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És a nossa Fé!

O espírito da Choupana

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8 de Janeiro de 2021, Nacional-Sporting (0-2): um jogo inesquecível

 

Lembro-me sempre do épico desafio contra o Nacional na Choupana, disputado em 8 de Janeiro de 2021, como símbolo máximo da entrega ao jogo, de capacidade de luta e do espírito de equipa no Sporting. Fomos lá vencer 2-0. Com seis portugueses no onze titular.

«Triunfo da vontade, da atitude competitiva, do espírito colectivo, da garra leonina. Quem vence um jogo destes arrisca-se mesmo a ganhar o campeonato», escrevi no És a Nossa Fé nesse mesmo dia.

Tinha razão, como os factos comprovaram. Tais atributos contribuíram em larga medida para nos tornarmos campeões, com Rúben Amorim ao leme, quatro meses depois.

 

Esta inesquecível conquista, que pôs fim ao nosso maior jejum de sempre, teve um marco essencial naquele confronto na Madeira, debaixo de chuva copiosa, de uma ventania inclemente e até de granizo. Com o relvado transformado num lameiro. Mas sem ninguém baixar os braços.

Admirável exemplo de dedicação e esforço dos profissionais leoninos. Que actuaram ali como verdadeira equipa, honrando a melhor tradição do clube.

 

Esta cultura de exigência deve ser permanente, não pode estar sujeita a flutuações de humor nem a caprichos do calendário. Tem de ser assumida na íntegra por todo o nosso colectivo em campo. Nunca desistir de um lance, nunca virar a cara à luta. Como aconteceu na Choupana.

Em suma, o oposto do que o Sporting fez durante quase todo o segundo tempo no jogo de domingo em Braga. 

 

Recordo quem actuou nesse desafio inesquecível: Adán; Neto, Coates, Feddal; Porro, Palhinha, João Mário (Matheus Nunes), Nuno Mendes; Pedro Gonçalves, Nuno Santos (Jovane) e Sporar (Tiago Tomás). Golos de Nuno Santos (43') e Jovane (87').

Exigência máxima

Temos de reivindicar exigência máxima aos nossos jogadores.

Sempre, não só às vezes.

Alguns adeptos parecem ter pena do "esforço" dos futebolistas que se mostram cansadinhos e sem grande vontade de lutar pelas vitórias em campo. O jogo de sábado nos Açores foi um exemplo disso.

Desculpem lá, mas com esta mentalidade não iremos longe. A culpa não é só dos jogadores. É desses adeptos também.

O nosso lema, 1

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Praia de São Rafael, Albufeira

O primeiro de quatro postais dedicados ao nosso lema.

O trabalho de uns é aproveitar o lazer de outros.

Não é por acaso que no futebol falamos tanto em profissionalismo, como sinónimo de empenho.

Não é por acaso que criticamos alguns jogadores por não correrem, por não meterem o pé, por não fazerem o seu trabalho.

Esquecem-se que o trabalho deles é darem pontapés numa bola, o trabalho de outras pessoas é arrastarem-se pela areia quente, a venderem bolas a seres humanos, em cuecas, com a pele cheia de riscos e símbolos, a precisar de uma boa esfregadela, com sabão e pedra pomes.

Fórmula Sporting

Esforço, dedicação, devoção e glória: é o Sporting!

Mas para que isso aconteça é preciso lá chegar, aproveitar os piores momentos para corrigir o rumo e prosseguir o caminho que honra o lema do Sporting, encontrar a fórmula certa para constuir atletas e equipas vencedoras de acordo com o ADN do clube, a Fórmula Sporting.

A fórmula Sporting não nasceu ontem. Desde há muito deu provas da sua validade, no futebol e nas modalidades, e trouxe para o museu muitas taças e troféus.

 

Que fórmula é essa?

 

1. Um treinador líder e formador. Tudo começa neste elemento, que poderia chamar-se Moniz Pereira, Malcolm Allison, Nuno Dias, Luís Magalhães ou Rúben Amorim: focalizar e aglutinar um plantel que conte com o que de melhor exista no momento: a formação. Aquele treinador que quando chega começa pelo que existe dentro de casa e não pelo que pode vir de fora.

