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És a nossa Fé!

Fazendo contas 1/18

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No futebol, na vida, nada acontece por acaso.

Ao clube mais antigo, à cor verde, foi atribuída a nota de 100 euros, ao segundo mais antigo, à cor azul, a nota de 20 euros e ao clube fundido, ao Sport Lisboa que se fundiu (cada um funde-se onde pode) em Benfica, à cor vermelha, a nota de 10 euros.

Não é por ser mais antigo, não é por ser maior que o Sporting Clube de Portugal tem mais valor. Tem mais valor pelos valores, pela honra.

Uns dizem que só estamos à frente no campeonato porque temos mais penalties a favor porque os árbitros expulsam os jogadores dos outros e não expulsam os nossos.

Vamos ver jornada dupla a jornada dupla, excluindo golos marcados de penalty, penalizando as expulsões com menos um golo, qual seria a pontuação.

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FC Porto 3 - Gil Vicente 0

Dois golos de penalty e expulsão de um jogador do Gil. Dois golos de penalty não contam, diminui um golo ao total devido à expulsão, fica:

FC Porto 0 - Gil Vicente 0

Gil Vicente 3 - FC Porto 1

Golo de penalty do Gil e expulsão de um jogador do FC Porto. Diminui dois golos aos de Barcelos, fica:

Gil Vicente 1 - FC Porto 1

2 pontos para o Porto após esta dupla jornada (tem 3 na contagem oficial).

Sporting 3 - Rio Ave 1

Sem penalties nem expulsões 

Rio Ave 0 - Sporting 3

Houve um penalty a favor do Sporting. Diminui um golo, fica:

Rio Ave 0 - Sporting 2

6 pontos (tem 6 pontos na contagem oficial)

Famalicão 2 - Benfica 0

Sem penalties nem expulsões.

Benfica 4 - 0

Sem penalties nem expulsões.

3 pontos (tem 3 pontos na contagem oficial).

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Não me obriguem a vir para a rua gritar, ao contrário do que dizem e escrevem, nesta dupla jornada, primeira e décima oitava o único beneficiado pelos penalties a favor e pelas expulsões dos adversários foi o FC Porto.

Vamos fazer este exercício para todas as jornadas e fazemos as contas no fim.

Chorar, mamar e Capecchi

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"Quem não chora não mama".

Já vamos ao jogo de ontem, primeiro o Sporting com mais 18 pontos que o FC Porto e segundo vamos falar de Capecchi, Mario Ramberg Capecchi.

Mario nasceu no mesmo ano de Jorge Nuno, 1937. Nasceu numa Itália onde já soprava o cheiro da guerra, o pai era um aviador italiano que foi mobilizado para as tropas de Mussolini e a mãe uma activista, como diríamos hoje, americana. Com o pai na guerra e com a mãe hospedada em Dachau, cresceu na rua. A rua foi a sua casa entre os três, quatro anos e os oito. Roubava comida, dormia onde calhava e vivia com outros meninos como ele, uns mais velhos, outros mais novos, sem higiene e sem perspectivas de futuro. Ranho no nariz, feridas que sangravam e cicatrizavam tapadas pela sujidade.

Com oito anos, Mario não conhecia uma letra do tamanho de um avião nem um algarismo do tamanho de um campo de concentração.

Nessa altura apanhou febre tifóide e foi hospitalizado, a mãe, a guerra acabara e ela sobrevivera, encontrou-o no hospital e levou-o para os Estados Unidos da América.

Alguns anos depois o menino ranhoso, sujo e analfabeto que comia fruta estragada, retirada dos caixotes do lixo, foi prémio Nobel da medicina.

Quanto ao jogo de ontem não vou falar de culpas próprias nem de culpas alheias. Foi tudo demasiado óbvio e basta reler aquilo que fui escrevendo, a nomeação de Veríssimo/Pinheiro, a convocatória da selecção, estava tudo preparado para o jogo de ontem ter tido o desfecho que teve.

Alguém tem dúvidas que a mão na bola de Otávio é penalty? Há volumetria e há intensionalidade, qual a razão para não ter sido assinalado?

Alguém tem dúvidas que um treinador expulso não pode estar, alegremente, a dar instruções à rapaziada? [à atenção do departamento jurídico, protestar o jogo se existir fundamento legal]

Alguém tem dúvidas que Varela devia ter sido expulso?

