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És a nossa Fé!

Os não campeões

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Parece que foi há uma eternidade, mas esta imagem só tem uma semana. Foi em Vila do Conde, e foi a imagem de que eu mais gostei do jogo entre o Sporting e o Rio Ave. Gosto muito do Fábio Coentrão e tenho muita pena de que não tenha chegado a ser campeão pelo clube do seu coração. Ficar-lhe-ia bem este título, como também ficaria bem ao Bruno Fernandes - mas espero que o Bruno um dia volte para ser campeão. E ao grande Mathieu. Ao contrário do Coentrão e do Bruno, haveria uma solução para fazer do Mathieu campeão. Ele é um jogador livre, pelo que pode ser contratado a qualquer altura. Pelo que fe pelo clube num passado recente, tendo feito parte do trabalho até há bem pouco tempo (e deixado de fazer por motivos tristes), não me pareceria descabido o Sporting inscrevê-lo só para jogar uns minutos e ser campeão. Ele merecia. 

2018 em balanço (6)

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DESPEDIDA DO ANO: JORGE JESUS

Este foi o ano de várias despedidas no Sporting.

Poderia mencionar Fábio Coentrão, que animou as bancadas de Alvalade com exibições de grande nível na época passada após ter quebrado a jura de não vestir outra camisola em Portugal senão a do Benfica. Veio a saber-se afinal que é um sportinguista de coração e procedeu dessa forma, bem vestido de verde e branco, entre proclamações de fé leonina.

Poderia mencionar Bryan Ruiz, capitão da selecção da Costa Rica, que permaneceu no Sporting ao longo de três épocas - descontando um semestre de exílio interno por causas nunca até hoje divulgadas - e acabou por sair da forma mais discreta possível, sem sequer receber um merecido aceno de até sempre, no início do Verão que passou.

Poderia mencionar os jogadores que rescindiram unilateralmente contrato com o Sporting. Uns regressaram a Alvalade, outros fecharam mais tarde acordo com o clube para a desvinculação, uns tantos sujeitam-se às consequências da via litigiosa entretanto encetada.

Mas a despedida mais marcante foi, na minha perspectiva, a de Jorge Jesus. O técnico que em Junho de 2015 substituiu Marco Silva e foi apresentado em euforia pelo presidente Bruno de Carvalho como garantia do regresso do Sporting ao mais cobiçado dos títulos, que nos foge desde 2002. O técnico que atraiu multidões a Alvalade. O técnico sempre com o coração ao pé da boca e de esbracejar contínuo junto ao relvado durante os jogos. O técnico das declarações polémicas. Também o técnico que passou a auferir o maior salário de sempre no futebol português ao cruzar a Segunda Circular.

Esperava-se muito dele. Pelo currículo, pela sabedoria, pelas condições inigualáveis que lhe foram proporcionadas pelo anterior líder leonino, pelas expectativas que ele próprio elevou ao proclamar perante sócios e adeptos que o Sporting estava de regresso ao combate pela conquista do campeonato. Esteve quase a conquistá-lo, logo na primeira época: resta ver o que a justiça desportiva ainda dirá sobre o assunto, que não está totalmente encerrado. Mas as restantes temporadas foram decepcionantes.

Jorge Jesus, em ruptura definitiva com Bruno de Carvalho, abandonou o Sporting na sequência do assalto a Alcochete e da derrota frente ao Aves na final da Taça verdadeira. Rumou à Arábia Saudita, com um contrato ainda mais milionário, tendo vencido apenas uma Supertaça em 2015 (a meias com Marco Silva, que qualificara o Sporting) e uma Taça da Liga em 2018 - proeza inédita para as nossas cores, esta conquista de um troféu menor.

Títulos, só os que proporcionou aos jornais - foram diversos e bem sonantes.

Tudo visto e somado, soube a muito pouco.

 

 

Despedida do ano em 2012: Polga

 Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel

Despedida do ano em 2014: Leonardo Jardim

Despedida do ano em 2015: Marco Silva

Despedida do ano em 2016: Slimani

Despedida do ano em 2017: Adrien

Coentrão de regresso?

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«Estou grato ao que o Sporting fez por mim. Posso dizer de boca cheia, com orgulho: o meu clube é o Sporting. Quando deixar o futebol vou continuar a seguir o Sporting, sou adepto do Sporting e quero que o Sporting ganhe.»

