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És a nossa Fé!

O dia seguinte

E aconteceu a dobradinha, 23 anos depois daquela do tempo do Boloni.

Foi um jogo muito complicado pela exibição do Benfica até se colocar em vantagem no marcador. Muito forte nas transições, com Carreras e Bruma a criarem muitos problemas nas suas arrancadas, enquanto o Sporting circulava a bola mas não criava verdadeiras situações de golo e as bolas paradas eram lançamentos para as mãos do Samuel. Depois do golo, veio outro felizmente anulado, e o Lage armou o circo: simulações de lesões, perdas de tempo constantes, substituições da treta convencido que a taça estava no bolso. Teve azar. Trincão teve uma nesga e arrancou, Gyökeres correspondeu e o recém-entrado Sanches ofereceu um penálti. Que o pobre Samuel que pouco tinha jogado na época não conseguiu defender.

No prolongamento só deu Sporting. As substituições de Rui Borges refrescaram mesmo a equipa, que passou a correr e a lutar a todo o campo. Trincão centrou para a cabeçada fulgurante de Harder e ainda marcou o terceiro numa bela jogada colectiva. 

 

E foi assim. Frederico Varandas passou a ser o presidente mais titulado da história do Sporting. São já três campeonatos nacionais, duas taças de Portugal, três taças da Liga e uma Supertaça em sete anos de mandato.

Julgo que até o Bruno de Carvalho, o Augusto Inácio e o Nuno Sousa o irão aclamar. No caso do Inácio até o departamento médico e a unidade de performance que colocou em condições o Pedro Gonçalves e o St.Juste para a final serão elogiados. O melhor presidente de sempre, dirão eles, e que os sócios que os destituiram ou recusaram tiveram carradas de razão.

Por outro lado, Rui Borges demonstrou hoje que é o legítimo sucessor de Rúben Amorim. Pela forma como mexeu na equipa, substituindo os defesas para atacar melhor, arriscando na estreia dum jovem da B que esteve na intercepção que começou a jogada que deu o golo final.

 

Melhor em campo? Trincão, pelo que fez nos três golos. Despertou a tempo da soneca.

Arbitragem? Critério uniforme. Deixou jogar, teve de ser alertado pelo VAR da patada sobre o Trincão. Só não entendi o porquê dos sucessivos "lesionados" do Benfica nunca saírem do terreno de jogo depois das intervenções demoradas da equipa médica.

E agora? Descansar e preparar o ataque ao tricampeonato. Gyökeres poderá sair, um ou outro também, mas financeiramente estaremos ainda mais fortes e o plantel poderá ser menos curto e mais equilibrado do que este ano.

 

PS: Já no final do jogo, na saída atrás da tribuna, passou por mim o Tomaz Morais. Aproveitei para o cumprimentar e agradecer o seu desempenho em Alcochete e a subida da equipa B. Ele respondeu dizendo que iria ser mais um desafio e lembrou o grande desempenho do David Moreira que tenho visto na B a central. Uma "máquina", diz ele que o conhece melhor que eu. Temos lateral esquerdo de futuro.

SL

O dia seguinte

Missão cumprida ontem em Paços de Ferreira: vitória no jogo contra o Rio Ave e alargamento do plantel. 

Com Pedro Gonçalves, mesmo a 50%, o futebol ofensivo do Sporting tem outra qualidade. Ee joga e faz jogar, enquanto outros teimam em jogar sozinhos. E Biel, que entrou mais tarde, fala a mesma linguagem, passa e desmarca para receber. Outros é acelerar e rematar, não importa quem esteja ao lado desmarcado.

Com Fresneda, St. Juste e Matheus Reis no onze a equipa fica bem mais sólida na defesa. Na 1.ª parte não deu hipóteses a um Rio Ave que joga em função da qualidade dos jogadores de que dispõe, na 2.ª depois do 2-0 e com jogadores frescos do outro lado já abanou pelo lado esquerdo onde Catamo fazia que ia mas não ia e deixava ir.

Assim, primeira parte muito competente do Sporting que marcando decidiu a eliminatória, e segunda parte de gestão de jogadores e intensidade, em que foi perdendo lucidez e jogo colectivo, mas sempre esteve mais perto de alargar a vantagem do que sofrer o empate.

Melhor em campo? O do costume: um golo e uma assistência.

Arbitragem? Critério uniforme, deixou jogar, por vezes em excesso.

E agora? Faltam cinco jogos até ao final da época, entre eles dois dérbis decisivos. 

Quanto a mim, irei estar longe por uns dias rodeado de Sportinguistas. Espero quando voltar poder festejar o bicampeonato em Alvalade e no Marquês. 

SL

O dia seguinte

Estou farto de ler nos jornais desportivos que, se Rúben Amorim tivesse ficado, o bicampeonato já estava ganho.

O que ainda não li é que se a escolha para a sucessão tivesse sido logo Rui Borges, o bicampeonato estava ganho também.

Considerando os 8 pontos perdidos com João Pereira, penso que não haverá dúvidas quanto a isso, agora que estamos a quatro jornadas do final.

Porque foi escolhido o João Pereira, não sei. Se calhar pelas mesmas razões que foram escolhidos o Tiago Ilori, o Rafael Camacho, o Ruben Vinagre, o Jorge Silas. Todos flops. Não chega ser sportinguista e bom rapaz, ser conhecido do presidente, para que a coisa dê certo.

 

Sobre o jogo de ontem, que vi ao vivo e a cores em Alvalade: excelente primeira parte do Sporting, bola a rodar rápido dum lado ao outro do campo, reacção rápida à perda, jogo pelas alas, passes para golo, marcaram-se dois, ficaram por marcar pelo menos outros tantos.

O mérito começou cá atrás: Quaresma e Inácio com bons passes a acelerar jogo, Debast corria o campo e Gyökeres fazia miséria lá na frente.

Na 2.ª parte o Moreirense fez pela vida, o desgaste começou a pesar, a começar por Quaresma, que depois da excelente 1.ª parte começou a asneirar. O primeiro remate já foi do Moreirense. Duma incursão de Gyökeres surgiu um livre para um grande golo do craque sueco, mas depois de duas bolas por alto surgiram um golo adversário e quase outro, o primeiro da responsabilidade de Maxi, o segundo de Quaresma.

Por volta dos 65 minutos e depois,  lá vieram as substuições, desta vez todas lógicas e atempadas. St. Juste e Fresneda taparam o lado direito, Matheus Reis o lado esquerdo, Pote entrou e logo demonstrou a falta que tem feito, Esgaio fez e bem de Debast. Fresneda ainda tentou um chapéu que falhou por pouco, ia sendo o golo da jornada.

 

E foi assim. Podiam ter sido 6-2, ficou pela metade, em 3-1.

Melhor em campo? Depois dum "hat-trick" dizer o quê? Mas além do sueco, o miudo belga fez um jogão. A jogar assim vai ter de convencer o seleccionador belga que afinal é mesmo médio e vai ser.

Arbitragem? Impecável, nada a dizer. 

E agora? Ganhar, ganhar, ganhar.  Temos o melhor jogador da Liga, temos o melhor onze e, não havendo lesões, começamos a ter o melhor banco (não confundir com bancada). 