Apesar dos casos acima e de alguns outros há sempre alguém que não resiste, há sempre alguém que não diz não.

"A culpa foi nossa" disse, por exemplo, o comentador "Elitista", para esses, o Sporting mesmo ranhoso, mesmo cheio de feridas mal cicatrizadas, mesmo analfabeto e com o bandulho cheio de comida estragada tem de vencer, tem de ganhar o Nobel.

Se Mário Capecchi conseguiu porque não há-de o Sporting Clube de Portugal conseguir também? Apesar de todas as adversidades e malfeitorias de que é alvo o Sporting ou ganha ou então a culpa é sempre nossa, nunca é dos outros.

Estórias da mãe carochinha (rameira)

Era uma vez um Ferrari e um pasteleiro.

O Ferrari estampou-se, após ter entrado numa via em sentido contrário.

O pasteleiro, que estava a ver televisão numa sala aconchegante com um amigo, viu o acidente pelo canto do olho e quando lhe perguntaram "o quéque aconteceu", respondeu que "ach'qué m'lhor tirar a carta ao gajo que vinha em sentido contrário". "Mas a quem?" perguntou o amigo, que estava a enfardar um naco de chocolate preto com frutas cristalizadas e não viu o acidente-nem-nada-e-nem-queria-ter-visto-não-fosse-ainda-ser-chamado-a-dar-opinão, "Ora, ao gajo que foi contra o Ferrari!"

E assim, dois filhos da puta conseguiram meter o Sporting (atrás da) na linha.

Não fosse o viking meter a terceira lá dentro.

«Não é cartão em momento algum»

Árbitro espanhol: Diomande injustamente expulso

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Análise claríssima do antigo árbitro internacional espanhol Iturralde González, na edição de hoje do Record:

«Nem cartão amarelo era. Para mim, nem foi falta. É uma disputa de bola. O jogador do Sporting [Diomande] coloca o braço e o avançado simula uma agressão e deixa-se cair. É um problema que a arbitragem tem hoje em dia: as simulações. Tocam-lhes um pouco no peito e levam logo as mãos à cara. Não é suficiente a acção/reacção. O árbitro até pode assinalar falta, pois toca-lhe um pouco com o braço na cara, mas não é cartão em momento algum. E como é segundo amarelo, o VAR não pode agir, pois só pode entrar em vermelhos directos. Seria cartão para o jogador que se atirou ao chão, porque não há nada.»

A tremura dos quarenta

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- Telefonei para te dar os parabéns.

- Os parabéns de quê? Da castanhada que dei ontem ao gajo do Gil Vicente?

- Não, pá, pelos teus quarenta anos.

- Ah, obrigado, mas olha que tu, também, não estiveste mal, a maneira como ceifaste o gajo do Vizela foi uma obra de arte. Como é que conseguiste fazer aquilo sem ver vermelho.

- Vermelho, eu? Sou algum Daniel Bragança ou quê?

-  E tu como é que te escapaste ao vermelho, ontem?

- Escapei porque não sou nenhum Tabata.

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O telefonema acabou com Otamendi e Pepe a rirem-se, alarvemente. O futebol português tem muita piada.

Paulinho e a língua portuguesa

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Três jogos, parece dizer, Paulinho.

O símbolo de campeão nacional incomoda muita gente.

João Afonso, do Marítimo, viu o cartão amarelo, duas vezes, num jogo do campeonato e foi castigado com um jogo, a cumprir no campeonato.

Paulinho viu o cartão amarelo, duas vezes, na Taça da Liga e vai cumprir três jogos de castigo no campeonato, não faria mais sentido cumprir o castigo na Taça da Liga da próxima época?

Um castigo cirúrgico, acaba após o jogo com o FC Porto, se faltassem quatro jogos para disputar até ao jogo com a equipa d' "O Padrinho", o castigo, obviamente, teria sido: " cinco jogos de castigo".

Agora vem o argumento linguístico, quem conhece o Norte, as gentes do Norte e o presente do indicativo do verbo Ser, sabe que um nortenho diria: "Sois uns corruptos, cara*ho"

Alguém acredita que Paulinho erraria a conjugação, vós sois, eles são.

Ora se Paulinho disse: "são" referia-se a outras pessoas, a eles[não à equipa de arbitragem] (fica a dica para o departamento jurídico do Sporting trabalhar).

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O mais importante

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29 de Março de 2022.

