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És a nossa Fé!

Gonçalo tem lugar no plantel leonino

Portugal vice-campeão europeu sub-19

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A selecção portuguesa perdeu ontem a final, por 0-1, contra a Itália - que assim vingou a derrota contra nós há cinco anos, quando nos sagrámos campeões europeus sub-19.

Agora somos a segunda melhor selecção UEFA neste escalão etário. 

Recordo que foi uma selecção remendada, a que esteve às ordens do competente treinador Joaquim Milheiro: só do Sporting, cinco jogadores foram impedidos por Rúben Amorim de se deslocar a Malta. 

Selecção remendada, mas que chegou longe e não envergonhou ninguém.

Saldo muito positivo: cinco jogos, quatro vitórias, uma derrota tangencial, 14 golos marcados e apenas três sofridos.

 

Vários destes rapazes, espero, chegarão longe como profissionais do futebol. Gostei de Gustavo Sá (médio ofensivo, do Famalicão), Gabriel Brás (defesa, do FC Porto) e Carlos Borges (extremo, do Manchester City B). 

Mas quem mais apreciei, claro, foi Rodrigo Ribeiro (três golos nesta competição) e sobretudo Gonçalo Esteves, jogador muito acima da média em termos técnicos e com versatilidade suficiente para ter feito ontem duas posições em campo: começou como ala direito, passou para ala esquerdo e ainda fez incursões como interior esquerdo. Com visão de jogo, inegável domínio da bola e sem nunca virar a cara ao confronto individual.

Concluo, reforçando aquilo que já escrevi aqui: Gonçalo tem lugar no plantel leonino 2023/2024. Espero que Amorim conte com ele.

Esta noite veremos

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Trincão e Jota, campeões europeus sub-19 em 2018, na Finlândia

 

Formar jogadores, no futebol profissional, é também ensiná-los a vencer. Habituá-los desde cedo que não interessa apenas competir por competir: importa ganhar títulos e troféus. Não apenas no clube, mas em tudo. 

Pela mesma lógica, os jogadores que formamos devem querer desde cedo ir à selecção. Basta olhar para o exemplo de Cristiano Ronaldo, o mais internacional do mundo. Nunca desertou da representação nacional, atribui valor especial a envergar o símbolo de Portugal na camisola e aos 38 anos ainda demonstra entusiasmo em campo como se fosse um recém-chegado, como muito recentemente confirmou.

Apontar exemplos destes também é formar.

 

Vem isto a propósito da final de logo à noite, em Malta. Está em jogo o Campeonato da Europa sub-19: defrontaremos a Itália, que já derrotámos por 5-1 na fase de grupos.

Se vencermos, como espero, será o segundo triunfo português num Europeu sub-19. Já ganhámos o de 2018, na Finlândia, derrotando precisamente Itália nessa final disputada a 29 de Julho. Havia três jovens do Sporting nesse lote de campeões: Thierry Correia, Miguel Luís e Elves Baldé. Outros três viriam a actuar no nosso clube em fase posterior e com sortes diversas: João Virgínia, Rúben Vinagre e Francisco Trincão - este o melhor marcador do certame, com cinco golos.

Foi um trabalho de continuidade. Vários deles tinham sido campeões europeus sub-17 dois anos antes, em Maio de 2016, no Azerbaijão: Thierry, Vinagre, Miguel Luís - e também Luís Maximiano e Rafael Leão. Sempre sob o comando de Hélio Sousa.

Uns singraram, outros não: é assim a vida. 

Mas estes títulos conquistados tão cedo na carreira já ninguém lhos tira. Estão inscritos na galeria da UEFA.

 

Esta noite veremos se haverá novo motivo para festejar. Estarei com a selecção, claro. Como estou sempre.

Ganhem ou percam, o percurso de qualquer deles não será fácil. Nunca é. Mas torna-se menos duro e menos difícil para quem começa desde cedo a habituar-se às vitórias. Faz parte da formação, faz parte da evolução. 

E quem só quiser "jogar por jogar", reúna uns amigos e vá dar uns toques para a praia.

Sem chama, sem emoção, sem risco

Péssimo cartaz para o futebol, a final da Liga dos Campeões entre Manchester City e Inter - ganha pelo clube inglês por margem tangencial (1-0). Num jogo chato, monótono, sem chama, sem emoção, sem risco.

