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És a nossa Fé!

Noite inédita do maior goleador da Europa

Sporting, 5 - Estrela da Amadora, 1

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Gyökeres brilhou perante mais de 40 mil em Alvalade marcando quatro ao Estrela da Amadora

Foto: EPA

 

Uma vez mais, os profetas da desgraça ficaram a ver navios. Anteviam uma partida muito complicada, "nervosismo em campo", divisões nas bancadas, vaias ao treinador prestes a sair e talvez até ao presidente. Um cenário catastrófico que afinal só existou na delirante imaginação desses idiotas.

De tudo quanto vaticinaram sobre esta recepção do Estrela em Alvalade ocorrida anteontem, só acertaram nisto: foi, como agora já sabemos, o último desafio do Sporting em nossa casa, para o campeonato, sob a orientação de Rúben Amorim. Haverá outros dois jogos, com ele ainda ao leme, mas o de terça em Alvalade, frente ao Manchester City, insere-se na Liga dos Campeões, e o do domingo que vem realiza-se em Braga.

Dois desafios muito importantes, por motivos diversos. Mas concentremo-nos agora nesta goleada imposta pelo nossa equipa ao Estrela da Amadora.

 

Ao contrário das partidas anteriores, frente ao Casa Pia em casa e ao Famalicão fora, desta vez os da Amadora não estacionaram um autocarro defronte da baliza. Durante cerca de meia hora até fizeram pressão intensa, em largura e em comprimento, procurando explorar espaços atrás da linha defensiva leonina. 

Causaram três ou quatro calafrios aos nossos centrais criando desequilíbrios nas faixas laterais. Em evidente aproveitamento da falta de vocação defensiva dos alas titulares, Quenda à direita e Maxi Araújo à esquerda. O jovem guineense, sobretudo, perdeu duelos com Nilton Varela. Uma dessas ocasiões custou-nos um golo - o terceiro que sofremos em dez jornadas da Liga, primeiro com Israel entre os postes. 

Foi aos 35': alguns dos mais de 40 mil espectadores em Alvalade sentiram este golo como duche de água gelada. Mas - como se viu - não havia motivo para isso em termos estritamente racionais. Desde logo, porque já vencíamos desde o minuto 19; depois, porque nunca o domínio leonino esteve sob amaeaça directa e concreta, além de umas ocasionais investidas do Estrela - uma das quais só não deu golo graças a enorme defesa de Israel. 

 

Mas nem foi preciso esperar pelo intervalo para a reviravolta acontecer e a goleada começar a ser construída. Sétima goleada em dez jornadas já decorridas desta Liga 2024/2025. Alguma vez fizemos melhor? Não me recordo, sinceramente. 

O maior contributo para esta cabazada à turma da Amadora veio de Viktor Gyökeres. Com o primeiro póquer da sua carreira como goleador. Abriu o activo aos 19', após recuperação de Pedro Gonçalves. Ampliou aos 31', com um tiro a passe de Trincão. Disparou o terceiro de penálti, aos 42'. Fixando o resultado ao intervalo: 3-1.

Depois do apito que assinalou o recomeço, mais do mesmo. Ou antes: domínio ainda mais evidente do Sporting, à medida que as fragilidades físicas do onze visitante vinham à superfície. Aí foram brilhando outros dos nossos jogadores, como Daniel Bragança (o grande pensador da equipa) e Trincão (incansável causador de desquilíbrios e protagonista de alguns dos lances mais vistosos). 

 

Mas seria Gyökeres - melhor em campo - a evidenciar-se de novo. Marcando o quarto neste embate da décima ronda, algo que jamais conseguira na sua carreira de futebolista profissional e lhe garante o primeiro lugar entre os artilheiros europeus na temporada em curso. Foi aos 70', novamente com passe para golo de Francisco Trincão, outro dos "violinos" deste Sporting  da terceira década do século XXI.

E para que a festa terminasse em beleza ainda apareceu um estreante como goleador de leão ao peito: Maxi Araújo, ocupando no onze titular o posto antes entregue a Nuno Santos, gravemente lesonado na ronda anterior. Servido por Bragança, o jovem internacional uruguaio encaminhou-a para o sítio certo aos 85'. Selando o resultado: 5-1.

Animosidade? Nenhuma. Derrotismo? Nem sombra dele. Houve, isso sim, palmas e mais palmas para estes bravos jogadores que em dez desafios já contabilizam dez triunfos, nem um ponto perdido até agora. Eles bem merecem o carinho, o incentivo e a gratidão dos adeptos.

Dos verdadeiros adeptos: os outros não importam.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel (7) - Agarrou a titularidade: é dele a posição n.º 1. Sofreu o primeiro golo no campeonato pelo Sporting, aos 35', mas fez três defesas cruciais.

Debast (5) - Exibição que foi evoluindo de menos para mais. Faltou-lhe estar mais atento às perdas de bola pelo corredor direito, dobrando Quenda.

Diomande (4) - Passivo no lance do golo: deixou Rodrigo Pinho movimentar-se à vontade. Falta-lhe ainda energia, colocação e concentração para fazer esquecer Coates.

Gonçalo Inácio (5) - Excelente corte aos 10': equivaleu a um golo. Aos 18', cabeceou às malhas laterais. Queixando-se de uma perna, já não voltou do intervalo.

Quenda (5) - Tem ainda muito trabalho a desenvolver antes de ser um ala como o Sporting exige. Três grandes passes para Gyökeres compensaram o seu défice defensivo.

Morten (6) - Acusou alguma ansiedade, talvez já a pensar na recepção ao Manchester City da próxima terça-feira. Resguardou-se um pouco mais do que é costume.

Daniel Bragança (7) - Continua pendular, a fazer competente ligação entre o meio-campo e o ataque. Culminou exibição muito positiva na assistência ao golo de Maxi.

Maxi Araújo (7) - Outro jogador que foi de menos a mais nesta estreia como ala esquerdo. Destacou-se também como estreante a marcar de leão ao peito, aos 85'.

Trincão (7) - Virtuoso. Foi desenhando lances ofensivos de qualidade, abrindo linhas, criando desequlíbrios. Com nota artística. Assistiu em dois golos: no segundo e no quarto.

Pedro Gonçalves (5) - Ainda algo preso de movimentos, foi crucial na recuperação que originou o primeiro golo. Quase marcou em remate rasteiro, aos 37'. Teria merecido.

Gyökeres (10) - É um prazer vê-lo jogar. Mais quatro golos para a sua conta, superando recorde pesoal. Aconteceu em ritmo pendular aos 19, 31', 37' e 70'. Um craque.

St. Juste (5) - Substituiu Gonçalo Inácio durante toda a segunda parte. Deu sempre boa conta do recado. 

Morita (5) - Substituiu Morten aos 68'. A ideia era estancar contra-ataques e apoiar o ataque. Cumpriu no essencial.

Edwards (3) - Entrou aos 73', substituindo Pedro Gonçalves. Desconcentrado, algo apático, nada lhe saiu bem mesmo quando foi servido com inegável competência.

Matheus Reis (5) - Substituiu Debast no minuto 73, mas com a missão de patrulhar o lado esquerdo dos centrais. Desempenhou a tarefa sem qualquer reparo.

