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És a nossa Fé!

Sampaio e Barroso: fiquei esclarecido

Na madrugada de ontem estranhei aqui, anotando-o com perplexidade, o silêncio prolongado de Daniel Sampaio e Eduardo Barroso.

Horas depois, certamente por coincidência, o ex-mandatário da candidatura de Bruno de Carvalho prestava enfim uma declaração pública. Afirmando sem rodeios: «Defendi até há muito pouco tempo a continuidade de Bruno de Carvalho atendendo ao excelente trabalho que fez no Sporting, mas neste momento não vejo outra saída que não seja eleições.»

 

Esta madrugada, insisti em saber a opinião de Eduardo Barroso, que integrou como presidente da Mesa da Assembleia Geral a lista eleitoral da primeira candidatura de Carvalho, em 2011. Ao fim da tarde, também certamente por coincidência, o conhecido cirurgião rompeu o silêncio em declarações à SIC Notícias. E o que disse?

Isto:

«O Sporting vai precisar, como presidente, de alguém que consiga sarar as feridas com os activos desportivos. Neste momento, toda a gente já se apercebeu que Bruno de Carvalho não tem essas condições.»

«Ele cometeu demasiados erros.»

«Para mim, neste momento, Bruno de Carvalho acabou o seu mandato.»

 

Devo dizer, à laia de conclusão: fiquei esclarecido.

Faz hoje um ano

 

5 de Abril de 2013: o dia sportinguista era dominado por uma extensa entrevista do presidente cessante da Mesa da Assembleia Geral leonina, Daniel Sampaio, ao Diário de Notícias.

Algumas frases dessa entrevista:

«O vice-presidente [Paulo Pereira Cristóvão] disse-me que havia um jogador que tinha uma relação extraconjugal. A expressão que utilizei foi "quero é que eles joguem bem, com quem dormem não me interessa." Respondeu-me que estava a proteger os activos. Avisei Godinho Lopes, que me respondeu que todos os clubes fazem isso.»

«Os notáveis tinham pavor de que Bruno de Carvalho fosse eleito presidente.»

«José Maria Ricciardi, Godinho Lopes e Nobre Guedes várias vezes me disseram que se Bruno de Carvalho fosse eleito presidente o Sporting acabava.»

«Estou farto de sportinguistas de consoantes dobradas que deram cabo do clube.»

Novo ciclo

Não tenho dito nada sobre o novo rumo do nosso clube. Mas é notório que as diferenças são abismais. O pesadelo em que vivemos parece ter dado lugar a uma nova esperança. Não vou pelos resultados mas vou pela legitimidade.

Agora existe uma direcção eleita e espero, sem uma casta de predestinados.

A entrevista de Daniel Sampaio é de uma força e uma dimensão que só pode surpreender os mais distraídos.

Penso que chegou a altura de ter as pessoas certas nos lugares certos. A tragédia dos últimos dois anos deve ser bem lembrada por todos.

Agora que role a bola e se fale de... bola.

Uma entrevista imperdível

Começo por esclarecer que concordo em grande medida com o que atrás escreveu o João Távora. Estou à vontade para o fazer: sou 100% republicano e totalmente antimonárquico. Conheço a história do Sporting e tenho o maior orgulho em ser sportinguista. O qualificativo “homem do povo que subiu a pulso” aplicado a alguém que quando fala parece ter uma mola a apertar-lhe o nariz como é o caso do presidente do nosso clube só revela a total falta de noção de qualquer realidade por parte da anterior presidência da mesa da Assembleia Geral do Sporting. E a frase “O Sporting tem na sua génese uma coisa terrível; ter sido fundado por um visconde” só revela muitos complexos da parte do catedrático de psiquiatria Daniel Sampaio, que contrastam profundamente com o slogan da lista de que há dois anos fez parte e pela qual foi eleito. E o ter proferido estas atoardas sem se dar conta do destaque que teriam, quando tinha tanta coisa tão mais importante a dizer revela mais uma vez o desastre que foi a comunicação aos sportinguistas e ao público em geral da parte deste órgão, como se confirmou uma última vez na noite eleitoral (o colega e presidente Eduardo Barroso, representante do Sporting num programa semanal de TV, nesse aspeto é talvez ainda pior).

Justamente: quando Daniel Sampaio tinha tanta coisa mais importante a dizer. E disse, no meio disto tudo que são questões absolutamente secundárias quando comparadas com outras histórias que são reveladas na mesma entrevista. A confirmar-se o que Sampaio revelou, a anterior direção, nomeadamente o anterior presidente, mostravam um desprezo total pelos sócios, nomeadamente os que os queriam destituir. Mais grave ainda: os últimos presidentes têm sido escolhidos por um só homem, José Maria Ricciardi. Por isso, e por muitas dúvidas que Bruno de Carvalho ainda me ofereça, era essencial escolher um presidente que não fosse o “escolhido” de Ricciardi. Era essencial mudar algo no Sporting, que não é um clube “do povo” mas é um clube muito grande. De todos os seus sócios, e não de um pequeno grupo que tem concentrado todo o poder.

