O que à primeira vista parece uma banca mal amanhada de gelados Olá e batatas fritas de pacote, com açúcar e sal suficientes para desgraçar a saúde de qualquer um, o que contém é garrafas de "Veuve Clicquot" e Caviar Beluga a preço de saldo. Daí as enormes bichas que se formam no intervalo dos jogos para o efeito.
Fica assim demonstrada a razão do "partido do povo", que se insurge contra as mordomias dos "croquetes" da central que nunca descalçaram qualquer sapato para entrar em Alvalade, capazes de patear o seu grande timoneiro na altura cambaleante e aplaudir as cargas policiais sobre os amantes do fogo de artifício da curva sul.
Bom, agora falando a sério...
Entre as obras do Metro, o estaleiro do novo empreendimento, as ciclovias faraónicas do Medina (uma em cada sentido quase sempre vazias) a entupir o trânsito de acesso ao estacionamento do estádio, as roulotes em cima do passeio a empurrar os sócios e adeptos para a faixa de rodagem, a falta de renovação das zonas comerciais no interior do estádio, o fecho aos sócios do "átrio central", a péssima ligação entre estádio e pavilhão que obriga a deixar um jogo a meio para entrar a horas no outro, e muitas outras coisas podia acrescentar, ir a Alvalade usufruir da gamebox está longe de ser a experiência inesquecível que podia e devia ser.
Fica apenas o espectáculo futebolístico em si, a participação das bancadas no mesmo e a confraternização com os amigos e conhecidos que por ali aparecem, o que reflecte um atraso importante que o Sporting continua a registar relativamente a outros emblemas nacionais e estrangeiros que me abstenho de nomear.
À consideração do presidente, esperando que ainda hoje na Sporting TV seja questionado relativamente a este assunto.
Adoro croquetes e só tenho pena que a excelente cozinheira cá de casa ponha tantas reticências quando lhe falo nisso, dá mesmo trabalho a fazer, mas quando faz o resultado é mesmo excelente.
Mas só muito pontualmente me atrevo a comer essa coisa fora de casa, não tenho estômago para a porcaria salgada e engordurada que povoa os "buffets" e os "caterings" dos hotéis e dos eventos.
Depois há os "croquetes", a gente fina que povoa esses eventos, alguma de verdadeiras posses, outra que não tem dinheiro para fazer cantar um cego, mas que sempre arranja maneira de lá aparecer.
O maior "croquete" que conheci como presidente do Sporting foi o saudoso João Rocha que veio com o projecto da SCP-Sociedade de Construções e Planeamento. Ficaram famosos os caterings de Alvalade, ou até os almoços privados de lagosta para cima com que brindava quem entendia, que o diga o ex-director do jornal A Bola, Vitor Serpa. Depois dele vieram outros como José Roquette, Santana Lopes e Dias da Cunha, uns do primeiro tipo, outros do segundo. Com Bruno de Carvalho havia "croquetes" com fartura em Alvalade, com Eduardo Barroso à cabeça, dizem que muitos aliciados com "tachos" para os filhos, e com o "Zé dos Tachos" a pôr os ditos croquetes na mesa. E ele mesmo Bruno de Carvalho não é exactamente filho dum operário da Lisnave nem dum trabalhador do campo, o percurso e os gostos dele estão à vista de todos.
Entra-se na bancada central de Alvalade, olha-se em volta, mulheres e homens, novos e velhos, famílias e amigos, nesta conjuntura pré-post-Covid, e nada indica que prefiram os croquetes dos eventos pagos por outros a um bom prego no pão nalguma roulotte junto ao estádio pagos por eles mesmos.
Do que não gostam mesmo, e também por isso escolhem estar ali, é da javardice que alguns, se calhar de famílias de "croquetes", teimam em fazer no estádio e no pavilhão, estragando o espectáculo, pondo em risco a segurança de todos os outros, especialmente daqueles que por ignorância ou convicção partilham o mesmo espaço, e contribuindo para a diminuição das presenças. Também no assalto a Alcochete existiram rapazinhos de boas famílias a serem acusados, e advogados bem caros a tratar do assunto. No ano passado, penso que antes do jogo com o Ajax, chego a Alvalade e deparo com polícias de "shot-guns" empunhadas a serem provocados e insultados por uma turba destas.
