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És a nossa Fé!

Um silêncio ensurdecedor

Antes foi porque falou. Sobre assuntos que nada tiveram a ver com a selecção, convém não esquecer.

Ontem e hoje e nos próximos dias é porque não falou.

É ver a canalha lampiónica e andrade a espumar pela boca aí pelos vários canais de televisão e infelizmente alguns que se dizem leões também, a perorar por declarações. Que se desenganem os abutres, que ainda demorará a ser cadáver.

No entanto, calado já disse tudo. Ele há silêncios que são de ouro!

E no entretanto, enquanto uns rosnam a caravana vai passando.

Demitam-se!

Nos termos do n.º 1 do Artigo 20.º dos Estatutos do SCP, são direitos dos sócios requerer a convocação de Assembleias Gerais extraordinárias, nos termos dos presentes estatutos.

Por outro lado, o Artigo 21.º dos Estatutos do SCP identificam os deveres, nomeadamente o de honrar o Clube e defender o seu nome e prestígio, zelar pela coesão interna do Clube, manter impecável comportamento moral e disciplinar de forma a não prejudicar os legítimos interesses do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, nomeadamente defendendo e zelando pelo património do Clube.

O Artigo 35.º dos Estatutos do SCP, refere que os membros dos órgãos sociais devem cumprir e fazer cumprir os estatutos e regulamentos do Clube e exercer os respetivos cargos com a maior dedicação e exemplar comportamento cívico e moral.

Por outro lado, o Artigo 40.º dos Estatutos do SCP, explica que o mandato dos membros dos órgãos sociais é revogável, individual ou coletivamente, nos termos previstos na lei, podendo ainda a revogação ser deliberada pela Assembleia Geral nos termos dos números seguintes deste Artigo.

Sendo que compete exclusivamente à Assembleia Geral, eleger e destituir os membros dos órgãos sociais. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral é a entidade mais representativa do Clube que tem por atribuições, nomeadamente convocar a Assembleia Geral, indicando a ordem de trabalhos respetiva, ex vi artigos 43.º e 51.º dos Estatutos do SCP.

Nos últimos meses, temos vindo a assistir à delapidação do bom nome do Sporting Clube de Portugal, à tomada de decisões dúbias no que diz respeito ao futuro do clube, relacionada com a política de contratação de treinadores, jogadores e omissão de pagamento a fornecedores.

Se acho que o Presidente e a sua direção devem ser julgados pela competência dos seus atos, então o que dizer de uma Mesa de Assembleia que não reage a esta situação e que assiste no camarote à destruição do bom nome da instituição?

Protegem-se no argumento que não podem ingerir na gestão do clube, mas estamos perante algo mais complexo do que isso. Objetivamente, quem é mais culpada? Uma Direção incompetente e sem soluções ou uma Mesa da Assembleia, na pessoa do Presidente, que assiste a tudo isto e nada faz? Qual é o maior atentado ao Sportinguismo? Para mim é obvio! Mais do que destituir o Conselho Directivo e o seu Presidente pelos atos de má gestão, a Assembleia Geral, a respetiva Mesa e o seu Presidente devem seguir o mesmo sentido porque não cumprem as suas obrigações.

Esperava do Presidente da Mesa da Assembleia um ato de sportinguismo e que consequentemente apresentasse a sua renúncia. De certeza, no futuro os sócios do Sporting Clube de Portugal vão prestar mais atenção a esta figura, para que jamais seja eleito um Presidente demasiadamente ocupado e sem capacidade de acautelar de forma imparcial os interesses do Clube.

Daqui do Ribatejo profundo

Varandas, Alves, o que se lê nos jornais não é nada animador. Essa coisa do i-voting, parece que dá a sensação de ser uma espécie de churrasquinho, mas ao contrário (se na remuneração há sócios considerados com dois anos de quotas em atraso, quem nos garante que estarão vivos e não haverá alguém a votar por eles?), vejam lá, aproveitem o bom tempo e saiam de fininho, que a vossa xico-espertice já começa a encher a paciência até aos accionistas da SAD. Diz-se por aqui... finjam que vão fazer o serviço e vão embora! O Sporting encarecidamente agradece.

