Os mesmos que agora clamam contra a «evidente falta de qualidade» do plantel leonino são aqueles que há poucos meses gritavam contra Fernando Santos por não convocar elementos do Sporting para o Mundial do Catar.
Faz sentido? Claro que não. Mas eles lá vão gritando, agora como antes. O que importa é gritar, a propósito seja lá do quê.
O ex-treinador português Fernando Santos, que esta semana deixou a selecção Nacional, vai dar entrada num convento.
A clausura a que irá estar sujeito prende-se com a quantidade de asneiras que foi originando enquanto responsável pela selecção. Assim e como assumido católico que é, só com esta penitência poderá um dia chegar às portas do Céu.
Depois é necessário saber se S. Pedro o convocará para entrar!
Andaram anos a exigir a saída de Fernando Santos das funções de seleccionador nacional, entre outros motivos por fazer parte da "galáxia Mendes". Fui advertindo: tais exigências só abriam caminho mais rápido a um José Mourinho ou um Jorge Jesus, ambos pertencentes à mesma galáxia.
Agora que se anuncia Mourinho como sucessor, alguns destes já afirmam que Santos afinal não era assim tão mau. Bem à portuguesa: somos especialistas em elogios fúnebres, reais ou virtuais. Enquanto outros - ou os mesmos - se apressam a exigir a saída de Mourinho ainda antes de ele ter entrado. À semelhança do que sucedeu no Sporting, quando o futuro treinador campeão europeu foi técnico leonino durante duas horas, numa tarde muito agitada: bastaram meia dúzia de vozes histéricas para correr com ele.
Antes foi porque falou. Sobre assuntos que nada tiveram a ver com a selecção, convém não esquecer.
Ontem e hoje e nos próximos dias é porque não falou.
É ver a canalha lampiónica e andrade a espumar pela boca aí pelos vários canais de televisão e infelizmente alguns que se dizem leões também, a perorar por declarações. Que se desenganem os abutres, que ainda demorará a ser cadáver.
No entanto, calado já disse tudo. Ele há silêncios que são de ouro!
E no entretanto, enquanto uns rosnam a caravana vai passando.
Muitos choram o despedimento de Santos, um cidadão exemplar, bom católico (ele é que trouxe essa faceta da vida privada a público), cumpridor das obrigações fiscais.
Santos se fosse boa pessoa e bom treinador não teria deixado o despedimento anunciado arrastar-se por mais de um ano.
Há ocasiões na nossa vida pessoal e profissional que temos de ser nós a dar o primeiro passo, quando sentimos que não estamos à altura, assumimos as nossas responsabilidades, despedimo-nos, vamos à nossa vida.
Havia a narrativa, despede-se Santos e contrata-se quem?
Santos é insubstituível, ninguém aponta um substituto, dizia-se.
Há quem o tenha feito, já passou mais de um ano.
Pelos vistos treinadores alemães a treinarem equipas portuguesas conseguem bons resultados, repito, há mais de um ano que o escrevi.
Agora vamos contratar à pressa um Mourinho qualquer, o original não venceu nada de novo.
Explico melhor, não foi campeão europeu com a União de Leiria, com o Tottenham ou com o Chelsea (nem com o Benfica ou o Real Madrid mas isso seria outra história) foi campeão europeu com o Porto (do apito dourado) e com o Inter de Milão (a meias com Olegário Benquerença) o Porto já tinha sido campeão europeu com Artur Jorge e o Inter já o tinha sido por duas vezes com um ex-treinador do Belenenses, um argentino (embora os argentinos não percebam nada de futebol) chamado Herrera.
O último título significativo de Mourinho foi em 2009/2010 (a meias com um vulcão islandês e com a arbitragem de Benquerença) doze anos depois será um treinador melhor?
Apesar de ter sido duas vezes campeão europeu, Mourinho fugiu sempre de disputar o troféu internacional com as equipas dos outros continentes.
Como seleccionador português Mourinho teria coragem de disputar um Mundial ou faria aquilo a que já nos habituou, vencer um Europeu, repetindo a conquista de Fernando Santos, fugindo a seguir?