Alguns dizem que a central não gosta das claques, as quer fora do estádio e quer ver o futebol em silêncio. Ora isso é completamente falso, a central adora as claques sempre e quando cumprem a sua função de cantar e apoiar a equipa, todos nos recordamos dos minutos finais memoráveis do jogo da época passada com o Man.City. Detesta é quando se viram contra a própria equipa logo desde o início do jogo e contra os restantes adeptos, como fizeram no jogo com o Casa Pia.
Depois há quem fique indignado com aquilo que viu, como risos e aplausos da central à carga policial. Ora, com o jogo a decorrer e o Sporting a atacar para marcar, a única coisa que vi na central (pelo menos na minha) foi risos e aplausos decorrentes do próprio jogo, e profunda irritação pela confusão criada pela claque. E depois foi mais uma vez um valente assobio quando se insurgiram contra o presidente. Querer que a central se indigne com o que aconteceu é tempo perdido, se acontecer de novo, e então com esta situação nova e bem perigosa dos ACABs, os assobios ainda vão ser mais fortes para a Superior Sul. Um dia destes qualquer um de nós a entrar ou a sair de Alvalade pode apanhar com uma bala de borracha perdida ou algo pior.
Frederico Varandas parece ter o condão de reduzir a oposição à indigência. Qualquer candidato ou candidato a candidato com pretensões a ser presidente teria forçosamente de dirigir o seu discurso para a tal "bancada central", a do estádio e a de fora dele, dado que é onde estão muitos dos mais velhos, muitos dos mais antigos e consequentemente com mais votos, muitos com influência em diferentes sectores da sociedade, é ali e à volta dali que se decide a eleição. Mas parece que em vez de candidatos para concorrer com Frederico Varandas a presidente do Sporting, cegos pelo ódio que nutrem para com a personagem, querem é concorrer para presidentes da Curva Sul. E depois ficam admirados com os 6% dos votos que recebem.
PS: Este é um blogue moderado pelos autores, quem quiser debater o tema civilizadamente está à vontade, comentários ofensivos ou mesmo javardos seguem directamente para a reciclagem.
«Creio que o termo croquete começou a ser usado a partir da inauguração do novo estádio com a alusão à "dinastia" Roquette e ao início do serviço de catering nos camarotes. Não me recordo de ver esses termos e serviços no antigo José Alvalade. Lamentavelmente, esse e outros termos têm sido usados para desunir e enlamear cada vez mais a família sportinguista. E nesta chafurdice não há inocentes. Todos os grupinhos têm culpa, salvando-se apenas o comum sócio e adepto não alinhado.»
Toda a gente saberá como se faz um bom croquete. Carne picada, cebola, alho, farinha, margarina, leite, mais uma coisa ou outra e vai fritar. Juntando à mistura uns pozinhos de coisas que rapidamente nos conduzem a realidades paralelas, temos uma mistura potencialmente explosiva. Pelo menos para quem a consome. E que não se apaga com cerveja.
A ser verdade e tudo leva a crer que sim, o que foi denunciado pelo presidente na AG de hoje configura uma clara violação dos estatutos do Clube.
Por mim, toda a oposição é legítima. Mais, toda a oposição é necessária. Os unanimismos são sempre maus conselheiros e o confronto de ideias é normalmente sinónimo de evolução e sempre um campo fértil onde floresce a democracia.
Mas isto nada tem a ver com a tal de democracia.
Isto é jogar o jogo do adversário, diria no caso vertente, do inimigo.
E quem joga, descarada e despudoradamente, o jogo do inimigo contra nós deverá arcar com as consequências.
Estou aqui em casa, em estágio para o derbi e por acidente, no zapping, passei pela CMTV (imaginem o som de um vómito) e quem vejo? Esta personagem retratada em baixo.