Para memória futura

  

(clicar nas imagens para ampliar)

 

Goste-se ou não da figura, a entrevista de Daniel Sampaio (que o próprio já tinha responsavelmente anunciado para o pós-eleições) merece uma leitura atenta de todos os sportinguistas. Não fala de nada que não se soubesse ou suspeitasse, mas fala com o conhecimento de causa de quem presenciou situações que deviam repugnar todos os sportinguistas, porque são o retrato fiel da forma abjecta como uma minoria de barões de pé descalço tratou o Sporting. 

 

Uma entrevista para ler, reler e guardar para memória futura. Para que nunca deixemos o Sporting cair nas garras de quem mais não consegue ser do que feroz predador que o quer condenar à morte. 

 

Finalmente, subscrever a frase com que Daniel Sampaio termina a sua entrevista. Porque também eu «estou farto de sportinguistas de consoantes dobradas que deram cabo do clube!»

Olá, aqui estou eu!

Acusou o "toque" da imputação da ausência em Alvalade nos últimos três jogos da equipa e hoje lá apareceu. Sentou-se ao lado de Godinho Lopes mas esteve macambúzio. Ao intervalo trocou meia dúzia de cumprimentos de ocasião. O seu ar era de alguém claramente comprometido. Falamos de Daniel Sampaio, o Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting. Hoje o seu exército ficou na caserna.

Quem com ferro mata, com ferro morre

Vai fazer um ano, a agência Lusa difundiu uma notícia construída com base numa fonte anónima com a qual se garantia que o afastamento de Domingos Paciência "terá ficado a dever-se ao conhecimento de encontros entre o treinador e dirigentes do FC Porto". Não era notícia: era puro assassínio de carácter, emanado de "fonte próxima da estrutura leonina" (dizia a Lusa, não dizendo nada), e sem recolher sequer a versão do treinador recém-demitido. A falsa notícia causou celeuma, naturalmente, no interior da própria agência. Ao ponto de a sua direcção de informação, confrontada com uma ameaça de queixa-crime por parte de Domingos, ter ponderado tornar pública a identidade da fonte inquinada, enquanto admitia que havia sido cometido um atropelo deontológico.

Como de costume em Portugal, ficou tudo na mesma. A fonte permaneceu por revelar, o que não deixou de ser um procedimento correcto: é muito feio lançarmos culpas para terceiros quando somos apanhados em flagrante atropelo à deontologia. O pior é que a Lusa parece ter aprendido pouco com o sucedido. Menos de um ano depois, volta a cometer idêntica falha profissional, recorrendo novamente a uma fonte anónima, embora identificada desta vez como pertencente ao Conselho Directivo leonino. Novamente uma tentativa de assassínio de carácter, novamente o recurso a uma fonte oculta, novamente o visado sem direito ao contraditório, novamente uma "notícia" construída sem esse cuidado elementar em jornalismo que manda ouvir sempre as duas partes.

Só tarde e a más horas acabou por ser difundida a versão do vice-presidente da Assembleia Geral do Sporting, num desmentido categórico às atoardas. E recolhidos os desmentidos em série dos outros visados na intriga. Algo perfeitamente lógico, aliás: o perfil social, profissional e cultural de Daniel Sampaio - personalidade de reconhecido mérito na sociedade portuguesa - fala por si.

Mas o mal já estava feito, através do efeito viral das redes sociais, que é uma espécie de tiro em permanente ricochete: quem o utiliza hoje pode ser vítima dele amanhã.

Quem com ferro mata, com ferro morre.

Sampaio's

 

Ontem em pleno Dia Seguinte e Prolongamento soubemos da "ideia" de Golpe de Estado no Sporting por parte de Daniel Sampaio. Não sei se é ou não verdade. O que sei, é que com esse apelido "golpes de estado" encaixa na perfeição! 

 

Os manos a fazerem escola...

Um Sporting a tentar sobreviver...

 

Daniel Sampaio é agora acusado de uma tentativa de "Golpe de Estado". Esta derradeira tentativa de dar a palavra aos sócios do Sporting Clube de Portugal é alvo de uma forte crítica injustificada do conselho directivo do Clube, talvez receando um final de mandato penoso em termos de imagem e liderança (algo que verdadeiramente nunca existiu com neste mandato).

Faz-nos quase recordar a fatídica noite das eleições em Março de 2011, onde ainda hoje em dia pairam no ar as consequências de um acto eleitoral muito pouco transparente. Há quem ainda consiga dormir com esse peso eleitoral enorme na consciência, Há quem ainda persiga sócios do Sporting por terem uma opinião diferente...

O Sporting quer-se um clube mais democrático e mais plural, onde não existam fases de intimidação, onde a transparência seja palavra sempre presente em todos os actos que qualquer direcção tome. Temo que esta ferida aberta a 11 de Abril de 1996 nunca mais seja sarada. Hoje assistimos a um Sporting completamente fraccionado, um Sporting que ameaça auto-destruir-se...