Um dia muito importante para o futebol português.

Para A Bola e para o Record é o dia do aniversário do jogador que se fez expulsar em Berlim, no dia 6 de Setembro de 1997.

Impediu Sérgio Conceição de entrar em campo (entraria mais tarde para substituir o Will Smith, português, João Vieira Pinto) impediu Portugal de ir ao Mundial de França.

É esse jogador que A Bola e o Record celebram hoje, o jornal espanhol Marca optou por dar protagonismo a outro.

 

(postal inspirado num comentário do leitor Vítor Hugo Vieira)

Pimenta no cu dos outros é refresco

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Trata-se dum ditado brasileiro que o meu falecido sogro que por lá andou citava de vez em quando e que traduz a diferença de entendimento sobre o que de mal acontece aos outros e  aquele nos acontece a nós.

Ontem assisti via TV a uma das decisões mais estúpidas dum árbitro de futebol de que me recordo, a dum jogador expulso por na sequência dum remate esforçado à baliza o pé que rematou ter pousado no tornozelo que o defensor lá colocou. Mas foi essa mesmo caricatura de árbitro o responsável por ter voltado atrás no penalti assinalado ao Zaidu em Alvalade, bem como pelo amarelo no lance anterior para expulsão desse mesmo Zaidu, e por tudo aquilo que se passou depois em Famalicão e de que nem vale a pena falar. Foram quatro pontos subtraídos ao Sporting nesses dois jogos, duas expulsões de Rúben Amorim e agora mesmo 45 dias de castigo ao nosso presidente pelo protesto pelo que esse senhor fez ao Sporting nesse jogo em Alvalade.

Foi também essa mesma caricatura de árbitro que ia deixando passar incólume a bárbara agressão do Taremi no Dragão, apenas o expulsando quando chamado pelo VAR e escrevendo no relatório aquilo que levou a que apenas fosse castigado com um jogo. 

 

Não é o VAR que apita os jogos é o árbitro. O VAR apenas o alerta para situações que deverá rever e analisar. Perante uma lesão grave como aquela, e estando definido que as faltas que levem a lesões graves levam a expulsão, o VAR fez bem em chamar a atenção. Recordemo-nos porém que há um ano o nosso LP sofreu uma grave lesão depois de carregado por um jogador do Marítimo (bem à minha frente em Alvalade, que saudades ai ai), o árbitro nem marcou falta e esse jogador não foi expulso. E ficámos até hoje sem o nosso LP que bem falta nos faz. E o VAR da altura não chamou a atenção ao árbitro para rever o lance.

Luís Godinho é o melhor exemplo da triste arbitragem que temos: não tem conhecimento do jogo, não tem estofo psicológico para aguentar a pressão, não reúne condições para apitar jogos de futebol a este nível, prejudicou directa e indirectamente de forma grave aquele que dizem ser o seu clube, chegou agora a vez ao Porto. Curiosamente Pinto da Costa consegue fazer toda uma intervenção de defesa do seu clube sem se referir uma única vez ao nome deste senhor, o que apenas quer dizer uma coisa: que o tem no bolso e o irá "recuperar" de forma a que ele nunca mais se esqueça deste "deslize".

Não é o primeiro, não será o último. Onde é que pára o abaixo-assinado?

 

O futebol é um desporto de contacto, os acidentes infelizmente acontecem e por vezes da forma mais estúpida possível (eu que o diga). Que David Carmo recupere depressa e que o Luiz Phellype volte a integrar ainda mais depressa as fotos das vitórias e das conquistas do Sporting Clube de Portugal.

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

Higiene que já tardava

O Sporting - através do seu Conselho Fiscal e Disciplinar - anunciou a expulsão do anterior "líder" da Juventude Leonina, Fernando Mendes, e 25 outros portadores de cartão de sócio que estiveram ligados ao assalto à Academia de Alcochete, a 15 de Maio de 2018.

É uma medida que só peca por tardia. Mas que está formalmente respaldada pelo acórdão do colectivo do Tribunal de Monsanto que a 28 de Maio condenou 41 dos 44 arguidos no chamado "processo de Alcochete" - incluindo os elementos agora expulsos, vários dos quais pertencentes à estrutura central daquela claque.

Há ainda quatro penas de suspensão aplicadas a outros envolvidos naquele vergonhoso episódio, podendo todas elas ser alvo de recurso para a Assembleia Geral leonina, nos termos dos estatutos do clube.

