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És a nossa Fé!

Futebol de ataque com Viktor a liderar

Sporting, 3 - Famalicão, 1

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Gyökeres: mais duas assistências e outro golo na sua conta pessoal. Já marcou 40 esta época

Foto: José Sena Goulão / Lusa

 

À medida que prossegue a contagem decrescente para o fim do campeonato, aumenta o nervosismo dos adeptos.

Há semanas abundavam os prognósticos pessimistas: dizia-se que iríamos ser vítimas da onda de lesões, antecipava-se que este mês de Março seria "terrível" para as nossas aspirações ao título. E - como sempre acontece no Sporting, onde nunca falta quem tenha o vício de arrasar quem está enquanto suspira de saudades por quem já foi - medraram até uns palermas a denegrir Rui Borges, alegando que "não é treinador para o Sporting".

Enfim, o costume. Com adeptos destes, não precisamos de inimigos.

Para azar dos derrotistas militantes, a equipa está novamente a jogar muito bem. E a demonstrar o talento que já lhe conhecíamos. Com provas dadas: há três dias recebemos e vencemos o Famalicão, equipa bem orientada e acima da média para o futebol português. Quarto triunfo consecutivo - três na Liga, um na Taça de Portugal. A melhor série com Rui Borges. A isto não é estranho o facto de vários jogadores que estiveram indisponíveis por lesão continuarem a regressar. Já aconteceu com Gyökeres, Morten, Geny, Morita. Agora voltou também Eduardo Quaresma, suplente utilizado.

Falta Pedro Gonçalves: está quase.

 

Seria difícil começar melhor. Haviam decorrido apenas 61 segundos quando Gyökeres, bem ao seu jeito, conduziu um ataque veloz junto à linha esquerda e centrou com precisão para o coração da área. Trincão falhou, mas felizmente apareceu Fresneda como uma seta, desferindo o remate: a bola foi direita às redes.

Marcar no primeiro lance ofensivo dá moral a qualquer equipa. Aconteceu com a nossa. Rui Borges alargou a frente de ataque, sem ponta-de-lança fixo, com Gyökeres a explorar a profundidade nos dois corredores, com Quenda muito móvel a partir das alas, enquanto Trincão arrastava defesas com movimentos interiores e Fresneda (à direita) e Maxi (à esquerda) subiam nos flancos. Por vezes Morita - novamente titular - associava-se à manobra ofensiva, deixando Morten como médio interior posicional. 

A intensa pressão leonina condicionou a saída de bola do Famalicão, onde se destacou o internacional sub-21 Gustavo Sá, sem dúvida um dos mais virtuosos médios do futebol português. Gostava de vê-lo de Leão ao peito.

À meia hora foi-se registando algum equilíbrio, mas equipa visitante só marcou de penálti. Erro lapidar - mais um - de Diomande, que voltou a usar os braços em zona proibida, atingindo um adversário na nuca com um cotovelo. Aranda converteu: estavam decorridos 35 minutos, lá voltava o pessimismo a instalar-se nas bancadas, enquanto o relvado era fustigado por forte chuva.

O empate (1-1) registado ao intervalo era lisonjeiro para o Famalicão. 

 

A segunda parte foi toda nossa. Os jogadores voltaram do intervalo ainda mais moralizados, convictos de que a partir de agora cada jogo é para nós uma final. Com Gyökeres a comandar as tropas, acentuou-se a toada ofensiva da equipa. Num destes lances, Maxi conduziu com habilidade a bola, provocando o contacto com Gustavo Sá. Penálti, bem assinalado e muito bem convertido pelo suspeito do costume, ao minuto 64: Viktor disparou com força, colocando-nos novamente em vantagem.

Já o treinador havia mexido na equipa, refrescando-a e acentuando a dinâmica colectiva, sem perturbar equilíbrios.

Saiu Fresneda, Quenda ocupou o corredor direito, com o esquerdo entregue a Geny, recém-entrado.

Porém, ainda houve tempo para um sobressalto: numa disputa de bola, sem necessidade, Maxi pisou o calcanhar de Gustavo Sá (sempre ele) e foi para a rua, com vermelho directo indiscutível. 

 

Passámos a jogar com dez a partir desse minuto 80, mas não perdemos qualidade. Pelo contrário, sucederam-se os momentos de bom futebol, coroados no terceiro golo - hino ao desporto colectivo, com Morten, Quenda e Trincão a tocarem nela antes de chegar a Viktor e este a cumprir a segunda assistência da noite, deixando-a à mercê do poderoso pé esquerdo do moçambicano. Era o minuto 88, chegávamos ao 3-1, selava-se o resultado.

Respirou-se de alívio nas bancadas. E até os pessimistas do costume saíram do estádio com sorrisos na face.

Faltam oito jornadas para terminar a Liga 2024/2025: queremos que seja em festa.

 

Breve análise dos jogadores:

 

Rui Silva (7) - Confirma-se como pilar da baliza. Grandes defesas a remates de Gustavo Sá (17') e Sorriso (86').

Debast (6) - Começou como central à direita, a partir dos 73' subiu para médio-centro. Cumpriu em ambas as posições.

Diomande (4) - Aos 32' cometeu penálti em lance inofensivo. Precisa de aprender a conter-se nos movimentos com os braços.

Matheus Reis (5) - Rendeu no lugar habitual de Gonçalo Inácio, ausente por castigo. Faltou-lhe alguma ousadia no ataque.

Fresneda (7) - Renasceu com Rui Borges: marcou o primeiro golo (o seu terceiro), cheio de confiança. Nem parece o mesmo.

Morten (6) - Ainda com algum défice físico. Viu um amarelo aos 38' por protestar em excesso. Inicia o terceiro golo.

Morita (6). De novo titular, criou movimentos de ruptura. Fez passe para Maxi ganhar penálti (62'). Quase marcou de chapéu (68').

Maxi Araújo (4). Voltou após castigo. Sacou penálti, mas falhou dois golos cantados (45' e 45'+3). Expulso aos 80' por pisão. 

Quenda (7) - Grande exibição. Serviu bem os colegas. Aos 40', proporcionou defesa da noite a Carevic. Participou no terceiro golo.

Trincão (5) - Falhou emenda à boca da baliza no minuto 1. Mas interveio no terceiro golo com pré-assistência neste seu 45.° jogo da temporada.

Gyökeres (8) - De novo o melhor em campo, facturou pelo terceiro jogo consecutivo. Já marcou 28 golos na Liga. Mais duas assistências agora.

Geny (6) - Substituiu Fresneda aos 60'. Marcou o terceiro, livre de marcação, à ponta-de-lança. Três pontos garantidos aos 88'.

Eduardo Quaresma (5). Regressado de lesão, entrou aos 73', substituindo Morita. Protagonizou um bom desarme aos 75'.

Felicíssimo (-) - Entrou aos 90'+2 para substituir Quenda.

Harder (-) - Substituiu Trincão aos 90'+2.  

Esgaio (-) - Rendeu Morten aos 90'+2.

Rescaldo do jogo de anteontem

 
 

Gostei

 

De outra vitória do Sporting. Terceiro triunfo consecutivo leonino sob o comando de Rui Borges, o que acontece pela primeira vez desde a chegada do actual técnico, no final de Dezembro. Como anfitriões, acabamos vencemos anteontem o Famalicão por 3-1, marca igual à do nosso anterior triunfo frente ao Casa Pia. Na senda do desafio em que eliminámos o Gil Vicente em Barcelos nos quartos-de-final da Taça de Portugal e da vitória sobre o Estoril em casa, para o campeonato. Caso mesmo para dizer: o Sporting soma e segue.