 

PS: Entretanto acho óptimo que o Benfica esteja a pensar no Feliz e contente para a próxima época, mais o Bernardo Silva, e o Nelson Semedo. Mais um ou outro não seria mal pensado. O Mantorras é que já não pode. O Rui dos túneis tem de fazer pela vida...

SL

O dia seguinte

O Sporting foi ontem aos Açores vencer com justiça um adversário muito complicado de defrontar, pelo menos enquanto os amarelos e vermelhos não são mostrados pelo árbitro de serviço. Muito duros nos duelos, sempre a simular faltas para quebrar o ritmo adversário e ganhar bolas paradas, sempre a executar rápido para aproveitar maus posicionamentos pontuais. Depois disso tudo a confusão final originada pelo defesa e que envolveu jogadores e directores, e as declarações ressabiadas do "maçã-podre" Vasco Matos, aparentemente preparado para outros voos, lá pelas bandas do Dragão.

Além disso, um vento muito forte duma baliza a outra, a que o Sporting na 1.ª parte não se conseguiu adaptar, insistindo em lançamentos em profundidade que invariavelmente saíam pela linha do fundo. Apenas nos minutos finais foram tentados remates de longe por Trincão e Catamo que por pouco falharam a baliza. A circulação de bola era lenta, Trincão e Catamo nunca deram a necessária largura, Fresneda e Maxi também não, muito jogo interior que tornava mais fácil o jogo adversário.

De qualquer maneira, no final da 1.ª parte já havia 3-0 em cartões amarelos.

 

Na 2.ª parte o Sporting entrou em correr e Trincão a pegar no jogo, e o golo nasceu dum grande passe dele a aproveitar a excelente desmarcação de Catamo. Um Catamo que continua a falhar passes e crizamentos, mas que marca golos preciosos.

Depois desse golo só deu Sporting. Gyökeres rematou à trave, Diomande teve um golo anulado por centímetros, um remate forte de Debast na sequência duma rasteira a Gyökeres que seguia para o golo foi muito bem defendido pelo guarda-redes contrário.

Do lado do Santa Clara apenas um cabeceamento perigoso.

 

Desta vez Rui Borges usou e bem das substituições. Mudou o lado direito com St. Juste e Quenda e o lado esquerdo com Matheus Reis, juntou Harder a Gyökeres e ainda houve alguns minutos para Pedro Gonçalves mostrar que vem com tudo para nos ajudar no que aí falta.

Concluindo: desafio superado, embora sem grande nota artística e sem conseguir matar o jogo mais cedo.

 

Melhor em campo? Debast, cada vez mais influente como médio-centro e na marcação de livres.

Arbitragem? Critério uniforme e coerente, deixou jogar, não foi no teatro do jogador do Santa Clara que se deixou cair quando sentiu o encosto de Quaresma. 

E agora? Os lampiões, como o José Sousa da Sport TV e os ressabiados da tasca, garantem a pés juntos que o Benfica vai ganhar todos os jogos para além do dérbi até ao fim, e o título será decidido nesse dérbi. Não sei se anda aí alguma mala vermelha a circular, pelo menos os do Santa Clara parece que tinham perdido muita coisa no final do jogo de ontem. Vamos ver se será assim ou não.

PS : Parece que sou bruxo... sai um melão para o lampião !

SL

O dia seguinte

Custa muito "morrer na praia", depois duma noite descansada de Rui Silva e de Gyökeres ter passado perto dum "hat-trick", mas não é a primeira vez que perdemos pontos/jogos desta forma com Rui Borges (Leipzig, AVS, Porto, etc), e quando as coisas se repetem e repetem é porque existem razões para isso.

Cada jogo destes teve a sua história, mas a principal razão para termos deixado fugir ontem a vitória foi porque Rui Borges mexeu tarde e mal na equipa. Já ao intervalo se percebia que Catamo era incapaz de ligar jogo, sendo alvo fácil para o meio-campo do Braga (com excepção do amarelo a Moutinho), numa posição que não é a melhor para ele, viciado que está a jogar pela direita de pé trocado. Para fazer slaloms de olhos fechados até perder a bola já lá estava Trincão, que mesmo com Gyökeres desmarcado ao lado resolve fazer um chapéu ao guarda-redes adversário.

Com os dois em campo não me recordo de um lance de combinação ala-interior pelas laterais. Sem isso ficámos aprisionados pelo meio-campo adversário.

 

O ponto fraco do Braga estava na defesa, que tremia de cada vez que a bola chegava a Gyökeres. Fazia todo o sentido lançar Harder e insistir num jogo mais directo sobrevoando o meio-campo contrário. Mas Rui Borges fez o contrário: deixou Debast esgotar-se na luta no miolo, acabando por fazer uma dupla substituição que nada melhorou. Felicíssimo e Maxi entraram a frio na luta do meio-campo numa fase em que os alas já eram defesas laterais e o Braga, excelentemente comandado por Moutinho, pôde prosseguir a rodar a bola dum lado ao outro do campo até encontrar a nesga, no centro ou na banda. Essa nesga apareceu na direita, aconteceu um bom centro e um grande golo de cabeça dum miudo que tinha entrado pouco antes, aproveitando o pior de Quaresma. 

Foi então, com o jogo a acabar, que entrou Harder, que tinha sido o herói da vitória em Braga, combinando excelentemente com Gyökeres. Na conferência de imprensa ouvi Rui Borges comentar o assunto e mais valia ter estado calado: não esperava aquilo dele.

 

Enfim. O Sporting entrou bem no jogo e teve excelente meia-hora inicial, baixou o ritmo e deixou o Braga pegar no jogo tentando o contra-golpe. Depois do intervalo o Braga mandou no jogo através do seu forte meio-campo e o Sporting ficou limitado a lances avulsos de contra-ataque. O golo do Braga chegou mais cedo do que o apito final, sem que o Sporting tivesse esgotado as substituições para refrescar a equipa.

Existiam soluções no banco? Apesar de tudo, estavam lá. Amorim muitas vezes mudava a equipa mexendo na linha defensiva, e ontem Fresneda e St. Juste poderiam ter dado outra dinâmica ao lado direito libertando Quenda para o lugar de Trincão. Do outro lado, Maxi entrando ao intervalo tinha dado outro conforto a Matheus Reis e a Debast.

Sobre Harder já falei. Quem não tem cão (Morita e Pote) tem que lá ir com gato.

 

Melhor em campo? Gyökeres, ontem ainda mais.

Arbitragem? Deixou jogar com critério uniforme, nada a apontar.

E agora? Ganhar todos os jogos que faltam, qual é a dúvida?

SL

O dia seguinte

Só ontem pude ver o Estrela da Amadora-Sporting na TV. Em directo apenas o relato da rádio no primeiro tempo, e depois a partilha na mesa de Sportinguistas - onde estava do outro lado da fronteira - no segundo.

E a primeira coisa a dizer é que a Sofia Oliveira devia estar a ver outro jogo, que apenas existia na cabeça dela, bem diferente do que vi depois.

