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És a nossa Fé!

Começámos mal, terminámos muito bem

FC Porto, 2 - Sporting, 2

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Gyökeres novamente o melhor em campo e o herói do clássico: 26 golos já marcados nesta Liga

Foto: Filipe Amorim / Observador

 

Ponto a ponto, mantemos a rota que nos levará à conquista do campeonato. Desta vez trouxemos um do Dragão, num clássico que confirmou a nossa superioridade nesta temporada nos embates com a equipa azul-e-branca, derrotada (0-2) em Alvalade e agora também incapaz de nos vencer. O melhor que conseguiu foi o empate (2-2) alcançado na noite de anteontem, com 2-0 ao intervalo e uma espectacular remontada leonina com dois golos em menos de dois minutos (87' e 88').

Pena a expulsão de Edwards, ao minuto 90: a nossa pressão ofensiva era de tal ordem, e o desnorte da defesa portista era tão evidente, que ainda seria possível um terceiro golo verde-e-branco para acabar por gelar as bancadas do estádio, onde havia 45.230 pessoas.

 

E o jogo até começou bem para eles. Um disparate cometido por Israel, numa entrega muito deficiente da bola com os pés, colocando-a ao dispor de Francisco Conceição, permitiu à turma anfitriã abrir o marcador logo aos 7'. Numa rápida tabelinha entre Pepê e Evanilson, com este a colocá-la no fundo das nossas redes.

Havia um problema com o nosso onze titular. Rúben Amorim fez uma experiência que não resultou. Compôs uma linha defensiva com Diomande (central à esquerda), Coates e St. Juste. Remeteu Gonçalo Inácio para a ala esquerda, com a missão de patrulhar o corredor. Missão infrutífera, desde logo por ser inédita e este clássico não propiciar experiências. Francisco Conceição fez o que quis ali, superando sem dificuldade o central transformado em lateral. Com Matheus Reis lesionado e Nuno Santos no banco.

Para agravar a situação, Diomande parecia visivelmente desconfortável por actuar na meia esquerda, longe da sua posição natural - ele que não é canhoto. E St. Juste também estava longe dos seus dias: vai-se tornando cada vez mais evidente que o titular desta posição deve ser Eduardo Quaresma, já suficientemente maduro para agarrar o lugar.

 

Lá na frente, as coisas não corriam melhor. Pedro Gonçalves ainda tentou "fazer cócegas" ao guardião Diogo Costa, titular da selecção nacional. Mas Trincão era inoperante e Paulinho parecia desaparecido, o que nem constitui novidade.

Faltava a estrela da companhia. Gyökeres, condicionado fisicamente, observou toda a primeira parte no banco de suplentes. Certamente cheio de vontade de saltar para o relvado.

Foi lá que viu abrir-se uma avenida aos 41' - falhas de marcação sucessivas de Daniel Bragança e Morten, indiciando colapso no nosso corredor central - que permitiu ao jovem portista Martim Gonçalves, lateral direito em estreia absoluta num jogo do campeonato, galopar sem oposição com a bola dominada e entregá-la a Pepê, que a meteu lá dentro.

Nunca o Sporting havia pontuado no Dragão indo para o intervalo a perder por dois golos de diferença. Temia-se o pior.

 

Mas Amorim tratou de corrigir os erros. Lançou Gyökeres no recomeço, deixando Daniel no banco. Ao minuto 50', trocou rapidamente St. Juste por Quaresma: o holandês, já amarelado, cometeu falta sobre Galeno passível de outro cartão e consequente expulsão, deixando-nos com um a menos. 

No entanto, estas trocas revelavam-se insuficientes. Faltava quem cruzasse do lado esquerdo para o craque sueco: Gonçalo não tem esse treino nem essa rotina. Impunha-se meter Nuno Santos em campo: assim aconteceu aos 61', por troca com Paulinho, que continuava a pecar por falta de comparência.

No mesmo minuto entrou Morita, para a saída de Diomande: Gonçalo era devolvido ao lugar natural, o meio-campo passou a carburar com a temível dupla formada pelo dinamarquês e pelo nipónico, municiando o ataque.

 

Deu resultado. Os portistas passaram a gerir o resultado, cedendo iniciativa com bola ao Sportins nessa meia hora final. Nenhuma substituição feita por Sérgio Conceição melhorou a prestação azul-e-branca, ao contrário do que sucedeu connosco. 

Acentuou-se a pressão atacante. Geny e Nuno Santos funcionavam como tenazes comprimindo o bloco defensivo adversário composto por Martim, Zé Pedro, Otávio e Wendell. A nossa primeira oportunidade surgiu enfim, aos 65': Morita teve oportunidade de marcar, mas a bola sofreu um desvio caprichoso na perna de um defensor.

