Era previsível que isto um dia acontecesse e se querem a minha opinião, antes a sete jogos do fim que no último, que aí é que Almeirim não teria produção que chegasse, do seu fruto mais célebre.
Chegámos aqui órfãos de um treinador, seguidos de uma aposta kamikaze do presidente em alguém que provavelmente nunca será treinador de jeito e que demorou a ser descartado e seguidos ainda da contratação de um outro, rapaz simpático, que provavelmente não voltará a passar de clubes de meio da tabela. "É o que é", parafraseando Rui Borges, mas poderia ter sido melhor, se houvesse algum arrojo na substituição de Amorim. Foi o que foi.
Chegámos aqui também com imensas feridas, i.e. gente em barda na enfermaria. E graças à teimosia do presidente em apenas contratar um guarda-redes, excelente é verdade, no mercado de Inverno, chegámos à gyokeresdependência que até ontem disfarçou os equívocos na "armação" da equipa, por falta de efectivos às vezes e por falta de arrojo outras. Foi a diferença entre um rato velho, Carvalhal, que não tinha nada a perder e um novato que tinha o primeiro lugar em risco, um jogou para ganhar, o outro, vendo-se a ganhar, confiou nas arrancadas do sueco e muita fé em Deus, tanta que deixou um dinamarquês no banco que poderia ter feito a diferença, talvez por ser viking e o seu deus ser outro, vá-se lá saber. Ora o sueco ontem resolveu jogar sozinho e a coisa correu mal, tal como correu mal ao Trincão que se acha com o mesmo estatuto e ambos os dois poderiam ter sentenciado o jogo, não fosse olharem apenas para a sua pilinha. Também ficámos sem saber se as mudanças "lá atrás" foram pensadas para ganhar ou para não perder, é que trocar o Geny pelo Maxi para este fazer a ala, foi não só estúpido (já não tinha sido grande coisa o moçambicano naquele posto), como fatal, já que a auto-estrada por onde passou o bólide que fez o cruzamento para o golo do empate foi aberta pelo sul-americano. Claro que o central de marcação ao avançado, Diomande, poderia ter saído do chão e talvez tivesse cortado o lance, mas o rapaz tem o cu pesado e isso dá muita canseira.
Com o resultado de ontem, as coisas acalmarão. Pote já não fará falta e vai finalmente ser deixado em paz, Morita pode, com calma e com toda a paciência de japonês que é semelhante à de qualquer chinês, explicar a Varandas o que é um kamikaze e o Daniel Bragança pode finalmente fazer aquele alisamento japonês que o Morita, outra vez, tanto lhe recomenda e tratar da sua lesão enquanto troca umas larachas com a menina do salão. O Nuno Santos pode passar pela vidraria "Mil Espelhos" e saber o orçamento para a marquise nova e o puto Simões pode deixar as canadianas e ficar no ginásio até às férias grandes.
Nada está perdido, claro. É ganhar todos os seis jogos até final e isso implica ganhar em casa do rival directo. Caramba, se o Farense, mesmo com as linhas enviesadas, quase lá ganhou...
E como há que justificar a foto que encima este post que o não é, esperemos que o Leão não fique sem dentes entretanto e possa fazer o resto do campeonato a rasgar.
Nota: Na imagem um dente-de-leão, para quem não seja versado em botânica e coisas.
Viktor recuperou a boa forma e marcou o segundo golo, mas não escondeu frustração pelo resultado
Com franqueza, começa a ser um exagero. Terceiro jogo consecutivo do campeonato com o Sporting a empatar. E segundo a cedermos dois preciosos pontos - que já são quatro - a escassos segundos do apito final. O que torna tudo ainda mais incompreensível. E mais inaceitável para uma equipa que mantém legítimas aspirações a conquistar o bicampeonato que nos foge há 74 épocas.
Começámos muito bem: equipa desenvolta, pressionante, preenchendo com ousadia os espaços no meio-campo adversário. Cortando linhas de passe à turma anfitriã, impedindo-a de galgar terreno.
A pressão produziu frutos muito cedo. Na sequência de um canto, Diomande fez bom uso do seu jogo aéreo, impondo-se perante os centrais e cabeceando na direcção certa. Ochoa, o afamado internacional mexicano, nada pôde fazer entre os postes: o disparo era indefensável.
Voltámos a ver Viktor Gyökeres em boa forma. Atacando a profundidade, contornando e sentando os defesas, visando a baliza com olhar de matador.
Ochoa equilibrou as forças ao fazer uma espectacular defesa aos 21', negando o golo ao craque sueco, destacado líder dos goleadores desta Liga. Ganhou esse embate, mas perdeu o seguinte: aos 33'. Viktor quebrou um jejum de quatro jornadas, metendo-a lá dentro. Foi um dos protagonistas do jogo e o melhor dos nossos. Logo seguido de Trincão (participou na construção dos dois golos leoninos, assistiu no primeiro) e Maxi Araújo (cada vez mais à vontade no corredor esquerdo, serviu de bandeja Gyökeres no segundo).
Havia motivos para ovacionar? Claro que sim. Não foram negados aplausos das centenas de adeptos leoninos presentes no estádio.
Havia motivos para comemorar? Ainda não. O resultado ao intervalo, 0-2, é um dos mais ilusórios em futebol.
Os mais desconfiados tinham motivos para adiar festejos. O Sporting entrou irreconhecível depois do intervalo. Passivo, com trocas inócuas de bola no primeiro terço do terreno, incapaz de esticar o jogo, parecendo defender a magra vantagem sem vontade nem energia nem ambição de procurar o terceiro golo.
Ao invés, o AVS encheu-se de brios e começou a galgar distância rumo à nossa baliza. Sem temores nem complexos, contando com a insólita apatia dos nossos jogadores.
Podemos especular sobre as causas. Mais um lesionado, por exemplo: Eduardo Quaresma, também ele com queixas musculares, não regressou do intervalo, substituído por Matheus Reis. Em campo já estava um habitual titular da equipa B, Alexandre Brito (em vez de Morten, ausente por castigo). Com Morita, Daniel Bragança e João Simões impedidos por lesões, a nossa linha média era uma autêntica manta de retalhos. Debast, central direito, ali improvisado, desenrascou-se como podia. O inédito duo com Brito não prometia ser brilhante - e assim foi.
Mas os maiores problemas surgiram atrás. Com Diomande a imitar o mau exemplo de Morten na partida anterior, contra o Arouca: cometeu um penálti absolutamente escusado em lance de canto, incluindo uma chapada num adversário. Devia ter visto o vermelho logo ali, aos 67'. A brincadeira custou-nos um penálti e o primeiro golo sofrido, aos 71'. Aos 77', novamente o marfinense em foco: concluiu uma disputa de bola com um pisão junto à linha divisória. Segundo amarelo, expulsão. Jogámos meia hora só com dez.
Nenhuma das substituições operadas por Rui Borges produziu efeitos positivos. Pelo contrário, a equipa parecia cada vez mais insegura. Até sofrermos o golo fatal que nos roubou dois pontos, estavam decorridos já 90'+6, em pontapé de ressaca, com a bola a correr rasteira para o fundo das nossas redes.
Balde de água gelada na noite minhota: há cinco anos e meio que não disputávamos cinco jogos sem ganhar. A vantagem de seis pontos sobre o Benfica, existente há três semanas, desapareceu. A partir de agora é proibido voltar a tropeçar. Para que o sonho se mantenha aceso.
