Estas são as camisolas que nomes que muito dizem aos sportinguistas, como Ronaldo, Fernandes, William ou Patrício vão usar já no fim-de-semana. Mas, a esperança está em vê-las, muito em breve, em jogadores do atual plantel. Max, Quaresma, Inácio, Mendes, Bragança, Pote ou Tomás lá chegarão. Quem sabe, já no Euro 2021.
Até 1998, o Sporting equipou de verde e branco, listado; de verde e branco, à Stromp; só de branco ou só de verde. Só em 1975 surgiu um patrocínio e só em 1981 apareceu o primeiro logo do fabricante (Puma). No reinado da Reebok, chegou um equipamento preto, com muito florescente para atacar 1998-1999. Lembro-me de vê-lo envergado por Delfim na pré-época. Seria uma época fraca, mas em 1999-2000, poucas semanas antes da confirmação do campeonato ganho, comprei outra inovação, a camisola em tom menta (o Liverpool usava uma semelhante). Foi a primeira da minha coleção, que hoje anda pelas 400 camisolas, um quinto delas, do Sporting, claro.
Sem nunca largar o verde e branco, o Sporting foi continuando a vestir fluorescente, vários tons de verde, amarelo, dourado, laranja e até violeta. Ontem, soubemos que na próxima época, vestiremos de preto. Tal como já vestimos no passado.
Em 2001-2002, vestimos um equipamento maioritariamente preto pela primeira vez, com o fluorescente, característico dos equipamentos secundários da Reebok. Fomos campeões, como todos se lembram. Cinco anos depois, no regresso da Puma, regressou o preto, com pormenores de verde. Foi ano de vencer a Taça de Portugal, com um bis de um tal de Tiuí, que antes e depois, nada fez em Lisboa. Em 2010-2011, nova camisola negra, aliás, com muitas parecenças à atual, mas desta vez, zero títulos. Correu melhor época seguinte, com a chegada às meias finais da Liga Europa. E na UEFA, apareceu um misterioso equipamento preto, que nunca chegou a ser vendido na Loja Verde mas que foi usado, por exemplo, no 1-0 ao Légia.
Em 2015-2016, nova camisola preta, com cinza e verde e já assinada pelos italianos da Macron. O Sporting ficou-se pelo segundo lugar na liga, tendo vencido a Supertaça no início da época. Em 2016-2017, nova camisola preta, usada por Markovic ou Campbell, numa época que não fica na memória. Por fim, em 2018-2019, camisola preta, desenhada por um adepto, com a qual o Sporting venceu uma Taça da Liga. Para 2020-2021, regressa o preto, como cor predominante no equipamento secundário. Um leão decalcado e garras, a listado verde e branco. Que seja usada por vencedores. É tudo o que se pede.
O que sucedeu no jogo desta noite, com a foto da equipa a ser feita sem incluir Luís Maximiano (que se estreava pela equipa principal em desafios oficiais) e Jovane forçado a esperar 11 minutos, junto à linha, sem possibilidade de entrar no relvado - como se impunha - porque tinha vestida a camisola do colega Plata, são mais dois exemplos, muito concretos, de inaceitável incompetência e negligência no futebol leonino. E que explica, em larga medida, os desaires sofridos em campo, jogo após jogo. Perante o silêncio de toda a estrutura dirigente.
São mais dois exemplos, enfim, de falta de comando. Como se o barco não tivesse timoneiro.
P. S. - Mais um: o jogador escolhido para representar o Sporting nas entrevistas rápidas do pós-jogo, Luís Neto, estava afónico: foi literalmente incapaz de chegar ao fim. Ninguém repara nestas coisas em tempo útil?
Haverá quem, mais informado e conhecedor, me possa explicar a razão que obriga o Sporting, jogando em Londres, no estádio do mítico Arsenal, com uma das maiores audiências televisivas que esperará neste ano, e com um enorme apoio de sportinguistas no local, e ainda por cima jogando contra uma equipa vestida com o malvado vermelho, a abdicar do histórico equipamento, as nossas queridas listas verdes-e-brancas?
Subscrevendo a totalidade da análise que o Pedro fez sobre o jogo de ontem, permitam-me que faça um acrescento ao item do «Não gostei nada» que consta no seu texto: a adulteração que o equipamento Stromp foi alvo com a utilização de calções de cor verde.
Sobre o equipamento Stromp lê-se no site oficial do Sporting: «Este equipamento leonino era constituído por camisola bipartida verde e branca, hoje comercialmente conhecida por equipamento ‘Stromp’ em homenagem a um dos seus principais fundadores, Francisco Stromp, e calção branco, passando os calções, em 1915, a ser pretos. As camisolas verdes e brancas bipartidas eram muito vistosas, sendo em rigor, o mais bonito equipamento que se exibia em Portugal.»
Este campeonato, que apesar de tudo não começou mal, tem também uma das equipas mais bem vestidas.
O novo equipamento do Sporting é lindo e este filme está muito bem feito. Acredito, quanto mais não seja por deformação profissional, que um bom hábito faz um bom monge. Assim lhes sirva de inspiração.
Por aqui, também vamos ter, muito em breve, novidades no blog. Fiquem atent@s.
Um sinal de lucidez no plantel: ninguém quis ficar com a camisola n.º 7. A mesma que, a partir da saída do Luís Figo, tem dado azar a todos os que a vestem no Sporting. Como o Francisco Chaveiro Reis aqui inventariava em Agosto de 2016, os seus titulares ou se lesionaram com gravidade ou saíram do clube sem brilho nem glória: Ricardo Sá Pinto, Iordanov, Leandro Machado, Delfim, Niculae, Izmailov, Bojinov, Jeffrén, Shikabala...
O último foi Joel Campbell, vai fazer um ano. "Será Campbell o próximo a brilhar com a camisola verde e branca, tendo o 7 nas costas?", interrogava-se o Francisco.
«A mim irrita-me constantemente esta mudança da cor do equipamento. Ainda para mais a jogar fora de Portugal. O Sporting tem que se afirmar internacional com o equipamento tradicional. Quem reconhece uma equipa vestida de amarelo?!...»
O equipamento à Paços de Ferreira. Não podemos lutar por títulos e conquistas com um equipamento de equipa mediana, que fere a vista quando observado. Hoje devíamos ter jogados com as belas das listas. Fora o amarelo, fora a "paçização" do Sporting via equipamento.
«Não é por causa do equipamento que não vamos apoiar o grande Sporting e esta direcção, que tão bom trabalho tem feito em prol da nação leonina. Mas para o próximo ano gostaria de ver um equipamento mais bonito!»