Harder (4) - Entrou aos 80', substituindo Trincão. O jogo estava quase arrumado, havia só que fazer gestão de esforço. Ainda marcámos um golo, mas sem intervenção dele.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Gostei

 

De outra goleada. A sétima em dez jornadas da Liga 2024/2025. Ontem a vítima foi o Estrela da Amadora, que teve a pretensão de "discutir o jogo" em Alvalade, abrindo espaços à retaguarda que foram aproveitados da melhor maneira pelo nosso ataque letal, com um Viktor em forma estratosférica. Assim, a equipa visitante, em vez de perder apenas por 0-2, como sucedeu ao Casa Pia com autocarro estacionado frente à baliza, saiu ontem de Alvalade vergada ao peso dum 5-1.

 

De Gyökeres. Está "intratável", como gostam de dizer alguns comentadores, incapazes de usar adjectivos mais fortes e expressivos para qualificar as actuações do grande goleador leonino. Ontem, pela primeira vez na sua carreira, Viktor marcou quatro num só jogo - merecido póquer para aquele que foi, de longe, o melhor em campo. Marcou aos 19', após rápida tabelinha com Pedro Gonçalves, fuzilando as redes em remate corrido: era a primeira oportunidade, não a desperdiçou. O segundo foi aos 31': tiro com assistência de Trincão. O terceiro aos 42', de penálti. O quarto aos 70', novamente com Trincão a assistir. Leva 16 golos no campeonato, 20 no total das provas  Tornou-se o maior goleador do momento no futebol europeu e é já o quinto estrangeiro com mais golos facturados no Sporting (após Yazalde, Bas Dost, Iordanov e Jardel). E tem ainda sete assistências. Vale cada cêntimo dos 24 milhões que custou ao Coventry, de onde o Sporting o trouxe há pouco mais de um ano. Quando sair, renderá quatro vezes mais.

 

De Trincão. Já ficou registado acima: assistiu em dois dos nossos cinco golos. Foi também ele o autor do cabeceamento que deu origem ao desvio com o braço de Bucca, originando o penálti. Merecia golo aos 60', ao desferir um remate em arco que fez saltar a tinta de um dos postes. Destacou-se ainda em várias recuperações. Continua em excelente forma.

 

De Israel. Sofreu um golo - apenas o terceiro do Sporting em dez jornadas do campeonato e o primeiro com ele entre os postes na Liga. Mas foi gigante na baliza. Enormes defesas aos 26' e aos 35' (esta, infelizmente, sem conseguir travar a recarga perante a apatia dos centrais), grande saída aos 48'. Temos guarda-redes de qualidade: quem resistia a concluir isto até ontem, terá de o reconhecer a partir de agora. Vladan pode esperar: o lugar pertence ao jovem internacional uruguaio.

 

Da estreia de Maxi Araújo a marcar. Alinhando pela primeira vez no Sporting como ala esquerdo, cumpriu no essencial embora sem fazer esquecer o ausente Nuno Santos. Mas destacou-se ao apontar o quinto golo, com assistência de Daniel Bragança: aconteceu aos 85', já com o Estrela de rastos, num remate cruzado sem hipóteses de defesa. Tem qualidade técnica, é inegável. Com o tempo pode tornar-se dono do nosso flanco esquerdo. Está a fazer por isso.

 

Do ambiente no estádio. Mais de 40 mil pessoas (número oficial: 41.282) compareceram em Alvalade apesar da noite com chuva. Incentivando sem reservas a equipa e prestando tributo grato - na esmagadora maioria, com fortes aplausos silenciando alguns assobios iniciais - ao treinador, que compareceu no estádio acompanhado do presidente Frederico Varandas. Rúben Amorim deixará o Sporting após mais dois desafios - um contra o City na terça-feira para a Champions, outro contra o Braga no domingo seguinte para o campeonato - mas a massa adepta leonina não esquece que foi ele quem pôs fim ao maior jejum do título de campeão da nossa história e valorizou como nenhum outro o plantel leonino, virando de vez a negra página iniciada com o assalto a Alcochete. 

 

Dos regressos muito aplaudidos. Nani e Jovane voltaram ontem a Alvalade. Desta vez na condição de adversários, o que não os impediu de ouvir muitas palmas. Sobretudo o primeiro, inesquecível campeão europeu por clubes (em 2008, pelo Manchester United) e pela selecção nacional (no Euro-2016). Deu nas vistas o forte abraço antes do jogo trocado entre ele e Amorim, também prestes a rumar ao United. Nani (que ontem alinhou pelo Estrela a partir do minuto 52) será sempre um dos nossos. Passou três vezes pelo Sporting. Talvez passe uma quarta, ainda como jogador ou como já como elemento de uma futura equipa técnica.

 

Dos sentidos aplausos a Nuno Santos. Ocorreram ao minuto 11 - número da camisola do nosso ala esquerdo, agora com lesão que deverá afastá-lo até ao fim da temporada. Nesse minuto o estádio levantou-se ovacionando o craque ausente. Um dos momentos mais bonitos da noite.

 

De termos disputado 31 jogos em sequência sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 19 triunfos nas últimas 20 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.

 

De ver o Sporting marcar há 52 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.

 

Da nossa 22.ª vitória consecutiva em Alvalade. Todo o campeonato anterior, mais cinco rondas da Liga 2024/2025: há 70 anos que não nos acontecia algo semelhante.

 

De continuarmos inexpugnáveis, tanto em casa como fora. Sem uma derrota no ano civil em curso, já a escassas semanas do fim. 

 

Do balanço após mais de um quarto da prova. Melhor ataque (35 golos), melhor defesa, melhor goleador: Gyökeres, agora com mais golos do que 15 equipas da Liga. Comando isolado. Desde 1973/1974 que não facturávamos tanto nas primeiras dez rondas. Ainda não vencemos, até agora, por menos de dois golos de diferença. Temos a equipa mais forte do campeonato português, cem por cento vitoriosa. Perseguimos um objectivo que nos foge há sete décadas: a conquista do bicampeonato. Acreditamos nele com mais força do que nunca. Pelo menos eu acredito. E tenho a certeza de que não estou só.

 

 

Não gostei

 

De termos sofrido o terceiro golo neste jogo n.º 10. Mas as nossas redes, para o campeonato, permaneceram invioladas durante 715 minutos. Outra marca leonina nesta Liga 2024/2025.

 

Da apatia do nosso sector mais recuado. Lapsos defensivos raras vezes vistos no Sporting. Debast  tardou em acorrer às dobras de Quenda no lado direito. Gonçalo - tocado numa perna e substituído por St. Juste ao intervalo - esteve longe do acerto a que nos habituou. Mas o pior foi Diomande, que revelou desconcentração e falta de reflexos. Deixou Danilo movimentar-se à vontade dentro da área aos 26' e nove minutos depois foi incapaz de travar a incursão de Rodrigo Pinho, autor do golo do Estrela.

 

Da ausência de Geny. Nem no banco se sentou. Terá sido por gestão de esforço, já a pensar na recepção ao Manchester City, para a Champions, do próximo dia 5.

 

Da ausência de Nuno Santos. Mas todos acreditamos na sua recuperação. E desejamos muito que regresse, em devida forma, tão cedo quanto possível.

 

De Edwards. Outros jogadores têm altos e baixos, mas o inglês, nesta temporada, teima em não sair da maré baixa. Entrou aos 73', substituindo Pedro Gonçalves. Aos 83', falhou intervenção ao segundo poste com a bola bombeada na sua direcção. Aos 90', atirou ao lado. Com bola e sem ela, pareceu sempre algo perdido em campo.

 

Da nostalgia antecipada. Foi o último jogo de Rúben Amorim para o campeonato em Alvalade, como treinador principal do Sporting. Um ciclo prestes a fechar-se, outro vai começar. Este durou quase cinco anos e teve nota muito elevada. Inesquecível.