O milionário City de Guardiola financiado por petrodólares conseguiu enfim ingressar na lista de vencedores da prova-rainha da modalidade. Quanto à qualidade do espectáculo, esteve ao nível de uma partida entre equipas do meio da tabela da Liga portuguesa. 

O Sporting jogou bem melhor em três jogos desta época europeia do que qualquer dos finalistas de ontem.

Ainda a final: as substituições de Amorim

 

Analisemos, uma por uma, as substituições desta final da Taça da Liga ingloriamente perdida para o FC Porto. 

Para avaliarmos até que ponto há (ou não) qualidade no nosso banco.

 

Nuno Santos por Fatawu (55') - É verdade que o Nuno esteve longe das suas melhores exibições, muito apagado nesta final. Mas o miúdo ganês, quase sem rodagem na equipa principal e de quem ainda há pouco se dizia que seria emprestado a outro clube, limitou-se a um fogacho ou outro, como seria de esperar. 

 

Edwards por Trincão (80') - Alguém viu o ex-Braga em campo? Eu não. Excepto num rematezinho de cabeça aos 90'+4. Bem longe do alvo, sem surpresa para ninguém. Falta de intensidade parece ser uma das características principais deste jogador.

 

Coates por St. Juste (80') - O holandês foi o maior responsável pela nossa passividade defensiva no golo de Marcano, que arrumou a final aos 86': o espanhol movimentou-se à vontade e atirou como quis para o lado que lhe deu mais jeito.

 

Morita por Tanlongo (84'): Incomparáveis. Começa mal, o recém-chegado argentino, no capítulo disciplinar. Esteve para Otávio como Wendell para Pedro Gonçalves: mereceu ir tomar duche mais cedo com vermelho directo. Teve sorte porque nem o árbitro nem o vídeo-árbitro repararam neste lance também.

 

Ugarte por Arthur (84'): O brasileiro que veio do Estoril vai-se revelando decepcionante jogo após jogo. Ao ponto de já não faltar quem se questione se é mesmo reforço.

Pódio: Edwards, Porro, Ugarte

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-FC Porto, da final da Taça da Liga, pelos três diários desportivos:

 

Edwards: 16

Porro: 15

Ugarte: 14

Gonçalo Inácio: 14

Matheus Reis: 13

Fatawu: 13

Pedro Gonçalves: 12

Trincão: 11

Nuno Santos: 11

Morita: 11

Coates: 11

Paulinho: 10

Adán: 10

St. Juste: 9

Tanlongo: 6

Arthur: 1

 

A Bola elegeu Edwards como melhor Leão em campo. O Jogo optou por Matheus Reis. O Record escolheu Porro.

O dia seguinte

Foi um jogo do qual consegui ver a 1.ª parte em directo e a 2.ª já pela noite dentro, também só agora tenho disponibilidade para escrever estas linhas, depois da leitura do meu jornal de sempre e dos posts dos meus colegas de blogue e respectivos comentários. Vou-me ficar então pelo essencial:

1. O Sporting perdeu a final da Taça da Liga. E com isso um dos objectivos da época. Isso é um facto. Se a época não estava a correr bem, pior ficou. Ficam apenas o acesso à Champions e a chegada a fases avançadas da Liga Europa para alcançar.

2. O proclamado melhor árbitro português João Pinheiro fez mais uma vez uma arbitragem tendenciosa e vergonhosa (nota 3 segundo o ressabiado Duarte Gomes) que prejudicou inegavelmente o Sporting, de olhos completamente tapados às simulações, agarrões e agressões dos jogadores do Porto, completamente abertos aos desarmes e aos contactos dos cotovelos com as cabeças baixas dos adversários dos jogadores do Sporting. Se calhar eram contas para saldar com Pinto da Costa pelo Porto-Benfica no Dragão, mas se era isso que saldasse as contas com fruta e chocolate. Mas não era só isso, o que esse senhor tem feito de mal ao Sporting como árbitro e como VAR dava para um bom livro.