 

2. Um plantel baseado em gente jovem mas com muitos anos de clube e complementado com reforços que fazem a diferença. A regra básica é não contratar igual ou pior ao que existe dentro de casa. Para vir para o Sporting terá de ser diferente ou melhor, trazer coisas que não existem no momento, ser um reforço efectivo a curto ou médio prazo. E dar tempo ao tempo: galinhas apressadas produzem pintos carecas, muitos nomes chamaram ao Yazalde, ao Acosta ou ao Coates para terem depois de engolir o que disseram.

 

3. Uma estrutura sóbria e eficaz na retaguarda, que resolva problemas e não que os invente, o que inclui trabalhar muito e falar pouco. Quanto menos melhor. Cão que ladra não morde.

 

4. Tranquilidade e confiança para enfrentar as derrotas com os Lasks desta vida e dar a volta por cima. A começar pelos sócios e adeptos, que têm de ser em todos os momentos o jogador extra de qualquer equipa do Sporting.

 

Se olharmos para a situação das equipas mais importantes do Sporting, do futebol masculino e feminino, das cinco modalidades de pavilhão masculinas, aquelas que atraem milhares de espectadores, e esquecendo as particularidades de cada uma, a começar pelo nível de investimento sustentável, vemos situações bem distintas. Numas a fórmula está bem consolidada, noutras alguns erros de casting vão custar tempo e dinheiro a serem corrigidos.

Depois dum final de temporada onde deitaram tudo a perder, o futebol feminino vive um fim de ciclo. Treinadora, capitã e algumas das melhores jogadoras vão sair: algumas para paragens bem distantes, outras com calos no rabo pela passagem pelo banco e com contas para saldar. Tudo tem de começar por um treinador a sério, masculino ou feminino, e uma nova estrutura de capitães no feminino. Qualidade continua existir na formação, o resto vem depois.

No andebol estávamos numa óptima fase antes da pandemia. Saiu o grande treinador Anti, saiu o capitão e estrela da companhia Frankis Carol, saiu o puto maravilha Frade, e as coisas nunca mais foram as mesmas. Pedro Valdez promovido a capitão tem sido inexcedível, a base da formação está lá, mas Ruesga chega ao final de carreira, os reforços são medianos e o ex-adjunto de Anti, Rui Silva, faz o que pode.  

Terminando com o exemplo do basquetebol, tivemos ontem uma magnífica vitória da equipa dum grande treinador tranquilo, Luís Magalhães, contra uma equipa muito forte comandada por um espanhol raivoso, com dois ou três americanos excelentes e que até contratou apenas para o play-off. E foi mais uma vez a estrela da companhia Travante Williams suportado por uma retaguarda de portugueses/angolanos que se transcenderam em campo a conquistar a vitória. Impressionante o discurso do americano no final.

Isto é o Sporting.

 

Fórmula Sporting. Como o 3-4-3 do Amorim, bem conhecida por todos, mas muito difícil de travar.

 

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

Esforço, Dedicação, Devoção, cada vez mais perto da Glória

Ganhámos contra o Braga, contra o árbitro, contra o VAR, contra o sistema e contra o "se tudo for normal" do Pinto Costa; ganhámos até a nós próprios, que muitos dos nossos já davam a derrota como garantida. E se despediam já da conquista do título.

A quatro vitórias de nós sagramos o clube vitorioso desta temporada, acredito ainda mais que esta equipa vai ganhar o campeonato, vai ser campeã nacional e eu campeão com ela.

Que orgulho imenso neste fantástico grupo que representa como vi poucos de leão peito com Esforço, Dedicação, Devoção rumo à Glória deste monumental clube. 

Há décadas que não temos glória no futebol

Não falo em nós mas neles. Não fomos nós sportinguistas mas sim eles - os nossos representantes - que no campo e fora dele violaram e destrataram as premissas e promessas do Sporting. Mais uma vez.

