Já conseguiram fazer um ponto em duas jornadas na Liga Europa em que terminaram ambas as partidas a jogar só contra dez. As expulsões de jogadores adversários tornaram-se marca da casa neste pobre FCP (des)orientado por Vítor Bruno: já são seis em nove jogos da temporada 2024/2025.
Curiosamente, para vários adeptos do Sporting a promoção de jovens da formação à equipa principal não deve ser contabilizada como "reforço".
Esses jovens devem andar por ali, no banco, a tapar buracos. Mais nada.
E no entanto olhamos para o FC Porto, que acaba de derrotar-nos na Supertaça, e quem jogou? Vários miúdos da formação: Martim Fernandes, Gonçalo Borges, Vasco Sousa, João Mário... Já nem falo do Diogo Costa.
Dizem, quando calha, que «temos a melhor formação da Europa». Mas falam como se ela não servisse para nada.
Em desespero, na recta final do seu longuíssimo consulado, anunciou a edificação de uma "academia" na Maia - copiando o mais possível, mas para pior, a do Sporting. Garantiu aos associados que estava «garantido o financiamento» da coisa, mas afinal o cheque foi devolvido: não tinha cobertura.
Com tudo isto, sem surpresa, o Comité de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA acaba de aplicar ao FCP uma multa de 1,5 milhões de euros por «dívidas vencidas a outros clubes de futebol, funcionários e/ou autoridades sociais/fiscais» nos prazos regulamentares. O que põe em risco a participação deste emblema nas competições europeias.
Um bandido será sempre um bandido, como dizia Frederico Varandas.
Pareciam que tinham ganho a Champions, tanta foi a festa. Venceram o Sporting após duas horas a jogar com mais um durante cem minutos, e graças a um erro infantil dum jovem guarda-redes que cumpria apenas o seu terceiro jogo na equipa principal.
Na jornada anterior, sempre aflitos, apenas conseguiram derrubar o Boavista em casa, por 2-1, recorrendo ao mesmo expediente: ter um a mais em campo. Desta vez durante meia hora. Só mesmo assim. De outra maneira não seriam capazes.
É a nova "arma táctica" deles: onze contra dez. Apavorados sempre que enfrentam onze, o que raras vezes aconteceu neste final de temporada. Daí terem festejado como se não houvesse amanhã.
Repito: parecia que acabavam de ganhar a Champions. A menos que celebrassem a partida definitiva do Velho Crocodilo. Tanta alegria, provavelmente, tinha a ver com isso.
Hoje no Jamor não tivemos o Sporting campeão nacional 2024, foi mais o Sporting 4.º classificado em 2023 que entregou ao Marselha os dois jogos da Champions. Só assim se entende termos perdido a Taça de Portugal perante um adversário que tem um óptimo guarda-redes e o resto pratica um futewrestling muito eficaz para cavar faltas e penáltis, condicionar arbitragens e forçar decisões favoráveis. O cerco que montaram ao árbitro ao intervalo foi miserável e esteve à vista de todos. Treinador expulso, mas isso é normal. O tal bandido referido pelo nosso presidente expulso de presidente pelos associados do clube mas que recusou largar o tacho e as compensações, chorou (de quanto vai ser o último cheque?), reveu-se no desfecho.
Três lances foram decisivos na entrega da Taça:
1. Por volta dos 30 minutos, com1-0 no marcador e por cima do jogo, Catamo falha a intersecção duma bola alta, assistindo o ponta de lança do Porto para o golo.
2. Logo a seguir, duma bola lançada em profundidade, St. Juste arrisca ir atrás daquele palhaço do Porto que faz um número de circo de nota tão elevada que logo o Veríssimo aproveitou para decidir o jogo. A falta é mais que discutível, o lugar depende de que falta estamos a falar, entre livre e expulsão e penálti sem expulsão, foi marcado o pior para o Sporting.
3. Já no prolongamento, dum lançamento em profundidade em direcção à linha de fundo, Diogo Pinto arrisca a saída, acerta no adversário e estraga tudo o que de bom tinha feito até ali.
