«Se fosse legal [o pagamento a jogadores de outras equipas, por parte do Benfica, para darem o máximo em campo contra concorrentes do SLB], eu levava a mala [do dinheiro] com a minha própria mão. Temos de ser honestos, não vale a pena estar aqui com hipocrisias...»
André Ventura, cartilheiro do Benfica, ontem, na CMTV
E agora, Costa? Eu sei que as presenças na bancada VIP já não são visíveis, mas aquela entrevista à Visão não nos deixou, aos amantes do desporto justo e leal, nada tranquilos.
E eis que um membro e deputado do teu partido dá um murro na mesa. Finalmente, digo eu. E tu será que vais continuar a assobiar para o lado?
Eles, em 2009, comemoraram uma vitória fraudulenta. Sabiam que a Taça da Liga lhes tinha sido entregue de bandeja com uma arbitragem de lesa-desporto e mesmo assim festejaram como se não houvesse amanhã. Nada de estranhar: dizem-se desportistas mas convivem com a batota sem sobressaltos de consciência.
Nós podemos gabar-nos de ter esperado nove anos para festejar o mesmo título. Mas foi conquistado de forma limpa e digna, com honestidade, sem torcer a verdade desportiva. Como é nosso timbre.
Este é um dos muitos motivos que me fazem sentir tanto orgulho por ser do Sporting.
O postigo (não confundir com o Postiga, bom rapaz) assume-se como "espião" no blogue Mentira Desportiva. O tal que lhe permitiria sacar mais guito ao salteador de camiões. Em notas contadas, driblando a Autoridade Tributária, no cumprimento das mais estritas normas do cânone mafioso. O comendador Capone não faria melhor.
O bago lampiânico desta vez não terá pingado, o que levou ao fecho prematuro da torneira: a Mentira emudeceu ao fim de três postalinhos. A bem dizer, mal passou dos preliminares. A cartilha do "espião" amesendado rende seguramente muito mais. Até porque a falta de vergonha continua em alta na bolsa dos valores invertidos.
Mas recomendo cautela ao agente Zero-Zero-Zero, com ordem para rematar: quem anda à chuva molha-se. Não me admirava que numa manhã fria esse bacano acorde com uma cabeça de cavalo no lugar da jarrinha de papoilas. Paga em espécie, para não deixar rasto fiscal.
Fiquei ontem a saber, pela boca de dois pontas-de-lança da cartilha do Janela instalados nas pantalhas, que existe um "blogue" - que afinal não é blogue - chamado "Sporting Independente".
Fui espreitar a coisa. Deu para ver que é parida em esforço por um iletrado, que chumbaria num exame da antiga quarta classe.
Logo no parágrafo inicial lê-se uma frase sem sujeito e duas monumentais calinadas, do tamanho da dívida benfiquista: «Antes de mais agradecer ao Ventura a publicidade que sem querer deu ao Sporting Independente e com isso conseguiu que mais de um rebanho se junta-se [sic!] aqui á [sic!] causa.»
Não precisei de ler mais: fiquei logo esclarecido. O escriba anónimo é mesmo independente do Sporting - e dependente dos lampiões, ao ponto de se dobrar em vénias ao André Ventura. É também independente da gramática: nem deve imaginar o que isso significa. Diz-se membro de um "rebanho", assumindo não ser leão. E rebola-se em êxtase por fornecer matéria-prima à propaganda do pré-fabricado, patologia que faria qualquer sportinguista procurar tratamento urgente.
"O que passou-se?" Sendo a criatura tão carente de conhecimentos rudimentares da língua portuguesa, questiono-me se tal prosa não será afinal cometida pelo próprio Vieira, travestido de melancia atrofiada. Já "sube" de coisas mais estrambólicas neste país em que muitos viram um porco empoleirado numa pasteleira com pedais.
José de Pina foi nossso colega aqui no És a nossa fé. Por razões que só ele saberá, talvez por falta de tempo avento eu, não colabora mais no blogue.
Isso não invalida que de forma lúcida e assertiva as mais das vezes, toque na ferida que mina o futebol português.
Esta é uma publicação na sua página de facebook, que reproduzo com a devida vénia:
"O que é o estado lampiânico - das origens ao momento actual.
Começa a ser evidente que todos nós, que não somos do SLB, nos sentimos cada vez mais sufocados com esta sociedade pré totalitária de um certo expansionismo imperialista benfiquista. Aquilo a que eu chamo há dois anos, o Estado Lampiânico. A implementação deste ambiente não foi por acaso, demorou muitos anos e utiliza métodos clássicos de tomada de poder. Nada disto é novidade, basta estar atento aos sinais.
FASE 1 - Criação de uma percepção de poder através de uma grandeza demográfica e social.
O mito urbano dos mais de 6 milhões. Dois terços dos portugueses são do SLB! Portugal é o Benfica e o Benfica é Portugal. Tudo frases que são repetidas há dezenas de anos para impor num subconsciente colectivo uma ideia de gigantismo. Uma força sociológia e demográfica para impor poder. A mentira do “Somos 14 milhões em todo o mundo”, feita a partir de estudo que foi adulterado e que já foi negado pelos próprios autores. Esta ideia, mitómana, de uma maioria esmagadora de benfiquistas foi a alavanca para a fase seguinte.
