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És a nossa Fé!

Prognósticos só depois do jogo

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Amanhã à noite Alvalade estará em euforia para aquele que julgo ser o mais importante dérbi dos últimos anos. À tradicional rivalidade entre os dois clubes vizinhos, junta-se a luta pelo título de campeão, cujas oportunidades de disputa se encontra cada vez mais limitada: a seis jornadas do fim, Sporting e Benfica, nesta ordem, ocupam os dois primeiros lugares do campeonato com a diferença de um ponto, destacados do terceiro. Este jogo acontece quatro dias depois de um outro dérbi, esse para a Taça de Portugal, em que o Benfica, apesar de ter feito a melhor exibição da época, com um empate a duas bolas, se viu arredado da final da Taça de Portugal, a disputar no Jamor no final de Maio - lá estarei, se Deus quiser. Nesse jogo, o clube de Carnide confirmou a tradição que, reclamam os especialistas, de que a equipa em pior forma nestes embates, normalmente se supera. Foi o que aconteceu há dias, apesar disso não ter chegado para levar de vencida a equipa leonina na eliminatória.

Aqui chegados, o que interessa verdadeiramente é o confronto que se repetirá amanhã à noite num estádio de Alvalade lotado, onde o verde e branco será imperial e as emoções estarão ao rubro.

Confesso-vos que tenho más memórias de dérbis decisivos em Alvalade, tenho ideia que normalmente não correm bem aos leões. Assim de repente, lembro-me de dois exemplos que testemunhei ao vivo: na época 1999/2000, quando na penúltima jornada o Sporting se podia sagrar campeão, perto do final do jogo o Benfica, por intermédio de Sabry, marcou um golo, que enregelou o antigo estádio de Alvalade, já encharcado por horas seguidas de uma chuva persistente. A festa foi adiada uma semana: a equipa de Augusto Inácio sagrou-se campeã na jornada seguinte e os festejos há dezoito anos esperados foram absolutamente memoráveis. Mais desagradável foi uns anos depois, quando a equipa leonina, dirigida por José Peseiro em 2004/2005, também na penúltima jornada, perde por um maldito golo de Luisão (sempre me pareceu em falta sobre o guarda-redes Ricardo na pequena área) a sete minutos do fim, derrota que custou o título aos leões.

O que é um facto por estes dias é que o Sporting é quem de longe está a jogar o melhor futebol em Portugal, ao fim de 28 jornadas conta como vitórias todos os desafios jogados em Alvalade, que tem à frente do ataque um Panzer chamado Gyökeres, e que, na verdade, last but not least, afinal este jogo não será assim tão decisivo. Acontece que depois do apito final estarão ainda 18 pontos em disputa para o Sporting que tem um jogo em atraso, sem contar com o melhor treinador do campeonato, um senhor chamado Rúben Amorim. Razões suficientes para amanhã ocupar o meu lugar no estádio com alguma confiança. De resto, sportinguistas e benfiquistas, eternos rivais, sabem bem da imprevisibilidade de um dérbi. Prognósticos só depois do jogo.

Haja coração!!!

O dia seguinte

Custa muito perder um dérbi quando estávamos a ganhar aos 94 minutos de jogo, mas há que engolir o sapo e seguir em frente como leões, deixando os cães a ladrar e as hienas a guinchar.

Em termos de futebol foram 15 minutis de erros sucessivos da nossa defesa que originaram oportunidades de golo e cartões amarelos. Depois dos defesas conseguirem pôrr os médios a jogar, domínio completo do Sporting, oportunidades e um grande golo a cair o intervalo. Que continuou na 2.ª parte até à expulsão de Inácio. Depois foi mesmo aguentar, sabendo jogar com o sueco para esticar o jogo, refrescando a equipa com substituições lógicas. E aguentou-se mesmo até aos 94 minutos. Depois dois lances consecutivos de inspiração dos jogadores do Benfica resolveram o jogo, que só acaba quando o árbitro apita.