A mera presença de Gyökeres basta para pôr os adversários em sentido. Sucederam-se os alívios atabalhoados, os desvios para canto. Os assobios que as bancadas dedicavam a Nuno pareciam ter o condão de lhe estimular a veia atacante. O que produziu estragos para o FCP: um cruzamento teleguiado a partir da esquerda encontrou a vitoriosa cabeça de Viktor, que encaminhou a bola no rumo certo: Diogo Costa tentou voar, mas ela já se fora aninhar nas redes.

 

Os nossos tiveram a atitude certa. Em vez de perderem tempo com festejos, abreviaram o recomeço. E fizeram muito bem, pois daí a um minuto nascia o nosso segundo golo. Já com Edwards em campo, desde o minuto 88. Geny endossou-lhe a bola, junto à linha direita, o inglês progrediu com ela, fez rápida tabelinha com o sueco, avançou mais uns metros com ela dominada e cruzou com o pior pé, o direito, fazendo um túnel a Zé Pedro. Gyökeres tratou da emenda à boca da baliza, empatando a partida.

Não bisávamos tão rapidamente desde Novembro de 1977, numa partida com o Feirense. Autor da proeza: Manuel Fernandes, nosso histórico n.º 9. Justamente homenageado pela equipa leonina neste momento difícil do agravamento da doença que o afecta.

Conclusão: começámos mal, terminámos muito bem. Empate que soube a vitória para nós e a derrota para eles. Trouxemos um precioso ponto do Porto: já temos 81. Basta-nos uma vitória e um empate para nos sagrarmos campeões, com três desafios ainda por disputar.

O título vai-se desenhando no horizonte, cada vez mais próximo.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Erro inadmissível na reposição de bola custou-nos o primeiro golo. Redimiu-se parcialmente com uma boa defesa aos 44'.

St. Juste - Nervoso. Viu o amarelo aos 45'+2 por falta sem bola, desnecessária. Poupado a um segundo cartão logo a abrir a segunda parte. O treinador não tardou a dar-lhe ordem de saída.

Coates - Sofreu um túnel no primeiro golo portista, poderia ter feito melhor no segundo. Mas foi ele a iniciar o nosso primeiro, com magnífico passe longo para Nuno Santos.

Diomande - Pareceu jogar sobre brasas como central à esquerda. Errou passes, falhou recuperação de bola aos 28' em lance caricato. Saiu aos 61'.

Geny - Longe de fazer a diferença em duelos com Galeno. Momento alto: oportuna recuperação, aproveitando passe disparatado de Nico, dando início ao lance do nosso segundo golo.

Morten - Não andou bem no primeiro tempo. Facilitou o segundo golo portista ao escorregar em momento crucial. Melhorou muito na segunda parte, sobretudo com Morita a seu lado.

Daniel Bragança - Médio com aptidão ofensiva, tem dificuldade em recuar. Deu espaço no segundo golo deles. Pôs a equipa em risco com perda de bola aos 44'. Já não veio do intervalo.

Gonçalo Inácio - Peixe fora de água como ala esquerdo adaptado. Sem conseguir centrar, desposicionou-se com facilidade. Esqueceu-se de fechar o corredor no segundo golo deles. 

Trincão - Muito macio, foi presa fácil para os adversários. Protagonizou lance vistoso, mas inconsequente, na grande área portista aos 25'.

Pedro Gonçalves - O mais inconformado do nosso trio atacante inicial. Enviou a bola à malha lateral (9'), rematou ao lado (39'), atirou rasteiro à figura (70'). Insuficiente.

Paulinho - Alinhou de início. Mal se deu por ele: entregou-se à marcação, sem conseguir abrir linhas de passe. Cabeceou por cima após canto (16'), falhou emenda (25'). Saiu aos 61'.

Gyökeres - Fez toda a segunda parte. Marcou aos 87' e aos 88', primeiro com a cabeça, depois com o pé: foi a figura do encontro. Bisou pela 11.ª vez na temporada. Já marcou 26 na Liga.

Eduardo Quaresma - Substituiu St. Juste (50'). Atento, concentrado, dinâmico. Pressionou bem atrás, passou com critério. Aos 76', sacou amarelo a Wendell. Merece ser titular.

Nuno Santos - Substituiu Paulinho aos 61'. Grande diferença, para melhor. Deu trabalho incessante aos adversários. Assistência brilhante no nosso primeiro golo, que inicia a reviravolta.

Morita - Entrou aos 61', rendendo Diomande. Ajudou a arrumar o meio-campo, organizando-o com eficácia. Foi dele a nossa primeira oportunidade, aos 65': podia ter marcado. Muito útil.

Edwards - Rendeu Pedro Gonçalves (86'). Dois minutos depois, na primeira vez em que tocou na bola, assistiu para o segundo golo. Expulso aos 90', após ter encostado a mão na cara de Galeno.

