...encontro um amigo que é funcionário do Sporting.
Durante a hora em que estive na fila falámos sobre o Sporting, sobre as pessoas, sobre os candidatos, sobre a Academia.
Eu a dizer que iria votar Benedito ele a dizer-me que já tinha votado Varandas.
Ele que conhecia a maioria das pessoas que integravam a lista do Varandas para gerirem a Academia, que é onde trabalha. Que era gente boa e profissional, que sabem os problemas, que querem ajudar o Sporting, que pedem opiniões a quem lá trabalha.
Eu a argumentar que apesar disso não gostava do modelo presidencialista que tinha para gerir o futebol, que preferia o do João. Aqui estivemos de acordo.
A conversa desenrolou, mantive o meu voto, mas fiquei mais descansado.
Agora que temos, todos, um novo presidente, vamos apoiá-lo e continar a lutar pelo nosso Grande Sporting!
Votei por volta das 10h40. Além do sentimento de dever cumprido, apoderou-se de mim uma enorme felicidade. Ver os Sportinguistas a dizerem presente, a apresentarem-se unidos e acima de tudo com uma enorme e gigante nobreza de carácter.
Passei muito tempo à baliza quando jogava à bola. Primeiro fui desterrado para os postes (um deles era um poste de iluminação pública e o outro, marcado por umas pedras no chão, tão virtual quanto a barra) devido à morfologia. Mas depois ganhei jeito, acabando por sentir que estava a trair um desígnio quando outras valências me fizeram subir para lateral direito ou trinco.
Qualquer guarda-redes poderá confirmar que essa é a posição em que mais tempo se tem disponível para ‘ler’ o jogo, analisar o que de bem e de mal as duas equipas vão fazendo. A não ser, claro está, quando o confronto de forças é tão desequilibrado que o estado de alerta é permanente e o objectivo reajustado da inviolabilidade das redes (no meu caso virtuais) até a um resultado o menos desnivelado possível.
O meu voto - e trata-se literalmente de um voto, pois segui durante quase toda a vida o ensinamento de Groucho Marx quanto a pertencer a clubes que me aceitem - neste sábado será entregue a João Benedito. Não só por solidariedade entre defensores da linha de golo, daqueles que não têm medo de arriscar e que avançam no terreno quando é preciso virar o resultado.
Gostaria que João Benedito tivesse mais experiência e conhecimento do futebol profissional. Mas acredito que recuperará depressa desse atraso e que aplicará uma gestão inteligente e estratégica ao desporto-rei, incutindo-lhe o espírito de conquista que existe nas outras modalidades.
Além do seu valor intrínseco, Benedito rodeou-se de uma excelente equipa, com pergaminhosno clube e currículo no dirigismo desportivo. De todos ele só conheço um, há muitos anos, mas tenho a absoluta certeza de que darão o seu melhor para reverterem os actuais problemas do Sporting.
Ignoro se Benedito irá vencer (em número de eleitores e em número de votos), mas estou optimista, pois reconheço na equipa e no projecto de Frederico Varandas grandes qualidades, tal como reconheço a Dias Ferreira. Espero que o próximo presidente saiba reconhecer o valor dos adversários e das suas ideias, a bem do Sporting.
Durante estes meses de pré-campanha e campanha eleitoral vários tipos de texto ocorreram-me escrever. A verdade é que o voto nesta situação terá sempre algo de adepto. Por mais bem fundamentado que possa ser!
A minha conclusão deste processo todo é existir a transferência do adepto que temos em nós, o nosso lado emocional, para algo que é puramente racional - a capacidade de julgar os diversos modelos e propostas levadas a votos. Mas tal acontece, porque a generalidade dos sócios não têm conhecimento total da real dimensão das estruturas do clube. Fazendo desta forma com que se vote mais com o coração do que com a razão. Talvez isto explique anteriores resultados eleitorais.