Dr Varandas: Seja um homem e convoque eleições já

Caro Dr. Varandas,

Como saberá reconhecer, reina o desnorte no Sporting desde que v. assumiu a presidência em 2018, depois de uma vitória por ínfima margem. Em 2018-19, com o plantel que herdou das gestões anteriores, até conseguiu 2 troféus. Mas o título, que sempre nos habituamos a discutir, foi uma miragem.

Na viragem para esta época, deu-se o maior desastre desportivo que presenciei como sportinguista - a derrota no Algarve com o SLB. A si, já sei, não preocupou o sucedido. E vai daí desatou a vender os melhores jogadores que tínhamos. E a trocar de treinadores. A dizer-se e desdizer-se. O Pedro Correia já fez aqui no blogue o relato das trapalhadas sucessivas que protagonizou. 

Esta época que agora termina, a primeira que v. planeou, foi uma queda do princípio ao fim. Uma queda que ontem teve mais uma etapa, com nova derrota no Estádio do SLB, e descida para a pior classificação em 7 anos (4º lugar). O desnorte sempre a aumentar e a queda a acentuar-se.

Sobre as razões para esta queda já aqui escrevi nos últimos meses. E já escreveram alguns colegas de blogue, melhor do que eu. O que é facto é que o Clube termina a época com um treinador que há um ano estava no Casa Pia (e pelo qual vai pagar 12 milhões de euros, que certamente serviriam para contratar um treinador europeu de topo) e com o plantel mais fraco dos últimos anos, em que os melhores jogadores são jovens ainda em formação. 

Dr Varandas, este 4º lugar foi "alcançado" contando em meia época com um dos melhores jogadores da Europa na sua posição, Bruno Fernandes (que terminou como melhor marcador da equipa, apesar de ter deixado o Clube em Janeiro). Na próxima época, sem ele e sem (aparentemente) Acuña - outro dos raros jogadores feitos e de selecção que ainda temos - em que lugar terminaremos?

Apesar do fracasso, apesar das demissões na sua equipa, apesar de não haver orçamento aprovado, de não se conhecer estratégia ou perspectivas de vir a ganhar seja o que for, o Dr Varandas arrasta-se no cargo. Faz uns "posts" no Instagram com fotos com momentos de descontração no treino legendadas "o Sporting é isto". Tira fotos para a capa de A Bola com um jogador acabado de sair da prisão e a declarar que ele pode ter lugar na formação do SCP. Faz umas declarações a dizer que o treinador ex-Casa Pia e Braga vai valorizar o plantel enormemente. E prometer vender jogadores por 100 milhões. Como se o Sporting fosse uma caixa registadora.

Não Dr Varandas. O Sporting não é isto! O Sporting não tem nada a ver com isto! O Sporting é um estádio cheio a cantar, festejando vitórias. O Sporting é a excelência no desporto. É esforço, dedicação, devoção e GLÓRIA. Não é bem-estar, descontração, declaração e salários. E se perdermos, olha, fica para a próxima! Nunca, Dr. Varandas, nunca.

Há vários meses que ouço amigos dizer que a intenção das pessoas que tem à sua volta é vender a SAD. É deixar cair o Clube até ao ponto em que o desastre seja tal que apareça um "salvador" (um superagente, talvez?) pronto a injectar uns milhões no Clube, assumindo o controlo. Não quero acreditar, mas a sucessão e repetição de erros é tal que cada vez isso faz mais sentido.

Ainda há tempo de evitar que o Sporting caia mais, Dr Varandas. Não tenho qualquer razão para acreditar que v. seja uma pessoa sem carácter, que se vai esconder neste momento aflitivo para todos os sportinguistas. Pelo contrário, até acredito que seja uma pessoa bem-intencionada (ainda que provavelmente muito mal aconselhada). Este é um momento que exige clarificação no Clube. E urgente.

Dr Varandas: se é um homem, se tem coluna vertebral, não se esconda. Dê a cara. Convoque eleições. Faça-o rapidamente, para Agosto. Volte a apresentar-se, mostre o que fez nestes dois anos. Debata, dê entrevistas. Prove que tem uma estratégia, um rumo. 