Em termos de arbitragem, foi ao belo estilo APAF, sem piedade nos primeiros amarelos e depois sempre existiria algum lance em que o segundo amarelo seria plausivel. Nem foi preciso marcar penáltis em lances tão duvidosos que o VAR se poderia lembrar de questionar a sumidade arbitral. Assim foi à Soares Dias, trabalho perfeito, o Benfica agradece, o FC Porto agradece e a pastelaria também.

 

Em termos de experiência de ir à Luz ao sector do visitante, digamos que a expressão "Porco lampião" é bem empregue para quem recebe os adeptos do clube rival daquela forma, a começar pelo responsável da instalação sonora, mas obviamente extensiva ao presidente Rui Costa.

 

A "procissão dos porcos" a que chamam "caixa de segurança" organizada pela Polícia é uma vergonha também, mas no contexto dum Estádio da Luz onde permitem a passagem de adeptos provocadores do Benfica em frente à tal caixa de adeptos do Sporting enquadrados pror policia de intervenção, é um nojo organizado. Os sons de very light fazem o resto. Depois disso obviamente muitas cadeiras vandalizadas, casas de banho também, quem devia pagar todo esse nojo era o presidente do Benfica, o sr. Rui Costa.

Na entrada consegui chegar directo, mas na saída lá tive de ir na caixa sempre no final até me conseguir "desenfiar", recuperar o carro e ir à procura de dois putos que seguiram na tal caixa a quem tinha de dar boleia para o regresso a casa. Já em casa consegui ver o resumo do jogo na Sport TV, mas dos primeiros dois amarelos que foram determinantes em tudo o resto, zero. Soares Dias, o artista.

E pronto, perdemos uma bela oportunidade de nos distanciarmos mas continuamos no topo da classificação, o alemão continua como treinador o que é bom, Rúben Amorim demonstrou mais uma vez a sua valia e houve cântico dedicado a ele na bancada dos adeptos. Gonçalo Inácio não deve passar a melhor noite da vida dele, mas saberá tirar as ilações do que aconteceu e seguir em frente.

SL

Meia dúzia de notas sobre o jogo de hoje

- Gonçalo Inácio foi extremamente imprudente no lance do segundo amarelo. Não sei que percentagem da falta é um toque efetivo do nosso jogador e o que é aproveitamento do adversário, mas realmente existe a entrada, que foi muito precipitada;

- Em relação ao segundo golo, entendo que é de muito difícil análise, mas temos de constatar que as imagens que temos, que serão as mesmas que o VAR usa nas suas análises, são fornecidas pelo próprio Benfica, clube que é responsável pela transmisão dos seus jogos em casa;

- João Neves recebe um amarelo aos 75 minutos, Constanto que depois disso faz mais duas faltas, uma delas uma rasteira por trás a Hjulmand, outra numa disputa com Nuno Santos. Não vê amarelo nenhum neste lances e acaba por marcar o primeiro golo do Benfica.

- A equipa jogou tão bem ou melhor com 10 do que com 11. O Benfica limitou-se a bombear bolas na segunda parte e, com excepção do grande remate de Di María que Adán defendeu, não criou perigo até aos 94 minutos.

- Coates e Adán estão numa fase descendente das duas carreiras e, gradualmente ao longo desta época, terá de se ir tratando da sua sucessão. Para mim o melhor trio de centrais neste momento já é St. Juste, Diomande e Inácio;

- Os golos e as jogadas de perigo do Benfica foram todos em resultado de erros de jogadores do Sporting:

  • O 1.º lance de perigo, um remate de Rafa a rasar o poste direito, resulta de um conjunto de bolas divididas que foram ressaltando, até que a bola lhe chegou aos pés à frente da baliza;
  • A bola ao poste resultou de um mau passe de Gonçalo Inácio (salvo erro);
  • O 1.º golo do Benfica resulta de um má organização defensiva na marcação do canto: oito dos nove jogadores de campo estavam todos ao monete dentro da pequena área, não ficando ninguém para marcar João Neves um pouco mais atrás. O Benfica, apesar de ter o guarda-redes lá à frente, só tinha seis jogadores dentro da área, por isso não sei quem é que os nossos nove jogadores estavam a marcar.
  • O 2.º golo do Benfica veio na consequência de um mau passe de Hjullmand, que podia ter mantido a posse de bola mas teve a tentação de arriscar em criar uma jogada de perigo aos 96 minutos, quando estava empatado em casa do rival e com menos um jogador.