Como mais uma vez de Esforço, Dedicação, Devoção, só mesmo da nossa parte. Fomos nós em frente à televisão quem se esforçou, suou as estopinhas e resisistiu ao apelo tentador de desistir à chamada perante a miséria que nos era oferecida. Estóicos assistimos à distância (física) e guerreiros em espírito àquela vergonha de noite europeia em Alvalade. Provámos de novo a nossa dedicação e devoção ao clube. No fim, como acontece há décadas no futebol sénior, ficámos a ver passar a Glória dos outros.

Já eles, os que nos representam, dentro e fora de campo, demonstraram outra vez que o nosso slogan não se aplica mesmo às equipas de futebol leoninas há tempo demais. 

O filme, sempre avesso ao happy end, repete-se época após época. Por isso não rasgo logo as vestes pedindo a cabeça de quem dirige o clube. Desgraçadamente, no que toca à glória, os desgraçados que nos desgraçam fazem igual aos que os precederam. É assim há décadas.

Não há aqui conformismo ou fatalismo, só realismo. No Sporting, no que toca ao futebol, Esforço, Dedicação, Devoção, só mesmo da nossa parte que sofremos e desesperamos como nunca. De Glória nem nós e muito menos eles. 

 

O Sporting sempre primeiro!

É dito e assumido por todos os sportinguistas que o Sporting é um clube diferente. Pelo seu nascimento, pela sua história e acima de tudo pelo seu (bom) exemplo à sociedade civil e desportiva.

Todavia nada na vida acontece sem um enorme esforço. Muito menos no Sporting onde toda a gente tem, e bem acrescente-se, opinião.

Sabemos que muitos sócios têm para a palavra dedicação ao Sporting um significado diamertralmente oposto aos interesses do clube. Mas faz parte da vida e mais tarde ou mais cedo a verdade virá ao de cima.

Ao mesmo tempo há outros adeptos e sócios que olham para a nossa casa e sentem tal devoção que se sacrificam pelo clube, dando muitas vezes a cara por uma filosofia de vida, sem dele receber a compensação devida.

Finalmente sinto que este Sporting está serenamente a construir uma renovada identidade que nos levará mui brevemente à tão desejada glória.

Assim sejamos todos “feitos de Sporting

Feito de Sporting - um desabafo

Feito de Sporting. Somos todos. Cada um de nós tem uma história de descoberta deste amor e desta essência. Não me lembro bem quando foi, apenas sei que comecei a sentir este grande amor, e este sentido de ser numa idade muito jovem. 

Andava nos pátios da escola com a bola. Quando ocorria fazer uma jogatana contra outra turma, cada um escolhia o jogador que queria personificar em campo. Lembro-me de no ínicio não ser muito bom de bola, de dar chutos nela e cair para trás. Invariavelmente não me deixavam jogar, indo sempre parar ao banco, com direito a entrar nos últimos minutos do intervalo. Mas uma coisa era certa, escolhia sempre jogadores do Sporting Clube de Portugal.

 

Os craques eram muitas vezes escolhidos por aqueles que na época acertavam mais no esférico. Eu escolhia sempre um de dois, ou o Vidigal ou o Duscher. Para mim eram craques. Lembro-me de dizerem "se passa pelo Duscher não passa pelo Vidigal e vice-versa". Mas porquê? Hoje penso que é por eles serem combativos. Sempre gostei de jogadores combativos que deixavam o suor em campo, fosse pelo jogo ou pelo Clube.

Houve um dia que o "Vidigal" chegou feliz a casa, o jogo tinha ficado 3-2 para nós, com 4 golos do Vidigal (dois autogolos, e os dois golos que levaram ao empate). Foi nesse momento que comecei a treinar, a treinar. Primeiro no jardim de casa, depois numa escolinha. O bichinho do futebol nunca mais despareceu, mas a identidade Sportinguista estava lá:

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

Mesmo sem conhecer nessa tenra idade o mote, estava dentro de mim porque já era Sportinguista. E sempre tive orgulho de dizer que o sou. Como eu existem milhões. Milhões que nunca tiveram a oportunidade de representar o Sporting Clube de Portugal em nenhuma modalidade. Nunca tiveram a oportunidade de entrar na Academia. Nunca pisaram o relvado, a pista ou o piso. Mas esses milhões sempre fizeram esforços para comprar o bilhete, fazer a viagem de carro, comprar a camisola do Leão, ser sócio do Clube, defender o nome do Clube em rixas amadoras de bate-bocas, tudo pelo Sporting.