Quando o Sporting se confrontava com vários problemas (lesões, castigos, regressos das selecções), quase sem poder treinar, Rui Borges montou uma equipa sólida e focada que conseguiu ultrapassar um adversário programado para bater com fé, esperança e sem caridade.

 

Na prática foi um onze sem médios: Rui Silva, sete defesas e três avançados. Assim, foi defender bem e pôr a bola em Gyökeres, que ele resolve. Claro que muitas bolas ganhas se perdiam pelo caminho, não havia capacidade para as segurar e aguardar o melhor momento, o jogo directo favorecia o adversário.

Mas a dureza excessiva (a tal atitude que alguns muito gabam) do adversário com um árbitro que não era o Malheiro logo começou a redundar em cartões amarelos que depois conduziram a vermelhos. A tarefa do Sporting foi ficando mais facilitada à medida que os jogadores do Estrela iam tentando partir algum pé aos nossos.

Rui Silva chegou ao final sem ter feito uma defesa digna desse nome.

Quanto aos pianistas, Gyökeres teve pormenores de grande classe, Quenda fez pela vida e marcou um grande golo, Trincão correu imenso. Todos os outros foram os incansáveis e fiáveis carregadores de piano.

 

Melhor em campo? Gyökeres, sempre o mesmo.

Arbitragem? Nível Champions, provavelmente o melhor árbitro português, com uma postura profissional e assertiva, muito acima do enfastiado e comprometido Pinheiro. Obviamente recebeu má nota do Duarte Gomes com o pretexto da não expulsão do Alan Ruiz. Não pertence à pandilha, pelos vistos. Que não se estrague, é o que eu lhe desejo.

E agora? Quinta-feira em Alvalade, frente ao Rio Ave, lá estarei. Espero que o Pote também.

SL

O dia seguinte

O Sporting de Rui Borges é de longe a melhor equipa da Liga.

Só assim se entende que, mesmo com uma arbitragem miserável que inclinou o campo e expulsou o capitão Hjulmand do jogo seguinte como o colega APAF tinha expulsado o Inácio deste, e mesmo com o excesso de tomates, como dizia o treinador do Estoril, do Maxi, conseguiu marcar o golo final com menos um em campo, fechando o resultado num 3-1.

Enquanto isso, Benfica e Porto passeiam em campo, os adversários fazem-se expulsar, marcam-se golos com faltas e inventam-se penáltis à discrição. A APAF, em ano sem Europeu nem Mundial, anda em roda livre, metade vermelha, metade azul. Vou morrer sem ver este Nogueira na Luz ou nas Antas a ter o desplante de passear a sua aversão à equipa da casa, a sair do terreno insultado do pior e ficar feliz com isso, sabendo que nada lhe vai acontecer na carreira a seguir.

 

Vale pouco a pena comentar o futebol quando com o Sporting a ganhar por 1-0 e com Maxi carregado pelas costas na área do Famalicão, dum centro em que o adversário cabeceia a bola para fora sai um penálti, logo depois de Gyökeres agarrado pelo adversário sai um amarelo para Hjulmand, depois demorou uma eternidade para assinalar a óbvia falta para penálti (seria o segundo) sobre Maxi para o expulsar mais tarde.

Mas enfim. O futebol foram dois golos de compêndio Gyökeres, mais Quenda que podia ter marcado dois, e Maxi outros dois, num 3-4-3 em que o plantel se sente confortável, às vezes demasiado, baixando o ritmo confiando na linha de 5. Quando o ritmo desce, o adversário ganha confiança e começa a pôr problemas que dantes não existiam. Foi o que aconteceu ontem entre os 15 minutos e o penálti sofrido. Na 2ª parte o Sporting dominou de ponta a ponta, o 3-1 apenas peca por defeito.

Gustavo Sá, já o vi melhor, agora parece o Eustáquio, o que não é nada abonatório. Ou então precisa doutro desafio...

 

Melhor em campo? Gyökeres, mais uma vez e cada vez mais, um golo, duas assitências.

Arbitragem? Mais um. Depois da saída de Rúben Amorim, parece que a APAF abriu a jaula aos caça-leões.

E agora? Recuperar Pote, que ontem já entrámos em campo com nove do melhor onze. E com o melhor onze...

SL

O dia seguinte

Vitória muito sofrida hoje em Rio Maior, pelo bom jogo do adversário, pelo onze de compromisso que entrou a jogo e por mais uma actuação miserável do apitador de serviço, com dois amarelos que só revelam o mau carácter do mesmo, não falando do penálti que recusou a ver a 2 metros, nem na decisão errática das faltas, marcando falta a um empurrão menos ostensivo àquele que Gyökeres sofreu em plena área. Quando é que um jogador do Porto ou Benfica levou um amarelo por atrasar a reposição de bola com dois colegas preparados para entrar a que o apitador fechou os olhos? Se calhar o Diomande está mesmo sinalizado pela APAF. Só pode. 

Fora isso, foi um jogo muito descontrolado. Hjulmand e Debast são muito iguais, faltou um transportador de bola que nenhum deles é, e assim aconteceram muitas perdas de bola em lançamentos longos ou tentativa de sair rápido para o ataque, o que só beneficia o adversário.

Atacar rápido é muito giro, e um Gyökeres lá na frente é uma tentação difícil de resistir, mas atacando rápido mais rapidamente se perde a bola, e acontecem oportunidades para o adversário marcar. O golo do Casa Pia é um bom exemplo.

Por isso, a sair com 2-1 para o intervalo e com alguns sustos no início da 2.ª parte, só com a entrada de Morita e Catamo o jogo ficou confortável, e o penálti excelentemente marcado por Gyökeres veio pôr ponto final no desfecho.

No final, e além da excelente vitória, o que fica é o alargamento do plantel. Finalmente temos um banco de reforços e não de remendos. Morita e Catamo entraram muito bem, Maxi, Felicíssimo e Harder também, o Casa Pia ficou sem argumentos para ripostar.

Melhor em campo? Gyokeres, de regresso ao seu melhor.

Arbitragem? Existem ladrões mais honestos. Roubam, mas assumem.

E agora? Ganhar ao Famalicão. Sem Inácio. Pois...

 

PS: Ouvi dizer que Amorim anda a escrever o livro "3-4-3 para Tótós". Existe um treinador, não perseguido pela troupe do Pereira, que bem precisa para ganhar o próximo clássico da Liga. É falar com ele para ver se tem acesso a um rascunho... sempre ajuda.

SL

O dia seguinte

Quem foi a Alvalade, como eu fui, deu por muito bem empregue o seu tempo.

O Estoril a jogar no campo todo sem truques nem palhaçadas contra o Sporting com um onze "remendado" mas com Gyökeres de regresso ao seu melhor. O 3-1 acaba por ser o resultado perfeito para descrever o que se passou nos 90 e picos minutos de jogo.

Pelos vistos Rui Borges, com todas as lesões que foram acontecendo, meteu o seu 4-4-2 na gaveta e regressou ao 3-4-3 de Amorim. E fez muito bem. Sem tempo para treinar, a equipa defende com outra segurança, seja quem for que integre a linha de 5. Porque há muito treino anterior que possibilita a um Esgaio fazer de defesa direito em bom nível, Diomande fica como legítimo sucessor de "El patron" e Inácio no seu melhor lugar também. Fresneda perde um pouco a ala direito, mas está cada vez mais um defesa direito de selecção, Matheus Reis é o jogador mais polivalente do plantel, joga onde quiserem.