Mais logo na Luz

Já perdi a conta aos dérbis que vi a cores e ao vivo em Alvalade e na Luz, julgo que o primeiro terá sido em Alvalade e acabou com uma derrota por 3-5 no ano que ganhámos campeonato e taça.

Era um tempo em que não existiam claques entretidas com tochas e petardos nem exigentes da treta a desertar do apoio à equipa. Perder foi pretexto para cerrar os dentes e seguir para a glória. Que até podia ter sido ainda melhor se tivéssemos tido alguma sorte em Magdeburgo um ou dois dias antes do 25 de Abril.

Se fosse garantido que voltaríamos a ganhar campeonato e taça não me importaria de perder mais logo, mas como isso não existe, o que importa é mesmo vencer e deixar o rival a 6 pontos. Difícil mas nada de impossível, até porque a equipa tem todos os jogadores disponíveis, excepto Catamo, e tem titulares e suplentes rodados, todos capazes de mostrar bom rendimento.

Ao contrário das indefinições do treinador alemão do Benfica, no Sporting o modelo de jogo está mais que estabilizado, o onze-base também. Dúvidas existirão apenas na ala esquerda, entre alguém mais defensivo como Matheus Reis ou mais ofensivo como Nuno Santos.

 

Pelo que imagino que o Sporting entre em campo com:

Adán; Diomande, Coates e Inácio; Esgaio, Morita, Hjulmand e Matheus Reis; Edwards, Gyökeres e Pedro Gonçalves.

No banco de suplentes, St. Juste, Nuno Santos, Bragança, Paulinho e Trincão foram titulares na quint-feira e estão prontos para serem chamados a qualquer momento.

Então mais logo um grande jogo na Luz. Mais um em que irei lá estar, e é mesmo preciso gostar muito do Sporting para suportar o "transporte de gado" em que claques e polícia transformaram a entrada e saída dos adeptos forasteiro aos estádios.

SL

O juiz decide.

Gostemos ou não, o derby será muito provavelmente decidido pela arbitragem. 

O objetivo do Sporting, quanto a mim, deve ser chegar empatado com onze jogadores aos 70 minutos do jogo, o que duvido que suceda. Se o conseguir, pode chegar a um bom resultado.

A natureza do "jogo português", feito de fitas e simulações, o estilo de jogo de Rafa e Di María, a pressão no estádio em cima do árbitro, devem levar a uns amarelos no princípio da partida e talvez a outros no princípio da segunda parte.   

Posso ser só eu, claro, mas é pena que os grandes jogos da nossa Liga sejam tão sensíveis à arbitragem. O SLB tem demasiado a perder, até financeiramente (caso despeçam o treinador), para que o SCP termine com 11. As expulsões através da acumulação de amarelos são os novos "golos mal validados", como sabemos. Aguardemos.

Já agora, por mero acaso, li uns quantos 'especialistas' sobre o penalti em Chaves e o não penalti do Estrela sobre o Bragança. A meu ver, e obviamente, nenhum deveria ser -  o jogo é para homens e não meninos, mas teve graça ver as doses cavalares de ambiguidade que os ex-árbitros conseguem meter em cima das situações. 

Honrar o escudo

Não partilho o ódio declarado de alguns ao adversário de hoje (também não lhe tenho nenhum amor ou sequer simpatia, entenda-se). Desde que joguem com as mesmas armas (bem sei, há muito a escrever sobre o tema) só vejo o Sporting e 17 outras equipas que têm de ficar atrás de nós, pouco me importando a ordem. Nesse prisma, pouco me interessa se hoje adiamos a festa do rival ou se ganhamos a fictícia e pequena taça da segunda circular. Esse será um efeito colateral da, espero e acredito, vitória leonina.

O Sporting tem que entrar hoje para vencer, como tem que entrar hoje. Honrar o escudo é a obrigação e enquanto existir a mais pequena possibilidade de chegar ao terceiro lugar, não nos podemos conformar com o quarto. Tudo o resto, pouco me interessa. 