 

Palavras de Fábio Coentrão, proferidas ontem, logo após o Rio Ave-Sporting.

Fica a pergunta: gostariam de ver este jogador assumidamente leonino de volta a Alvalade já em Janeiro?

Fábio Coentrão

Precisamos com urgência de um novo lateral esquerdo, ouço dizer a toda a hora e já vi escrito várias vezes também neste blogue. Acontece que Fábio Coentrão estava de saída do Real Madrid. Já tinha jogado pelo Sporting na última época. Ruma de novo a Alvalade? Não: vai para o poderoso Rio Ave, que assim demonstra ter mais argumentos financeiros e motivacionais do que o Sporting.

É um sinal dos tempos, admito. Péssimo sinal.

Balanço (7)

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 O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre FÁBIO COENTRÃO:

 

- Ricardo Roque: «Com Coentrão a ala esquerda fica bem melhor. Faltará o outro lado. Seria importante que a massa associativa lhe desse o benefício da dúvida, como fez com Bruno César, que foi bastante acarinhado, esperando eu que não seja outro erro de casting como o foi Markovic. E o jogador também tem que fazer por merecer. Tem aqui uma excelente oportunidade, assim queira e possa agarrá-la.» (20 de Junho)

- Francisco Chaveiro Reis: «Não se pode negar que Coentrão, nos tempos áureos em que não tinha lesões nem Marcelo à frente, era bom jogador. Que o volte a ser.» (5 de Julho)

- JPT: «Um nítido fetiche de Jorge Jesus, uma espécie de sua birra.» (27 de Setembro)

- Pedro Azevedo: «Fábio tem vindo a melhorar bastante do ponto de vista físico e isso nota-se na sua maior incorporação nos movimentos ofensivos da sua equipa.» (1 de Janeiro)

- Pedro Bello Moraes: «És um campeão. Ganhaste títulos, muitos. Mas eu percebo-te. Chegaste à glória do futebol nacional com equipas lideradas pelo mesmo timoneiro que ontem, em Setúbal, comandava o banco que esmurraste. Com ele ao leme das equipas que te puseram no Olimpo do futebol português entravas em campo e limpavas tudo. Varrias a lateral esquerda com soberba e confiança inabaláveis, ao mesmo tempo olhavas para a lateral direita e para o centro do terreno e vias, em linha contigo, um rolo compressor imparável, inesgotavelmente alimentado com ambição desmedida e insaciável fome de golos. Percebo-te, Fábio. Por isso pergunto-me se os murros que deste foram, afinal, contra a alma chata da tua equipa e na qual, digo-te, tantas vezes fazes a diferença. Dá um gozo tremendo ver-te a varrer o corredor esquerdo.» (20 de Janeiro)

- Eu: «Enquanto alguns colegas metem o pé no travão e abusam de rodriguinhos inconsequentes com a bola, parecendo jogar só para merecer elogios de comentadores como Luís Freitas Lobo, ele nunca perde o objectivo: a baliza contrária. E sabe muito bem que a linha recta é o caminho mais curto entre dois pontos. Mesmo no período de maior desacerto colectivo, sobretudo na primeira parte, soube impulsionar a equipa e dar-lhe velocidade e acutilância.» (1 de Fevereiro)

- Duarte Fonseca: «Coentrão já é o melhor lateral esquerdo que vi jogar pelo Sporting. Não faz uma abordagem errada, toma sempre a melhor decisão para a equipa, não perde um duelo, não tem falhas de posicionamento. A este nível, simplesmente faz tudo bem! Há jogadores assim e é fabuloso quando os podemos ver jogar no Sporting.» (1 de Fevereiro)

- Edmundo Gonçalves: «Desta gente toda, incluindo os que vieram em Janeiro, bons, bons, daqueles que dá gosto ver jogar e dos quais todos, inclusive eu, desconfiávamos, aproveitam-se Coentrão e Mathieu. E Bruno Fernandes, que é um caso à parte e o futuro capitão, se cá continuar por muito tempo.» (5 de Março)

- Marta Spínola: «Também eu desconfiei e estranhei a tua vinda. Mas Fábio, precisávamos de ti, isto eu também sei. Dessa entrega e garra, desse pragmatismo em cortes e pressões ao adversário. Tem sido bom aprender a gostar de ti. A tribuna de Alvalade é implacável e ontem rendeu-se ao teu empenho, deu uma trégua e aplaudiu-te de pé. Porque sabemos reconhecer um leão quando o vemos. Começo a considerar ceder parte da minha quota para que cá fiques. Era só isto. Sê bem-vindo e que sejamos felizes todos juntos.» (9 de Março)

Fábio Fábio...