No meio-campo, Debast está a tornar-se num médio de luxo, e Felícissimo só surpreende quem não o veja jogar na Liga 3 (pela inteligência de jogo e capacidade de comando merecia ter chegado mais cedo do que os outros médios da B, mas com idade de júnior ainda vai muito a tempo).

No ataque, os muito desgastados Trincão e Quenda correm kms e kms a suportar o Gyökeres de sempre.

E assim foi. Ataques contínuos dum lado e doutro o jogo todo.

 

Na 1.ª parte o Sporting soube definir melhor os lances atacantes, marcou dois e podia ter marcado três ou quatro, com oportunidades flagrantes desperdiçadas por Trincão e Gyökeres.

Na 2.ª parte muito mais Estoril, com o desgaste das correrias a fazer-se sentir. Se a primeira substituição de Matheus Reis por Catamo fazia todo o sentido, com Fresneda derivando para a esquerda para fechar um flanco em que o Estoril ameaçava, e Quenda assumindo a ala direita, a tripla substituição que se seguiu foi um pouco temerária.

Sairam Quenda, Trincão e Felícissimo, este devido ao amarelo, entraram José Silva, Arreiol e Harder. Mudanças a mais que fragilizaram a equipa. Nenhum dos três melhorou fosse o que fosse no desempenho da equipa.

E com isso o Estoril conseguiu marcar. Felizmente Gyökeres arrancou mais uma vez para o penálti e o golo.

Muito sofrimento no final nas bancadas de Alvalade, mas já estamos habituados. Só assim nascem os campeões.

Um orgulho ver a formação de Alcochete, que parte pedra na Liga 3, chegar à primeira equipa e a entrar em campo como se estivesse a jogar contra um Atlético qualquer na Tapadinha. Felicíssimo, Arreiol, José Silva hoje, Alexandre Brito ontem, Quenda e João Simões mais atrás. Não existem tremedeiras nem passes disparatados, o futuro é deles.

 

Melhor em campo? Debast, a jogar assim, meu amigo, não voltas mais para defesa. O teu seleccionador que veja o jogo.

Arbitragem? Começou bem mas perdeu-se completamente com a ajuda do VAR no caso da patada ao Felicíssimo que lhe podia dar cabo da perna e da temporada. 

E agora? Descansar a cabeça e o corpo, e ir a Rio Maior ganhar. Conto voltar lá.

 

PS: À tarde ouvi o Augusto Inácio a menosprezar a Liga 3, que o lugar da equipa B era na Liga 2, que assim é que os jogadores se desenvolviam. Isto do director desportivo que recebeu a melhor equipa B de sempre do tempo do Godinho Lopes e a afundou com Dramés, Sackos e Gazelas, que despediu ou deixou despedir o Abel Ferreira na pré-época, e que agora observa o Porto B depois da auditoria ao regabofe Pinto da Costa a afundar-se na zona de descida da Liga 2. A nossa equipa B repleta de juniores compete onde pode e faz sentido competir para os recursos que tem. E não é por isso que o Felicíssimo de 18 anos não salta da Liga 3 para a Liga 1 como se nada fosse.

SL

O dia seguinte

Jogo estranho, este em Barcelos, muito ao contrário daquilo que tem acontecido ao Sporting desde que chegou Rui Borges.

Primeira parte onde o Sporting foi manifestamente inferior, jogando devagar e mal, com uma dupla de médios que via jogar os adversários, muitas vezes a fazer passes em profundidade bem perigosos, e sem conseguir atacar com o mínimo de perigo, com Trincão em "modo rotunda" e Harder bem cedo castigado por um amarelo exagerado. Valeu Rui Silva, que safou duas bolas de golo.

O 0-0 era lisonjeiro para o Sporting ao intervalo, se calhar foram os piores 45 minutos  da temporada.

 

Na 2.ª parte, com Gyökeres, tudo foi diferente: pressão alta, recuperações e ataques rápidos, várias situações frustadas no último passe até ao grande pontapé de Debast dar golo, numa assistência do sueco. 

O jogo continuou só a dar Sporting. Dum grande passe a isolar Maxi veio o segundo amarelo e a expulsão do jogador adversário, e a eliminatória estava ganha.

Mas Rui Borges resolveu repetir a asneira de jogos anteriores. A ganhar por 1-0 qual foi o sentido de fazer entrar jogadores sem ritmo e vindos de lesão? Se já tem uma linha de 5 desfalcada na defesa, porque é que tirou um jogador alto e forte na direita para fazer entrar um pequeno e que não aguenta o choque ? Foi assim que Matheus Reis ficou sozinho com dois adversários e Catamo a baldar-se completamente ao lance. Safámo-nos por 3 cm.

 

Atenção ao 59 que entrou para substituir o 50. Kauã Oliveira, 21 anos, 1,82m. Temos ali o novo Matheus Nunes. Começou bem a temporada na B, sofreu uma lesão que o deixou fora alguns meses, está a agora a regressar.

O 50, Alexandre Brito, no global cumpriu, embora estando com Debast naquela péssima primeira parte naquela zona central.

Enfim, na 1.ª parte quase batemos no fundo, mas na 2.ª voltámos à tona, e agora é nadar até à praia.

Melhor em campo? Debast, pela enorme segunda parte e pelo grande golo que marcou.

Arbitragem? Entrou muito mal, com dois amarelos exagerados, depois inventou um penálti talvez para fazer passar os dois penáltis claros que não viu em Alvalade, depois foi acertando o critério e acabou em bom plano.

E agora? Ganhar ao Estoril e ter tempo para descansar.

SL

O dia seguinte

Custa muito perder assim dois pontos. Foram muitos e muitos anos a ver jogos como este, em que ao intervalo estava ganho, mas que uma sucessão decisões arbitrais infelizes, erros próprios, golos improváveis dos adversários, ditam a perda de pontos, senão a derrota.

Outra primeira parte de grande qualidade, com a equipa num 3-4-3 "Amorim" em que Quenda era a peça móvel que possibilitava as maiorias nos diferentes espaços, a equipa pressionava alto, atacava em combinações bem conseguidas pelas alas, Gyökeres sempre muito apoiado, o 2-0 era curto para o domínio do jogo registado. O segundo golo resulta duma grande jogada colectiva, digna do melhor Sporting dos últimos anos.

 

A segunda parte começa estranhamente com a defesa alterada em todas as posições, de Quaresma-Diomande-Inácio para Diomande-Inácio-Matheus Reis. Isso foi determinante para o que se passou a seguir. Com o adversário a fazer pela vida, carregando no acelerador e provocando o contacto, a equipa foi baixando linhas, os alas passaram a ser defesas laterais,  deixando Gyökeres e Trincão bem longe lá na frente.

Mesmo assim, normalmente isso seria suficiente para conquistar os três pontos.