O resto resume-se à luta inglória do Sporting perante um adversário a jogar em superioridade numérica, sempre a jogar pelo seguro e no desgaste, e com o conforto de lhe terem oferecido as chaves do encontro.
A festa dos campeões que se prolongou esta semana na CML ajudou a este desfecho? Não faço ideia. As três situações atrás referidas resultaram de erros individuais. Como nos tais dois jogos com o Marselha. E nem Catamo, nem St. Juste, nem Diogo Pinto entraram com a rodagem / experiência daqueles que falharam nessa altura.
A convocatória e as justificações esfarrapadas do Martinez contribuiram para este resultado? Pelos vistos sim, Pedro Gonçalves e Trincão estiveram irreconhecíveis e Nuno Santos mostrou as insuficiências defensivas. Já o Conceição filho jogou, mergulhou e sarrafou cheio de moral.
Arbitragem? Coitado do Veríssimo, por muitas dúvidas que tenha no lance que ditou a expulsão de St. Juste não foi por ele que perdemos. Jogar contra o árbitro em reclamação constante não leva a lado nenhum.
Melhor em campo? Quaresma. Se calhar com ele em vez de Catamo no onze inicial tínhamos ganho o jogo, digo eu. Depois dele Hjulmand, Coates e Diomande.
Lição para o futuro? Só por milagre ganharemos alguma coisa sem um grande guarda-redes que faça a diferença. Ok, aconteceu este ano. Então é porque foi mesmo um milagre.
E agora? Passado o efeito do champanhe do título e provado o vinagre de hoje, é tempo de descansar e depois reflectir sobre o que correu melhor e pior esta época e projectar a próxima, uma época de Champions que começará com a Supertaça contra o adversário de hoje. Para mim é claro que há que melhorar em alguns parâmetros, mas isso é tema para outros posts.
Campeões nacionais no futebol, campeões da Europa no hóquei em patins, agora campeões nacionais no andebol.
Isto demonstra que este Sporting de Frederico Varandas não se resume ao futebol, nem Rúben Amorim é o único grande treinador do Sporting, nem Coates é o único grande capitão do Sporting. Existe de facto uma política desportiva transversal com grandes treinadores, grandes capitães e equipas que sentem a camisola que envergam e produz resultados que orgulham os sócios. O que não quer dizer ganhar sempre numa modalidade e muito menos em todas, pois os adversários não dormem e alguns gastam o que o Sporting se recusa a gastar. Nem que não existam modalidades e temporadas onde tudo o que havia de mal para acontecer, acontece, como aconteceu este ano no basquetebol.
Esta equipa de Ricardo Costa - e hoje os seus filhos Martim e Francisco estiveram em dia menos bom - é um belo exemplo do ADN Sporting e do seu lema "Esforço, dedicação, devoção e glória". Juventude para correr, talento para resolver, alma para sofrer, na luta com aquele adversário que joga na atitude, leia-se na tentativa de arranjar confusão e condicionar os árbitros. Depois da expulsão clara do Salina logo a abrir por palmada na casa, as exclusões por 2 minutos dos nossos jogadores foram acontecendo em momentos-chave e impediram que o Sporting estivesse confortável no resultado.
Depois dum começo com dificuldades chegámos ao intervalo com cinco golos de vantagem, subimos aos sete a abrir a 2.ª parte, mas depois foi sempre a descer, embora lentamente, até aos três golos a 4 minutos do fim (32-29), momento em que o capitão Salvador Salvador, então o melhor em campo, sai lesionado, carregado em ombros pelos colegas e a esperar-se o pior. Recorde-se que o Sporting precisava do empate para se sagrar campeão.
Nessa altura tambem o Martim já andava limitado. Falha o remate e os golos vão acontecendo dos dois lados até ao 34-32 a entrar no último minuto com posse no Porto. Livre de 7 metros, margem mínima e defesa homem a homem pelo Porto. Time-out do Ricardo Costa a meio minuto do fim, e... Nathan acerta na parte interna do poste e dá golo. Confusão instalada pelos estrangeiros do Porto, alguns com contrato assinado para zarpar, e por alguns internacionais portugueses que deviam ter vergonha na cara. Foi nesse momento que a equipa do Sporting formou o quadrado: deram as mãos, recusaram a javardice e focaram-se no que estava em jogo.
