Desta vez houve dois vencedores, que aproveito já para saudar: Blackrock Lion e Edmundo Gonçalves.
Acertaram ambos no triunfo do Sporting por 3-0 ao Estoril na Amoreira. Com o primeiro a antever um golo de Daniel Bragança e o segundo antecipando um golo de Geny.
Vitórias na nossa sétima ronda de prognósticos da temporada registadas após aplicação do critério de desempate. Que relegou para segundo plano vários outros leitores que também previram o resultado mas falharam nos nomes dos artilheiros: AHR, Carlos Estanislau Alves, Carlos Silva, José Vieira, Júlio, Leão de Queluz, Leoa 6000, Manuel Parreira, Maximilien Robespierre, Tiago Oliveira e Verde Protector.
Aproveito para cumprimentar, em especial, o meu colega Edmundo Gonçalves. Que vence pela terceira jornada consecutiva. Caso muito raro nestas rondas, existentes há 12 anos no És a Nossa Fé.
Da nossa sétima vitória em sete jornadas. Já somamos 21 pontos neste que está a ser o melhor início de campeonato do Sporting desde a remota época 1990/1991, quando o treinador era o saudoso Marinho Peres. Ontem à noite a vítima foi o Estoril: fomos lá vencer 3-0. Agora não houve "vento" na Amoreira, como daquela vez em que o "mestre da táctica" saiu de lá derrotado por 0-2. Que diferença entre esse tempo e o actual...
De Geny. Melhor em campo. Devolvido à posição em que mais rende, como médio-ala direito, venceu quase todos os confrontos individuais com Wagner Pina, provocando constantes desequilíbrios. E foi ele a furar a muralha hiper-defensiva do Estoril abrindo o marcador aos 25' com oportuna incursão na área, muito bem servido por Matheus Reis. Foi também ele a iniciar o segundo golo, com um lançamento lateral que funcionou como pré-assistência. Actuando na ala esquerda desde o minuto 75, com a entrada de Quenda, ainda protagonizou forte remate (83') à malha lateral.
De Trincão. Não marcou, mas assistiu para dois golos - o segundo e o terceiro. E foi ele o maior desequilibrador leonino, com os seus dribles estonteantes, dando espectáculo no relvado estorilista. Aos 44', no seu ângulo preferido, da direita para a esquerda, enviou a bola ao ferro. Cada vez com mais liberdade de movimentos exibe qualidade e confiança. É uma das grandes figuras deste Sporting que ambiciona o primeiro bicampeonato em 70 anos.
De Morita. Parece estar em vários lugares ao mesmo tempo e ocupar diversas posições, tão grande é a sua mobilidade. Quase marcou ao picar a bola, logo aos 15'. Actuando em posições mais adiantadas, foi um constante desequilibrador. Aos 31', estreou-se como artilheiro na Liga 2024/2025 ao marcar o nosso segundo, de pé esquerdo - com assistência do pé direito de Trincão, que é canhoto. Golo mais que merecido.
Da entrada de Daniel Bragança. Entrou aos 58' para render Morten - poupado em parte já a pensar no embate da próxima terça-feira na Holanda, frente, ao PSV, para a Liga dos Campeões. Com braçadeira de capitão, o médio formado em Alcochete exibiu inteligência táctica e destreza técnica, impondo posse de bola e temporização nos lances. Com forte presença na área, foi recompensado com a marcação do golo que fixou o resultado quase ao cair do pano, aos 90'+1.
Da estreia de Maxi Araújo a titular. Cumpriu como interior esquerdo, aproveitando ausência de Pedro Gonçalves: boas movimentações, bom toque de bola. Falta-lhe reforçar a condição física: aos 58', já exausto, deu lugar a Harder.
Dos regressos de Gonçalo Inácio e Eduardo Quaresma. Ambos vindos de lesões, não só foram convocados como saltaram do banco para ganharem ritmo competitivo: Gonçalo aos 58', Eduardo aos 83'.
Da solidez defensiva. Com Israel no seu quarto jogo seguido como titular entre os postes, acabamos de cumprir a sexta partida consecutiva sem sofrer golos - há quase 600 minutos que mantemos as nossas redes intactas em desafios do campeonato.
De termos disputado 28 jogos em sequência sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 16 triunfos nas últimas 17 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.
De ver o Sporting marcar há 49 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.
Do árbitro. João Gonçalves acompanhou sempre de perto os lances, adoptou o chamado critério largo que é padrão nas partidas da Champions, foi equitativo nas decisões e evitou ser a figura do encontro, ao contrário do que ainda acontece com alguns colegas seus.
Da forte presença leonina nas bancadas. Com tantos adeptos, até parecia que jogávamos em casa.
Deste nosso início de época.Um dos melhores de sempre, sem sombra de dúvida. Os números confirmam: 25 golos marcados, apenas dois sofridos. Melhor ataque, melhor defesa. Desde 1950/1951 que não facturávamos tanto nas primeiras sete rondas. Ainda não vencemos, até agora, por menos de dois golos de diferença. Temos a equipa mais forte do campeonato português. Quem ainda não percebeu isto deve viver noutro planeta.
Não gostei
Da segunda parte. Sem o brilhantismo nem a superioridade evidente que mostrámos na primeira, certamente já a poupar energias para o importante jogo de terça em Eindhoven.
De ver Pedro Gonçalves ainda fora da convocatória. Mantém-se lesionado, nem sequer viajará para a Holanda.