Eu sou um desses. A verdade é que não domino todos os aspectos do clube, e aquilo que verdadeiramente importa para mim é o desporto. Aquilo que o clube representa no desporto, o que o clube faz pelo desporto, e por consequência, o que o desporto traz de bom à sociedade, no que toca à transposição de princípios e valores. E no Sporting, na cultura em que cresci, as duas coisas fundem-se, são uma e a mesma coisa. Sporting é desporto, são princípios e valores!
Tudo o que despoletou este processo eleitoral - advindo da crise institucional, e arrisco dizer de uma crise existencial - foi precisamente o distanciamento dessa cultura, dessa forma de estar, de Ser. No Sporting ganha-se com Esforço, Dedicação, Devoção, Transparência, Competitividade, Amizade, Verdade, Superação, Identidade, Solidariedade, e tantos outros valores universais e humanos, que fazem a Glória, da instituição - mas a instituição é formada pelos associados que perfilham a mesma identidade, onde e em cada um reside o exemplo de agir. A Glória do Sporting é a nossa, mas também a daqueles que nos rodeiam sejam de que clube forem. Porque nós devemos guiar pelo exemplo, pois não ganhamos a qualquer custo, sabemos jogar e sabemos ganhar.
Isto tudo para dizer, que na condição de sócio e adepto, tenho dois votos. E o que valem esses dois votos para mim? De forma a dar-lhes mais peso atribuí nomes. Um voto pelo Passado, e Um voto pelo Futuro, para mudar o presente. E para mim esses dois votos têm de ser canalizados ao candidato que melhor espelha a cultura e a identidade Sportinguista - que é o mesmo que escrever não serem séquitos do croquetismo, nem do brunismo.
Como não tenho informações privilegiadas; daquilo que li, da postura que vi, e daquilo que sinto, escrevo-o conscientemente: o João Benedito terá os meus votos para Presidente do Sporting Clube de Portugal. Ninguém nasce presidente de nada, um presidente constrói-se à medida que se vai ultrapassando desafios. A capacidade que deve ter é a de liderança e de agregar pessoas com valências e conhecimentos.
Depois de presidentes amantes de frituras, de presidentes-adeptos, quero um Presidente-Capitão, capitão de todos os atletas, de todas as equipas, mas especialmente capitão da família Sportinguista, que nos agregue e nos faça jogar, pela Glória ao Desporto, pela Glória do Sporting!
Deixo um apelo a que todos vão votar para reforçar a legitimidade de quem for eleito.
Faltam três dias para as eleições e confesso que continuo indeciso.
Provavelmente não conseguirei votar porque não estarei em Lisboa e se esta indecisão se mantiver, provavelmente não farei qualquer esforço para chegar antes do fecho das portas.
É quase unânime entre os meus amigos sócios esta indecisão (e há-os de vários quadrantes, se permitem o termo), fruto da falta de uma verdadeira alternativa, ou pelo menos uma que galvanize com as suas propostas.
O Pedro Azevedo já o disse aí num comentário e é o que eu penso também, nenhum dos candidatos se preocupou em apresentar um projecto de sustentabilidade que não seja alicerçado nas vendas de jogadores e convenhamos que a conclusão a que ele chegou é perfeita, é mais do mesmo.
Estou pois indeciso, mas sei em quem não votarei. Não votarei no tio José Maria; Não votarei por razões óbvias no City; Não votarei no empresário Fernando Pereira, por muito respeito que me mereça; Não votarei em Rui Rego, porque não me parece ter nada a acrescentar e não votarei em Frederico Varandas, pelo lastro que enche a sua candidatura. Estou indeciso entre Benedito e Dias Ferreira, não sei se hei-de dar o meu aval ao novo pelas suas ideias inovadoras em detrimento do mais velho, ou se ao mais velho pela sua sabedoria e tudo o que isso possa ser uma mais-valia para o clube, em detrimento do mais novo. Quando eu era criança, o "velho" era levado em conta e era respeitado e venerado, hoje há a cultura de que o que é velho não presta e há que dar lugar aos novos.
