O país dos esquemas, dos tios e dos afilhados
Era tão bom que alguém em Portugal pudesse, sei lá, investigar a "venda" de Jackson Martinez pelo Porto. Que lhes permitiu apresentar resultados positivos no final da época.
É que consta que no Atlético de Madrid ninguém está a par deste negócio. Se não fosse esta "venda" o Porto iria apresentar prejuízos pelo segundo ano consecutivo. E depois havia aquela chatice do fair-play financeiro da Uefa.
Mas estamos em Portugal, onde durante três semanas só se falou do monstruoso e infame ordenado de JJ no Sporting.
Também era giro, de gargalhada, que algum jornalista pudesse por exemplo achar estranho as "vendas" pelo Benfica de jogadores de que ninguém ouviu falar e sempre por quinze milhões de euros.
E giro que era se algum jornalista cá do burgo fosse pela internet fora investigar os negócios dos fundos e dos agentes que dominam clubes em Portugal e decidem quem fará parte do plantel ou não, limitando-se o clube a baixar a cabeça.
Mas como nada acontece neste deserto no fim da Europa, podemos, sempre a sorrir e a acenar, concluir que aqueles que tanto botam faladura sobre tudo o que mexe no sporting ou são cobardes ou avençados.
Ou então são apenas tolos.