FASE 2 - Tomada e captura da Comunicação Social.
Tal como nas revoluções e golpes de estado, o controlo da informação é fundamental. Jornais, radios e os canais de TV, são logo as primeiras instalações a serem capturadas. A tal força demográfica tem de se legitimar através da chantagem proto-totalitaria e monopolista do: “Somos muitos”. A ameaça da quebra de vendas de jornais, audiências televisivas e consequente perda de receitas publicitárias é o mantra para a necessidade de capas, artigos e noticias simpáticas para essa tal maioria que não pode ser beliscada. Jornais como montra de jogadores. Publicidade a Academia de jogadores. As empresas começam a fazer contas: “Eles são mais, a maioria da imprensa está com eles, temos de usar o SLB para promover a nossa marca.” A criação através das Cartilhas ou Al Carnidão de um pensamento único sobre o clube no espaço mediático. E assim se cria a percepção de um força enorme da tal marca Benfica com a entrada de invstimento e rendimentos publicitários no SLB.
Com a soma da Fase 1 com a Fase 2, estavam criadas as condições para o assalto ao país desportivo.
FASE 3 - Tomada do poder político e judicial.
Os políticos gostam de chegar ao poder e depois não querem sair. Quando há um clube que criou uma percepção de grandeza demográfica e que se reflecte na comunicação social, qualquer politico (seja de que clube for) não se arrisca a hostilizar esse clube proto totalitário. Não é por isso de admirar as decisões, algumas inacreditáveis, sempre a favor do SLB.
Exemplos: Leis feitas à medida para validar acções de uma SAD não cotada em bolsa. Dá-se a essas acções um valor ficticio e exagerado para um clube em ruína como garantia para umas enormes dividas fiscais. Tivemos trocas de terrenos desastrosas para a CML (Caso EPUL). Construção de piscina, pavilhão e museu sem licenciamentos camarários. Etc, etc. Dirigentes que continuam sem prestar contas de dividas. “Eles são muitos, têm a comunicação social, o país pára sem eles. Olha, o melhor é deixar andar para não nos chatearmos”, pensam os políticos e responsáveis deste país.
O Benfica é o clube de todos os regimes. O regime, qualquer que ele seja, serve-se do SLB, porquê? Porque está criada a ideia demográfica de uma esmagadora maioria e que é preciso agradar para ganhar votos e ter o povo do nosso lado.
FASE 4 - Consolidação e disseminação.
Esta é a fase actual. Comentadores formados na BTV que são estrategicamente espalhados por canais de TV. Directores e sub directores de jornais. “Opinion makers”, como o ex ministro e maçon, Rui Pereira, a utilizar o seu espaço jornalístico para dar uma ajudinha ao seu clube sobre o caso vouchers. Na semana passada assistimos a vários programas especiais para falar do caso emails, com painéis total ou maioritariamente de gente afecta ao SLB. Ex arbitro e comentador de arbitragem na BTV, é convidado como imparcial para programas de outros canais. Carlos Janela, depois de tudo o que se sabe, continua a ser um comentador “independente” e participa em programas criando sempre uma maioria pró benfiquista. Depois vemos o poder politico a prestar vassalagem na tribuna da Luz. Gostava de ver o ministro das finanças Centeno e o 1ºministro António Costa na tribuna da Luz, mas vestidos à Cobrador do Fraque. Tudo isto vem sempre suportado com a ideia de que sem o SLB o país pára. O PIB desce. Blá, blá, blá. Quem não se lembra destes chavões? Mais recentemente tivemos o aproveitamento de declarações de Isabel Jonet, Banco Alimentar (ver e ouvir no site da TSF), para se fazer campanha de marketing ao clube onde se passa a ideia de que quando o SLB joga isso se reflecte nas ajudas de alimentos e de voluntariado. Sim, foi uma campanha concebida pela empresa criativa Escritório que colabora com o Benfica ( foi noticia nos jornais de Economia). Tudo muito genuíno e espontâneo...
É este o actual momento de expansão do ESTADO LAMPIÂNICO. A próxima e ultima fase, que ainda não está no terreno, deverá ser a Subjugação dos rivais a caminho do unanimismo - Provocar nos rivais a sensação de que nada há a fazer, eles são mesmo muitos, nós é que estamos mal e só temos direito a umas migalhas - O Carnide dos mil anos! A noticia de que o estado português está próximo de dar autorização para uma escola secundária e uma universidade do SLB é algo de intrigante (noticia do jornal Record 14 Junho). Nessas futuras escolas vai rezar-se o Al Carnidão todos os dias? Os clubes têm o direito de crescer e ser mais vitoriosos, mas tem de ser com respeito e sã competição, e não através de uma monumental teia de interesses, manipulação e propaganda.
Repito o que já ando a dizer há uns tempos: O SLB não é um clube organizado, é uma organização que tem um clube.
Para a defesa do desporto nacional e de uma rivalidade e competição saudável, temos de denunciar tudo o que de errado e estranho se está a passar.
Saudações Leoninas."
{ Blogue fundado em 2012. }
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