Eu sei que é cedo para juras de amor.

Eu sei que os jogadores passam e o Sporting fica.

Eu sei, eu sei que Mathieu, Coates, Dost, Bruno Fernandes ou Gelson têm lugar no meu coração 2017/18. 

Eu sei o que se disse e diremos ainda. Também eu desconfiei e estranhei a tua vinda.

Mas Fábio, precisávamos de ti, isto eu também sei. Dessa entrega e garra, desse pragmatismo em cortes e pressões ao adversário. Tem sido bom aprender a gostar de ti. 

A tribuna de Alvalade é implacável e ontem rendeu-se ao teu empenho, deu uma trégua e aplaudiu-te de pé. Porque sabemos reconhecer um leão quando o vemos.

Começo a considerar ceder parte da minha quota para que cá fiques.

Era só isto. Sê bem-vindo e que sejamos felizes todos juntos.  

 

PS: Felizmente tive uma demo com João Pereira, a quem também acabei por me render - embora não desta forma e levou mais tempo -, e assim o choque não é tão grande.

Pódio: Fábio Coentrão, Rui Patrício, Piccini

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Estoril-Sporting pelos três diários desportivos:

 

Fábio Coentrão: 15

Rui Patrício: 14

Piccini: 12

Bruno César: 11

Acuña: 11

Bruno Fernandes: 11

William Carvalho: 11

Byan Ruiz: 10

Rúben Ribeiro: 10

Doumbia: 10

Coates: 10

Mathieu: 10

Battaglia: 8

Montero: 8

 

A Bola elegeu Rui Patrício como melhor jogador em campo. O Record optou por Fábio Coentrão. O Jogo escolheu Piccini.

Tudo ao molho e FÉ em Deus - o canário na mina do carvão

A expressão "o canário na mina de carvão" deriva de uma prática antiga dos mineiros. Levado o canário para a mina, se este morresse era um sinal para os mineiros de que os níveis de monóxido de carbono estavam elevados, ou seja, havia um perigo iminente.

Na antevisão deste jogo, os sinais de alerta foram mais do que evidentes: a direcção insistiu na apresentação de uma proposta de revisão estatutária, em Assembleia Geral, que já se sabia iria dividir os sócios. Nesse transe, após uma reunião algo tumultuosa, o presidente ameaçou demitir-se. A equipa já vinha mostrando alguma falta de ideias e de fulgor. Faltavam Dost e Gelson. O treinador, em vez de moralizar aqueles que podia utilizar - e já depois dos episódios Wendel e Lumor - , entrou numa espiral de choradeira que incluiu um "Gelson e Dost são mais de 50% da equipa", chegando ao ponto de inventar os números de Gelson, dizendo que era o segundo melhor marcador e o melhor assistente (duplo erro, esse jogador é Bruno Fernandes) para melhor reforçar a sua argumentação. Depois, os jogadores, alegadamente, precisavam de tempo e treino para conhecerem as ideias de jogo do treinador e poderem jogar, mas Ruben Ribeiro entrou logo na equipa. Ah e tal, é porque é "avançado", explicou JJ, mas Rafael Leão, o único ala disponível com as características que Jesus precisa, continua fora das convocatórias. E assim, criando problemas e focando-nos em excesso neles, em vez de procurarmos soluções, lá nos deslocámos à Amoreira, curiosamente para defrontar uma equipa apelidada de "canarinha". Ele há coisas...

A manhã e início de tarde até começou bem para o clube. O Sporting provou uma vez mais ser a maior potência desportiva nacional, conquistando de uma assentada mais duas taças dos campeões europeias, mérito da aposta que o presidente tem feito nas modalidades, da organização da secção e da raça e querer dos atletas. 

