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És a nossa Fé!

Mercado de Inverno

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Tiago Santos: oportunidade perdida

 

Parece que o Sporting está no mercado, como agora se diz. Mercado de Inverno.

A ver se as escolhas são acertadas e não vêm barretes como Fresneda, que custou 9 milhões de euros. Nem extremos tão caros como Maxi Araújo, que custou 14 milhões sem até agora ter justificado tanto investimento.

A ver também se não damos novos tiros nos pés. Como quando deixámos fugir o Tiago Santos, que fez toda a formação no Sporting, durante 12 anos, sem nunca ter ascendido à equipa principal. Acabou "emprestadado" ao Estoril, que vendeu 80% do seu passe ao Lille por 6,5 milhões e meio de euros.

O jeito que ele nos dava agora, tão carenciados estamos de um lateral direito...

 

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Cristiano Ronaldo já só custa 12 milhões: será desta?

 

Entretanto, em final de contrato com o Liverpool, estão dois craques de fama mundial: Trent Alexander Arnold e Mohammed Salah. Preços de mercado? Segundo o Transfermarkt, 75 milhões de euros para o primeiro, 55 milhões para o segundo.

Prestes a terminarem contrato com o Bayern de Munique, ficando livres no final da Primavera, estão Joshua Kimmich, Alphonso Davies e Leroy Sané. Os dois primeiros custam 50 milhões, o franco-alemão é ligeiramente mais barato: apenas 45 milhões.

Numa escala já bem diferente, o antigo Bola de Ouro Luka Modric também ficará livre: faltam escassos meses para finalizar o contrato que ainda o Liga ao Real Madrid. Tem 39 anos, só vale 5 milhões. Uma pechincha. 

Finalmente, Cristiano Ronaldo. Regressa ao mercado no próximo Verão, já longe do escol dos futebolistas mais caros do planeta. Prestes a fazer 40 anos, bastarão uns 12 milhões para contratá-lo.

Ainda virá um dia para o Sporting?

Cristiano Ronaldo a caminho dos mil golos (mais dois marcados ontem)

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Foto: Estela Silva / Lusa

 

Cristiano Ronaldo, ele mesmo.

Cristiano Ronaldo, uma vez mais.

Grande figura do encontro de ontem à noite, debaixo de chuva, em que a selecção nacional goleou a da Polónia por 5-1. O nosso maior triunfo de sempre frente aos polacos.

CR7 foi o melhor em campo. Sem surpresa, acabou vitoriado por quase 50 mil espectadores no estádio do Dragão. Confirmando que mantém intactas as qualidades que todos lhe reconhecem no planeta Futebol.

Marcou dois golos - o primeiro (segundo da equipa das quinas), de penálti, aos  72'; o segundo (quinto da selecção), aos 87', num espectacular pontapé de bicicleta. Imagem que certamente dará a volta ao mundo. E ainda foi dele o passe para o quarto, marcado aos 83' por Pedro Neto.

 

Este triunfo categórico valeu pelos golos, claro. Também o primeiro, ao 59', foi digno de prolongado aplauso, num contra-ataque muito rápido iniciado e concluído (de cabeça) por Rafael Leão, com primorosa assistência de Nuno Mendes. E o terceiro, golaço de Bruno Fernandes aos 80', fuzilando a baliza num disparo a quase 30 metros de distância.

Valeu também, claro, por ter confirmado a passagem da nossa selecção aos quartos-de-final da Liga das Nações, assegurando a liderança do grupo A mesmo sem termos disputado ainda o último jogo, que será contra a Croácia.

Roberto Martínez só pode estar satisfeito. Tem um saldo muito positivo: 19 vitórias, três empates e apenas três derrotas em 25 desafios ao comando da selecção. Com 67 golos marcados e sete sofridos.

 

Mas o destaque maior vai mesmo para Ronaldo. 

Com os dois marcados ontem, já apontou 135 golos em 217 jogos com o emblema nacional ao peito - quatro dos quais nesta fase de grupos da Liga das Nações. 