Breve análise dos jogadores:
Rui Silva (5) - Grande defesa aos 14', exibindo bons reflexos. Sem hipótese no penálti. Pareceu algo apático no lance do segundo, fazendo-se tarde à bola.
Eduardo Quaresma (4) - Actuou condicionado, longe do fulgor habitual. Depois do intervalo já não voltou. Vai parar pelo menos três semanas.
Diomande (3) - Esteve no melhor ao marcar o primeiro golo. Mas também no pior, ao cometer penálti e ao fazer-se expulsar. De cabeça perdida.
Gonçalo Inácio (5) - No seu jogo 200 pelo Sporting A, esperava-se dele um pouco mais. Nervoso. Ainda assim, conseguiu ser o nosso melhor central.
Fresneda (4) - Tentou progredir no terreno, tornando-se útil na ala direita, mas nunca contribuiu para tornar o nosso jogo ofensivo mais acutilante.
Alexandre Brito (4) - Estreia a titular no meio-campo interior, rendendo o ausente Morten. Abusou dos passes laterais e recuados, sem progressão.
Debast (5) - Adaptado a médio, fez o possível por fazer esquecer Morita ou Bragança. Não era tarefa fácil, desempenhou-a com mediania.
Maxi Araújo (6) - Muito activo na ala esquerda, tanto a atacar (sobretudo no primeiro tempo) como no segundo. Assistiu Gyökeres (33').
Quenda (6)- Um dos melhores até as pilhas se esgotarem. Falhou emenda à boca da baliza (18'). Inicia o segundo golo. Provocou desequilíbrios.
Trincão (7) - Um dos mais activos e criativos. Grande passe para Diomande aos 8': ofereceu-lhe o golo. Pré-assistência no segundo.
Gyökeres (7) - Voltou à boa forma. Grandes arrancadas aos 18' e 21': neste, levou Ochoa à defesa da noite. Marcou o segundo, aos 33'. Melhor em campo.
Matheus Reis (4) - Rendeu Quaresma aos 46'. Prático a resolver lances. Mas abusou do chutão para fora e para o ar. Exige-se mais dele.
Felicíssimo (3) - Estreia na equipa A deste médio do Sporting B. Rendeu Brito aos 84'. Entrega fatal de bola aos 90'+5: custou-nos o golo e dois pontos.
Esgaio (4). Entrou aos 84', substituindo Trincão como médio-ala direito. Com ele em campo a equipa baixou de rendimento, sem surpresa.
Harder (-) - Saltou do banco só aos 90'+2 (substituiu Quenda). Mal tocou na bola. Equívoco do treinador: devia ter entrado muito mais cedo.
Este é um Leão com nome. Chama(va)-se Scarface, morreu em 2021 na reserva queniana de Maasai Mara, com 14 anos bem vividos, muitas lutas ganhas e inúmeros adversários mortos, coisa do dia-a-dia da selva. Reparem que tem uma cicatriz peculiar na zona do olho direito, daí o ápodo, resultado da sobrevivência a uma qualquer luta com uma presa ou com um outro macho pela liderança do clã. O que importa aqui, para o post, é que este Leão foi resiliente, foi o verdadeiro rei da selva, foi longevo e ao que consta respeitado pelos seus pares.
Este Leão, apesar das adversidades (ser ferido em combate para um animal selvagem é uma quase sentença de morte) foi reinante por longos anos, vencendo alguns jovens aspirantes a alfa do grupo. Nunca se rendeu aos percalços que a vida exigente na selva lhe ergueu pela frente. Morreu de velho, orgulhoso do seu passado.
Já o nosso Leão, ultimamente alvo de muitas adversidades, roturas, fracturas, montes de ligaduras, tem feito pela vida, movendo-se numa selva que lhe tem sido adversa. Tem dado para o gasto, poderá dizer-se, mas do ultimamente recente o que me preocupa é que este nosso Leão só tem dado para meia parte, ou seja, 45 minutos mais os descontos.
O nosso presidente veio pedir que o VAR varasse as suas incongruências e parece que logo hoje passou a haver o critério que o senhor pediu, que exigências não são para nós, isso é coisa de clubes da treta (a lampionage já começou a barafustar e vai ser "lindo" até ao fim, digo eu). Acho alguma piada ao Manel Oliveira, VAR do jogo de hoje, ter arranjado um novo protocolo "varal". Não é falta de Diomande para vermelho, mas como já tem um amarelo, o gajo chama o árbitro dizendo-lhe que há um potencial vermelho. Como para vermelho não dá e já que estamos com a mão na massa, lá vai o segundo amarelo quépáprenderes, ó diamante, ninguém te mandou meteres-te num dos quinhentos lances que se passam todos os fins de semana só nos jogos disputados no pré-fabricado do Colombo. Duma coisa podemos estar descansados, depois da veemente arrochada do nosso presidente ao concelho de arbitargem (sim, concelho, que aquilo tem presidente e vereadores e gajos que também se metem em negócios pouco claros como acusam por aí a alguns autarcas) a partir de agora este vai ser o critério.
Também deverá ser critério não despenalizar castigos a jogadores. Esta despenalização de Diomande foi claramente para nos prejudicar. Leva dois jogos, é dois jogos que fica parado, era dois em um, descansava e não fazia merda!
Ah, dava jeito também olhar para o banco e ver jogadores, mas a gente olha e só vê o Esgaio, como é que queremos depois substituir o inútil do Trincão? Esperem, havia o Biel que já foi Gabriel, mas que me parece que de bola não vê um pincel. Parece que não havendo dinheiro para bons, se compram os que calhar. Se vierem por mão amiga, tanto melhor.
Outra coisa a que nos tem habituado este novo Leão, é a jogar decentemente apenas a primeira parte. Será que o nosso presidente, que apoiou a eleição da corja de lampionagem que tomou conta da FPF, pode pedir ao "querido" que arranje primeiras partes apenas, nem que elas durem 90 minutos?
E era só isto, queria homenagear um Leão que lutou até ao fim.
A foto é de Randall Ball, fotógrafo norte-americano. A história de Scarface podem googlar.
Voltou a acontecer. Depois de uma primeira parte em que dominámos por completo, culminando com o 2-0 registado ao intervalo, entrámos em derrocada nos 45 minutos posteriores. Recuámos linhas, concedemos toda a iniciativa de jogo à equipa adversária, descansámos em cima do resultado - a gerir aquela vantagem ilusória. Nessa segunda metade abdicámos por completo do ataque: nem um remate à baliza anfitriã em Vila das Aves.
Atitude de equipa pequena.
Inaceitável.
Pior ainda: continuamos a tremer em cada lance de bola parada. Num desses lances, aos 70', Diomande - desnorteado - provoca um penálti escusado. Sete minutos depois - de cabeça perdida - o central marfinense comete falta óbvia, que lhe valeu o segundo amarelo, e consequente expulsão. O que impõe esta pergunta: por que motivo o treinador não o tirou de campo mal ele foi amarelado na primeira vez? Inexplicável.
Assim, durante 20 minutos, tivemos um a menos. Lance muito semelhante ao protagonizado no desafio anterior por Morten, hoje ausente precisamente por estar castigado.
Rui Borges fez quatro substituições: nenhuma delas surtiu efeito. A entrada de Esgaio aos 84' - com o "reforço" Biel no banco - é inexplicável.