Dê a palavra aos sportinguistas e deixe que sejam apresentadas alternativas. Que ganhe o melhor. Se ganhar o Dr Varandas, sai legitimado. Se ganhar outro, ao menos o Dr Varandas bateu-se pelo que acreditava e sai de cabeça erguida. 

Dr Varandas: não se esconda, ninguém gosta de medrosos. Na escuridão vivem os ratos. E no Sporting não há lugar para ratos.

Acabou o pesadelo? Talvez não.

Bom, por esta época, sim.

O que eu temo é que se nós todos, sócios e adeptos, não metermos pés ao caminho e não arranjarmos um qualquer bombeiro que se preste à missão, para o ano haverá certamente mais disto.

Nunca sentirei vergonha de ser sportinguista, mas sinto uma enorme vergonha por ver o clube do meu coração dirigido por gente tão incompetente que até dói!

Com um presidente desaparecido em combate desde o início da pandemia, temo que o camião de reforços que aí virá seja composto por malta do Daesh recrutada no Afeganistão pelo capitão/doutor/presidente/golpista (de que cada vez menos se tem dúvidas).

É hora agora, já, urgentemente, não no final do mandato, de destituir Frederico Varandas e o seu esteio, Rogério Alves, o inenarrável PMG que acumula as funções de representante dos sócios com a de representante de um concorrente directo à compra da SAD do clube.

A incompetência, como antes, não pode hoje continuar a ser premiada. O clube é maior que as pessoas que o dirigem e se no passado recente isso foi claro, não pode deixar de o ser agora.

Ou querem que sejam estes mesmos incompetentes, que tiveram dois anos para preparar uma época que deu esta vergonha, a preparar a próxima?

Está nas nossas mãos.

E uma tragédia semelhante se adivinha para as modalidades, de que se tem falado pouco, mas que estão a sofrer uma sangria aterradora.

O que mais gostaria era estar aqui a dar vivas a Varandas, por ter alcançado os êxitos que nos prometeu. Na "catrefada" de recordes que bateu, todos negativos, só não conseguiu ficar abaixo do sétimo lugar e por isso não posso deixar, sob pena de um dia ser acusado de conivência, de exigir, aqui e agora, alto e em bom som: Varandas, RUA!

Os "anormais"

Mais do que a delapidação grave e contínua de activos - sobretudo do bom plantel que o Sporting tinha em 2018, com Bruno Fernandes, Bas Dost, Nani, Raphinha e outros - e a sua substituição por jogadores medíocres (Rosier, Ilori e Doumbia, entre outros já recambiados ou a recambiar), aquilo que mais me indigna na actual direcção do Sporting é a política do insulto. Quando não é o insulto explícito, é o insulto à inteligência. 

Todos nos recordamos da "escumalha". Mas não nos esqueçamos dos "anormais":

https://sporting.blogs.sapo.pt/ca-na-rulote-dos-esqueletos-aos-5451797

E o meu preferido, aplicado a todo o clube antes da chegada dos iluminados - a "roulote": 

https://sporting.blogs.sapo.pt/a-rulote-de-zenha-5387551

Pelo meio, houve os "esqueletos" e tanta outra forma de desqualificar adversários internos que é indigna de um dono de tasca, quanto mais de um presidente ou membro da direcção do Sporting Clube de Portugal. 

A isto se chama regar o fogo com gasolina. E o fogo nunca parou de alastrar. 

Os insultos à inteligência vêm na mesma linha. Os iluminados que gerem o Sporting - que venderam Bas Dost e acreditaram em quem lhes disse que Jesé seria uma óptima alternativa - acreditam genuinamente que os sócios e os adeptos são uma cambada de bovinos. Tanto os que estão a favor do actual estado de coisas, como os indecisos. 

Para mim, é isso que explica o "spin" que está a ser dado a mais uma contratação que começa a assumir contornos de "flop", a de Sporar: 

Anotação 2020-07-17 055434.png

Portanto este jogador pelo qual pagamos mais ou menos o mesmo do que recebemos por Bas Dost (que rendia mais de 30 golos por época) não é fraco. Está é... cansado! Sporar esteve parado entre Março e Junho e está cansado?? Sim, cansado ao fim de 8 jogos desde o retomar da Liga! 

