Os meus parabéns ao nosso prezado leitor Leão do Fundão: só ele acertou no resultado do Sporting-Farense (3-1). E foi até ao ponto de antecipar Harder e Diomande como marcadores de dois dos nossos golos.
Harder logo após marcar o terceiro golo, cumprimentado por João Simões e Quenda
Foto: Patrícia de Melo Moreira / AFP
Jogo calmo, tranquilo, dominado pelo onze leonino do princípio ao fim. Recebíamos o Farense, que na primeira volta goleámos por 5-0, lá no Algarve. Mesmo no início do campeonato, quando a frescura era outra - muito distante deste período de calendário apertadíssimo, com dois jogos por semana e quase sem tempo para recuperação física.
Apesar do cansaço que se acumula e das lesões que continuam a apoquentar a equipa, entrámos confiantes, logo instalados no meio-campo da turma visitante.
Esforço recompensado: aos 11', já a bola entrava na baliza do Farense. Tocada por um ponta-de-lança improvisado: Iván Fresneda, que a passe de Harder se estreou assim como goleador desde que actua como jogador sénior. O jovem espanhol transbordou de alegria e todos os colegas se associaram a ele nos festejos.
Daí a pouco, aos 26', Diomande seguiu-lhe o exemplo. Na sequência de um canto superiormente marcado por Trincão, elevou-se mais alto e meteu-a lá dentro, num cabeceamento fulminante. Estreando-se, também ele, como goleador nesta época.
O resultado reflectia o comportamento das duas equipas no terreno. O Farense muito remetido ao reduto defensivo, o Sporting fazendo pressão constante com variações de velocidade em largura e comprimento, pautando o seu jogo em obediência a este desígnio estratégico: convém evitar esforços inúteis.
Mas ninguém alimentava dúvidas sobre quem mandava ali. Morten no meio-campo interior e Trincão impulsionando o ataque, sobretudo inclinado para a direita.
Atrás as operações estavam bem confiadas ao quarteto comandado pelo marfinense. Que só desafinou uma vez, mesmo à beira do intervalo, aos 45'+2: bastou uma fugaz falta de sincronização para Lucas Áfrico, vindo lá de trás, rematar em posição frontal, livre de marcação, sem hipótese para Rui Silva.
E assim se foi para o intervalo.
No segundo tempo só deu Sporting. Já com João Simões em campo, contribuindo para a fluidez do nosso jogo, enquanto Quenda e Trincão pareciam rivalizar em exibições de virtuosismo técnico: os mais de 43 mil adeptos não lhes negaram aplausos.
Mas estava escrito que o herói daquele fim de tarde de anteontem seria Conrad Harder. Substituto do ausente Gyökeres, o jovem avançado deixou claro ao treinador que pode contar com ele. Confirmou-se como herói em campo ao apontar o terceiro, no minuto 88, em lance iniciado e finalizado por ele próprio, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Matheus Reis, que onze minutos antes saltara do banco.
Segundo desafio seguido a marcar: é assim que se ganha fama. É assim, passo a passo, que se vai subindo no Olimpo do Sporting. Parabéns ao dinamarquês: bem os merece.
Parabéns igualmente a Rui Borges, que tem feito omeletes com poucos ovos. Desta vez, outra baixa: Geny saiu aos 25', de maca, com lesão traumática. Vai parar pelo menos duas semanas. Talvez mais.
Numa das tribunas do estádio, a ver o jogo, estavam quatro titulares indiscutíveis: Gyökeres, Pedro Gonçalves, Morita e Nuno Santos.
Apesar dos problemas com sucessivas lesões, o Sporting mantém o comando isolado, continua a ter o melhor ataque e a melhor defesa, é a equipa com mais vitórias e menos derrotas. Registo à 20.ª jornada: 56 golos. Não marcávamos tantos há 51 anos, desde a saudosa época 1973/1974.
Agora é só seguir em frente.
Breve análise dos jogadores:
Rui Silva (5) - Alguma vez havia de acontecer: sofreu o primeiro golo no Sporting, aos 45'+2. E fez a primeira defesa digna de aplauso, aos 50'.
Fresneda (6) - Envolveu-se na manobra ofensiva e foi recompensado com o primeiro golo da sua carreira, aos 11'. Vai motivá-lo para mais.
Diomande (7) - Grande golo de cabeça, após um canto (26'). O seu primeiro nesta época. Quem diz que não marcamos de bola parada?
Gonçalo Inácio (5) - Eficácia no passe longo. Mas falhou a marcação a Lucas Áfrico no tento algarvio. E falhou golo de baliza aberta (72').
Maxi Araújo (7) - Melhora de jogo para jogo. Excelente cruzamento atrasado para Gonçalo marcar. É dele a pré-assistência no terceiro golo.
Geny (4) - Estava a movimentar-se bem, no flanco direito, mas lesionou-se muito cedo (22'). Forçado a sair, queixando-se de entorse.
Morten (7) - Muito influente. Acorreu duas vezes à dobra de Diomande. Participou na construção do terceiro golo. Peça fundamental.
Daniel Bragança (4). Exibição muito abaixo do que nos habituou. Desperdiçou dois ataques (29' e 41'). Sem desenhar um só movimento de ruptura.
Quenda (7)- O maior desequilibrador do plantel. À esquerda e à direita, ganhou duelos e arrastou marcações. Indiscutível maturidade técnica.
Trincão (7) - Assistiu no segundo golo. Muito activo no ataque, grande compromisso na defesa. É o rei das assistências na Liga: e vão nove.
Harder (8) - Fez o passe decisivo para o primeiro golo e marcou o terceiro - de modo original, com o peito. Melhor em campo.
João Simões (6) - Substituiu Geny aos 25'. Bom comportamento defensivo, critério na entrega da bola. Nunca se esconde do jogo.
Matheus Reis (6) - Entrou aos 77, substituindo Daniel Bragança. Onze minutos depois, protagonizou o centro que daria o golo a Harder.
Debast (-) - Substituiu Trincão aos 90'. Só para confirmar que a breve lesão já foi ultrapassada.
Afonso (-) - Entrou aos 90', rendendo Maxi. Justo incentivo para um jovem jogador que se tem destacado no Sporting B.
De mais um triunfo claro e tranquilo. Recebemos, dominámos e vencemos o Farense, penúltimo classificado, numa partida quase de sentido único. Resultado: 3-1. Melhor do que o do jogo homólogo do campeonato anterior, quando também batemos a nossa segunda filial, mas com menor diferença: 3-2.
De Harder. Melhor em campo. Fuzilou as redes pelo segundo jogo consecutivo, suprindo a ausência do artilheiro-mor da equipa. Quando Gyökeres não está, o jovem dinamarquês, de apenas 19 anos, avança para o seu lugar e dá conta do recado. Voltou a acontecer ontem: foi ele a confirmar a vitória leonina, aos 88', com um original golo marcado com o peito em posição frontal, correspondendo com eficácia máxima a um cruzamento de Matheus Reis. Assim culminou uma bela jogada colectiva que ele próprio havia iniciado. Mas não se limitou a marcar: também assistiu. Providencial passe para golo, logo aos 11', dando início à vitória.