Aos 90'+6, num pontapé de canto, sofremos o golo que nos custou dois pontos. Com a defesa aos papéis e Rui Silva mal batido: fez-se tarde ao lance.
Balanço: três jornadas seguidas, três empates. Primeiro FC Porto-Sporting (1-1). Depois, Sporting-Arouca (2-2). Hoje, mais um. Frente ao modestíssimo AVS, no 16.º lugar da Liga.
Os seis pontos que tínhamos de vantagem face ao Benfica há 20 dias foram anulados. A onze jornadas do fim do campeonato.
Custa ver a equipa baixar os braços desta maneira.
Assim, só a jogarmos metade, tudo se torna mais difícil.
Rui Borges preocupado: mais dois lesionados, outro jogador expulso e um autogolo absurdo
Foto: Rodrigo Antunes / Lusa
Há jogos candidatos a ficarem-nos na memória pelos piores motivos, mesmo quando não perdemos. Foi o caso desta recepção ao Arouca, há quatro dias. Prometia ser um desafio de baixo grau de dificuldade frente à equipa classificada em 12.º lugar na Liga 2024/2025. E podia, na verdade, ter sido assim.
Lamentavelmente, complicámos o que é simples. E proporcionámos dois golos de bandeja à turma forasteira, ainda na primeira parte. O primeiro - em lance digno dos "apanhados" - após atraso totalmente disparatado de St. Juste para Rui Silva, que se encontrava fora da baliza. O holandês, sem olhar, despachou um balão que o guarda-redes tentou dominar com os pés mas com tanta inabilidade que acabou por cometer autogolo. Digno de riso, excepto para nós.
Aos 45'+1, novo brinde. Desta vez de Morten, que parecia um jogador inexperiente, cometendo penálti claro em lance de bola parada. Chamado a converter, quatro minutos depois, Henrique Araújo não vacilou.
Assim fomos para o intervalo. A perder 1-2 em Alvalade. E com dois jogadores a menos, ambos lesionados: St. Juste aos 11', Daniel Bragança aos 13'. Ninguém lhes tocou: magoaram-se sozinhos. Infelizmente, a lesão de Daniel é grave: rotura de ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Já não volta esta época.
E no entanto até nem estivemos mal a espaços. Com Quenda muito dinâmico do lado esquerdo, criando movimentos de ruptura, e Harder a pressionar muito a saída de bola do Arouca, funcionando como primeiro defesa da equipa. Maxi também acutilante como lateral esquerdo com vocação ofensiva - bem mais do que Fresneda no lado oposto.
A melhor notícia, à partida, era o regresso de Gyökeres. Aparentemente recuperado da fadiga muscular que o afastara da titularidade três jornadas antes. Ainda longe da melhor forma, manteve-se em campo até ao fim. E foi dele a assistência para o nosso golo inicial, aos 17'. Marcador: Harder, num eficaz remate cruzado, sem hipótese para o guarda-redes.
O jovem avançado dinamarquês combinou bem com o sueco lá na frente. Demonstrando a Rui Borges que podem ambos coexistir como titulares. Nenhuma dúvida quanto a isso.
Mas Harder, neste jogo, foi superior. Ao ponto de podermos elegê-lo sem hesitar como melhor em campo. Marcou e deu a marcar - neste caso aos 74', num passe para o golo de Trincão, que fixou o empate.
Soube a pouco? Claro que sim. Resta-nos a consolação de termos visto a equipa muito combativa na meia hora final, quando já estava reduzida a dez por expulsão de Morten aos 62'. Rui Silva redimiu-se do autogolo com três grandes defesas. Maxi, Quenda e João Simões vão melhorando de jogo para jogo. E até houve oportunidade para surgir novo estreante: o médio Alexandre Brito, substituindo precisamente Simões.
Foi também óptimo ver que os adeptos estão com a equipa, o que se tornou visível (e audível) na prolongada ovação que dispensaram aos nossos futebolistas mal soou o apito final.
Prenúncio de novos tempos, cada vez mais favoráveis. É bom saber.
Breve análise dos jogadores:
Rui Silva (6) - Merecia nota zero pelo autogolo logo aos 8'. Mas redimiu-se durante o jogo com três grandes defesas aos 40', 58' e 90'+4.
Fresneda (5) - Certinho mas sem brilho nem rasgo, demasiado posicional, arriscando o mínimo em lances de desequilíbrio.
St. Juste (1) - Traiu o guarda-redes atrasando sem olhar em vez de mandar a bola fora. Saiu logo a seguir. É um eterno lesionado.
Gonçalo Inácio (4) - Muito passe transviado, muita falta de confiança. Marcou com os olhos aos 40': a bola foi à trave. Uma sombra do que já foi.
Maxi Araújo (6) - Articulou-se bem com Quenda à esquerda. Grande centro para Harder (90'+4). Ainda se agarra em excesso à bola.
Trincão (7) - Quando tudo parece quase perdido, ele salva a equipa. Voltou a acontecer marcando o segundo aos 74'. Leva 20 jogos seguidos sem parar.
Morten (3) - Irreconhecível. Comete o penálti que daria o segundo golo do Arouca (45'+5). Viu o segundo amarelo aos 62' por falta desnecessária.
João Simões (5) - Vai-se tornando mais influente, sem receio de arriscar no um-para-um. Falta-lhe melhorar a ligação com o ataque.
Quenda (7)- Muito irrequieto à esquerda: grandes centros aos 4', 19' e 36'. Quase marcou aos 42'. Pré-assistência no golo do empate.
Daniel Bragança (2). Tocou dez vezes na bola e sentou-se. Aos 12'. No minuto seguinte teve de sair, com lesão grave. Mais um.
Gyökeres (6) - Enfim, recuperado. Assistiu Harder no primeiro golo, esteve próximo de marcar ele também aos 35', 74' e 90'+2.
Debast (4) - Substituiu St. Juste (11'). Intranquilo, sem confiança, articulando mal com Gonçalo. Sem arriscar na construção com passes à distância.
Harder (8) - Substituiu Daniel (13'). O mais inconformado, em pressão constante. Marcou (17') e deu a marcar (74'). Merece ser titular.
Biel (4) - Entrou aos 85, substituindo Fresneda. Gyökeres ofereceu-lhe golo, mas ele mandou a bola para a bancada (90'+6).
Alexandre Brito (-) - Substituiu João Simões aos 85'. Em estreia na equipa A. Sem tempo para mostrar qualidades nem eventuais defeitos.
Falhanços inacreditáveis na defesa. Um autogolo caricato. Dois jogadores lesionando-se sozinhos antes do quarto de hora inicial. Expulsão absolutamente desnecessária do capitão da equipa. Um a menos durante mais de meia hora.
Assim não.
Consequência: dois pontos perdidos esta noite em Alvalade frente ao Arouca.
Segundo empate consecutivo na Liga: reduzimos para dois pontos a vantagem sobre o Benfica.
A partir de agora é proibido repetir os erros cometidos.
Faltam 12 jornadas: estamos na luta. Vejam lá se atinam, rapazes. Dá-lhes nas orelhas, Rui.
Não queremos outro empate. Muito menos uma derrota.
Quando falta o discernimento de Pinto da Costa a escolher jogadores, cito:
"Este é o Futre não é? Quem é que o descobriu?
[Pinto da Costa] "Fui eu. Um dia cheguei junto do Pedroto e disse: "Mister, hoje vi um jogador que vai ser um portista dos grandes".