Pensarão os iluminados que, apesar dos QUASE TRÊS MESES de paragem da Liga serem bem recentes, os sócios e adeptos do Sporting vão aceitar isto como verdade, pois são todos "anormais", "escumalha" e/ou "esqueletos".  

Dada a passividade geral, pergunto-me se terão razão. Se grande parte do clube estará já tão de braços caídos que engula estas histórias da carochinha (que nem sequer entendo como um jornal se digna a publicar na capa).

Entretanto, prepara-se a chegada de mais um "naipe" de ases: um desconhecido central marroquino do Betis, um lateral emprestado pelo Man City e o terceiro guarda-redes do Atletico de Madrid. Também se fala numa proposta milionária ao Braga (mais uma...) por Esgaio. 

Curiosamente, o nosso melhor jogador contra o FCP na 4ª feira foi um miúdo de 18 anos. Diz muito de bom do talento do miúdo Nuno Mendes, mas muito de mau sobre a total incapacidade desta direcção para fazer um bom negócio que seja. Bom negócio, digo, para o Clube. Pois muita gente está seguramente a fazer bons negócios à conta do Clube.

O Sporting precisa de estabilidade, sim. Mas não de mediocridade. Esta direcção já provou vezes sem conta a sua total impreparação e incompetência. Dois anos depois, não temos equipa para ganhar ao clube do empreiteiro de Braga, quanto mais para ganhar um título. E isso é indigno do Sporting. Seria melhor que esta direcção saísse pelo seu pé, convocando eleições. Se acha que tem argumentos, que volte a apresentar-se.

Quem insulta perde a razão. Não dou razão a quem se limita ao insulto a esta direcção. Mas menos razão dou a uma direcção de gente com responsabilidades, nas mãos de quem está o futuro do Clube, e que todos os dias insulta a inteligência dos sportinguistas.

 

PS - 2 horas depois de publicado este post, já fui 3 vezes...insultado. É habitual, sempre que o teor do post vai contra a narrativa da direcção iluminada. "Bruneco" foi o que gostei mais (parabéns a um tal de "Manuel"). Os outros não foram tão criativos. Não sei se será gente paga para isto (talvez agências de comunicação com dinheiro do SCP?) ou apenas fiéis varandistas. Não tornarei públicos comentários insultuosos anónimos ou simples baboseiras. Alguém tem que tentar manter a discussão civilizada. 

É a puta da loucura!

Quando depois de um mandato onde na parte final a insanidade imperou, com consequências desastrosas e quando se pensava que não seria possível descer mais baixo, eis que o nível anterior foi atingido e está perigosamente a resvalar para uma situação bem pior. Bom, se olharmos para o grupo de jogadores que temos, o trambolhão já foi!

Um tipo normal aprende com os erros dos outros e procura não reproduzi-los, para não cair em situação semelhante e demonstrar que é uma pessoa cautelosa. Um tipo anormal não só reproduz os erros dos outros, como ainda lhe junta os seus, metendo-se numa caldeirada que do prato delicioso apenas retém a cebola e o pimento, já que das batatinhas novas e do peixe de qualidade, nem o gosto.

A espiral de loucura (agora também já criam orgãos não previstos nos estatutos - um tal de conselho estratégico de comunicação) retoma a vertigem de tempos recentes e o Sporting continua a ser um clube de (dirigentes) doidos, porque incompetentes sempre suspeitei que fossem.

Isto parece o Poço da Morte da Feira de Santa Iria!

E o "Joselito" nunca mais cai da puta da mota...

E vão cinco

Filipe Osório de Castro, vice-presidente cessante do Sporting que detinha os pelouros do património e da segurança, estava demissionário desde o início de Março. Soubemos todos só ontem, pela voz do presidente leonino.

É o quinto dirigente a abandonar o clube em seis meses. Depois de Francisco Rodrigues dos Santos, ex-vogal da Direcção. Depois de Cláudia Lopes, ex-directora executiva da comunicação e plataformas. Depois de Miguel Cal, ex-administrador da SAD. E em simultâneo com Rahid Ahmad, outro vogal cessante do Conselho Directivo e ex-director do Jornal Sporting.