«Acho difícil fazer comparações, apesar de legítimas. Mas quando já passaram pela selecção jogadores como Travassos, Vasques, Peyroteo, Eusébio, Damas, Bento, Humberto Coelho, Jordão, Oliveira, Figo, Futre, Pauleta, Joao Pinto, Chalana, etc, esquecendo tantos outros jogadores fenomenais que já tivemos, é difícil dizer se os de agora são melhores do que os que os precederam. Temos grandes nomes, Ronaldo o maior de todos os da era moderna, mas melhores que um Eusébio ou um Damas… difícil. É preciso comer muito pão. Mas a actual selecção comandada por Fernando Santos tem títulos internacionais, coisa que nunca tinha acontecido. Essa é que é essa.»
Com Fernando Gomes e Fernando Santos a equipa de todos nós do Europeu de França foi-se transformando aos poucos da equipa de alguns, da coligação de interesses das duas "nádegas" como dizia o nosso ex-presidente que mandam no futebol português muito bem explorada pelo maior empresário do mundo para fazer a montra para a próxima estação.
Portugal entrou em campo com nove jogadores da coligação em 11 e terminou com 12 em 16, incluindo um brasileiro batoteiro e arruaceiro naturalizado a martelo para não fugir do Porto a custo zero. Não falando dum cadastrado Pepe que sempre encontra na selecção o seu local de redenção, fazendo muito por isso tenho que admitir.
O que se viu em campo foi o costume, uma equipa sem rotinas por falta dum onze base definido e a viver da inspiração de alguns jogadores excelentes. Uma equipa com medo de partir para cima do adversário, a querer lá chegar devagar e devagarinho e ao ritmo do toca e foge, até levar com um golo mais que consentido por um guarda-redes que devia estar a pensar para onde segue em Janeiro. A perder por 1-0 ao intervalo lá veio o "vamos lá cambada, todos à molhada, que isto é futebol total" incluindo a entrada dum Cristiano Ronaldo que farto de apanhar pancada de tudo e todos incluindo o seleccionador é que iria resolver aquilo. E lá fomos.
E, verdade se diga, depois de termos perdido com a Sérvia o acesso directo ao Mundial, depois de termos a sorte de não termos de defrontar a Itália, chegar aos oitavos de final no Catar com uma goleada contra a Suiça já não foi nada mau para uma selecção nacional transformada em equipa de alguns.
Extremamente infeliz a forma como Fernando Santos geriu o assunto Cristiano Ronaldo, desde mentindo numa conferência da imprensa até humilhando o melhor jogador do mundo na seguinte. Das duas uma, ou o Cristiano não ia ao Catar por não reunir condições físicas e psicológias para o efeito, ou então a equipa teria de ser construída à volta dele, porque só a presença dele prende ou distrai dois ou três jogadores contrários ao contrário dum jovem armado em pistoleiro. E construir a equipa à volta dele é aproveitar as rotinas dos dois Manchesters dando todo o palco a Bruno Fernandes e Bernardo Silva, Dalot, Cancelo e Rúben Dias e projectando Rafael Leão na ala. Palhinha poderia ser o factor de equilíbrio duma equipa rotinada em campo. Nada disso aconteceu, William Carvalho, João Mário, Ruben Neves e Octávio foram entrando e saindo para a zona do meio-campo, impedidndo qualquer sentido colectivo, o sempre inutil André Silva e um Ricardo Horta que não passa dum jogador mediano foram entrando lá para a frente. João Felix é aquilo mesmo que o Simeoni diz dele, é um jogador de momentos, quando é preciso não está lá para resolver.
Parece que dez jogadores não viajam no avião da comitiva da FPF, pois decidiram ficar no Catar com as respetivas famílias. São eles Rui Patrício, Raphael Guerreiro, Cristiano Ronaldo, Rafael Leão, Bruno Fernandes, Matheus Nunes, Rúben Neves, Bernardo Silva, João Cancelo e Diogo Dalot. Pois ficou no Catar aquele que deveria ter sido o núcleo duro da selecção.
Agora só espero que Fernando Santos tenha a dignidade de se demitir, até para melhor resolver a sua questão fiscal, e que venha alguém que recupere a selecção de todos nós.
Uma palavra para o Catar que organizou muito bem o primeiro mundial de futebol numa nação/emirato árabe e muçulmana, claro que com aquelas questões que conhecemos, como a forma como o obteve ou os direitos dos trabalhadores, das mulheres e das minorias sexuais (como era em Portugal no tempo de Salazar ou como é ainda hoje nas estufas de Odemira?), mas apesar de tudo propiciando um ambiente de festa de homens, mulheres e crianças que pode transformar mentalidades e abrir caminhos para o futuro não apenas para o Catar mas para toda aquela região.