2. O rufia Otávio, além de ter conseguido cavar faltas e amarelos, quase rebentou com o joelho de Porro naquele jeito dos jogadores do Porto de se atirarem para cima do adversário mais próximo e se rebolarem no chão. Como é que um rufia daqueles chegou a internacional por Portugal? Como é que o Macaco foi líder da claque de Portugal? Como é que um Sérgio Conceição consegue inventar um misto de futebol com wrestling que dá resultados? Como é que o secretário de estado aparece colado a Pinto da Costa? 

3. Rúben Amorim, depois da expulsão de Paulinho, fechou a loja. E fez bem, o jogo tinha ali terminado. Logo saíram Coates, Ugarte, Morita e Edwards a pensar no jogo de quarta-feira. A alternativa era mesmo sair toda a equipa e o Porto que jogasse sozinho, que metesse os suplentes e os árbitros do outro lado, que não faltasse nada ao Pinto da Costa e ao ajudante de campo.

4. Frederico Varandas depois do jogo veio falar mas falhou no essencial, pôr nomes aos bois. Claro que o Pinto da Costa vai cair da cadeira um dia destes, o Soares Dias e o João Pinheiro chegarão ao limite de idade para roubar, mas depois deles outros virão e alguns deles, como o 4.º árbitro Cláudio Pereira, não são exactamente melhores. Não, a arbitragem não está nada muito melhor, nem o Sporting está a ser mais respeitado, como ele afirmou. Apenas estão mais vigiados, mas isso só aguça o engenho dos vigaristas de sempre, com Pinto da Costa à cabeça.

5. No que respeita ao plantel, por um lado o jogo evidenciou as suas carências amplificadas pelas condições em que Ugarte e Morita regressaram do Catar, por outro mais uma vez falharam e clamorosamente alguns dos mais experientes, Adán, Paulinho e Nuno Santos. Assim não há hipótese para o resto da temporada.

6. No que respeita às duas maiores claques do clube, o seu comportamento no estádio e no pavilhão é cada vez mais um atentado aos interesses do clube, e ou se alcança um acordo bom para todos que altere comportamentos ou então se pune exemplarmente, ao nível do clube, quem pratica tais actos. Quantas expulsões de sócios existiram depois das de Bruno de Carvalho? Zero? Como é que querem o estádio e o pavilhão cheios neste ambiente de programada javardice? Ontem pelos vistos cairam tochas na bancada onde estavam muitos sócios do clube.

E agora? Agora há que vencer o Braga na quarta-feira, e eu vou lá estar.

SL

Vitória imerecida

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É o próprio treinador do FC Porto que o reconhece.

Aquilo que disse: "Foi uma vitória difícil, imerecida, contra um bom Sporting"

(o vídeo está no Mais Futebol e não oferece dúvidas).

Apesar do próprio treinador adversário reconhecer que o Sporting merecia ter vencido, há sportinguistas que preferem dizer que João Pinheiro fez uma excelente arbitragem, o VAR foi fantástico, Pepe não fez teatro quando recebeu um remate de Pedro Gonçalves na perna e esteve cerca de dois ou três minutos no chão a contorcer-se com, supostas, dores, Otávio é  um "gentlemen", dirige-se sempre ao árbitro em termos correctos, para além de ser um exemplo de fair-play com os adversários, dialogando sempre de forma respeitosa.

Para esses sportinguistas, dizia, a culpa foi do Adán, do João Paulo (quantos lances iguais já vimos passarem sem cartão, o murro de Pepe a Coates não foi mais grave?), da equipa que não joga nada, do Amorim, do Hugo Viana e do Varandas, todos os outros intervenientes estiveram bem, a cáfila de árbitros esteve óptima, fantástica e até é pena árbitros tão bons não terem estado no Mundial, a equipa do FC Porto, então, esteve maravilhosa, concentrada, a jogar o jogo pelo jogo, sem cometer faltas, sem perdas de tempo, sempre a colaborar com o árbitro, num diálogo respeitoso, já para não falar na forma elevada e cheia de desportivismo que utilizou durante todo o jogo na relação com os jogadores do Sporting.

Resumindo, Sérgio Conceição afirma que o Sporting mereceu a vitória, os "sportinguistas", pensam que não.

Houve circo em Leiria

1) Na linguagem dos bolólogos o fêquêpê é exímio em "dois momentos do jogo": o de de dar paulada à bruta, seja descaradamente seja à sorrelfa; e o de mergulhar ao mais ligeiro toque. "Definem" muito bem em ambas as "transições". Em face disto, com eles nunca há futebol, apenas um circo grotesco. Porque jogam assim? Simples: porque podem. Que bestas como Otávio ou Pepe tenham envergado a camisola da selecção diz muito do estado geral do futebol português, dos seus dirigentes e dos seus árbitros.