Se não fosse... o Diomande insistir em usar os braços de forma que os adversários podem aproveitar para simular agressões, e sofrermos um golo de penálti escusado. Borges não o ter substituido de imediato pelo perigo de acontecer o que aconteceu a seguir, ou pelo menos o ter mantido a defesa direito na linha de três muito mais propenso ao choque do que na posição central. Depois, com o jogo a ferver, ter mandado para o terreno dois jogadores pouco utilizados, Esgaio e o Felicissimo, que nada acrescentaram. Este último, que eu muito aprecio, entrou pilha de nervos e falha o alívio, o adversário ataca e surge o canto fatal. Depois... o golo improvável, se tentar aquilo dez vezes, acerta na bancada em nove.

 

O desgaste da Champions está a fazer-se sentir, no corpo e na cabeça, os jovens e muito jovens predominam, e faltam experiência e voz de comando dentro do campo. Com o decorrer do jogo, cada um vai ficando mais preso ao seu lugar de conforto, e cada vez menos a equipa tem capacidade para controlar a partida. Os choques vão acontecendo e as faltas também perto da nossa área, cantos contra também, lances sempre perigosos em que tudo pode acontecer como aconteceu hoje.

Agora pouco há a fazer do que ganhar os dois jogos da próxima semana, e entrar numa nova fase da temporada menos intensa, com mais tempo para recuperar e treinar.

 

Melhor em campo? No tempo todo talvez Quenda. Na primeira parte todos estiveram num plano elevado.

Arbitragem? O VAR morcão Manuel Oliveira esteve em grande, até conseguiu fazer expulsar um jogador chamando o árbitro a ver aquilo que ele não viu e que não aceitou que existisse.

E agora? Recuperar, focalizar e ganhar. Conviria recuperar a figura do assessor de arbitragem, porque o plantel tem de estar informado e precavido não só sobre as regras do futebol mas também sobre as "modas" da APAF. Não podem os jogadores dar o flanco da maneira que Diomande fez hoje ou o que Hjulmand fez contra o Arouca.

SL

O dia seguinte

Só pode ser com imenso orgulho que um Sportinguista vê a sua equipa sair com um empate do embate para o play-off dos oitavos de final da Champions na casa dum grande clube alemão, finalista vencido na final da Champions da época passada, alinhando com Ricardo Esgaio, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, João Simões, Geovany Quenda, Afonso Moreira, Alexandre Brito e Lucas Anjos. Para mim ainda mais, que pude ver ao vivo três deles na Tapadinha pela Liga3 no passado domingo.

Da Liga3 à Champions, da Champions à Liga3, com Youth League e Liga pelo caminho, é este o "roller-coaster" dos jovens do Sporting. Com uma formação renascida das trevas do desleixo, dos autocarros de reforços para os seniores  e da obsessão pelos títulos pelos putos do tempo do Bruno de Carvalho/Augusto Inácio/Jorge Jesus.

Rui Borges em pouco tempo já se pode orgulhar de muito também. Já conseguiu melhores resultados em campos onde o grande Rúben Amorim com um plantel mais disponível tinha soçobrado.

Em Dortmund aconteceu isso mais uma vez, com Rúben Amorim perdemos para a mesma Champions. E eu sei porque estive lá.

 

Quanto ao jogo em si, a equipa organizada num 3-4-3 / 5-4-1 esteve muito aquém do que tinha feito na 1.ª parte do jogo de Alvalade, com grande dificuldade de sair a jogar e sempre castigada nos duelos físicos. Os passes errados sucediam-se, alguns mesmo meio suicidários, devido à enorme pressão da equipa alemã.

Ao intervalo os dois médios já tinham metido baixa.

Na 2.ª parte o desgaste fez abrir espaços. Esta equipa alemã respira muito melhor quando tem espaço para lançar e correr. Dum lançamento longo em que houve falha de posicionamento veio o penálti felizmente defendido, depois um golo felizmente anulado por fora de jogo e pelo meio uma bola no poste.

Tivemos a sorte que nos faltou na primeira parte em Alvalade.

 

Melhor em campo? Rui Silva. Temos de facto guarda-redes, que além do penálti defendido hoje até não falhou naquele passe disparatado de não sei quem logo a abrir o jogo.

Arbitragem? O Pinheiro devia ter vergonha. O Nogueira também. Revejam o penálti idêntico ao do Quenda, o do teatro da queda depois de empurrado do mesmo jogador do Dortmund, e depois aquele lance ainda com o mesmo jogador de agarrão mútuo na área com o Diomande. Foi penálti no primeiro, o segundo resolveu-se com uma repreensão aos dois, o terceiro foi siga e deixem-se disso. Mas essa vergonha APAF custou quatro pontos ao Sporting, e temos de levar com isso.

E agora? Recuperar, descansar e ganhar em Vila das Aves no domingo.

 

PS: Os coitados da tasca estão mesmo de trombas. Na antevéspera da entrevista com o nosso presidente, já sonhavam com uma cabazada humilhante para o Sporting para gozarem à fartazana. Aguentem e não chorem. Têm o Big Brother para se entreterem com o seu grande líder.

SL

O dia seguinte

Podia ter sido uma vitória heróica ao cair do pano. Harder, Gyökeres e Biel falharam oportunidades claras de golo, mas não deixou de ser um empate heróico na vontade e do querer dar a volta ao infortúnio e à inclinação do campo pela arbitragem APAF.

Começar um jogo contra uma equipa confiante, a atravessar o seu melhor momento na Liga, e ter dois jogadores lesionados, um deles na origem dum "peru" de todo o tamanho do guarda-redes recentemente contratado, não lembra ao diabo.

Mas foi o que aconteceu ontem em Alvalade. Harder entrou e logo empatou o jogo, mas todo o planeamento de Rui Borges tinha já ido por água abaixo. A equipa foi tentando reencontrar-se em pleno jogo, e quando o intervalo estava a chegar para proceder aos ajustamentos necessário, o VAR APAF inventou um penálti a partir do sacudir de um agarrão do Hulmand, em que o adversário emprestado pelo Benfica nem sequer estava a disputar a bola. Isto uma semana depois do agarrão de Gyökeres numa situação de 1x1 na área do Porto que não foi marcado com o pretexto do agarrão mútuo. Pedro Proença foi eleito, a comitiva APAF foi atrás com cargos para todos os gostos. O Apito Dourado foi há anos, agora temos outra coisa qualquer, se calhar o Apafito Avariado.

 

Na 2.ª parte entrámos com tudo. As oportunidades foram acontecendo, mas também a equipa foi ficando mais vulnerável atrás. Hjulmand cometeu uma falta que teve tanto de evitável como de duvidosa para amostragem de amarelo. 

E assim ficámos reduzidos a 10, em desvantagem no marcador, a meio da 2.ª parte, contra um adversário confortável a jogar no campo todo e com um capitão ex-Benfica. 

Uma equipa qualquer tinha deitado a toalha ao chão, mas o Sporting foi para cima do adversário, pela esquerda com Maxi e Quenda, pela direita com Fresneda e Trincão, Harder e Gyökeres a bascularem à vez, veio o golo do empate numa bela jogada colectiva Quenda-Harder-Trincão. E vieram três lances de golo iminente.