Talvez por osmose, a nossa equipa de futebol continua a querer mostrar ser a mais eclética do mundo. Nos últimos jogos, ao vêr a circulação da bola, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, em sucessivas basculações, sem profundidade nem remates, esperando uma oportunidade para servir o "pivot" Dost, parecia-me que estávamos a ressuscitar o Andebol de 11. Noutros jogos, como referi neste espaço pela primeira vez a propósito da partida do Bessa, alguns jogadores pareciam tão amarrados que a coisa assemelhava-se a assistir a uma partida de Xadrez, com os peões a bloquearem-se mutuamente e tudo a ficar dependente das torres, porque "bispos", felizmente, não é para nós. Jogos houve onde a qualidade tenística de um jogador fez a diferença, como aconteceu na quarta-feira, quando Mathieu aplicou uma raquetada, um vólei, com o seu pé esquerdo. Pelos vistos para Vela é que não temos muito jeito, pois caso contrário ter-nos-íamos adaptado sem problemas aos conhecidos ventos do Estoril. Assim, fomos de vela. Lá está, a preparação é meio caminho para o sucesso. Em contrapartida, a equipa mostrou aptidão para o hóquei em campo, em especial o costa-riquenho Bryan Ruiz, tal a quantidade de cantos curtos que marcou, após ter entrado no relvado para, incompreensivelmente, substituir o até aí melhor jogador em campo do lado leonino, o lateral Fábio Coentrão. Enfim, muito jeito para várias modalidades, mas o futebol jogado é muito pouco...

Uma equipa rápida não é, necessáriamente, aquela que tem jogadores rápidos. Velocidade de pensamento e de execução, essa sim, é essencial. E o Estoril colocou isso em prática hoje, com Lucas Evangelista e Ewerton em grande evidência. Notou-se que a equipa da linha preparou bem melhor os lances de bola parada, nomeadamente, os cantos, resultando daí o seu primeiro golo. Nada que não pudesse ter sido trabalhado na ventosa Alcochete. De seguida, caímos no engodo de uma manobra de diversão criada por um avançado canarinho, que arrastou com ele Coates, deixando um estorilense na cara de Rui Patrício, o qual ainda defendeu a primeira tentativa, mas nada podia fazer para evitar a recarga. Talvez as coisas tivéssem sido diferentes, caso Bruno César não desperdiçásse uma oportunidade escandalosa e chegássemos ao intervalo a perder por dois de diferença.

No início do segundo tempo - já com Montero no lugar de Battaglia - perdemos vários golos. A equipa parecia determinada a dar a volta ao jogo, com William a comandar superiormente as operações. Fábio Coentrão subia proeminentemente pelo seu flanco, sempre na origem de lances de perigo, mas eis que, subitamente, e após o vilacondense ter sido admoestado com um cartão amarelo, Jesus decide tirá-lo do campo. Foi o canto do cisne. Com um Doumbia trapalhão, um Montero ausente do jogo, lento a executar e incapaz de jogar entrelinhas, um Ruben Ribeiro que engasga o jogo, flectindo sempre para o superpovoado miolo do terreno e um desinspirado e muito cansado Bruno Fernandes, a equipa, perdida a explosão que ia tendo pelo flanco esquerdo - até porque, concomitantemente, Acuña, hoje muito interventivo, recuou para lateral - perdeu a chama. Restava-nos Bryan Ruiz, mas este, no registo a que recentemente nos vem habituando, parece estar a executar bolas paradas com a bola em movimento...

Mathieu ainda tentou repetir (por duas vezes) a gracinha contra o Vitória de Guimarães, mas a sorte do jogo também não esteve connosco. São Patrício ainda evitou dois golos certos, mas já nada havia a fazer. O Estoril, bem preparado para as contingências deste jogo, foi um vencedor justo. Não sei se foi o adeus ao título, mas temo que esta derrota traga alguma desmobilização. De uma forma autofágica, como tão bem disse o Pedro Correia, continuamos a dar tiros nos pés. Não quero desprezar a equipa da Linha, mas hoje quem perdeu fomos nós. Sózinhos! Erros meus, má fortuna, a sina do costume...