Que Gyökeres saísse com queixas físicas. Desta vez o craque sueco não marcou, embora continue a liderar com larga vantagem a lista dos artilheiros da Liga 2024/2025, com dez golos facturados. Mal saiu, aos 75', foi-lhe aplicado gelo no joelho direito. Oxalá não seja nada de preocupante.
Da pirotecnica. A SAD leonina voltará a ser multada devido à actuação irresponsável de membros de duas claques. Pelo menos duas tochas foram arremessadas para o relvado. Estes imbecis deviam estar fora dos recintos desportivos: é preciso haver mão dura para eles.
Grande 1,ª parte do Sporting ontem na Amoreira, manietando completamente o adversário num jogo posicional de autor, marcando dois golos e desperdiçando mais dois ou três, tudo isto com um Gyokeres em sub-rendimento.
Segunda parte bem diferente. A deslocação a Eindhoven começou a ficar na cabeça de muitos, a bola deixou de circular como antes e o Estoril começou a ficar confortável no jogo.
Ainda tiveram meia oportunidade de golo mas uma tripla substituição no Sporting tudo fez voltar ao normal: oportunidades de golo a sucederem-se e grande golo de Bragança, um dos que começaram no banco.
Melhor em campo? Morita, o samurai recuperou do "jet-lag".
Arbitragem? Impecável. O CA/Apaf que explique as bolas na mão versus as cores das camisolas dos potenciais beneficiários das mesmas.
E agora? Um enorme desafio em Eindhoven, a equipa campeã dos Paises Baixos, muito sólida e rotinada, joga em casa, não vamos ter nem Pote nem Edwards, vai ser muito complicado.
PS: Perguntaram ao Catamo: Mas então o que correu mal na 2 parte ? Respondeu ele que as análises eram com o mister e o staff, ele estava focado era no próximo jogo. E assim se percebe porque alguns conseguem e outros não.
Jornada 7 do campeonato: vamos jogar amanhã, a partir das 20.15, contra o Estoril na Amoreira. A expectativa dos adeptos leoninos é tão grande que os bilhetes disponíveis para apoiar a nossa equipa, enquanto visitante, esgotaram-se em apenas cinco minutos.
Venho pedir-vos prognósticos para este desafio. Lembrando que o Estoril-Sporting da época anterior, realizado em Maio, terminou com vitória tangencial: fomos lá vencer por 1-0, graças a um golo de Paulinho, já com o título conquistado. Em casa, quatro meses antes, havíamos cilindrado os canarinhos da Linha de Cascais por 5-1.
Paulinho celebra o golo que nos valeu mais três pontos, com estádio da Amoreira a transbordar
Foto: Rodrigo Antunes / Lusa
Após dias de apoteose e festejos, confirmada a nossa conquista do campeonato nacional de futebol, entrámos em campo descontraídos. Não era jogo só para cumprir calendário, esta nossa deslocação ao Estoril - mas até parecia. De tal modo que a primeira parte se foi disputando em ritmo lento, quase a passo. Noutro contexto, os adeptos que enchiam o estádio da Amoreira talvez ficassem descontentes. Mas desta vez deixaram passar. Só houve tempo, espaço e vontade para aplaudir a equipa.
O Estoril também estava tranquilo. Acabara de assegurar a permanência no primeiro escalão do futebol português, facto que recompensava o esforço da equipa, de inegável qualidade. Por isso não faltou quem estranhasse que nesta recepção ao Sporting os "canarinhos" se apresentassem com excessivas cautelas defensivas, num bloco compacto e muito baixo, sem tentarem discutir o resultado. Agarrados à perspectiva de conservarem o empate a zero à medida que os minutos se escoavam.
Se não era, pelo menos parecia. Durante quase toda a primeira parte mal incomodaram a baliza leonina, desta vez entregue a Diogo Pinto, formado na Academia de Alcochete e em estreia absoluta na equipa principal. Mas antes do apito para intervalo o jovem guardião de 19 anos apanhou um susto ao ver a bola embater num poste.
Da nossa parte, quase nada. Gyökeres, vigiado de muito perto por Pedro Álvaro, parecia metido num colete de forças: mal conseguia espaço de manobra. Quando enfim se libertou, aos 37', serviu de bandeja Daniel Bragança, mas o jovem médio desperdiçou a oferta, atirando muito por cima.
Havia que alterar alguma coisa. E assim fez o treinador leonino. Aos 57' mandou sair Matheus Reis, trocando-o por Nuno Santos, e Daniel Bragança, que cedeu lugar a Paulinho. Notou-se logo a mudança: a equipa tornou-se mais veloz, mais objectiva, mais acutilante. Foi apertando o Estoril, condicionando-lhe não só o espaço de manobra como a própria lucidez táctica. Estava escrito que o Sporting não sairia da Amoreira sem os ambicionados três pontos.
Avisos da reviravolta em curso não faltaram. Saídos dos pés de Esgaio (62'), Gyökeres (63') e Trincão (76'). Nenhum deles marcou devido a extraordinárias defesas de Marcelo Carné: o brasileiro parecia travar tudo, naquela tarde de sábado, dia 11, em que disputámos o penúltimo desafio do campeonato em curso.
