Hoje é um dia muito especial porque fiquei a saber que nasceu o Henrique de Almeida Leite, primeiro filho do meu primo Rodrigo. Para além da felicidade que é sempre ter um elemento novo na família, há que assinalar a excelente opção na escolha do nome: em honra a um dos principais fundadores do nosso clube em 1906 e membro da sua primeira direção. E, como não podia deixar de ser, o Henrique já é sócio do Sporting Clube de Portugal!
Tenho andado afastado da escrita sobre o Sporting.
Todavia lamento que o clube do qual sou sócio e de que me habituei a gostar e a conviver durante mais de 60 anos, viva momentos tão pobres, tão tristes e em tamanha guerrilha que não honra, em nada, a sua longa história nem me faz sentir orgulhoso de pertencer a este clube.
Pode parecer exagerado, mas é o que sinto neste momento.
A culpa de se ter chegado a este ponto é minha, é tua, é de todos nós, sócios e adeptos.
Mas o que aqui me trouxe hoje especialmente prende-se com um acontecimento que se deu há duas semanas na minha vida. Fui avô de uma menina.
Quando o meu filho mais velho nasceu, fui a correr a Alvalade inscrevê-lo como sócio do Sporting. Hoje ainda não o fiz com o mais recente elemento da família.
E não tem a ver com o ser do sexo feminino, que actualmente nestas coisas de adeptos as raparigas são tão ferverosas quantos os rapazes.
A questão é bem diferente e associa-se à ideia de como posso incitá-la a gostar de um clube que vive (quase) exclusivamente de um passado longínquo.
Poder-se-á falar do ecletismo do Sporting, da formação ou mesmo dos diversos campeonatos europeus em diferentes modalidades, mas sendo o futebol a roda maior deste complexo relógio continuo sem saber como a convencerei a tornar-se, não só sócia como, principalmente, adepta!
Faleceu hoje, aos 98 anos, João Salvador Marques, ex-atleta e dirigente do nosso clube e sócio numero 1 do Sporting Clube de Portugal.
Acho que posso falar por todos os meus colegas de blog neste post e deixar uma sentida mensagem de condolências à familia e amigos deste nosso grande associado. Que descanse em paz!
Fui um apoiante de Bruno de Carvalho e durante muito tempo. É inútil dizer que estou arrependido ou que se voltasse atrás seria diferente, que me deveria ter apercebido ou que estava na cara. O que importa, creio, é que os sócios do Sporting tenham conseguido depor a anterior direção por via legitima numa votação extraordinária no pavilhão Atlântico, em junho. Não me agrada que Bruno de Carvalho esteja a dormir nos calabouços da GNR esperando agenda do juiz ou que as greves decorram. A Justiça em Portugal é uma força estranha, que nunca tem problema em usar a latitude a longitude que entende, nos casos que entende. Podemos abominar Bruno de Carvalho, mas num estado democrático estas decisões precisam de ser melhores explicadas. Este raciocínio é válido para todos os detidos. Nunca tive uma má experiência pessoal com Bruno de Carvalho. Estive com ele umas quatro ou cinco vezes e nunca me importunou, nunca me pediu nada, nunca me falou mal de ninguém. Era alguém que adorava ser presidente do Sporting e parecia vestir bem esse casaco. Nesta fase, já fiz por deixar de ter opinião e até por ler as notícias. Acho que Bruno entrou na centrifugação onde outros detidos entraram noutros processos. Com sorte, teremos uma sentença transitada em julgado daqui por dez anos. A cada sentença que viremos a ter, seguir-se-á um recurso da outra parte, até à náusea. Eduardo Barroso foi um dos mais coloridos apoiantes de Bruno de Carvalho e em noventa por cento das suas intervenções, fala dos seus filhos. Entendo-o. O Sporting sempre foi muito importante na minha relação com o meu pai e hoje é muito importante na relação com o meu filho mais novo. Ou era. Hoje, por causa disto tudo, a verdade é que somos na mesma do Sporting, mas deixámos de prestar a atenção de antigamente. Se vos interessa, consegui cativar o meu filho para a Fórmula 1 e em vez de discutirmos reforços de dezembro, especulamos de Max Verstappen poderá bater Lewis Hamilton com um motor Honda no seu Red Bull.