 

Tenor "Tudo ao molho...": Fábio Coentrão

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Pódio: Coentrão, Rui Patrício, Coates

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-FCP pelos três diários desportivos:

 

Fábio Coentrão: 17

Rui Patrício: 17

Coates: 16

Mathieu: 16

Piccini: 16

Bruno Fernandes: 15

Bryan Ruiz: 15

Battaglia: 15

William Carvalho: 15

Bas Dost: 13

Rúben Ribeiro: 13

Acuña: 12

Gelson Martins: 10

Montero: 6

 

A Bola elegeu Fábio Coentrão como melhor jogador em campo. O Record optou por Bruno Fernandes. O Jogo escolheu Coates.

Os teus murros, Coentrão

Também dei uns socos, Fábio. Estivesse eu nas tuas chuteiras e, como tu, teria atirado os punhos contra o banco de suplentes, com tantas ou até mais ganas que tu. Acontece que, longe do Bonfim, e das câmaras de TV, as minhas mãos fechadas acabaram com ruidoso estrondo na porta de um armário que cá tenho em casa. Safou-se a televisão, menos mau.

No entanto, mais que a confidência das pedras que lancei (que as dores, essas não as escondo), interessa-me, sim, deter-me nas tuas. Nas que tu arremessaste.

És um campeão. Ganhaste títulos, muitos. Mas eu percebo-te. Chegaste à glória do futebol nacional com equipas lideradas pelo mesmo timoneiro que ontem, em Setúbal, comandava o banco que esmurraste. Com ele ao leme das equipas que te puseram no Olimpo do futebol português entravas em campo e limpavas tudo. Varrias a lateral esquerda com soberba e confiança inabaláveis, ao mesmo tempo olhavas para a lateral direita e para o centro do terreno e vias, em linha contigo, um rolo compressor imparável, inesgotavelmente alimentado com ambição desmedida e insaciável fome de golos. Percebo-te, Fábio. Por isso pergunto-me se os murros que deste foram, afinal, contra a alma chata da tua equipa e na qual, digo-te, tantas vezes fazes a diferença. Dá um gozo tremendo ver-te a varrer o corredor esquerdo. 

Terás tu dado uns selos no calculismo, no resultadismo, na manha, na contenção, no cinismo que o mister hoje prefere pôr na batalha? Socaste tu a falta de ambição do Jesus, o gestor da vantagem mínima sobre o penúltimo da tabela? Foi isso? Se foi, então, estamos no mesmo barco. A diferença é que tu podes descarregar no banco de suplentes e eu numas coisas do IKEA. 

 

PS. Fiz um esforço enorme, mas, com franqueza, não vi o Luís Filipe Vieira mandar sair de jogo o Rúben Ribeiro e a pôr o Battaglia. Não vi o Janela dar indicações aos nossos de que a anorética vantagem sobre os sadinos era q.b.

Os murros dou-os sobretudo por causa disto: perdemos a liderança por culpa exclusivamente nossa. E agora, receio, estamos mais perto de deixar de depender só de nós.

Os jogos apenas terminam quando o árbitro apita o final da partida...

Uma vez mais surpreendidos ao cair do pano, após substituições defensivas. O mestre da táctica procura segurar uma magra vantagem e perde 2 pontos. Aconteceu na Luz, a história repete-se agora em Setúbal, fazendo lembrar o início da 2ª volta há duas épocas atrás. Penalty claro cometido por Mathieu, incompreensível reacção de Fábio Coentrão que poderia ter visto outra cor do cartão com um árbitro mais rigoroso. Mau demais este desperdício a que infelizmente nos vamos habituando...

2017 em balanço (10)

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FRASE DO ANO: "FEITO DE SPORTING"

Foi recebido com alguma desconfiança por sócios e adeptos. Não admirava: Fábio Coentrão proclamara dois anos antes, no Facebook, juras de amor eterno ao Benfica, tendo chegado a assegurar que em Portugal não vestiria a camisola de outro clube.

Afinal deu o dito por não dito. Regressou a Portugal, por empréstimo do Real Madrid, integrando-se no projecto futebolístico de Jorge Jesus, que já o orientara no outro lado da Segunda Circular. Tornou-se na 32.ª "prenda" oferecida por Bruno de Carvalho ao treinador.