 

De começar a ganhar muito cedo. Bastaram 61 segundos para a metermos lá dentro, logo no nosso primeiro lance de ataque. Proeza de Fresneda, que abriu o activo em Famalicão como se fosse ponta-de-lança. Projectado na ala, graças ao 3-4-3 retomado há um mês por Rui Borges, funcionou como saca-rolhas num desafio que muitos anteviam ser complicado. Afinal não foi, em boa parte graças ao defesa espanhol, que ganhou vida em Alvalade com a chegada do actual treinador. Já leva três golos marcados. É bem provável que não pare aqui.

 

De Gyökeres. Começa a tornar-se monótono: voltou a ser o melhor em campo. Com as suas arrancadas que suscitam aplauso unânime, o sueco pôs os adeptos em delírio encostando a turma minhota às cordas. Outro golo marcado - de penálti, o décimo neste campeonato, sem menor hipótese para o guarda-redes Carevic. Aconteceu aos 64', desfazendo o empate que subsistia desde o minuto 35. E foram também dele os passes para os restantes golos: o primeiro, ainda no minuto inicial do desafio, cruzando a partir da esquerda para Fresneda, e o terceiro, aos 88', oferecendo-o de bandeja a partir da direita para Geny. Números extraordinários: 28 golos nesta Liga, 40 no conjunto das competições, 49 contando com os que já apontou na selecção sueca. Desde Peyroteo, há 78 anos, que o Sporting não tinha um jogador a apontar 40 ou mais golos em duas temporadas consecutiva. Viktor é o maior: ainda está connosco e já temos saudades dele.

 

De Quenda. Alguns imaginariam vê-lo mais contido, agora que acaba de ver o seu passe adquirido pelo Chelsea, naquele que é talvez o mais lucrativo negócio de sempre do Sporting. Puro engano: foi um dos mais activos, dos mais acutilantes, dos que souberam criar mais desequilíbrios até ser rendido, aos 90'+2, numa substituição destinada sobretudo a ouvir aplausos. Bem merecidos. Forçou Carevic à defesa da noite, aos 55', num remate colocadíssimo que levava selo de golo e acabou por embater no ferro já depois da intervenção do guarda-redes. Serviu muito bem Morita (25'), Gyökeres (62' e 67') e Maxi Araújo (68'). Sempre em jogo, melhor sobretudo nas movimentações no corredor direito.

 

De Rui Silva. Outro excelente desempenho: já se tornou num dos pilares da equipa. Boas defesas aos 17' e aos 29', travando remates de Gustavo Sá. Intervenção decisiva aos 86', negando o golo a Sorriso em remate rasteiro e com ressaltos na relva. Veio para ficar.

 

Da nossa segunda parte. Domínio absoluto do Sporting, com vários momentos de puro brilhantismo, com cinco (e às vezes seis) envolvidos na manobra ofensiva. Com os regressos dos lesionados Gyökeres, Morten, Morita e Geny, a equipa recuperou a plena alegria de jogar. É, sem dúvida, a melhor do campeonato em curso. 

 

De Rui Borges. Muito bem novamente a ler o jogo. Fez a mudança que se impunha à hora do jogo, retirando Fresneda por troca com Geny, remetendo o moçambicano à ala esquerda e deslocando Quenda para a direita. Assim pressionámos ainda mais a saída de bola do Famalicão e mesmo a jogar só com dez a partir da expulsão de Maxi Araújo nunca deixámos de manter o domínio da partida. O que se concretizou no terceiro golo, culminando a melhor jogada colectiva do encontro com intervenções de Morten, Trincão, Gyökeres e Geny, que fuzilou as redes e fez as bancadas explodir de alegria, indiferentes à chuva forte que não cessou de cair.

 

De já termos actuado quase com o melhor onze. Faltou Gonçalo Inácio, a cumprir castigo. E falta recuperar Pedro Gonçalves: todos desejamos que o seu regresso esteja para muito breve, logo após esta paragem para jogos das selecções.

 

Do Famalicão. Apresentou-se em Alvalade com uma equipa compacta e organizada, trocando bem a bola e pecando apenas na finalização. O melhor deles é sem dúvida o jovem médio Gustavo Sá, internacional sub-21. Tem apenas 20 anos e já vale 10 milhões de euros, segundo o Transfermarkt. Confesso que não me importaria nada de o ver no plantel leonino.

 

Da nossa liderança reforçada. Continuamos isolados em primeiro. Com 62 pontos. Conseguimos 19 vitórias nestas 26 rondas. Só faltam oito para concretizarmos o maior sonho: a conquista do bicampeonato que nos foge há 74 anos.

 

 

Não gostei

 

Do penálti de Diomande. O jovem central marfinense tem inegável qualidade, mas precisa de corrigir com urgência o seu posicionamento dentro da área. Num lance inofensivo, saltou à bola atingindo Sejk na nuca com o cotovelo. Penálti sem discussão: Aranda converteu-a aos 35'. Assim fomos para o intervalo, empatados 1-1. Sabia a pouco. Naturalmente, instalou-se o nervosismo nas bancadas. Não havia necessidade.

 

Do cartão exibido a Morten. O capitão protestou junto do árbitro de forma demasiado exuberante, gesticulando muito, o que lhe valeu um amarelo aos 38'. Não poderemos contar com ele na próxima jornada, frente ao Estrela da Amadora.

 

De Maxi Araújo. É ele a ganhar aos 62' o penálti que viria a ser convertido por Gyökeres dois minutos depois. Mas não merece nota positiva. Falhou dois golos cantados, aos 45' e aos 45'+3. E fez-se expulsar, sem margem para dúvida, ao calcar de sola o calcanhar de Gustavo Sá em zona livre de perigo. Viu vermelho directo aos 80', forçando o Sporting a jogar 18 minutos com menos um. Outra baixa para o próximo jogo.

 

Do árbitro Miguel Nogueira. Não respeitou elementares regras de equidade, faltando-lhe acção disciplinar sobre os centrais do Famalicão, que placaram Gyökeres confundindo futebol com luta livre. E fez vista grossa a um derrube de Maxi, aos 13', por Rodrigo Pinheiro: ficou um penálti por marcar.

Se não fosse assim

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Começo pelo princípio: Fresneda. Marcou mais um, demonstrando-me que é mais jogador do que aquilo que eu por aqui fui dizendo a seu respeito. Pode não ser grande espingarda a defender, que não é, mas na ala direita tem feito muito boa figura. Mérito dele e de Rui Borges, que lhe sabe retirar o que pode dar.