Mais impressionante ainda: tem agora 37 golos apontados no ano civil em curso. A escassos meses de completar 40 anos. E um total de 910 golos oficiais no conjunto da carreira. Já ninguém duvida que chegará aos mil. 

Melhor jogador português de sempre. O melhor do mundo.

 

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Jovens adeptos celebram 910.º golo oficial de CR7 ontem com ele no estádio do Dragão

Selecção: três jogos, três vitórias

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Bernardo e Ronaldo, artilheiros de serviço em Varsóvia. Na selecção só há um emblema: o das quinas

Foto: Miguel A. Lopes / Lusa

 

Vencer, na selecção tal como no Sporting, tornou-se a regra. Ontem, num jogo que chegou a ter momentos de brilhantismo, a equipa nacional silenciou quase 57 mil pessoas que enchiam as bancadas do estádio ao vencer a Polónia por 3-1. Em Varsóvia.

Terceiro jogo, terceiro triunfo - após as nossas vitórias contra a Croácia e a Escócia. 

Cristiano Ronaldo voltou a marcar - passam os anos e ele não pendura as chuteiras, contrariando os sujeitos que há tanto tempo despejam ódio contra ele. Foi dele o segundo golo, de recarga, após Rafael Leão ter mandado a bola ao ferro. Bernardo marcou o primeiro, com assistência de Bruno Fernandes - um dos melhores em campo. O terceiro resultou dum autogolo polaco, fixando o resultado (ao intervalo vencíamos 2-0). Já com Trincão em campo: entrou aos 64', substituindo Leão, outra das figuras do jogo, tal como Nuno Mendes.

Renato Veiga, central à esquerda, estreou-se na selecção A. Aproveitando a ausência de Gonçalo Inácio devido a problemas físicos.

Tudo está bem quando acaba bem. Seguimos para os quartos da Liga das Nações. Parabéns aos nossos jogadores. Todos eles, sem distinções de clube.

Na selecção, só existe um emblema. O das quinas.

Soma e segue

Diziam que está "velho". Alguns, os mais imbecis, zurram isto desde o final da década passada.

Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo continua a calar estes idiotas. Acaba de marcar mais um golo decisivo, outro golo que deu o triunfo à selecção nacional. Desta vez contra a da Escócia.

Aconteceu aos 88', repetindo-se o que sucedera na partida anterior, frente à da Croácia: cruzamento perfeito do nosso Nuno Mendes e o melhor do mundo a enfiá-la no sítio certo. Pouco antes, aos 82', já havia enviado duas vezes a bola aos ferros. E aos 77', num precioso toque de calcanhar, ofereceu de bandeja um golo que o rapaz Félix desperdiçou, bem ao seu estilo.

Para tingir ainda mais de verde a noite da Luz, o primeiro golo (54') resultou de um grande disparo de Bruno Fernandes. Que hoje celebra o 30.° aniversário. Foi ele a oferecer a prenda...

Seguimos invictos na campanha da Liga das Nações. Com CR7 igual a si próprio: soma e segue. São já 901 golos, 132 pela selecção. 

Mais uma noite de pesadelo para a falange anti-Ronaldo: devem tomar doses reforçadas de pastilhas contra a azia. É a vida.

O golo número 900 de Cristiano Ronaldo

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O futebol faz mover paixões e lega-nos memórias inesquecíveis devido à sua imparável força icónica. Pensei nisto ao ver ontem Cristiano Ronaldo marcar o golo oficial número 900 da sua longuíssima carreira como futebolista profissional. Foi no estádio da Luz, correspondendo da melhor maneira a um soberbo cruzamento de Nuno Mendes. Em posição frontal, sem deixar a bola tocar no chão.

