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És a nossa Fé!

Não fizeram falta nenhuma

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Houve festa do futebol no estádio municipal de Leiria, sábado passado, na final ali disputada entre Sporting e Benfica. Como é sabido, quando soou o apito final havia empate: 1-1. Nos 14 penáltis que se seguiram, a sorte sorriu aos encarnados, que levantaram o troféu enquanto a nossa equipa prestava guarda de honra, numa louvável demonstração de desportivismo.

O estádio encheu, havia numerosas famílias nas bancadas, não faltaram sequer pessoas lado a lado com cachecóis e bandeiras dos dois finalistas.

Quem não marcou presença, fazendo birrinha, foram as claques dos dois clubes. Em protesto contra sei lá o quê. Pois ainda bem que ficaram a milhas. Não fizeram falta nenhuma. Pouparam os adeptos a berros, insultos, javardice, potes de fumo, petardos e tochas.

Devia ser sempre assim.

Pódio: Morten, Diomande, Maxi Araújo

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Benfica, final da Taça da Liga, por quatro diários desportivos:

 

Morten: 25

Diomande: 24

Maxi Araújo: 23

Quenda: 22

Israel: 22

St. Juste: 22

Gyökeres: 21

João Simões: 20

Geny: 18

Eduardo Quaresma: 17

Trincão: 15

Debast: 11

Fresneda: 11

Harder: 10

 

Todos os jornais elegeram Morten como melhor Leão em campo.

Seguir em frente

Rui Borges mantém-se invicto ao comando da equipa de futebol profissional do Sporting. Mesmo tendo disputado até agora três dos seus quatro jogos enquanto treinador leonino contra os nossos dois históricos rivais. 

Esta noite aconteceu mais um: a final da Taça da Liga, tendo o Benfica como adversário. A partida chegou ao fim empatada 1-1 - resultado construído ao intervalo, com golos de Schjelderup (29') e Gyökeres (43').

Final muito intensa, com emotivos duelos em várias zonas do terreno e o resultado em aberto até ao último lance. O empate acabou por desfazer-se só após 13 pontapés de grande penalidade: acabámos por perder 7-6. Com um jogador a fazer a diferença, pela negativa: Trincão rematou sem força, permitindo a defesa de Trubin. Ao contrário do que tinham feito Gyökeres, Morten, Harder, Maxi Araújo, Debast e Quenda.

Entregue o título, concentremo-nos nas competições que ainda disputamos. Sobretudo na Liga: mantemos intactas as aspirações à conquista do bicampeonato.

Com Rui Borges ao leme, claro. Após esta final, tenho confiança reforçada no nosso treinador - e a certeza de que a esmagdora maioria dos adeptos pensa como eu.

Vamos lá então seguir em frente.

O dia seguinte

Custa muito perder assim uma Taça, no sétimo penálti, mas as coisas são assim mesmo, ganhou a equipa mais competente nesse momento do jogo. Cabia a Trincão fazer o que os "putos" Harder e Quenda fizeram. Mas não é por isso que existem motivos para dar os parabéns a todos, Trincão incluído, pelo excelente jogo que fizeram.

Mesmo sem meia dúzia de jogadores importantes, mesmo com um ou outro jogador muito desgastado, mesmo sem tempo para treinar um novo sistema táctico, a equipa sempre pareceu confortável no jogo, defendendo com competência e intensidade, atacando com objectividade. Pelo meio, várias jogadas de excelência, alguns jogadores numa das suas melhores noites com a camisola do Sporting, como Diomande, Maxi, Hjulmand e Quenda, e um ritmo de jogo sempre em crescendo perante um adversário com  alguns jogadores de classe extra.

O jogo foi sempre muito equilibrado e repartido entre as duas áreas, os defesas quase sempre a levar a melhor sobre os avançados contrários, o meio-campo era uma zona de passagem. Muitas chegadas à area, muito poucas ocasiões claras de golo.

Rui Borges conseguiu transformar o modelo de jogo do Sporting, recuperando o melhor da herança táctica e estratégica do Rúben Amorim, colocando os jogadores confortáveis em posições que bem conhecem, dando protagonismo aos melhores, valorizando os jogadores. Falta ainda melhor saída a jogar a partir da defesa, e também melhor gestão da posse, sabendo quando fazer circular a bola e quando atacar a profundidade. Mas isso virá com o tempo.