Dez minutos iniciais de serenata, à chuva da depressão Laurence, que soou depois a desafinada até final da primeira parte, ou não fosse karma dos sportinguistas verem aquilo que se prevê fácil, acabar num cabo de trabalhos e verem sempre em campo menos um jogador. Hoje mais uma vez calhou a Trincão, que demonstrou ter dois tijolos em vez de pés (se calhar por causa da cor das chuteiras) no lance do primeiro golo, fazer de ausente. Regressou, ainda que com cara de envergonhado, na segunda parte, a tempo de fazer uma pré-assistência para o terceiro, a única coisa de jeito que fez em todo o jogo, já depois de estarmos a jogar com nove, após expulsão, mais uma estúpida, de Maxi e da entrada de Esgaio. A meio do caminho, ainda tivemos que levar com mais uma infantilidade de Diomande, que cometeu mais um penalti daqueles que só a parvoíce leva a cometer. Há quem fale em dores de crescimento, eu falo em falta de foco, que vem sendo recorrente. A rever, com alguma urgência nesta paragem se ele não for para a selecção do seu país.

Na segunda parte, as coisas correram bem melhor, Quenda abriu o livro, finalmente, ele que fez tudo na ala direita, o meio campo começou a ter bola, deixou de ser bola na frente e fé em Gyokeres, que, já agora, levou a biblioteca toda e distribuiu cultura em doses industriais, que lhe deram para duas assistências e o picar do ponto da ordem.

E terminou este match de football com uma vitória por três bolas a uma, que poderia ter chegado mais cedo, que sumo para isso foi bastamente espremido e esbanjado, que o redes deles defendeu que se fartou. Quem também demonstrou que a sua contratação foi um tiro certeiro foi Rui Silva, que veio fazer jus à frase "finalmente temos um guarda-redes" e ele hoje numa altura em que os famalicences estavam a arrebitar cabelo, puxou dos galões e demosntrou que se o careca espanhol precisar dele para a baliza, pode contar com classe entre os postes.

Mas claro, se não fose assim, não seria o Sporting. Sofrer é o nosso karma e é para isso que teremos que estar preparados nas oito finais que faltam até este campeonato se finar, isto se os outros não encostarem por aí num campo qualquer, ele às vezes há coisas e mesmo com os MIB (Man In Black) a espaldar qualquer falta de jeito, engenho e capacidade físico-motora, pode ser que a coisa seja mais folgada, a ver vamos como dizia um ceguinho que fazia vida no Metro de Lisboa e "batia" o mercado de Tomar à Sexta-feira, com a frase que ficou para a posterioridade: "Auxiliai o ceguinho". E eu seja ceguinho, salvo seja, se isto não vai acabar em bem, mesmo com toda a tendência dos nossos rapazes para nos colocarem à prova o nosso coração.

Agora é para descansar e para o treinador treinar alguma coisa, pelo menos com a meia-dúzia que fica em casa que isto a bem dizer, temos quatro na selecção nacional, um na da Suécia, outro na da Bélgica, outro na da Costa do Marfim, outro na de Moçambique, outro na do Japão, outro na da Dinamarca e possivelmente dois na do Uruguai. Sabem o que vos digo? Fora o panzer que já tomou da poção mágica novamente, os outros podem nem sequer jogar, que eu não me importo nadinha.

 

A foto é de José Sena Goulão/LUSA

O dia seguinte

O Sporting de Rui Borges é de longe a melhor equipa da Liga.

Só assim se entende que, mesmo com uma arbitragem miserável que inclinou o campo e expulsou o capitão Hjulmand do jogo seguinte como o colega APAF tinha expulsado o Inácio deste, e mesmo com o excesso de tomates, como dizia o treinador do Estoril, do Maxi, conseguiu marcar o golo final com menos um em campo, fechando o resultado num 3-1.

Enquanto isso, Benfica e Porto passeiam em campo, os adversários fazem-se expulsar, marcam-se golos com faltas e inventam-se penáltis à discrição. A APAF, em ano sem Europeu nem Mundial, anda em roda livre, metade vermelha, metade azul. Vou morrer sem ver este Nogueira na Luz ou nas Antas a ter o desplante de passear a sua aversão à equipa da casa, a sair do terreno insultado do pior e ficar feliz com isso, sabendo que nada lhe vai acontecer na carreira a seguir.

 

Vale pouco a pena comentar o futebol quando com o Sporting a ganhar por 1-0 e com Maxi carregado pelas costas na área do Famalicão, dum centro em que o adversário cabeceia a bola para fora sai um penálti, logo depois de Gyökeres agarrado pelo adversário sai um amarelo para Hjulmand, depois demorou uma eternidade para assinalar a óbvia falta para penálti (seria o segundo) sobre Maxi para o expulsar mais tarde.

Mas enfim. O futebol foram dois golos de compêndio Gyökeres, mais Quenda que podia ter marcado dois, e Maxi outros dois, num 3-4-3 em que o plantel se sente confortável, às vezes demasiado, baixando o ritmo confiando na linha de 5. Quando o ritmo desce, o adversário ganha confiança e começa a pôr problemas que dantes não existiam. Foi o que aconteceu ontem entre os 15 minutos e o penálti sofrido. Na 2ª parte o Sporting dominou de ponta a ponta, o 3-1 apenas peca por defeito.

Gustavo Sá, já o vi melhor, agora parece o Eustáquio, o que não é nada abonatório. Ou então precisa doutro desafio...

 

Melhor em campo? Gyökeres, mais uma vez e cada vez mais, um golo, duas assitências.

Arbitragem? Mais um. Depois da saída de Rúben Amorim, parece que a APAF abriu a jaula aos caça-leões.

E agora? Recuperar Pote, que ontem já entrámos em campo com nove do melhor onze. E com o melhor onze...

SL

Prognósticos antes do jogo

Recebemos amanhã o Famalicão, a partir das 20.30. Desafio da jornada 26 do campeonato, com o Sporting na liderança.

Na primeira volta fomos lá ganhar 3-0. Com golos de Gyökeres, Quenda (em estreia como artilheiro na equipa principal) e Gonçalo Inácio.

No campeonato anterior, o triunfo em Alvalade foi por margem mínima: 1-0. Com Paulinho a metê-la lá dentro.

Vamos fazer prognósticos para este? Venham daí esses palpites.

Quinta vitória em cinco jogos fora de casa

Famalicão, 0 - Sporting, 3

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Explosão de alegria de Quenda ao marcar pela primeira vez na Liga: o mais jovem Leão de sempre

Foto: Manuel Fernando Araújo / Lusa

 

Por motivos óbvios, ligados ao próprio desenvolvimento de outros factos dentro do Sporting, só hoje escrevo esta crónica. Seis dias depois do jogo, mas ainda a tempo - o próximo realiza-se logo à noite.

Era uma partida que muitos receavam.

Sobretudo os do costume: os que antecipam sempre o pior, os que se intitulam leões mas têm mentalidade de gatinhos, os que convivem muito mal com o hábito reiterado de ganhar, os que preferem carpir mágoas em torno do eterno fracasso, os que insistem em proclamar que "o sistema não nos deixa vencer". Mesmo tendo nós vencido metade dos campeonatos já disputados nesta década de tão boa memória.

Defrontámos, nesse dia 26, uma das raras equipas que têm mantido registo ascendente nos últimos anos do campeonato português. Ainda por cima em casa dela - precisamente o mesmo palco em que na jornada inaugural da Liga 2024/2025 o Benfica foi ao charco, perdendo 0-2

 

Para azar dos profetas da desgraça, nenhuma negra previsão se cumpriu nesta partida em que o Sporting alinhou de cor-de-rosa como símbolo de combate ao cancro da mama, ainda um flagelo em Portugal.