Os adeptos leoninos mantiveram alguma desconfiança mesmo depois de o lateral esquerdo ter garantido que sempre torcera pelo Sporting, já em miúdo, lá na sua Caxinas natal. Desenterrou-se uma  entrevista de 2007 em que o então defesa do Rio Ave lembrava as viagens de 700 quilómetros que chegou a fazer no mesmo dia entre Vila do Conde e Lisboa para assistir a jogos em Alvalade e as incursões ao estádio do Dragão, como espectador anónimo, em dias de Porto-Sporting, integrado na Juventude Leonina.

No fundo, um caso de sportinguismo transviado, tal como sucedeu com Jesus, ele próprio um adepto - e há longos anos sócio - do Sporting Clube de Portugal que episodicamente passou pelo Benfica.

Os últimos olhares de suspeição desfizeram-se enfim quando Coentrão, já vestido de verde e branco, proferiu aquela que viria a ser a frase do ano no nosso clube: «Já vesti muitas camisolas mas sempre fui feito de Sporting.»

Foi a 5 de Julho, ao ser oficializada a sua contratação para Alvalade. A partir desse dia, mesmo para os mais renitentes, passou a ser um dos nossos. E tornou-se detestado na Luz, como as monstruosas vaias de quarta-feira passada bem confirmaram - homenagem involuntária ao homem de Caxinas.

A expressão "feito de Sporting", inserida na campanha leonina para a venda de gameboxes, pegou. Chegando mesmo a justificar elogios internacionais. Mais que merecidos, tal como os aplausos que os adeptos hoje não regateiam a Coentrão.

 

Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»

Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»

Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»

Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»

Quem mais jura, mais mente

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Fiel à linha editorial a que já nos habituou, A Bola dedica hoje 80% da sua primeira página a uma entrevista a Bernardo Silva, destacando algumas frases do jogador:

«Um dia gostava de voltar ao Benfica.»

«Não posso dizer que Jorge Jesus é especial para mim.»

«Nunca jogarei no Sporting nem no FC Porto.»

Acho extraordinária a petulância deste futebolista. O que o levará a supor que alguma vez o Sporting pretendesse contratá-lo?

Lamento decepcionar-te mas estamos bem servidos, pá. Trata mas é de dar ao pedal aí em Manchester. E lembra-te: o último jogador antes de ti que fez uma dessas juras eternas de jamais jogar de verde e branco é hoje o n.º 5 do plantel leonino. Chama-se Fábio Coentrão.

Duas baixas para logo

Fábio Coentrão, uma vez mais com problemas físicos, deve ficar de fora do clássico de hoje. Uma ausência que se soma à de Doumbia, já conhecida.

Duas baixas importantes. No caso de Coentrão, já percebemos que o problema não é conjuntural: começa a tornar-se um padrão. O que o torna ainda mais preocupante. E nos reconduz às interrogações da pré-época.

Está nas tuas mãos!

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Caro Frederico.

Todos sabemos do teu sportinguismo e acompanhamos a tua forma de vivenciar o Sporting.

Ninguém duvidará que tudo farás para recuperar e melhorar a condição física de todos os elementos do plantel.

Mas gostava de pedir um esforço extra para o Coentrão!

Não podemos aspirar a atingir os objectivos a que nos propusémos a jogar com o Jonathan.

O rapaz está demasiado verde (o que neste contexto parece uma boa característica!) para lhe confiarmos o lado esquerdo. Talvez daqui a uns tempos (muitas dúvidas) o possa assegurar, mas para já a recuperação do Coentrão é o caso mais premente do plantel e para o qual poderás contribuir decisivamente.

Conto com a tua ajuda!

Obrigado.

DIA D

E nunca mais acaba o dia de hoje…

 

Já estou cansado das possíveis saídas e entradas.

 

Mais do que entradas, o que eu pretendia é que nenhum dos nossos jogadores saísse.

 

Adorava poder contar durante este ano com Rui Patrício, Fábio Coentrão, William Carvalho, Adrien Silva, Bruno Fernandes e Gelson Martins.

 

Parece que esta seria a melhor prenda que o Sporting Clube de Portugal poderia dar a Fernando Santos.

 

As rotinas de uma época poderiam ser o melhor trunfo para o Mundial e este argumento deveria ser ponderado por todos.

 

Saudações Leoninas

{ Blogue fundado em 2012. }

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