Não sei. Até Sábado decido uma de três hipóteses, ainda há muito tempo.
Mas também porque considero fundamentais e substancialmente diferenciadoras, em relação a Frederico Varandas, duas das suas propostas:
1) o modelo organizacional do futebol:
O presidente a delegar num vice presidente a àrea do futebol, que por sua vez, e apenas para o futebol sénior, terá um Director Desportivo e abaixo deste, de forma horizontal, um team manager, o treinador e o scout profissional sénior, faz-me muito mais sentido do que ter um presidente directamente responsável pelo futebol com uma estrutura directa e horizontalizada com team manager, treinador e scout profissional sénior, como propõe Frederico Varandas.
2) a de ter um CEO para a área não desportiva:
Parece-me de cabal importância ter alguém transversal ao Sporting que assegure uma estratégia de valorização dos principais activos não desportivos, nomeadamente, estratégia comercial, gestão financeira de médio/longo prazo, relacionamento institucional e estratégico com os principais stakeholders, potencialização da marca Sporting, gestão do património imobiliário, relações internacionais.
Uma última razão: João Benedito provou inequivocamente durante a campanha que foi o candidato que mais evoluiu no seu discurso e que teve a capacidade de se adaptar a todas as circunstâncias mesmo quando o retiraram da sua zona de conforto. Em sentido contrário, Varandas, passou a campanha toda a dizer exactamente as mesmas frases em todas as entrevista e intervenções. Quando as perguntas não iam nesse sentido, utilizava o método da aproximação da resposta.
O próximo presidente tem que ter capacidade de ouvir e de se adaptar, não pode ser um pretendente a actor que decora apenas o seu texto e o debita de forma igual mesmo quando o seu colega de cena se enganou e saltou 3 falas...
Disclaimer: neste momento ainda não sei em quem vou votar, apenas em quem não vou votar. Por isso este e outros textos (anteriores e futuros) não são a favor de nunhum dos outros canditatos, mas apenas a minha opinião sobre aquele que, num momento inicial, me parecia, e provavelmente à maioria do universo sportinguista, o mais bem preparado para o cargo, mas que a cada aparição pública que faz demonstra exactamente o contrário.
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Manuel Fernandes é um símbolo do Sporting, foi um grande jogador, grande capitão e é um grande sportinguista.
Mas alguém minimamente informado e atento à sua personalidade acredita que ele percebe alguma coisa de scouting ou que tenha capacidade para liderar um departamento de scouting ou de outra coisa qualquer?
Deve estar na Academia com algum tipo de funções? Não sei. Duvido fortemente das suas competências técnicas.
Tem lugar no universo Sporting? À partida sim, mas não sei em que função. Certamente que a liderar um departamento tão importante como o de scouting não.
Beto foi capitão, não foi um grande jogador e é sportinguista.
Se lhe reconheço alguma capacidade para poder ocupar o lugar de Team Manager? Obviamente que não.
Reconhecesse-lhe capacidade de liderança, de gestão de conflitos, de gestão de equipas? Olho para o currículo e para o histórico de aparições públicas e não me parece.
Frederico tem um sonho. Que não é propriamente ser Presidente do Sporting, mas sim ser Director Geral para o Futebol com carta branca da Administração da SAD para dirigir todo o futebol.
A oportunidade apareceu. Por outro caminho, é certo, mas, legitimamente, pretende agarrá-la.
Para poder colocar em prática o sonho pensou numa estrutura organizacional ultra verticalizada e com pessoas facilmente submissíveis para poder dirigir todo o futebol sem intromissões.
Porque, desenganem-se, a única coisa que o homem quer é mandar sozinho em todo o futebol. O resto é acessório e está lá o Miguel Cal para ser o presidente sombra. Desde que não interfira no futebol...
Porque é que Frederico Varandas pensa assim? Porque sabe tudo de futebol.
E porque é que sabe tudo de futebol? Porque tem cerca de 4000 dias como profissional de futebol...