Voltámos a vencer. Voltámos a convencer. Voltámos a ganhar por mais de dois golos de diferença, como temos feito sempre até agora. Dominámos do princípio ao fim. Israel só fez uma defesa ao minuto 66, passando quase todo o tempo como mero espectador.

Algo insólito, para os padrões a que a melhor equipa portuguesa nos habituou, foram os golos só terem surgido após o intervalo.

Mas vieram muito a tempo. 

 

O primeiro, marcado pelo suspeito do costume. Viktor Gyökeres, aos 57', numa rotação perfeita dentro da área, servido de bandeja por Morita, incansável "carregador de piano", como se dizia na gíria futebolística da geração anterior. Naquele instante, adquirimos todos a certeza de que os três pontos já não nos fugiam. 

Só faltava dilatar o resultado.

Assim aconteceu. Por Quenda, aos 63', em recarga após remate inicial de Trincão: justíssimo prémio para o mais recente talento gerado na fábrica de campeões da Academia de Alcochete. Melhor em campo nesta partida, estreou-se a marcar no campeonato. E estabeleceu novo recorde, tornando-se o mais jovem leão de sempre como artilheiro na prova máxima do futebol português. Superando Simão Sabrosa e Cristiano Ronaldo.

Ainda houve tempo e espaço para mais um golo fixando o resultado: 3-0. Autor: Gonçalo Inácio. Com primorosa assistência de Geny, outro jovem talento já de méritos firmados.

 

Em destaque pela negativa, a lesão de Nuno Santos. Ocorrida no final do longo tempo extra da primeira parte, numa tentativa de disputa de bola sem falta. Sofreu rotura do tendão rotuliano do joelho direitoJá foi operado, mas deve ficar incapacitado para o resto da época. Baixa de relevo no onze titular.

Vai certamente sofrer muito pelos seus companheiros, agora só com estatuto de observador enquanto recupera da lesão.

Mas está de certeza cheio de orgulho por ter contribuído para este Sporting que sonha com o bicampeonato há mais de 70 anos. 

 

Vamos no bom caminho. Nove jornadas, nove vitórias, 30 golos marcados e só dois sofridos. Melhor defesa, melhor ataque, melhor goleador (Gyökeres). Permanecemos inexpugnáveis, tanto em casa como fora. Aliás até com melhor registo fora: cinco triunfos, com 20 golos marcados - média de quatro por partida. 

O sonho vai tornar-se realidade. Todos acreditamos nisso.

Todos? Não. Os do costume só acreditam no desaire, no infortúnio, na desgraça, na derrota, na eterna conspiração do destino contra nós. 

Nada de novo. Sempre foram assim.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel (6) - Pouco mais foi do que espectador: o Famalicão atacou pouco e viu quase sempre as vias de acesso à nossa baliza cortadas. Fez a primeira defesa aos 66', sem problema.

Debast (7) - Seguro, em duas posições. Começou como central à direita, passando para o meio aos 71'. Inicia o terceiro golo com soberbo passe para Geny a queimar linhas.

Diomande (6) - Regressou de lesão sem acusar problemas motivados pela paragem. Travou vários duelos com Aranda, levando a melhor. Saiu aos 71' para evitar maior desgaste.

Gonçalo Inácio (7) - Após alguma oscilação, volta a evidenciar grande forma. Sobretudo no passe longo: aconteceu aos 29' e aos 77', servindo colegas lá na frente. Marcou o terceiro.

Quenda (8) - O mais jovem goleador de sempre no Sporting em jogos do campeonato, com 17 anos e cinco meses. Aconteceu aos 63'. Festejou - e todos festejámos com ele. 

Morita (7) - Regressou a titular. E foi um dos obreiros deste triunfo com cheiro a goleada. Excelente assistência para o primeiro golo num movimento de ruptura. 

Daniel Bragança (7) - Já lhe chamam o Pirlo português - e não parece exagerado. Pensa o jogo, temporiza, faz constante pressão sobre a bola. Iniciou construção do segundo golo.

Nuno Santos (6) - Aos 11', centrou com eficácia: foi golo. Mas anulado por deslocação do autor, Pedro Gonçalves. Bom corte aos 29'. Lesionou-se gravemente pouco antes do intervalo.

Trincão (7) - Mesmo quando não marca, como foi o caso, dá espectáculo com o seu virtuosismo técnico. Quase fez golo aos 45'+4. É dele o remate inicial que gerou a recarga no segundo.

Pedro Gonçalves (5) - Regressou de lesão seis jogos depois. Ainda com falhas na dinâmica a que nos habituou entre linhas. Marcou aos 11, mas estava adiantado. Durou uma hora.

Gyökeres (8) - Ele gosta é de jogar. E de marcar. Voltou a acontecer com um golaço aos 57', só ao alcance de grandes talentos. Prodígio de técnica, de intenção e de colocação.

Geny (7) - Fez toda a segunda parte, substituindo Nuno Santos. Dominou ala esquerda, depois a direita, impedindo avanços adversários. Foi dele o centro para o terceiro golo.

Morten (6) - Retomou a braçadeira de capitão ao entrar, no minuto 64', substituindo Pedro Gonçalves. Contribuiu para tornar ainda mais impermeável o nosso meio-campo.

Maxi Araújo (4) - Substituiu Quenda aos 71'. Continua sem encontrar ainda o lugar onde verdadeiramente mais rende. Mas vai-se esforçando por isso.

St. Juste (5) - Substituiu Diomande aos 71'. Parece em boa forma após longas semanas de lesão. Fez corte providencial.

Harder (-) - Entrou aos 82', com a saída de Morita. Já a equipa geria o resultado confortável. Ainda viria a marcar o terceiro, sem intervenção do jovem dinamarquês.

Os melhores prognósticos

Cinco vencedores: nada menos do que isto. Todos acertaram na vitória do Sporting em Famalicão por 3-0. Com Gyökeres a marcar um dos três golos.

Parabéns ao quinteto - duas senhoras e três cavalheiros. Aqui ficam os nomes, por ordem alfabética: Edmundo Gonçalves, Jorge Luís, Leoa 6000, Maria Sporting e Paulo Batista.

Quem não acertou, paciência. Vá tentando, pode ser que tenha algum sucesso nas próximas rondas.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Gostei

 

De vencer o Famalicão. Conquistámos os três pontos num terreno habitualmente difícil, onde o SLB tombou logo na primeira jornada, perdendo 0--2. Dominámos por completo. Impusemos o nosso ritmo, o nosso caudal ofensivo, a nossa inegável superioridade física, técnica e táctica. O jogo terminou 3-0, com o Sporting mais perto de marcar o quarto do que a equipa visitada de conseguir o tento de honra. Israel só fez uma defesa digna desse nome em toda a partida, aos 66'.

 

De Quenda. Marcou o nosso segundo golo, aos 63', num pontapé de ressaca: o seu golo de estreia na Liga. Foi o mais jovem jogador leonino de sempre a facturar no campeonato nacional de futebol. Com apenas 17 anos, 5 meses e 27 dias. É também ele a iniciar o primeiro. Merece, sem favor algum, ser designado melhor em campo.

 

De Gyökeres. Desbloqueou o jogo: estava escrito que voltaria a não ficar em branco - e foi o que aconteceu aos 57': recebe a bola de Morita na área, faz uma rotação perfeita libertando-se da marcação e fuzila as redes num remate indefensável. Pôs fim à reputação defensiva da equipa minhota: antes desta partida o Famalicão só tinha um golo sofrido em casa, destacando-se como segunda melhor defesa da Liga. Agora já não é. O craque sueco leva 12 marcados neste campeonato.