Tornar tudo mais difícil

Quatro grandes oportunidades desperdiçadas pelo Sporting na segunda parte, há pouco, em Bérgamo. Três delas escandalosas, por responsabilidade de um Pedro Gonçalves irreconhecível. Incapacidade total na finalização.

Vimos de lá com um empate (1-1) quando podíamos ter vencido até por mais de um golo de diferença. O que nos deixaria em primeiro lugar no nosso grupo, quase com presença garantida desde já nos oitavos-de-final da Liga Europa.

Temos esta mania de tornar tudo mais difícil.

Há dúvidas?

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Hoje podemos ter queixas sérias sobre a arbitragem em Braga:

1) O golo anulado a Hjulmand é escandaloso, porque, como se vê na imagem, o guarda-redes tem visão total sobre o lance, vê o jogador a armar o remate e vê a bola a sair na sua direção para dentro da baliza. O remate era indefensável e Pote até se desvia da bola para não lhe tocar;

2) A falta de Daniel Bragança sobre Djaló é mal marcada e dá origem ao golo do empate;

3) Houve dualidade de critérios em várias ocasiões do jogo e a pior é talvez a falta terrível que Bragança sofre junto da área do Braga e que deveria ter dado origem a cartão vermelho direto.

Tirando isto, e não são apenas pormenores, Amorim mexeu muito mal na equipa. Hjulmand fez falta no meio campo, tal como Nuno Santos na lateral esquerda. Parece-me que precisamos de um ou dois médios que possam ser alternativa a Morita e ao dinamarquês. Há lesões, castigos e baixas de forma durante uma época e já se viu que não será Bragança (e muito menos Essugo) a colmatar esta falha.

Sobre os extremos já muito se falou, claro que também são bem-vindos pelo menos dois. Um para cada lado. Edwards está claramente num mau momento de forma, parece abstraído de tudo no jogo. Trincão é, tal como o inglês, capaz do melhor e do pior. Este ano, para variar, temos ponta-de-lança mas temos outras carências. Que sina.

Menos mal que seguimos na frente com 10 pontos em 12 possíveis. Vamos em frente!

Uma época de equívocos

Quando ontem, ao intervalo do jogo com o Benfica, a equipa estava confortavelmente a vencer por duas bolas a zero, interpretando de forma sublime as ordens do treinador, subjugando um adversário valoroso, como se veio a verificar, que esta época demonstrou estar muitos furos acima do futebol praticado nas últimas épocas e que poderia ter ido para intervalo com outra expressão, não fora Pedro Gonçalves falhar um golo feito (hoje passou completamente ao lado do jogo, mais uma vez) e Esgaio (uma excelente exibição) obrigar o GR dos visitantes a defesa apertada a remate que ia lá pra dentro, nada fazia prever o descalabro táctico, físico e anímico que veio depois.

Esta, a da primeira parte, foi a equipa dos jogos com Frankfurt, com Arsenal, com Benfica na Luz, até com Porto no Dragão e em Alvalade (apesar do resultado, não esquecer os gamanços do Pinheiro) e na Pedreira e em Alvalade com o Braga, p.e. A equipa que todos queremos, do adepto ao treinador e que apareceu muito poucas vezes esta época.

Depois do descanso houve uma estranha metamorfose e a equipa que estava a sair bem da defesa, com segurança de passe, com o meio campo controlado, de repente começou uma onda de pontapé para a frente, a perder bolas em zona de perigo e sentiu-se que algo de Mr. Hyde se estava a sobrepor ao Dr. Jekyll perfeitinho até aí.

Todos no estádio se aperceberam que à onda de euforia que viveram na primeira parte, se adivinhava uma segunda de sofrimento. Não sei que disse Amorim aos jogadores ao intervalo, mas quase todos os da defesa desceram de rendimento, a começar por Diamonde que esteve no melhor, o golo que marcou e no pior, os dois que consentiu de forma infantil e acabando em Coates que definitivamente já vai pedindo alguém para o seu lugar. Hoje errou várias vezes, com prejuízo e perigo para a nossa baliza. Temos de volta o Coates trapalhão, o que foi uma constante das últimas jornadas. E ele não merece, que foram dele muitos dos golos que nos deram o título.

Há depois aquilo a que o treinador define como "verdice", falta de traquejo, demasiada juventude, falta de calo. É capaz de ser verdade, mas quem marcou o segundo do Benfica foi um puto imberbe, quase, que terá menos calo que qualquer dos nossos que estiveram em campo hoje.