Já aqui fiz menção ao podcast Sporting160, mas reparo agora que falta um post mais completo. Fá-lo-ei em breve.
Serve por agora este post para informar que o Sporting 160 convidou os candidatos à presidência do Sporting com o fim de esclarecer os ouvintes do podcast, tendo o programa de dia 22 como convidado, ainda que não seja candidato, Bruno de Carvalho. Quando souber mais datas, divulgo também aqui.
E se acho que vale a pena partilhar, é porque o João, o Pedro e o Zé saem do convencional no que diz respeito a perguntas. Não será um programa formatado com as perguntas do costume que todos já nos cansámos de ouvir. Ficam então convidados a ouvir.
Actualização 21-08-2018: hoje às 22:30 há entrevista com João Benedito, e dia 29 o convidado é Dias Ferreira
Era uma vez um clube que tinha um presidente irresponsável, inconstante emocionalmente e que desbaratou um enorme crédito junto dos sócios e adeptos "enquanto o diabo esfregou um olho". Esse clube viveu uma situação delicada com a deserção de alguns dos seus melhores jogadores, alguns deles da sua própria formação, jogadores com mais de dez anos de casa, que lá estavam desde crianças. Com razão ou não, não vem agora ao caso, saíram por sua exclusiva vontade, preocupando-se apenas com os seus interesses.
O presidente haveria de, em simultâneo quase, ser ele próprio destituído por uma larga maioria de sócios em Assembléia Geral, cujo presidente, cumprindo os estatutos do clube, nomeou uma comissão de gestão.
O presidente dessa comissão de gestão teve o cuidado de informar os associados que aquele grupo de sportinguistas estava ali por amor à camisola, sem qualquer interesse monetário e que aquele palanque não serviria para catapultar ninguém para as eleições que estavam marcadas para daí a 3 meses, mais coisa menos coisa (entretando dois haveriam de sair para integrar uma das listas concorrentes a essas eleições, contrariiando o seu voto de imparcialidade). Esta comissão tinha por missão gerir os assuntos correntes do clube até àquelas eleições e nomear o presidente da SAD, o que aconteceu com a indigitação de Sousa Cintra.
Poucos dias depois da assumpção do poder, soubemos que a SAD estava em falência técnica, uma coisa de um enorme rombo de 9 milhões de Euros, que afinal poucos dias depois já não era. Mandava o bom senso, perante o catastrófico cenário traçado, que a CG e a administração da SAD por ela nomeada, tivessem em atenção alguns pormenores que se deveriam considerar relevantes, desde logo o recurso à prata da casa, sobretudo aqueles miúdos que tão boas indicações tinham dado nos clubes onde tinham evoluído por empréstimo.
Preocupou-se a CG no imediato em resolver o grave problema da deserção dos jogadores e é verdade (sem tecer comentários acerca de valores que sendo relevantes, para aqui são de somenos) que resolveu os que conseguiu e aos que se mostraram intransigentes, tratou das coisas de forma clara apresentando queixa junto da FIFA. A forma encontrada para resolver este assunto terá sido a correcta.
Resolvido este assunto, ou pelo menos alinhavado, havia que construir a equipa para a época que se avizinhava e era aí que se esperava que, apesar dos péssimos exemplos dos ídolos formados na casa, fosse dada oportunidade aos jovens da formação de lutar por um lugar na equipa. Sol de pouca dura; Rapidamente se viu que, contrariando até os traços gerais dos programas dos candidatos até agora conhecidos, a aposta na formação foi chutada p'ra canto, ou seja, o presidente da SAD, que também está a prazo convém lembrar, condiciona uma época, um primeiro ano de mandato de uma direcção que pode estar irremediavelmente comprometida, já que sabemos que isto funciona bem quando se ganha e se a coisa (esperemos que não) começar mal...