Mas nem ele foi capaz de impedir o golo concebido e executado pela dupla que havia saltado do banco - a mesma que já brilhara na partida anterior, contra o Portimonense. Cruzamento milimétrico de Nuno Santos e finalização perfeita de Paulinho com o seu pé menos bom, o direito. Nona assistência de Nuno, 14.º golo do avançado nesta Liga 2023/2024. Números que dizem muito do desempenho de ambos.
O Estoril ainda tentou reagir, em busca do empate, mas mostrou-se incapaz de transformar este desejo em realidade. Os caminhos para a baliza leonina estavam tapados, mesmo sem o nosso maior recuperador de bolas em campo: Morten foi poupado. Ainda houve tempo para Rúben Amorim dar minutos a outro miúdo da nossa formação, Miguel Menino, em estreia pela "equipa grande" logo com o título de campeão nacional. Um dos 28 actuais leões que até à data se podem orgulhar disso.
Repetiu-se o padrão: festa no relvado, festa nas bancadas, milhares de adeptos felizes a celebrar a vitória e a refestejar o título. E dois novos recordes superados, comprovando que não era jogo a feijões: atingimos a nossa maior pontuação de sempre num campeonato: 87, superando a marca de 2016. E batemos o nosso recorde de vitórias na prova máxima do futebol português: 28 em 33 partidas. Apenas doze pontos desperdiçados desde Agosto.
Mérito de Amorim e dos jogadores que formam uma das melhores equipas leoninas de todos os tempos. Ainda a vemos intacta e já começamos a sentir saudades dela.
Breve análise dos jogadores:
Diogo Pinto - Estreia absoluta na nossa equipa principal, face às ausência por lesão de Adán e Israel. Talvez tenha temido, mas não tremeu.
Diomande - Tarde tranquila na Amoreira, acorrendo às dobras de Esgaio. Por vezes a brilhar, como aconteceu aos 89'.
Coates - Fez valer a experiência. Corte providencial aos 2', grande intercepção aos 88'. Tentou o golo, cabeceando ao lado (90'+2).
Gonçalo Inácio - Pareceu demasiado descontraído e algo desconcentrado, sobretudo no primeiro tempo. Depois melhorou.
Esgaio- Bom passe ofensivo aos 37'. Disparo com selo de golo aos 62', testando reflexos do guarda-redes Carné. Saiu aos 89'.
Daniel Bragança - Não esteve nos seus dias mais inspirados. Desperdiçou oferta de Gyökeres atirando por cima (37'). Saiu aos 57'.
Morita - Pareceu ressentir-se da ausência de Morten, seu parceiro mais habitual. Aos 90'+1 cedeu lugar a Koba.
Matheus Reis - Regressou ao onze titular mais de um mês depois. Actuação demasiado discreta. Saiu aos 57'.
Trincão - Grande lance individual aos 29': passou por quatro. Disparou tiro com pé-canhão: foi quase golo (79').
Pedro Gonçalves - Algo errante, pareceu alheado do jogo. Atirou muito por cima (11'). Entregou bola (27'). Substituído aos 89'.
Gyökeres- Libertou-se enfim da marcação para rematar uma bomba aos 63': Carné defendeu in extremis. Iniciou construção do golo.
Nuno Santos - Entrou aos 57', substituindo Matheus. Grande cruzamento aos 62'. Outro ainda melhor, aos 81': a bola entrou.
Paulinho - Substituiu Daniel Bragança (57'). Faltava desatar o nó: ele conseguiu, marcando golo solitário. Melhor em campo.
Menino - Jogador da formação, teve estreia absoluta na equipa A ao render Pedro Gonçalves, aos 89'.
Fresneda - Entrou para o lugar de Esgaio aos 89'. Rendeu quase nada, continua sem deslumbrar.
Koba - Substituiu Morita aos 90'+1. Entrou só para queimar algum tempo. Muito aplaudido no seu antigo estádio.
Do triunfo leonino. Fomos à Amoreira vencer o Estoril - equipa nada fácil, que nesta época derrotou três vezes o FC Porto e eliminou o Benfica da Taça da Liga. Quem esperava muitas facilidades da turma anfitriã estava equivocado. Acabou por ser uma das partidas mais difíceis para o Sporting nesta segunda volta do campeonato. Com triunfo pela margem mínima: 1-0.
De Paulinho. Melhor Leão em campo. Merece este destaque, pois foi ele a marcar o nosso golo solitário. Aconteceu apenas aos 81', quando alguns adeptos leoninos já começavam a conformar-se com o empate a zero. Estava escrito que seria o avançado minhoto a desbloquear a partida. Fê-lo com muito sentido de oportunidade, acorrendo ao segundo poste e metendo-a lá dentro com o pé direito, o menos bom. O seu 14.º golo neste campeonato.
De Nuno Santos. Saltou do banco aos 57' e notou-se logo a diferença. Esticou o jogo, acelerou-o, deu-lhe acutilância em domínio total do nosso corredor esquerdo. Voltou a ser influente num golo ao fazer o cruzamento de que resultou a emenda de Paulinho para o fundo das redes. protagonizando a sua nona assistência nesta Liga.
De Rúben Amorim. Excelente leitura de jogo do nosso treinador, que não se conformou com a toada morna e algo inconsistente da equipa e tratou de a dinamizar com as primeiras substituições, ambas aos 57'. Paulinho rendeu Daniel Bragança, Nuno Santos entrou para o lugar de Matheus Reis. Cedo se viu a diferença. Não por acaso, foram eles a fabricar o nosso golo. Confirmando a argúcia do técnico.