Outro equívoco foi desfazer a dupla dinâmica que na primeira parte tão bem funcionou, fazer sair Morita sem fazer recuar Pedro Gonçalves, foi uma espécie de hara-kiri, agravado com a saída de Nuno Santos, que se atirou para o chão para queimar tempo e o treinador interpretou com dificuldade física. A juntar a isto, a saída de Esgaio, que foi o nosso melhor na primeira parte, com duas assistências e um remate perigoso, deixou-nos numa situação caricata, a saber: Na primeira parte, sem ponta de lança fixo, usámos e abusámos dos centos para a área, na segunda, com um PL em campo, nem um centro para amostra. E realmente Arthur, Matheus, Paulinho e Essugo não vieram acrescentar nada ao jogo do Sporting, antes pelo contrário.

Eu diria que o Sporting mais uma vez se pôs a jeito e como se a coisa tem tudo para correr mal, connosco corre, mais uma vez desperdiçámos um pecúlio bom, deixando-nos empatar num jogo em que fomos claramente melhores num período em que poderíamos ter matado o jogo e fomos metidos no bolso noutro, podendo agradecer o jogo ter terminado evitando males maiores.

Dizem-me que Duarte Gomes e a SportTV consideram que o 2.º do Benfica foi mal validado por fora de jogo posicional de um seu jogador, que impediu Coates de disputar a bola. Não vi, mas vindo de quem vem, acredito, sem deixar de dizer isto em relação ao lampião Pinheiro, que hoje estando amestrado pelo seu guru do norte, foi o escorpião que é e como é de sua natureza, foi incapaz de anular um golo ao seu clube do coração, talvez perdendo com isso uma excursão a um sultanato qualquer, ou a umas ilhas remotas. Quando um tipo é mau e incompetente, o favorecimento está-lhe na massa do sangue. Não foi contudo por isso que perdemos (digo perdemos porque é essa a minha sensação) este jogo. Perdemos este jogo porque na segunda parte fomos o Sporting que nenhum de nós quer.

Vem aí uma nova época, onde queremos muitos jogos, de preferência todos, como esta primeira parte. A pressão está toda em cima de Amorim. Oxalá tenha solução para as extirpações que se avizinham.

E olhem, apesar dos equívocos da segunda parte, acho que caímos de pé e a vitória nos assentaria muito bem e serviria para dar um belo par de coices, em sentido figurativo claro, no Bonzinho, na RTP, na SIC, na TVI e nos demais que anteviram a festa benfiquista em Alvalade como se fosse uma inevitabilidade. Como dizia a minha querida avó Matilde, nascida em 1917 e que frequentou a escola, coisa rara no interior do país e era uma mulher extraordinária, "cagou-lhes o cão no carreiro, coitados que iam tão direitinhos".

Rúben Scolari

Jornalista: Então e o mister foi expulso porquê?

Ruben Scolari: Eu só estava a defender o minino, o, o, o, o Pêdrinho.

Jornalista: Então e a falta de eficácia, como explica?

Ruben Scolari: Bom, cês viram, foi um massacre de bolas para a baliza e sem ninguém para empurrar a minina pro véu da noiva.

Jornalista: Notou-se a falta de um avançado-centro, um matador...

Luis Felipe Amorim: Até parece que não viu o Chermiti.

Jornalista: Mister e a saída do Nuno Santos, que estava a metê-las lá mesmo no sítio com cruzamentos certeiros?

Luís Ruben Felipe Amorim: Não viu mesmo o Chermiti!

Jornalista: Quem, eu ou o Nuno Santos?

Ruben Luís Amorim Scolari: E o burro sou eu?

Jornalista: ahhhh...

Assessor de imprensa in extremis: Meus senhores, ficamos por aqui, obrigado pela vossa presença.

Ruben Scolari: Mas eu só queria difendê o minino...

Alguém lá atrás: Cala-te, pá! Metam-lhe mazé um par de orelhas e obriguem-no a repetir cem vezes "sou burro" e outras cem "não sei fazer substituições".

Outro alguém lá mais atrás: Cala-te Varandas, senão ele desconvoca-te.

Hugo Viana saiu sorrateiro.

 

Adenda: escusam de entrar os que se referem, de forma pouco simpática, aos meus colegas de blog, ainda que eu possa concordar com o essencial do comentário no que a outras pessoas diga respeito. A cabecinha não consegue atamancar uma dúzia de linhas sem ofender o próximo? Vá lá, digam o que vos vai na alma, que sois livres de o dizer sem ofender ninguém.

Quando apenas se ambiciona o empate

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Espero que mais logo a equipa das quinas faça bem melhor, na recepção à turma da Sérvia, do que fez na quinta-feira, em Dublin. Lamento a paupérrima exibição no empate a zero frente à da Irlanda, tanto mais que o meio-campo era "leonino": Palhinha e Matheus Nunes reproduziam na selecção a habitual dupla do nosso onze titular, tendo pela frente Bruno Fernandes, que mesmo no Manchester United continua a respirar Sporting por todos os poros.