De Fresneda e Diomande. Figuram aqui em simultâneo por terem apontado os nossos primeiros golos, sendo ambos defesas. O lateral espanhol em estreia absoluta como goleador enquanto jogador profissional: inaugurou o marcador aos 11', à ponta-de-lança. O internacional marfinense meteu-a lá dentro num cabeceamento fulminante na sequência de um canto, aos 26' - também em estreia, mas na época em curso. É bom haver vários jogadores prontos a ser homem-golo compensando as ausências que continuam a registar-se por lesão.
De Trincão. Grande partida do avançado minhoto, que antes deste embate com o Farense já registava 2930' de utilização em 2024/2025. Comandou as operações do meio-campo para a frente, assistou no segundo golo marcando o canto e revelou sempre compromisso defensivo. Ofereceu duas vezes o golo a Harder (33' e 80'). Esteve a centímetros de marcar ele também, aos 17', numa excelente recepção seguida de rotação e remate de primeira, com a bola quase a roçar o ferro.
De Maxi Araújo. Vai-se mostrando mais adaptado ao posto de lateral esquerdo e mais entrosado com os colegas, melhorando de jogo para jogo. Muito eficiente nas missões defensivas, nunca perde de vista a manobra ofensiva. Magnífica combinação com Matheus Reis no lance do terceiro golo: a pré-assistência é dele.
Da estreia de Afonso Moreira, esta época, na equipa A. O brioso ala esquerdo leonino, presença habitual na equipa B, saltou do banco substituindo Maxi Araújo aos 90'. Só actuou cerca de 5 minutos, mas foi uma oportunidade para mostrar o que vale entre os "adultos".
De confirmar a aposta na formação. Cinco jogadores oriundos da Academia Cristiano Ronaldo marcaram presença nesta partida: Gonçalo Inácio, Daniel Bragança, Quenda, João Simões e Afonso Moreira. O caminho faz-se caminhando.
Do apoio dos adeptos à equipa. Mais de 43 mil espectadores em Alvalade demonstrando a crença inabalável de que este Sporting vai conquistar o bicampeonato que nos foge há 74 anos. Só faltam 14 jornadas.
De Rui Borges. Mais três pontos conquistados, balanço muito positivo destas suas cinco semanas ao serviço do Sporting. Os números não deixam lugar a dúvidas: nove jogos disputados, com cinco vitórias, três empates e apenas uma derrota. No campeonato, vamos com três triunfos consecutivos - contra Rio Ave, Nacional e Farense.
Da arbitragem. António Nobre merece nota positiva. Deixou jogar, adoptando critério largo - precisamente o que vigora na esmagadora maioria dos melhores jogos internacionais. Sem exibir cartões a torto e a direito nem interromper a partida mal vê alguém atirar-se para o chão.
Do reforço da nossa liderança. Benfica e FC Porto continuam à distância. Lideramos isolados, agora com 50 pontos à 20.ª jornada. Apenas menos dois do que tínhamos na mesma fase do campeonato anterior.
Não gostei
Da ausência de Gyökeres. O craque sueco assistiu ao desafio num camarote de Alvalade. Foi apenas o segundo jogo desta época em que não pudemos contar com ele, comprovando que esteve a jogar nos limites da resistência muscular. Também Morita continua lesionado. São ausências de monta, tais como as de Nuno Santos (indisponível até ao fim da época) e de Pedro Gonçalves.
Da lesão de Geny. Parece bruxedo: também ele se lesionou. Abandonou o relvado de maca, aos 25', aparentemente devido a uma entorse que pode afectá-lo com gravidade. Mais uma dor de cabeça para o nosso treinador.
Do golo do Farense. Aconteceu aos 45'+2, fixando o resultado ao intervalo: 2-1. Lucas Áfrico movimentou-se à vontade dentro da nossa área, com Gonçalo Inácio a falhar a marcação e Diomande a pô-lo em jogo. Fechou-se o círculo: em Agosto, no Algarve, o mesmo jogador tinha marcado para o Sporting num infeliz autogolo. A "retribuição" ocorreu agora.
De ver Rui Silva sofrer o primeiro golo de Leão ao peito. Alguma vez havia de acontecer. Mas o guarda-redes internacional vindo do Bétis não teve culpa.
De ver jogadores que formámos em Alcochete jogarem contra nós. Desta vez foram o avançado Elves Baldé (25 anos) e o médio Miguel Menino (22 anos). Nem todos podem ficar, como sabemos. É a vida...
Exibição competente qb do Sporting hoje em Alvalade, sabendo gerir o jogo no ritmo mais indicado para camuflar a falta de alguns titulares e a nítida má forma de outros, e dando palco a um quarteto de jovens de sangue na guelra com imenso potencial. E foram estes - Fresneda, Diomande, Quenda e João Simões - que desbloquearam o jogo, marcaram e deram a marcar.
O campeonato ganha-se com exibições assim, de controlo do jogo, de ganhar sem arriscar perder, evitando o desgaste e a quebra física no final dos jogos.
Do 3-4-3 de Amorim para o 4-4-2 de Rui Borges mudaram alguns posicionamentos mas não mudaram alguns princípios de jogo, o controlo através da posse e da circulação de bola a toda a largura do campo, a variabilidade das zonas de ataque, o lançamento em profundidade do ponta de lança em zonas laterais. Com isso o resultado é semelhante, o jogo ganha-se sem o nosso guarda-redes fazer uma defesa digna desse nome. Hoje aconteceu o golo contrário, um bom cruzamento que deu golo, por mérito contrário e porque Inácio não respeitou a linha dada por Diomande. Rui Silva nada podia fazer.
Fresneda marcou o golo inicial a cruzamento tenso de Harder. Não era preciso ser bruxo de Fafe para prever que isso iria acontecer, por pouco não tinha acontecido já em dois jogos anteriores porque ele repete o movimento interior que o coloca em boas condições para marcar. Diomande marcou o segundo num bom golpe de cabeça no seguimento dum canto. Harder o terceiro num bom cruzamento de Matheus Reis. Pelo meio meia-dúzia de defesas de Ricardo Velho e remates a sair a rasar o poste.
João Simões começa a encher-me as medidas. Está ali um médio todo-o-terreno do melhor que já tivemos, não falha um passe, tem mudanças de velocidade que desequilibram a defesa contrária, vai à linha de fundo, remata de fora da área, tudo isso aos 18 anos. Mais fresco do que Quenda, também ele um pouco desgastado.
Hjulmand está um patrão, joga e faz jogar. Mal mesmo esteve Trincão, a perder muitas bolas em zonas centrais e portanto perigosas para o contra-ataque adversário. Maxi e Inácio também longe do que podem fazer. Catamo complicativo e desta vez infeliz, vamos lá ver que lesão tem. Bragança começou bem mas depressa descarrilou, está sem capacidade física para fazer o que pensa.
Melhor em campo? Harder, o mini-Gyökeres, o suplente perfeito. A verdade é que os dez colegas em campo não notam muito a diferença, porque as movimentações são semelhantes.
Arbitragem? Fraquinha marca APAF: Vai gerindo o que marca e o que não marca, não interessa se são faltas ou não, ninguém percebe mas isso pouco interessa. Os fiscais de linha também não ajudam. Pelo menos não inventou penáltis.
E agora? Ganhar no Dragão, mas com o Eustáquio a central vai ser muito complicado. Pelo menos o Galeno não vai cavar penáltis e expulsões, o que já não é mau.
Jornada número 20: vamos receber o Farense este domingo, a partir das 18 horas.
Na primeira volta, fomos lá afinfar-lhes goleada: cinco a zero. Com três de Gyökeres, um de Edwards (único que marcou neste campeonato) e autogolo de Lucas Ático.