É um acto de elementar higiene pública. E que serve de aviso a outros putativos "heróis" que pretendam servir-se da condição de sócios do Sporting para cometerem crimes.

Tudo muito mau

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A entrada do Sporting em campo contra o Braga, ontem à noite, na Taça da Liga - em casa da equipa adversária e só perante 10 mil pessoas. Concedendo total domínio territorial ao adversário.

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Os 20 minutos que Silas demorou a rectificar os erros posicionais da equipa, com sucessivos passes falhados, quando o Braga dominava por completo o encontro, impedindo a saída do Sporting. Numa dessas perdas de bola, por Battaglia logo aos 8', nasceu o golo inicial da equipa anfitriã.

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O reconhecimento tardio de que o sistema de duplo pivô da primeira parte não funcionava, como se comprovou quando o técnico trocou Idrissa Doumbia por Bolasie logo após o intervalo.

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A inoperância dos homens da frente - ao ponto de ter sido Mathieu a marcar o golo leonino, aos 44', desmarcando-se com rapidez, a solicitação de Bruno Fernandes, numa bola parada. Luiz Phellype, que esteve 69 minutos em campo, voltou a ser uma nulidade.

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A tremideira no nosso processo defensivo, exemplificada no lance que conduziu à merecida expulsão de Bolasie, aos 61'.

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A defesa com linha de cinco a partir daí, com toda a equipa remetida ao seu meio-campo durante a meia hora final, na esperança de defender o empate (1-1), cedendo toda a iniciativa ao Braga. E sem chegarmos uma só vez nesse período à baliza adversária.

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A permanente atitude de equipa pequena, como se a turma minhota metesse medo a alguém. Mesmo com um jogador a menos, não havia justificação para isso: quem abdica por completo do ataque arrisca-se ainda mais a sofrer golo. Como se viu.

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O tempo de salto errado de Mathieu no golo da vitória do Braga, aos 90', permitindo que Paulinho a metesse lá dentro.

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A nossa equipa de cabeça perdida nos minutos finais, com expulsões de Mathieu e de Eduardo (que estava no banco).

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O péssimo ensaio geral de ontem contra o Braga para o campeonato: esse jogo vai disputar-se a 2 de Fevereiro.

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O adeus do Sporting à Taça da Liga, nesta meia-final em Braga, após dois anos de conquista do troféu. A meio da época, todos os objectivos internos redundaram em fracasso.

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Esta equipa cheia de fragilidades e desequilibrios. Mal construída, mal apetrechada, mal orientada, desmotivada e triste, no segundo pior Inverno de que há memória em Alvalade.

Um árbitro nocivo ao futebol

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Foi uma indignidade (com a inconfundível marca de Jorge Sousa) vermos Bruno Fernandes, o melhor jogador do futebol português e também o mais fustigado por  lances à margem das leis do jogo, receber um cartão amarelo, e o consequente vermelho - algo inédito, até agora, na sua carreira como profissional -, pela primeira falta que fez, já no tempo extra, após ter sido ceifado oito vezes no mesmo jogo (incluindo uma falta que devia ter dado um penálti ao Sporting e à qual o apitador fez vista grossa). Sem que nenhum desses adversários que o derrubaram em lances promissores tivesse recebido sanção disciplinar, como se impunha.

 

Revi o jogo e contabilizei essas faltas.

Minuto 13: Bruno é derrubado sem bola pelo ganês Ackah sobre a linha do meio-campo. Falta óbvia, não-assinalada.

Minuto 19: Bruno vence um lance dividido na grande área do Boavista. Ricardo Costa, chegando atrasado, agride o capitão leonino, golpeando-o com o braço nas costas. Falta que ficou por assinalar: devia ter sido marcado penálti contra a equipa da casa.

Minuto 20: Bruno é desarmado em falta por Ackah, próximo da meia-lua defensiva. Falta assinalada, sem sanção disciplinar.

Minuto 25: Bruno desarmado em falta por Ackah, na mesma zona do terreno. Falta assinalada, sem sanção disciplinar.

Minuto 36: Bruno derrubado à margem da lei por Ackah no início da construção de um lance ofensivo. Falta assinalada, sem sanção disciplinar.

Minuto 45: Bruno sofre um toque de Fabiano por trás quando estava na posse de bola já no meio-campo do Boavista. Falta assinalada, sem sanção disciplinar.