 

De Gonçalo Inácio. Outra estreia a marcar na Liga. Foi dele o terceiro, dando a melhor sequência a um centro perfeito de Geny, aos 86'. Assim culminou uma enorme exibição no plano defensivo, não apenas a travar investidas da turma anfitriã mas desenhando passes a romper linhas, como sucedeu aos 29' e aos 77'.

 

De Trincão. Não marcou, mas trabalhou imenso para a equipa, impondo o seu virtuosismo técnico. Remate rasteiro a rasar o ferro aos 33'. Quase marcou aos 45'+4: corte in extremis de um central. Tem intervenção decisiva no segundo golo, confirmado na recarga por Quenda. Imparável a actuar entre linhas e a baralhar marcações com as suas constantes variações de velocidade.

 

De Daniel Bragança. Tornou-se imprescindivel no onze titular. Voltou a ser o pensador da equipa, elemento fundamental no excelente jogo colectivo do Sporting. Faz sempre pressão sobre o portador da bola e, ao recuperá-la, sabe colocá-la no sítio certo. Influente na construção do segundo golo: começa nos pés dele.

 

Dos regressos. Diomande, Morita e Pedro Gonçalves voltaram a ser titulares. No primeiro e no terceiro caso, após lesões. O nipónico na sequência de mais uma participação pela selecção do seu país que envolve sempre deslocações demoradas e cansativas. Nenhum deles está ainda na melhor forma, embora o médio ande já perto disso, como demonstrou no movimento de ruptura de que nasceu a assistência para o primeiro golo.

 

De termos disputado 30 jogos em sequência sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 18 triunfos nas últimas 19 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.

 

De ver o Sporting marcar há 51 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.

 

De não sofrermos um golo há 680 minutos. Outra marca extraordinária nesta Liga 2024/2025.

 

De continuarmos inexpugnáveis, tanto em casa como fora. Sem uma derrota no ano civil em curso, que começa a aproximar-se do fim.

 

De Gustavo Sá. Médio criativo do Famalicão, internacional sub-21: confesso que é um jogador de que gosto muito. Saiu lesionado, infelizmente, aos 43'.

 

Do árbitro. Boa actuação de Fábio Veríssimo, de quem não temos boas recordações. Mas desta vez cumpriu no essencial, sem nenhum erro digno de registo. Incluindo numa disputa de bola entre Diomande e Aranda que Freitas Lobo teimava em ver penálti (mas não foi) e no golo de Gonçalo, que Freitas Lobo insistia ter sido em fora-de-jogo (mas não foi). 

 

Do balanço após mais de um quarto da prova. Melhor ataque (30 golos), melhor defesa (só dois sofridos), melhor goleador. Comando isolado. Desde 1973/1974 que não facturávamos tanto nas primeiras nove rondas. Ainda não vencemos, até agora, por menos de dois golos de diferença. Temos a equipa mais forte do campeonato português, como até muitos benfiquistas e portistas admitem. Perseguimos um objectivo que nos foge há sete décadas: a conquista do bicampeonato. Estamos no bom caminho.

 

 

Não gostei

 

Da lesão de Nuno Santos. O aguerrido ala esquerdo magoou-se com gravidade numa disputa de bola, bem ao seu jeito, tendo saído de maca aos 45'+8. Vai estar, no mínimo, algumas semanas fora de competição. 

 

Do golo anulado. Aconteceu aos 11': marcado por Pedro Gonçalves, de regresso ao onze seis jogos depois, com assistência de Nuno Santos. Mas não valeu: havia ligeira deslocação, assinalada pelo VAR. 

 

Do 0-0 ao intervalo. Não traduzia, de todo, o intenso domínio leonino forçando o Famalicão a entrincheirar-se no seu reduto. A muralha só começou a ruir ao minuto 57. E acabou por cair com estrondo. Demos três à equipa que tinha levado o Benfica ao tapete.

O dia seguinte

São estes jogos que vão definir o campeão, o rendimento da equipa depois duma jornada da Champions, com um misto de jogadores, uns cansados outros vindos de lesão, uma equipa muito complicada do outro lado a procurar a sua sorte.

A solução é como na música clássica: seguir a partitura e evitar as notas soltas.

Um dia o Hjulmand e o Bragança, noutro dia o Morita e o Bragança, um dia o Esgaio, o Debast e o Inácio, no outro o Debast, o Diomande e o Inácio, e tudo funciona da mesma forma, o que fazer em cada posição está interiorizado, Debast na direita parece Inácio do outro lado e no meio parece Diomande. Voltou o Pote, ainda sem pilhas para 90 minutos, mas logo mostrou a sua mais-valia.

Se nas primeiras épocas de Amorim sempre havia alguém que não correspondia, um falhava aqui, outro comprometia acolá, agora é mesmo complicado designar o pior em campo. Todos os que jogaram de início estiveram a nível muito alto, os que entraram depois não comprometeram.

O Famalicão muito tentou, defendeu com bravura e atacou com intencionalidade, mas muito pouco conseguiu. Talvez pudesse ter marcado um, mas ficou perto de sofrer meia dúzia. Israel fez uma boa defesa, mas foi a única. Um guarda-redes de equipa grande é assim mesmo.

Melhor em campo? Eu diria Bragança: enorme exibição dum jogador que teve uma evolução incrível post-lesão e que merece ser titular na selecção. Mas qual Vitinha...

Arbitragem? Muitas decisões menores em prejuízo do Sporting, no essencial Fábio Veríssimo cumpriu e não inventou. Se calhar porque o avançado do Famalicão não é aquele batoteiro que o Porto vendeu não sei para onde. Ou o outro que fugiu no termo do contrato.

E agora? Descansar, repousar e rezar para que o Nuno Santos não tenha nada de grave. Foi uma entrada dura mas leal daquele jogador tipo Oceano que não me importava de ver no Sporting, o Zaydou Youssouf.

SL

Prognósticos antes do jogo

O jogo promete ser renhido: é amanhã, às 20.30, em Famalicão. No mesmo estádio onde nos vimos impedidos de jogar inicialmente, no campeonato anterior, devido a um insólito boicote dos agentes de segurança. O boicote aconteceu à 20.ª jornada, a 3 de Fevereiro. Por esse motivo o desafio só ocorreu a 16 de Abril, quando já se tinham cumprido 29 rondas da Liga 2023/2024. «Valeu a pena esperar mais de dois meses», como aqui escrevi na altura: vencemos por 1-0. Com golo de Pedro Gonçalves.

Saímos daquele estádio com a convicção de que o título de campeões já não nos fugia. Repetindo a proeza alcançada em 2020/2021.

Como será desta vez? Venham daí os vossos prognósticos.

Valeu a pena esperar mais de dois meses

Famalicão, 0 - Sporting, 1

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Daniel Bragança felicita Pedro Gonçalves mal o transmontano marcou o golo que valeu a vitória

Foto: Estela Silva / Lusa

 

Mais vale tarde que nunca. Na terça-feira lá se realizou enfim o Famalicão-Sporting, referente à 20.ª jornada desta Liga que já teve 29 rondas completas. Um desafio que devia ter ocorrido a 3 de Fevereiro mas ficou adiado para 16 de Abril devido a falta de policiamento. 