Parabéns ao Francisco Chaveiro Reis. Só ele, convicto da goleada leonina enquanto mantínhamos a nossa baliza imaculada, vaticinou os 5-0 que espetámos ao Farense no Estádio Algarve.
E nem precisou de duplo prognóstico, privilégio dos autores deste blogue: bastou-lhe um para acertar.
Gyökeres acaba de a meter lá dentro, de penálti: foi o segundo dos três golos que marcou
Foto: Luís Branca / Lusa
O jogo não foi em Faro, mas no Estádio Algarve, já no concelho de Loulé. Permitindo ao Farense triplicar a receita de bilheteira (passando do máximo de 6 mil espectadores para os quase 18 mil deste desafio) só nas recepções às chamadas "equipas grandes" - o que mereceu o duvidoso aval da Liga. Duvidoso por ferir um princípio básico de equidade desportiva.
Isto acabou por beneficiar o Sporting: até parecia que jogávamos em casa. Era diminuta a falange de apoio ao clube de Faro e muitos dos adeptos que lá se deslocaram não esconderam o descontentamento. Se eu estivesse no lugar deles, faria o mesmo.
Incompreensível também o facto de este jogo ter decorrido menos de 24 horas após o fim de outra partida, entre norte-irlandeses e gibraltinos, para a Liga Conferência. Com os consequentes estragos no relvado.
Mas o que interessa é isto: ao vivo ou pela televisão, assistimos anteontem a uma das melhores exibições que recordo de uma equipa do Sporting. Superioridade esmagadora do primeiro ao último minuto, pressão constante com bola ou sem ela, ligação perfeita entre todos os sectores, movimentos automatizados ao primeiro toque e sempre de olhos fitos na baliza.
Um verdadeiro espectáculo.
A pressão atacante era tão forte que apenas supreende o golo inicial ter ocorrido só aos 27'. Principal responsável: Ricardo Velho, eleito melhor guarda-redes do campeonato anterior. Começou por negar o golo a Pedro Gonçalves aos 4' num remate cruzado que ia lá para dentro. Depois a Gyökeres, servido de bandeja aos 16' por Trincão. No próprio lance do golo, faz uma defesa quase impossível a um remate de Daniel Bragança - mas o craque sueco não perdoou no ressalto, atirando-a lá para o fundo.
Não adormecemos, nem nos pusemos a "gerir o resultado", como talvez acontecesse noutros tempos. Pelo contrário, a equipa quis sempre mais. Numa das acções ofensivas protagonizadas por Pedro Gonçalves, aos 37', há um desvio da bola dentro da área. Penálti. O VAR Veríssimo teve dúvidas, mas o árbitro Tiago Martins manteve a decisão após visualizar as imagens. Chamado a converter, aos 41', Gyökeres não perdoou.
Sabia a pouco, o 0-2 ao intervalo. No recomeço, o Farense viu-se forçado a avançar as suas linhas em desesperada busca do tento de honra, mas sem nunca incomodar verdadeiramente o nosso guarda-redes.
Isto facilitou-nos a vida pois permitiu ao Sporting explorar a profundidade. À direita por Quenda, à esquerda por Geny, com Trincão e Pedro Gonçalves endiabrados como nunca arrastando marcações e baralhando o sistema defensivo adversário. Daniel Bragança juntava-se ao quinteto que tinha Gyökeres como ponta-de-lança: chegámos a ter seis envolvidos em simultâneo na manobra ofensiva.
Mais atrás, Morita chegava e sobrava para unir as pontas, recuperar bolas e apoiar o trio de centrais sempre que se tornou necessário. Com manifesto sucesso.
Os golos sucederam-se a um ritmo imparável. Gyökeres fuzilou as redes de longe, aos 66', sem defesa possível. Nuno Santos regressou após um mês de lesão e fez um daqueles cruzamentos teleguiados ao seu jeito que funcionou como assistência para um infeliz autogolo de Lucas Áfrico. O primeiro de que beneficiamos nesta época.
Ainda haveria um quinto golo, à Maradona, marcado por Edwards após conduzir a bola em slalom durante 50 metros. Um a um, os adversários iam ficando pelo caminho. Golaço digno de aplauso até por parte de adeptos farenses. Candidato a golo do mês.
Vencemos, convencemos. Estamos ainda mais sólidos no primeiro posto do pódio. Mesmo ainda sem o tal reforço para a frente de ataque. Mesmo com Morten, titular indiscutível, ainda fora do onze. As trocas fazem-se e a qualidade de jogo subsiste. Confirmando-se que temos banco de suplentes, ao contrário do que sucedia noutros tempos.
Confirma-se também que treinador e jogadores querem muito conquistar o bicampeonato que nos foge há 70 anos. Provam-no em campo, desafio após desafio.
Ficou bem demonstrado, sem margem para dúvidas, nesta goleada no Algarve. A segunda consecutiva em apenas três jornadas. Seria difícil começar melhor.
Breve análise dos jogadores:
Vladan - Muito pouco trabalho. Aos 76', saiu a soco afastando a bola cruzada por Belloumi, o melhor da turma algarvia.
Eduardo Quaresma - Exibição irrepreensível. No posicionamento, na concentração, na maturidade, na qualidade do passe.
Diomande - Claro domínio do jogo aéreo. Impõe-se pelo físico, fechando as linhas de passe à turma adversária.
Gonçalo Inácio - Central actuando também como lateral, faz dois passes decisivos para golo: aos 66' descobrindo Gyökeres no flanco oposto, aos 81' servindo Edwards.
Quenda- Inicia a construção do primeiro golo com técnica apuradíssima e perfeito domínio da bola, tirando três defesas do caminho. Trabalha para a equipa.
Morita - Grande obreiro da solidez do nosso meio-campo. Notável precisão de passe: serve sempre bem, com critério. Apoiou a defesa quando foi preciso.
Daniel Bragança - Aos 22' já tinha sofrido três faltas - confirmando como é útil. Quase marcou aos 27': na recarga, surgiu o primeiro golo. Entrega constante à luta, excelente nas recuperações.
Geny - Interventivo como ala esquerdo, melhorou mais ainda ao transitar para o flanco oposto a partir dos 63'. Aos 85' ofereceu um golo que Gyökeres desperdiçou.
Trincão - Um dos criativos da equipa. Desposicionou os defesas em movimentos de rotação, sempre com a bola dominada. Abrindo auto-estradas para os colegas. Só lhe faltou um golo.
Pedro Gonçalves - Ninguém como ele joga tão bem entre linhas. Esteve muito perto de marcar aos 4'. "Assiste" Daniel aos 27'. Foi ele a cobrar o livre de onde nasceu o quarto golo.
Gyökeres- Leva seis golos à terceira jornada: caso muito raro de eficácia. Marcou três (um de penálti) e podia ter marcado mais dois, aos 16' e aos 85'. Melhor em campo.
Nuno Santos - Entrou aos 63', rendendo Quenda. Está de volta após lesão, cheio de força e energia. Mostrou-o logo aos 69' no cruzamento que deu autogolo.
Debast - Substituiu Eduardo Quaresma aos 71'. Voltou a exibir qualidade no passe longo, bem colocado, com visão de jogo.
Edwards - Substituiu Daniel Bragança aos 71'. Já havia 0-4, mas o inglês fez questão de mostrar serviço. Com um golaço aos 81'. Há sete meses que não marcava. Redimiu-se.