 

Assim, depois do pesadelo que foram as seis semanas de João Pereira, temos todas as razões para supor que vamos ser felizes esta época.

Melhor em campo? Hjulmand, um monstro no meio-campo.

Arbitragem? Impecável, desta vez nada a dizer do Pinheiro.

E agora? Temos equipa, mas faltam jogadores importantes a começar pelo "mágico" Pote. Que voltem depressa para podermos ter outra rotação nos titulares e outra frescura nos jogos.

 

PS: Ia-me esquecendo que no onze inicial do Sporting estavam dois miúdos de 17 anos, Quenda e João Simões, ainda há pouco vice-campeões da Europa em sub17, e no banco estava o Eduardo Felicissimo, também ele da mesma fornada. Assim não vamos ganhar o título de juniores. Bom, por acaso até ficámos fora da série de apuramento de campeão.

SL

Ecos do Europeu (24)

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Nem sempre podemos dizer isto, mas desta vez ninguém tem dúvidas: venceu a melhor selecção. Aquela que exibiu melhor futebol, aquela que obteve melhores resultados, a que seduziu milhões de pessoas em todo o mundo durante este Euro 2024, disputado ao longo dum mês. A Espanha do seleccionador Luis de la Fuente, digna herdeira daquele já quase lendário plantel orientado (primeiro) por Luis Aragonés e (depois) por Vicente del Bosque que venceu dois Europeus e um Mundial em apenas quatro anos.

Ontem à noite, no Estádio Olímpico de Berlim, nuestros hermanos venceram o seu quarto Campeonato da Europa, juntando-o aos de 1964, 2008 e 2012. Isolaram-se como país mais conquistador deste cobiçado troféu - que foi nosso em 2016. E revelaram ao Planeta Futebol dois extraordinários jogadores, que fizeram a diferença: Nico Williams e Lamine Yamal, extremos de pés trocados, dignos herdeiros da eterna magia do futebol de rua.

Foram eles a construir o golo inicial, aos 47'. Num magnífico exemplo de futebol de ataque, concretizado com toques rápidos e olhar fixo na baliza. Bem servido por Carvajal junto à linha direita, Yamal fez um passe de ruptura, lateralizado, Olmo deixou-a passar arrastando os centrais e Williams apareceu solto de marcação pela esquerda, culminando o lance da melhor maneira num remate cruzado.

Futebol clássico, futebol moderno, o futebol de sempre. Protagonizado por um miúdo de 22 anos do At. Bilbau, filho de imigrantes do Gana, e por um miúdo que na véspera festejara 17 anos, nascido na Catalunha de pai marroquino e mãe da Guiné Equatorial.

Vieram do quase-nada, já conseguiram quase tudo.

 

E no entanto até foram os ingleses a criar a única oportunidade de golo da primeira parte. Aos 45'+1, por Foden. Unai Simón estava lá para o travar.

A Inglaterra tentou reagir. No banco e no campo. Aos 61', o seleccionador Gareth Southgate mandou sair Harry Kane, trocando-o por Watkins: tinha a fezada de repetir a fórmula que resultou na meia-final frente à Holanda. Aos 64', Bellingham - goleador do Real Madrid, apagado a jogar como interior esquerdo na selecção - fez a bola roçar o poste num remate rasteiro. Aos 66', a genial dupla Nico-Lamine construiu um golo que só o guarda-redes Pickford conseguiu travar. Aos 73', o recém-entrado Palmer empatou num fortíssimo remate rasteiro.

Renascia por instantes a esperança inglesa. O espectáculo refinava-se, digno de uma final, em ritmo de parada-e-resposta. Aos 82', nova parceria Nico-Lamine com toque de brilhantismo: Pickford voltou a brilhar entre os postes.

Adivinhava-se prolongamento. Mas não foi necessário: Oyarzabal - que substituíra Morata aos 68' - sentenciou a partida aos 87', com preciosa assistência de Cucurella, este indiferente aos assobios que lhe dirigiam nas bancadas desde o início da partida. 

Tudo ainda podia acontecer. Esteve quase para ocorrer o empate, no minuto 90. Unai Simón defendeu à queima-roupa e Olmo, em missão defensiva, afasta-a de cabeça na recarga em cima da linha de baliza. Festejando o corte como se tivesse marcado golo.