 

O pagamento que queremos não são milhões, não são contratos milionários, vidas luxuosas, tribunas VIP em Alvalade. O único pagamento que queremos é a Glória. Não do A, B ou C, mas do Sporting Clube de Portugal. Que o Sporting seja um "clube tão grande como os maiores da Europa".

 

Somos nós, estes milhões representam verdadeiramente o clube. Treinadores passam, dirigentes passam, mas nós continuamos. Aqueles que vão ao estádio, vêem na televisão, ouvem na rádio, aguentam as falhas do streaming, ficam felizes quando se ganha cantando nas ruas, ou tristes quando se perde mantendo a esperança, são quem dá verdadeiramente tudo pelo Clube. São aqueles que já se imaginaram personificados num jogador do passado e que ainda hoje têm um pasmo na perna quando a bola vai para um dos nossos e sentimos que podíamos ser nós, a fazer o passe, o cruzamento, o corte, a simulação, a arrancada ou o golo. Seja em que parte for, seja que modalidade for. Isto é ser feito de Sporting, é ser Sporting, é viver o Sporting. Por isso somos diferentes dos outros. Não admitimos equipas banais, que não deixem tudo o que podem dar em campo. Nós deixamos nos campos em que somos titularíssimos toda a gota de energia que nos corre no corpo. É isso que pedimos, que façam o mesmo que nós. Que tenham amor ao Clube e se não têm pelo menos que respeitem a camisola que vestem e respeitem todos aqueles que fazem esforços para apoiar-vos em todos os momentos. Isto serve para os contratados e os da casa, os que são e não são Sportinguistas.

 

Quando correm, corremos juntos. Quando estão desanimados, estamos todos desanimados. Quando festejam, festejamos mais que todos.

O Clube do Leão rampante é feito de Mulheres e Homens que o representam com brio e orgulho. É isto que se joga a cada partida, a dignidade de cada Leão anónimo, o esforço que cada um faz fora do terreno de jogo para que um de vocês, os 11, os 23, os que forem sejam intermediários da Glória do todo.

Postal aos nossos jogadores

O Sporting nunca teve um plantel tão caro. Nunca teve um treinador tão dispendioso. Nunca teve um orçamento tão elevado para uma época futebolística.

Por mim, até dispenso a devoção. Mas exijo-vos esforço e dedicação. Nada menos que isto. Vocês não sonham com a glória?

Então deixem-se de desculpas da treta e joguem à bola, como dizia o outro.

A vida contínua

No 5.º ano, devia eu ter uns dez anos, um dos temas do ano lectivo na disciplina de Português era o jornalismo. 

Os elementos básicos da notícia e da reportagem, o que destacar, como fazer, o que sublinhar.

A minha professora de Português (numa escola pública, já agora, desculpem lá o mash up dos temas), cujo nome agora se me olvida, entendeu que a melhor forma de percebermos o que estava ali em causa era nós próprios prepararmos uma peça jornalística, que apresentaríamos à turma.

Abordou-se os lixos que não eram recolhidos, o animal de estimação que era o melhor do mundo, entrevistou-se o pai, a mãe e o dono da mercearia.

Mas este que vos escreve, imbuído de espírito Sportinguista e fresquinho de ler num dos jornais que havia lá por casa que o Vasques, um dos Cinco Violinos, exercia funções na Loja Verde no antigo Estádio de Alvalade, decidiu que era esse o seu trabalho.

Convenci a minha mãe a acompanhar-me, liguei a confirmar que podia ser e lá fomos, rumo a Alvalade, para que um puto entrevistasse um dos maiores nomes de sempre do Sporting.