Matheus Reis - Rendeu Diomande aos 86'. Limitou-se a controlar o lado esquerdo do trio de centrais, com Gonçalo remetido ao eixo.
Dário - Entrou para o lugar de Pedro Gonçalves aos 86'. O resultado estava construído, só havia que gerir com bola. Cumpriu.
Exibição de luxo do Sporting ontem no magnífico estádio do Algarve, especialmente na 1.ª parte. Resultado final: 5-0, sem necessidade nenhuma dum penálti forçado.
O 3-4-3 / 4-4-2, conforme Trincão e Quenda se movimentavam no campo, propiciou um tikitaka à moda de Guardiola, jogadores muito juntos em combinações constantes, reacção imediata à perda, sem deixar o adversário pensar e criar situações de perigo. O resultado ao intervalo só pecava por escasso, Gyökeres parecia não estar nos seus melhores dias.
Veio a 2.ª parte, o Farense quis atacar, o que Gyökeres muito agradeceu, e encaixou mais três, podiam ter sido cinco ou seis.
Muito forte o Sporting para este Farense, que nunca conseguiu causar mossa na defesa do Sporting, Diomande, Morita e Bragança, com Pote e Trincão sempre por ali, constituíram um eixo central de alto rendimento.
Melhor em campo? Morita, o maestro de olhos em bico.
Arbitragem? Melhor do que o costume deste arrogante árbitro, que deixou jogar. O penálti foi tão forçado como a pseudo-falta do Quaresma no clássico do ano passado. Se fosse um defesa do Porto marcava aquele penálti? Só em sonhos.
Depois poupou um jogador do Farense à expulsão.
E agora? Ganhar ao FC Porto, mesmo com o Pinheiro ou o Veríssimo a apitar.
Da goleada no Estádio Algarve.Domínio absoluto do Sporting num jogo de sentido único em que o Farense não fez um só remate enquadrado à nossa baliza. A manobra ofensiva leonina era tão avassaladora que chegávamos a atacar com seis jogadores em simultãneo. Domínio traduzido em golos. Os três primeiros marcados por Gyökeres. O quarto, por Lucas Áfrico, defesa da turma de Faro marcando à ponta-de-lança na própria baliza após cruzamento muito tenso do reaparecido Nuno Santos. O quinto, que selou o resultado (0-5), foi de Edwards, também ele reaparecido - mas no reencontro com os golos.
De ver tantos sportinguistas nas bancadas. Oficialmente, para nós, o jogo era fora de casa. Mas ninguém diria, vendo as bancadas e o entusiasmo que delas transbordava em apoio às cores do Leão genuíno, o nosso. «Campeões! Nós somos campeões!» - foi este o cântico que mais se ouviu. Se tivesse decorrido no velho estádio de São Luís, em Faro, haveria três vezes menos espectadores e a desproporção de apoiantes das duas equipas seria muito menor.
De Gyökeres. O que dizer mais do fabuloso craque sueco? Apenas reafirmar isto: é um dos melhores avançados que vimos jogar desde sempre no Sporting. Já com seis golos marcados em três jogos da Liga. Cada vez que a bola lhe chega aos pés, cria perigo. E põe a equipa contrária em sobressalto. Ontem, mais três para a sua conta pessoal: fuzilou as redes algarvias aos 27', num oportuno pontapé de recarga; aos 41', na conversão dum penálti; e aos 66', após sentar Moreno e desfeitear Ricardo Velho.
De Pedro Gonçalves. É ali mesmo que deve jogar, como interior esquerdo, movimentando-se entre linhas, indo buscar a bola atrás e conduzindo-a como a inspiração lhe impõe. Desta vez não marcou, mas deu duas vezes a marcar. Ao picar a bola para Daniel Bragança no primeiro golo e ao marcar o livre de que resultaria o autogolo farense, aos 69'. Foi também ele a gerar o lance do penálti numa das suas ousadas incursões na grande área, aos 37'. Rondou o golo aos 4' e aos 74'. Outra exibição superlativa.
De Daniel Bragança e Morita. Merecem alusão simultânea porque funcionaram como bloco coeso e muito eficaz. O internacional japonês dominando o corredor central, passando sempre com critério e apoiando a defesa em constantes movimentos de recuo que o punham a par de Diomande. O nosso capitão criando movimentos de ruptura, distribuindo jogo ofensivo (é dele a entrega a Pedro Gonçalves no lance do penálti) e criando ele próprio oportunidades de golo, como aquela em que só uma enorme defesa de Ricado Velho o impediu de a meter lá dentro, aos 27'. Ambos também muito influentes na recuperação e na pressão sobre o portador da bola, o que explica o facto de o Farense raras vezes ter conseguido chegar à nossa área.
Do golo de Edwards. Ele é mesmo assim: de repente, quase do nada, inventa um lance genial que leva as bancadas ao delírio. Aconteceu aos 81'. Havia entrado dez minutos antes, substituindo Daniel Bragança já com o resultado em 4-0, quando pega na bola a quase 60 metros da baliza, transporta-a com domínio perfeito e vai deixando para trás sucessivos adversários, numa cavalgada heróica que selou a goleada. Último e mais belo dos nossos golos. Este foi à Maradona, pondo fim a um jejum de sete meses.
De Gonçalo Inácio. Actuando com frequência como lateral esquerdo, projectado no terreno, foi igual à sua imagem de marca: discreto mas influente. Cortes preciosos aos 28' e 53'. Dois passes para golo: aos 66', servindo Gyökeres numa soberba variação de flanco, e aos 81', assistindo Edwards. Ostentou a braçadeira de capitão desde o minuto 71', quando Daniel foi substituído. Aos 86', com a saída de Diomande, tornou-se ele central ao meio. Esteve sempre bem.
De não termos sofrido golos. Quarto jogo oficial da temporada, primeiro em que mantivemos as nossas redes intactas. Evolução também neste capítulo.
De ver quatro da nossa formação no onze inicial. Para alguns adeptos, isto nada conta. Não é o meu caso. Gostei que Rúben Amorim apostasse em Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Bragança e Quenda. E ainda entrou Dário, aos 86', quando o resultado já estava construído.
Da arbitragem. Actuação positiva de Tiago Martins: sempre em cima dos lances, apitando com critério, deixando jogar sem interromper a partida à mínima queda dos jogadores. Bom julgamento no lance mais controverso, aquele em que assinalou penálti, apesar das dúvidas suscitadas pelo video-árbitro Fábio Veríssimo.
De ver o Sporting marcar há 45 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.
De termos disputado 24 desafios consecutivos sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 13 triunfos nas últimas 14 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.
Não gostei
Do Farense. A tradição manteve-se: não nos ganha desde Janeiro de 2001, já lá vai quase um quarto de século. As arrogantes declarações do treinador José Mota, antes da partida, tornam-se agora ainda mais ridículas após ter sofrido esta goleada. Prometia «criar algumas dificuldades» ao Sporting. Afinal, nem uma para amostra.
Do péssimo estado do relvado. Chegava a ser inexistente numa das zonas centrais. Inacreditável, como é que a Liga autoriza a realização dum jogo do campeonato português neste estádio onde havia decorrido uma partida da Liga Conferência (entre o Lincoln Red Imps, de Gibraltar, e o Lame, da Irlanda do Norte), menos de 24 horas antes.