[No minuto 49, Bruno Fernandes vê um cartão amarelo por protestar junto do árbitro auxiliar contra um cartão da mesma cor exibido ao colega Acuña.]

Minuto 73: Bruno é derrubado por trás quando construía lance ofensivo. Entrada de Stojiljković, claramente à margem da lei, ficou por assinalar.

Minuto 86: Bruno é derrubado por trás quando transportava a bola no meio-campo adversário. Falta de Carraça, assinalada. Mas sem sanção disciplinar.

 

À beira do fim da partida, o senhor Sousa - demonstrando uma chocante dualidade de critérios - entendeu expulsar Bruno Fernandes por uma falta ofensiva, idêntica a muitas cometidas por jogadores axadrezados que distribuíram "fruta" ao longo de toda a partida sem terem recebido qualquer sanção.

Não contaremos, portanto, com o nosso capitão no próximo jogo. A disputar em casa, frente ao Famalicão.

Árbitros como Jorge Sousa, que penalizam os jogadores com maior talento e deixam os sarrafeiros por castigar, prejudicam o espectáculo desportivo. São nocivos ao futebol.

Seis notas breves

 

1. Bruno Gaspar de Carvalho e Alexandre Gaspar de Carvalho Godinho foram expulsos do Sporting na sequência de um processo instaurado pela Comissão de Fiscalização que funcionou como órgão disciplinar do Clube no período anterior ao sufrágio de 8 de Setembro e que deu como provadas as «continuadas violações regulamentares e estatutárias» daqueles antigos funcionários do Sporting, designadamente «os ataques constantes aos órgãos sociais legítimos» do Clube.

 

2. Estas expulsões, convém sublinhar, decorreram das normas estatutárias que Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho fizeram aprovar em Fevereiro de 2018, bem como do novo regulamento disciplinar  que a mesma dupla integrante do Conselho Directivo submeteu naquela data à aprovação dos sócios.

 

3. A resposta da massa associativa leonina, na reunião magna de sábado passado, voltou a ser concludente, reafirmando a orientação estabelecida nas assembleias gerais de 23 de Junho e 15 de Dezembro de 2018. Mais de dois terços dos votos ditaram a expulsão de Alexandre Godinho e Bruno de Carvalho. Note-se que desta vez era só isto o que estava em causa. Entre os votantes contra as expulsões estiveram muitos que não desejariam o regresso do antigo presidente ao exercício de cargos dirigentes no Clube.

 

4. Embora em menor escala do que em 23 de Junho do ano passado, voltou anteontem a registar-se um clima de intimidação e achincalhamento das opiniões contrárias por parte da falange apoiante do presidente destituído e expulso. Os três ou quatro sócios que ousaram apoiar a actual Direcção leonina nesta assembleia foram brindados com sonoras vaias e grosseiros insultos oriundos dessa facção, incapaz de conviver com a diferença.

 

5. A expectativa deste ambiente intimidatório levou agora muitos sócios a optarem antecipadamente por não exercer o direito de voto, evitando deslocar-se ao Pavilhão João Rocha. Se a afluência de eleitores tivesse sido maior do que foi, a percentagem de rejeição do presidente destituído seria certamente ainda mais expressiva.

 

6. Agora, olhar em frente. O passado passou.

 

A história não se apaga!

Acredito que as próximas palavras que aqui irei desfolhar poderão criar alguma celeuma, mas como sempre pensei pela minha cabeça não me vou abster de dizer o que penso, no que ao Sporting diz respeito, nomeadamente à Assembleia de ontem, que originou na expulsão de Bruno de Carvalho como sócio do clube.

Não concordo com o que foi feito. Não era preciso tomar esta atitude perante o antigo Presidente do Sporting. Decididamente!

Posso até acrescentar que sou insuspeito, porque se fui seu apoiante votando duas vezes na sua lista também fui muito crítico de BdC, especialmente pela forma como usava o verbo disparando para todo o lado (imprensa, sócios, jogadores, antigos dirigentes, adversários…) com o intuito único de desviar atenções de alguns problemas prementes do Sporting. Isso é sabido e nem vale a pena escondê-lo.

Lembro-me também daquela conferência de imprensa em Fevereiro do ano passado. Do que disse e das acusações, na maioria sem sentido, que fez. Mesmo nessa altura, criticando publicamente o então Presidente, disse que voltaria a votar nele se houvesse novamente eleições.