Pelo meio claro que também o Arouca teve ocasiões em contra-ataque para sentenciar a partida, mas Rui Silva redimiu-se daquele golo "dos apanhados".

 

Isto realmente está complicado. Nos jogos dos rivais é raro que os adversários terminem com 11, há sempre um deles que resolve optar pelo "suicídio assistido" algures na 2.ª parte. Nos nossos, somos nós que não terminamos depois de encenações canalhas dos adversários. 

Além disso obviamente que entrar em campo com jogadores que se lesionam na primeira vez que disputam uma bola não ajuda nada. Não sou Inácio para saber das razões, mas suspeito que tudo tem a ver com o planeamento da temporada, um plantel demasiado curto para as necessidades da época, e a contar que jogadores com histórico de lesões aguentassem sem recaídas. Não é agora nem foi no mercado de inverno que isso tenha ou tivesse fácil solução, a verdade é que ninguém pode prever quem se vai magoar a seguir.

Gostei imenso da atitude de todos, da dupla atacante Harder-Gyökeres e do flanco esquerdo Maxi-Quenda que deixou a pele em campo. Trincão continua a correr muitos kms por jogo, marcou um bom golo, temos de perdoar-lhe uma ou outra rotunda. Biel tem de pôr os olhos em Maxi, não é no ritmo de Itapuã que lá vai.

 

Melhor em campo? Harder. Um golo, uma assistência, que pena aquela bola enrolada que resolveu não entrar.

Arbitragem? Este também vai ser dirigente um dia destes, o comentadeiro APAF da Sport TV esvaiu-se em elogios. Já o João Simões deve estar com os tornozelos bem marcados em faltas não assinaladas. Gelo recomenda-se.

E agora?  Nós só queremos o Sporting campeão. A eliminatória da Champions infelizmente está resolvida. O jogo na Alemanha deverá servir para alargar o plantel, dando mais minutos aos que entraram hoje no final, e não para castigar os mais desgastados neste momento.

 

PS: Grande jogo do "nosso" Chico Lamba, estreado contra o Casa Pia em Alvalade há dois anos ppr Rúben Amorim. Já o tinha feito em Arouca, estava lá e vi, tal como estive ontem em Alvalade. Grande evolução do nosso ex-capitão da equipa B.

SL

O dia seguinte

Ontem em Alvalade, mesmo sem metade dos jogadores titulares e alinhando com seis jogadores sub21, tivemos a melhor primeira parte do Sporting de Rui Borges na Champions. Um 4-4-2 que distribuiu muito bem os jogadores pelo terreno a toda a largura do mesmo, controlo do jogo, saída a jogar com critério variando sempre a zona de ataque, zonas de pressão bem definidas, procura da profundidade, resultando em três remates bem perigosos, um na trave, e zero oportunidades de golo do adversário.

Mas na 2.ª parte o muito mais alto e forte Borussia Dortmund (quem não percebe a importância da dimensão física no futebol de alto nível é melhor dedicar-se ao... basquetebol? andebol? voleibol? hóquei em patins? se calhar à maratona) carregou no acelerador e tudo ruiu como monte de cartas. A equipa trocou a lição que tinha estudada pela tentativa de jogar no contragolpe, as bolas recuperadas transformavam-se em passes perdidos que davam oportunidades ao adversário para correrias e centros. E assim aconteceram três golos sofridos e podiam ter acontecido mais.

Curiosamente, a igualdade a zeros subsistia até à entrada de Gyökeres. Talvez o João Simões não tivesse arriscado aquele passe se ele não tivesse entrado. A verdade é que as entradas de Gyökeres, Bragança, Morita, Quaresma e até Biel soaram muito mais a preparação do jogo com o Arouca do que a armas para ganhar ao Borussia. Nenhum deles esteve à altura dos jogadores que foram substituir.

 

E assim provavelmente ficaremos por aqui na Champions. Com Amorim foram quatro jogos com três vitórias e um empate. Sem ele foram cinco jogos com quatro derrotas e um empate. Faz a sua diferença, mas as coisas são como são. A falta de Pedro Gonçalves foi decisiva, a lesão / quebra física de Gyökeres também.

Agora o importante é juntar tudo o que de bom aconteceu na 1.ª parte com o regresso da maior parte do núcleo duro da equipa, Hjulmand, Gyökeres, Morita e Inácio, e vencer os dois próximos desafios da Liga. Para a Alemanha pode seguir o onze inicial de ontem, mais alguns da equipa da Youth League que hoje, orientada por João Pereira, esmagou o Mónaco por 4-0.

 

Melhor em campo? Diomande, claramente o melhor defensor no tempo todo, sem qualquer responsabilidade nos golos e à beira de marcar um grande golo na 2.ª parte. Rui Silva e Maxi estiveram igualmente muito bem, Fresneda e Matheus Reis não deram qualquer motivo para a substituição. 

Arbitragem? Nível Champions, deixar jogar castigando as faltas tácticas. Pode ter interpretado mal a entrada que originou o amarelo a Trincão.

E agora? Ganhar na Liga e prosseguir na liderança. A 4 pontos do Benfica e a 8 do Porto. Sábado há jogo em Alvalade.

 

PS: Os jornalistas querem mesmo saber onde são as lesões deste e daquele? Perguntem ao Inácio. Nada escapa ao Inácio no que respeita a médicos e a clínicas ligados ao Sporting. Perguntem também como é que o lesionado crónico St. Juste aguentou 90 minutos. Ele deve saber.

SL

O dia seguinte

Custa empatar assim, mais fruto do desgaste da nossa equipa do que do mérito da equipa contrária, e custa mais com estas valentes Pinheiradas no lombo. Dois penáltis escamoteados e depois um árbitro de má consciência completamente desvairado e a disparar cartões em todos os sentidos.

Se esta personagem é o melhor árbitro português então como são os outros? E não foi por competência ou falta dela: foi mesmo por canalhice, não aceitou sentenciar por penálti a derrota do clube do Pinto da Costa, a quem no passado prestou muitos favores e pelos vistos ainda tem contas por saldar.

 

Na primeira parte o Sporting foi muito superior mas não soube definir lances de contra-ataque perigosos. Um disparate do Inácio deu bola na trave do adversário, um belo lance de Quenda deu golo de Fresneda. Pelo meio João Simões foi posto fora de jogo numa entrada dura do Eustáquio.

Na segunda parte o Porto entrou forte e o desgaste foi-se acentuando. Gyökeres e Morita entraram em serviços mínimos e o Sporting foi-se encostando à defensiva até sofrer um golo bem conseguido pelo adversário. Pelo meio, Gyökeres foi agarrado na grande área contrária quando estava em 1x1, Quenda esqueceu-se de que Morita estava isolado para empurrar para golo e foi derrubado também na grande área. O palhaço Vieira fez o seu número a que o Pinheiro bateu palmas.

São assim os jogos do Sporting no Dragão, com Pinto da Costa ou Villas-Boas. Os hábitos e o ambiente estão consolidados, os árbitros entram com chumbo azul nos miolos, e o resultado é sempre bem melhor para eles do que podia ser.

 

Melhor em campo? Hjulmand, não digo o Quenda porque foi estupidamente egoísta naquele lance que sentenciava o jogo.