Valeu a pena esperar? Sim. Porque vencemos. Com alguma dificuldade, convém reconhecer, mas sem a menor dúvida quanto ao desfecho. Porque o Sporting foi superior, dominou sempre, teve três oportunidades de golo contra nenhuma da turma anfitriã e confirmou - para quem tivesse dúvidas - que é a melhor equipa a competir nesta Liga 2023/2024.

 

Vitória construída bem cedo, logo aos 20'. Por aquele que foi o herói leonino da conquista do título em 2021: Pedro Gonçalves, superiormente servido por Trincão, num golo marcado bem ao seu estilo, mais em jeito do que em força, desfeiteando o guarda-redes Luiz Júnior, um dos melhores que actuam nos estádios portugueses. Marcou sem festejar, gesto bonito: não esquece que jogou pelo Famalicão antes de rumar a Alvalade.

Foi quanto bastou. Com este desfecho tão positivo para as nossas cores, chegamos aos 77 pontos quando ainda faltam disputar cinco rondas do campeonato. O melhor registo de sempre no Sporting. Desde que os triunfos passaram a valer três pontos, só duas vezes atingimos a liderança isolada, com dois ou mais pontos de vantagem sobre o segundo da tabela. Anteriormente havia ocorrido também sob a batuta de Rúben Amorim, em 2020/2021: tínhamos 73 pontos à 29.ª jornada.

 

Única marca digna de registo? Não. Há outra, tanto ou mais significativa: nunca o Sporting tinha obtido 25 vitórias em 29 jogos da principal prova oficial do futebol português. Número assombroso, impressionante. Tornado possível porque vencemos 15 dos 16 desafios mais recentes que disputámos.

O golo madrugador de Pedro Gonçalves confirmou o que já se esperava: temos acesso garantido à próxima Liga dos Campeões. Seja por entrada directa na fase de grupos, seja por ingresso na pré-eliminatória da prova máxima do desporto-rei a nível de clubes. O FC Porto, num distante terceiro posto, deixou de ter hipótese de lá chegar.

Como haveria de ter se até agora apenas conseguiu marcar 53 golos no campeonato? Menos 31 do que o Sporting, algo que não tem sido devidamente valorizado pelos adeptos leoninos. Mas devia: com 128 já apontados no conjunto das competições, ocupamos agora o segundo lugar entre as equipas que participam nos principais campeonatos europeus. À frente do Liverpool (127) e só atrás do Fenerbahce (132).

 

Rúben Amorim, enfrentando a mesma equipa que dias antes impusera um empate (2-2) ao FC Porto no estádio do Dragão, arriscou - e viu-se recompensado. Apostou em dois alas com características muito ofensivas em simultâneo: Nuno Santos à esquerda, com Matheus Reis ausente por lesão, e Geny à direita, quase sem nunca recuar da linha do meio-campo. O moçambicano actuou praticamente como um extremo. 

Resultou, claro. Sem margem para dúvidas. O Sporting dominou por completo o desafio na primeira parte e mesmo quando recuou um pouco no terreno na etapa complementar, concedendo alguma iniciativa atacante ao adversário, nunca perdeu o controlo das operações. Bem posicionado em campo, exibindo superiores argumentos técnicos e tácticos. 

 

Em suma: mandámos no jogo.

E o Famalicão obedeceu, verdadeiramente sem uma oportunidade de golo. Nem parecia a mesma equipa que tinha silenciado o FCP no Dragão. Nem parecia o emblema que segue em oitavo no campeonato, mais próximo da liderança do que dos lugares de descida.

Dois dos nossos três jogadores amarelados nesta partida, Diomande e Esgaio, falharão o jogo seguinte, contra o Guimarães. É quase irrelevante. Porque nesta equipa treinada por Rúben Amorim o todo é sempre mais vasto do que a mera soma das partes.

A superioridade do Sporting também se mede nisto. Para alegria de todos nós.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Sem uma defesa digna desse nome em toda a primeira parte. Saiu muito bem da baliza, aos 86', anulando um lance ofensivo perigoso. Segundo jogo seguido sem sofrer golos.

Diomande - Elo mais fraco da defesa. Viu o amarelo aos 41', por uma falta absolutamente escusada. Logo a seguir fez outra que lhe poderia ter valido expulsão. Não regressou do intervalo.

Coates - Com o brilhantismo habitual, venceu quase todos os duelos com Cádiz, o artilheiro do Famalicão. Imperou no jogo aéreo. Precioso corte aos 90', anulando ataque de Nathan.

Gonçalo Inácio - Competente na dobra a Nuno Santos, permitindo-lhe avançar na ala. Mas atravessa um período com menos brilhantismo. Acontece aos melhores. 

Geny - Voltou a criar desequilíbrios lá na frente: o treinador mandou-o actuar como extremo direito. Ele foi mantendo a defesa em sentido. Desta vez longe das suas melhores exibições.

Morten - Regressou ao onze após ausência por castigo. Incansável na pressão ao portador da bola, nunca deu descanso ao Famalicão. Oito recuperações, quatro desarmes.

Daniel Bragança - Momentos de brilhantismo a ligar sectores. Esteve a centímetros de marcar grande golo, aos 13': a bola embateu na barra. Bom também nos momentos defensivos.

Nuno Santos - Tal como Gonçalo, também não atravessa o seu melhor período. Incapaz de fazer a diferença no capítulo do passe avançado. Atirou muito ao lado (67') e muito por cima (70').

Pedro Gonçalves - Para mim, o melhor em campo. Sem o golo que marcou aos 20', não teríamos conquistado os três pontos. Carregado em falta na grande área aos 24': devia ter sido penálti.

Trincão - Protagonizou alguns dos melhores momentos da nossa equipa. Assistiu Pedro Gonçalves no golo. Grandes lances individuais aos 40', 73' e 81'. 

Gyökeres - Quinto jogo seguido sem marcar: nem parece ele. Mas tentou bastante, mesmo policiado por Riccieli. E foi ele a iniciar o lance colectivo de que resultou o golo do Sporting. 

Eduardo Quaresma - Fez toda a segunda parte, substituindo Diomande. Sem comprometer a segurança defensiva. Corte perfeito aos 55', anulando Chiquinho.

Morita - Entrou aos 68', rendendo Daniel Bragança. Evidenciou segurança de passe, como nos vem habituando. Esteve muito perto de marcar, aos 73', a passe de Trincão.

Paulinho - Rendeu Pedro Gonçalves aos 68'. Demasiado discreto, quando a equipa já se preocupava sobretudo em segurar a bola. Falhou emenda a cruzamento de Nuno Santos (81').

Esgaio - Em campo desde o minuto 68, quando rendeu Geny, consolidando uma linha de quatro lá atrás. Primeiro à direita, depois à esquerda. Viu amarelo por cotovelada aos 74'.

Fresneda - Substituiu Nuno Santos aos 86'. Ainda chegou a tempo de protagonizar um corte importante.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Gostei

 

De nova vitória. Desta vez ao Famalicão, no estádio minhoto, quatro noites após o triunfo anterior, em Barcelos. Vencemos pela margem mínima, apenas 1-0. Mas foi quanto bastou para arrecadarmos três preciosos pontos e consolidar a liderança isolada, quando estamos a cinco jornadas do fim do campeonato. Vale a pena acentuar: em 29 jogos, vencemos 25. Números dignos de registo. Números extraordinários - de uma das nossas melhores épocas futebolísticas de sempre, que já começa a suscitar saudades.