Não faço hoje a mais pequena ideia das perguntas e muito menos das respostas que as acompanharam, não guardei sequer um pedaço de papel que me servisse de prova deste momento triunfal, mas a memória segue comigo.

Sabem o que é que rima com memória?

Glória.

E sabem o que é que eu queria para este fim de semana.

Jackpot.

Agora vão lá pensar no que queriam para as vossas vidas desportivas e o que podem fazer para contribuir para alcançar esses objectivos.

Se este Domingo não der, outro Domingo haverá.

Não se pode ser só meio Leão

Empatar sofrivelmente com o Estoril, uma das equipas mais medíocres deste campeonato, é um péssimo cartão de visita para os últimos desafios da temporada.
Não basta jogar bem às vezes. É preciso jogar bem sempre.
Não basta haver esforço de vez em quando. É preciso esforço permanente.
Não basta haver dois remates perigosos à baliza e ficar meia hora a dormir em campo depois disso. Se esses remates não se concretizam, surgem mais dois. E outros dois, se for preciso.

Ou se é Leão ou não é. Meio Leão é ão.

Cultura de exigência

Volta e meia aparecem por cá leitores de outros clubes lançando insinuações sobre a alegada falta de "cultura de exigência" do Sporting.

Estão profundamente equivocados.

A melhor prova de que temos cultura de exigência é que esta época não perdemos nenhum jogo com os outros clubes considerados grandes. Vencemos o SLB na final da Taça de Honra e impusemos um empate na Luz. Empatámos com o FCP em Alvalade e fomos vencer ao Dragão, eliminando os portistas da Taça de Portugal.

Sermos o clube com menos derrotas no campeonato à 18ª jornada decorre da nossa cultura de exigência: só em 1994/95, quando à 19ª jornada não tínhamos nenhuma derrota, fizemos melhor.
Isto é cultura de exigência. Que está bem viva no Sporting. E recomenda-se.

Esforço, Dedicação e Devoção

Ontem cumpriu-se o desígnio do nosso clube: esforço, dedicação, devoção e glória. Foi assim que a equipa de futebol encarou o jogo. No futebol é preciso correr, saltar e rematar mais do que o adversário. Muito diferente do que se havia verificado no jogo de Guimarães.

O Sporting voltou ontem a demonstrar que é a segunda melhor equipa do seu grupo na Liga dos Campeões. O jogo contra o Maribor é para ganhar. Depois é ir a Inglaterra e esperar o melhor possível. Eu acredito.

Embora Nani tenha feito ontem um grande jogo quero aqui destacar o Cédric. Correu que se fartou e foi sempre capaz de combinar bem com Nani, Mané ou Carrillo. Quando aumentar a taxa de sucesso dos seus cruzamentos será um dos melhores laterais da Europa.

A pressão é positiva

Ouço dizer em diversos fóruns de futebol: a pressão sobre os jogadores do Sporting é negativa. Não entendo estas opiniões. Se o Sporting é um dos mais prestigiados clubes portugueses, e campeão indiscutível em títulos no conjunto das modalidades desportivas, a pressão faz parte do código genético do nosso clube. Pressão construtiva e criativa, ditada pela inquebrantável vontade de vencer. Não é à toa que o Leão figura como símbolo do Sporting Clube de Portugal.

Que o atleta X ou o jogador Y se sintam pressionados, nada mais natural: isto decorre da mais elementar cultura leonina. Não percebo é por que motivo há-de transformar-se em arma de arremesso contra o clube ou os seus responsáveis. A pressão é positiva. E quem não entender isto é mais vocacionado para tomar o chá das cinco em Seteais do que para praticar desporto de alta competição.

O "génio" nada é sem muito esforço

 

Muito à portuguesa, fala-se quase sempre do "génio" de Cristiano Ronaldo. Mas quase nunca se fala da sua exemplar entrega ao treino. E no entanto essa é a principal razão do seu sucesso. Porque podemos detectar vestígios de "génio" num Ricardo Quaresma, por exemplo. Mas sem muito treino diário, sem muito esforço, sem dedicação total a um objectivo, nenhum "génio" chega longe. Nem o melhor do mundo, como Cristiano Ronaldo é.