Muita gente a sair em tão pouco tempo. Em pelo menos quatro destes cinco casos, existe um fio condutor: a súbita ascensão de André Bernardo, um turbodirigente que neste mesmo período subiu de membro suplente do CD a efectivo, com os pelouros do marketing e área comercial, e também a administrador executivo da SAD, director do jornal do Clube e membro do enigmático Conselho Estratégico de Comunicação, petit comité recém-criado que concentra hoje o núcleo duro da gestão leonina. À revelia dos estatutos.

Confrontado com a insatisfação dos sócios, entendeu só agora Filipe Osório de Castro "informar-nos" sobre o que terá conduzido à sua saída num comunicado em que nada desvenda nem esclarece. Além de chegar com mais de dois meses de atraso. 

Questiono-me se é para isto que o Sporting tem agora um "Conselho Estratégico de Comunicação".

Abandonar o barco

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Frederico Varandas regressou esta noite às entrevistas televisivas para uma longa "conversa" (o termo foi utilizado por um dos entrevistadores) ao canal 11, da FPF.

Fez algumas revelações que merecem registo. Destaco duas: o Sporting voltará a ter equipa B já a partir da próxima época e pelo menos um terço do plantel da temporada 2020/2021 será composto por jogadores da formação. Boas notícias.

E assegurou que o principal objectivo do clube, até 2022, é marcar presença na Liga dos Campeões. Haja optimismo.

 

Arriscou também fazer previsões, nadando para fora de pé.

Sobre Rúben Amorim, o técnico que foi buscar ao Braga por uma quantia astronómica escassos dias antes da prolongada paragem do futebol a nível mundial: «Não tenho a menor dúvida de que o treinador do SCP muito dificilmente dentro de três ou quatro anos não estará num dos melhores clubes europeus.»

Sobre Matheus Nunes, o jovem médio-centro adquirido ao Estoril em Janeiro de 2019: «Não tenho dúvida nenhuma de que só o Matheus vai pagar o Rúben Amorim.»

Oxalá os dotes divinatórios do presidente do Sporting tenham melhorado muito desde Setembro do ano passado, quando garantiu noutra entrevista televisiva que Jesé, Fernando e Bolasie - todos já remetidos à procedência - iriam singrar no clube. 

 

Mas o que mais retive desta entrevista - exibida no dia em que se registaram duas novas baixas no Conselho Directivo do Sporting - foi a revelação, feita pela boca do próprio Varandas, de que o vice-presidente Filipe Osório de Castro e o vogal Rahim Ahmad já estavam demissionários desde o início de Março.

O clube enfrentou assim este período de severa crise com uma Direcção mutilada, sem que os sócios tivessem sido informados. Algo que considero inaceitável por violar as normas de transparência que qualquer Direcção leonina deve manter com os associados, a quem tem de prestar contas em todas as circunstâncias.

Estas demissões - que se seguem à saída do ex-vogal do CD Francisco Rodrigues dos Santos, em Dezembro, para concorrer à presidência do CDS, e do administrador da SAD leonina Miguel Cal, em Março, por alegados motivos pessoais - são provas inequívocas do desgaste desta equipa directiva, empossada apenas há 20 meses. Os dois dirigentes agora substituídos, segundo o próprio Varandas, alegaram a necessidade de se concentrarem a tempo inteiro nas respectivas actividades empresariais, sem mais disponibilidade para o Sporting. Vão longe os tempos dos abraços eufóricos na tomada de posse destes titulares dos órgãos sociais, em 9 de Setembro de 2018.

Ficámos portanto a saber que no preciso momento em que a nau leonina exigia maior coesão e concentração para enfrentar a tempestade provocada pela pandemia, logo houve quem preferisse abandonar o barco. É uma conduta que só pode merecer censura da massa adepta. E um péssimo indício para os tempos que vão seguir-se.

Dia 8 lá estarei!