Reposta a bola em jogo, o capitão Rui Silva do adversário logo a colocou no chão, levantando a bandeira branca. O Sporting era campeão. Abraços e choros, a começar pelo gigante norueguês Vag, que pelo banco tinha ficado. Simplesmente inesquecível.
Veio a entrega do troféu e das medalhas. O treinador e três jogadores do Porto portugueses e internacionais lá estiveram a assistir, os outros foram digerir a frustação. Enorme festa no pavilhão João Rocha.
E agora? Repetir hoje no Jamor com o mesmo adversário, mas em futebol. O Neto e o Bragança estiveram a assistir. Lá estarei também.
Vem aí o jogo que encerra a temporada oficial de futebol. O jogo que nos pode valer a dobradinha, 22 anos depois. O embate contra o FC Porto no Estádio Nacional ("estádio de Oeiras", como dizia desdenhosamente aquele senhor que acaba de ser escorraçado pelos sócios lá na freguesia da Campanhã).
Jogo grande: final da Taça de Portugal. Com pontapé de saída previsto para as 17.15 de domingo.
A última vez que vencemos este título foi em 2019, com Marcel Keizer ao leme da equipa. Derrotando precisamente o FCP de Sérgio Conceição.
Como será agora? Deixem aqui os vossos prognósticos.
Dizem que está em curso a operação Bilhete Dourado para apurar um esquema ilegal de venda de bilhetes que decorreria há vários anos. Esta operação segue-se à operação Pretoriano que conduziu à cadeia Fernando Madureira. Aparentemente o clã Madureira tentou manter o negócio a funcionar, mesmo debaixo de investigações e escutas. Era a filha, eram os sogros, era este e aquele.
Nada que há muito não se soubesse no Porto e arredores. Quem queria bilhetes para o Dragão era só dizer quantos. Pela história que ouvi ainda no ano passado em Espinho o carro estava parado à porta do shopping com a bagageira bem recheada para satisfazer qualquer família numerosa, emigrante de preferência. Era um favor que faziam à bilheteira do Porto, diziam.
Agora é curioso que, com tantos milhares de euros a entrar, fala-se em 40 mil euros por jogo, e tudo isso de conhecimento do clube, leia-se Pinto da Costa. Tudo aquilo apenas servia como "moeda de troca pelo apoio que a claque dava à equipa".
Mas que apoio afinal se poderia realizar com tal saco azul em dinheiro vivo? Era apenas alugueres de camionetas para os SuperDragões? Ou incluiam algumas coisas que vieram a lume com o Apito Dourado (Bilhete Dourado/Apito Dourado, os nomes são sugestivos) como corrupção desportiva e suborno, de árbitros, equipas e jogadores adversários? Como aqueles ex-jogadores do Porto que entram ao meio do jogo e logo cometem penáltis ou se fazem expulsar?
Ainda ontem o "pasteleiro" Artur, aquele mesmo que os SuperDragões visitaram há uns anos, foi decisivo no dérbi da Invicta. Depois duma saraivada de amarelos na 1.ª parte, lá expulsou um jogador do Boavista com o Porto a perder em casa, e lá ganhou no fim. Assim o Porto parte para Braga com a vantagem de depender apenas de um empate para conquistar o 3.º lugar. Uma coisa ao jeito daquele Braga-Sporting onde a expulsão do Inácio quase dava o título ao Porto.
Será que as coisas estão ligadas? Quem é que pode garantir que sim ou que não? Quem é que pode garantir alguma coisa sobre a forma como o Porto tem ganho alguma coisa em Portugal nos últimos anos ou até nos últimos 40?
O Madureira sabe de tudo, mas não fala. Só algum dia, quando se sentir o bode expiatório dos senhores doutores da SAD que tiraram o "cavalinho da chuva" e ficaram amnésicos, iguais ou piores do que o Ricardo Salgado. Ou então só se forem os padres de Fátima, que eles são tão católicos que sempre lá vão confessar todos os seus pecados.