De ver o Sporting marcar há 41 jogos consecutivos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde a Liga anterior - além das 33 jornadas já cumpridas nesta. Números impressionantes, próprios de equipa campeã.
Do guarda-redes da turma visitante. Grande exibição de brasileiro Marcelo Carné. Impediu pelo menos três golos: de Esgaio (62'), Gyökeres (63') e Trincão (76'). Merece ser destacado como melhor em campo.
Do nosso guarda-redes.Estreia absoluta de Diogo Pinto como guardião da equipa principal do Sporting - e logo como titular, devido às ausências por lesão de Adán e Israel. Algo nervoso de início, como era de prever, deu boa conta do recado. Cumprindo no essencial: manteve as nossas redes invioladas. É o início de uma longa caminhada que pode ser cheia de outros triunfos para este jovem de 19 anos que chegou à Academia de Alcochete com apenas 12.
Da estreia de Miguel Menino. Outro caloiro na equipa principal após 23 jogos cumpridos no Sporting B. Também ele oriundo da Academia leonina, onde cumpriu todos os escalões de formação. Entrou só aos 89', rendendo Pedro Gonçalves. Mas - com apenas 21 anos - ainda a tempo de inscrever o seu nome entre os campeões desta gloriosa época 2023/2024.
De estarmos há 20 jogos sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota aconteceu na distante jornada 13, disputada em Guimarães, a 9 de Dezembro. Há cinco meses.
De já termos marcado 137 golos em 2023/2024. Destes, 93 foram nas 32 jornadas da Liga até agora disputadas. A nossa melhor marca goleadora do último meio século.
Do Estoril. Boa réplica da equipa do concelho de Cascais, que garantiu com inteira justiça a manutenção na primeira Liga. Merece, pois pratica bom futebol, tem jogadores muito talentosos (incluindo o nosso Mateus Fernandes, cedido nesta época por empréstimo e prestes a voltar a Alvalade) e um treinador digno de elogio, Vasco Seabra.
Da onda verde. Estádio cheio, com fortíssima presença leonina em todas as bancadas. Em ambiente festivo, prolongando a nossa comemoração do título. Destaque para a "guarda de honra" prestada pela equipa adversária aos jogadores do Sporting antes da partida - gesto de inegável desportivismo que merece prolongado aplauso.
Não gostei
Do 0-0 ao intervalo. Já nos desabituámos de chegar sem golos marcados ao fim do primeiro tempo. Foi uma das raras ocasiões em que isto aconteceu ao longo da época.
De uma certa falta de intensidade. Com o campeonato conquistado, a nossa equipa actuou até ao intervalo num ritmo mais lento e descontraído do que nos foi habituando. Amorim certamente não gostou deste desempenho que denotou falta de pressão competitiva. O segundo tempo foi francamente melhor.
De Matheus Reis. Voltou a integrar o onze titular mais de um mês depois. Mas este jogo serviu para confirmar que Nuno Santos, ocupando a mesma posição, é francamente superior ao lateral que veio do Rio Ave.
Jogo de fim de época na Amoreira, pelo menos na 1.ª parte. As duas equipas confortáveis na classificação, tudo em termos de ataque muito previsível e facilmente anulado. O sueco parecia alérgico ao sol do Estoril.
Na 2.ª parte o Sporting acordou da letargia e o guarda-redes do Estoril começou enfim a ter trabalho. Mas foi apenas com as entradas de Nuno Santos e Paulinho que as oportunidades claras de golo começaram a acontecer. Duma excelente assistência de Nuno Santos, Paulinho facturou e resolveu o encontro. Mais uma vez, e já perdi a conta a quantas vezes esta época e nas anteriores. Há quem tenha saudades do Montero, se calhar até do Barcos, eu cá vou ter do Paulinho se ele realmente sair no final desta época.
Sobre Diogo Pinto, em estreia na baliza pela equipa principal, confirmou o que vi dele na equipa B: alto, sóbrio, eficaz. Claro que na equipa B tinha muito mais trabalho do que teve hoje na Amoreira. Melhor que Callai? Diferente, o futuro dirá qual deles chegará mais longe.
Melhor em campo? Paulinho.
Arbitragem? Do melhor da Liga 3.
E agora? Ganhar ao Chaves e chegar aos 90 pontos. Depois logo se vê.
Vem aí mais um jogo, para cumprir calendário. É o Estoril-Sporting, com início às 18 horas deste sábado (excelente hora, excelente dia).
Escrevi acima que será só para cumprir calendário porque já nos sagrámos campeões nacionais de futebol, duas jornadas antes do fim. Mas talvez não seja bem assim. Ainda há seis pontos em disputa - e este Sporting de Frederico Varandas e Rúben Amorim ainda pode bater o recorde de pontuação: temos 84 pontos, podemos chegar aos 90. O melhor que conseguimos até hoje foi em 2016, era Jorge Jesus o treinador. E, claro, Viktor Gyökeres pode reforçar o estatuto de artilheiro do campeonato: lidera a lista, com 27 golos (média: 0,89 por jogo), muito à frente de Banza, do Braga, que tem 21.
Vale a pena recordar também: no desafio da primeira volta, em Alvalade, goleámos por 5-1. Sem esquecer o Estoril-Sporting da época passada: terminou 2-0. Golos de St. Juste e Edwards.