 

Caía o pano. Southgate confirmava a fama de pé frio: segunda final consecutiva perdida, após a queda em casa, há três anos, frente aos italianos, na roleta dos penáltis finais. A Inglaterra continua em estado virgem, sem títulos nos Europeus. E o único Mundial que venceu foi o de 1966, aquele em que Eusébio mais brilhou.

Espanha inteira festeja. E com motivos para isso. Após vitórias sucessivas contra a Croácia (3-0), Itália (1-0), Albânia (1-0), Geórgia (4-1), Alemanha (2-1), França (2-1) e agora Inglaterra. Três antigos campeões do mundo derrubados. 

Craques, além do mencionados? Rodri, que não hesito em qualificar como melhor médio actual do mundo: é o verdadeiro pêndulo da equipa, o principal factor de segurança, um referencial de estabilidade. Sem surpresa, foi designado Jogador do Torneio

Outro: Fabián Ruiz. Longe de ser titular absoluto no PSG, revelou-se um dos grandes obreiros deste título europeu de Espanha. A construir golos e a marcá-los. Conciliando eficácia com talento desportivo.

Outro ainda: Dani Olmo, médio ofensivo do Leipzig. Começou no banco, terminou a titular. Imprescindível na selecção campeã. Autêntico todo-o-terreno, este catalão que «parece alemão», como dizem por lá. 

Sai do Europeu como melhor marcador, a par de Kane, Musiala (Alemanha), Mikautadze (Geórgia), Cody Gakpo (Holanda) e Schranz (Eslováquia): todos com três marcados. Soube a pouco. Longe dos cinco de Cristiano Ronaldo, rei dos marcadores no Euro 2021. Único aspecto em que este Campeonato da Europa disputado na Alemanha desiludiu.

 

Com dois golos e uma assistência, Williams foi eleito melhor jogador da final do Euro 2024. Com todo o mérito, com toda a justiça. Numa selecção campeã que integrava nove jogadores oriundos do País Basco: nada como o futebol para limar divergências políticas. 

Irá voar agora mais alto, rumo ao Barcelona. Onde promete fazer parceria inesquecível com Yamal. Mas isso já é outra história.

 

Espanha, 2 - Inglaterra, 1 (final do Euro 2024)

 

Leitura complementar: A Espanha é campeã da Europa porque o futebol ainda sorri de volta a quem não o jogar com medo. De Diogo Pombo, na Tribuna Expresso.

Pódio: Eduardo, Coates, Gonçalo Inácio

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-FC Porto, da final da Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Eduardo Quaresma: 17

Coates: 17

Gonçalo Inácio: 16

Pedro Gonçalves: 15

Morten: 15

Nuno Santos: 14

Daniel Bragança: 13

Diomande: 12

Morita: 12

Gyökeres: 12

Trincão: 11

Diogo Pinto: 11

St. Juste: 10

Koba: 10

Esgaio: 10

Geny: 9

Paulinho: 6

 

A Bola elegeu Gonçalo Inácio como melhor Leão em campo. O Jogo optou por Coates. O Record escolheu Eduardo Quaresma.

Detestar perder

O campeão ser vulgarizado como foi pelo terceiro classificado da liga, que ficou a 18 pontos da liderança, é detestável. E isto escrevo, não como desabafo, mas como wishful thinking. Traduzo (e não apenas do inglês): Eu desejo que o destestar perder seja um dos sentimentos dominantes da equipa na época 2024/2025. Temporada que eu espero tenha começado a ser preparada imediatamente a seguir ao apito final no Jamor. 

E por perder entenda-se não ganhar os desafios e embates para os quais temos mais do que qualidade e argumentos para vencer. 

Este ano fomos campeões. Para o ano seremos bicampeões, vencedores da Supertaça, Taça de Portugal e com um percursos vitorioso na Europa. 

Foi isto que Amorim disse aos jogadores ainda no balneário. Foi isto que os jogadores disseram uns aos outros antes de partirem de férias.