Aconteceu aos 34 minutos do Portugal-Croácia, jogo inaugural da Liga das Nações que vencemos por 2-1. O primeiro havia sido marcado por Dalot logo aos 7', portanto aquele golo do melhor jogador do mundo revelou-se decisivo contra a excelente selecção croata, onde pontifica outro jogador fantástico: Luka Modric, que daqui a três dias festeja 39 anos - os mesmos que Ronaldo já tem.

Ao contrário do que se esperava, CR7 não celebrou o quase mítico n.º 900 - e o n.º 131 ao serviço da selecção nacional - com aquele seu salto que muitos tentam imitar nos relvados ou fora deles. Dirigiu-se a um dos cantos e ajoelhou. Como em prece de agradecimento por ter sido tão fadado com o dom do golo.

Permaneceu assim longos segundos, como se alheado da multidão que o ovacionava, até Bruno Fernandes ir ter com ele, fazendo sinal para que se levantasse. Então lá vimos o Ronaldo a que nos habituámos. Já quase quarentão mas exibindo ainda sorriso de criança cada vez que marca mais um golo. Como fazia em miúdo, quando jogava à bola na rua.

Querem um exemplo da magia do futebol? Pois é este mesmo.

Mbappé, digno herdeiro de Ronaldo

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Delírio entre os madridistas: Kylian Mbappé foi ontem apresentado perante 80 mil adeptos no estádio Santiago Bernabéu. Vai formar uma equipa galáctica com Courtois, Alaba, Modric, Bellingham e Vinicius.

Chega ao Real, aos 25 anos, beneficiando do maior "prémio de assinatura" de que há memória: uma quantia entre 117 milhões e 150 milhões de euros. São para ele, pois estava livre de qualquer vínculo anterior: havia chegado ao fim o seu contrato com o PSG, clube onde manifestamente não foi feliz. Como já houve quem titulasse, com manifesta ironia, é «a transferência gratuita mais cara da história» do futebol.

Na apresentação, Mbappé falou num castelhano fluente - prova inequívoca de que este foi um passo preparado com a devida antecedência. E repetiu as palavras de Cristiano Ronaldo, no mesmo local, quando foi apresentado em 2009 aos sócios do Real Madrid. 

«Assisti a todos os jogos do meu ídolo Cristiano Ronaldo. É um prazer ser uma criança que teve um sonho e que agora está aqui. É um privilégio porque agora é a minha vez.»

Palavras eloquentes.

Em Madrid, Mbappé manterá 80% dos seus direitos de imagem. O outro único astro do Real que ali teve este estatuto foi precisamente Cristiano Ronaldo, em 2009. Contrariando a prática habitual: os jogadores do Real costumam partilhar os seus direitos de imagem em partes iguais com o clube.

Com uma fonte de inspiração como esta, o craque francês acaba de dar o passo mais adequado na sua carreira. Não custa vaticinar que irá ainda muito mais longe. Ele merece.

 

ADENDA: Mbappé sobre CR7: «Europeu foi difícil para Ronaldo, mas não muda a lenda que é»

Comparar Ronaldo a Eusébio

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Não é nada fácil compararmos jogadores de épocas diferentes. Porque as mudanças registadas em cada década no futebol - do plano da organização táctica das equipas à preparação física, passando pelo acompanhamento clínico - é totalmente diferente.

Mesmo assim, continuamos a assistir às incessantes comparações entre Eusébio e Cristiano Ronaldo com vista à designação do melhor futebolista português de todos os tempos. Com muitas opiniões favoráveis ao antigo goleador do Benfica, infelizmente já falecido. Sobretudo pela sua brilhante prestação no Campeonato do Mundo de 1966, em que Portugal surpreendeu tudo e todos com a conquista do terceiro lugar.

Não consigo acompanhar estas teses.

 

Eusébio conseguiu uma única proeza a nível de selecção. Essa mesmo, em 1966. De resto, com ele no activo, a selecção nacional falhou o apuramento para os Mundiais de 1962, 1970 e 1974. E falhou as presenças em todas as fases finais de europeus (1964, 1968, 1972). 