Venho fazer-vos a pergunta habitual, pela 33.ª vez nesta época: qual será o resultado desta partida, que terá casa cheia na Amoreira?
Sp. Braga e Estoril vão ser os finalistas na Taça da Liga, para desconsolo de muitos Sportinguistas e Benfiquistas que já têm o bilhete na mão e não sabem o que lhe fazer.
E a verdade é que dos três grandes foi o Sporting que menos mereceu estar fora da decisão, não me recordo duma derrota com três bolas aos ferros e mais seis ou sete oportunidades flagrantes para marcar. Saiu a sorte grande ao clube minhoto.
Obviamente que todos os Sportinguistas ficaram desiludidos pela derrota, pelo desempenho de um ou outro, pelas substituições que nada acrescentaram, mas mais uma vez logo veio a corja do costume, alguma que se diz Sportinguista, achincalhar treinador e jogadores, falar em falta de estofo, nos resultados contra "as equipas mais difíceis", como antes do clássico contra o FC Porto vieram elencar estatísticas como se as mesmas ganhassem jogos.
A central de contra-informação dum rival continua a inovar, é a multiplicação de nicks para debitar as mesmas tretas, é a invocação de sportinguismo no nick nunca coincidente com o comentário, é a ignorância da realidade dos jogos mascarada por conhecimento de wikipédia, agora é o roubo canalha de identidade tendo como alvo os comentadores mais fiéis do blogue.
São eles os cães.
As hienas estão bem representadas na tasca do ex-candidato aos órgãos sociais do clube, numa lista com muitos admiradores do padrinho do norte, aquele da central de contra-informação acima referida.
Sobre o jogo, Hjulmand resumiu bem no Instagram tudo o que haveria por dizer. "Merecíamos mais. Estou muito orgulhoso de pertencer a esta equipa e a este clube."
Como eu tenho o maior orgulho de ser do Sporting, ter o Rúben Amorim como treinador e poder contar com este plantel e com um leão em campo como Hjulmand.
Os cães ladram, as hienas chiam e os leões passam.
O nosso Mateus Fernandes, agora emprestado ao Estoril, está de parabéns. Fez excelente exibição ontem, na meia-final da Taça da Liga, contribuindo para eliminar o Benfica. Neste sábado, vai defrontar o Braga. Estarei a torcer por ele, naturalmente.
Daí contarem com o meu apoio. Até porque a conquista desta taça valorizará muito Mateus Fernandes - que espero voltar a ver com a verde e branca novamente vestida na temporada 2024/2025. Há lugar para ele no principal plantel do Sporting, claro que sim.
P. S. - Um tal Marcos Leonardo, recém-contratado pelo Benfica e enaltecido pela imprensa colaboracionista da Luz como se fosse a última coca-cola no deserto, falhou ontem um penálti, contribuindo para a eliminação dos encarnados. Parece ser um "craque" à dimensão do Cabral dos 20 milhões.
Houve muitos prognósticos, mas ninguém acertou em cheio. Embora os meus amigos e colegas de blogue José da Xã e Edmundo Gonçalves tenham previsto o triunfo leonino por 5-0. Faltou-lhes prever o golo de honra já tardio da turma estilista. E também não acertaram nos marcadores dos golos.
Gyökeres assistiu, Edwards marcou: duas figuras em destaque máximo numa grande exibição leonina
Foto Lusa
Havia algum receio, entre os adeptos leoninos, em torno desta visita do Estoril a Alvalade. Com alguma lógica: os canarinhos já tinham vencido o FC Porto no Dragão (em Novembro) e eliminado os portistas da Taça da Liga (em Dezembro). Carrascos de Sérgio Conceição em duas provas diferentes.
Mas foi rebate falso: a turma orientada por Vasco Seabra vergou-se desde o primeiro minuto ao domínio absoluto do Sporting num jogo que se saldou pela nossa quinta vitória consecutiva. E nona em casa neste campeonato, em que ainda não perdemos qualquer ponto na condição de equipa visitada.
Este domínio, note-se, ocorreu mesmo estando desfalcados de três titulares habituais: Diomande, Morita e Coates. Os dois primeiros agora ao serviço das respectivas selecções, enquanto o internacional uruguaio recupera de uma lesão que ainda o impediu de actuar.
As notícias sobre as supostas dificuldades que o Estoril poderia criar-nos eram manifestamente exageradas. O que se reflectiu no marcador: 5-1, mais duas bolas aos ferros (por Edwards e Trincão) e um punhado de oportunidades desperdiçadas do nosso lado. Desde a vitória por 5-0 ao Braga há onze meses, no campeonato anterior, não criávamos um resultado tão desnivelado. Com sete flagrantes oportunidades de golo.
Foi a segunda maior goleada na Liga protagonizada por Rúben Amorim como treinador do Sporting. E a sua maior na prova agora em curso. Bem demonstrativa da saúde anímica de que a equipa goza quando falta apenas uma jornada para concluir a primeira volta da mais importante competição do futebol português.
Gyökeres desta vez não assistiu, mas fez três passes para golo e contribuiu para os dois restantes. Melhor jogador da LIga 2023/2024, vai construindo rapidamente a sua lenda em Alvalade. Quando partir, será lembrado por longos anos.