Dérbi eterno

O Sporting recebe amanhã em Alvalade o eterno rival do outro lado da 2.ª circular, um jogo que poderá ter pouca importância para nós em termos de posição final na Liga, mas tem um valor imenso para sócios, adeptos, treinador e jogadores. Todos vamos querer ganhar. E ganhar por muitos.

Quem esteve nos 7-1 de Alvalade como eu nunca se vai esquecer desse dia. Quando se entra em Alvalade para ver um dérbi existe sempre a esperança de voltar a viver um dia assim. Por isso, trocar a ida a Alvalade pelos euros que poderá algum benfiquista pagar pelo bilhete, e ajudar a que existam ilhas vermelhas em bancadas verdes é inconcebível para um Sportinguista que se preze, o que não quer dizer que os sócios estejam proibidos de levar familiares ou amigos benfiquistas ao jogo, ou que num casal "misto" o benfiquista tenha de despir a camisola do seu clube. Não misturemos as coisas. 

 

A primeira vez que entrei num estádio de futebol foi num domingo de manhã no antigo estádio da Luz para ver um Benfica-Sporting em juniores. Perdemos o jogo, acho que alinhava o Jordão pelo outro lado. Depois voltei lá muitas vezes mas sempre para ver o Sporting, até (coisas de puto) com o cartão dum amigo com a minha fotografia colada por cima e numa bolsa para enganar o porteiro. Vi o 3-0 de Slimani/Teo no meio de Diabos Vermelhos por detrás da baliza dos golos. No 1-1 de Jesus estava no sector da claque (e jurei para nunca mais). No 3-1 de Paulinho, Sarabia e companhia estava pouco abaixo do Rui Costa graças a um amigo. Mas também lá estive em muitos dérbis que acabámos por perder, como estive no Dragão, na Pedreira, e em muitos estádios pelo país fora.

Em Alvalade é mesmo raro não estar. Sou e serei sempre do Sporting, ganhe ou perca.

 

O Sporting defronta um adversário cujo plantel, segundo o TM, vale cerca de 33% mais, cuja SAD paga aos administradores mais de 33% do que a do Sporting, cuja formação ultrapassou completamente a do Sporting através de um grande investimento e recrutamento no próprio Sporting de profissionais experientes e qualificados. Um adversário que nas modalidades também gasta muito mais do que o Sporting, e que, é preciso dizê-lo, dispõe dum estádio bem melhor do que o nosso, o que só temos de "agradecer" a Godinho Lopes.

Reconhecendo isso, em vez dum antibenfiquismo doentio e de miserabilismos indignos dum clube grande, o Sporting só tem de ter capacidade para aumentar a base de sócios, para trabalhar mais, para investir mais, para contratar melhores jogadores, para formar mais e melhores jovens em Alcochete, para melhorar o estádio José Alvalade em todos os aspectos, para ter melhores claques, alinhadas com os valores do clube, para ter melhores equipas e praticantes nas modalidades e... para ter melhores administradores da SAD e pagar-lhes ainda mais.

Para sermos iguais aos maiores da Europa primeiro temos de ser os maiores de Portugal.

 

E o futuro começa amanhã, com Amorim, Coates e companhia. Treinador e equipa já demonstraram a sua capacidade, a começar pelo dérbi da primeira volta na Luz, com muito esforço, dedicação e devoção alcançar a glória do momento e dar uma enorme alegria a todos os Sportinguistas espalhados pelo mundo.

É dia de jogo, toda a gente sabe que eu vou...