O dia seguinte

Hoje no Jamor não tivemos o Sporting campeão nacional 2024, foi mais o Sporting 4.º classificado em 2023 que entregou ao Marselha os dois jogos da Champions. Só assim se entende termos perdido a Taça de Portugal perante um adversário que tem um óptimo guarda-redes e o resto pratica um futewrestling muito eficaz para cavar faltas e penáltis, condicionar arbitragens e forçar decisões favoráveis. O cerco que montaram ao árbitro ao intervalo foi miserável e esteve à vista de todos. Treinador expulso, mas isso é normal. O tal bandido referido pelo nosso presidente expulso de presidente pelos associados do clube mas que recusou largar o tacho e as compensações, chorou (de quanto vai ser o último cheque?), reveu-se no desfecho.

 

Três lances foram decisivos na entrega da Taça:

1. Por volta dos 30 minutos, com1-0 no marcador e por cima do jogo, Catamo falha a intersecção duma bola alta, assistindo o ponta de lança do Porto para o golo.

2. Logo a seguir, duma bola lançada em profundidade, St. Juste arrisca ir atrás daquele palhaço do Porto que faz um número de circo de nota tão elevada que logo o Veríssimo aproveitou para decidir o jogo. A falta é mais que discutível, o lugar depende de que falta estamos a falar, entre livre e expulsão e penálti sem expulsão, foi marcado o pior para o Sporting.

3. Já no prolongamento, dum lançamento em profundidade em direcção à linha de fundo, Diogo Pinto arrisca a saída, acerta no adversário e estraga tudo o que de bom tinha feito até ali.

O resto resume-se à luta inglória do Sporting perante um adversário a jogar em superioridade numérica, sempre a jogar pelo seguro e no desgaste, e com o conforto de lhe terem oferecido as chaves do encontro.

 

A festa dos campeões que se prolongou esta semana na CML ajudou a este desfecho? Não faço ideia. As três situações atrás referidas resultaram de erros individuais. Como nos tais dois jogos com o Marselha. E nem Catamo, nem St. Juste, nem Diogo Pinto entraram com a  rodagem / experiência daqueles que falharam nessa altura.

A convocatória e as justificações esfarrapadas do Martinez contribuiram para este resultado?  Pelos vistos sim, Pedro Gonçalves e Trincão estiveram irreconhecíveis e Nuno Santos mostrou as insuficiências defensivas. Já o Conceição filho jogou, mergulhou e sarrafou cheio de moral.

Arbitragem? Coitado do Veríssimo, por muitas dúvidas que tenha no lance que ditou a expulsão de St. Juste não foi por ele que perdemos. Jogar contra o árbitro em reclamação constante não leva a lado nenhum.

 

Melhor em campo? Quaresma. Se calhar com ele em vez de Catamo no onze inicial tínhamos ganho o jogo, digo eu. Depois dele Hjulmand, Coates e Diomande. 

Lição para o futuro? Só por milagre ganharemos alguma coisa sem um grande guarda-redes que faça a diferença. Ok, aconteceu este ano. Então é porque foi mesmo um milagre.

E agora? Passado o efeito do champanhe do título e provado o vinagre de hoje, é tempo de descansar e depois reflectir sobre o que correu melhor e pior esta época e projectar a próxima, uma época de Champions que começará com a Supertaça contra o adversário de hoje. Para mim é claro que há que melhorar em alguns parâmetros, mas isso é tema para outros posts. 

SL

O espírito de conquista

Deveria começar este postal pela enorme vitória de ontem no pavilhão João Rocha e consequente vitória no campeonato contra a equipa do FCPorto, mas inicio pela vitória da equipa de futsal pela margem mínima no pavilhão adversário dos Leões de Porto Salvo. Quase a meio da segunda parte o Sporting encontrou-se a perder por dois a zero. Mas ao invés do que antigamente temia, agora não me preocupei e em dois minutos a equipa comandada por Nuno Dias deu a volta no marcador acabando por ganhar por quatro a três.

É este espírito de conquista que Rúben Amorim colocou nos corações dos Sportinguistas. Antes, e sempre que jogávamos contra adversários da nossa valia, crescia dentro de nós aquela incerteza do resultado.

Hoje sabemos que temos valia, coragem, competência para levarmos de vencida qualquer adversário que nos surja pela frente. Foi há dias no hóquei, foi ontem no andebol, foi há semanas no futebol e será em muitos mais jogos e modalidades.

Por isso esta tarde o Sporting entrará no Jamor envolto num manto do tal espirito de conquista que Amorim tão bem conseguiu construir ao redor da sua equipa e que de alguma forma se tem alastrado às outras modalidades.