Da ausência de Morten. O médio defensivo titular permaneceu fora da convocatória por lesão. Mas Daniel Bragança e Morita têm-se completado tão bem que mal se sente a falta do talentoso internacional dinamarquês.
Do 2-0 que se registava ao intervalo. Sabia a pouco. Graças a Ricardo Velho, que evitou três golos. Por Pedro Gonçalves (4'), Gyökeres (16') e Daniel Bragança (27').
De ver um ex-Sporting a jogar contra nós. Desta vez foi Rafael Barbosa, que saltou do banco do Farense no reatamento, após o intervalo.
Amanhã, às 20.15, visitamos o Farense. Só com um objectivo em mira: manter e consolidar a liderança da Liga 2024/2025, em busca do bicampeonato.
Na época anterior, o nosso confronto com a equipa de Faro foi decisivo. Fomos lá vencer 3-2 e assumimos o comando isolado da prova, 862 dias depois - e já não o largámos até ao fim. Com Gyökeres a bisar e Pedro Gonçalves a completar o trio de golos leoninos.
Como será desta vez? Aguardo os vossos prognósticos.
O Sporting visita amanhã o Sp. Farense no estádio do Algarve, o que é um pouco diferente do jogo ser no São Luís quer nas características do terreno de jogo quer no apoio nas bancadas. Nesse aspecto vai ser jogar em casa, o estádio vai estar repleto de Sportinguistas e eu vou lá estar também.
O jogo com o Nacional mostrou bem o melhor e o pior deste Sporting de Rúben Amorim. O melhor é a organização de jogo e a capacidade goleadora do tridente ofensivo. O pior é a falta de coordenação do tridente defensivo, amplificada pela falta de cobertura dos baixinhos do meio-campo, e a facilidade como Kovacevic sofre golos em remates de zonas menos perigosas. O resultado final de 6-1 é um pouco enganoso sobre o que se passou em campo, particularmente na 1.ª parte.
Pelo que vimos dos jogos com o Sp. Farense na época passada, eles vão jogar na mesma toada do Nacional: concentração ofensiva e contra-ataques rápidos, procurando obter faltas e cantos a favor e tentar a sua sorte nesses lances.
Catamo e Quenda estão a surpreender-me pela positiva. O moçambicano com outra maturidade relativamente à época passada, mais forte nos duelos, a perder pouco a bola, a procurar o pé esquerdo para centrar, e não se limitar ao remate com poucas probabilidades de êxito. O guineense, que jogava nos sub23 na época passada e ainda há pouco disputou o europeu de sub17, um novo Nuno Mendes na inteligência de jogo atacante e compromisso defensivo. Não é assim que vamos ganhar o campeonato de sub19, mas paciência.
Sendo assim confio que, com o apoio das bancadas, vamos ganhar.
Sobre o onze, com Hjulmand a tardar em recuperar da lesão, deve ser o mesmo daquele que entrou na Choupana.
Kovacevic; Quaresma, Diomande e Inácio; Quenda, Morita, Bragança e Catamo; Trincão, Gyökeres e Pedro Gonçalves.
A fórmula é sempre a mesma, entrar com tudo e não a dormir como na Choupana, marcar cedo e gerir o resultado depois.
Daniel Bragança abriu a contagem no dia da sua estreia como capitão da equipa em Alvalade
Foto: Miguel A. Lopes / Lusa
O pior em campo na jornada anterior desta vez ficou de fora: Adán, com lesão muscular, nem no banco se sentou. O mesmo aconteceu com Gonçalo Inácio. Para compensar, tivemos os regressos de St. Juste, novamente titular ao fim de três meses de ausência. E de Trincão, que começou no banco mas saltou lá para dentro, já recuperado da lesão traumática contra o Rio Ave em lance que devia ter sido penálti mas nem falta chegou a ser assinalada por um árbitro que corre o risco de ganhar o campeonato da incompetência.
Foi, pois, um onze poupadinho, este que no passado domingo enfrentou o Farense no nosso estádio, perante mais de 39 mil espectadores - as assistências avolumam-se à medida que prossegue a contagem decrescente rumo ao título que tanto ambicionamos.
Além dos já mencionados, ficaram de fora Geny, Coates, Morita e Eduardo Quaresma. Já a pensar no desafio desta tarde, contra a Atalanta, para a Liga Europa. Mas, quando o árbitro Cláudio Pereira fez soar o apito final após boa actuação em Alvalade, apenas o moçambicano ficou mesmo sem jogar. Os outros foram entrando à medida que surgiam dificuldades e se impôs a necessidade de fazer sair os mais exaustos. O calendário tão intenso, com jogos de três em dias, vai impondo níveis muito elevados de fadiga física.
Talvez para prevenir isso, entrámos com óbvia vontade de garantir uma vitória rápida contra a turma algarvia, que havíamos vencido na primeira volta por 3-2 em Faro. Em desafio que se revelou muito mais difícil do que se previa.
Não há dois jogos iguais, mas o resultado deste Sporting-Farense repetiu o do embate anterior. Com grau de dificuldade idêntica. E no entanto até nem faltou quem antevisse goleada, pois antes da meia hora já vencíamos por 2-0.
Primeiro com uma bomba disparada por Daniel Bragança, de pé direito, aos 11': o disparo foi de tal ordem que embateu com estrondo na barra, desceu à linha de baliza subiu novamente ao ferro e só então entrou. Fazendo levantar o estádio em louvor ao jovem formado na Academia, em estreia como capitão no nosso estádio. Dedicou o golo aos avós, ali presentes, e emergiu sem sombra de dúvida como o melhor em campo.
Depois, destacou-se o suspeito do costume: Viktor, o craque sueco que faz jus ao nome próprio. Meteu-a lá dentro com assistência soberba de Pedro Gonçalves já de ângulo muito apertado, junto à linha de fundo do lado esquerdo. Aconteceu ao minuto 29: os três pontos pareciam garantidos.
Mas ainda não estavam. Porque aos 32' o argelino Belloumi despejou-nos um balde de água fria em forma de golaço, batendo Israel nesta tarde em que se estreava entre os postes num jogo da Liga 2023/2024. Remate indefensável: o jovem uruguaio ainda voou, mas sem conseguir deter a bola. Ao intervalo, 2-1.
Viemos estranhamente apáticos do balneário. Concedendo iniciativa de jogo ao adversário, em contraste com o sucedido na meia hora inicial, quando soubemos explorar muito bem a profundidade e fechar as linhas de passe do Farense.
Instalava-se o nervosismo nas bancadas.
O facto de o guarda-redes ser caloiro neste campeonato e o trio defensivo (St. Juste, Diomande e Matheus Reis) actuar também pela primeira vez não ajudou. O que viria a confirmar-se quando os forasteiros empataram, aos 50', pelo caboverdiano Zé Luís.
Havia que tocar a rebate. E assim foi. Três minutos decorridos, Pedro Gonçalves - com assistência de Esgaio - meteu-a lá dentro, bem à sua maneira, fixando o resutado.
Depois foi gerir. Com bola e sem ela. Jogo controlado, pausado. Aos 55', tripla alteração: Rúben Amorim trocou Pedro por Francisco (Trincão), Matheus por Eduardo (Quaresma) e Morten por Morita. A pensar na recepção de hoje à equipa italiana, sim. E também a prevenir lesões musculares, cada vez mais prováveis à medida que o calendário aperta.