2) Definitivamente o problema do Sporting é Paulinho. Seria interessante saber qual é o xG dele nestes dois anos. Se comparado com a quantidade de golos marcados, talvez se verifiquem os números mais espantosos da Europa.

3) Para juntar insulto ao agravo, das claques leoninas foram atirados foguetes contra o banco do Sporting. Nenhum outro clube tem uma quinta coluna de provocadores a soldo dos inimigos como o Sporting. Tão habituais são estes vergonhosos incidentes que começa a ser legítimo levantar a suspeita de que esses bandidos actuam pelo menos com a complacência, se não mesmo com a conivência, das autoridades.

4) Aproveito para chamar à atenção da direcção do Sporting que tem menos de uma semana para vender ainda Ugarte, Morita e Edwards, os jogadores com mercado. O equilíbrio financeiro do clube atingirá a perfeição quando chegar a zero.

Quente & frio

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Marcano acaba de marcar o segundo, aos 86', selando o resultado: Sporting perdeu final

Foto: Paulo Novais / Lusa

 

Gostei muito da exibição global do Sporting na primeira parte desta final da Taça da Liga disputada em Leiria com o FC Porto. Superioridade no terreno, aliás traduzida em número de remates: oito, contra apenas um da equipa adversária. Neste período tivemos duas bolas aos ferros (Porro mandou um petardo à trave, a mais de 30 metros de distãncia, Pedro Gonçalves viu uma bola desviar-se para o poste e um passe soberbo a isolar Edwards aos 13' dar golo, infelizmente anulado por deslocação de 41 cm). Partida disputada taco a taco até à expulsão de Paulinho, aos 71'. Mesmo com um a menos na meia hora final, o jogo terminou com superioridade leonina em remates: 11-4. Infelizmente, superioridade que não se traduziu no resultado: 0-2. Final perdida, após três vencidas - uma com Marcel Keizer, duas com Rúben Amorim. Pior: até agora, nesta época, fomos incapazes de marcar ao FCP. Balanço destes confrontos: dois jogos, duas derrotas, cinco golos sofridos. Nem um golito conseguimos marcar-lhes nesta que está a ser a nossa segunda mais negativa temporada de sempre.

 

Gostei das exibições de Pedro Gonçalves, já salientado, e de Edwards. Fizeram pressão alta, ganharam diversos lances individuais e revelaram boa reacção à perda de bola. Mas o nosso melhor, sem sombra de dúvida, foi Pedro Porro. Precisamente no dia em que se despediu dos adeptos, como ficou bem evidente na sua reacção emotiva junto da bancada no fim desta partida. Jogou e fez jogar, sempre em rendimento máximo. No primeiro tempo imperou no seu corredor, neutralizando Wendell. Grandes passes longos, infelizmente desaproveitados, para Nuno Santos (28') e Morita (31'). O petardo à barra foi dele (36'). Tentou novamente o golo num remate rasteiro que Cláudio Ramos só à segunda defendeu (47'). O melhor em campo. Infelizmente, na despedida.

 

Gostei pouco do desempenho de alguns dos nossos jogadores, que revelaram défice de inteligência emocional. Com destaque para Adán, um dos protagonistas - pela negativa - desta final perdida. Monumental frango logo aos 10', vendo a bola rematada à distância por Eustáquio escapar-lhe entre as luvas - a fazer lembrar aquela tarde negra em Marselha para a Liga dos Campeões. Também para Paulinho: após falhar o golo da praxe, aos 42', viu dois amarelos em oito minutos (63' por falta táctica e 71' por conduta antidesportiva ao acertar com um cotovelo na cara de Otávio quando conduzia a bola), levando-nos a ficar reduzidos a dez e pondo o campo inclinado em definitivo para o FCP. E ainda para Matheus Reis, que chegu a encostar o nariz à cara do árbitro aos 90'+6, totalmente descontrolado: viu só amarelo quando podia ter visto vermelho directo. Fala-se muito dos jovens, mas foram alguns dos jogadores mais experientes a enterrar a equipa nesta final. 