SL

A invasão benfiquista a Alvalade

Nunca o escrevi aqui porque, na altura dos acontecimentos, me era impossível, mas estive genericamente de acordo com o Famalicão em Setembro, na receção ao Benfica. Obviamente preferia que a criança não tivesse estado em corpo nu, mas a responsabilidade foi sempre de quem a levou para lá vestida à Benfica. Um jogo de futebol não é genericamente um evento público, mas algo organizado por clubes que têm sócios e têm direito a imporem regras, nomeadamente os sócios (que podem assistir a preço reduzido) devem apoiar o anfitrião. Quem quiser apoiar o clube visitante tem todo esse direito, mas deve pagar o bilhete e ir ocupar um lugar na zona do estádio correspondente.
Em Portugal o Benfica habituou-se a achar que tem direito a jogar "em casa" em todos os campos. O Famalicão opôs-se e creio que muito bem. Esse exemplo deveria ser seguido por todos os clubes. E espero que o seja amanhã em Alvalade. Adereços de apoio ao Benfica devem ser interditos nas zonas para sócios do Sporting.
Dito isto, incomoda-me o clima de perseguição que se instalou. Foi noticiado que adeptos benfiquistas chegam a pagar mais de 1000 euros aos detentores de gamebox para lhes cederem a mesma para entrarem em Alvalade amanhã. A gamebox é, por definição, transmissível pelo seu detentor a quem escolher. Esse é um ato individual. Por feitio, eu não gosto de julgar esse tipo de atos pessoais, sem ter a possibilidade de me pôr na posição de quem o pratica (e só essa pessoa sabe de si). Há muitos sportinguistas que fazem sacrifícios a pagarem quotas e gameboxes. Com os dias difíceis que vivemos, com crise e inflação, pode haver pessoas a quem as fortunas que os benfquistas pagam façam diferença - pode ser que seja o que as faça voltarem a ter gamebox para o ano. Prefiro que esses casos não ocorram, mas se ocorrerem não sou eu que os vou julgar, como não julgo os jogadores efetivamente atacados em Alcochete que rescindiram com o Sporting quando era presidido por um maluco. Não me agrada nada este clima de caça às bruxas no Sporting.

O que é importante é o que frisei no início: que se siga o exemplo do Famalicão, e o Sporting se dê ao respeito - materiais de apoio ao adversário não são tolerados na zona dos sócios. Teremos benfiquistas infiltrados? Provavelmente sim - espero que sejam muito poucos. É mais um motivo para os sportinguistas irem a Alvalade e apoiarem o Sporting ainda com mais força. É assim - e não com caça às bruxas - que devemos responder. Lá estarei.

Lamentável

Acho profundamente lamentável a faixa "Morte aos lampiões" colocada nas imediações do Estádio de Alvalade por adeptos do Sporting antes do derby, e a que a imprensa desportiva tem dado grande destaque.

Acho profundamente lamentável as evocações do trágico episódio do "very light" (de que esta semana passou mais um ano) que os adeptos do Benfica costumam fazer nos jogos com o Sporting. Repetidas vezes. Também profundamente lamentável é que este triste hábito não tenha na imprensa desportiva o mesmo destaque que teve a triste faixa.

Derby é derby. Eles e nós

Aqui, como no estádio, onde tantas vezes pauso vida e pensamentos, onde estou só com o Sporting e os nossos.

Era sexta e dia de derby. O melhor Sporting que vimos nos últimos anos, sem dois dos nossos mais valorosos, mas a confiança inabalável. Era à noite, eram precisos testes, era dia de derby.

Estou aqui porque não há como desabafar a quem não sente como nós.

Começava o derby e eles nem nos permitiram tremer ou desacreditar. Destemidos, Sarabia e Pote abrem as hostilidades. Tive a certeza que nenhum daqueles rapazes pensa sequer "quem vem lá", vão em frente e vencem o próximo. Precisávamos disto. Merecíamos isto. 

O persistente e apoiado (por nós e por Matheus Nunes) Paulinho, lá foi. Se mostrou os dentes ou não, não sei, sei que o celebrou olhos nos olhos connosco. Foi para nós.

O intrépido Matheus, que se agiganta ainda mais em jogos grandes, acreditou e avançou. Naquele salto com que celebrou, estavam 3 milhões de leões.

Venho aqui, como ao estádio, que é onde está quem sente como eu.

Foi noite de derby e saímos felizes.

Creio que foi isto que sucedeu...

Amorim fez o primeiro teste com um adversário tipo Champions. 

Supondo que pode perder Palhinha para o mercado e João Mário (porque está emprestado), talvez Amorim queira ter percebido se as segundas linhas estariam à altura.

 

Individualmente, o Benfica tem alguns excelentes jogadores, muito melhores que todas as outras equipas portuguesas e que fizeram gato sapato de alguns dos nossos, ali na primeira meia-hora. É evidente que se não entrassemos já resolvidos, a nossa equipa e tática teriam sido outras.