Então em consequência desta política encetada pela SAD, algumas das pérolas da formação, entre elas o Francisco Geraldes, o Iuri Medeiros e também o Palhinha, que foi agora reforçar um adversário directo, o Braga (como já haviam ido Jefferson e Esgaio na época anterior, num desinvestimento na formação iniciado a partir do segundo ano do consulado de Jesus, obviamente sancionado pelo presidente à época), o que me leva a formular uma simples questão:Estes miúdos que demonstraram carácter e não desertaram, serão benquistos no seio da equipa, ou será que para além de definirem os seus próprios vencimentos, há jogadores que decidem quem faz parte do grupo?
As notícias eu, que não tenho informação privilegiada, sei-as pelos jornais online e pelas televisões.
Tal como eu aqui havia defendido, Marta Soares, não quizesse continuar com o deprimente espectáculo circense a que se propôs há cerca de seis meses, teria há uns dias aceitado a lista encabeçada pelo ex-presidente e poupava o clube a mais um enxovalho público e judicial.
Concordemos ou não com a candidatura (agora inviabilizada pela suspensão por um ano, que corresponde a oito anos sem se poder recandidatar a qualquer órgão do clube) de Bruno de Carvalho, todas as listas que se apresentem ao PMAG têm que ser recebidas e posteriormente verificada a sua legalidade estatutária. É assim em todo o lado, inclusive para eleições para a Assembléia da República, Autarquias Locais, etc.
Ora o que fez mais uma vez Marta Soares, hoje à tarde? Pois ao arrepio de uma decisão (condenatória) do tribunal, que o obriga a receber a lista liderada pelo ex-presidente do CD e que acarreta ainda por cima uma sanção pecuniária de cinco mil Euros diários caso não seja acatada, repito, o que fez Marta Soares? Não aceitou a lista! Com o argumento de que tinha assuntos inadiáveis. Eu confesso que para Marta Soares assim inadiável hoje à tarde, só vejo o incêndio de Monchique, mas pode provavelmente ser qualquer assunto relacionado com material de incêndio...
O que poderia ser uma notícia corriqueira sobre o Sporting nas televisões, a entrega das listas de Madeira Rodrigues, João Benedito e Bruno de Carvalho, foi mais uma jornada deprimente, com a polícia nas instalações do clube a ter que fazer cumprir uma decisão judicial. E nem desta forma Marta Soares acatou aquilo que o tribunal o obrigou a fazer, prolongando o triste espectáculo a que vimos assistindo. Segundo ele não estava nas instalações do clube; Segundo o apresentante da lista, estava. Todos sabemos que o homem tem muitos incêndios para apagar e muito material para colocar, mas que diabo, será preciso marcar hora, será pedir muito que nos dois últimos dias para aceitação de candidaturas esteja pelo menos no horário laboral em Alvalade?
Poupem-me aos comentários de que o homem não se pode candidatar, que isso eu já digo há mais de um mês e por favor, não hajam como aqueles que criticam, que desta vez vai tudo para o lixo. E sim, sou "um pouco" mais democrata que Marta Soares.
Não vou pronunciar-me sobre o jogo de hoje, não deu para ver, não cheguei a tempo. Acabei por ver os últimos 15 minutos no portátil, mas não é tempo suficiente para botar opinião. Teria sido interessante termos ganho mais esta edição do troféu Cinco Violinos, ainda p'ra mais com um adversário recém-promodivisionário, mas...
De resto este fim de semana, passado em Tomar e debaixo, ontem, Sábado, de uns inclementes 47 graus Celsius, teve a vantagem de, para além de me impedir de dormir alguma coisa de jeito, me ter "afastado" do Sporting.
Assim também não me vou pronunciar sobre candidaturas e muito menos a, soube já hoje, de um tal de Erik Kurgy, que confesso não conhecer, nem ter qualquer referência.
Também não comento a demissão de um senhor membro da comissão de gestão, para integrar a lista do primo, contrariando o que houvera dito Torres Pereira, há pouco mais de um mês. Este senhor dos flick-flacks conheço, por ter tido a enorme atitude sportinguista de ter acabado com o patrocínio que a sua empresa dava ao judo do clube, aqui há uns meses.