É ele quem municia Edwards nos dois primeiros - fixando o 2-0 ao intervalo. No terceiro, ao contrário do que alguns imaginavam, acelerámos ainda mais o ritmo e o caudal ofensivo. Com golos de Pedro Álvaro (autogolo, desviando remate de Nuno Santos), Pedro Gonçalves e Trincão (também este com assistência de Gyökeres).
Já marcámos 37 neste campeonato - mais seis do que o Benfica, mais 14 do que o FC Porto. Revelando a maior veia goleadora à 16.ª jornada em campeonatos deste século. Só no de 1995/1996 conseguimos mais nesta fase da competição.
Tudo estaria perfeito se não tivéssemos sofrido um golo, aos 82' em lance de bola parada. O Estoril ficou-se por aí, mas há certamente algo a rever na nossa organização defensiva em jogadas como esta.
Não deixa de ser mero pormenor quando se triunfa por margem tão categórica como anteontem nos aconteceu. Com uma nota de optimismo suplementar: esta é apenas a oitava vez em que contamos só por vitórias os desafios disputados em casa para o campeonato. Em seis das anteriores ocasiões conquistámos o título: aconteceu em 1947, 1949, 1954, 1970, 1974 e 1980. Vai sendo tempo de voltar ao mesmo.
Desenha-se uma tendência. Em que todos acreditamos cada vez mais. Até alguns cépticos que aqui apareciam no início da época a resmungar com quase tudo. Esses ou mudaram de opinião ou foram pregar para outras paragens. Sem deixar saudades.
Breve análise dos jogadores:
Adán - Atento, com bons reflexos, fez defesas seguras aos 20' e aos 70'. Negou o golo aos 78'. Nada podia fazer na recarga de Cassiano que aos 82' fixou o 5-1 final, reduzindo para o Estoril.
Eduardo Quaresma - Titular como central à direita, decidiu tudo com processos simples. Muito concentrado, respondeu com eficácia às investidas estorilistas pelo seu corredor.
Gonçalo Inácio - Supriu ausência de Coates, voltando ao onze. Assumiu-se sem complexos como patrão da defesa. Cortes preciosos. Só lhe faltou o golo, que tentou duas vezes (2' e 42').
Matheus Reis - Mais discreto mas não menos eficaz do que os seus colegas no trio de centrais. Melhor momento, aos 42': centro quase junto à linha final, para Gonçalo, com selo de golo.
Geny - Titular antes de rumar a Moçambique, ao serviço da selecção. Grande recuperação aos 47'. Desperdiça ao atirar por cima (57'). Aos 71', passou da ala direita para a esquerda.
Morten - Outro regresso após um jogo de castigo. Passes a rasgar, verticais, de olhos lá na frente. Chegou para as encomendas como médio defensivo, desta vez sem Morita ao lado.
Daniel Bragança - Com o colega nipónico a representar a selecção do seu país, saiu-se bem como médio ofensivo titular. Grande desmarcação para Nuno Santos (26'). Não falhou um passe.
Nuno Santos - Impetuoso, às vezes em excesso. Nele, a emoção sobrepõe-se à razão. Provocou dois cantos disparatados (24' e 43'). Mas interveio, com sorte, na jogada do terceiro golo.
Edwards - Assistido a dobrar por Gyökeres, não vacilou: marcou os dois primeiros (21' e 45'+2). Rasou o poste num remate cruzado (33'). Mandou um petardo ao poste (75'). Grande exibição.
Pedro Gonçalves - Tirou do chapéu toda a construção do quarto golo, aos 69', conduzindo a bola muito bem dominada durante 25m. Quando já tinha recuado, actuando como médio.
Gyökeres - Assistiu (21', 45'+2 e 78'). Serviu num lançamento lateral Nuno Santos no que viria a ser o golo 3. E arrastou marcações no quarto. É já o rei das assistências do campeonato.
Trincão - Entrou aos 52', substituindo Bragança. Jogou na meia esquerda do ataque, posição em que mais rende. Marcou o golo mais vistoso, o quinto. Em estreia como artilheiro nesta Liga.
Neto - Substituiu Quaresma aos 71'. Manteve a nossa defesa isenta de sobressaltos usando a veterania como factor de segurança. Grande abertura para Paulinho aos 84'.
Dário - Rendeu Morten aos 71'. Vem exibindo mais confiança e maior destreza técnica. Grande recuperação aos 76', sublinhada com aplausos dos 37.400 espectadores.
Esgaio - Substituiu Nuno Santos aos 71'. Ajudando a fechar o nosso corredor direito, enquanto Geny transitava para a esquerda. Seguro, sem inventar nem improvisar.
Paulinho - Saltou do banco aos 81' para render Edwards. Aos 84' desperdiçou flagrante oportunidade de marcar, muito bem servido por Neto.
Da goleada de ontem em Alvalade. Recebemos o Estoril, que estava em nono no campeonato. Mas não lhe demos a menor hipótese, mesmo tratando-se da mesma equipa que, com toda a justiça, venceu o FC Porto no Dragão em Novembro e no mês seguinte eliminou os portistas da Taça da Liga, sem margem para discussão. Mostrando ser de uma fibra muito diferente, o Sporting cilindrou ontem a turma estorilista, vencendo por 5-1. Foi, até agora, o resultado mais volumoso neste campeonato da nossa equipa, que respira e transmite confiança.
