A reestruturação financeira do Sporting iniciada pela anterior administração está finalmente a ser concretizada. Varandas e Zenha conseguiram dar um passo importante e decisivo para a estabilidade financeira do Sporting que estava asfixiada pelo endividamento.
A dívida total à banca da SAD ascende a cerca de 360 milhões de euros. Um valor astronómico e que requere muita inteligência para negociar com todas as partes. Para já, a SAD anunciou que vai antecipar em sete anos o pagamento de todas os Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) que custariam, em 2026, cerca de 135 milhões de anos. Uma antecipação que implica o pagamento imediato de 40,5 milhões de euros em vez dos 135 milhões, ou seja, o Sporting poupa quase 95 milhões de euros.
Aos olhos de todos, trata-se de um perdão bancário, mas na realidade a banca também sai beneficiada. A verdade é que os bancos recebem já um terço de uma dívida que daqui a sete anos arriscariam ver transformada em acções de uma SAD que já hoje tem capitais próprios negativos, ou seja, está tecnicamente em falência. Receber 40,5 milhões de uma coisa falida é um perdão?
Depois, as novas regras financeiras impostas pela União Bancária ao sector bancário obrigam a que haja uma libertação urgente de dívidas a terceiros. Dívidas a clubes de futebol não são bem-vindas, muito seria perdoado serem accionistas de uma SAD em falência.
Nesta restruturação, o Sporting conseguiu depois algumas benesses, como o facto de 50% da mais-valias com a venda de jogadores terem de ser aplicadas no abate de dívida bancária. Por exemplo, com a reestruturação só 30% da receita líquida da eventual venda do Bruno Fernandes é que irá para reduzir dívida (15%) e para reforçar a conta de reservas (15%).
Quanto à reestruturação dos restantes cerca de 225 milhões de euros de dívida (empréstimos e outros financiamentos) ainda pouco se sabe, além de que o parceiro estratégico Apollo (fundo de investimento) pode vir a ser o credor dessa dívida. Quanto é que custará?
Na prática, os bancos libertam-se de cerca de 360 milhões de dívidas que arriscavam nada receber e ainda seriam pressionados pelos supervisores financeiros com eventuais sanções.
A reestruturação concretizada é uma boa notícia para o Sporting, mas também para os bancos que se libertam finalmente de um fardo que valia 360 milhões. Quanto ao valor a suportar pelos contribuintes, nada se sabe, mas seguramente se a reestruturação não tivesse acontecido, os portugueses iriam suportar a maior parte da dívida não paga.
Ganha o Sporting, ganha a banca e ganham os portugueses.
"Após sucessivas intervenções nos últimos anos que relembramos (Rui Gomes da Silva, Pedro Guerra, José Eduardo Moniz e o próprio Presidente, Luís Filipe Vieira) a manipularem a opinião pública com um não existente perdão de dívida, voltam agora os mesmos ou novos que funcionam como gramofone da propaganda e desespero benfiquista, nomeadamente António Figueiredo e Jaime Antunes, a querer levantar novas suspeitas fazendo insinuações sobre perdões de dívidas e não pagamento de juros ou pagamento de juros baixos.
Sobre o mesmo queremos esclarecer, novamente, de forma sucinta alguns pontos:
1º - Não existiu qualquer perdão de dívida. Existiu apenas uma negociação difícil, complexa, prolongada e detalhada para uma reestruturação financeira onde o Sporting Clube de Portugal inclusivamente já amortizou nesta data mais dívida do que o previsto.
2º - A reestruturação financeira, como é do conhecimento público, tem um prazo até 2026, o que significa que ficam vários actos, acordados com os bancos e (depois de minuciosa explicação) aprovados pelos Sócios em Assembleia Geral do Clube, para serem realizados ao longo do tempo, nomeadamente aumentos de capital, prolongamento de prazos de VMOC´s, emissão de VMOC´s e empréstimos obrigacionistas.
Que fique esclarecido que todos estes actos vão sendo praticados na altura devida, como foi o caso na semana passada do prolongamento do prazo das VMOC´s antigas, derivados todos do acordo inicial e não de novas negociações ou de novos actos não planeados desde o início.
Todo este ataque concertado pelos comentadores afectos ao Benfica, primeiro no caso do contrato de direitos televisivos/patrocínio da camisola/exclusividade do canal e, agora novamente, sobre as condições da reestruturação financeira, deixam clara tão somente a incapacidade crónica que o Benfica tem em fazer bons negócios ou bons acordos.