Consta que mais um outro elemento da CG irá integrar a lista do primo. Sem comentários, também.
Parece que há mais um candidato, Rui Rego, que sei apenas ter feito parte das listas de Godinho Lopes, o que convenhamos não será credencial que muito abone, mas...
Acreditem, apesar do calor imenso, as águas do Agroal e do Castelo do Bode estavam no ponto, de modo que não deixei que as temperaturas elevadas me torrassem os miolos e por cá vou estando, atento a algumas contradições e a algumas aves de arribação. Podem contar comigo.
Existem candidaturas em andamento à presidência do clube, mas pelos vistos também há quem não tenha sido convidado por qualquer candidatura, ou pelo menos não conseguiram um lugar que considerassem interessante e preferem negociar mercearia nos bastidores.
Seria uma falta de respeito para com os sócios que avançaram candidaturas e para outros que entusiasticamente se empenharam neste momento, conceder algum crédito a esta proposta de adiar eleições ou juntar listas. Que os sócios decidam em Setembro quem querem à frente dos destinos do clube.
Se porventura a candidatura mais votada acabar eleita com uma votação residual, proponha uma alteração estatutária no sentido de incluir uma segunda volta no próximo acto eleitoral e promova eleições antecipadas. Atender às pretensões dos signatários deste documento está para mim totalmente fora de hipótese, que espero não venha a merecer qualquer credibilidade por parte da actual CG ou MAG...
A ver pelas declarações "sem tino", ou melhor, a la Octávio (vocês sabem do que é que eu estou a falar...), de um certo candidato muito bem lançado na corrida, palpita-me que o guru da comunicação que lhe presta acessoria, vai fazer de tudo para que não haja qualquer debate, na televisão ou em qualquer outro palco, durante a campanha eleitoral. Mas isto sou só eu a dizer...
Que balanço faz de 14 anos de Sociedade Anónima Desportiva e como projeto o seu futuro durante o próximo mandato? Acha que a existência da SAD é fundamental para a competitividade do futebol do Sporting ou admite outro modelo?
Admite em alguma circunstância vender uma parte da SAD que está na posse do Clube para entrar capital novo ou, em alternativa, diluir a posição atual do Sporting Clube de Portugal via aumento de capital?
Como comenta a posição do seu candidato a PMAG relativamente à preferência por uma gestão profissional de SAD que deve ser distinta da presidência do clube? Admite rever a sua posição que é de ter um presidente comum na SAD e no clube?
Admite fazê-lo, por exemplo, para garantir uma candidatura mais alargada que promova maior união no clube onde o doutor seja o Presidente do Clube e um outro candidato ou membro de outra lista fique como presidente da SAD?
Não receia que esse posicionamento diferente entre o candidato a presidente do clube e o candidato a PMAG, numa questão tão fulcral para muitos sócios (a gestão da SAD e o papel do clube no controlo da mesma), num contexto onde, com os novos estatutos, deixou de ser possível os sócios depositarem os votos em cestos diferentes (votarem em listas diferentes consoante os órgãos sociais) possa inquietar e até afastar eleitores potenciais?
Claques
Que tipo de relação pode haver entre o clube e as claques? Há algum modelo noutros clubes pelo mundo fora que queira usar como exemplo para implementar no Sporting?
O que pretende fazer com as claques que assaltaram Alcochete e que continuam aparentemente a beneficiar de apoios do clube?
Estatutos
Relativamente aos estatutos, concorda com as alterações aprovadas em 2018?
Tem algum plano quanto à revisão dos estatutos para o próximo mandato? Se sim em que temas pensa apresentar propostas aos sócios?
Finanças
Foi avançado que iriam promover formas de os sócios poderem ficar expostos direta ou indiretamente aos jogadores do plantel como ativos financeiros (“assim comparticipando de forma indireta nas contratações de jogadores”). Adivinha-se um novo instrumento financeiro tendo como ativo subjacente o plantel. Vamos ter um novo fundo de jogadores?