Da superioridade leonina. Entrada de leão do onze comandado por Rúben Amorim: começámos logo de pé no acelerador e mostrámos desde o primeiro lance ter enorme vontade de vencer para manter pressão máxima sobre os emblemas rivais - e resultou, pois logo a seguir o FC Porto voltou a tropeçar, desta vez empatando no Bessa. Tudo está resumido neste excelente título do SAPO Desporto: «Sporting passeia classe, goleia Estoril e segue firme no topo». Domínio absoluto à 16.ª jornada.
De Gyökeres. Novamente o homem do jogo, novamente o melhor em campo. Começam a estar gastos os adjectivos que definem cada actuação do avançado sueco, sem discussão a grande figura desta Liga 2023/2024. Desta vez não marcou nenhum dos nossos cinco golos, mas assistiu em quatro - num deles com as mãos, em lançamento da linha lateral (o terceiro, para Nuno Santos, aos 51'). Extraordinária exibição, extraordinário desempenho: é a pedra angular deste Sporting que vai caminhando, jornada a jornada, para se sagrar campeão nacional de futebol. Segue com 18 golos e oito assistências: é um craque.
De Edwards. Marcou o primeiro (e também o segundo) golo do futebol português neste ano civil recém-inaugurado. Estava lá, no momento certo e no local certo. Para encaminhar a bola na direcção correcta. Em ambas, assistido por Gyökeres (21' e 45'+2, no último lance da primeira parte). Alguns dirão que bastava empurrar, mas quantas vezes outros falharam golos cantados como estes? Esteve muito perto do terceiro em duas ocasiões: num remate cruzado a rasar o poste direito (33') e num embate ao ferro (75'). Justíssimo destaque.
De Gonçalo Inácio. Patrão da nossa defesa, impondo-se naturalmente como líder alternativo na ausência do capitão Coates, ainda lesionado. Logo aos 2' transmitiu aos adeptos o sinal do que iria passar-se ao cabecear em mergulho dentro da área estorilista em lance que poderia ter gerado golo. Preciosos cortes aos 3', 9'', 18', 38' e 45'+1. Impondo o físico e sobretudo a técnica, aliados à precisão exacta do momento da intervenção. Esperemos que permaneça em Alvalade após o mercado de Inverno: é um elemento fundamental no nosso onze nuclear.
De Eduardo Quaresma. Integrou um inédito trio de centrais titulares - com Matheus Reis à esquerda e Gonçalo ao meio. Passou com distinção no teste, confirmando que não necessitamos de reforçar a ala direita defensiva: ele próprio é o reforço. Limpou muito bem a área após canto que podia gerar perigo aos 25'. Cortes oportuníssimos aos 54' e aos 57'. Também se distinguiu no passe longo: excelente abertura para Nuno Santos, no flanco oposto, aos 34'.
De Pedro Gonçalves. Grande jogo sem bola, arrastando defesas e baralhando marcações no seu constante vaivém entre linhas. Primeiro à frente e a partir dos 52', com a saída de Daniel Bragança, em missão mais recuada, complementando a acção de Morten como médio mais ofensivo. Foi já nesta posição que protagonizou fantástica arrancada no corredor central e disparou de meia distância, traindo o guarda-redes Carné: a bola roçou no poste esquerdo da baliza e encaminhou-se para as malhas estorilistas. Foi o nosso quarto golo, aos 69'. E o quinto dele nesta Liga 2023/2024.
Do regresso de Trincão aos golos. Parecia estar novamente em maré de azar quando fez a bola embater no ferro aos 75'. Mas marcou mesmo, três minutos depois (com assistência de Gyökeres) num soberbo remate cruzado, indefensável. Protagonizou dois outros lances de inegável classe, aos 77' e aos 90'+1. Temos o goleador de volta.
Do árbitro Cláudio Pereira. Se todos actuassem como ele ontem, a qualidade do futebol português seria claramente superior.
De ver o Sporting marcar em todos os jogos da Liga. Não apenas nesta: levamos 60 jogos seguidos sempre a facturar. Extraordinário registo, bem revelador da vocação ofensiva verde-e-branca. Por isso levamos já mais 14 golos marcados do que o FC Porto, que também disputou 16 partidas.
Da nossa folha limpa como equipa visitada. Nono jogo em Alvalade para o campeonato, nona vitória da temporada, desta vez com 37.400 espectadores nas bancadas. Não é fruto do acaso: somos ainda mais fortes em nossa casa.
De somarmos 40 pontos em 16 rondas. Apenas oito pontos perdidos - nas deslocações a Braga, Guimarães e Luz. A nossa segunda melhor classificação do século nesta fase da competição. Excelente augúrio para o que vai seguir-se.
Não gostei
De ver várias baixas na equipa. Sem Diomande e Morita (ausentes durante algumas semanas nas respectivas selecções) nem Coates (ainda com queixas físicas). Isto já sem falar no eterno lesionado St. Juste, novamente a passar à margem de uma época desportiva.
De Nuno Santos. Sobra-lhe em "atitude" (algo que por vezes parece o que não é) o que lhe falta em discernimento pontual. Aconteceu ontem, em duas ocasiões, ao provocar cantos de forma totalmente desnecessária, aos 24' e aos 43', quando nem estava pressionado por adversários. É verdade que após um remate seu a bola encaminhou-se para as redes estorilistas, mas apenas graças ao desvio no infortunado defesa Pedro Álvaro, aos 51', em autogolo. Exibição insuficiente em noite de gala leonina.