A sensação que fica quase sempre dos jogos de Portugal orientados por Fernando Santos é a de que a tática que ele elaborou não funcionou. E depois vêm os recursos (pontapé na frente, centrais a ponta de lança, bola na área), e os recursos muitas vezes resolveram os jogos a nosso favor. E quando não vinham os recursos vinham as jogadas individuais (os remates de fora da área, as cabeçadas milagrosas do Ronaldo nos descontos).
Nos momentos-chave, aqueles em que Portugal não podia falhar, invariavelmente falhou. E não é preciso recuar muito. Basta ir às competições mais recentes. Para chegarmos a este mundial com apuramento direto bastava-nos não perder em casa com a Sérvia. Perdemos. Depois, para chegarmos às meias-finais da Liga das Nações bastava-nos não perder em casa com Espanha. Perdemos. Antes disso, perdemos nos oitavos-de-final do Mundial de 2018, de forma peremptória, por 3-1, contra um Uruguai perfeitamente ao nosso alcance. No Euro 2020, fomos afastados sem jogar grande coisa, por 1-0, contra uma Bélgica que não era melhor do que nós. E tem sido isto.
As palavras são de Ricardo Martins Pereira, Arrumadinho de nome blogosférico, e condensam o que sinto sobre o desempenho de Fernando Santos e da Selecção Nacional.
Como é que ainda não nos tínhamos lembrado desta? Teve de ser um jornalista do Guardian. O artigo nem é sobre Fernando Santos, mas adorei a comparação.
Já são conhecidos os 55 pré-convocados de Fernando Santos para o Mundial 2022. É verdade que desta lista, sairão 29 jogadores, mas os indicadores são interessantes. Afinal, Santos está atento ao Sporting e Gonçalo Inácio, Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Francisco Trincão e Paulinho fazem parte da lista. Ainda assim, acredito que todos cairão. Inácio deve perder a vaga de quarto defesa central para Tiago Djaló ou mesmo José Fonte, ambos das escolas leoninas. Santos, que acredito que seja o mais injustiçado se não for chamado, deve perder a vaga de lateral para Raphael Guerreiro e a de extremo para Rafael Leão, Jota. Já Pote parece nunca ter agradado a Santos e deve ser trocado por João Mário. Trincão pode perder a vaga para Podence e Paulinho, concorre com Félix, Beto e Ramos mesmo que todos tenham características diferentes.
Dos convocados, sem surpresa, muitos foram formados entre Alvalade e Alcochete (passando mais ou menos tempo no clube): Patrício, Cédric, Thierry, Fonte, Djaló, Domingos, Mário Rui, Mendes e Tavares no setor mais defensivo; William, Moutinho, Nunes, Palhinha, João Mário, Ronaldo, Leão e Podence, no meio campo e ataque. É obra. E deve ter-me escapado algum.
Saúda-se ainda que Santos, conhecido conservador, tenha tomado nota de nomes de homens que têm estado em destaque lá por fora como Tavares, Jota ou Beto e cá por dentro, como Vitinha.
Já agora, deixo o meu palpite: Costa, Patrício e Sá; Cancelo, Dalot, Guerreiro e Mendes; Danilo, Ruben, Djaló e Pepe; João Mário, Fernandes, Vitinha, Nunes, Sanches, William, Palhinha e Neves; Ronaldo, Félix e Silva; Horta, Leão, Bernardo e Guedes.
Uma volta pelas capas dos desportivos e de alguns generalistas mostra-nos quem para os editores daquelas publicações foi o culpado pelo não apuramento da selecção nacional de futebol para as meias da Liga das Nações.
A foto é a mesma em quase todos e estampa Cristiano Ronaldo.
Quanto ao incompetente que escolhe a equipa e os treina, nem uma imagem.
Aliás, o senhor até diz que está descansado quanto à sua situação como seleccionador. "Tenho contrato até 2024", terá dito.
Por mim pode continuar e só lhe peço encarecidamente que continue a não convocar jogadores do Sporting. Não gosto de ver os nossos associados a incompetentes.