O dia seguinte

O Sporting-Estrela da Amadora foi um jogo completamente diferente do habitual na Liga. Um adversário que veio discutir o jogo no campo todo, os ataques sucediam-se dos dois lados, nunca o nosso guarda-redes teve tanto trabalho, e o resultado final (5-1) é muito enganador.

Quando um jogo fica assim descontrolado quem resolve o jogo são os guarda-redes e os pontas-de-lança dos dois lados. Israel e Gyökeres resolveram. O sueco aproveitou todo o espaço disponível para um poker de golos, o uruguaio fez a sua melhor exibição de sempre com a camisola do Sporting com algumas intervenções assombrosas.

Na primeira parte a produtividade de Gyökeres compensou o buraco defensivo do lado direito, onde Jovane brilhava à custa de Quenda, e a inoperância dos dois interiores, Pote e Trincão.

Na segunda parte, com a equipa mais compensada e a ganhar, safou-se por detalhe dum golo contrário e depois veio a factura do desgaste e o Estrela foi ao tapete.

Assim foi o segundo jogo de quatro do "tarefeiro" (foi ele que disse) Amorim e correu muito bem, com esperamos que corram os outros dois. A equipa está empenhada, a equipa está oleada, rumo ao bicampeonato.

Melhor em campo? Gyökeres, obviamente.

Arbitragem? Fraquinha, tentou deixar jogar sem saber como.

E agora? Desfrutar com o Man.City.

 

PS: Assunto Amorim está resolvido. Ele falou e explicou, o presidente falou e explicou, agora é seguir em frente. A vitória em Braga é crucial.

SL

Inexpugnável

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Acabamos de cumprir a jornada n.º 10. Nova goleada, desta vez em Alvalade: derrotámos o Estrela da Amadora por 5-1. Com um póquer de Gyökeres - o primeiro da sua carreira - e a estreia de Maxi Araújo como goleador leonino.

Reforçamos a liderança do campeonato, isolados. Temos 30 pontos. Levamos 35 golos marcados, apenas três sofridos. Cumprimos o 22.º jogo seguido na Liga a ganhar. O 29.º jogo consecutivo do campeonato sem perder. Seguimos sem derrotas no ano civil em curso que se aproxima do fim. Como equipa inexpugnável.

Melhor ataque e melhor defesa do campeonato. Melhor goleador da prova: o nosso craque sueco, agora com 16. E 20 no conjunto da temporada - além de sete assistências. Hoje artilheiro máximo da Europa.

«Nós e vocês focados no Marquês», lia-se numa enorme tarja da Juve Leo exibida no fim desta recepção ao Estrela. O espírito é este. 

O espírito tem de ser sempre este.

Sonho cada vez mais perto da realidade

Estrela da Amadora, 1 - Sporting, 2

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Nuno Santos, em destaque na Reboleira, numa das suas ofensivas em velocidade na ala esquerda

Foto: António Cotrim / EPA

 

Outra vitória inequívoca do Sporting. Outra exibição de classe. Mais três pontos conquistados, desta vez na Reboleira, onde não íamos desde 2006. O tal "período mais complicado da temporada" não deixou marcas negativas na nossa equipa, muito pelo contrário. Vendo este onze leonino em campo, esteja quem estiver nos convocados iniciais, percebemos que estamos perante uma equipa que tem tudo para ser campeã. Reeditando a saga de 2021. Desta vez sem pandemia.

Mesmo sem cinco titulares habituais (Adán e Pedro Gonçalves lesionados, Coates afastado por indisposição ligeira, Gonçalo Inácio e Morten no banco), voltámos a ser indiscutivelmente superiores. Com Israel na baliza; um trio defensivo composto por St. Juste, Diomande e Matheus Reis; Geny e Nuno Santos evoluindo nas alas; Morita e Daniel Bragança no meio-campo interior: e uma competente linha avançada composta pelo trio Trincão, Paulinho e Gyökeres.

 

Começando pelo menos bom - ou pior, consoante os ângulos de análise. Voltámos a sofrer um golo. E ainda na metade inicial do primeiro tempo, quando Israel teve saída precipitada, propiciando dois remates sucessivos da turma adversária, o segundo dos quais foi lá para dentro, numa recarga. 

Alguns imaginariam que a nossa equipa iria abanar ou até tremer ao sofrer um golo frente ao Estrela da Amadora - 13.º classificado do campeonato - logo aos 17'. Enganaram-se redondamente: nada disso aconteceu. Seis minutos depois, iniciava-se a reviravolta. Desta vez sem o suspeito do costume: Gyökeres, sempre muito policiado e começando a acusar alguns sinais de fadiga física, não foi o protagonista desta vitória. O que só aumenta o mérito do colectivo verde-e-branco.

Tudo funcionou na perfeição naquele corredor direito: Geny fez um passe vertical muito bem medido para lançar Trincão, que segurou a bola quase junto à linha final e a colocou ao jeito da cabeça de Paulinho. Este, avaliando na perfeição o tempo de salto e soltando-se das marcações, não perdoou. Belo golo, a justificar aplausos.

 

O Sporting continuou a carregar, acentuando a pressão sobre o Estrela, em lances de desgaste contínuo sobre a equipa adversária, forçada a recuar em alteração evidente do seu plano inicial de jogo. Tanto fluxo ofensivo teria de dar frutos, segundo as leis da lógica. E assim foi, ao minuto 40. Nova jogada em que Trincão - melhor em campo - fez toda a diferença. Com uma recuperação de excelência, progressão em posse e remate bem colocado. Brígido, guarda-redes anfitrião, não conseguiu melhor do que uma defesa incompleta. Aí apareceu Nuno Santos para o empurrão que faltava.

Outro golo português do plantel leonino.

Chegámos assim ao intervalo: 1-2. Os três pontos tão ambicionados pareciam garantidos. E estavam mesmo. A segunda parte só acentuou a diferença entre as equipas, mesmo após o treinador do Estrela ter esgotado as substituições, muito antes do fim.

No nosso banco, Amorim soube interpretar o que se passava e agir em conformidade. Ao intervalo, decidiu trocar Matheus - já amarelado e revelando intranquilidade como central à esquerda - por Gonçalo Inácio. Decisão correcta. O jovem internacional leonino trouxe o suplemento de consistência que faltava ao trio da retaguarda e um reforço de qualidade na fase inicial de construção.

 

Podíamos ter ampliado a vantagem: estivemos sempre muito mais perto do terceiro do que o Estrela de empatar. A gestão do esforço físico, quatro dias antes do embate com o Benfica na Luz para a Taça de Portugal, esteve longe de ser prioridade: nunca deixámos de procurar a baliza adversária. Gonçalo cabeceou a pouca distância do ferro (47'). Paulinho falhou emenda por centímetros ao segundo poste (75'). Gyökeres, na conversão de um livre, teve pontaria e força, mas Brígido estava atento. Trincão esteve perto de ampliar a vantagem num remate rasteiro que merecia ter sido golo (84').

Tudo isto na noite de Sexta-Feira Santa. Ontem foi Páscoa, mas em relação ao Sporting não podemos falar em ressurreição. Porque lideramos o campeonato desde a sexta jornada, agora isolados mesmo com um jogo a menos. Porque estamos nas meias-finais da Taça de Portugal, com vantagem na eliminatória após o desafio já disputado em Alvalade.

Todos os sonhos são possíveis. Só dependemos de nós para que se tornem realidade.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Esteve mal no golo sofrido: saiu com imprudência, facilitando a tarefa do Estrela. Mas protagonizou duas grandes defesas, aos 16' e aos 35'. Balanço positivo.