Não funcionou. Fernando Santos mandou descansar os jogadores à bica do terceiro amarelo (menos Palhinha, que escapou à sanção nesta partida, mantendo-se apto a defrontar os sérvios) e assim transmitiu a mensagem errada aos jogadores, aliás reproduzida na conferência de imprensa após o desafio: tanto fazia vencer por cinco como empatar a zero, o pontinho bastava. Como se não estivesse em causa a reputação do emblema das quinas, que subiu ao posto mais elevado do pódio no Campeonato da Europa de 2016 e na Liga das Nações em 2019. Convém não esquecer que somos uma das quatro selecções do continente que neste século ainda não falhou uma fase final do Euro ou de um Mundial.

 

Espectáculo deprimente, pois. Bruno - lamento reconhecer - jamais consegue na selecção o nível de virtuosismo e de eficácia alcançado nos clubes que tem representado. André Silva, outra nulidade com a camisola das quinas - talvez por ter que jogar a extremo. Um tal Rafael de erróneo apelido Leão, entrado aos 56' e saído aos 83', parece ter calçado só por afronta ao Sporting: mal tocou na bola. João Félix, em campo desde o minuto 75, evidenciou no batatal irlandês a gloriosa mediocridade que tem exibido no Atlético madrileno. 

Danilo adaptado a central na selecção não lembra ao careca, havendo o campeão europeu José Fonte no banco. Dez jogadores de campo sem um só esquerdino é outra aberração: dos onze que entraram de início, apenas Rui Patrício joga com o pé canhoto.

Pepe, ainda pior: sofreu um apagão mental como se tivesse apenas 18 suaves primaveras e fez-se expulsar de modo infantil. Parecendo ter medo de defrontar hoje a Sérvia. Comportamento inqualificável manchando o dia em que o central portista se tornou o jogador mais velho de sempre a vestir a camisola da selecção nacional, com 38 anos, oito meses e 16 dias. Ultrapassando por 13 dias a anterior marca, de Vítor Damas.

 

A Irlanda jogava só pelo brio, tentando cair de pé já sem a menor hipótese de qualificação para o Mundial do Catar. Com futebolistas de nível muito inferior aos nossos: basta lembrar que dois dos onze que alinharam de início actuam na terceira divisão lá do país. 

Mesmo assim foi deles a melhor oportunidade para desfazer o nulo. Aos 26', num remate de Callum Robinson, com Rui Patrício a voar para evitar o golo. Dos portugueses, só o guarda-redes merece nota positiva. Desta vez nem acompanhado por Cristiano Ronaldo, que teve duas oportunidades de marcar, perto do fim: na primeira, cabeceou a rasar o poste; na segunda, rematou de ângulo apertado, permitindo a defesa. 

É verdade que passámos a liderar o nosso grupo de apuramento para o Mundial e apenas dependemos de nós. No entanto, há que fazer muito melhor frente aos sérvios, logo à noite, para garantir o apuramento. Basta um empate, como disse Fernando Santos. Mas a maneira mais estúpida de perder, muitas vezes, é mesmo essa: quando se joga só para o pontinho.

Nem deslumbrado nem derrotista

Não sejamos bipolares. Dos dos nervos e das emoções e dos que acham que isto é a dois, que é só dos dois do costume. Não é. Estamos cá nós para o provar. 

Isto é uma maratona e ninguém nos disse que ia ser fácil. Antes pelo contrário. Como aliás ninguém nos prometeu uma corrida de duzentos metros sem barreiras. Antes pelo contrário.

Aqueles que nos representam, no campo e fora dele, têm sido verdadeiros connosco. Desde a primeira hora que nos ensinaram que isto é jogo a jogo. E que é muito difícil. Muito difícil.

Se nunca me deslumbrei com a campanha extraordinária que temos feito esta época - os foguetes nem sequer os comprei quanto mais tê-los atirado! -, também não vou embarcar no discurso de que está tudo perdido porque encaixámos dois empates seguidos e perdemos a confortável vantagem de dez pontos para o segundo classificado. 

Ontem custou a não conquista dos três pontos. Chiça se custou... Perdidos ainda por cima por culpa nossa.

Falhámos, não uma carrada, mas um camião de golos cantados. Fomos de uma superioridade técnica e táctica face ao adversário indiscutível. E não quero com isto garantir uma vitória moral, que dessas está o Inferno verde e branco cheio.

Talvez tenhamos jogado a passo num ou noutro momento do jogo, mas as mexidas na equipa (porventura algumas delas tarde) produziram jogo de equipa grande, reduzindo o adversário ao seu reduto defensivo. Não me quero enganar nem a ninguém, julgo que o Famalicão desde o golo que marcou só rematou de novo à nossa baliza na segunda parte e esta avançada. 