Disse o alemão Roger Schmidt, depois da derrota em Famalicão do Benfica que deu o título ao Sporting, evidenciando o respeito pelo trabalho realizado pelos seus adversários:
"Primeiro, quero dar os parabéns ao Famalicão pela vitória e também ao Sporting, pois mereceu este ano ser campeão, fez grande época. Também os meus parabéns a Rúben Amorim, estiveram muito bem, demos o nosso melhor, mas ficámos em segundo."
Fica muito bem ao sr. Roger Schmidt este gesto de desportivismo, o mesmo que a equipa de voleibol masculina do Sporting treinada pelo João Coelho teve no pavilhão da Luz quando fez a guarda-de-honra ao vencedor do quinto jogo do "playoff" e consequentemente campeão nacional.
Nada que se assemelhe ao português Sérgio Conceição, com contrato renovado na véspera da derrota colossal nas urnas do seu padrinho. Este senhor não sabe ganhar, não sabe perder, não é exemplo de desportivismo para ninguém, sabe entrar no relvado para insultar e meter a mão nos árbitros quando a coisa corre mal. É o Conceição.
Diamantino sabe bem do que fala, fazia parte deste plantel.
O plantel da "urina trocada", houve um chichi que acusou cocaína, como o dono desse chichi já estava vendido para Marselha, arranjou-se um "bode respiratório", o chichi de um passou a ser o chichi do outro e, inexplicavelmente, nunca ninguém denunciou a tramóia, até hoje ninguém foi punido.
Este é o caso do célebre jogo apitado por Calote. "O jogo que foi prolongado por muito tempo" é o que dirão a maioria das pessoas atentas ao fenómeno do futebol. Foi muito mais do que isso, foi um jogo que decidiria o campeão nacional.
FC Porto e Benfica estavam empatados e nos critérios de desempate o clube do norte tinha mais quatro golos. O FC Porto tinha que vencer e esperar que o Benfica não ultrapassasse a diferença de golos.
Na primeira parte Calabote assinalou três penalties a favor do Benfica.
O jogo do Benfica terminou com seis golos de diferença, 7-1, seria suficiente para ser campeão.
Volto ao mesmo, pés assentes na terra, não me preocupa o que se passa dentro das quatro linhas, preocupam-me "as coisas inexplicáveis".
"Quem vem e atravessa a ponte, lá na serra do Pilar, vê um velho compadrio, que se estende até ao mar..."
Enfim, já não me recordo bem dos versos do Carlos T, se não forem estes as minhas desculpas ao próprio.
Está à vista de todos que o Sporting Clube de Portugal está a ultrapassar o Futebol Clube do Porto a toda a velocidade: desempenho do futebol, valor de mercado do plantel, formação, academia, ecletismo, implantação. No próximo ano estaremos na Champions e eles não. Por isso mesmo, e independentemente da estima e consideração que possamos ter pela instituição e pelos amigos portistas que cada um tem, a desgraça do Porto nos próximos tempos só beneficiará o Sporting.
Pinto da Costa sempre soube roubar jogadores e cultivar amigos no Sporting. Não admira que Paulo Futre tenha aparecido na campanha, o que admira é que Bruno de Carvalho, Augusto Inácio e tantos outros se tenham abstido de participar.
Amanhã existirão eleições no FC Porto e no domingo há o clássico.
Deixava aqui duas perguntas:
1. Quem pensam que vai ganhar as eleições e estará como presidente do FC Porto no clássico?
2. Quem gostariam que estivesse, do ponto de vista dos interesses do Sporting?
PS: Só para Sportinguistas. Comentários da Sardinhada Pirata Esperta seguem para o lixo, como habitualmente.
O FC Porto acaba de perder mais dois pontos -- já são 28. Desta vez na recepção ao Famalicão, nosso adversário da próxima terça-feira na partida ainda em atraso. Os portistas nunca estiveram a ganhar, acabando por empatar 2-2.