Deste modo foi possível testar um "jogo Champions", em que as duas equipas mostraram lacunas individuais e até coletivas.

 

Creio que a importância de Feddal, Palhinha e João Mário no título ficou sublinhada com tinta ainda mais grossa.

Talvez Amorim tenha convencido Varandas a lutar mais por João Mário.

Talvez Pote tenha convencido Fernando Santos.

E talvez João Mário mereça voltar a fazer parte da equipa das Quinas. 

Em resumo

Jogo descomunal de Pedro Gonçalves.

Fora isso não sei se Matheus Nunes alguma vez não terá dado a bola ao adversário, além de lhe ter oferecido o penalty da vitória, e gostaria de saber se o xG de Paulinho será tão mau como presumo que seja. 

Foi pena não sermos campeões invictos, sobretudo depois do que a equipa fez a partir dos 70'.

Boletim meteorológico

Da página do IPMA, na previsão para o dia de hoje:

- Céu limpo em todo o território, com nuvens carregadas na freguesia de São Domingos de Benfica;

- Diminuição da pressão atmosférica, excepto na freguesia referida, onde ela estará imensamente pesada;

- Temperatura amena ao nível do solo, o que permite o passeio (higiénico!) a felinos de modo a arejar a juba, contudo com uma descida drástica a altitudes superiores, impedindo a passarada de sair da gaiola.

 

Última hora: Uma imensa concentração de galinhas, em São Domingos de Benfica, frente a um edifício pré-fabricado semelhante a um aviário, cacareja de forma histérica exigindo que os 100 milhões gastos em entulho sejam trocados por milho. Um senhor de orelhas enormes veio à varanda, e depois de as mandar para o trabalho (pensamos que pôr ovos, mas mais tarde esclareceremos), disse irado "vocês aqui só mandam quando tiverem dentes!"

Voltaremos logo que haja desenvolvimentos, entretanto aproveitem o ar puro que hoje se respira. Bom dia.

O que o árbitro quiser

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Semana exemplificativa do que é desporto nacional por estes dias.
Na sexta-feira, o Desportivo de Aves apanhou-se a vencer no Estádio da Luz. O árbitro, Carlos Xistra, conseguiu ver um penalty que permitiu o empate e catapultou o Benfica para a vitória.


Um par de horas depois, o Moreirense marca um golo contra o Porto e meia-dúzia de minutos depois prepara-se para fazer o 2-0 quando o árbitro, Artur Soares Dias, escolhe apitar antes da bola entrar, não dando hipótese ao VAR de averiguar se o golo seria legal ou não. O Porto apanha balanço e acaba por vencer o jogo.


Já no domingo, o futebol feminino deslocou-se ao Estádio da Tapadinha para defrontar o Benfica na primeira jornada da Taça da Liga em futsal. O Sporting vencia por 2-1, graças a um golo de levantar o estádio de Diana Silva, quando a árbitra, Catarina Campos, inventa um penalty de Carole Costa e acaba por expulsar a central Sportinguista. O Benfica acabou por empatar o jogo.

O domingo não fecharia sem mais um exemplo gritante. Na final da Taça da Liga, o Benfica atinge as cinco faltas a sete minutos do final. Um minuto depois, faz a sexta falta sobre Cardinal. Em qualquer outro lado do mundo seria livre direto para o Sporting. Mas no Pavilhão do Centro de Congressos de Matosinhos, o árbitro, Rúben Santos, assinalou a falta ao contrário. Na sequência do lance, o Benfica acaba por se adiantar no marcador e vencer a partida.

Terça-feira, mais um jogo onde o Benfica se encontra a perder em casa e o árbitro, Artur Soares Dias, a "mando" de Rui Costa perdoa a expulsão a Rúben Dias. Como nenhum outro resultado é permitido em Portugal, o Benfica acabou por vencer o jogo.

Amanhã joga-se o derby da cidade de Lisboa. Um jogo histórico do qual Coates foi afastado por um árbitro, Tiago Martins.