Pois é… foi este capital humano que BdC desperdiçou e deitou a perder.

Depois aconteceu Alcochete… E todos sabemos como BdC reagiu… Ou não reagiu!

Reconheço que no seu magistério trouxe muita gente a Alvalade. E mesmo fora da corrida ao troféu maior, ainda assim o Estádio enchia. Algo que o ano passado raramente vi!

Mas voltando ao assunto que aqui me trouxe: fiquei triste que os sportinguistas optassem por esta expulsão. Não me revejo nesta atitude. De todo.

Sei que BdC procedeu mal, que falou muitas vezes demais, que tentou por todos os meios manter-se no poder… sei disso tudo. Mas expulsá-lo?

Repito: não gostei.

Nós que costumamos dizer que somos de um clube diferente, mostrámos da pior forma porque somos diferentes.

Termino com o sentimento de que, aconteça o que acontecer no futuro mais próximo ou mais longínquo, nada apagará a história do nosso grande Clube.

E esta é que realmente conta para todos nós!

Virar de página

Com o “enterro do morto” concretizado ontem, pode enfim o Sporting encerrar mais uma questão importante decorrente do final conturbado da época passada e ganhar espaço e tempo para tratar do futuro.

É preciso começar por dizer que o agora “morto” foi cavando a sua “sepultura”. Foi com Bruno de Carvalho na presidência que tivemos ex-presidentes expulsos, foi com ele que tivemos órgãos sociais eleitos em lista conjunta, foi ele que referendou novos estatutos e regulamento disciplinar que facilitaram as expulsões, foi ele que discriminou e perseguiu sportinguistas, foi ele que hostilizou a estrutura do futebol profissional e traficou com as claques criando a situação que conduziu ao assalto terrorista a Alcochete, foi ele que criou esta seita arruaceira "Letal ao Sporting" que envergonha o clube. E “morre” sem ter a coragem de enfrentar os sócios, proclamando de longe a sua vergonha dos mesmos, a sua vergonha do clube, o clube não o merece, “adeus mãezinha vou partir”.

“Morreu” mesmo assim com 30% de votos a favor, numa coligação de voto de formação espontânea entre brunistas do Bruno, brunistas “de espírito, mas dispensam o maluco do Bruno”, ricciardistas, antivarandistas e ressabiados diversos. Se calhar deve aos presidentes dos órgãos sociais eleitos um score tão elevado, a Rogério Alves pela “legalice” da pergunta que não respeitava a resposta natural e confundiu alguma gente mais idosa ou menos atenta, a Baltazar Pinto pelas considerações escusadas na entrevista anterior e a Frederico Varandas pelo ódio visceral e incontrolável que alguns lhe têm por uma razão ou por outra.

Fica agora Bruno de Carvalho com o pai, a irmã e o ultra-advogado, todos eles mais papistas que o papa, e fica também com a Justiça para se entreter. Convém apenas não confundir a procuradora com Marta Soares nem o tribunal com um estúdio da TV, porque pode ter dissabores e depois vir a queixar-se da qualidade das instalações.

Fica agora também Frederico Varandas, fechados que foram os processos disciplinares, o empréstimo obrigacionista, a auditoria, o empréstimo de tesouraria, a parte mais substancial dos processos das rescisões, com a via aberta e a responsabilidade de levar o Sporting a novos horizontes, no futebol profissional e nas modalidades. Para isso precisa não digo da união dos sócios, porque a divisão existe e é incontornável, mas de paz e estabilidade porque sem isso tudo se torna muito complicado. Com Varandas, Benedito ou outro qualquer, o que está em causa é o NOSSO SPORTING.

No meu caso, estou mesmo farto de gastar cera com tão ruim defunto, e vou mas é fazer campanha para que o nosso capitão se mantenha, mesmo à custa de alguns milhões de euros. Porque confesso que sou... brunista. Mas do Bruno Fernandes.

SL

Porque

 

Dividiu os sócios.

 

Insultou e ameaçou sportinguistas.

 

Fomentou uma cultura de ódio no Clube.

 

Criou órgãos ilegais, violando os Estatutos.

 

Bloqueou o acesso de dirigentes às instalações leoninas.

 

Caluniou atletas, técnicos, funcionários e adeptos.

 

Tolerou agressões de diversa ordem, no próprio Estádio, aos profissionais do Clube.