 

Texto reeditado, a propósito do Bayern de Munique-Real Madrid desta noite: vitória madridista por 4-0, com dois golos de Ronaldo, que estabeleceu novo recorde pessoal: é o maior artilheiro de sempre numa só edição da prova máxima do futebol europeu, com 16 golos já marcados em sete partidas desta Liga dos Campeões.

O que é que é? É que têm que dar sempre tudo em campo!

Durante uma boa parte do jogo com o Gil Vicente senti um desconforto que durou praticamente 88 minutos: a partir do 2º minuto e até ao 90°. Como exprimir esse aborrecimento que vinha de dentro do campo, com algumas exceções de jogadores empenhados? Tenho que agradecer ao Luciano Amaral que aqui já explicou no comentário "O que é que é?". Ele não sabe, mas eu pensei o que ele escreveu, o que só acrescenta mérito à sua capacidade de interpretar os sentimentos, meus e de certamente muitos Sportinguistas. Mas eu ainda acrescentaria mais qualquer coisa que também pensei e comentei no jogo. Depois de uma época trágica, a equipa elevou imenso a fasquia, sem que lhe tivesse sido pedido tamanha altura. O que veio trazer maior responsabilidade aos jogadores face às expetativas criadas aos milhares e milhares de adeptos leoninos que se ergueram pelo país fora numa demonstração de que não há só "preto e branco" (e encheram estádios). Mas, lá aparece sempre o terrível mas, como referiu o Luciano, de repente, quando nos vemos no 2.º lugar a 7 pontos do Olimpo (e nós sabemos porque são tantos...), começámos a pisar o relvado só para prestar serviços mínimos. Sobretudo em Alvalade. E ontem, quando vi os muitos milhares de Sportinguistas nas bancadas, em particular na B, pensei quantos daqueles não tiveram que fazer sacrifícios para pagar quotas, comprar bilhete ou ter a gamebox da época. E depois olhei para dentro do campo e não vi o mesmo espírito do dar tudo por parte de alguns jogadores, a dar o litro para estarem ali nas quatro linhas e merecerem o apoio, os gritos e as ovações de quem, estando de fora, fez das tripas coração para dizer presente, cantando o Sporting nunca vai acabar. Por isso não chega ganhar. Nem ganhar é tudo. Honrar a camisola e merecer o entusiasmo e dedicação dos milhões de adeptos em qualquer circunstância, sim, sem nunca desistir. Faltam 3 jogos para terminar uma época surpreendente. Talvez se os jogadores perceberem isto, todos como equipa, a próxima época ainda traga maiores surpresas. O que é que é? É que têm que dar sempre tudo em campo! Não é por acaso que a nossa divisa é "esforço, dedicação, devoção e glória".

Seara alheia

Vitor Serpa, em A Bola de hoje: «O Sporting é já um caso digno de estudo (...) fazer muito mais com muito menos.  Este tem sido o lema do Sporting e a verdade é que a equipa parece ter conseguido encontrar a fórmula mágica para o cumprir. Com determinação, com serenidade, com mérito. O Sporting é a prova de que, em futebol, como nas empresas, ou até mesmo no país, o mais importante é o rigor, o realismo, a vontade e, acima de tudo, a competência». Sabe bem ler isto.

O "génio" nada é sem muito esforço

Muito à portuguesa, fala-se quase sempre do "génio" de Cristiano Ronaldo. Mas quase nunca se fala da sua exemplar entrega ao treino. E no entanto essa é a principal razão do seu sucesso. Porque podemos detectar vestígios de "génio" num Ricardo Quaresma, por exemplo. Mas sem muito treino diário, sem muito esforço, sem dedicação total a um objectivo, nenhum "génio" chega longe. Nem o melhor do mundo, como Cristiano Ronaldo é.

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