Além disso Eusébio jogou na selecção praticamente com a equipa do Benfica: as rotinas estavam mais que firmadas, os automatismos estavam mais que estabelecidos. Nada a ver com os tempos actuais, em que a selecção é uma manta de retalhos, com jogadores das mais diversas proveniências, alguns dos quais nem chegaram a jogar em Portugal.

 

Cristiano Ronaldo participou em cinco Mundiais - chegando num deles, em 2006, às meias-finais, tal como Eusébio, mas com mais equipas em competição na fase final. E actuou em seis Europeus: num deles sagrámo-nos campeões (2016), noutro fomos à final (2004), noutro atingimos as meias-finais (2012).

Não há comparação possível.

 

Com Eusébio, a regra era falharmos o apuramento.

Com Ronaldo, a regra é conseguirmos o apuramento. 

Aos Mundiais de 1930, 1934, 1938, 1950, 1954, 1958, 1962, 1970, 1974, 1978, 1982, 1990, 1994 e 1998 nem lá chegámos. Antes de Cristiano Ronaldo.

Aos Europeus de 1960, 1964, 1968, 1972, 1976, 1980, 1988, 1992 nem lá chegámos. Antes de Cristiano Ronaldo.

Depois de Ronaldo, não falhámos um.

Ronaldo: a homenagem dos idiotas

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Uma ruidosa minoria de adeptos tugas celebra e festeja o ocaso de Cristiano Ronaldo.

Nem um único desses idiotas é capaz de indicar um nome para candidato a candidato a candidato a sucessor do Ronaldo.

O silêncio desses idiotas, sem eles fazerem ideia de tal coisa, acaba por ser uma inequívoca - embora involuntária - homenagem ao melhor futebolista português de sempre.

Viva Portugal, viva o Futebol, viva Ronaldo

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Alguns dizem que Portugal não cumpriu os objectivos com esta participação no Europeu de Futebol.

Discordo em absoluto.

Portugal caiu nos quartos-de-final, juntamente com a Alemanha e a Suíça. Figurámos entre as oito melhores equipas do continente.

À frente de outras que foram eliminadas mais cedo. Como a Itália, campeã europeia em 2021. Ou a Polónia, a Bélgica, a Croácia, a Dinamarca.

Fizemos muito melhor do que a Suécia, a Grécia ou a Irlanda - que nem sequer se qualificaram para esta fase final disputada em território alemão.

 

Pergunto: tínhamos obrigação de voltar a ser campeões, como fomos em 2016?

Respondo: não.

 

É certo que com Cristiano Ronaldo no onze nacional o patamar de exigência subiu imenso. Basta lembrar isto: com ele na selecção, nunca mais voltámos a falhar uma participação numa fase final dum Mundial ou dum Europeu.

Antes dele, durante 74 anos, só participámos em três Mundiais (1966, 1986, 2002).

Depois dele, estivemos em cinco.

Antes dele, durante 44 anos, só participámos em três Europeus (1984, 1996, 2000).

Depois dele, estivemos em seis.

 

Pergunto: em que outro sector de actividade figuramos entre os oito melhores países do continente europeu?

Respondo: nenhum. 

 

Viva Portugal.

Viva o Futebol.

Viva Cristiano Ronaldo.

Uma oportunidade perdida

A selecção de Portugal foi eliminada anteontem pela da França nas grandes penalidades, depois do 0-0 nos 120'. Exactamente como tinha sido apurada contra a Eslovénia. 

E Portugal foi eliminado sem razão de queixa de seja o que for. O jogo foi repartido, as oportunidades de golo aconteceram para ambos os lados, cada equipa tinha a sua forma de ferir o adversário, uma demorando mais com a bola outra menos, os guarda-redes e as defesas conseguiram manter as balizas invictas até ao fim. Depois vieram as grandes penalidades. Se alguém ainda pensa que as grandes penalidades são questão de sorte, que veja a forma como Ronaldo marcou a sua e o Félix falhou a dele. 