 

Criou condições objectivas para as rescisões unilaterais dos jogadores, lesando património leonino.

 

Degradou a imagem do Clube tanto a nível interno como internacional.

 

Desrespeitou gravemente os representantes dos órgãos sociais eleitos pelo sufrágio livre e democrático da única entidade soberana no Sporting: os seus associados.

 

Obviamente, SIM

Amanhã na AG vão mais uma vez confrontar-se duas visões diferentes do que é e deve ser o Sporting: está em causa o recurso de Bruno de Carvalho e do seu "ajudante de campo" às penas de expulsão determinadas pelo CFD pelas sucessivos atropelos dos mesmos aos estatutos revistos e referendados pelo próprio Bruno de Carvalho, mas está em causa também o futuro próximo do clube e as condições necessárias ao seu sucesso.

Nem vale a pena discutir a bondade da pena à luz dos acontecimentos relatados e não contestados: está mais que ajustada, mas se os estatutos admitem o recurso para a AG é porque se espera da mesma uma apreciação mais abrangente, pelo que me parece que duma eventual vitória do voto NÃO não haveria outras conclusões a tirar que não fosse que a vontade dos sócios tinha prevalecido, e que o CFD tinha desempenhado o seu papel da melhor forma zelando pelo cumprimento das leis e regulamentos do clube.

Sendo assim estamos basicamente a decidir sobre a expulsão dum sócio que foi presidente do Sporting durante cerca de cinco anos, com um primeiro mandato globalmente positivo, reeleito com uma margem esmagadora de votos, mas que depois dessa data, condicionado ou não por problemas familiares, dependências ou ambições financeiras (mais tarde ou mais cedo se saberá), resolveu tomar o clube como seu, hostilizar e intimidar vários sectores internos incómodos, como grupos de sócios e estrutura e plantel do futebol profissional, encontrando para isso apoio "avençado" em empresas externas e na principal claque do clube, numa espiral destrutiva que culminou no abandono da equipa no jogo decisivo da época e no assalto terrorista a Alcochete, resistindo desde aí à demissão por todos os meios legais e ilegais até ser destituido na maior AG de sempre por uma maioria esmagadora de sócios.

Estamos a decidir também sobre a expulsão dum sócio que manifestou após a expulsão que o Sporting para ele tinha morrido, que deixou de frequentar estádio e pavilhão, que manifestou agora vergonha dos sócios, vergonha dos órgãos sociais, mas que nunca deixou de alimentar uma seita de guerrilheiros arruaceiros que tem aproveitado todas as oportunidades para desestabilizar e criar dificuldades a esse mesmo Sporting. Por isso mesmo são os Letais ao Sporting. E Bruno de Carvalho o seu "Bin Laden". 

Estamos a decidir também se queremos que o clube continue como um dos três grandes de Portugal, um clube eclético e ganhador, um clube de devoção para todas as gerações, um clube de famílias e de amigos, um clube que valoriza a ética e os valores do desporto e que combate a vigarice e a aldrabice, ou um clube presidencialista de casamentos, baptizados e funerais, de guerra aberta com tudo e todos, um clube tomado pelos ultras, um clube em que os fins justificam os meios, um clube que trata as equipas e jogadores que o representam à moda da Coreia do Norte: ou ganhas ou levas com o chicote.

E o que vimos ainda recentemente no Jamor foi o Sporting encher o estádio de amor pelo clube, sofrer, chorar e ganhar. Não houve rival mesmo que mais poderoso, não houve árbitro, não houve toupeiras nem padres, não houve a corja ressabiada que acompanha os jogos do clube pelas redes sociais a salivar pela sua derrota, não houve nada nem ninguém que nos impedisse de ganhar e ganhámos. E é isto que queremos repetir e repetir e repetir este ano e nos próximos, no estádio e no pavilhão. Sofrer, chorar e ganhar. Ladrando pouco e mordendo muito, porque cão que ladra não morde, e o destino dos touros bravos depois das bandarilhas é o talho. 

Então o meu voto é obviamente SIM.

SIM à expulsão de Bruno de Carvalho, SIM à derrota dos brunistas que insistem num Sporting à moda de Bruno de Carvalho mesmo que sem ele, SIM à estabilidade, condição essencial às grandes conquistas, SIM ao Sporting.