Têm dúvidas na equipa, não tenham.  Se tiverem dificuldade em nela acreditar, aconselho-vos, vejam a conferência de imprensa do Rúben Amorim no pós-jogo. Aquilo é um bálsamo de lucidez, determinação, rumo e liderança. Já tenho ouvido que o nosso timoneiro estava ontem mais nervoso e instável do que o habitual (leitura inicialmente propagada pelos narradores televisivos da partida), discordo. Vi um RA igual a si próprio. Comprometido com a equipa,  tomando-lhe as dores e investindo nela pondo-a mais ofensiva. Querendo ganhar o jogo.

O fecho deste abrupto tem confiança e crença suportadas pela consistência que este Sporting tem apresentado já lá vão meses e largos: Jogo a jogo vamos ser campeões!

Incongruências

O que leva um árbitro a deixar que uma equipa distribua "fruta" de criar bicho e mostre um amarelo ao Palhinha logo aos nove minutos, numa jogada igual a tantas outras contra nós que nem falta o homem marcou?

O que leva o Porro a deixar o Rúben Vinagre (bom jogador) ir por alí abaixo sem fazer falta, talvez temendo um amarelo e depois leva o mesmo amarelo por protestos? Na primeira poderia ter evitado o golo, na segunda não evitou nada...

O que faz o Sporting andar a passo nas primeiras partes dos jogos e depois a correr atrás do prejuízo nas segundas partes?

O que me faz a mim andar preocupado com o facto de Jovane se ir embora, se o rapaz falha a cinco metros da baliza?

Porque é que a gente viu um penalti ser assinalado sobre o Rafa (Benfica) na jornada anterior e não vimos ser assinalado outro, do tamanho dos Jerónimos, sobre o mesmo Jovane, mesmo ao cair do pano?

já agora, para quê dizer que levamos seis de avanço, se na realidade para aquele adversário são apenas cinco?

De todas as finais que faltam até final, passe a redundância, duas são com Braga e Benfica. Basta tropeçarmos nesses...

Só ganhámos um ponto por culpa nossa

Falhámos golos, muitos. Gerimos o resultado, cedo demais. Para mim foram estas as principais e mesmo únicas razões para sairmos de Moreira de Cónegos sem a confortável vantagem de dez pontos sobre o segundo classificado do campeonato.

Quero com isto dizer o óbvio: continuamos líderes e ainda com uma folga considerável sobre o rival mais directo, mas isto é mesmo jogo a jogo. E eu nunca atirarei um foguete antes da festa. Nessa esparrela não caio.

E se é certo que no próximo embate ainda poderemos dar-nos ao luxo de falhar golos e gerir o resultado cedo no jogo, também espero que assim não seja. Primeiro porque não tenho nervos para uma coisa dessas e depois porque penso que o Sporting é equipa grande, capaz de vitórias categóricas, feitas de controlo e domínio do jogo. Como tão bem tem demonstrado ao longo da esmagadora maioria das jornadas desta época.

Falta intensidade

Texto de Sol Carvalho

Não ha crucificações até porque não estamos no calvário. Mas não posso deixar de fazer duas notas: 

- Plata é um jogador típico de futebol de rua... quando são génios disfarçam dando ao futebol toda a beleza do inesperado, da "ginga". Quando não o são têm de perceber que a dinâmica do futebol moderno é outra, sob o risco de serem mais nocivos do que úteis.

- A segunda é uma péssima memória que me vem de Silas. Na obsessão do ataque organizado é preciso organizar as malas, as roupas, os sapatos e tudo antes de partir para a frente. Nas calmas (??). Só que, com esse tempo todo, os outros já lá estão... Falta intensidade e perceber que 1-0 nunca é resultado seguro e devemos partir para cima deles quando se mostram mais frágeis. Mas fizemos precisamente ao contrário...

 

Têm a palavra o treinador e os jogadores.

Mantenho intactas as esperanças mesmo admitindo que um terceiro objectivo se possa perder para a semana. O que não me espantaria desde que se "coma a relva". Como já o fizemos em momentos recentes.

Desperdício

Era uma obrigação ganharmos ao Rio Ave, mas faltou-nos estofo de campeão. Não há volta a dar a esta evidência.
Equipa jovem ainda a lamber as feridas da eliminação da Taça e com a possibilidade de reforçar a liderança da Liga foi uma mistura pesada, demasiado pesada de suportar.
Com o empate no Dragão entre Andrades e lampiões, tivéssemos ganho ao Rio Ave, teríamos mais 6 pontos que os principais rivais. Mas marcámos passo.
Ganhando ao Rio Ave daria sempre para aumentar o fosso para Benfica e ou Porto. 

Estas contas todos as fizemos antes da fraquinha partida que disputámos com os de Vila do Conde. 

Os campeonatos perdem-se com desperdícios destes. 