 

Não gostei da arbitragem de João Pinheiro, confirmando a sua inaptidão para esta tarefa e demonstrando por que motivo não houve apitadores portugueses no recente Mundial do Catar. Disparidade clara no critério disciplinar: poupou cartões a Pepê por tentativa grosseira de simulação de penálti e a João Mário por travar ataque prometedor a Fatawu, que lhe fez um túnel (65'). Poupou Wendell à expulsão (67') após o portista esmurrar Pedro Gonçalves no peito - sendo aqui a falha imputável sobretudo ao vídeo-árbitro, Tiago Martins. É certo que podia ter feito o mesmo ao  imprudente Tanlongo, que teve o mesmo gesto contra Otávio à beira do fim, mas aí o jogo já estava definitivamente estragado por acção e omissão do árbitro.

 

Não gostei nada de comprovar que as substituições feitas por Rúben Amorim não acrescentaram qualidade à equipa: é um problema estrutural, existente desde o primeiro dia desta triste temporada 2022/2023. Nem do clamoroso falhanço colectivo da nossa defesa que levou Marcano, central portista, a sentenciar a partida aos 86' isolado perante Adán. Gostei ainda menos de ver uma larga franja de membros da Juventude Leonina, uma vez mais, transformar o incentivo à equipa em berraria rasca contra a turma adversária gritando «O Porto é merda!» Comportamento indigno de um clube com as tradições e os pergaminhos do Sporting que acaba por dar moral à equipa que enfrentamos. Muito pior foi o arremesso de tochas, a partir dos 55', vindas do sector do estádio onde se concentravam esses elementos - em direcção ao nosso banco de suplentes, ainda por cima. Esta gente está a mais no futebol. Esta gente afugenta o cidadão comum dos estádios. Esta gente, que no final também queimou cadeiras, devia experimentar, na pele, as novas medidas punitivas para quem usa material pirotécnico em recintos desportivos: prisão até cinco anos ou multa até 600 dias

É dia de jogo

Chegámos assim à final da Taça da Liga e vamos defrontar aquela equipa que teve os adversários mais fáceis para aqui chegar, e pode até fazer descansar metade do onze na meia-final. Aquele cumprimento frio do dois treinadores que jogaram juntos no Porto entende-se, não é normal que um ex-Porto não facilite perante o seu clube do coração, os exemplos são tantos que nem merece a pena elencar. 

Vamos ter mais uma vez aquele árbitro que expulsou Coates no ano passado no Dragão e assim viciou o resultado do jogo, o árbitro dos três penaltis do Taremi em Alvalade, um árbitro que no Porto-Benfica nem parecia o mesmo. Uma verdadeira encomenda. Mas o que não tem solução está solucionado. Vamos a jogo.

Os dois treinadores conhecem-se bem, as duas equipas também, vamos ter um jogo muito controlado de ambas as partes à espera que aconteça um golo que obrigue a equipa que o sofreu a correr atrás do prejuízo. E depois será outro jogo.

As debilidades de cada equipa também são conhecidas, no Porto a defesa quando confrontada por adversários em contra-ataque rápido, no Sporting o meio-campo em inferioridade numérica, pelo que imagino que o Porto vai tentar cansar e amarelar os dois médios e o Sporting recuar os interiores para auxiliar os médios e arrancar em contra-ataque. Quando Ugarte e Morita encostarem às boxes vamos ter ali um problema.

Porro e muito bem vai jogar, não se repetiu a asneira do Matheus Nunes, Trincão está de volta e ajuda mais a linha média que Edwards.

O onze inicial deverá então ser o seguinte:

Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Porro, Ugarte, Morita e Nuno Santos; Trincão, Paulinho e Pedro Gonçalves.

No banco deverão estar Israel, St.Juste, Marsà, Esgaio, Arthur Gomes, Tanlongo, Rochinha e Jovane.

Esta conquista é importante!

Confiança total nesta equipa, confiança total em Rúben Amorim!

SL

O gigante belga

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Thibaut Courtois, campeão de Espanha e campeão europeu

 

O futebol é desporto colectivo, sim. Mas com partidas decisivas em que um só jogador pode fazer toda a diferença.

