Olho para os jornais, espreito os perfis (redes sociais) dos jogadores, passo os olhos pelo blogue e pergunto-me o que terá sucedido. Sonhei toda a noite, buzinadelas, foguetes, fogo de artifício, televisões com imagens de quando ganhámos um campeonato pela última vez, mensagens de parabéns (foi no mês passado, ponham um lembrete no telemóvel ou esqueçam-se e pronto) e continuo sem perceber o que se passou. Ou o que passou-se.
Pelas minhas contas, empatamos hoje com o Boavista, vamos perder à Luz dia 15 e matamos o borrego aos otchencha e otcho do último jogo. Não é assim?
Haverá por aí uma boa alma que me recorde o protocolo? Não me lembro de como é que é. Isso. De sermos campeões. Não quero chegar aos otchencha e otcho do último jogo, sem estar no meu absoluto melhor, preparadíssima para receber o título. Completamente ao corrente do que e como fazer. Por exemplo, pode-se ou deve-se dizer:"Tazonde, Cavani?"
Há dias a caríssima Marta Spínola abria a caixa de Pandora, se calhar, sem saber. Tocou o sempre delicado tópico 'superstições'. Comecei por participar, não por (actualmente) tê-las mas por ter artefacto que gostaria de baptizar, recuperando assim, e em grande estilo, o que foi uma adolescência muito activa nesse departamento. Ou de como o Sporting teve sempre o condão pessoal e intransmissível de me mostrar a magia que há em tudo o que é fruto de amor.
É magia, é 'Amor In' que Amorim nos tem trazido. Nos devolveu. E é essa magia, esse Amor In, que ao longo da estrada que liga Alcochete a Alvalade muitos iguais a nós querem devolver, querem que as equipas sintam.
Enquanto a equipa aqui de casa não se organiza (Camarada Coordenador é que disse, não m'aborreçam!) e escolhe a forma mais suave de (não) se envergonhar (muito), ocorreu-me partilhar esta fotografia.
Não é superstição, mas gostaria que fosse talismã.
É, como alguns perceberão, a equipa vencedora da taça de Portugal na época 1999/2000*. É, aqui, uma fotografia de fotografia que me tem acompanhado como preciosa jóia que é, nas muitas casas onde já vivi. Compõe, a par da suprema Queijo Castelões (também há-de cá vir dizer 'Olá') e do primeiro cartão de sócia (a fotografia com a indescritível franja!? jamais!), a Santíssima Trindade do Orgulho Leonino desta que vos escreve.
A todos os que, à sua maneira, na estrada, em casa, em Portugal Continental e Insular, na soalheira Califórnia, em Inglaterra, na Alemanha e onde mais houver centelha verde e branca a vibrar, o meu emocionado: estamos todos invisivelmente ligados. E que bem ligados, diga-se.
Amorim? Estamos todos completamente In!
Vamos embora, equipas!
É pra ganhar, é pra ganhar!!! 💪🏻🦁💚
*Correcção de época
P.S. Estimados JMA e Filipe Moura, nada temam, diria que há potencial para se sentirem muito acompanhados.
P.S.2. Obrigada João e Ricardo Fernandes pelo inestimável duplo presente que guardarei eternamente.
Como, mas como!, é que marcámos aos 90+4!? Aos 90+4!? Tendo a partida a duração de 90+6!? A sério!?
Estará a nossa sorte a mudar? Somos seres-humanos, assim, subitamente, é?
Agora, só faltava o 'B' ganhar ao 'A'. Se acontecesse (AHAHAHAHAHAH), diria qualquer coisa como: não mexe mais, Criador, está bom assim. Se melhorar, estraga.
P.S. Escrevam o que vos digo, o melhor para JJ, seria que se tivesse juntado 5 Jotas ao avio dos melões! Aí sim, era certinho que começariam a jogar o dobro. Para os lados.