Entraram depois Coates para render St. Juste - e trancar ainda mais a nossa defesa, novamente com ele a capitão e Diomande remetido ao flanco esquerdo dos centrais - e Paulinho, este como substituto de Edwards, mas tão apagado ou mais do que o titular.
Aplausos à equipa? Claro que sim. Assobios é que não: infelizmente ouviram-se muitos, demasiados, nos minutos finais. Por alegado excesso de precaução defensiva.
Enorme estupidez. Não dos jogadores, mas de quem assobiou. O que me leva a concluir, uma vez mais: alguns adeptos não merecem esta equipa que tantas alegrias nos tem dado.
Breve análise dos jogadores:
Israel - Sofreu dois golos indefensáveis, cada qual à sua maneira: não podemos assacar-lhe culpas. E ainda viu uma bola no ferro aos 48'. Mas sem fífias neste seu jogo de estreia na Liga 2023/2024.
St. Juste - Voltou em boa forma ao fim de três meses inactivo. É a ele a iniciar o primeiro golo, com excelente passe vertical. E ainda cabeceou ao ferro na sequência de um canto, aos 24'.
Diomande- Tentou colmatar a ausência de Coates no onze, mas é ainda muito cedo para o designarem sucessor. Preso de movimentos, melhorou só quando se encostou mais à esquerda.
Matheus Reis - Foi central à esquerda no "jogo de cadeiras" promovido pelo treinador para solucionar o xadrez defensivo. Mas é melhor como ala do que no centro da defesa, voltou a confirmar-se.
Esgaio - Talvez a sua melhor exibição da temporada após o apagamento de Geny na jornada anterior. Dinâmico, fez centro crucial para o primeiro golo e assistiu no terceiro. Difícil exigir-lhe mais.
Morten - Se andasse menos submetido a tão intensa pressão física, talvez tivesse impedido o primeiro golo do Farense. Sem Morita ao lado, imperou enquanto pôde no meio-campo defensivo.
Daniel Bragança - Enorme exibição do nosso jovem capitão (por ausência inicial de Coates). Marcou à bomba o primeiro golo. Esteve a centímetros de marcar outro, aos 87'. E ainda ofereceu um a Paulinho (78').
Nuno Santos - Exagera por vezes no adorno dos lances. Mas num centro bem medido, aos 25', quase forçou autogolo do Farense: a bola foi à trave. Inicia golo 2, bem articulado com Pedro Gonçalves.
Pedro Gonçalves - O melhor português desta equipa já é o segundo goleador do Sporting 23/24. Foi dele o terceiro golo, garantindo os três pontos. Já marcou 15 e fez 13 assistências: notável.
Edwards - Talvez por falta de confiança, continua a abusar do individualismo, como se por vezes se esquecesse da equipa. Rematou à figura aos 35' e perdeu demasiadas vezes a bola.
Gyökeres- É o terror do Farense: já lhes marcou seis em três jogos na época. No domingo, em Alvalade, mais um. Leva 18 golos marcados na Liga - e 32 em todas as competições da temporada.
Trincão - Substituiu aos 55' Pedro Gonçalves, que saiu com queixas físicas. Regressado de breve lesão, menos grave do que se temia, ainda não se apresentou na melhor condição.
Eduardo Quaresma - Saltou do campo aos 55', substituindo Matheus Reis. Primeiro como central à esquerda, posição que lhe é estranha. A partir dos 69', actuou pela direita. Sempre seguro.
Morita - Rendeu Morten ao minuto 55. Refrescou o meio-campo leonino, sobretudo no capítulo da recuperação, e orientou os passes com a destreza habitual.
Coates - Substituiu St. Juste aos 69', impondo serenidade na linha defensiva com os seus cortes cirúrgicos (exemplar, aos 75') e a sua temporização no início de cada lance de ataque.
Paulinho - Entrou para render Edwards no minuto 69. Lento, algo apático, desperdiçou o 4-2 que Daniel lhe ofereceu aos 78', deixando-se interceptar. Nem sequer foi útil na posse de bola.
Vencemos o Farense 3-2 em nossa casa. Repetindo o resultado da primeira volta em Faro. Mesmo assim, ninguém acertou. O mais próximo que alguns dos leitores andaram foi quando prognosticaram um triunfo leonino por 3-1: estiveram quase a chegar lá.
Um mini-tornado em Alvalade que acabou em temperança, felizmente para nós e um furacão no Porto que escaqueirou tudo.
À cautela convém não desarmarmos o aviso de mau tempo e vamos deixar os sacos de areia à volta da nossa equipa, que isto os anticiclones são como as marés, vão e vêm e já estamos avisados que um pequeno descuido pode derrubar a muralha.
Mas que sabe bem uma segunda-feira calminha, isso sabe.
De mais uma vitória: o Sporting soma e segue. Ontem derrotámos o Farense em Alvalade. Por 3-2 (com 2-1 ao intervalo), num jogo em que dispusemos de muito mais oportunidades do que a equipa adversária mas manteve o resultado em aberto quase até ao fim, num grande espectáculo de futebol. Resultado que repete o da primeira volta, no Algarve, desta vez com dois belos golos da turma forasteira - pelo argelino Belloumi (32') e pelo caboverdiano Zé Luís (50'). Mas insuficientes para os de Faro pontuarem no nosso estádio. Convém não esquecer que esta foi a mesma equipa que impôs um empate a zero ao Benfica na Luz e perdeu à tangente com o FCP no Dragão numa partida em que os portistas só fizeram o 2-1 ao minuto 100.
De Daniel Bragança. Grande jogo do esquerdino, que aos 24 anos se estreou como capitão da equipa em Alvalade devido à ausência simultânea de Coates (começou no banco e só entrou aos 69') e de Adán (lesionado). Com os avós na bancada, o médio formado em Alcochete fez jus à braçadeira impondo a sua qualidade de passe e a sua visão de jogo. A vitória leonina começou por ele, logo aos 11': grande disparo com o pé direito, com tanta força que fez a bola bater duas vezes na trave antes de entrar. Interveio também no início da jogada do terceiro golo. Mostrou-se infatigável: à beira do fim ainda corria para recuperar bolas. Melhor em campo.
De Gyökeres. É impressionante, vê-lo jogar. Mesmo já sem a frescura que lhe vimos noutras fases, acusando o desgaste de actuar agora de três em três dias, continua a exibir toda a qualidade do seu futebol, em contínua vertigem ofensiva. Num destes lances, marcou, encaminhando-a da melhor maneira para o fundo das redes: foi aos 18', na primeira oportunidade de que dispôs, alargando então a vantagem para 2-0. E serviu os colegas, como aconteceu aos 87', após um estonteante slalom dentro da área algarvia: era para Daniel, a quem só faltou encostar. Tem já 18 golos marcados na Liga e 32 no total das competições.
De Pedro Gonçalves. Desta vez jogou menos tempo do que é habitual: Rúben Amorim trocou-o aos 55' por Trincão, já a pensar na eliminatória da Liga Europa com a Atalanta, que vai decorrer depois de amanhã em Alvalade. Mas esteve tempo suficiente para assistir o sueco no nosso segundo golo, num ângulo muito apertado na ponta esquerda, e marcar ele próprio o terceiro, aos 53', após centro de Esgaio. Missão cumprida. Isola-se como segundo artilheiro do Sporting na temporada em curso.