St. Juste - Maturidade competitiva. Guardou bem o sector que lhe estava confiado, como central à direita. Sem arriscar manobras ofensivas, mas sem deslizes defensivos.

Diomande - Com Coates ausente, comandou a defesa. Seguro, como sempre. É já imprescindível. Ganhou todos os duelos, impôs-se no jogo aéreo.

Matheus Reis - O menos bom do Sporting na Reboleira. Central adaptado, enfrentou com nervosismo Leo Jabá, o melhor do Estrela. Amarelado cedo (22'). Saiu ao intervalo.

Geny - Não receia os duelos individuais, até os procura. Venceu vários, dominando no corredor direito. Iniciou assim o primeiro golo, num passe magistral para Trincão.

Morita - Sempre batalhador, nunca baixa os braços. Esteve longe do seu melhor, mas foi útil na construção e nas recuperações enquanto não lhe faltou o fôlego.

Daniel Bragança - Mais discreto na primeira parte, brilhou na segunda, soltando toda a qualidade do seu futebol. Sempre em jogo, com visão panorâmica. Melhora quando avança no terreno.

Nuno Santos - Um dos magníficos. No transporte da bola, nos centros bem medidos, na entrega ao jogo. E a marcar: foi dele o golo decisivo, aos 40'. Soma já 12 (e seis assistências) nesta época.

Trincão - Herói do jogo, mesmo sem a meter lá dentro. Fez quase tudo bem, baralhando marcações, abrindo linhas de passe. Assistiu no primeiro (23'), deu início ao segundo. Incansável. 

Paulinho - Interveio pouco sem bola, mas quando foi necessário acorreu à chamada para o que era mais necessário: marcar. Assim fez, de cabeça, iniciando o nosso triunfo.

Gyökeres - Nunca desistiu do golo, desta vez sem o conseguir. Esteve muito perto aos 11' e aos 83'. É o nosso jogador mais utilizado na Liga, mas continua em alta rotação.

Gonçalo Inácio - Fez a diferença ao entrar no segundo tempo, substituindo Matheus Reis. Sendo um dos mais jovens, impôs maturidade na defesa. Muito atento às coberturas.

Morten - Estava quase tapado com cartões, Amorim poupou-o o mais que pôde. Entrou só aos 80', rendendo um esgotado Morita. Grande recuperação lá na frente aos 87'.

Esgaio - Substituiu Geny, muito desgastado, aos 80'. Protagonizou movimento de ruptura aos 84'. Pouco tempo em campo, mas nas duas alas: primeiro à direita, depois à esquerda.

Eduardo Quaresma - Entrou aos 90'+2, rendendo Nuno Santos. Só para ajudar a congelar o jogo e travar incursões da turma adversária, aliás já quase esgotada.

O dia seguinte

Exibição tremendamente competente na deslocação à Reboleira, semelhante à de Arouca, mesmo com ausências importantes no onze titular.

Este Estrela da Amadora pode jogar menos do que o Arouca mas luta e bate muito mais. Morita, Bragança e Catamo que o digam.

Primeira parte de muita dificuldade perante a pressão alta do Estrela, a tentar ganhar bolas na intermédia e partir depressa para o golo. O que não conseguiram assim conseguiram num canto muito bem marcado, tenso e a cair no sítio certo facilitando o erro de Israel.

Mas com as deambulações de Trincão, e o bom desempenho de todos, tanto apoiando os dois médios como carregando sobre a defesa contrária, o Sporting ganhou vantagem no jogo e no resultado.

Veio a segunda parte e foi aguardar que o desgaste nos jogadores do Estrela fizesse efeito. Infelizmente o Sporting foi desperdiçando golos e deixando o desfecho em aberto.

Melhor em campo? Trincão. Depois Bragança e St. Juste.

Arbitragem? Deixar bater.

E agora? Dois dérbis decisivos.

SL

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

De termos superado mais um obstáculo. Ontem à noite derrotámos o Estrela por 2-1 num estádio tradicionalmente difícil. Há quase 16 anos (desde Dezembro de 2006) que não enfrentávamos esta equipa na Reboleira. Deram boa réplica, tal como já tinham feito em Alvalade, na primeira volta do campeonato: nessa altura vencemos também por resultado tangencial (3-2). 

 

De Trincão. O melhor em campo. Recuperado da lesão num pé, que infelizmente o impediu de marcar presença em dois desafios da equipa das quinas após ter sido chamado pelo seleccionador Roberto Martínez. Há males que vêm por bem: o minhoto fez excelente partida. Participa nos dois golos - no primeiro, aos 23', com impecável cruzamento junto à linha assistindo Paulinho, que marcou de cabeça; no segundo, aos 40', protagonizando a recuperação de bola que lhe permitiu o disparo bem colocado, para defesa incompleta do guarda-redes e consequente recarga de Nuno Santos. Quase marcou, ele próprio, aos 84': o remate rasou o poste.

 

De Daniel Bragança. Novamente capitão da equipa. Encheu o campo com o seu futebol requintado, distribuindo jogo, sempre de cabeça bem levantada: raros jogadores como ele têm uma noção tão clara do espaço disponível para a progressão e do tempo necessário para colocar a bola. Sempre muito marcado, "conseguiu" amarelar dois adversários que lhe travaram o passo à margem das regras. Nota artística num toque de calcanhar para Trincão (47') e num espectacular passe picado para Gyökeres (59').

 

De Nuno Santos. Marcou pelo segundo jogo consecutivo: há cerca de ano e meio que não lhe sucedia algo semelhante. Fez muito por isso: foi dos mais combativos, nunca dando um duelo por perdido. Sentenciou a partida, garantindo os três pontos, ao marcar o segundo, pouco antes do intervalo. Quase bisou com um disparo bem colocado aos 50' - travado só com defesa apertadíssima de Bruno Brígido.

 

De Paulinho. Trabalhou muito para a equipa, sem se esconder do jogo. Foi recompensado com enorme ovação ao marcar o nosso primeiro - fuzilando as redes de cabeça, num disparo indefensável. E vão três golos seus nos dois mais recentes jogos, primeiro com o Boavista e agora frente ao Estrela.

 

Do nosso colectivo. Mesmo com cinco titulares habituais fora do onze, demonstrámos indiscutível superioridade. Dominando a partida em todas as parcelas do terreno. Fazendo pressão constante sobre o portador da bola. Empurrando o Estrela para o seu reduto. E resolvendo o jogo ainda na primeira parte, embora sem desistirmos de ampliar a vantagem. 

 

De ver poupados a cartões os nossos jogadores que estavam em risco. Dos que integraram o onze inicial, eram Diomande e Nuno Santos - ambos já com quatro amarelos. Aos 80' ainda entraram Esgaio (também com quatro) e Morten (com oito, faltando-lhe só mais um para ficar de fora). Passaram imunes: Matheus Reis, que não estava à bica, foi o único dos nossos a ser admoestado pelo árbitro Fábio Veríssimo.

 

Do apoio vibrante dos adeptos. Grande parte dos 6764 adeptos presentes nas bancadas da Reboleira puxaram pelo Sporting do princípio ao fim. Quase parecia que jogávamos em casa.

 

De ver o Sporting marcar há 35 jornadas seguidas. Sempre a fazer golos, desde o campeonato anterior. Reforçamos a nossa posição no topo das equipas goleadoras. Basta comparar: temos 77 marcados, mais 16 do que o Benfica, com menos um jogo disputado. E cumprimos ontem o 13.º desafio consecutivo sem perder na Liga 2023/2024.

