apitadores portugueses no recente Mundial do Catar. Disparidade clara no critério disciplinar: poupou cartões a Pepê por tentativa grosseira de simulação de penálti e a João Mário por travar ataque prometedor a Fatawu, que lhe fez um túnel (65'). Poupou Wendell à expulsão (67') após o portista esmurrar Pedro Gonçalves no peito - sendo aqui a falha imputável sobretudo ao vídeo-árbitro, Tiago Martins. É certo que podia ter feito o mesmo ao  imprudente Tanlongo, que teve o mesmo gesto contra Otávio à beira do fim, mas aí o jogo já estava definitivamente estragado por acção e omissão do árbitro.

 

Não gostei nada de comprovar que as substituições feitas por Rúben Amorim não acrescentaram qualidade à equipa: é um problema estrutural, existente desde o primeiro dia desta triste temporada 2022/2023. Nem do clamoroso falhanço colectivo da nossa defesa que levou Marcano, central portista, a sentenciar a partida aos 86' isolado perante Adán. Gostei ainda menos de ver uma larga franja de membros da Juventude Leonina, uma vez mais, transformar o incentivo à equipa em berraria rasca contra a turma adversária gritando «O Porto é merda!» Comportamento indigno de um clube com as tradições e os pergaminhos do Sporting que acaba por dar moral à equipa que enfrentamos. Muito pior foi o arremesso de tochas, a partir dos 55', vindas do sector do estádio onde se concentravam esses elementos - em direcção ao nosso banco de suplentes, ainda por cima. Esta gente está a mais no futebol. Esta gente afugenta o cidadão comum dos estádios. Esta gente, que no final também queimou cadeiras, devia experimentar, na pele, as novas medidas punitivas para quem usa material pirotécnico em recintos desportivos: prisão até cinco anos ou multa até 600 dias

É dia de jogo

Chegámos assim à final da Taça da Liga e vamos defrontar aquela equipa que teve os adversários mais fáceis para aqui chegar, e pode até fazer descansar metade do onze na meia-final. Aquele cumprimento frio do dois treinadores que jogaram juntos no Porto entende-se, não é normal que um ex-Porto não facilite perante o seu clube do coração, os exemplos são tantos que nem merece a pena elencar. 

Vamos ter mais uma vez aquele árbitro que expulsou Coates no ano passado no Dragão e assim viciou o resultado do jogo, o árbitro dos três penaltis do Taremi em Alvalade, um árbitro que no Porto-Benfica nem parecia o mesmo. Uma verdadeira encomenda. Mas o que não tem solução está solucionado. Vamos a jogo.

Os dois treinadores conhecem-se bem, as duas equipas também, vamos ter um jogo muito controlado de ambas as partes à espera que aconteça um golo que obrigue a equipa que o sofreu a correr atrás do prejuízo. E depois será outro jogo.

As debilidades de cada equipa também são conhecidas, no Porto a defesa quando confrontada por adversários em contra-ataque rápido, no Sporting o meio-campo em inferioridade numérica, pelo que imagino que o Porto vai tentar cansar e amarelar os dois médios e o Sporting recuar os interiores para auxiliar os médios e arrancar em contra-ataque. Quando Ugarte e Morita encostarem às boxes vamos ter ali um problema.

Porro e muito bem vai jogar, não se repetiu a asneira do Matheus Nunes, Trincão está de volta e ajuda mais a linha média que Edwards.

O onze inicial deverá então ser o seguinte:

Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Porro, Ugarte, Morita e Nuno Santos; Trincão, Paulinho e Pedro Gonçalves.

No banco deverão estar Israel, St.Juste, Marsà, Esgaio, Arthur Gomes, Tanlongo, Rochinha e Jovane.

Esta conquista é importante!

Confiança total nesta equipa, confiança total em Rúben Amorim!

SL

{ Blogue fundado em 2012. }

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