Passamos assim a ter mais 15 pontos do que a turma comandada por Sérgio Conceição. Isto equivale a dizer que garantimos já, no mínimo, o segundo lugar do campeonato - que assegura o acesso à pré-eliminatória de qualificação da Liga dos Campeões.
Mais um obstáculo superado. Outros irão seguir-se. Para alegria de (quase) todos nós.
Os andrades roem-se de inveja. Eles bem gostariam de ter o nosso treinador lá no banco deles, sentado ao lado do Inenarrável Gonçalves.
Com Rúben Amorim no Dragão nunca o FC Porto estaria como está agora, atravessando a pior época deste século. Aliás, pior época dos últimos 42 anos - de toda a era do Idoso Jacaré*. A tal ponto que correm o sério risco de "conquistar" o quinto lugar na Liga.
Deviam jogar mais à bola e fazer menos queixinhas das arbitragens, esses calimeros tripeiros. O único campeonato que ganham este ano é o da lamúria.
Também deviam cometer menos faltas. O FCP é claramente o mais indisciplinado dos "três grandes", como estes números da Liga actual demonstram:
FCP - 8 expulsões (quatro com vermelho directo);
SLB - 3 expulsões (uma com vermelho directo);
SCP - 2 expulsões (nenhuma com vermelho directo).
Repito, morcões: joguem à bola e deixem-se de tantas faltas. E de tantas tretas.
* Suavizei a expressão face às reclamações das almas cândidas que se sentiram chocadas com a designação "Velho Crocodilo".
O FC Porto, neste campeonato, já perdeu 26 pontos em 28 jogos. Dezassete dos quais frente a emblemas que se arriscam quase sempre a descer de divisão.
Perdeu seis contra o Estoril. Perdeu cinco com o Arouca. Perdeu dois com o Boavista. Perdeu dois com o Gil Vicente. Perdeu dois com o Rio Ave.
Ontem voltou a ir ao tapete. Na própria casa, que tem nome de bicho mitológico, inexistente. Perdeu (1-2) contra o brioso e combativo V. Guimarães. Pepe, de cabeça perdida, foi expulso. Mais uma vez. Galeno marcou na baliza errada.
Vale a pena sublinhar: estas derrotas ocorreram contra equipas com orçamentos incomparavelmente inferiores ao da agremiação azul-e-branca, cujo plantel actual está avaliado em97,5 milhõesde euros.
Tanto milhão, confirma-se agora, não chega para as encomendas.
«De mal a pior», titulou o SAPO Desporto, numa feliz síntese do que ontem se passou no estádio portista. Só com meia casa e vaias aos jogadores vindas das bancadas.
Foi a sexta derrota sofrida pelo FCP neste campeonato. Já cumpriu oito desafios sem marcar um só golo. No conjunto das provas, soma onze derrotas.
Além disso é hoje o segundo clube da Liga com mais jogadores punidos com cartões vermelhos - o que diz tudo sobre a "cultura desportiva" ali reinante.
Com tudo isto, o clube de Fernando Madureira e Manuel Serrão despediu-se em Março da corrida ao título: não lhe resta a menor hipótese de lá chegar. Nem terá acesso à Champions da próxima época: a distância que o separa do líder Sporting é de 13 pontos e vê até o segundo classificado já com mais nove pontos quando restam seis desafios por disputar. Aliás deve acautelar-se ao máximo com Braga e Vitória, que lhe mordem os calcanhares - agora ambos apenas dois pontos abaixo do FCP.
Ao menor descuido, tombará para o quinto lugar.
Em suma: esta é a pior época de sempre de Sérgio Conceição, que em breve fará as malas e partirá de vez.
Provavelmente não será a única despedida do ano lá na freguesia da Campanhã. Como o futuro próximo vai demonstrar.
ADENDA: Os adeptos do FCP devem ter adorado ver sair das Antas, à borla, jogadores como estes: Brahimi, Herrera, Aboubakar, Mbemba, Nakajima, Marega, Manafá, Uribe... O mesmo irá acontecer com Taremi. Outro exemplo da "excepcional" gestão do idoso jacaré.