Bastava-nos um empate para chegar lá. Às meias-finais da Liga das Nações, que já conquistámos em 2019. Recebíamos a Espanha em Braga, entre o nosso público. Os espanhóis vinham muito afectados por uma derrota em casa frente à Suíça e precisavam de vencer para seguir em frente.
"Bastar um empate" funciona como maldição para nós. E como pretexto para Fernando Santos montar a sua tão apreciada táctica do ferrolho - com jogadores sem vocação para tal - à espera do sempre ansiado deslize alheio para cumprir os mínimos.
Podia ter acontecido por três vezes ainda na primeira parte, que terminou empatada a zero. A segunda, com o mesmo onze intocável até ao minuto 72' (Diogo Costa; Cancelo, Danilo, Dias, Nuno Mendes; William, Rúben Neves, Bruno Fernandes; CR7, Bernardo, Diogo Jota), foi péssima: concedemos dois terços de terreno e toda a iniciativa aos espanhóis, que marcaram aos 88', por Morata. Sentenciando a partida e a eliminatória.
Primeiro. Ir recuando no terreno, concedendo iniciativa de jogo à Espanha - uma das selecções do país vizinho menos fortes dos últimos anos, alvo de contestação dos seus adeptos, e que vinha de uma derrota em casa frente à Suíça.
Segundo. Assistir impávido às perdas de bola dos nossos frente à baliza espanhola sem tomar a iniciativa de introduzir mudanças na dinâmica ofensiva para redobrar as oportunidades. Rúben Neves (23'), Diogo Jota (23') e Bruno Fernandes (38') tiveram os golos nos pés, mas foram incapazes de a meter lá dentro.
Terceiro. Mandar a selecção recuar na segunda parte, remetendo-a ao meio-campo defensivo, para "segurar o resultado". Manobra táctica de equipa pequena, frente à turma espanhola, que só fez o primeiro remate enquadrado aos 70'.
Quarto. Manter Palhinha no banco. Se a prioridade máxima era bloquear os caminhos para a nossa baliza, tornou-se incompreensível manter um William a meio-gás e deixar o nosso médio defensivo a ver o desafio sentado entre os suplentes.
Quinto. Esperar até aos 73' para mexer na equipa. Bernardo Silva, novamente sem préstimo na selecção, andou a fazer inúteis reviengas no relvado até finalmente receber ordem de saída. Demasiado tarde.
Sexto. Tocar na tecla da pausa em vez de accionar o acelerador. Incompreensível, a entrada de João Mário por troca com Bernardo quando ainda havia 20 minutos para disputar e precisávamos de um criativo para o contra-ataque, aliviando a pressão espanhola, e não de quem a segurasse no meio-campo.
Sétimo. Cristiano Ronaldo não pode cumprir a pré-época que deixou por fazer no United - onde até agora só marcou uma vez, de penálti - como titular da selecção. Sem dinâmica, sem golo, devia ter saído. Como saiu Sarabia, ontem muito apagado, logo aos 60', na selecção espanhola. Permitir a existência de intocáveis é um dos pecados do seleccionador. Terá de cumprir penitência por isto.
Fernando Santos, que sempre teve um conjunto excepcional de futebolistas, que jogam nas melhores equipas da Europa, ganhou um campeonato europeu com um bambúrrio de sorte. A jogar tão mal, o treinador convenceu-se que a vitória tinha sido milagre. O problema é que desde então confia mais numa intervenção divina do que num vasto leque de jogadores geniais, que fariam a felicidade de qualquer treinador a sério. Alguém que lhe explique que Nossa Senhora não se intromete em disputas de bola.
Nestes dias dominados pelas selecções, vamos ficar sem quatro jogadores, chamados às equipas nacionais dos seus países.
Concretamente, Morita vai representar o Japão, Fatawu foi convocado para a do Gana, Sotiris está entre os seleccionados pela Grécia e teremos Ugarte em representação do Uruguai. Coates só não irá porque se lesionou no jogo contra o Boavista.
Já basta.
Venho agradecer ao seleccionador Fernando Santos por ter ignorado olimpicamente os futebolistas portugueses do Sporting, deixando-os fora desta convocatória. Imitando o seleccionador espanhol, Luis Enrique, que não convocou Adán e Porro, o seleccionador inglês, Gareth Southgate, que se esqueceu de Edwards, e o seleccionador brasileiro, Tite, que deixou Matheus Reis de fora.