Arbitragem? Este Pinheiro é o escorpião da parábola, por muito que tente ser um árbitro, sempre estraga tudo no final.

E agora? O Porto passou a lutar com o Braga para o 3.º lugar e a corrida para o título vai ser a dois, sendo que vamos ficar sem jogadores para os próximos encontros pelas Pinheiradas.

SL

O dia seguinte

Exibição competente qb do Sporting hoje em Alvalade, sabendo gerir o jogo no ritmo mais indicado para camuflar a falta de alguns titulares e a nítida má forma de outros, e dando palco a um quarteto de jovens de sangue na guelra com imenso potencial. E foram estes - Fresneda, Diomande, Quenda e João Simões - que desbloquearam o jogo, marcaram e deram a marcar.

O campeonato ganha-se com exibições assim, de controlo do jogo, de ganhar sem arriscar perder, evitando o desgaste e a quebra física no final dos jogos.

 

Do 3-4-3 de Amorim para o 4-4-2 de Rui Borges mudaram alguns posicionamentos mas não mudaram alguns princípios de jogo, o controlo através da posse e da circulação de bola a toda a largura do campo, a variabilidade das zonas de ataque, o lançamento em profundidade do ponta de lança em zonas laterais. Com isso o resultado é semelhante, o jogo ganha-se sem o nosso guarda-redes fazer uma defesa digna desse nome. Hoje aconteceu o golo contrário, um bom cruzamento que deu golo, por mérito contrário e porque Inácio não respeitou a linha dada por Diomande. Rui Silva nada podia fazer.

Fresneda marcou o golo inicial a cruzamento tenso de Harder. Não era preciso ser bruxo de Fafe para prever que isso iria acontecer, por pouco não tinha acontecido já em dois jogos anteriores porque ele repete o movimento interior que o coloca em boas condições para marcar. Diomande marcou o segundo num bom golpe de cabeça no seguimento dum canto. Harder o terceiro num bom cruzamento de Matheus Reis. Pelo meio meia-dúzia de defesas de Ricardo Velho e remates a sair a rasar o poste.

João Simões começa a encher-me as medidas. Está ali um médio todo-o-terreno do melhor que já tivemos, não falha um passe, tem mudanças de velocidade que desequilibram a defesa contrária, vai à linha de fundo, remata de fora da área, tudo isso aos 18 anos. Mais fresco do que Quenda, também ele um pouco desgastado.

Hjulmand está um patrão, joga e faz jogar. Mal mesmo esteve Trincão, a perder muitas bolas em zonas centrais e portanto perigosas para o contra-ataque adversário. Maxi e Inácio também longe do que podem fazer. Catamo complicativo e desta vez infeliz, vamos lá ver que lesão tem. Bragança começou bem mas depressa descarrilou, está sem capacidade física para fazer o que pensa.

 

Melhor em campo? Harder, o mini-Gyökeres, o suplente perfeito. A verdade é que os dez colegas em campo não notam muito a diferença, porque as movimentações são semelhantes.

Arbitragem? Fraquinha marca APAF: Vai gerindo o que marca e o que não marca, não interessa se são faltas ou não, ninguém percebe mas isso pouco interessa. Os fiscais de linha também não ajudam. Pelo menos não inventou penáltis.

E agora? Ganhar no Dragão, mas com o Eustáquio a central vai ser muito complicado. Pelo menos o Galeno não vai cavar penáltis e expulsões, o que já não é mau.

SL

O dia seguinte

Missão cumprida.

Frente a uma equipa italiana forte, dura e muito chata naquele homem-a-homem a todo o terreno, sem problemas em fazer faltas para amarelo dado que não vai continuar na prova, muito competente nos pontapés de canto, o Sporting teve muitas dificuldades em assentar o jogo e criar perigo de forma continuada.

A equipa voltou a entrar muito bem no jogo, num 4-2-3-1 com duplo pivot Hjulmand-Debast e Bragança solto atrás de Harder, conseguia ter bola no meio-campo e acelerar a partir daí por Catamo ou Bragança solicitando Harder na profundidade e criando ocasiões de remate. Mas veio um canto a favor do Bolonha e uma bola na trave, veio outro e uma bola lá dentro, a equipa acusou o toque e perdeu-se um pouco na segunda metade da primeira parte. 

 

Veio a segunda parte e logo o choque que deu a lesão de Debast. Entrou João Simões, pouco depois Quenda, voltou o 4--2-4 com o adiantamento de Trincão, e o jogo tornou-se muito mais aberto, com ocasiões para ambos os lados. O Bolonha teve algumas mais pela ala Fresneda-Catamo, muito por culpa da "falta de pilhas" do moçambicano. O Sporting pelo outro lado, pelo trio maravilha (raça, entrega, talento, velocidade) Maxi-João Simões-Quenda. E foi por aí que surgiu o golo do empate numa bela jogada João Simões-Quenda finalizada muito bem por Harder.

Com o resultado finalmente favorável, a equipa soube gerir o jogo muito bem, fazendo circular a bola, continuando a pressionar alto, não permitindo ao Bolonha dominar o jogo e ter oportunidades.

 

Assim fomos apurados para a fase seguinte. Vamos encontrar um adversário familiar, espero que seja o Borussia Dortmund para poder voltar ao Iduna Park e à cerveja do "fan-zone". Mais Atalanta não, sff. Já chega.

E conseguimos isso sem os dois melhores jogadores do plantel: Gyökeres e Pote, nem Morita, com talvez a equipa mais jovem do Sporting de sempre na Champions ou mesmo na Liga Europa. Média de idades: 22,5 anos.

Israel (24), Fresneda (20), Diomande (21), Inácio (23), Maxi (24), Catamo (24), Hjulmand (25), Debast (21), Trincão (25), Bragança (25), Harder (19), J. Simões (18), Quenda (17), Matheus Reis(29).

Destes, quatro foram formados em Alcochete. 

Uma equipa muito jovem, com tremendo potencial de crescimento. E no banco estavam vários colegas do João Simões e do Quenda, como o Eduardo Felícissimo que um dia destes estará ali a fazer o papel que o Debast fez hoje. O futuro do Sporting está assegurado.

 

Melhor em campo? João Simões. Foi ele que desbloqueou o jogo.

Israel fez uma belíssima defesa, Diomande esteve imperial como de costume (oxalá não haja Ramadão este ano). Fresneda melhora de jogo para jogo e ontem mais uma vez esteve perto de marcar. Inácio muito seguro. Hjulmand um senhor no meio-campo bem complementado por Debast. Harder aprendeu muito vendo jogar Gyökeres. Do trio maravilha já falei. Catamo começou bem, mas cedo encostou. 

Arbitragem? Impecável, mantendo um julgamento uniforme, permitindo o contacto mas sabendo penalizar entradas por trás e faltas tácticas.

E agora? Descansar, recuperar e ganhar ao Farense.

SL

O dia seguinte

O melhor elogio que posso fazer a Rui Borges, e que nunca consegui fazer a João Pereira, é que o Sporting de ontem em Alvalade, perante um Nacional que ali montou um autocarro de três andares, parecia ser aquele de Rúben Amorim frente ao Casa Pia no mesmo estádio.