Quando faltam as macacadas dentro e fora do campo, é mais difícil o FC Porto vencer. O Nacional mereceu vencer o jogo na Choupana apesar de ter sido prejudicado pela não expulsão de Rodrigo Mora. Há, no final do jogo, uma tentativa patética do árbitro e do VAR fingirem imparcialidade ao validarem o segundo golo do Nacional. Golo ilegal, agarrão e empurrão a Galeno, tentativa da arbitragem tentar desculpar um erro com outro.
Em Leiria empate entre Lage e Borges e direito à lenga lenga da cabeça levantada.
Às vezes andar com "a cabeça no ar" é o oposto de focar. Levantar a cabeça, como diria o pensador Jaime Pacheco: "é uma faca de dois legumes".
Para terminar, dois treinadores que estão a trabalhar no estrangeiro.
Na época passada, pela 23ª jornada, o Sporting deslocou-se a Vila do Conde, empatando a 3 bolas com o Rio Ave.
No final da partida, Morten Hjulmand mostrava-se muito agastado com a exibição da equipa, dizendo que era inaceitável que um clube com os pergaminhos do Sporting sofresse três golos numa partida. Depois dessa partida e até ao final do campeonato, a equipa leonina levaria de vencida todos os jogos disputados, com exceção do empate a duas bolas no Dragão, sofrendo apenas sete golos e acabando campeã.
Na passada sexta-feira, tivemos um remake do filme do estádio dos Arcos, novamente a Norte. Outro nórdico, Gyökeres, surgiu no final do encontro bastante revoltado com a prestação dos leões, referindo que era inaceitável sofrer quatro golos, sobretudo quando se esteve a vencer por dois golos de diferença durante a segunda parte.
Estou, por isso, muito expectante quanto à reação da nossa equipa que se seguirá para o resto do campeonato. Bom será se os nossos jogadores reeditarem a "atitude" que tiveram após o jogo contra o Rio Ave.
Da nossa fulgurante entrada no difícil desafio em Guimarães. Antes de concluído o segundo minuto da partida, neste jogo final da primeira volta, já tínhamos a bola enfiada no fundo das redes da equipa anfitriã. Antes de se esgotar o quarto de hora inicial, estava lá outra. Difícil conceber um começo mais fulgurante do que este - crédito por inteiro à nossa linha ofensiva.
De Gyökeres. Voltou às grandes noites de leão ao peito. Melhor em campo, autor de três golos: aos 2' (a passe de Quenda), aos 14' (novamente a passe de Quenda) e aos 57' (servido de cabeça por Morita dentro da área). Batalhador incansável, recuou sempre que necessário, nomeadamente para apoios defensivos nas bolas paradas. É um fenómeno: leva 21 golos apontados neste campeonato que só agora chegou a meio - e 30 no conjunto da temporada. Não merecia este empate no Minho. Merecia que tivéssemos ganho por goleada.
De Morita. Escasseiam os adjectivos para a prestação do internacional nipónico, um dos grandes obreiros da primeira hora desta partida disputada sempre em ritmo muito intenso. Na primeira parte foi vital para accionar o nosso jogo ofensivo, mas soube recuar quando era necessário em apoio dos centrais. Vital a sua intervenção no terceiro golo, numa prodigiosa tabelinha com Gyökeres, a quem ofereceu o brinde. Como aconteceu a outros colegas, estoirou a partir da hora do jogo. Infelizmente para o treinador, nada temos equivalente a Morita no banco de suplentes.
De Quenda. Adaptado a médio-ala, do lado esquerdo, fabricou dois golos no quarto de hora inicial - proeza que merece ser assinalada. Não está ao alcance de qualquer um, ainda por cima sabendo-se que o jovem esquerdino costuma render mais quando actua do lado direito. No segundo golo não se limitou a assistir: o lance começa com uma recuperação dele. Infelizmente começou a quebrar fisicamente à beira do intervalo: decide mal aos 45'+1, atirando a bola para a bancada, quando tinha um colega livre de marcação. Mas justifica nota positiva.
Do golaço de Trincão. Andou meio eclipsado durante parte do jogo, mas ao contrário de quase todos os companheiros ganhou evidência à medida que este Vitória-Sporting se aproximava do fim. Aos 57' foi vital na recuperação, corrigindo erro de Geny, e encaminhando-a para o sítio certo no lance do terceiro golo. E nos instantes finais (90'+5) marcou um golo soberbo, o que nos permitiu sair de Guimarães com mais um ponto do que no desafio da época anterior, ao rematar em arco a partir da meia direita, com perfeita colocação, ao ângulo mais inacessível para Bruno Varela. Desde já candidato a um dos golos do ano, mal 2025 ainda começou.
De termos ido para o intervalo a vencer por 2-1. O cenário melhorou ainda mais quando ampliámos a vantagem, antes da hora do jogo. Ao ponto de muitos de nós já pensarmos que trazíamos os três pontos de Guimarães. O pior foi que vários jogadores do Sporting parecem ter pensado o mesmo: facilitaram, relaxaram, desconcentraram-se. Asneira grossa: nenhuma vitória está no papo antes do apito final.
Dos golos. Não choveu, ao contrário do que chegou a recear-se, mas houve chuva de golos no relvado: oito. Três na primeira parte, cinco na segunda. Para quase todos os gostos. Há quase seis anos não havia tantos num desafio do campeonato nacional de futebol. E desta vez foram todos golos limpos, sem discussão.
Da vibração nas bancadas. Maior número de espectadores até agora, nesta época, no estádio D. Afonso Henriques: 26.549 lugares preenchidos. Prova da capacidade de mobilização dos adeptos vimaranenses e do inegável prestígio do Sporting em todos os palcos nacionais.
Do árbitro. Trabalho competente de João Gonçalves, tanto do ponto de vista técnico como disciplinar. Começa a impor-se como um dos melhores árbitros desta nova geração.
Não gostei
De Israel. Vai-se consolidando a convicção de que nos falta um guarda-redes de indiscutível categoria, na linha de tantos que se celebrizaram no Sporting. O jovem uruguaio orientou muito mal a barreira no livre directo de que nasceu o primeiro golo vimaranense, aos 7', e reagiu tarde ao disparo de Tiago Silva. Teve também uma atitude demasiado passiva no quarto que sofremos, aos 85': nem esboça uma saída à bola para reduzir o ângulo de remate.
De Matheus Reis. Prestação calamitosa do lateral esquerdo, totalmente batido em velocidade no lance do segundo golo da turma anfitriã, aos 70': não teve pernas para acompanhar Telmo Arcanjo nem a argúcia de perceber que se impunha cometer falta defensiva para compensar a sua falta de velocidade. No quarto golo, falhou por completo a marcação a Dieu-Merci, que só precisou de decidir para que lado mandaria a bola.
De Fresneda. Voltou a demonstrar falta de classe para integrar o plantel leonino. Aos 86' substituiu um esgotado Eduardo Quaresma. Exibindo nervosismo à flor da pele. Quando mais precisávamos de tempo para virar o resultado, já de cabeça perdida, envolveu-se numa picardia disparatada junto à nossa linha defensiva que lhe valeu o amarelo aos 90'+3. Parece cada vez mais uma carta fora do baralho.