Não devem os benfiquistas estar tão preocupados ou tão desesperados com o que o Sporting Clube de Portugal fez de bom, mas ao invés deveriam, se assim o entenderem, preocupar-se com a incapacidade negocial do seu clube e o constante “choradinho” para ver se alguém, com pena, lhes dá a possibilidade de, no mínimo, aprenderem a negociar."
1. Já só faltam o MRPP, POUS, PAN, MAS e mais uns quantos
Para se juntarem a Mário Figueiredo, Fernando Seara, Vítor Ferreira, Rui Alves, Júlio Mendes, Paulo de Carvalho e Paulo Teixeira na corrida eleitoral à Presidência da Liga. Uma eleição que arrisca bater o número de candidaturas às Europeias.
2. O futebol italiano já não é o que era
Quando era miúdo, o Real Madrid, o Barça, o Manchester United, o Arsenal ou o Bayern eram senhoras equipas, como são ainda hoje, mas residia no calcio e nos seus principais clubes (AC Milão, Inter de Milão e Juventus) a principal reverência e temor futebolísticos.
Hoje em dia, vemos o presidente da Juventus reconhecer, sem dramas, que a sua equipa não tem a capacidade de conseguir segurar um Pogba e, mais recentemente, o treinador do Benfica admite, também sem dramas, que preferiu continuar a treinar o Benfica do que ser timoneiro do AC Milão.
3. 300
Depois de dar nome a filme, o número 300 volta a estar na ordem do dia, desta feita por se tratar, aparentemente, do valor de passivo por reconhecer pelo Sporting, e que tanta aflição tem causado ao Presidente do Benfica.
O valor é preocupante mas não se trata propriamente de uma realidade desconhecida. Afinal, a monstruosa dívida é o inimigo público número 1 do Sporting, e que tem merecido combate sem quartel por parte desta Presidência. Antes assim do que termos um Presidente a assobiar para o lado e preferir falar da casa dos outros.
4. Um exemplo para os jovens
Assim sublinhou Cavaco Silva, referindo-se aos atletas que irão vestir a camisola com a cor vermelha no mundial do Brasil (não refiro, propositadamente, “cores nacionais” porque de nacional aquela camisola não tem nada).
Minutos depois, Cavaco prestava-se a tirar uma «selfie» bem ao lado de Raul Meireles com aquele seu registo de punk/homem das cavernas.
5. Adeus
Terminou o contrato do Sporting com a PUMA.
8 anos depois, e 8 camisolas principais depois, não ficam muitas saudades.
O Vieira, na sua entrevista à RTP, resolveu namorar o FCP e distanciar-se do SCP. Aos que não entenderam o porquê da setinha do Vieira/Cupido ao pintinho, desse xicoração lã_pião aos andrades, eu explico. O Benfica e o Porto têm um passivo descomunal não resolvido com a banca, ao contrário do nosso. Não lhes chega vender jogadores, para aliviar as coisas, têm de baixar os custos e pagar as dívidas. A banca, na conjuntura atual, já não é, nem pode ser, tão amiga. Mas SLB e FCP precisam da gentileza da banca, ou terão de seguir o caminho do SCP, diminuindo drasticamente os seus custos, nomeadamente com jogadores. Isso, para eles, é uma revolução - com eventuais consequências na competitividade interna e externa. Um perigo, o exemplo do Sporting esta temporada: mais com menos. Percebe-se, assim, porque o Vieira diz que lhe não caem os pêlos das manitas e falará com o Papa emérito (o em funções é o dito Vieira). Eles vão usar o argumento falso dos «favores da banca» ao SCP, para querer favores a sério. Sem contrapartidas de racionalidade de custos, que o SCP corajosamente adotou. Estão numa de pressão sobre a banca, junto desta e usando os adeptos, passando uma mentira como verdade. Acham que a pressão a dois será mais efetiva. São dois coxos que se apoiam, a ver se se equilibram. Dois coxos com a mesma ideia da verdade desportiva e da verdade financeira. Ou seja, sem verdade e sem vergonha nenhuma. Vão-se aliar para encher pneus rotos. Tentando usar o honrado SCP como «argumento». Sigamos os próximos capitulos. E o próximo campeonato.
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