Poupa assim Pedro Gonçalves, que com "apenas" quatro golos e quatro assistências em nove jogos oficiais da temporada, a última das quais frente ao Tottenham na Liga dos Campeões, é omitido numa lista que inclui o fantástico Pedro Neto, do Wolverhampton (zero golos e zero assistências em sete jogos), o mega-craque João Félix, do Atlético Madrid (zero golos e três assistências em oito jogos) e o supersónico Diogo Jota, do Liverpool (um jogo, uma assistência).
Não houve aqui falta de consideração pelo jogador nem falta de respeito pelo Sporting. Foi apenas para não fatigar o nosso excelente n.º 28 nos desafios contra a República Checa (já este sábado) e Espanha (na próxima terça), tenho a certeza.
Obrigadinho, Fernando Santos. És mesmo bacano, pá.
Havia um comentador de que não recordo o nome, num dos blogues leoninos, que defendia que os jogadores do Sporting não deveriam ir à selecção que desvalorizavam, ou podiam vir de lá lesionados, portanto agradecia a Fernando Santos a sua coerência de não convocar jogadores nossos.
Hoje saiu a convocatória para a Liga das Nações e esse comentador deverá estar radiante, já que procurei, procurei e do Sporting, nem um para a amostra.
Para Santos nem o médio com os melhores números de todos os campeonatos europeus serve.
Bastas vezes aqui escrevi que tenho Fernando Santos como uma pessoa de bem. Não sei se continuarei a ter após resolução do imbróglio que tem em tribunal por alegada sonegação de impostos, o tribunal o dirá, mas a acusação que muitos lhe fazem acerca de fretes a determinado empresário, que mandará na federação, olhando para o número de ex-Sporting que constam na convocatória, levam-me a começar a ter outra visão sobre o homem da santinha. Há até a curiosidade de alguns que enquanto vestiram de verde nunca "calçaram" na selecção, o que pode conduzir a alguma interpretação de algum "furúnculo" verde que incomode o seleccionador Fernando Santos.
O senhor deveria ter-se retirado a seguir ao Europeu, saía pela porta grande, mas caramba, os milhões sabem tão bem... E então se eventualmente livres de impostos, uau!
Bom, que seja muito feliz, ele e o Pepe e já agora mais os oito ex-Sporting que não contaram para o seu rosário, enquanto vestiram a camisola listada.
Agarra-te à santinha Fernando, que deste lado não levas nada!
O futebol é um Mundo de coisas insondáveis, entre elas a forma como alguns intervenientes são pagos pelos seus serviços. Esse é um assunto que dirá respeito ao fisco, ao Estado português e no caso do seleccionador nacional, também a nossa senhora de Fátima. Mas não é para isto que aqui venho, que com o aumento da inflacção e dos combustíveis, eu quero lá saber dos 4,5 milhões de Euros...
Outra coisa insondável para mim é a forma de jogar de algumas equipas e como as comandam os seus treinadores. Eu ando a ver bola regularmente desde os 7 anos de idade, portanto há pouco mais de meia dúzia. Percebo que cada treinador tenha a sua maneira de colocar os seus jogadores a evoluir em campo, aquilo a que antigamente se chamava de "fio de jogo".
Custa-me a entender no entanto que numa equipa haja um autocarro (ia dizer carrada, mas trata-se de pessoas e o respeito é muito bonito) de extremos ( e se continue a cobrar bilhete para mais uns passageiros), da direita e da esquerda e não haja um, desculpem a boutarde, extremo do centro, ao menos, para aproveitar as bolas que, se não tiverem os pés trocados, os da esquerda e os da direita farão chegar à área do adversário.
É certo que a gente tem lá um e sabem o que eu espero? Que seja outro Acosta! Que finalmente comece a justificar o volumoso investimento que nele foi feito. Mas é pouco, há quatro competições para disputar e não se vê vontade de contratar ninguém para aquela posição.
Como digo, os treinadores têm mistérios insondáveis que o comum do adepto de bancada desconhece completamente, dos que referi um foi campeão nacional e o outro até foi campeão europeu, portanto que contam os meus 55 anos a ver bola perante esta evidência?
Mas arremedando a letra dum fado célebre, falarei até que a voz me doa!
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