Da nossa desorganização defensiva. Além dos erros individuais já referidos, todo o nosso sector mais recuado merece nota negativa. Incapaz de sair com bola, incapaz de dominar a pressão, incapaz de definir linhas de fora de jogo, a partir de certa altura começou a aliviar de qualquer maneira: saía balão, saía charutada. Como se estivessem a defrontar o Arsenal ou o Bayern de Munique. E sucediam-se as bolas entregues aos adversários, aqui sobressaindo Diomande e Quaresma. E, claro, foram-se sucedendo os golos: três num quarto de hora - 70', 82' e 85'. Inaceitável.
De ter sofrido tantos golos. Foi a primeira vez que o V. Guimarães nos marcou tanto em jogos do campeonato. Ironia do destino: um Vitória "fabricado" nesta dinâmica pelo nosso actual treinador.
Do excessivo recuo das nossas linhas. Após marcarmos o 3-1, houve ordem geral para arrefecer o jogo e recuarmos as linhas, concedendo iniciativa ao adversário. Talvez já a pensar no desafio contra o FCP, da meia-final da Taça da Liga. Foi um erro: havia mais de meia hora para jogar, essa é estratégia de equipa pequena. Tal como as múltiplas tentativas de queimar segundos nas reposições de bola, tanto pelo guarda-redes como nos lançamentos laterais. No Sporting, estamos pouco habituados a isto. Aliás, não serviu para nada: o Vitória, sentindo-se confortável com o espaço que lhe concedíamos, cresceu de intensidade e foi para cima de nós. O jogo quase começou a perder-se aí. E só não se perdeu de todo devido à magia do pé esquerdo de Trincão.
Senhor presidente, se ainda quer lutar por alguma coisa, abra lá os cordões à bolsa e compre uma defesa completa, de preferência já rotinada, guarda-redes incluído.
Um clube que teve Carvalho, Damas, Meszaros, Ivkovic, Patrício, até Adan, merece ter alguém na baliza que respeite estes pergaminhos.
Quanto aos que estão à frente do GR, venha o Diabo e escolha.
Hoje sofremos três golos a doze minutos do fim. Inaceitável, inconcebível. Inenarrável.
Enquanto jogámos para a frente as coisas correram bem, os da frente valeram-nos um empate sofrido.
Como sportinguista, sócio e adepto, sinto-me envergonhado quando o nosso ponta de lança marca três golos, não conseguirmos ganhar o jogo.
Eles também se deveriam sentir envergonhados.
Ah, senhor presidente, gastar dinheiro numa defesa não é um gasto, é mesmo um investimento.
E já agora, dê um recadinho ao treinador: Que acabe com aqueles passes de merda em frente à baliza. Hoje custaram-nos dois golos.
Isto hoje, parafraseando Lobo Antunes, foi "uma valente merda".
Uma equipa que quer ganhar o título e sonha com o bicampeonato não pode chegar aos 60' a vencer 3-1 e depois consentir três golos de rajada num quarto de hora (70', 82' e 85').
Infelizmente foi o que esta noite aconteceu ao Sporting em Guimarães. E se não fosse um golaço de Francisco Trincão no último dos seis minutos do tempo extra, fixando o resultado em 4-4, teríamos regressado do Minho com uma derrota.
Fica a lição aos jogadores: não podem afrouxar em circunstância alguma. Na segunda parte os profissionais do Vitória deram-lhes um banho de bola.
Fica também a lição ao novo treinador, Rui Borges: não deve mandar os jogadores recuar linhas a defender o resultado ainda com uma parte inteira para jogar. Isso é atitude de equipa pequena, não de um emblema com a grandeza do Sporting.
Viktor Gyökeres - que voltou a marcar três golos, os seus primeiros em 2025 - não merecia isto.
Gyökeres tentou sem conseguir: ficou em branco contra equipa de Barcelos. A culpa não foi dele
Foto: Manuel Fernando Araújo / EPA
Este foi o jogo que apressou a inevitável queda de João Pereira, que vários de nós antecipámos aqui com a devida antecedência. Quase todos reconhecem agora que o ex-técnico da nossa equipa B - sem um minuto de experiência anterior no plantel principal nem habilitação para o efeito - nunca devia ter sido apresentado nos moldes em que o foi pelo presidente do Sporting. Nem estava qualificado para o efeito, nem tinha sido preparado para isso, nem revelou qualquer atributo que o recomendasse para o cargo.
João Pereira, logo na primeira declaração à imprensa, aludiu a «erro de casting», numa declaração que poucos entenderam. Estaria, no fundo, a falar de si próprio.
Como os números tornam evidente. Em oito desafios sob a sua orientação, a equipa principal do Sporting só conseguiu ganhar dois ao fim dos 90 minutos: goleada ao Amarante, equipa da terceira divisão composta por jogadores não-profissionais, e triunfo tangencial e muito esforçado em Alvalade ao débil Boavista que parece condenado à descida de divisão.
Nenhuma vitória fora de casa.
Alguns adeptos - cada vez menos - pareciam continuar a apostar nele, com fé cega nesta opção errada de Frederico Varandas. Mas nem árbitros, nem postes, nem infortúnio, nem jornalistas ou comentadores e muito menos a "pesada herança" de Amorim podem explicar a pobreza técnica, táctica, física e anímica da equipa principal do Sporting neste mini-ciclo que não deixa a menor saudade.
Impunha-se virar a página. E ela foi virada, creio que ainda a tempo. Mas só após oito pontos perdidos para o campeonato nacional, seis outros a voar para a Liga dos Campeões e a liderança da Liga 2024/2025 para já entregue ao Benfica, reeditando o pesadelo de Natais passados.
Todas as deficiências deste Sporting da brevíssima era João Pereira foram manifestas na nossa deslocação a Barcelos domingo passado, dia 22.
Incapacidade de criar dinâmicas, de ligar sectores, de jogar sem bola. Um central em má condição física, Eduardo Quaresma, escolhido para o onze inicial - e substituído ao intervalo por impossibilidade de continuar em campo. Um miúdo da B, Mauro Couto, passando à frente do inexperiente Edwards quando era necessário um criativo que desatasse o nó ainda com 12 minutos para jogar. Outro miúdo, João Simões, mantendo-se colado a Morten sem missão para romper linhas. Gyökeres perdido lá na frente, sendo quase só solicitado para jogo de cabeça, precisamente a menor das suas virtudes como atacante.
O onze leonino voltou a mostrar-se apático, triste, sem rasgo nem chama. Espelho afinal daquela alegada equipa técnica que se sentava no banco.
Chegou-se ao intervalo em branco: nenhuma verdadeira oportunidade de golo. Apesar do constante incentivo dos adeptos, presentes em grande número entre os cerca de 9 mil espectadores no estádio gilista.
Depois do intervalo, a equipa mostrou-se mais veloz. Mas a defesa adversária levou sempre a melhor. Aos 67', o guarda-redes Andrew voou para impedir o golo de cabeça de Harder, a passe de Trincão. Aos 81', o brasileiro voltou a brilhar esticando-se para desviar in extremis a bola tocada por Trincão que levava selo de golo.
Foi pouco, muito pouco.
Caiu o pano. Sobre um jogo de que não rezará a história. Foi apenas o quarto empate a zero do Sporting nas últimas 229 partidas - bem diferente da nossa goleada por 4-0, no mesmo estádio, há apenas oito meses, já na recta final do campeonato anterior.
Segundo jogo em branco, após a derrota em casa (0-1) frente ao Santa Clara.