Trump devia contratar Lito Vidigal e nós kits de abre-latas e de marretas e um bom arquitecto

Quem passou por Alvalade, e falo da cúpula - e foram muitos ao longo desta já longuíssima travessia do deserto de ausência do título de campeão -, foi-nos prometendo a conquista da taça mais desejada. Em moldes diferentes, com narrativas diversas; uns até Outubro, outros até finais de Abril, fizeram-nos sonhar e acreditar que naquele ano é que era. Que todos iríamos, finalmente, reivindicar a praça do Marquês como coisa nossa. Festejando extasiados, gloriosamente encimados pelo leão que lá do alto e verde nos iria devolver à realeza a que verdadeiramente pertencemos no reino da bola. Mas...bola! 

Vem isto a propósito da máxima que nunca devemos esquecer e que reza assim: Promessas leva-as o vento, mas coisas promissoras, não. Essas, muitas vezes,  esbarram de frente contra um muro.  

Só agora chego junto do título deste postal, mas acredito que mais exauridos terão ficado os nossos, enquanto, em vão, tentaram derrubar o paredão erguido pelo Vidigal em pleno relvado de Alvalade.

"Build that wall" deverá ser mesmo a frase que Lito melhor conhece e mais diz em Língua Inglesa. Em português não há qualquer dúvida que é. Ele é um verdadeiro conhecedor da construção de muralhas e paredes, um especialista, um mestre... pedreiro.

Ora, tamanha elite, achamos nós, seria uma grande aquisição para o inquilino da Casa Branca e modelo capilar do Jovane (refiro-me apenas e só à cor da cabeleira, bem entendido). Com Vidigal, Trump cumpriria finalmente a promessa de anos, podendo isolar-se mais um bocadinho do mundo, desta vez atrás do tão desejado e totalmente intransponível muro.

Acontece que Trump não sabe da existência de Portugal e, portanto, menos ainda tem conhecimento de Lito Vidigal. Ou seja, o especialista em muros vai continuar por cá e, mais importante, continuará a erguer o seu talento nos campos de futebol lusos. 

Aqui chegados, a conclusão é óbvia. O Sporting terá de contratar no mínimo uma marreta (leia-se um ponta-de-lança matador), mais um kit de abre-latas, na forma de um jogador que desequilibre o jogo para o nosso lado, capaz de entrar nas malhas apertadas das vedações armadas por Vidigal e outros. Precisamos ainda de um arquitecto, um playmaker, um jogador que marque o ritmo e faça jogar, que veja o que mais ninguém vê em campo, descubra e crie oportunidades para o nosso sucesso ofensivo.   

O actual plantel não é uma promessa. É promissor. Façam com que não o leve o vento nem esbarre mais contra o muro, é o que peço aos responsáveis leoninos para a próxima temporada.

O futebol é assim

Depois duma jornada em que não tivemos arte nem engenho para ultrapassar uma equipa típica do Vidigal, que tal como no Bessa contou com a ajuda duma arbitragem medíocre que permitiu o anti-jogo do adversário e reduziu drasticamente o tempo útil de jogo, entramos para a última jornada com 3 pontos de vantagem sobre o adversário directo ao 3.º posto.

Com o Porto e Benfica com a situação resolvida qualquer resultado será plausível, no final dos jogos ficaremos a saber, mas só no caso do Braga ganhar e do Sporting perder ficaremos fora do podium, e obrigados às eliminatórias da Liga Europa.

Pois eu continuo a acreditar neste treinador e nesta equipa, mesmo reconhecendo a enorme falta de qualidade nalgumas posições-chave. Com Rúben Amorim os jogadores sabem o que devem fazer em campo, defendemos bem, conseguimos esticar jogo com facilidade, mas pecamos tremendamente nos últimos passes e centros que raramente chegam ao destinatário, e assim marcamos golos pela inspiração individual dum ou doutro.

Por outro lado, o Rúben está a construir o seu plantel para a próxima época, testando alguns nas posições em que ele aposta e não naquelas em que o jogador se sentiria mais confortável. Por exemplo, ter o melhor jogador do plantel a defesa central só faz sentido a pensar na chegada de jogadores de outro nível e capacidade dos actuais para jogar na frente. O único remate perigoso contra o Setúbal foi do... Acuña, obviamente.

Francisco Geraldes ocupou a posição natural do Acuña, mas é um peixe fora de água nessa posição e neste sistema do Rúben. Que mais uma vez esteve muito bem na conferência de imprensa. 

Voltando ao empate, que deixou os Sportinguistas tristes e frustados e os do costume muito excitados. O Man United, na véspera de visitar um concorrente directo pela Champions, recebendo em casa o 15.º classificado da Premier League e a precisar de ganhar, empatou. E não entrou em campo com seis sub-23... Entrou com o nosso Bruno, o Progba, o Martial e os do costume...

Mas mesmo assim empataram e por pouco não perdiam. O futebol é assim.