 

De Trincão. Voltou a fazer um grande jogo, com inegável brilhantismo. Excelente primeira parte: foi ele a conduzir quase todas as acções ofensivas mais perigosas, como aconteceu aos 40', 52' e 73'. Aliando o requinte técnico à inteligência táctica. Ponto alto: a assistência para o nosso golo. Mais uma, a oitava da temporada.

 

De Pedro Gonçalves. Destaco-o como melhor em campo, embora quatro outros companheiros também pudessem figurar no topo desta lista. O nosso n.º 8 fez a diferença ao marcar o golo, naquele seu jeito muito especial de parecer que mal causa perigo frente à baliza, recebendo a bola com um pé e rematando com o outro. Estavam decorridos 20 minutos: era quanto bastava para garantir a vitória leonina. Pedro mereceu este golo: como de costume, trabalhou bem para a equipa, sempre muito útil entre linhas. E ainda foi alvo de um penálti, não assinalado, ao minuto 26.

 

De Daniel Bragança. Exibição de inegável classe do nosso médio criativo, que oscilou entre as posições 8 e 10 neste jogo em que o primeiro sinal de perigo partiu do seu poderoso pé esquerdo. Aconteceu aos 13'', com a bola a bater estrondosamente na barra. Criativo, com grande visão de jogo, exímio no passe, foi essencial para ligar o meio-campo ao ataque. Muito útil também nos momentos defensivos.

 

De Morten.  Sem ele, o nosso meio-campo não teria a mesma qualidade. E talvez o Sporting nem estivesse na excelente posição em que está. O internacional dinamarquês funcionou, uma vez mais, como verdadeiro pêndulo do nosso meio-campo, onde brilhou com oito recuperações e quatro desarmes. Aos 13', ao desmarcar Daniel Bragança, assinou passe para golo: a bola esteve a centímetros de entrar.

 

De Coates. Um gigante no nosso reduto defensivo. O capitão defendeu tudo quanto havia para defender, impondo o seu toque de maturidade num sector que sem ele nunca actua de forma tão ligada e tão eficiente. Ganhou despiques com Cádiz, pondo em sentido o artilheiro anfitrião, segundo jogador com mais golos de cabeça na Liga. Precioso corte aos 89', absolutamente decisivo.

 

Do nosso desempenho. Sobretudo na primeira parte, em que estivemos sempre por cima, soubemos tapar os caminhos para a nossa baliza (Israel quase não chegou a fazer uma defesa com grau mínimo de dificuldade), revelámos boa reacção à perda de bola e soubemos apostar em Geny e Nuno Santos como extremos clássicos, ambos sem grandes preocupações no plano defensivo. Compensou: levamos 84 golos marcados - mais 19 do que o Benfica, mais 31 do que o FC Porto. 

 

De já termos marcado 128 golos em 2023/2024. É o sexto melhor registo de sempre na história leonina. E o melhor desde os longínquos tempos de Peyroteo, na época 1946/1947.

 

Dos 77 pontos já conquistados. Superámos a pontuação de todo o campeonato anterior quando ainda nos faltam cinco partidas. Ainda podemos conquistar 92 - marca absolutamente inédita no futebol português.

 

De ver o Sporting sempre a fazer golos. Cumprimos o 16.º desafio consecutivo sem perder na Liga 2023/2024, com sete triunfos consecutivos. Na segunda volta, até agora, ainda só perdemos dois pontos - no empate em Vila do Conde.

 

De estarmos cada vez mais perto do título. Sete pontos de avanço sobre o Benfica, 18 pontos acima do FC Porto e do Braga: só precisamos de três vitórias nos cinco jogos por cumprir. E já garantimos de antemão um lugar na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, inacessível aos portistas.

 

 

Não gostei

 

Deste jogo ter sido disputado com 77 dias de atraso. Diferença enorme, quando esteve previsto para a tarde do dia 3 de Fevereiro. Por caprichos do calendário, sempre muito preenchido, só ontem pudemos disputar este desafio. Mais vale tarde que nunca. Tudo visto e somado, o balanço é positivo frente à competente equipa que ocupa o 8.º lugar na Liga. 

 

De ver Gyökeres ainda em branco. Pelo quinto jogo consecutivo, desta vez bem policiado por Riccieli. Mas o internacional sueco arrastou marcações, mostrou-se sempre inconformado e foi dos pés dele que teve início o lance que decidiu o jogo. 

 

Da falta de golos no segundo tempo. Ficou tudo resolvido ao minuto 20. Contra uma equipa que há poucos dias tinha imposto um empate ao FC Porto, no estádio do Dragão. Havia 0-1 ao intervalo, manteve-se este resultado até ao apito final.

 

De mais um remate à barra. Começo a perder-lhes a conta: são uns atrás dos outros. Desta vez o "culpado" foi Daniel Bragança, logo aos 13'. A bola bateu no ferro e acabou por não entrar. 

 

De ver Morten, Diomande e Esgaio amarelados. Por faltas desnecessárias, nos dois primeiros casos.  O internacional marfinense e o ala formado em Alcochete irão falhar, por acumulação de cartões, a recepção ao V. Guimarães no próximo domingo.

O dia seguinte

São estes jogos que definem os campeões, a poucas jornadas do fim, fora de casa contra uma boa equipa sem nada a perder e moralizada pelo empate no Dragão. O Sporting soube jogar, soube sofrer e soube ganhar ao Famalicão. Estamos com uma vantagem de sete pontos a cinco jornadas do fim sobre o Benfica, que ainda tem a Liga Europa para se desgastar. Temos tudo para sermos campeões. Mas falta o resto, e o resto ainda vai dar muito trabalho a conseguir.

Foram cerca de 35 minutos de excelência do Sporting na 1.ª parte: controlo total sobre o adversário, boa chegada à área contrária, grande golo de Pedro Gonçalves e muito azar naquele remate de Bragança. Depois uns 10 minutos confusos com dois amarelos forçados, aqueles contactos da mão na cara que serão aquilo que o árbitro quiser de acordo com o teatro que os atingidos montarem, e que fizeram perder o ritmo de jogo inicial. 

O que Fábio Veríssimo não viu foi o pisão sobre Pedro Gonçalves que daria penálti e aqui entra o discurso de ontem do CA sobre o penálti revertido no Estoril sobre o Francisco Conceição. Não sendo claríssimo o erro, siga. E eu até concordo com essa doutrina, quem deve apitar é o árbitro e não o VAR. O que não invalida o erro do árbitro neste lance como erraria a seguir em diversos lances de meio-campo a favor dum e doutro.

 

Diomande estava fragilizado pelo amarelo, entrou Quaresma que estabilizou o lado direito e depois foi ir gerindo o jogo e o cansaço. Morita, Esgaio, Paulinho e Fresneda entraram bem, Fresneda teve até uma intervenção de alta qualidade na área defensiva cortando um lance bem perigoso. E contando os minutos que faltavam até final.

No final do encontro, nem Israel tinha feito uma defesa digna desse nome, nem Gyökeres um remate ou uma assistência. Passaram um pouco ao lado do jogo, muito pelo demérito / mérito do adversário.