Finalmente como diz o nosso hino: A vitória sempre nossa, viva o Sporting!

Nem é preciso rebentar, basta abrir a porta

O Sporting procura domingo a primeira dobradinha em mais de vinte anos. Como campeão e melhor equipa nacional, estatisticamente e exibicionalmente, é favorito, o que não garante nada a não ser otimismo  e ambição.

Os do Porto quererão despedir-se de Jorge Nuno e talvez de Sérgio da melhor forma e nós quereremos dar continuidade à festa. Eles têm um bom guarda-redes, um bom trinco, dois espalhas-brasas-brinca-na-areia e dois avançados goleadores meio adormecidos que esperemos que o sol do Jamor não acorde. Também têm tendência para ter os nervos fracos e ver gigantes em moinhos de vento (ou mesmo portas da Linha). 

Nós temos um júnior na baliza, bem guardado por Coates e companhia; uma junção nipo-dinamarquesa no miolo e alas verdadeiramente diferenciados e sempre prontos a entregar presentes ao nosso uber-Jardel.

E ainda temos uma convocatória entalada na garganta, que se pode desprender à conta de golos bem gritados. Há uns quantos portugueses que, pela primeira vez, estão desgostosos por ir passar uns dias numa ilha paradisíaca em vez de aterrarem na Alemanha. Pela milésima vez poderão mostrar que mesmo ignorados, são melhores. 

Esta época é verde. Resta saber o quão verde. Acredito que muitíssimo. Só é pena que o Jamor não estique.

Prognósticos antes da Taça

Vem aí o jogo que encerra a temporada oficial de futebol. O jogo que nos pode valer a dobradinha, 22 anos depois. O embate contra o FC Porto no Estádio Nacional ("estádio de Oeiras", como dizia desdenhosamente aquele senhor que acaba de ser escorraçado pelos sócios lá na freguesia da Campanhã).

Jogo grande: final da Taça de Portugal. Com pontapé de saída previsto para as 17.15 de domingo.

A última vez que vencemos este título foi em 2019, com Marcel Keizer ao leme da equipa. Derrotando precisamente o FCP de Sérgio Conceição.

Como será agora? Deixem aqui os vossos prognósticos.

Gonçalo tem lugar no plantel leonino

Portugal vice-campeão europeu sub-19

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A selecção portuguesa perdeu ontem a final, por 0-1, contra a Itália - que assim vingou a derrota contra nós há cinco anos, quando nos sagrámos campeões europeus sub-19.

Agora somos a segunda melhor selecção UEFA neste escalão etário. 

Recordo que foi uma selecção remendada, a que esteve às ordens do competente treinador Joaquim Milheiro: só do Sporting, cinco jogadores foram impedidos por Rúben Amorim de se deslocar a Malta. 

Selecção remendada, mas que chegou longe e não envergonhou ninguém.

Saldo muito positivo: cinco jogos, quatro vitórias, uma derrota tangencial, 14 golos marcados e apenas três sofridos.

 

Vários destes rapazes, espero, chegarão longe como profissionais do futebol. Gostei de Gustavo Sá (médio ofensivo, do Famalicão), Gabriel Brás (defesa, do FC Porto) e Carlos Borges (extremo, do Manchester City B). 

Mas quem mais apreciei, claro, foi Rodrigo Ribeiro (três golos nesta competição) e sobretudo Gonçalo Esteves, jogador muito acima da média em termos técnicos e com versatilidade suficiente para ter feito ontem duas posições em campo: começou como ala direito, passou para ala esquerdo e ainda fez incursões como interior esquerdo. Com visão de jogo, inegável domínio da bola e sem nunca virar a cara ao confronto individual.

Concluo, reforçando aquilo que já escrevi aqui: Gonçalo tem lugar no plantel leonino 2023/2024. Espero que Amorim conte com ele.

Esta noite veremos

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Trincão e Jota, campeões europeus sub-19 em 2018, na Finlândia

 

Formar jogadores, no futebol profissional, é também ensiná-los a vencer. Habituá-los desde cedo que não interessa apenas competir por competir: importa ganhar títulos e troféus. Não apenas no clube, mas em tudo. 