 

De mantermos a liderança isolada. Agora com 68 pontos. Prossegue a contagem decrescente para a conquista do troféu máximo do futebol português. Cada vez estou mais convicto de que vamos lá chegar.

 

 

Não gostei

 

Do golo sofrido, aos 17'. Na sequência de um canto, após saída em falso de Israel (que falhou aqui mas tinha feito excelente defesa pouco antes e voltaria a destacar-se noutra, aos 35'). Balde de água fria, ainda na fase inicial do encontro. Mas fomos para cima deles e protagonizámos rápida reviravolta: sete minutos depois já empatávamos.

 

Da ausência de golos na segunda parte. Tentámos bastante, sem conseguir. E desta vez nem Gyökeres - sempre muito marcado por Miguel Lopes, ex-defesa leonino - fez o gosto ao pé. Faltou-nos o terceiro golo que sossegaria os adeptos sem necessidade de aguardar pelo apito final.

 

Da ausência de Pedro Gonçalves. O melhor jogador português do plantel leonino nem no banco se sentou: continua ausente, devido a lesão. Também Coates não foi à Amadora, neste caso devido a indisposição passageira que não o impedirá certamente de alinhar na terça-feira, contra o Benfica, para a Taça de Portugal.

 

Do desgaste físico dos jogadores. Vários deles saíram com aparentes queixas musculares após duelos mais intensos na disputa de bolas divididas naquele relvado muito pesado: aconteceu com Morita, Geny, Paulinho e Nuno Santos, por exemplo. Terão três dias para recuperar a boa forma antes do embate para a Taça na Luz.

Prognósticos antes do jogo

Regressamos ao campeonato nacional de futebol. Depois de amanhã, Sexta-Feira Santa, a partir das 20.30. Vamos ao estádio do Estrela da Amadora, defrontar a equipa local, que muito trabalho nos deu na primeira volta.

Com arbitragem de Fábio Veríssimo. Rui Costa é o vídeo-árbitro.

Em Alvalade, em Novembro, a nossa vitória foi apertada. Por 3-2, com golos de Daniel Bragança, Edwards e Paulinho. Mas a verdade é que superámos também esse obstáculo.

E agora, como será? Venham daí os vossos prognósticos.

Soma e segue: nona vitória em dez jogos

Sporting, 3 - Estrela da Amadora, 2

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Edwards foi o herói da noite em Alvalade: marcou um, assistiu noutro e deu espectáculo

Foto: José Sena Goulão / Lusa

 

De repente, parecia que Lionel Messi tinha entrado em campo. Ou que Diego Maradona havia ressuscitado. 

Momento de magia futebolística no Estádio José Alvalade, ao minuto 71 do Sporting-Estrela da Amadora, na noite de anteontem. Protagonizado por um inglês, não por um argentino: foi Marcus Edwards a pegar na "gorducha" no meio-campo da equipa adversária, conduzindo-a da linha para o centro em progressão acelerada e depois entrou na grande área sem afrouxar o ritmo em busca do ângulo perfeito para fuzilar a baliza com o seu pé esquerdo.

Driblou um, dois, três, quatro - até ter só pela frente o guarda-redes António Filipe, impotente para travar o remate.

Os mais de 38 mil que assistiam ao  jogo no estádio nem queriam acreditar: foi um dos mais belos golos já marcados por algum jogador de Leão ao peito. Puro futebol-espectáculo. Com a vantagem acrescida, neste caso, de ter contribuído para reverter um resultado que nos estava a ser desfavorável. 

Não satisfeito com isso, Edwards, ainda protagonizou outro lance de génio, aos 79', num cruzamento teleguiado para a cabeça de Paulinho. Era o nosso terceiro golo, que fixou o resultado. Pondo fim a alguma atmosfera de nervosismo que pairava no estádio desde que o Estrela da Amadora, virando o 1-0 registado ao intervalo, marcou dois golos de rajada (50' e 52'). 

 

Como os números indiciam, foi um desafio emocionante, aberto, muito disputado. Nem a chuva outonal que foi caindo esfriou a vontade das duas equipas em conquistar pontos. Mérito que não pode ser negado ao Estrela, que na época anterior andava no segundo escalão do futebol português e é orientado por um treinador muito competente, Sérgio Vieira.

Durante quase todo o primeiro tempo, dando prioridade absoluta à manobra defensiva, a turma adversária fechou bem os nossos corredores atacantes, bloqueando linhas de passe. Até que Gyökeres tirou um coelho da cartola: num lance de insistência, levou a bola à meia esquerda, quase junto da linha final, para cruzar recuado vendo Daniel Bragança subitamente livre de marcação. O nosso médio criativo não perdoou: usou da melhor maneira o pé esquerdo para se estrear como artilheiro neste campeonato.

Corria o minuto 33. O que fez o onze da Amadora abrir o jogo, alterando a dinâmica.

Na segunda parte, depois do susto provocado por dois golos consentidos quase de rajada, foi a vez de o Sporting se modificar. Aí funcionou na perfeição o dedo de Rúben Amorim. Sempre para dar mais tracção à frente ao onze leonino. Que avançou todas as linhas e chegou a atacar com quatro: Gyökeres, Edwards, Paulinho e Trincão - estes dois saltaram do banco para ajudar na reviravolta. Por algum motivo somos já a segunda equipa mais goleadora: só o Braga marcou mais.

 

Muita gente se terá enervado ao longo desta partida. Por mim, não me importo de sofrer dois golos desde que marquemos pelo menos três. Foi o que aconteceu frente ao Estrela. E podiam ter sido seis sem favor algum. Consumando-se um facto digno de registo muito especial: somos a única equipa invicta na Liga 2023/2024.

Balanço até ao momento: dez jogos, nove vitórias, 28 pontos conquistados. Mais nove do que à 10.ª jornada da época anterior.

Lideramos pela quinta ronda consecutiva, agora mais isolados e mais firmes no comando. Temos equipa para ganhar o campeonato, sem a menor dúvida.

Até já levamos dois pontos a mais do que tínhamos na mesma fase em 2020/2021 - época de excelente memória.

Além disso desde 1976/1977 que não tínhamos tantos pontos de avanço face ao segundo na décima jornada. E vamos com seis pontos acima do terceiro - o FCP dos "fabulosos reforços" David Carmo e Fran Navarro.

Para ir celebrando? Claro que sim. 

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Sofreu dois golos, mas sem responsabilidade em nenhum deles - desde logo o primeiro, de penálti. Saiu muito bem dos postes aos 33', impedindo Leo Jabá de marcar.

Diomande - Continua a ser um pilar defensivo. Quer alinhando mais à direita, como começou neste jogo, quer mais ao meio, quando Coates saiu. Cumpriu com nota muito elevada.

Coates - Noite infeliz do capitão uruguaio. É ele a provocar o penálti, metendo a mão na bola aos 49', é ele também a ser batido em velocidade no lance do segundo. Saiu aos 59'.

Matheus Reis - Desempenho adequado ao padrão habitual. Regular, certinho, mas sem rasgos. Rende menos a central do que a lateral, mas desta vez foi Nuno Santos a ocupar a ala.

Esgaio - Com Geny ausente por lesão, coube-lhe actuar como lateral direito. Muito contido, sem arriscar um drible, dos pés dele partiram raros cruzamentos com eficácia. Saiu aos 59'.

Daniel Bragança - Rendendo o ausente Morita, teve o melhor desempenho da temporada. Coroado aos 33' com um golo de  belo efeito - o seu golo de estreia no campeonato. Saiu aos 64'.

Morten - Cada vez mais seguro e mais influente. Muito útil na recuperação e na distribuição, tentou também o remate de meia-distância. Quase marcou numa recarga a 3m da baliza (58').