Três jogos seguidos sem vencer fora de Alvalade - registo inédito nesta temporada.
Média de pontos acumulados nas últimas quatro partidas da Liga 2024/2025: apenas um. Doze em disputa, só quatro amealhados.
Israel (6) - Cumpriu, quase sem ser importunado. Bons reflexos aos 90'+4, a tiro de Félix Correia.
Eduardo Quaresma (3) - Missão de sacrifício pelo segundo jogo consecutivo. Saiu ao intervalo, com queixas físicas. Nem devia ter calçado.
Diomande (6) - Regressou ao onze titular, como se impunha. Domínio do jogo aéreo. Ganhou quase todos os duelos.
Debast (6) - Cortes eficazes as 17' e 44'. Qualidade evidente nos passes à distância. Serviu bem Gyökeres (18'), Araújo (36) e Geny (70').
Quenda (5)- Voltou à posição de ala direito. Excelente variação de flanco servindo Araújo, aos 10'. Menos bem em missões defensivas.
Morten (7) - Esteio no meo-campo, destacando-se em oito recuperações. Foi ele a orientar também as posições de alguns colegas. Controlou espaço, O melhor dos nossos.
João Simões (5) - Esforçado, mas insuficiente. Perdeu demasiadas vezes a bola. Abusa dos passes laterais. Tem muito a aprender com Morten.
Maxi Araújo (4) - Talvez funcione como extremo, não serve como ala. Acumulou más decisões. Chegou a escorregar quando transportava a bola. Tarda em impor-se.
Trincão (7) - Não está "morto", como disse Varandas. Apesar dos 2226' já jogados. Passe-assistência para Harder (67') e quase marcou ele próprio (81'). Fez Andrew brilhar.
Harder (5) - Quase marcou de cabeça, mas o guardião gilista não deixou. Pareceu peixe fora de água como interior esquerdo: não é Pedro Gonçalves quem quer.
Gyökeres (5)- Muito condicionado pelo médio Gbane, que tinha a missão de o vigiar. Foi contra ele que cabeceou aos 10'. Sem oportunidades flagrantes.
Matheus Reis (5) - Substituiu Eduardo Quaresma após o intervalo. Com maior capacidade de transporte.
Geny (6) - Rendeu Quenda aos 66'. Remate a rasar o poste (70'). Desequilibrou na ala direita, talvez devesse ter entrado mais cedo.
Mauro Couto (4) - Entrou aos 87', rendendo Araújo. Esquerdino à direita, com Edwards no banco, atrapalhou-se com a bola aos 90'+2 quando pretendia rematar. Nada acrescentou.
Até agora, em oito jogos no banco, João Pereira só conseguiu ganhar dois aos 90 minutos. Contra o amador Amarante da terceira divisão (primeiro desafio pós-Amorim) e o falido Boavista, há dois anos proibido de contratar jogadores.
Neste mês e meio, só para a Liga, disputou quatro jogos, tendo vencido apenas um. Ontem empatou com o modesto Gil Vicente que havíamos goleado por 4-0, no mesmo estádio, para o campeonato anterior.
Doze pontos em competição, oito perdidos. Média: dois pontos atirados às urtigas em cada jogo. Merece registo? Claro que sim. Pela negativa.
Frederico Varandas tem certamente um plano para manter Pereira colado ao banco de treinador da equipa A. Mas é um plano tão oculto que ninguém consegue vislumbrá-lo. Talvez nem ele.
"A nível defensivo estamos muito mais fortes", declarou hoje João Pereira após empatar a zero com o Gil Vicente. No mesmo estádio onde no campeonato anterior goleámos por 4-0.
Tem razão. Agora, ao menos, conseguimos perder pontos sem sofrer golos. Será motivo para festejar?
Nunca as botas foram tão influentes num resultado. Escorregadelas sistemáticas em momentos decisivos, jogadores que iam ao chão quando se viravam e um central com uma torção que até a mim me doeu, capaz de o enviar para o estaleiro durante algum tempo, situações que foram inibindo os jogadores, foi o saldo deste jogo bizarro que estava ao nosso alcance.
Gyökeres novamente o melhor em campo e o herói do clássico: 26 golos já marcados nesta Liga
Foto: Filipe Amorim / Observador
Ponto a ponto, mantemos a rota que nos levará à conquista do campeonato. Desta vez trouxemos um do Dragão, num clássico que confirmou a nossa superioridade nesta temporada nos embates com a equipa azul-e-branca, derrotada (0-2) em Alvalade e agora também incapaz de nos vencer. O melhor que conseguiu foi o empate (2-2) alcançado na noite de anteontem, com 2-0 ao intervalo e uma espectacular remontada leonina com dois golos em menos de dois minutos (87' e 88').
Pena a expulsão de Edwards, ao minuto 90: a nossa pressão ofensiva era de tal ordem, e o desnorte da defesa portista era tão evidente, que ainda seria possível um terceiro golo verde-e-branco para acabar por gelar as bancadas do estádio, onde havia 45.230 pessoas.
E o jogo até começou bem para eles. Um disparate cometido por Israel, numa entrega muito deficiente da bola com os pés, colocando-a ao dispor de Francisco Conceição, permitiu à turma anfitriã abrir o marcador logo aos 7'. Numa rápida tabelinha entre Pepê e Evanilson, com este a colocá-la no fundo das nossas redes.
Havia um problema com o nosso onze titular. Rúben Amorim fez uma experiência que não resultou. Compôs uma linha defensiva com Diomande (central à esquerda), Coates e St. Juste. Remeteu Gonçalo Inácio para a ala esquerda, com a missão de patrulhar o corredor. Missão infrutífera, desde logo por ser inédita e este clássico não propiciar experiências. Francisco Conceição fez o que quis ali, superando sem dificuldade o central transformado em lateral. Com Matheus Reis lesionado e Nuno Santos no banco.
Para agravar a situação, Diomande parecia visivelmente desconfortável por actuar na meia esquerda, longe da sua posição natural - ele que não é canhoto. E St. Juste também estava longe dos seus dias: vai-se tornando cada vez mais evidente que o titular desta posição deve ser Eduardo Quaresma, já suficientemente maduro para agarrar o lugar.
Lá na frente, as coisas não corriam melhor. Pedro Gonçalves ainda tentou "fazer cócegas" ao guardião Diogo Costa, titular da selecção nacional. Mas Trincão era inoperante e Paulinho parecia desaparecido, o que nem constitui novidade.
Faltava a estrela da companhia. Gyökeres, condicionado fisicamente, observou toda a primeira parte no banco de suplentes. Certamente cheio de vontade de saltar para o relvado.
Foi lá que viu abrir-se uma avenida aos 41' - falhas de marcação sucessivas de Daniel Bragança e Morten, indiciando colapso no nosso corredor central - que permitiu ao jovem portista Martim Gonçalves, lateral direito em estreia absoluta num jogo do campeonato, galopar sem oposição com a bola dominada e entregá-la a Pepê, que a meteu lá dentro.
Nunca o Sporting havia pontuado no Dragão indo para o intervalo a perder por dois golos de diferença. Temia-se o pior.
Mas Amorim tratou de corrigir os erros. Lançou Gyökeres no recomeço, deixando Daniel no banco. Ao minuto 50', trocou rapidamente St. Juste por Quaresma: o holandês, já amarelado, cometeu falta sobre Galeno passível de outro cartão e consequente expulsão, deixando-nos com um a menos.