Do regresso de St. Juste. Após longa ausência (mais uma), o holandês voltou para integrar um inédito trio defensivo do Sporting, com ele à direita, Diomande ao meio e Matheus Reis à esquerda - rendendo Eduardo Quaresma, Coates e o lesionado Gonçalo Inácio no onze. Cumpriu no essencial, faltando-lhe alguns automatismos, como seria de esperar. Mas saiu dos pés dele uma grande abertura que iniciou o nosso golo inaugural. Podia ter feito melhor na cobertura do lance do segundo golo algarvio, mas vê-lo outra vez operacional já é boa notícia. E aos 24' esteve quase a marcar, de cabeça, na sequência de um canto: a bola foi ao ferro.
Da hora do jogo. Começou às seis da tarde, com as bancadas muito compostas (mais de 39 mil espectadores), cheias de crianças acompanhadas dos pais e avós, neste domingo. O ideal para congregar famílias, seja Inverno ou seja Verão, em estádios de futebol. Seria bom que este horário se repetisse.
Da homenagem inicial a Alexandre Baptista. Justa lembrança de um dos nossos melhores centrais de sempre, ontem falecido aos 83 anos. Foi um dos heróis da feliz campanha leonina de 1963/1964 que culminou com a conquista da Taça dos Vencedores das Taças e um dos "Magriços" que subiu ao pódio, com a camisola das quinas, no Mundial de 1966.
De Cláudio Pereira. Boa actuação deste jovem árbitro, que não complicou nem atrapalhou nem quis ser o centro do espectáculo. São atributos que deviam ser muito mais frequentes na arbitragem portuguesa, mas isso não acontece. Daí merecer este sublinhado pela positiva.
De continuarmos invictos em casa. Nem uma derrota nesta Liga em que confirmamos o nosso estatuto de equipa mais regular. Já levamos 40 golos marcados em Alvalade. E dez jogos consecutivos sem perder neste campeonato (nove vitórias, um empate).
De ver o Sporting marcar há 32 jornadas consecutivas. Sempre a fazer golos, consecutivamente, desde o campeonato anterior. Sem eles não há vitórias. E sem vitórias não se conquistam títulos e troféus.
De retomarmos a liderança isolada da Liga 2023/2024. Agora com 59 pontos, beneficiando da humilhante goleada (5-0) do Benfica no Dragão. Um mais do que os encarnados, mais sete do que os azuis-e-brancos e mais dez do que o Braga. Tendo - pormenor que convém não ser esquecido - ainda um jogo por disputar. Se o vencermos, ampliamos a vantagem sobre o SLB de um para quatro. Cenário desejável e bem possível.
Não gostei
De ter sofrido dois golos. Sem culpas para Israel, que ontem substituiu Adán entre os postes por impedimento físico do guardião espanhol. Já são cinco, em duas jornadas, se os somarmos aos três que o Rio Ave nos marcou na ronda anterior, em Vila do Conde. Confirma-se: a nossa defesa, nesta Liga, está num patamar inferior ao nosso ataque.
Do início da segunda parte. Viemos sem dinâmica do intervalo, um pouco anestesiados pela magra vantagem obtida nos 45' iniciais. Cinco minutos depois, o Farense empatava: era um justo castigo para a desconcentração leonina. Felizmente não tardámos a pôr-nos de novo à frente do marcador.
De ver antigos jogadores do Sporting na equipa adversária. É vulgar acontecer, mas desta vez foram três: Elves Baldé, Cristian Ponde e Rafael Barbosa. Todos formados em Alcochete, onde actuaram em vários escalões menos na equipa principal - excepto Ponde, que ainda chegou a estrear-se, com Marco Silva, numa partida da Taça da Liga. Ausente esteve também outro ex-Sporting: Mattheus Oliveira. Este não passou pela formação e saiu sem ter deixado saudades de qualquer espécie. Foi ele a marcar os dois golos que sofremos no desafio da primeira volta.
De Edwards. Nada lhe saiu bem. Voltou a ser titular, beneficiando da recente lesão de Francisco Trincão, entretanto regressado. Mas continua sem justificar a aposta de Amorim: o melhor que fez ontem foi um remate frouxo, à figura, aos 35'. De resto foi abusando das fintas, foi-se comportando como dono da "redondinha" até ser desarmado, foi-se atirando para o chão. O treinador, farto de tanta inoperância, deu-lhe ordem de saída aos 78' (fazendo entrar Paulinho) após duas perdas sucessivas de bola do inglês nos minutos precedentes.
Dos assobios dos adeptos à beira do fim. Uma vez mais, quando a equipa mais precisava de apoio e procurava segurar a bola para garantir os três pontos, uma caterva de imbecis instalados nas bancadas desatou a brindá-la com sonoras vaias, iniciadas ainda antes do fim do tempo regulamentar e prolongadas pelos cinco minutos de período extra. Nunca me cansarei de protestar contra tanta demonstração de estupidez.
Sem sofrimento não existem campeões. Quem pensa o contrário percebe mesmo pouco do futebol que se joga no estádio, se calhar com o entendimento moldado pela Tv ou Internet.
O sofrimento tende a aumentar exponencialmente em jogos inseridos em sequências bi-semanais de diferentes competições, com cartões e condições físicas para gerir, em que o essencial é ganhar com o mínimo de desgaste e consequências para os jogos seguintes.
Para este jogo com um Sp. Farense que nos tornou a vida bem difícil no jogo da 1.ª volta, o Sporting vinha dum desgastante dérbi para a Taça de Portugal, tinha cinco jogadores à beira de exclusão para Arouca por cartões amarelos e disputará a eliminatória da Liga Europa com o Atalanta três dias depois.
E ganhou por 3-2, sem amarelos a registar, dando palco a jogadores vindos de lesão como St. Juste, Trincão e Paulinho, e descansando jogadores como Coates, Morita e Hjulmand, e tendo de recorrer ao guarda-redes suplente, Israel.
Excelente! Tudo o resto é acessório.
Qual é o resto?
Uma primeira parte marcada pelo desperdício ou falta de sorte atacante, com dois golos, duas bolas nos ferros e outras que mereciam melhor sorte, tendo o adversário feito dois remates excelentes de fora da área. Um deu golo, o outro não entrou porque não calhou.
Uma segunda parte em que o Sp. Farense, duma boa jogada, sacou um livre perigoso, dum livre um canto em que a (improvisada) linha defensiva do Sporting cedeu e empatou. Logo a seguir uma ida à linha e golo de Pedro Gonçalves. Recuperada a vantagem, foi tempo de recompor a defesa e gerir o resultado. As entradas de Coates, Morita e Quaresma revelaram-se determinantes para segurar a vitória.
Melhor em campo nos 90 minutos? Daniel Bragança, um belo bolo e sempre em alta rotação, finalmente a correr para trás o que corre para a frente. Esgaio muito bem hoje também, melhor do que Nuno Santos do outro lado.
Arbitragem? Impecável. Um árbitro que começou muito mal na alta roda mas conseguiu dar a volta ao texto, transformou arrogância em assertividade, e valoriza o jogo deixando jogar sem faltas e faltinhas.
E agora? Para quarta-feira, a gamebox já está carregada para o efeito.
E depois? Arouca, onde espero estar.
E os outros? Benfica perde em Alvalade e é goleado no Dragão. O Atalanta empatou com o Milão, perdeu 4-0 contra o Inter, e perdeu em casa com o Bologna. Isto é garantia de alguma coisa de bom? Não, mas mal não faz, como se diz algures no Brasil "pimenta no cu do outro é refresco".