SL

Entre o mau e o péssimo

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Aqui fica o inventário minucioso dos erros cometidos pelos nossos jogadores ontem, em Alvalade, frente ao V. Setúbal. Uma sucessão de disparates indignos de uma equipa com os pergaminhos do Sporting.

Justifica reflexão. Para que isto não se repita.

 

1' - Muito bem servido num passe longo de Acuña, Tiago Tomás tenta um chapéu ao guarda-redes que sai muito por cima.

3' - Passe vertical de Acuña desperdiçado: Wendel, lá na frente, tem deficiente recepção de bola.

3' - Plata perde-se em fintas logo após a linha do meio-campo e acaba desarmado.

4' - Novo passe vertical de Acuña desperdiçado, desta vez entre as pernas dos defensores sadinos.

5' - Matheus Nunes serve Plata que, de costas para a baliza, deixa-se desarmar logo após a meia-lua.

6' - Próximo da grande área, Matheus Nunes lateraliza, permitindo intercepção.

6' - Francisco Geraldes ensaia um remate de meia-distância que aborta às mãos do guarda-redes Makaridze.

7' - Passe longo de Eduardo Quaresma cruza o meio-campo mas morre nos pés dum adversário, lá na frente.

8' - Francisco Geraldes tenta tabelinha com Wendel à entrada da grande área, mas o brasileiro perde a bola.

9' - Nuno Mendes deixa-se desarmar no final duma corrida pelo flanco esquerdo.

10' - Wendel entrega a bola a um adversário no meio-campo.

13' - Ristovski chega atrasado a um centro de Tiago Tomás já na pequena área.

13' - Matheus Nunes tenta isolar Geraldes, mas a bola perde-se pela linha de fundo.

14' - Eduardo Quaresma perde a bola em zona perigosa.

14' - Plata falha passe a Ristovski, atirando-a para fora.

17' - Ristovski leva uma eternidade a soltar a bola, permitindo reorganização defensiva da turma sadina, que tapa Tiago Tomás.

18' - Bola longa de Coates perde-se lá na frente.

19' - Pressionado por dois adversários, Eduardo Quaresma perde a bola na sua zona de intervenção.

20' - Matheus Nunes deixa-se desarmar no meio-campo.

22' - Passe vertical de Acuña perde-se lá na frente.

24' - Plata conduz ataque inócuo, como se jogasse sozinho, acabando facilmente interceptado.

25' - Bem servido por Geraldes, infiltrado na grande área, Tiago Tomás chuta para a bancada em zona frontal.

26' - Recebendo passe de Acuña, Wendel perde a bola.

33' - Passe arriscado de Coates, em zona dianteira, interceptado pelos sadinos.

34' - Eduardo Quaresma, muito inseguro, entrega a bola a um adversário.

37' - Na marcação dum livre, Acuña remata muito ao lado.

38' - Francisco Geraldes conduz a bola sem a soltar, permitindo intercepção à entrada da área.

39' - Bem servido por Wendel, num passe longo cruzado, Ristovski reage tarde, deixando-a sair pela linha de fundo.

43' - Ristovski cruza mal, oferecendo a bola na grande área.

48' - Muito bem servido por Vietto, Francisco Geraldes deixa fugir a bola pela linha de fundo.

50' - Passe longo de Coates não chega a ninguém.

51' - Matheus Nunes deixa-se desarmar no meio-campo.

57' - Tiago Tomás incapaz de receber bola de Plata, no flanco direito.

58' - Passe longo de Acuña morre na defensiva adversária.

58' - Matheus Nunes perde a bola na faixa central.

61' - Plata remata para a bancada.

63' - Acuña: passe longo para ninguém.

65' - Acuña falha passe para Geraldes.

70' - Passe demasiado longo para Vietto acaba por perder-se na linha de fundo.

78' - Francisco Geraldes falha meia-distância, atirando muito por cima.

79' - Vietto, em vez de um passe, remata... para a linha de fundo.

81' - Tentativa de remate de Joelson acaba em passe ao guarda-redes.

83' - Acuña falha passe, entregando-a a um adversário.

84' - Acuña centra para ninguém.

85' - Vietto perde a bola à entrada da área.

85' - Vietto falha passe em lance ofensivo.

87' - Passe longo de Coates perde-se lá no fundo.

90'+2 - Wendel oferece a bola na grande área leonina, criando a única situação de golo para o V. Setúbal.

Seis minutos e meio

Keizer disse que estivemos bem até aos seis minutos e meio, momento em que sofremos o golo.

Tendo em conta que o único jovem da equipa era Thierry Correia, como é que se justifica que uma equipa de homens feitos trema perante um Marítimo treinado por um tipo que teve uma vitória em toda a última edição da liga?

Seis minutos e meio. O que se passa, Sporting?

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