No entanto, estas trocas revelavam-se insuficientes. Faltava quem cruzasse do lado esquerdo para o craque sueco: Gonçalo não tem esse treino nem essa rotina. Impunha-se meter Nuno Santos em campo: assim aconteceu aos 61', por troca com Paulinho, que continuava a pecar por falta de comparência.
No mesmo minuto entrou Morita, para a saída de Diomande: Gonçalo era devolvido ao lugar natural, o meio-campo passou a carburar com a temível dupla formada pelo dinamarquês e pelo nipónico, municiando o ataque.
Deu resultado. Os portistas passaram a gerir o resultado, cedendo iniciativa com bola ao Sportins nessa meia hora final. Nenhuma substituição feita por Sérgio Conceição melhorou a prestação azul-e-branca, ao contrário do que sucedeu connosco.
Acentuou-se a pressão atacante. Geny e Nuno Santos funcionavam como tenazes comprimindo o bloco defensivo adversário composto por Martim, Zé Pedro, Otávio e Wendell. A nossa primeira oportunidade surgiu enfim, aos 65': Morita teve oportunidade de marcar, mas a bola sofreu um desvio caprichoso na perna de um defensor.
A mera presença de Gyökeres basta para pôr os adversários em sentido. Sucederam-se os alívios atabalhoados, os desvios para canto. Os assobios que as bancadas dedicavam a Nuno pareciam ter o condão de lhe estimular a veia atacante. O que produziu estragos para o FCP: um cruzamento teleguiado a partir da esquerda encontrou a vitoriosa cabeça de Viktor, que encaminhou a bola no rumo certo: Diogo Costa tentou voar, mas ela já se fora aninhar nas redes.
Os nossos tiveram a atitude certa. Em vez de perderem tempo com festejos, abreviaram o recomeço. E fizeram muito bem, pois daí a um minuto nascia o nosso segundo golo. Já com Edwards em campo, desde o minuto 88. Geny endossou-lhe a bola, junto à linha direita, o inglês progrediu com ela, fez rápida tabelinha com o sueco, avançou mais uns metros com ela dominada e cruzou com o pior pé, o direito, fazendo um túnel a Zé Pedro. Gyökeres tratou da emenda à boca da baliza, empatando a partida.
Não bisávamos tão rapidamente desde Novembro de 1977, numa partida com o Feirense. Autor da proeza: Manuel Fernandes, nosso histórico n.º 9. Justamente homenageado pela equipa leonina neste momento difícil do agravamento da doença que o afecta.
Conclusão: começámos mal, terminámos muito bem. Empate que soube a vitória para nós e a derrota para eles. Trouxemos um precioso ponto do Porto: já temos 81. Basta-nos uma vitória e um empate para nos sagrarmos campeões, com três desafios ainda por disputar.
O título vai-se desenhando no horizonte, cada vez mais próximo.
Breve análise dos jogadores:
Israel - Erro inadmissível na reposição de bola custou-nos o primeiro golo. Redimiu-se parcialmente com uma boa defesa aos 44'.
St. Juste- Nervoso. Viu o amarelo aos 45'+2 por falta sem bola, desnecessária. Poupado a um segundo cartão logo a abrir a segunda parte. O treinador não tardou a dar-lhe ordem de saída.
Coates - Sofreu um túnel no primeiro golo portista, poderia ter feito melhor no segundo. Mas foi ele a iniciar o nosso primeiro, com magnífico passe longo para Nuno Santos.
Diomande - Pareceu jogar sobre brasas como central à esquerda. Errou passes, falhou recuperação de bola aos 28' em lance caricato. Saiu aos 61'.
Geny - Longe de fazer a diferença em duelos com Galeno. Momento alto: oportuna recuperação, aproveitando passe disparatado de Nico, dando início ao lance do nosso segundo golo.
Morten - Não andou bem no primeiro tempo. Facilitou o segundo golo portista ao escorregar em momento crucial. Melhorou muito na segunda parte, sobretudo com Morita a seu lado.
Daniel Bragança - Médio com aptidão ofensiva, tem dificuldade em recuar. Deu espaço no segundo golo deles. Pôs a equipa em risco com perda de bola aos 44'. Já não veio do intervalo.
Gonçalo Inácio - Peixe fora de água como ala esquerdo adaptado. Sem conseguir centrar, desposicionou-se com facilidade. Esqueceu-se de fechar o corredor no segundo golo deles.
Trincão - Muito macio, foi presa fácil para os adversários. Protagonizou lance vistoso, mas inconsequente, na grande área portista aos 25'.
Pedro Gonçalves - O mais inconformado do nosso trio atacante inicial. Enviou a bola à malha lateral (9'), rematou ao lado (39'), atirou rasteiro à figura (70'). Insuficiente.
Paulinho - Alinhou de início. Mal se deu por ele: entregou-se à marcação, sem conseguir abrir linhas de passe. Cabeceou por cima após canto (16'), falhou emenda (25'). Saiu aos 61'.
Gyökeres- Fez toda a segunda parte. Marcou aos 87' e aos 88', primeiro com a cabeça, depois com o pé: foi a figura do encontro. Bisou pela 11.ª vez na temporada. Já marcou 26 na Liga.
Eduardo Quaresma - Substituiu St. Juste (50'). Atento, concentrado, dinâmico. Pressionou bem atrás, passou com critério. Aos 76', sacou amarelo a Wendell. Merece ser titular.
Nuno Santos - Substituiu Paulinho aos 61'. Grande diferença, para melhor. Deu trabalho incessante aos adversários. Assistência brilhante no nosso primeiro golo, que inicia a reviravolta.
Morita - Entrou aos 61', rendendo Diomande. Ajudou a arrumar o meio-campo, organizando-o com eficácia. Foi dele a nossa primeira oportunidade, aos 65': podia ter marcado. Muito útil.
Edwards - Rendeu Pedro Gonçalves (86'). Dois minutos depois, na primeira vez em que tocou na bola, assistiu para o segundo golo. Expulso aos 90', após ter encostado a mão na cara de Galeno.
Quatro grandes oportunidades desperdiçadas pelo Sporting na segunda parte, há pouco, em Bérgamo. Três delas escandalosas, por responsabilidade de um Pedro Gonçalves irreconhecível. Incapacidade total na finalização.
Vimos de lá com um empate (1-1) quando podíamos ter vencido até por mais de um golo de diferença. O que nos deixaria em primeiro lugar no nosso grupo, quase com presença garantida desde já nos oitavos-de-final da Liga Europa.
Hoje podemos ter queixas sérias sobre a arbitragem em Braga:
1) O golo anulado a Hjulmand é escandaloso, porque, como se vê na imagem, o guarda-redes tem visão total sobre o lance, vê o jogador a armar o remate e vê a bola a sair na sua direção para dentro da baliza. O remate era indefensável e Pote até se desvia da bola para não lhe tocar;
2) A falta de Daniel Bragança sobre Djaló é mal marcada e dá origem ao golo do empate;
3) Houve dualidade de critérios em várias ocasiões do jogo e a pior é talvez a falta terrível que Bragança sofre junto da área do Braga e que deveria ter dado origem a cartão vermelho direto.