Nuno Santos - No seu  jogo 150 de Leão ao peito, foi tendo mais vontade do que engenho. Mas fez enfim um cruzamento perfeito, aos 90', quando apontou à cabeça de Trincão.

Edwards - Criou-se o mito de que trabalha pouco para o colectivo. Não é verdade: fez nove passes para finalização. Assistiu Paulinho no golo. E marcou ele próprio - uma obra-de-arte.

Pedro Gonçalves - O mais errante dos nossos jogadores, como de costume, movimentou-se muito entre linhas. Quase marcou aos 82: o guarda-redes negou-lhe o golo num voo espectacular.

Gyökeres - Desta vez foi menos violinista do que carregador de piano. Sem vedetismos. Este seu trabalho como operário da equipa resultou numa exemplar assistência para o primeiro golo.

St. Juste - Substituiu Matheus Reis aos 59' e ocupou o seu lugar como central à direita. Vai recuperando das sequelas da lesão que o afectou. Seguro, sólido e útil nos passes verticais.

Gonçalo Inácio - Amorim deixou-o fora do onze inicial por vir aí o clássico na Luz e ele estar tapado com amarelos. Mas rendeu Coates aos 59' - e cumpriu com brilhantismo esta missão.

Paulinho - Saiu Daniel, entrou ele. Para marcar também, ouvindo o seu cântico de louvor em Alvalade. Merece ainda boa nota pelo que trabalhou lá na frente, com bola e sem bola. 

Trincão - Rendeu Esgaio aos 59'. Anda cheio de vontade de voltar aos golos. Esteve a milímetros de o conseguir, de cabeça: o guarda-redes, por instinto, quase a tirou de dentro da baliza.

Poder de fogo

 

A vitória de ontem foi (mais que) justa.

Os argumentos individuais apresentados por ambas as equipas são bastante diferentes, com enorme vantagem para o Sporting. Ainda assim o Estrela tem alguns bons executantes, começando pelo seu guarda-redes, que até é habitualmente suplente, seguido de Miguel Lopes, capitão e confesso sportinguista que fez uma excelente partida, de Gaspar, internacional angolano que esteve muito bem e lá na frente de Ronaldo e de Kikas que estiveram em constante movimento lançados nas costas dos nossos defesas.

O treinador do Estrela disse que não ia a Alvalade defender(-se) e cumpriu. Honra lhe seja feita por prestigiar-se e prestigiar a sua equipa e o futebol. É desta emoção que o jogo precisa. É certo que teve no GR o seu melhor elemento, mas convenhamos que ele está lá para defender. E se defendeu! O  Estrela fez uma bela partida, é certo, mas não fora a enorme exibição de António Filipe e a ineficácia dos nossos rapazes lá na frente e o resultado poderia ser mais dilatado, com uma diferença de mais dois ou três golos. Muitos tiros de pólvora seca, coisa que se vai tornando habitual. Há que melhorar o poder de fogo e carregar os cartuchos com chumbo grosso, que um dia vamos à caça e podemos ser caçados.

Nem tudo está bem quando acaba bem. Coates não está bem, talvez precise de descansar, a sua eficácia depende muito da sua boa condição física e ontem falhou em duas ocasiões: Fez um penalti, num lance de azar (a bola podia ter passado sem lhe tocar na mão), mas em situação normal o adversário não chegaria à posição de centrar e deixou-se ultrapassar por Kikas no segundo dos amadorenses. Esgaio continua o patinho feio desta equipa, apesar de ter em seu favor o facto de não ser fácil fazer parceria no flanco com Edwards, que defende pouco e se desposiciona muito, os génios são um pouco assim, mas não desculpa a pouca eficácia de Esgaio na ala, nomeadamente nos centros que (não) fez. Acertou uma vez com a cabeça de Coates, a única coisa digna de registo que fez neste particular, estando no entanto certinho a defender o que nos dias de hoje é muito pouco para um lateral. Pedro Gonçalves é exasperante, ontem fez mais uma vez um jogo apagado, mas é outro Edwards, trapalhão às vezes, mas capaz de num instante de inspiração tirar um coelho da cartola. Ontem o GR do Estrela estragou-lhe o número de magia, para nosso (e dele) azar. Falhou no entanto pelo menos três vezes na finalização. Aquilo parece displicência, mas é mesmo assim e às vezes a bola entra. Parece fácil, mas tirem daí a ideia. Mas às vezes parece um a menos, caramba.

O jogo valeu e muito pelos três pontos, pelos três belos golos. Bragança marcou pela primeira vez em Alvalade e logo com um excelente golo, Edwards fez lembrar "Deus" marcando uma coisa do outro Mundo e Paulinho fez um de compêndio, cabeceando de cima para baixo, como mandam as regras, na sequência de um centro com conta, peso e medida, de Edwards. Mas o jogo valeu ainda mais pelo espírito da equipa, pela reacção à adversidade e pela excelente leitura do treinador. Mais ficaram por marcar, como já disse muito por "culpa" do GR do Estrela e outros por clara ineficácia dos nossos, como referiu Ruben Amorim no final do jogo.

É certo que o jogo andou mais ou menos a passo na primeira parte e a única situação de registo foi mesmo o golo de Daniel Bragança, já que até aí o Sporting não havia rematado à baliza adversária, mas na segunda metade o que não lhe faltou foi emoção e diabos, o meu coração já não está preparado para estas coisas.

Regista-se com agrado que hoje há jogadores que podem substituir outros na titularidade sem que o rendimento da equipa decresça e que há no banco uma ambição de contribuir para a equipa com outros à altura dos que iniciam o jogo. O Sporting deste tempo não alinha apenas com onze, há hoje várias opções à disposição do treinador. E, sejamos justos, a "responsabilidade" é dele, que os tem moldado e lhes tem incutido esse espírito, o de que todos são precisos e úteis.

Por fim quero destacar duas frases proferidas após o final do jogo:

Miguel Lopes, comovido: O Sporting é o clube do meu coração.

Edwards: Never give up.

O dia seguinte

O Sporting conseguiu ontem uma magnífica e mais que merecida vitória em Alvalade, sempre com um apoio tremendo das bancadas e das claques que aplaudiram a equipa quando estava a perder e o capitão quando estava a caminhar cabisbaixo para o banco, perante um Estrela da Amadora com a lição muito bem estudada e que complicou muito a nossa forma de jogar sem entrar no jogo sujo doutros emblemas que visitaram Alvalade.

Para entender o jogo é preciso tomar em consideração o desgaste causado pela série de jogos bi-semanais em terrenos pesados que está a passar o Sporting, e obviamente que os jogadores nucleares, como Coates, Pedro Gonçalves e mesmo Gyökeres, são os mais afectados. Impossível querer que estejam sempre ao melhor nível.

Como também é impossível que um desequilibrador nato como Edwards, que joga no limite do risco, não perca bolas nem falhe passes. Quando só ele marcaria um golo à Messi e assistiria daquela maneira Paulinho para o golo da vitória. Além disso quatro remates dele por pouco não deram golo, alguns esbarraram ingloriamente nos defesas contrários. Claramente o inglês hoje o melhor em campo e no tempo todo, "prolongamento" incluído.

 

Primeira parte completamente do Sporting, controlando o jogo, temporizando atrás, acelerando à frente, evitando sempre faltas desnecessárias que provocasssem livres perigosos ou cartões, a chegar muitas vezes com perigo à área adversária, mas decidindo quase sempre mal. O golo foi mesmo a excepção, uma incursão de Gyökeres à linha de fundo, passe atrasado para um Bragança liberto de marcação, remate de primeira e golo.