Assim foi, ontem à noite, na final da Liga dos Campeões disputada no Stade de France. A turma madrilena aguentou o ímpeto ofensivo do vice-campeão inglês, que se foi instalando no meio-campo adversário sempre de olhos na baliza. Desenhando as jogadas mais diversas. Acontece que na baliza do Real estava um gigante apostado em levar para casa o mais cobiçado troféu da modalidade a nível de clubes: Thibaut Courtois. Com os seus 2 metros de altura, parecia preencher todo o espaço disponível na linha de meta. 

É a Courtois, guarda-redes titular da selecção belga e desde 2018 em Madrid, que a larga falange de adeptos do Real deve este 14.º título europeu, arrancado a ferros na segunda parte com um fabuloso passe cruzado de Valverde para Vinicius encostar, com um Alexander-Arnold incapaz de cobrir o ágil extremo brasileiro.

Foi o segundo e último remate da turma merengue nesta final: o anterior, ainda no primeiro tempo, resultou em golo de Benzema anulado por deslocação.

 

Antes e depois do intervalo, tudo fez o Liverpool para triunfar. Mesmo sabendo que chegava muito mais desgastado a este confronto após disputa cerrada pelo título inglês, perdido mesmo ao cair do pano para o Manchester City por apenas um ponto. Muito mais tranquilos os madrilenos, com o campeonato garantido há várias semanas e a certeza de terem eliminado o City numa quase miraculosa meia-final em que fizeram o primeiro remate enquadrado só aos 90'.

Agora mantiveram a toada: dois remates, um dos quais resultou no golo solitário que decidiu o título. Na baliza, o gigante belga fechava tudo. Impediu o Liverpool cinco vezes de marcar - quatro por Salah, uma por Sadio Mané. O craque egípcio tentou de várias maneiras, em jeito e em força: foi incapaz de superar Courtois. O destino do jogo estava traçado: desilusão máxima para os pupilos de Jürgen Klopp, sem avançado fixo; júbilo sem fim para o plantel orientado por Carlo Ancelotti, que não hesitou em fazer linha defensiva com cinco para travar as investidas inglesas.

 

Não ganhou o melhor: ganhou o mais eficaz. Resultadista? Sim, à Mourinho - que há dias conquistou o seu quinto título europeu. Sem problema em "jogar feio", em conceder iniciativa ao adversário, em fazer da fraqueza força. Obedecendo à estratégia do técnico italiano, agora detentor de quatro Ligas dos Campeões - duas pelo Milan (2003, 2007), outras tantas pelo Real (2014, 2022).

E, claro, com Courtois a fazer toda a diferença. Campeão de Espanha, campeão europeu. Pena a Bola de Ouro fazer de conta que os guarda-redes não existem: em 65 edições, só uma vez distinguiu alguém nesta posição - o russo Lev Yashin, em 1963. Este ano o prémio devia ser do gigante belga.

 

ADENDA: Por cá, a maioria dos prognósticos atribuía vitória ao Liverpool. Não se confirmaram.

Prognósticos antes da final

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Stade de France, onde Portugal se sagrou campeão europeu em 2016

 

Não é meu costume estender estes prognósticos a finais europeias, mas vou abrir uma excepção. Perguntando a quem me lê qual será o resultado do decisivo desafio que vai opor amanhã, a partir das 20.00 (hora portuguesa, excepto nos Açores), o Liverpool ao Real Madrid. Naquela que se antevê como uma espectacular final da Liga dos Campeões. Chegou a estar marcada para a Rússia, mas a guerra em curso na Ucrânia desde 24 de Fevereiro levou a UEFA a trocar Sampetersburgo pelo Stade de France parisiense, onde Portugal se sagrou campeão europeu em 2016. 

Estarão em confronto dois colossos europeus. Os madrilenos, vencedores de 13 títulos máximos do futebol do nosso continente - em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002, 2014, 2016, 2017 e 2018. Os ingleses, seis vezes vencedores - em 1977, 1978, 1981, 1984, 2005 e 2019. Os primeiros comandados pelo italiano Carlo Ancelotti, os segundos pelo alemão Jürgen Klopp. 

Quem vencerá? E quem marcará os golos? Aguardo os vossos vaticínios.