 

Melhor em campo? Hjulmand, "el patrón" do meio-campo, depois Coates e Bragança.

Arbitragem? Fraquinha, sem conseguir distinguir faltas intencionais de toques casuais teatralizados.

E agora? Faltam cinco jornadas, três em Alvalade. Segue-se o V. Guimarães para vingar a vitória da 1.ª volta.

Desfrutemos da vitória, porque o sofrimento foi mesmo imenso. Esforço, dedicação, devoção e glória, isso tudo é o Sporting. E hoje houve tudo isso em Famalicão.

SL

Prognósticos antes do jogo

E lá se vai jogar, com atraso superior a dois meses, o desafio da jornada 20 que esteve agendado para 3 de Fevereiro mas ficou sem efeito devido à falta de condições de segurança em dia de protesto policial. O Famalicão-Sporting disputa-se esta noite, a partir das 20.15, com arbitragem de Fábio Veríssimo.

A turma minhota entrará em campo moralizada: na ronda anterior impôs um empate (2-2) ao FC Porto no estádio do Dragão. Tem, inegavelmente, bons jogadores. Atenção a Cádiz, grande goleador: foi ele a bisar no Porto. Atenção a Zaydou, pilar do meio-campo, bom a construir e a distribuir jogo. Atenção a Puma Rodríguez, extremo com precisão de passe: costuma jogar à direita, de pé trocado, como o nosso Geny. Atenção a Gustavo Sá, jovem médio ofensivo que me lembra o Daniel Bragança. Internacional sub-21 e candidato ao troféu de melhor jogador jovem da época na Europa.

Não esqueçamos que o Famalicão tem na baliza um guardião muito competente, Luiz Júnior. Felizmente Francisco Moura, um dos melhores defesas da equipa, não jogará por estar castigado.

 

Na primeira volta, em Alvalade, conseguimos um triunfo tangencial: 1-0, com golo de Paulinho. 

No campeonato anterior, arrancámos outra vitória difícil quando nos deslocámos a Famalicão: vencemos lá por 2-1. Com golos de Trincão (melhor em campo) e Pedro Gonçalves.

Falta ver o que sucederá hoje. Aguardemos. Enquanto a bola não rola, venham daí os vossos prognósticos.

Pode ter sido

Vai-se a ver e o Famalicão vs. Sporting não se realizou no dia seguinte, como queria Amorim e exigia o fair play, porque não havia ninguém disponível na SporTV para reprogramar a grelha. Ou então o Veríssimo já tinha planos para uma caldeirada com os amigos e não lhe apetecia desmarcar.

Inaceitável

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Foto: José Coelho / Lusa

 

Treze dos 15 polícias do comando metropolitano de Braga destacados para garantir condições de segurança no jogo Famalicão-Sporting, que devia ter começado às 18 horas de hoje, apresentaram autodeclarações de baixa pouco antes, considerando-se indisponíveis para cumprir tal tarefa. Como se tivessem sido afectados por súbita epidemia.

Sem policiamento, as portas do estádio foram-se mantendo fechadas. Os ânimos entre adeptos acenderam-se nas imediações - e novamente veio à superfície o comportamento inaceitável das claques. De ambos os lados. Voaram pedras, garrafas, até cadeiras. Houve seis feridos - um dos quais em estado grave, com traumatismo craniano. Além de consideráveis danos materiais em estabelecimentos comerciais e viaturas ali estacionadas.

Igualmente inaceitável é o comportamento dos polícias, pondo em risco a integridade física de cidadãos pacíficos, que vão ao futebol em família, por vezes até com filhos de tenra idade. Não ignoro que a PSP e a GNR protestam contra injustiças na atribuição do suplemento de risco e a proliferação de material sem condições mínimas (fardas pagas a expensas próprias, coletes antibalas fora do prazo, viaturas de serviço prontas para a sucata, etc). Mas nenhum movimento reivindicativo, por mais razões que invoque, é justificável quando lesa a segurança, um dos mais preciosos bens públicos. Voltamos à eterna questão dos meios: nem todos são lícitos para atingir certos fins.

Esta tarde viveram-se momentos dignos de faroeste no exterior do estádio municipal de Famalicão. Sem um agente da autoridade por perto. Poderia ter havido mortos. Tudo isto é ainda mais inaceitável.

 

Um responsável local da PSP afirmou não estarem reunidas condições de segurança para a realização do encontro até ao fim do dia de hoje nem amanhã.  Foi adiado, portanto. Para data incerta. O Sporting, por motivos compreensíveis, recusou permanecer no Minho, tendo regressado a Lisboa. Diz o regulamento da Liga que, não havendo jogo nas 30 horas seguintes, poderá realizar-se nas quatro semanas posteriores.

Acontece que o nosso calendário para todo o mês de Fevereiro está já preenchido. Na próxima quarta-feira jogaremos fora, contra o União de Leiria, para a Taça de Portugal. No dia 11, recebemos o Braga. A 15, viajaremos à Suíça para defrontar o Young Boys na Liga Europa. Dia 19, novamente para o campeonato, vamos a Moreira de Cónegos. Três dias depois, recepção ao Young Boys em Alvalade. Dia 25, Rio Ave-Sporting, de novo para o campeonato. E ainda outra data muito provável: a meia-final da Taça de Portugal, a 28 de Fevereiro. Falta apenas saber se defrontaremos o Vizela ou o Benfica.

Será um sufoco.

 

Acontece também que o Sporting registava uma dinâmica de vitórias agora subitamente interrompida, sem responsabilidade da nossa parte. O que só favorece os nossos adversários directos. Arriscamo-nos a que amanhã o Benfica suba a título provisório para a liderança do campeonato sem sabermos quando acabaremos por visitar o Famalicão, o que nada favorece as nossas aspirações.

«A Liga Portugal exige ao Governo, em especial ao ministro da Administração Interna, a instauração de um processo de inquérito com carácter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias, e informa que exigirá também, nas instâncias próprias, ser ressarcida pelos danos provocados por acções irresponsáveis às quais é totalmente alheia.» Palavras contidas num duro comunicado da Liga, confrontando o Executivo com as suas responsabilidades nesta matéria.

Naturalmente, o facto de o Executivo estar em mera gestão, antes das legislativas de 10 de Março, não serve de atenuante ou desculpa.

 

Repito: inaceitável, tudo isto.

Antítese total do recente Sporting-Casa Pia.

Antítese total do que deve ser a festa do futebol. 

 

ADENDA:

Gabinete do primeiro-ministro indigna-se com «insubordinação gravíssima» dos polícias. Ministro da tutela anuncia que reunirá amanhã, de emergência, com o comandante-geral da GNR e o comandante nacional da PSP.

Prognósticos antes do jogo

Vamos então à jornada 20, ainda a festejar a goleada ao Casa Pia, inédita neste século. Depois de amanhã, pelas 18 horas, disputa-se o Famalicão-Sporting.

Vale a pena lembrar qual foi o resultado do encontro da primeira volta, no nosso estádio: vencemos 1-0, com golo de Paulinho. Na terceira jornada deste campeonato.

Na época anterior, registou-se o triunfo leonino em Famalicão, por 2-1, com Trincão e Pedro Gonçalves a marcarem.

Peço-vos palpites para o desafio deste sábado.

{ Blogue fundado em 2012. }

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