No segundo tempo o Estrela arriscou, meteu mais um ponta de lança e com isso provocou o erro do 3-4-3 assimétrico, com Nuno Santos em parte incerta, Matheus Reis na direita a ver a bola passar e Coates e Diomande a terem de aguentar dois avançados em movimento.

Amorim soube perceber o problema, fez três substituições “fora da caixa” e ganhou o jogo. Sairam dois defesas e um ala, entraram outros dois defesas e um extremo. Com St. Juste-Diomande-Inácio o Sporting ganhou outra segurança ofensiva, com Trincão do lado de Edwards ganhou outra capacidade de penetração atacante. E a entrada de Paulinho deu o que ainda faltava, presença na área.

O golo do empate surgiu dum raide de Edwards da direita para o meio, o golo da vitória surgiu dum centro de Edwards da direita para uma concretização à ponta de lança de Paulinho. Pelo meio, e antes e depois, muitas ocasiões desperdiçadas por falta de sorte e pela noite de luxo do guarda-redes adversário.

 

Foi assim, com golos dos patinhos feios Bragança, Edwards e Paulinho, que ganhámos este jogo, o que só demonstra que todos os jogadores do plantel contam e são importantes, e que uma coisa é a crítica legítima do sócio e adepto ao desempenho de um ou outro e outra é a perseguição sistemática acintosa e estúpida, diria até o “bullying” cobarde e anónimo via redes sociais, a jogadores que vestem a nossa camisola e dos quais dependemos para os sucessos do nosso clube e para as nossas alegrias. Para quem as tem, obviamente, e talvez o problema seja mesmo esse, para alguns os dias são mesmo tristes depois da queda do amado líder e agora DJ.

Quanto à arbitragem, francamente gostei do critério largo e alérgico a palhaçadas. Soube falar com os jogadores em vez de puxar mecanicamente dos cartões com cara de fariseu ou de cadastrado, deixou jogar e valorizou o espectáculo.

Outra coisa é a falta para penálti não assinalada sobre Bragança, que o VAR deveria ter assinalado se as regras APAF são as mesmas para Benfica e Sporting. Num jogo o defesa sai com a bola controlada, o avançado baixa a cabeça e contacta com a mão do defesa, o árbitro marca penálti, o VAR nada. Noutro, o avançado com a bola dominada tenta romper, o defesa mete a mão na cara, o árbitro não marca, o VAR nada. As regras APAF são de três cores, azuis, vermelhas e verdes, o que interessa é o lado de que sopra o vento? Querem montar uma empresa independente para gerir a coisa ainda mais à vontade e maximizar o bolo a distribuir pela malta? Tenham vergonha na cara.

Finalmente, como disse Edwards, "Never give up". Já não disse, mas disse um tal Roy T. Bennett: "Your hardest times often lead to the greatest moments of your life. Keep going. Tough situations build strong people in the end.” E equipas também, acrescento eu.

 SL

Rescaldo do jogo de ontem

 

Gostei

 

Da difícil mas justíssima vitória leonina contra o Estrela. Triunfo por 3-2 num jogo cheio de emoção em que chegámos ao intervalo a vencer por 1-0. Na segunda parte, a equipa da Amadora mudou isto em dois minutos (50' e 52'), mas soubemos operar a reviravolta demonstrando toda a qualidade do nosso futebol ofensivo, com enorme capacidade de reacção, inegável robustez psicológica e boa organização colectiva. Num plantel que confirma ter fibra de campeão.

 

De Rúben Amorim. Fez as mudanças certas, mexendo na equipa quando se impunha, com atenta e competente visão de jogo. Todas as trocas mudaram o onze para melhor: Coates por Gonçalo Inácio, St. Juste por Matheus Reis, Daniel Bragança (já muito fatigado) por Paulinho, Esgaio por Trincão. Era preciso virar o resultado - e conseguimos. Mérito indiscutível do treinador.

 

De Edwards. Parecia estar a passar ao lado da partida quando assina uma jogada de sonho, à Maradona ou à Messi, marcando o nosso segundo golo - que é também, sem sombra de dúvida, o melhor do Sporting nesta temporada 2023/2024. Pegou na bola perto da linha direita e conduziu-a para o interior driblando sucessivamente quatro adversários antes de lhe surgir pela frente o guarda-redes, também impotente para o travar. Era o minuto 71': um golaço, daqueles que fazem do futebol o melhor espectáculo do planeta. Podia ter ficado por aí, mas fez mais: foi dele a assistência para o terceiro, cruzamento teleguiado para Paulinho converter de cabeça aos 79'. Assim garantimos os três pontos. Melhor em campo, o avançado inglês.

 

De Morten. Exibição em crescendo, desta vez sem o parceiro japonês a combinar com ele. Esteve bem na primeira parte, mas mostrou todo o seu talento sobretudo nos últimos 45', com recuperações, passes verticais, muita disputa bem-sucedida, travando o passo ao Estrela. Tornou-se dono do corredor central. E ainda tentou o golo, primeiro à queima-roupa (58'), depois num disparo que rasou a barra (90'+4).

 

Da estreia de Daniel Bragança a marcar nesta Liga. Com Morita ausente, coube-lhe o papel de médio de construção. Que cumpriu no essencial, tanto na progressão com bola como em passes a rasgar linhas. Mas o seu mérito principal foi no golo de meia distância - único do primeiro tempo, assinalando o seu regresso como artilheiro do campeonato, algo que não sucedia desde a Liga 2021/2022. Aos 33', com assistência de Gyökeres, levando a bola cheia de efeito a aninhar-se no canto esquerdo da baliza adversária. 

 

De Gonçalo Inácio e St. Juste. Mencionados em simultâneo por terem feito a diferença mal entraram em campo, aos 59'. Aumentaram a rapidez de reflexos e a velocidade do nosso bloco defensivo, impedindo por completo o Estrela de pôr a bola nas nossas costas. 

 

De Gyökeres. Desta vez não marcou. Mas assistiu para Daniel Bragança, depois de ter ido ganhar a bola junto à linha de fundo e foi criando desequilíbrios ao longo de todo o jogo. Espectacular, a recepção orientada aos 43' em que progride na ala esquerda deixando para trás o lateral adversário com perfeito domínio técnico. Ainda tentou o golo, atirando pouco acima da trave, aos 90'+6. Se há jogador que jamais baixa os braços, é ele.

 

Do guarda-redes do Estrela, António Filipe. Fez uma série de enormes defesas, negando o golo a três jogadores nossos: Morten (58'), Pedro Gonçalves (82') e Trincão (90'). No último lance, deu até a sensação de que a bola chegou a entrar: foi travada já praticamente para além da linha de baliza.

 

De termos conquistado 28 pontos em 30 possíveis. Mais nove do que na mesma fase do campeonato anterior. Eficácia sem margem para dúvida. Marcámos até agora em todos os jogos. Aliás estamos há 18 jornadas seguidas a marcar. Os 38.408 espectadores do desafio de ontem em Alvalade viram mais três.

 

De continuarmos sem perder. Somando as 14 rondas finais do campeonato anterior às dez decorridas deste, são já 24 desafios seguidos sem conhecermos o amargo sabor da derrota na prova máxima do futebol português.