ADENDA 2: Após a primeira jornada do campeonato, escrevi isto: «O FCP tem a pior equipa da última década, com uma defesa catastrófica. Os centrais somam 76 anos de idade: Pepe + Marcano. Pepê, como lateral improvisado, é peixe fora de água. Na posição de médio defensivo, nota-se imenso a falta do Uribe, que saiu de borla. Além de que Taremi já está com a cabeça na Premier League.» Os factos dão-me razão.
O FC Porto, neste campeonato, já perdeu 23 pontos. Dezassete dos quais frente a emblemas que se arriscam quase sempre a descer de divisão.
Perdeu seis contra o Estoril. Perdeu cinco com o Arouca. Perdeu dois com o Boavista. Perdeu dois com o Gil Vicente. Perdeu dois com o Rio Ave.
Vale a pena sublinhar: são equipas com orçamentos incomparavelmente inferiores ao da agremiação azul-e-branca, cujo plantel actual está avaliado em 97,5 milhões de euros.
Tanto milhão, confirma-se agora, não chega para as encomendas.
A turma portista, que perdeu contra o Estoril sábado passado, sofreu a quinta derrota neste campeonato. Já cumpriu oito desafios sem marcar um só golo. E é hoje o segundo clube da Liga com mais jogadores punidos com cartões vermelhos - o que diz tudo sobre a "cultura desportiva" ali reinante.
Diogo Costa e Chico Conceição, expulsos, falham amanhã o confronto com o V. Guimarães da meia-final da Taça de Portugal. Outros dois, Evanilson e Otávio, falham também por motivos disciplinares o jogo da Liga, contra a mesma equipa, a disputar domingo no Dragão.
E o filho de Sérgio Conceição ainda teve sorte: foi expulso por acumulação de amarelos quando devia ter visto o vermelho directo por chamar «filho da puta», de forma bem perceptível, ao árbitro António Nobre.
Com tudo isto, o clube de Fernando Madureira e Manuel Serrão já se despediu em Março da corrida ao título: não lhe resta a menor hipótese de lá chegar. Nem terá acesso à Champions da próxima época: a distância que o separa do segundo classificado é já de nove pontos. E deve acautelar-se com o Braga, agora apenas com menos dois.
Noites de pesadelo lá na freguesia da Campanhã. Cá por baixo, alguns verdazuis andam de rastos. Não tenho pena alguma, nem de uns nem de outros.
Na época passada uma equipa de B do Sporting, a jogar com 10, cilindrou o Arsenal, em Londres.
Foram seis para o Sporting, quatro para o Arsenal, penalties incluídos, claro.
Ontem foi mau, muito mau.
Um FC Porto sem ideias, com o único objectivo de levar o jogo para penalties, aí o melhor guarda-redes do mundo resolveria, não resolveu.
Arsenal 5, FC Porto 2.
Tanlongo, Essugo, Chermiti, Esgaio, Adán (o pior guarda-redes do mundo) Paulinho, Matheus Reis e mais uns quantos, eliminaram o Arsenal em Londres, os outros, os do pedigree europeu, apesar da frieza dos números "mereceram vencer e passar a eliminatória".
«O Porto viu sair Otávio e Uribe, duas peças fundamentais do Porto campeão. E se o brasileiro naturalizado português deixou algum dinheiro nos cofres, o colombiano juntou-se ao leque das saídas a custo zero que têm sido apanágio dos últimos anos da equipa treinada por Sérgio Conceição. Desde que o treinador português iniciou funções, saíram a custo zero: Diego Reyes (contratado por 7M), Marcano (contratado por 2,65M), Herrera (contratado por 11M), Adrián Lopez (contratado por 11M), Brahimi (contratado po 6,5M), Aboubakar (contratado por 12,3M), Marega (contratado por 3,8M), Saravia (contratado por 5,5M), Nakajima (contratado por 12M), Mbemba (contratado por 4,66M), Uribe (contratado por 9,5M) e Manafá (contratado por 7M). Esta é a lista com os principais nomes, pois há mais jogadores, sendo que só aqui estão mais de 90 milhões de euros, contabilizando apenas desde o Verão de 2018.»