Leio n' A Bola que houve quatrocentos malucos, nos precisos termos utilizados por Frederico Varandas que ainda preside ao CD do Sporting, que se deslocaram à Turquia para apoiar o Sporting. Gabo-lhes o espírito, diria de missão, de terem feito uma deslocação a país tão longínquo para proporcionar algum conforto aos nossos jogadores.

Extraordinário é que, a determinada altura, a polícia lá do sítio irrompeu pela bancada e desatou a retirar toda a parafernália de material de apoio aos nossos rapazes.

Não me parecendo que sejam os turcos avessos ao verde, concluiu quem lá estava que terá sido após uma assobiadela à UEFA de quem dirige o Sporting que a "bófia" confiscou tudo o que era bandeira, tarja, etc. Eu penso que como não seria possível meter a música em altos berros, como usa fazer em Alvalade para calar as manifestações contra, o sôtor achou que pelo menos as televisões e os jornais não mostrariam as manifestações de apoio... à equipa!

Triste! É um momento de enorme tristeza e revolta quando alguém e esse alguém só pode ser o presidente, manda retirar bandeiras de apoio ao clube num jogo, internacional, fora de casa.

É por tudo o que de mau até agora tem feito, com uma cadência regularíssima a bater records negativos, mas também por (mais) esta manifestação de enorme prepotência e irresponsabilidade e desrespeito para quem se deslocou tão longe, que lá estarei dia 8 de Março, conjuntamente com muitos milhares de outros sócios, a exigir a demissão imediata de Frederico Varandas.

 

"E o Varandas é o nosso grande amor"!

Exmo. senhor presidente do Sporting Clube de Portugal, faça um favor a todos nós, mas principalmente ao clube: Demita-se! Hoje ainda, se o Exmo. senhor presidente da Mesa da Assembleia Geral achar, na sua pessoalíssima interpretação dos estatutos, que o senhor se pode demitir.

É que pode não saber, ou não achar, mas é muito mais fácil pedir a demissão que coordenar o futebol.

Despeço-me com a convicção de que se houver mais algum record negativo para bater até final da época, se não se demitir, porfiará até que o bata!

Como se diz lá na terra, finja que vai ali (o verbo é outro) e não volte.

Da serenidade

Sei do que falo. À falta de melhor antídoto ou calmante muita coisa física já parti danado que fico com as inúmeras derrotas ou imensos empates do Sporting. A título de curiosidade: comandos de televisão já foram dois para o galheiro, telemóveis outros quantos, e molduras, uma ou outra, às quais nem tubos de supercola3 valeram para as devolver à cómoda. 

Enfim, o que devia fazer quando não jogamos em casa - quando nos batemos em Alvalade o problema não se põe que aí tenho lugar no estádio e os comandos de TV atirados ao chão sempre os substituo por gritos que atiro aos filhos destas e daquelas -, mas, como dizia, o problema põe-se quando jogamos fora porque ver o jogo na televisão, concluo, só o devia fazer num quarto almofadado e eu vestido com camisa de forças. 

Valha, no entanto, a verdade, já que cansado que estou de delapidar o património e consciente que as coisas não têm culpa nenhuma - menos ainda quem além de mim as usa lá em casa -, lá me ordeno:

- Calma! Calma, Pedro. Dou por mim a dizer-me respirando fundo. Faço-o numa altura em que lá fora tudo arde. Bem sei. Mas é também por isso que sobre a fogueira opto por atirar água e não gasolina. 

Devo dizer-vos que o exercício é refrescante e gratificante. Afinal, a cabeça é que manda e na minha é num repente que me transforma numa corporação de bombeiros. O mantra é simples: o século XXI está longe, muito longe, das décadas de 40 e 50 do século passado. Constatação à qual acrescento outra que me diz que no corrente século vai para 19 anos que não somos campeões nacionais de futebol. E antes disso, entre 1974 (ano em que nasci) e o fim do século XX só por três vezes nos sagrámos campeões.

Se desse lado está a sair (ou já saiu mesmo) um indignado e não menos salivante, então, podemos continuar a perder que não te importas?, aviso já, que não há ninguém mais sportinguista do que eu, e, portanto, que não há nenhum sportinguista que goste mais do que eu que o Sporting ganhe.  O que quero dizer é que, infelizmente, o nosso normal é não ganharmos. Esperem, esperem. Insisto já: não quero com isto dizer que não me importo de continuar sem ganhar, não há nenhum sportinguista que queira menos do que eu que o Sporting continue sem ganhar. Não há!