 

PS: Gostaria ainda de agradecer o convite feito pelo Sportinguista Pedro Correia. O Blog És a nossa Fé já é um espaço reconhecido de debate da Actualidade Leonina.

 

Aos Sportinguistas cabe a resposta

 

Face ao sucedido hoje com Daniel Sampaio, comportamento que reputamos de extrema gravidade, cabe perguntar:

 

1. A partir do momento em que o vice-presidente da mesa da assembleia geral, Daniel Sampaio, fez um ultimato à Direcção, tomando partido por uma facção de sócios, apontando um sentido de voto e organizando, sem qualquer legitimidade para tal, e sem mandato de quem quer que seja, uma "Comissão Administrativa", tem este vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral legitimidade para levar o seu mandato até ao fim?

 

2. Tem Daniel Sampaio, ademais, condições para estar na aludida assembleia geral extraordinária?

 

3. Tem Daniel Sampaio condições de isenção e imparcialidade para conduzir ou participar na direcção dos trabalhos da referida assembleia?

 

4. Esta usurpação de funções e de competências por parte do Dr. Daniel Sampaio não coloca a sua co-liderança da AG em causa enquanto vice-presidente da mesa da assembleia?

 

5. Esta atitude de Daniel Sampaio não viola os Estatutos do clube face à manifesta falta de solidariedade institucional para com o Conselho Directivo traduzindo-se, principalmente, numa atitude susceptível de ser enquadrada como violadora dos deveres enquanto titular de um órgão eleito?

Quando a ambição tolda a razão

 

Daniel Sampaio prepara Comissão Administrativa


 

Lemos esta notícia e não acreditamos. E, fundamentalmente, pasmamos com a falta de noção do que é importante neste momento. Ademais, com que autoridade e com que legitimidade é que Daniel Sampaio o faz? Afinal a hipotética AGE serviria para dar a voz aos sócios ou, afinal, para consagrar no poder quem não tem legitimidade para lá estar e se move, percebemos agora, exclusivamente por ambições pessoais? Isto é tudo demasiado mau para ser verdade. Dr. Daniel Sampaio, tenha, no mínimo, noção do ridículo!

 

PS - Soubemos agora que o Conselho Directivo do Sporting já reagiu, acusando o VP da AG de "tentativa de golpe de Estado". Naturalmente Sampaio sujeita-se agora às penas previstas nos Estatutos do clube por violação dos seus deveres estatutários como titular de um órgão eleito. Sampaio arrisca-se mesmo a ser objecto de uma medida disciplinar grave, a ser provada a sua culpabilidade, uma vez que as sanções deverão ser especialmente agravadas quando as infracções tenham sido praticadas por membros dos órgãos sociais em exercício de funções, implicando para o infractor, em caso de expulsão ou suspensão temporária superior a sessenta dias, a imediata perda do mandato.

"O Sporting está doente"

 

Os problemas, quando existem, não devem ser varridos para debaixo do tapete. Devem ser assumidos e enfrentados. Confesso portanto já não suportar os apelos que vou escutando à unidade mansa e queda à volta da direcção do clube, sob pena de poder vir aí "algo pior". Esta mentalidade, que nos instiga a estar quietos e calados, é típica dos que entram em campo antecipadamente derrotados.

O Sporting tem inúmeros problemas: nenhum deles se resolve fazendo de conta que não existem. Por isso gostei de ver um destacado membro dos órgãos sociais do clube, Daniel Sampaio, falar de modo franco e desassombrado de questões preocupantes. Em entrevista à edição de hoje do Record, conduzida pelo jornalista João Pedro Abecassis, o vice-presidente da assembleia-geral diz em voz alta aquilo que muitos de nós pensamos.

Destaco algumas frases:

 

"O Sporting está doente."

"O problema do Sporting é a organização interna e tem a ver com níveis de decisão. Não está definido quem decide e o que decide."

"O Sporting tem de definir-se. Tem de haver enorme contenção de custos, reestruturação financeira profunda e um período em que a aposta tem de centrar-se em jogadores portugueses ou da formação, mesmo que isso implique não ser candidato ao título."

"É preciso um homem do futebol na SAD e um investimento grande na força psicológica da equipa. Há psicólogos nos juniores e equipa B e isso não está a ser aproveitado."

"O Conselho Directivo mostrou-nos uma avenida cheia de estrelas, uma espécie de passeio da fama só com jogadores internacionais, com Domingos como treinador campeão e com a garantia de que o Sporting conquistaria o título e seria sempre candidato. Ano e meio depois, nada disto existe."

"O Sporting é um labirinto de mágoas, onde toda a gente se queixa. O que acontece hoje é que o Sporting perde, porque é lógico que perca."

"Enquanto o clube não se modificar por dentro, não pode ser campeão."

 

É preciso que mais gente fale assim. Sem papas na língua. Porque a situação do Sporting não se compadece com meias palavras.

{ Blogue fundado em 2012. }

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