Rúben Amorim, na conferência de imprensa, veio dizer o seguinte: “Alguma ineficácia da nossa equipa, foram praticamente três ataques em que o Farense fez dois golos, estamos nessa fase. Fomos falhando golos com um bom ritmo e uma boa dinâmica, mas falhámos, outra vez, muitos golos. Na segunda parte controlámos mais sem bola, poderia falar na nossa definição quando ganhámos na bola rápido, faltou-nos o último passe. Mas os jogadores estão a dar tudo, alguns não têm mais para dar nesta sequência de jogos. Foi uma vitória justa." É mesmo difícil não concordar com ele...
Outro jogo do Sporting. Este decorre logo à tarde, com menos de 72 horas de diferença em relação ao clássico disputado quinta à noite para a Taça de Portugal.
Recebemos o Farense, às 18 horas. Com duas baixas no onze habitual: Gonçalo Inácio e Adán estão fora de combate. Mas regista-se uma boa notícia: Trincão está de regresso.
Na primeira volta fomos a Faro vencer por 3-2. Partida nada fácil. Com golos de Gyökeres (2) e Pedro Gonçalves. Do lado dos algarvios, bis de Mattheus Oliveira, que passou pelo Sporting há uns anos sem deixar rasto. Felizmente para nós, hoje não joga.
Vamos lá então saber: quais são os vossos prognósticos para este Sporting-Farense?
Internacional sueco, "o suspeito do costume": ontem marcou três golos em Alvalade. Difícil ser melhor
Foto: António Pedro Santos / Lusa
Gostei muito de Gyökeres: grande atitude, excepcional entrega ao jogo, de longe o melhor em campo. Exibição coroada com três golos frente ao Farense, num desafio da Taça da Liga que vencemos por 4-2. Confirma-se: o sueco é não apenas o mais competente e brilhante jogador a actuar esta época no futebol português, mas uma das melhores contratações de sempre do Sporting. O preço que pagámos por ele é barato, ninguém duvida. Ontem cumpriu o 12.º desafio da temporada com um registo de 11 golos já apontados. Excelente média, contrastando com os Cabrais e os Navarros que aportaram aos nossos adversários com prestações medíocres ou inexistentes. Desta vez abriu o marcador aos 24', quatro minutos depois converteu um penálti e fechou a conta pessoal apontando um golaço aos 63'. Só justifica elogios. Os 22.800 adeptos que compareceram em Alvalade nesta chuvosa noite de quinta-feira certamente gostaram.
Gostei das mudanças feitas por Rúben Amorim na equipa. Desde logo apostando em Gonçalo Inácio como médio mais recuado, talvez já a prepará-lo para actuar ali quando Morita estiver ausente durante semanas ao serviço da selecção daqui a um par de meses. Exibição muito positiva: até parece rotinado na posição. Resultaram outras apostas no onze titular, de onde estiveram ausentes Adán, Coates, Morten, Geny, Morita, Edwards e Pedro Gonçalves. Nuno Santos (marcou o terceiro, de pé direito, aos 56') e Trincão fizeram os melhores jogos da temporada, com destaque para o minhoto: assistiu no primeiro golo protagonizando espectacular lance individual, foi ele quem sofreu a falta que gerou penálti e ainda levou Ricardo Velho à defesa da noite voando para deter um remate em arco dirigido ao ângulo superior direito da baliza. Eis um "reforço" que já tardava.
Gostei pouco que tivéssemos consentido dois golos, aos 49' e aos 79', com disparos fortíssimos de Mattheus Oliveira (um dos mais inúteis jogadores que passaram por Alvalade) e Vítor Gonçalves. Israel podia ter feito melhor? Dificilmente, mas ainda não oferece aos adeptos aquela segurança entre os postes que temos o direito de lhe exigir. Agradou-me ver Daniel Bragança com a braçadeira de capitão, mas continua a fazer tudo em esforço, incapaz de um passe de ruptura ou de criar lances de desequilíbrio na área do terreno onde se movimenta. Mesmo num jogo caracterizado por notório contraste no desempenho ofensivo: protagonizámos 25 remates, contra oito da turma algarvia.
Não gostei de Paulinho. Depois da "vitamina Gyökeres", no início da época, parece voltar a exibir os defeitos que lhe conhecemos de outros campeonatos. Muito condicionado pelas marcações, falhou emendas quase à boca da baliza em centros bem medidos de Esgaio (78') e Nuno Santos (87'). Atirou para a bancada logo aos 10', dando o mote a uma exibição sofrível. E é ele quem perde a bola, com displicência, gerando um rapidíssimo contra-ataque adversário que culminou no primeiro golo que sofremos.
Não gostei nada de ver Dário desperdiçar outra oportunidade de mostrar ao treinador que merece um lugar no plantel leonino. Entrou aos 72', rendendo Bragança, e a partir dos 83' o Farense passou a jogar só com dez por lesão de Zé Luís quando o treinador José Mota já tinha esgotado as substituições - e houve ainda 6' de tempo extra. Nem assim o jovem médio da nossa formação fez a diferença. Pelo contrário: entregou duas vezes a bola no minuto 86 e falhou uma tabelinha aos 88', com fraco domínio técnico. Não se nota evolução neste jogador, lamento concluir. Talvez valha a pena emprestá-lo, como já aconteceu com Mateus Fernandes.
Era um.jogo com tudo para correr mal caso o Sporting facilitasse, se Rúben Amorim insistisse em experimentar o 4-2-3-1 ou apostar em jovens menos preparados.
Não foi isso que fez. O Sporting entrou em campo com um onze muito diferente do Bessa, mas sólido e equilibrado. Praticou bom futebol e o resultado final (4-2) ficou adulterado pelo desperdicio atacante e pelos dois excelentes e improváveis remates do Farense.
Gyökeres foi claramente o melhor em campo, mas Inácio como trinco esteve excelente e Trincão fez enorme exibição com muito azar no remate ao golo.
Além de Trincão, St. Juste, Paulinho, Nuno Santos e Bragança (mesmo falhando clamorosamente nos remates) aproveitaram muito bem os minutos de que dispuseram. Israel ficou marcado pelos golos sofridos e Essugo voltou a entrar muito mal, talvez questão de nervos.
E agora? O acesso à final four da Taça da Liga está quase assegurado, o próximo jogo da Liga é no domingo.
Jogo a jogo, sem bazófias que só servem para dar ânimo aos adversários, como até um cego via há uns anos atrás.
Vamos ter mais logo um jogo muito interessante com aquele Farense que ainda há pouco vendeu cara a derrota no São Luís e que, tendo vencido na 1.ª jornada, tem aqui uma oportunidade de chegar à Final Four da Taça da Liga.
Vindo de dois desafios fora em relvados imprópios para consumo e com mais um jogo para a Liga já no domingo, Rúben Amorim deve alterar substancialmente o onze titular, fazendo descansar uns e dando minutos a outros, sem fugir do 3-4-3 assimétrico (com um dos alas mais adiantados e o interior desse lado mais perto do ponta de lança) do costume.
Fica então aqui o convite de tentarem adivinhar o onze inicial do Sporting mais logo.
A minha previsão é:
Israel; Neto, St.Juste e Inácio; Esgaio, Bragança, Hjulmand e Nuno Santos; Trincão, Gyökeres e Paulinho.
SL
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