Queria sobretudo e quero afirmar isto: Se por não conseguir ser campeão de futebol sénior o presidente do Sporting fosse destituído, nesse caso, iríamos a caminho da septuagésima destituição, mais destituição menos destituição, que o instituto tão vexativo da reputação do clube querem tratar e usar como se de camisa que se muda fosse.

Seriamente, muito seriamente falando, Frederico Varandas terá de viver 50 vezes, terá de fazer 50 vezes pior do que tem feito, até chegar aos calcanhares de Bruno de Carvalho no que à ameaça à grandeza do Sporting diz respeito. Que fique claro: Bruno de Carvalho foi um cancro, melhor, foi o cancro que corroeu o clube da forma mais mortífera possível e, é o que é, desse famigerado cancro está o clube ainda cheio de metástases. Com isto não estou a apoiar Varandas, de forma nenhuma, mas demarco-me da salganhada de motivações que estão ao barulho neste momento (mais um) de enorme ruído no nosso clube.

Terem-se juntado três mil em contestação à actual direcção, exigindo a sua demissão, é só a prova de que o motivo não é verdadeiramente o de julgar por mérito ou demérito o presidente, o que está em causa, sim, é o desconforto daqueles que Varandas desconfortou. Os três mil deverão ser, mais coisa menos coisa, os Juve Leos e Directivos que se confundem, ou melhor, que confundem o apoio aos apoios das claques com o apoio que dizem devotar ao clube.  

Deixemos esta direcção ir até ao fim do mandato para que foi legitimamente eleita. Não fará melhor do que tem feito até agora? Provavelmente não. Quase de certeza que não, acrescenta a minha expectativa. Varandas é fraco como líder? É. Mas foi ele o escolhido para um ciclo de quase quatro anos de presidência.

Temos de aguentar porque temos e devemos dar tempo ao surgimento de alternativas viáveis, bem estruturadas, que não sejam meras respostas reactivas que se apressam a preencher vazios de poder.

Destituir um presidente só em caso de gravidade máxima no exercício do poder que lhe foi atribuído pelos sócios, só quando essa presidência por doentio inebriamento de si própria pode matar o princípio e fundamento do clube, ávida dele se servir em benefício de um projecto pessoal de poder e até de existência pessoal. Da minha memória e da memória escrita nos livros da história centenária do Sporting Clube de Portugal só Bruno de Carvalho só ele foi esse inimigo do clube, só ele mereceu ser justamente destituído de presidente.

Fui daqueles que se juntaram em frente à sede da SAD e exigiram a demissão da anterior direcção. Não seríamos mais que 400 a 500. Poucos mas bons sportinguistas e cuja virtude do protesto viria a ser confirmada por uma esmagadora maioria dos sócios que, primeiro, correram com o então presidente e, depois, o expulsaram de sócio.

Confesso que me envergonha assistir à manifestação de mais de três mil sportinguistas que agora se juntaram com as mesmas exigências, mas contra uma direcção que é só incompetente, e que não junta à incompetência as muitas e todas elas gravíssimas suspeitas de crime e  variadas ilegalidades na gestão do clube. Se tivessem um pingo de sentido crítico e de exigência cívica ter-se-iam juntado à manifestação daquela tarde de Junho de 2018 e teríamos sido muitos milhares a exigir o fim do cancro brunista.

O passado já lá vai e a fonte do cancro enterrada, é verdade. Mas o cancro ainda contamina e parece-me evidente que destituir a actual direcção seria alimentá-lo e fortalecê-lo.

A minha esperança é que surjam boas candidaturas e como aqui já escrevi sou particularmente favorável a um nome que, repito, espero se recandidate: Pedro Azevedo. Só alguém que pensa verdadeiramente o clube nas suas virtudes e defeitos poderá contrariar esta tendência que nós Sporting temos tido para não ganharmos campeonatos de futebol e eu, em particular, para partir parte do recheio de casa.  

{ Blogue fundado em 2012. }

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