Tirando isto, e não são apenas pormenores, Amorim mexeu muito mal na equipa. Hjulmand fez falta no meio campo, tal como Nuno Santos na lateral esquerda. Parece-me que precisamos de um ou dois médios que possam ser alternativa a Morita e ao dinamarquês. Há lesões, castigos e baixas de forma durante uma época e já se viu que não será Bragança (e muito menos Essugo) a colmatar esta falha.
Sobre os extremos já muito se falou, claro que também são bem-vindos pelo menos dois. Um para cada lado. Edwards está claramente num mau momento de forma, parece abstraído de tudo no jogo. Trincão é, tal como o inglês, capaz do melhor e do pior. Este ano, para variar, temos ponta-de-lança mas temos outras carências. Que sina.
Menos mal que seguimos na frente com 10 pontos em 12 possíveis. Vamos em frente!
Quando ontem, ao intervalo do jogo com o Benfica, a equipa estava confortavelmente a vencer por duas bolas a zero, interpretando de forma sublime as ordens do treinador, subjugando um adversário valoroso, como se veio a verificar, que esta época demonstrou estar muitos furos acima do futebol praticado nas últimas épocas e que poderia ter ido para intervalo com outra expressão, não fora Pedro Gonçalves falhar um golo feito (hoje passou completamente ao lado do jogo, mais uma vez) e Esgaio (uma excelente exibição) obrigar o GR dos visitantes a defesa apertada a remate que ia lá pra dentro, nada fazia prever o descalabro táctico, físico e anímico que veio depois.
Esta, a da primeira parte, foi a equipa dos jogos com Frankfurt, com Arsenal, com Benfica na Luz, até com Porto no Dragão e em Alvalade (apesar do resultado, não esquecer os gamanços do Pinheiro) e na Pedreira e em Alvalade com o Braga, p.e. A equipa que todos queremos, do adepto ao treinador e que apareceu muito poucas vezes esta época.
Depois do descanso houve uma estranha metamorfose e a equipa que estava a sair bem da defesa, com segurança de passe, com o meio campo controlado, de repente começou uma onda de pontapé para a frente, a perder bolas em zona de perigo e sentiu-se que algo de Mr. Hyde se estava a sobrepor ao Dr. Jekyll perfeitinho até aí.
Todos no estádio se aperceberam que à onda de euforia que viveram na primeira parte, se adivinhava uma segunda de sofrimento. Não sei que disse Amorim aos jogadores ao intervalo, mas quase todos os da defesa desceram de rendimento, a começar por Diamonde que esteve no melhor, o golo que marcou e no pior, os dois que consentiu de forma infantil e acabando em Coates que definitivamente já vai pedindo alguém para o seu lugar. Hoje errou várias vezes, com prejuízo e perigo para a nossa baliza. Temos de volta o Coates trapalhão, o que foi uma constante das últimas jornadas. E ele não merece, que foram dele muitos dos golos que nos deram o título.
Há depois aquilo a que o treinador define como "verdice", falta de traquejo, demasiada juventude, falta de calo. É capaz de ser verdade, mas quem marcou o segundo do Benfica foi um puto imberbe, quase, que terá menos calo que qualquer dos nossos que estiveram em campo hoje.
Outro equívoco foi desfazer a dupla dinâmica que na primeira parte tão bem funcionou, fazer sair Morita sem fazer recuar Pedro Gonçalves, foi uma espécie de hara-kiri, agravado com a saída de Nuno Santos, que se atirou para o chão para queimar tempo e o treinador interpretou com dificuldade física. A juntar a isto, a saída de Esgaio, que foi o nosso melhor na primeira parte, com duas assistências e um remate perigoso, deixou-nos numa situação caricata, a saber: Na primeira parte, sem ponta de lança fixo, usámos e abusámos dos centos para a área, na segunda, com um PL em campo, nem um centro para amostra. E realmente Arthur, Matheus, Paulinho e Essugo não vieram acrescentar nada ao jogo do Sporting, antes pelo contrário.
Eu diria que o Sporting mais uma vez se pôs a jeito e como se a coisa tem tudo para correr mal, connosco corre, mais uma vez desperdiçámos um pecúlio bom, deixando-nos empatar num jogo em que fomos claramente melhores num período em que poderíamos ter matado o jogo e fomos metidos no bolso noutro, podendo agradecer o jogo ter terminado evitando males maiores.
Dizem-me que Duarte Gomes e a SportTV consideram que o 2.º do Benfica foi mal validado por fora de jogo posicional de um seu jogador, que impediu Coates de disputar a bola. Não vi, mas vindo de quem vem, acredito, sem deixar de dizer isto em relação ao lampião Pinheiro, que hoje estando amestrado pelo seu guru do norte, foi o escorpião que é e como é de sua natureza, foi incapaz de anular um golo ao seu clube do coração, talvez perdendo com isso uma excursão a um sultanato qualquer, ou a umas ilhas remotas. Quando um tipo é mau e incompetente, o favorecimento está-lhe na massa do sangue. Não foi contudo por isso que perdemos (digo perdemos porque é essa a minha sensação) este jogo. Perdemos este jogo porque na segunda parte fomos o Sporting que nenhum de nós quer.
Vem aí uma nova época, onde queremos muitos jogos, de preferência todos, como esta primeira parte. A pressão está toda em cima de Amorim. Oxalá tenha solução para as extirpações que se avizinham.
E olhem, apesar dos equívocos da segunda parte, acho que caímos de pé e a vitória nos assentaria muito bem e serviria para dar um belo par de coices, em sentido figurativo claro, no Bonzinho, na RTP, na SIC, na TVI e nos demais que anteviram a festa benfiquista em Alvalade como se fosse uma inevitabilidade. Como dizia a minha querida avó Matilde, nascida em 1917 e que frequentou a escola, coisa rara no interior do país e era uma mulher extraordinária, "cagou-lhes o cão no carreiro, coitados que iam tão direitinhos".
Ruben Scolari: Eu só estava a defender o minino, o, o, o, o Pêdrinho.
Jornalista: Então e a falta de eficácia, como explica?
Ruben Scolari: Bom, cês viram, foi um massacre de bolas para a baliza e sem ninguém para empurrar a minina pro véu da noiva.
Jornalista: Notou-se a falta de um avançado-centro, um matador...
Luis Felipe Amorim: Até parece que não viu o Chermiti.
Jornalista: Mister e a saída do Nuno Santos, que estava a metê-las lá mesmo no sítio com cruzamentos certeiros?
Luís Ruben Felipe Amorim: Não viu mesmo o Chermiti!
Jornalista: Quem, eu ou o Nuno Santos?
Ruben Luís Amorim Scolari: E o burro sou eu?
Jornalista: ahhhh...
Assessor de imprensa in extremis: Meus senhores, ficamos por aqui, obrigado pela vossa presença.
Ruben Scolari: Mas eu só queria difendê o minino...
Alguém lá atrás: Cala-te, pá! Metam-lhe mazé um par de orelhas e obriguem-no a repetir cem vezes "sou burro" e outras cem "não sei fazer substituições".
Outro alguém lá mais atrás: Cala-te Varandas, senão ele desconvoca-te.
Hugo Viana saiu sorrateiro.
Adenda: escusam de entrar os que se referem, de forma pouco simpática, aos meus colegas de blog, ainda que eu possa concordar com o essencial do comentário no que a outras pessoas diga respeito. A cabecinha não consegue atamancar uma dúzia de linhas sem ofender o próximo? Vá lá, digam o que vos vai na alma, que sois livres de o dizer sem ofender ninguém.
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