Qual o modelo de negócio que têm em mente para os investidores e para a SAD em relação a este tema de novos instrumentos financeiros?
Recuperar a reestruturação financeira que chegou a estar planeada com a banca envolvendo as VMOC, a sua recompra e a progressiva troca dos empréstimos bancários por empréstimos obrigacionistas é uma prioridade para si? Para implementar já?
Pretende fazer algo diferente ou admite pegar no plano já desenhado e implementa-lo?
Modalidades
Está confortável com continuar a ter a SAD a comparticipar de forma crucial os custos operacionais das modalidades?
É seguindo esse modelo que irá promover o regresso do Basquetebol ao clube?
Acha que essa dependência das modalidades face aos resultados do futebol pode ser evitada e ainda assim manter as modalidades competitivas?
Se sim, como?
A comunicação e promoção juntos dos sócios sobre as várias modalidades ao dispor para a prática desportiva parece claramente algo que ficou cristalizado, e em certos aspetos pior, do que tínhamos no século passado. A informação no sítio sobre a oferta é escassa e pouco fiável em termos de regularidade e abrangência. O Sporting pouco se distingue quanto a esse aspetos – comunicação, promoção e atração – de algumas agremiações desportivas de bairro, por vezes comparando pior com estas pela sua própria escala onde os seus associados e potenciais interessados ultrapassam em muito as fronteiras do “bairro natural” de implantação dos equipamentos.
O que pensa fazer quanto a estes aspetos mais relacionado com a vivência integral do clube como provedor de serviços desportivos em termos de comunicação e eventual expansão?
Futebol profissional
Já falou da necessidade de recuperarmos de algum atraso face aos nossos adversários e da necessidade de ter o futebol mais integrado nos diversos escalões e estruturas. O que pode dizer em concreto sobre esse tema?
Sobre o futebol profissional numa perspetiva nacional e de colaboração entre os clubes, parece evidente que há clubes que estão muito pouco confortáveis com a Liga de Clubes e não perdem a oportunidade de exacerbar as suas falhas elogiando de pronto da Federação. Estas reações e tendências poderão estar relacionadas com equilíbrios de poder e indiciam onde é que esses clubes sentem ter maior ou menor capacidade de condicionar as decisões dos respetivos órgãos em seu favor?
Da leitura do seu programa fica patente, no que se refere à arbitragem que defende que esta seja totalmente independente da federação. Qual a sua expectativa quanto a encontrar aliados para defender esta causa entre os restantes clubes de futebol?
Experiência durante o jogo em Alvalade/João Rocha
A qualidade e em especial da diversidade dos serviços oferecidos dentro do estádio durante os jogos é limitada. Já defendeu que quererá dotar o estádio de wi fi gratuito durante os eventos. Mas quanto aos produtos disponibilizados (alimentação) a verdade é que são sempre os mesmos, muito pouco saudáveis, onde é rara a inovação e pouco tem mudado no sentido de tornar toda a experiência e vivência dentro do estádio, já após a entrada, mais confortável e apetecível, em especial para as famílias.
Tem algumas sugestões ou ideias que pretende ver implementadas nesta matéria?
Pensa rever os contratos de concessão quanto à definição dos serviços?
Encher o Estádio
São raros os detentores de gamebox que conseguem assegurar presença em todos os jogos da temporada, apesar de serem comuns os empréstimos de gamebox. Se um sócio não conseguir emprestar a gamebox o lugar fica vazio e ninguém beneficia. Se o detentor da gamebox libertasse o seu lugar num dado jogo o clube poderia vender o lugar para esse jogo, o estádio estaria mais cheio e o sócio detentor da gamebox poderia receber uma compensação (crédito na loja verde, em bilhetes, etc). Admite considerar esta forma mais dinâmica de relacionamento com o clube ou antevê dificuldades importantes que não estão a ser consideradas?
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