 

De ver o Sporting cada vez mais líder. Comandamos o campeonato. Mantemo-nos no topo há cinco rondas consecutivas. Somos a única equipa invicta na Liga 2023/2024.. Ampliámos a vantagem, estando agora ainda mais isolados no posto de comando. Seguimos com mais três pontos do que os encarnados (que defrontaremos na próxima jornada, a disputar na Luz), mais seis do que a turma portista (derrotada em casa pelo Estoril) e mais oito do que o Braga. Aumentando o desgosto daqueles idiotas que, dizendo-se sportinguistas, desejavam que tudo nos fosse correndo mal porque odeiam o presidente, detestam o treinador e passam o tempo a vomitar bojardas contra os jogadores.

 

 

Não gostei

 

De sofrer dois golos. Ambos na sequência de contra-ataques rapidíssimos, com a nossa defesa em contrapé - o segundo na sequência de uma perda de bola de Pedro Gonçalves no meio-campo. E estivemos quase a sofrer outro, aos 37', quando Adán saiu muito bem dos postes, fazendo a mancha com Leo Jabá isolado à sua frente.

 

De Coates. Preso de movimentos, com reacção lenta, teve responsabilidades nos dois golos. No primeiro, provocando um penálti sem margem para discussão. No segundo, batido em velocidade, abriu uma cratera no nosso corredor central. Foi substituído de imediato. Percebe-se agora melhor por que não tem sido convocado para a selecção do Uruguai: atravessa um período de menor fulgor físico, neste caso com más consequências para o colectivo leonino.

 

Das lesões de Geny e Morita. Nem chegaram a sentar-se no banco - onde se estreou o jovem Quenda, com apenas 16 anos mas já estrela da formação. Os dois internacionais fazem falta ao nosso onze titular. Haveremos de perceber isso ainda melhor quando estiverem ausentes ao serviço das selecções de Moçambique e do Japão.

 

Dos assobios. Voltamos ao mesmo: vários daqueles que antes de começar o jogo cantam a plenos pulmões «Farei o que puder / pelo meu Sporting» são os primeiros a vaiar os jogadores quando as coisas não estão a correr bem. Uma vez mais, lá se ouviram os malfadados assobios no nosso estádio quando o Estrela marcou o segundo golo e ficámos temporariamente na mó de baixo. Que raio de "apoio" este: se querem assobiar, façam-no lá em casa, fechados no chuveiro.

Ai coração!

Há uns anos (aponto para 1995 - depois de diversas chamadas de atenção de comentadores para o erro da data), no velhinho Estádio José de Alvalade, o Sporting recebeu o Estrela da Amadora, numa tarde de muita chuva.

O Sporting jogou bem e mereceu ganhar, mas os deuses da bola fizeram com que o Estrela fosse uma vez à nossa baliza e marcasse. Creio, se a memória não me falha, que o jogador que marcou chamava-se Mário Jorge que no final da época se transferiria para Alvalade onde não teve sucessso. Enfim, o costume...

Relembro este episódio porque, morando eu na ventosa cidade da Amadora, nunca fui adepto do clube da cidade. E desde aquela tarde... então ainda menos!

Lembrei-me disto este fim de tarde a caminho do estádio quando me encontrei com a claque do Estrela. Temi o pior, nem sei porquê, já que o Sporting de hoje é substancialmente diferente do daquele tempo. Para melhor!

E nem mesmo termos começado ao inverso do que costumamos jogar me retirou confiança!

Porém, a determinada altura na segunda parte, olhei para o enorme ecrã e vi o tempo já decorrido: 68 minutos. Invadiu-me uma certa tristeza e aquele estúpido receio de que a história se pudesse vir a repetir!

Felizmente temos um Rúben Amorim e óptimos jogadores no banco de suplentes que ao entrarem em campo mostraram de que raça são feitos.

De 1 a 2 passámos para o empate com um golo de antologia e que ficará com toda a certeza registado nos olhos dos 38.408 espectadores presentes. Depois o Paulinho, "à Liedson", resolveu a partida a nosso favor.

Até o árbitro terminar o jogo o meu coração quase explodiu com tanta emoção! Mas valeu a pena!

Amanhã à noite em Alvalade

Depois duma vitória concludente em Alvalade para a Taça da Liga, segue-se no mesmo estádio o Estrela da Amadora, último confronto antes da visita à Luz.

Rúben Amorim tem apostado em alargar o plantel. Os cinco jogos extra-Liga realizados deram oportunidades e minutos a muitos, uns aproveitaram melhor do que outros. Apenas Callai, Muniz e Ribeiro continuam sem calçar.

 

Na baliza, Adán dá garantias, Israel sofre pelo excesso de banco mas tem escola e qualidade, e Callai espera tranquilamente o momento de lançamento.

Na defesa, com o regresso de St.Juste (que as lesões sejam coisa do passado, porque é do melhor que por aqui passou) nunca estivemos tão bem. Com ele, Diomande, Coates, Inácio, Matheus Reis e Neto. Um luxo. Quaresma parece ser carta fora do baralho. Há quatro anos todos diriam que era melhor do que o Inácio, a maneira de ser dum e doutro fez a diferença. Muniz passou por uma lesão e está sem jogar.

Nas alas, Catamo veio resolver o problema da saída a jogar pela ala quando pressionados, coisa que Porro fazia muito bem, e que nem Esgaio nem Nuno Santos conseguem fazer. Fresneda, com os seus 19 anos, parece condenado a uma época de adaptação e aprendizagem, sem hipótese de titularidade. Matheus Reis cumpre na posição.

Na linha média, Hjulmand e Morita, este quando está bem fisicamente, o que com a selecção do Japão a dar cabo dele é complicado assegurar, dão conta do recado. Já Bragança está muitos furos abaixo nas tarefas defensivas, e já nem falo na incapacidade de rematar de primeira e marcar golos. Essugo, com 18 anos, não consegue ter rendimento quando chamado. Quem o viu nestes dois jogos não faz ideia do valor que está ali. Precisa de sair para jogar como fizeram Mateus Fernandes e Samuel Justo. Este é claramente o sector mais fraco da equipa, a precisar de reforço no mercado de Inverno, mas a subida no terreno de Inácio pode resolver muita coisa e evitar que Pedro Gonçalves saia do seu "sítio".

Nos interiores, com o "regresso" de Trincão, e com Pedro Gonçalves, Edwards, e o próprio Catamo, Paulinho também pode jogar ali, Moreira vem de lesão e está sem jogar mas merece novas oportunidades, temos mais um sector muito bem preenchido.

Nos pontas de lança temos o "abono de família" Gyökeres e o sempre esforçado, mas limitado em termos de instinto matador, Paulinho. Rodrigo Ribeiro continua o seu percurso na B sem deslumbrar nem "exigir" oportunidades na A.

 

Para amanhã parece-me que Amorim volta ao que considero melhor onze do momento, num 3-4-3 versátil e assimétrico pelos adiantamentos de Catamo e atenção defensiva do outro ala, para um futebol controlado e eficaz na conquista dos 3 pontos, mais próximo do que vimos no Bessa do que contra o Farense.

Ou seja,

Adán; Diomande, Coates e Inácio; Catamo, Hjulmand, Morita e Matheus Reis; Edwards, Gyökeres e Pedro Gonçalves.

SL

Prognósticos antes do jogo

Amanhã às 20.30, novamente na véspera de um dia de trabalho, cumpriremos a nossa prestação da 10.ª jornada desta Liga 2023/2024. Que começou muito bem, com a vitória do Estoril (0-1) no Dragão: o lantena vermelha do campeonato bateu o pé ao medíocre conjunto ainda liderado por Sérgio Conceição.

E qual será o desfecho deste Sporting-Estrela da Amadora? Aguardo os vossos prognósticos.

{ Blogue fundado em 2012. }

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