Do golo solitário que sofremos. Cassiano, livre de marcação, concretizou em recarga após embate na barra. Único lapso da nossa defesa em todo o encontro. Aconteceu aos 82', repondo alguma justiça no marcador: o Estoril mereceu este golo.
Rúben Amorim apostou num onze de elevado risco contra uma boa equipa da Liga que atravessava o melhor momento da época e ganhou completamente a aposta. Bragança e Quaresma tiveram o seu dia em que quase tudo correu bem, e assim nem se notou a falta de Morita e Diomande. Da ausência do Coates tratou e bem Inácio. E esteve de volta o "Beckenácio".
Depois mais uma vez houve um Gyökeres doutra galáxia. Não existe futebolista como ele a actuar em Portugal que combine físico com técnica e com inteligência: ele apoia, ele assiste, ele marca, ele faz isso tudo durante os 90 minutos e tal do jogo. Depois o árbitro apita para o final e ele cai redondo no terreno, deu tudo o que tinha.
O Sporting sem ponta de lança não é Sporting. Não vale a pena pensar em três baixinhos e falsos pontas de lança, isso não existe. Sporting é agora Gyökeres, como foram antes Bas Dost, Slimani, Liedson, Jardel, Acosta e muitos outros, muito em especial o "meu" Hector Yazalde, todos eles "abonos de família" da equipa em seu tempo. Com um ponta de lança como o sueco tudo é mais fácil para todos os outros.
Primeira parte de domínio total do Sporting, com dois golos marcados em lances de sonho do sueco que puseram Edwards de frente para o golo e alguns outros desperdiçados. Segunda parte onde o golo de Nuno Santos apareceu cedo e logo aí a vitória ficou atribuída.
A partir daí, com 3-0 no marcador e Trincão em vez de Bragança, o Estoril reagiu em força e o jogo partiu-se, às tantas mais parecia futsal, os ataques rápidos geravam contra-ataques rápidos, as oportunidade sucediam-se em ambas as balizas, umas bolas entravam outras esbarravam nos postes ou eram defendidas em cima da linha. O resultado final foi 5-1, podia ser ter sido 8-3 ou 10-4. Dois belos golos de Pedro Gonçalves e Trincão, ambos a precisar de serem felizes.
Nota negativa apenas para mais um golo sofrido dum canto do lado esquerdo defensivo, o quarto da época. Neste houve desvio de Paulinho para o lado contrário e para uma zona em que não existia ninguém do Sporting. Como na Luz não havia ninguém aquando do desvio de cabeça dum jogador adversário. Uma questão a rever. Um, dois, três e agora quatro: é de mais, alguma coisa está mal.
Melhor em campo? Gyökeres, obviamente. Mas logo depois Edwards pelos dois primeiros golos e depois os outros que entraram de início, todos estiveram mesmo muito bem.
Arbitragem? Excelente, dum árbitro que muito insultei no início quando o vi a "ganhar os galões" prejudicando alarvemente o Sporting mas que tem sabido eliminar os seus tiques autoritários e encontrar o seu caminho na linha da arbitragem da Champions e não da medíocre nacional dos Pinheiros, Manueis Oliveiras e muitos outros.
Afinal a ausência de Morita, Diomande e Catamo deixou de ser drama e tragédia? Afinal Quaresma, Bragança e Essugo contam? Sempre contaram, por isso mesmo é que lá estão. Por decisão e aposta de Rúben Amorim.
E agora? Quem ganha ao Estoril, ganha ao Tondela. Vamos tratar deles na próxima terça-feira. Depois se verá o resto.
É uma sexta e o jogo é cedo, trouxe o equipamento na mochila (ainda está a valer usar Natal pelo menos até amanhã, dia de Reis). Terça será igual.
No último Sporting - Estoril fomos felizes, com golos de Trincão (um belíssimo golo) e Bellerín, um rapaz que usava - e usa - os calções à antiga. Gostei muito, que seja parecido hoje.
Recebemos amanhã o Estoril, a partir das 18.45. Na invejável posição de liderarmos o campeonato nacional de futebol, isolados, três anos depois.
É o jogo inaugural da jornada 16. Há um ano vencemos sem espinhas, por 2-0. Com golos de Bellerín (que estava de empréstimo. em fugaz passagem pelo Sporting) e Trincão, melhor em campo.
Como será desta vez? Venham daí os vossos prognósticos.
O alarme social propagandeado por papagaios azuis mascarados de verde aqui no blogue sobre o cansaço decorrente da pré-eliminatoria da Liga Europa que o Sporting irá ter em Fevereiro aparentemente teve eco no David Carmo, que já em tempo de descontos ofereceu dois golos ao Estoril.
Logo dois para ter a certeza de que não haveria nenhum mergulho do Taremi que levasse aquilo a penáltis.
E assim já não há cá Taças da Liga para cansar a rapaziada.
Conceição e Carmo derrotados pelo Estoril na Amoreira: FC Porto fora da Taça da Liga
O FC Porto acaba de saltar fora da Taça da Liga. Eliminado pelo Estoril, que derrotou sem espinhas a turma de Sérgio Conceição por 3-1.
Com actuação calamitosa de David Carmo, o mais caro "reforço" da história portista (20 + 2,5 milhões de euros). E excelente exibição do nosso Mateus Fernandes, com assistência para o segundo golo estorilista. Que volte depressa ao Sporting, são os meus votos.
{ Blogue fundado em 2012. }
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