 

Pelo Liverpool devem actuar Alisson, Alexander-Arnold, Konaté, Van Dijk, Robertson, Henderson, Thiago Alcântara, Keïta, Salah, Mané e Luis Díaz. E o Real pode apresentar Courtois, Carvajal, Éder Militão, Alaba, Mendy, Kroos, Casemiro, Modrić, Valverde, Benzema e Vinícius.

Com Fabinho e Firmino em dúvida pelos reds e o jovem brasileiro Rodrygo, estrela absoluta da épica meia-final ao marcar dois golos pelo campeão espanhol contra o Manchester City, podendo figurar no onze inicial madrileno.

Se quiserem, aproveitem também para revelar por qual destes dois clubes torcem mais.

Mourinho

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Quem sabe, nunca esquece. José Mourinho, que muitos davam já como «acabado» e varrido para um rodapé do futebol, acaba de fazer história, uma vez mais. Levando a sua Roma a vencer a edição inaugural da Liga Conferência numa final disputada na Albânia contra o Feyernood. Com exibição superlativa de Rui Patrício: o guarda-redes formado em Alcochete salvou a equipa romana de dois golos certos, segurando o 1-0.

Foi a quinta final europeia disputada pelo técnico setubalense. E o seu quinto triunfo: na hora decisiva, continua sem falhar. Como tinha acontecido na Liga dos Campeões (FC Porto, 2004; Inter, 2010), Taça UEFA (FC Porto, 2003) e Liga Europa (Manchester United, 2017). É o primeiro treinador a vencer todas as provas desportivas organizadas pela UEFA.

Está visto: merece bem mais do que um rodapé. Cada vez que inscreve outro título no seu currículo (soma já 26, em Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha) lembro-me sempre que podia ter sido treinador do Sporting. Chegou a sê-lo, aliás, em tarde repleta de gritos e ameaças, num daqueles desvarios colectivos que volta e meia atingem Alvalade como um relâmpago. Contratado e descontratado no mesmo dia. 

A concorrência, lá em cima, agradeceu.

Foi você que pediu o Sporting em mais uma final da UEFA Futsal Champions League?

Pois é. O hábito começa a fazer o monge e o Sporting está na final da UEFA Futsal Champions League, após bater por conclusivos 6-2 o Asnières Villeneuve 92 (ACCS) do português Ricardinho. 

O Sporting dominou toda a partida e não fora um ato irrefletido de Panny Varela, porventura excessivamente castigado com vermelho direto aos 18´ da 1ª parte, e o Sporting teria chegado ao intervalo a vencer por 3-0. Na sequência da expulsão, a equipa francesa reduziu. Na 2ª parte, após o 2º golo francês, o Sporting não deu mais hipótese e com 2 golos de rajada fechou o resultado. 

Os marcadores dos golos leoninos foram- 1ª parte: Esteban Guerrero 5´, Tomás Paçó 11´, Merlim 12´; 2ª parte: Diego Cavinato 25´, Merlim 30´e Cardinal 33´. Pelo ACCS marcou Lutin 18´ e Galmim 28´.

Agora resta aguardar pelo resultado do jogo de hoje entre Barcelona e Benfica para saber com quem o SPORTING, campeão em título, disputa a final no domingo às 16 horas, a ser transmitido pela Sporting TV. Atualizando, haverá reedição da final do ano passado, com o Barcelona que venceu o Benfica no prolongamento por 5-4. Oxalá se repita também o resultado. Spoorting 💚🦁

 

É lidar

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Na tribuna do estádio Magalhães Pessoa, em Leiria, após a final da Taça da Liga

 

Em pouco mais de três anos, desde que ascendeu à presidência do Sporting, Frederico Varandas habituou os sportinguistas a vitórias regulares e constantes. 

Só no futebol vencemos estes títulos e troféus:

- 1 Campeonato Nacional

- 1 Taça de Portugal

- 3 Taças da Liga

- 1 Supertaça

 

Na época em curso, já conquistámos a Supertaça e a Taça da Liga, que nos credita como campeões de Inverno pelo segundo ano consecutivo.

Ainda no futebol, transitámos para os oitavos da Liga dos Campeões, proeza só´uma vez antes alcançada.

 

E que mais? Lideramos os campeonatos nacionais de futsal, andebol e basquetebol. Estamos em segundo, colados ao primeiro, no campeonato de hóquei em patins. Nesta época já vencemos as Taças de Portugal de basquetebol e voleibol, a Taça da Liga de futsal e as supertaças de básquete e futebol feminino.