Pela mesma lógica, os jogadores que formamos devem querer desde cedo ir à selecção. Basta olhar para o exemplo de Cristiano Ronaldo, o mais internacional do mundo. Nunca desertou da representação nacional, atribui valor especial a envergar o símbolo de Portugal na camisola e aos 38 anos ainda demonstra entusiasmo em campo como se fosse um recém-chegado, como muito recentemente confirmou.

Apontar exemplos destes também é formar.

 

Vem isto a propósito da final de logo à noite, em Malta. Está em jogo o Campeonato da Europa sub-19: defrontaremos a Itália, que já derrotámos por 5-1 na fase de grupos.

Se vencermos, como espero, será o segundo triunfo português num Europeu sub-19. Já ganhámos o de 2018, na Finlândia, derrotando precisamente Itália nessa final disputada a 29 de Julho. Havia três jovens do Sporting nesse lote de campeões: Thierry Correia, Miguel Luís e Elves Baldé. Outros três viriam a actuar no nosso clube em fase posterior e com sortes diversas: João Virgínia, Rúben Vinagre e Francisco Trincão - este o melhor marcador do certame, com cinco golos.

Foi um trabalho de continuidade. Vários deles tinham sido campeões europeus sub-17 dois anos antes, em Maio de 2016, no Azerbaijão: Thierry, Vinagre, Miguel Luís - e também Luís Maximiano e Rafael Leão. Sempre sob o comando de Hélio Sousa.

Uns singraram, outros não: é assim a vida. 

Mas estes títulos conquistados tão cedo na carreira já ninguém lhos tira. Estão inscritos na galeria da UEFA.

 

Esta noite veremos se haverá novo motivo para festejar. Estarei com a selecção, claro. Como estou sempre.

Ganhem ou percam, o percurso de qualquer deles não será fácil. Nunca é. Mas torna-se menos duro e menos difícil para quem começa desde cedo a habituar-se às vitórias. Faz parte da formação, faz parte da evolução. 

E quem só quiser "jogar por jogar", reúna uns amigos e vá dar uns toques para a praia.

Sem chama, sem emoção, sem risco

Péssimo cartaz para o futebol, a final da Liga dos Campeões entre Manchester City e Inter - ganha pelo clube inglês por margem tangencial (1-0). Num jogo chato, monótono, sem chama, sem emoção, sem risco.

O milionário City de Guardiola financiado por petrodólares conseguiu enfim ingressar na lista de vencedores da prova-rainha da modalidade. Quanto à qualidade do espectáculo, esteve ao nível de uma partida entre equipas do meio da tabela da Liga portuguesa. 

O Sporting jogou bem melhor em três jogos desta época europeia do que qualquer dos finalistas de ontem.

Ainda a final: as substituições de Amorim

 

Analisemos, uma por uma, as substituições desta final da Taça da Liga ingloriamente perdida para o FC Porto. 

Para avaliarmos até que ponto há (ou não) qualidade no nosso banco.

 

Nuno Santos por Fatawu (55') - É verdade que o Nuno esteve longe das suas melhores exibições, muito apagado nesta final. Mas o miúdo ganês, quase sem rodagem na equipa principal e de quem ainda há pouco se dizia que seria emprestado a outro clube, limitou-se a um fogacho ou outro, como seria de esperar. 

 

Edwards por Trincão (80') - Alguém viu o ex-Braga em campo? Eu não. Excepto num rematezinho de cabeça aos 90'+4. Bem longe do alvo, sem surpresa para ninguém. Falta de intensidade parece ser uma das características principais deste jogador.

 

Coates por St. Juste (80') - O holandês foi o maior responsável pela nossa passividade defensiva no golo de Marcano, que arrumou a final aos 86': o espanhol movimentou-se à vontade e atirou como quis para o lado que lhe deu mais jeito.

 

Morita por Tanlongo (84'): Incomparáveis. Começa mal, o recém-chegado argentino, no capítulo disciplinar. Esteve para Otávio como Wendell para Pedro Gonçalves: mereceu ir tomar duche mais cedo com vermelho directo. Teve sorte porque nem o árbitro nem o vídeo-árbitro repararam neste lance também.

 

Ugarte por Arthur (84'): O brasileiro que veio do Estoril vai-se revelando decepcionante jogo após jogo. Ao ponto de já não faltar quem se questione se é mesmo reforço.

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