E acho que vai ser mesmo à Cristiano Ronaldo. Mais uma vez os sócios vão dizer presente e através do seu voto deixar um imenso SIIIIMMMMM ao Sporting no pavilhão João Rocha!

Viva o Sporting Clube de Portugal !!!

SL

Não aguenta um cara-a-cara

Rogério Alves - e muito bem, a meu ver - concedeu a Bruno de Carvalho a possibilidade de intervir na assembleia geral de amanhã, na qual os sócios do Sporting se pronunciarão sobre o recurso à pena de expulsão aplicada ao antigo presidente pelo Conselho Fiscal e Disciplinar. Cedendo assim a uma exigência expressa do sucessor de Godinho Lopes.

Como é seu hábito, Bruno de Carvalho afinal recusa comparecer, reagindo com a táctica habitual dos que não aguentam um cara-a-cara: em contínua fuga para a frente, desta vez disparando contra quem lhe concedia a palavra. Segue assim uma linha de rumo: nos momentos cruciais, mesmo naqueles que lhe dizem directamente respeito, fica atrás dos reposteiros, primando pela ausência.

 

Foi assim a 4 de Fevereiro de 2018, quando evitou deslocar-se ao campo da Amoreira, onde o Sporting entregou o campeonato nacional com uma derrota humilhante (e justa) perante o Estoril. Ele não estava lá.

Foi assim a 5 de Abril de 2018, quando decidiu não acompanhar a nossa equipa a Madrid, para o jogo da primeira mão dos quartos da Liga Europa frente ao Atlético, que participara em duas das três finais anteriores da Liga dos Campeões: preferiu ficar em casa, desancando os jogadores via Facebook, em vez de lhes incutir ânimo, como faria um verdadeiro líder.

Foi assim a 13 de Maio de 2018, quando optou por ficar em Lisboa enquanto o Sporting disputava com o Marítimo, no Funchal, um desafio de má memória que nos fez descer ao segundo posto do campeonato, por troca com o pior Benfica do último decénio, dizendo adeus aos milhões da Champions. A equipa perdeu e o presidente não estava lá.

Foi assim a 20 de Maio de 2018, quando voltou a ficar recolhido em casa, sem assistir - como lhe competia - à final da Taça de Portugal disputada no Jamor. Uma final que perdemos, num contexto de total desmoralização, cinco dias após o assalto dos jagunços a Alcochete. Era um momento particularmente difícil e doloroso, que exigia uma atitude de liderança: Bruno de Carvalho foi incapaz de a exercer. Pelo contrário, na véspera dessa final, entretinha-se a vergastar os jogadores na sua rede social predilecta, anotando: «Houve atletas do Sporting que, infelizmente e pelo seu temperamento quente, não conseguiram aguentar aquilo que é a frustração dos adeptos.» Quase como se os apontasse, delirantemente, como autores morais das agressões contra eles próprios.

Foi assim a 23 de Junho de 2018, quando recusou participar na histórica assembleia geral que haveria de destituí-lo por larga maioria, indiferente às provocações e aos insultos da tropa arruaceira. Chegou no fim, pela porta das traseiras e acompanhado da habitual guarda pretoriana, quando o pavilhão estava quase despovoado e já nada havia para debater. Essa tardia aparição deveu-se apenas à convicção errada de que ganharia. Enganou-se profundamente: perdeu, em todas as mesas de voto. E lá regressou rapidamente às quatro paredes domésticas, correndo ao Facebook - desta vez para insultar os sócios no remanso do lar.

Foi assim a 15 de Dezembro de 2018, em que primou novamente pela ausência na assembleia geral que ratificou a sua expulsão de sócio, apesar de lhe ter sido concedido o direito de participação e intervenção, mesmo estando suspenso. Enviou para o terreno a irmã, o pai e uma ruidosa falange de apoio, apostada em perturbar ao máximo a assembleia magna leonina. De nada lhe valeu o manhoso estratagema: os sócios, uma vez mais, não se deixaram condicionar.

 

Uma vez mais se comprova: é incapaz de enfrentar adversidades, e de agir em coerência, nos momentos decisivos, com o discurso incendiário que foi cultivando durante cinco anos. Mesmo quando o assunto lhe diz respeito, como parte interessada, foge de um confronto directo e presencial.

No final, o padrão de sempre: há-de irromper nas redes sociais, com as inconsequentes bravatas verbais já de todos conhecidas. Valem o que valem: nada.

 

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