Ferran Soriano escreveu um livro chamado “A bola não entra por acaso” e é bem verdade. Infelizmente, em Portugal, o resultado não é ditado pelo mérito, nem pela sorte do jogo ou pela estrelinha de campeão. O resultado é o que o árbitro quiser!

União. Sejamos um só por 90 minutos

Os meus últimos posts pautam-se pelo saudosismo, bem sei. Faz parte, mas admito também que seja fruto dos tempos que vivemos. Aqui fica mais um.

É dia de derby. Não quero falar de fé ou falta dela, de bilhetes ou lugares cedidos. Sabemos que é possível passar à final, e isso está nas mãos (ou nos pés) da equipa, não tenho dúvidas que o saibam.
No último derby em Alvalade, de má memória, percebi uma grande diferença do antes para hoje. Lembro-me que em dia de jogo, sobretudo frente aos principais adversários, éramos um só. O público estava todo para o mesmo lado, ou sentia-se como tal. Uma queda em campo era uma ofensa geral, uma boa jogada celebrada em euforia. Era como uma batalha e só nos mostrávamos de um lado. Se tinhamos questões a resolver, ficavam para outra hora, longe da bancada. Ali, estávamos todos pelas mesmas cores. E estamos, mas hoje quer-se repreender a equipa, reprovar a direcção, desaprovar quem reprova. De que adianta isso enquanto decorre um jogo dos nossos? 
Sempre tivemos divergências, sempre houve no Sporting opiniões e facções diferentes, mas naqueles 90 minutos éramos todos o mesmo. Ver um estádio dividido num jogo tão importante é uma dor, as divisões deviam ficar à porta. Isto não se vê no pavilhão, quantas vezes temos lido, ouvido, testemunhado até, que "o jogo foi ganho pelo público"? Bem sei que no futebol não vivemos os melhores dias, mas gostava que voltassemos a ser um só nas bancadas. São 90 minutos, não pode ser assim tão difícil.
 
Enfim, que vença o Sporting, com ou sem o público todo. 

Que pesadelo....

Cheguei agora a casa. Fiz 500Km para ver o Sporting. Duzentos e cinquenta até Lisboa, e depois o regresso. Em silêncio, apreensivo, enquanto conduzia deu para pensar em muita coisa. Não merecemos isto. Aquilo que fizeram ao Sporting no início da época, está-se agora a pagar a fatura e com juros altíssimos. Perdemos recursos humanos, perdemos referências, e claro, hoje estamos a perder dentro de campo. Era prevísivel, também estamos a cometer alguns erros, mas o que mais me custou hoje, foi ver um jovem de 17 anos com gamebox, na fila por baixo da minha a chorar copiosamente, metendo os dedos entre os cabelos e dizia "... que pesadelo... que pesadelo, bolas quando é que isto acaba, quando é que vimos ao estádio e saímos daqui alegres?" Quando passei por ele, passei-lhe a mão pelos ombros, mas não tive coragem de dizer nada... absolutamente nada. Mesmo que quisesse, também não sabia o que lhe havia de dizer.

Salin daqui que eu trato disto

Estará tudo dito quando o nosso melhor jogador foi o guarda-redes, mas também é para defender que ele lá está, direi eu. Se considerarmos que estava para zarpar, não está nada mal.

Mai'de resto até nem foi mau, atendendo a que os outros estavam cansados e a pensar nos milhões que podem amealhar na próxima semana.

Marcámos num penalti que o foi sem espinhas e muito bem marcado pelo capitão, que antes parecia apreensivo, mas talvez fosse da InácioTV.

Não jogámos grande coisa, mas não jogámos pior que nos dois primeiros jogos do campeonato, ou seja, estamos a fazer um campeonato, até agora, regular.

Já o disse, Salin foi o nosso melhor e o melhor em campo e não vejo mais ninguém que tenha que destacar, senão André Pinto, que substituiu muito bem Mathieu e Nani, pelo golo marcado. Destacarei pela negativa Bruno Fernandes, que foi um a menos e Jefferson, que permitiu o cruzamento que deu o golo do empate.

 

Positivo, para além do empate em casa de um dos rivais, foi a derrota do Porto em casa. Somámos 4 pontos e estamos na frente, nada mau.

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