Ouvi-o dois minutos. Arrasou o presidente e o treinador. Mais contra que o papuço do Porto e o músico lampião.
Os viscondes e os barões de pacotilha, sempre prontos a invocar a etiqueta em nome dos nobres pergaminhos do clube, babam-se por estes dias com um chorrilho de alegados documentos digitalizados, produzidos por mão anónima a partir de um servidor obscuro localizado algures na Rússia. Há quem se atreva a chamar a isto "jornalismo de investigação".
Aprendi em pequenino que as denúncias sem signatário e as cartas anónimas só podem ter um destino: o caixote do lixo. Por motivos de elementar higiene cívica: jamais podemos prestar tributo a quem atira a pedra enquanto esconde a mão. Espantosamente os tais da etiqueta transformam o lixo em luxo, apontam a cobardia como padrão de conduta e ainda se gabam de chafurdar no esterco, sem receio de enodoar a gravata.
Para bem deles, espero que ao menos lavem as mãos antes de pegarem num croquete.
O padrão é sempre o mesmo. Na véspera de um jogo do Sporting, seja nacional seja internacional, surge sempre alguma "notícia" bombástica pronta a desestabilizar os jogadores e a equipa técnica. Tem sido assim desde que vencemos a Supertaça, a 9 de Agosto.
Nada disto surpreende: a contratação de Jorge Jesus fez disparar inéditas torrentes de ódio contra o nosso clube, personificadas (como não?) no presidente.
Mais surpreendente - ou talvez nem isso - seja a histeria de certas donzelas putativamente sportinguistas, que nestas ocasiões logo fazem coro afinado com os inimigos do clube. Essas donzelas pintalgadas à pressa de verde estão-se nas tintas para os êxitos desportivos do Sporting: o que as faz mover apenas é o ódio. Um ódio visceral a Bruno de Carvalho, o homem que pôs as contas em ordem no clube e nos devolveu ao caminho dos troféus.
Um dia, com algum pormenor, haveremos de conhecer os motivos de tanto ódio. E quem é quem por detrás do cobarde anonimato em que tais donzelas hoje se ocultam.
Por uma vez, e peço encarecidamente que me perdoem os meus colegas do blogue, vou ter uma atitude daquelas... MAS QUEM É ESTE GAJO? Será que também tem o rabo entalado com a auditoria?
Dizem vocês que o Record agora já é mais simpático. É, é! e até tem uns articulistas que assinam de Cruz!
Que vontade de rir que eu tenho! Ou de chorar, nem sei bem...
Digam-me lá, se não vos der muito trabalho, num exercício de futurismo simples, qual seria o vosso balanço do mandato de Bruno de Carvalho se daqui a mais ou menos dois anos, em Fevereiro/Março de 2017, ou seja apenas com mais a época 2015/2016 completada, em altura de eleições, mantendo-se Marco Silva como treinador e não tendo ganho esse campeonato (apenas no campo das suposições, que até o podia ganhar) e mesmo estando lá na frente no campeonato 2016/2017, repito, qual seria o balanço do mandato de Bruno de Carvalho, apenas com uma taça de Portugal ganha, ainda que com as finanças recuperadas, o pavilhão construído, a credibilidade reposta? Vá lá, não se acanhem, quatro anos de mandato, uma taça de Portugal, qual seria o balanço?
Pois é, o que vocês querem, sei eu! O vosso problema não é o Jesus. Façam o favor de pensar nisto, quando mandarem o presidente abaixo para o ano, quando não ganharmos o campeonato, que é o que temos mais certo!
Porque estou a ouvir um silêncio ruidoso ali para o lado do Dragão.
E porque estou desconfiado que afinal havia razão para não haver um telefonema a desmentir uma certa conversa, com um certo dirigente, de um certo clube.
O que até pode ser legítimo, afinal o "senhor Silva" estava a prever um iminente despedimento e estava a fazer pela vida.
Entretanto, recuemos a Fevereiro de 2012 para ver como se andavam a portar estes "senhores notáveis".
{ Blogue fundado em 2012. }
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