O mesmo ritmo pausado, a mesma obsessão pelo controlo, a prioridade à eficácia sobre o espectáculo. Agora num contexto de desgaste acumulado e de lesões que Amorim não teve tempo esta época para vivenciar.

Se calhar o futebol desejado de Rui Borges é o dos primeiros 10 minutos e não os dos outros 80, mas os campeões fazem-se com eficácia e controlo do desgaste, ou seja, com jogos como os dos outros 80.

Neste jogo, o Sporting foi sempre muito competente a construir e a recuperar a bola na perda, mas com muitos problemas pelo ritmo baixo em que caiu em ultrapassar uma defesa a 11 do Nacional que deixava poucos espaços, onde o centro ou o remate sempre se perdia na floresta de pernas contrária.

Foi preciso Trincão, agora na posição dele que o Catamo não está a merecer ocupar, ter um remate cruzado portentoso e conseguir um golo de bandeira no final da 1.ª parte para desbloquear o jogo.

A 2.ª parte ficou bem mais tranquila. O Nacional teve de jogar à bola e não investir na palhaçada à moda do Santa Clara, e jogando à bola sujeitou-se a perder por mais, o que esteve por acontece várias vezes antes do recém-entrado João Simões aproveitar um centro interceptado de Catamo.

 

Foram mais três pontos numa jornada em que o Benfica fracassou com o Casa Pia e o Porto vamos ver como acabará com o tal Santa Clara. E é o que mais interessa. Isto não está para jogar como nunca e perder como sempre, está para ganhar e logo se vê o resto.

Melhor em campo? Trincão, golaço. A sociedade dele com Fresneda tem muito por onde crescer, digamos que a dupla enquanto tal está a 10% do que pode render. Quenda e Maxi combinam muito melhor do outro lado.

Arbitragem? Tem enorme dificuldade em distinguir jogo duro leal do malandro e em protreger quem joga a bola, mas pelo menos não estragou o jogo, o que já não é mau.

E agora? Despachar o Bolonha na quarta-feira, que vem aí o Farense. Jogo a jogo.

 

PS: Mesmo sem os três ou quatro miúdos da B que foram suplentes ontem em Alvalade, João Pereira conseguiu com um empate nos Açores a passagem à fase de subida da Liga 3. Os meus parabéns a um treinador que com tempo no banco e na credenciação pode ter uma bela carreira apesar do fracasso recente que todos lamentamos.

SL

O dia seguinte

Mesmo entrando em campo sem três dos melhores jogadores do plantel - Gyökeres, Pedro Gonçalves e Morita - o Sporting acabou por fazer hoje em Vila do Conde o melhor jogo da era Rui Borges e mesmo um dos melhores jogos desta época.

Um 4-4-2 muito bem montado, com Debast muito importante nas compensações e a permitir que Maxi e Quenda dinamitassem a defesa adversária. Do outro lado Fresneda e Catamo também entraram bem, o que permitiu um jogo variado a toda a largura do campo. Harder muito dinâmico a desestabilizar os centrais contrários, embora pecando no remate ao golo. Trincão muito importante na organização do jogo atacante e na pressão alta aos defensores contrários (suspeito que é um dos que mais kms percorre nos 90'). Hjulmand cada vez mais patrão. Inácio e Bragança voltaram de lesões e estiveram muito bem. Gyökeres entrou para marcar.

Assim o jogo tornou-se num "tiro ao boneco". Mais de uma dúzia de oportunidades de golo desperdiçadas, metade por grandes defesas do guarda-redes contrário, duas bolas nos postes.

Enquanto isso o estreante Rui Silva não fez uma defesa digna desse nome. Oportunidades zero do Rio Ave.

 

Mas onde é que estava este Rui Borges?

Em muito pouco tempo conseguiu mudar o sistema táctico sem pôr em causa os princípios de jogo adquiridos na 1.ª metade da época com Rúben Amorim, os jogadores estão confortáveis nas novas posições e alguns até rendem mais do que antes.

Maxi está um defesa lateral de excelência, Quenda um médio/extremo esquerdo de eleição, Diomande continua imperial, Fresneda renasceu, se calhar o melhor lugar do Debast é este mesmo. 

 

Melhor em campo? Maxi ou Quenda? Um deles.

Arbitragem? Pequenos lapsos, o VAR corrigiu a asneira maior.

E agora? Jogo a jogo, rumo ao bi.

 

PS: Horas antes, o Sporting B outra vez de João Pereira, mesmo sem alguns que estiveram no banco em Vila do Conde, derrotou o Belenenses por 2-1 e ascendeu à faixa da tabela de apuramento de subida de divisão. E jogou em 3-5-2...

SL

O dia seguinte

Custa muito perder assim uma Taça, no sétimo penálti, mas as coisas são assim mesmo, ganhou a equipa mais competente nesse momento do jogo. Cabia a Trincão fazer o que os "putos" Harder e Quenda fizeram. Mas não é por isso que existem motivos para dar os parabéns a todos, Trincão incluído, pelo excelente jogo que fizeram.

Mesmo sem meia dúzia de jogadores importantes, mesmo com um ou outro jogador muito desgastado, mesmo sem tempo para treinar um novo sistema táctico, a equipa sempre pareceu confortável no jogo, defendendo com competência e intensidade, atacando com objectividade. Pelo meio, várias jogadas de excelência, alguns jogadores numa das suas melhores noites com a camisola do Sporting, como Diomande, Maxi, Hjulmand e Quenda, e um ritmo de jogo sempre em crescendo perante um adversário com  alguns jogadores de classe extra.

O jogo foi sempre muito equilibrado e repartido entre as duas áreas, os defesas quase sempre a levar a melhor sobre os avançados contrários, o meio-campo era uma zona de passagem. Muitas chegadas à area, muito poucas ocasiões claras de golo.

Rui Borges conseguiu transformar o modelo de jogo do Sporting, recuperando o melhor da herança táctica e estratégica do Rúben Amorim, colocando os jogadores confortáveis em posições que bem conhecem, dando protagonismo aos melhores, valorizando os jogadores. Falta ainda melhor saída a jogar a partir da defesa, e também melhor gestão da posse, sabendo quando fazer circular a bola e quando atacar a profundidade. Mas isso virá com o tempo.

 

Assim, depois do pesadelo que foram as seis semanas de João Pereira, temos todas as razões para supor que vamos ser felizes esta época.

Melhor em campo? Hjulmand, um monstro no meio-campo.

Arbitragem? Impecável, desta vez nada a dizer do Pinheiro.

E agora? Temos equipa, mas faltam jogadores importantes a começar pelo "mágico" Pote. Que voltem depressa para podermos ter outra rotação nos titulares e outra frescura nos jogos.

 

PS: Ia-me esquecendo que no onze inicial do Sporting estavam dois miúdos de 17 anos, Quenda e João Simões, ainda há pouco vice-campeões da Europa em sub17, e no banco estava o Eduardo Felicissimo, também ele da mesma fornada. Assim não vamos ganhar o título de juniores. Bom, por acaso até ficámos fora da série de apuramento de campeão.

SL

{ Blogue fundado em 2012. }

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