A nível internacional, somos campeões europeus de futsal e hóquei em patins. Nestes três anos ganhámos outra Liga dos Campeões de futsal, além de uma Liga Europeia e uma Taça Continental de hóquei e duas Ligas dos Campeões de judo. 

Há quem não goste? Paciência, é lidar.

O dia seguinte

Alguém disse, e com razão, que as finais não são para se jogar, são para se ganhar.

O Sporting ganhou mais esta final porque foi muito mais tudo que o Benfica. Mais equipa, mais mentalidade ganhadora, mais controlo do jogo, mais ocasiões de golo, mais individualidades a destacar-se.

O Benfica só disfarçou a coisa porque marcou na única vez em que ameaçou a baliza de Adán, um belo golo dum Cebolinha que anda a perder tempo naquela confusão de sítio quando poderia explodir no 3-4-3 de Amorim.

Tudo isto não quer dizer que o Sporting tenha feito uma grande exibição. As duas derrotas fizeram mossa, a articulação do tridente ofensivo deixou muito a desejar, voltaram a esconder-se atrás dos defesas contrários e Paulinho... mais uma na trave. Pode não ganhar a Bota de Prata, mas o Poste de Prata ninguém lho tira.

Gonçalo Inácio e Ricardo Esgaio estiveram muito bem, demonstraram mais uma vez a raça de que são feitos, e a injustiça de como foram tratados por alguma escumalha das redes sociais depois das noites infelizes que tiveram. Se calhar ao jeito que ainda ontem em plena primeira parte num sítio conhecido se desancava sem piedade nos jogadores do Sporting e se sugeria que o lampião Amorim conspirava para fugir para o outro lado da 2.ª circular.

Mais um título ganho nestes últimos três anos: 1 CN, 1 TP,  1 ST, 3 TL. E continuamos na luta para mais dois. Sabendo reconhecer quer as forças visíveis e invisíveis, algumas mafiosas, dos rivais, quer as falhas proprias, sem bazófia, concentrados, jogo a jogo.

 

#JogoAJogo

SL

É isto

Porro prepara-se para entrar, está junto a Amorim e ambos olham para o jogo. Fora do plano o Sporting aproxima-se com perigo da baliza adversária. Sabemos isto porque Porro ferra a mão no casaco de Amorim e sacode-o todo, com o fervor de quem remataria se estivesse lá. Amorim liberta-se a custo, muito sacolejado, dá um calduço paternal em Porro e manda-o lá para dentro. Mesmo antes de entrar em campo Porro estica os braços no ar em "V" como quem diz: "cá vou eu." 
É esta a imagem perfeita do meu Sporting. 

 

Superioridade

Bem sei que não há justifiça num resultado de futebol. A lei da bola é em muito subjectiva e a sentença final de qualquer jogo são os golos e o resultado final que a ditam. Mas, caramba, teria sido uma injustiça do tamanho do estádio de Leiria se o nosso Sporting não tivesse sido campeão de Inverno contra um adversário que joga tão pouco. Durante os 90 minutos só o Sporting fez por ganhar e só o Sporting se mostrou equipa e ao serviço de um plano de jogo claro de campeão.

Que a enorme superioridade que manifestámos ontem se repita nos restantes desafios que temos pela frente. 
No ano passado o título de campeão de Inverno foi um belíssimo presságio da conquista mais desejada. Que este ano se repita.

Temos equipa, jogadores, treinador, sócios e adeptos para isso. Vamos! Jogo a jogo! Essa fórmula que tanta alegria já nos deu, continua a dar e, acredito, continuará a dar.

Pódio: Sarabia, Gonçalo Inácio, M. Nunes

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Benfica, final da Taça da Liga, pelos três diários desportivos:

 

Sarabia: 20

Gonçalo Inácio: 19

Matheus Nunes: 17

Matheus Reis: 17

Palhinha: 17

Esgaio: 16

Feddal: 16

Porro: 15

Paulinho: 15

Adán: 15

Pedro Gonçalves: 14

Neto: 13

Nuno Santos: 7

Ugarte: 7

Tiago Tomás: 6

 

Os três jornais elegeram Sarabia como melhor em campo.

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