 

Portugal foi eliminado por uma França com a qual sempre poderia ser eliminado, mas depois duma campanha que deixou muito a desejar contra adversários de menor estatuto, que incluiu uma derrota humilhante contra a Geórgia. Foram 2-1, 3-0, 0-2, 0-0 e 0-0 os resultados, 5-3 em golos, sendo que, dos cinco, dois foram autogolos, outro um ressalto num defensor e outro um escorreganço dum defesa contrário que quebrou a linha de fora de jogo.

A selecção portuguesa dispunha dum meio-campo de luxo. Com Palhinha (agora Bayern de Munique), Bruno Fernandes (Man. United), Vitinha (PSG) e Bernardo Silva (Man. City) e dois alas perfurantes de grande classe como Nuno Mendes (PSG) e Cancelo (Barcelona). E depois Diogo Costa, Rúben Dias (Man. City), Pepe, Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (Milan). Como é que com tanta qualidade não se consegue ter uma jogada colectiva que resulte num golo numa sequência de cinco jogos?

Não é difícil adivinhar a resposta.

 

Sendo assim, a selecção fracassou na Alemanha. Não há minutos de posse de bola nem choros convulsivos nem conversa da treta que prove o contrário. Para mim o grande responsável chama-se Roberto Martínez e a selecção Ronaldo & Pepe que montou sob o alto patrocínio de Jorge Mendes. Como é que um João Félix, a acumular fracassos por onde passa, que se ausenta para "jogar às cartas" enquanto a Itália joga, é seleccionado, joga pessimamente e mesmo assim vai marcar um penálti decisivo? 

No final do jogo, enquanto os dois manos choravam agarradinhos, alguns outros passavam ao lado de tanta ternura. Pepe fez um grande jogo de facto, mas a selecção já podia estar em casa à conta dele contra a Eslovénia. Ronaldo fez um péssimo jogo contra a França, também é um facto, mas tanto minuto de jogo e tanto livre marcado dá cabo do melhor jogador do mundo. Ainda assim converteu dois penáltis nos desempates finais.

Depois veio Martínez a falar no exemplo de Pepe para os portugueses. Qual Pepe? Aquele do murro ao Coates, da bofetada ao Matheus Reis, aquele do pontapé ao adversário caído no chão quando ao serviço no Real Madrid, aquele que colecciona expulsões e goza com os árbitros, o Pepe exemplo de quê? De que alguém pode ser um santo na selecção e um bandido no clube? De alguém já despedido do clube pelo novo presidente e que vai não sei para onde e que se calhar a Portugal não volta, já facturou o que pôde? Se gosta tanto, que compre o livro da história da vida dele quando for publicado. Já agora, se tivesse apostado de início numa dupla de centrais Rúben Dias-Gonçalo Inácio, com Nuno Mendes a lateral esquerdo e Rafael Leão a extremo, não teríamos outro desenvolvimento de jogo pela esquerda?

Sobre Rafael Leão, prometo nunca mais dizer mal dos cruzamentos do Nuno Santos. Nunca mais. 

 

Tínhamos jogadores de elite para muito mais. E no que respeita ao lançamento duma nova geração, Gonçalo Inácio, António Silva e João Neves vão precisar de psicólogos, como os dois guarda-redes suplentes, e o Gonçalo Ramos vai precisar de psiquiatra. Safou-se mesmo assim o Francisco Conceição que, com alguma trapaceirice "genética", conseguiu demonstrar a sua utilidade. O seu a seu dono.

Porque é que foram convocados Rúben Neves e Danilo? Para proteger o Pepe? E Pedro Neto? Para recuperar o valor de mercado do rapaz?

E pronto. Lendo e ouvindo o que se diz nos jornais e nas tvs, já temos um bode expiatório, o Cristiano Ronaldo, é malhar à vontade. Eu ofereço-me para ocupar a mansão na Quinta da Marinha. E não o deixo entrar.

 

PS: Se vier algum morcão a dizer que perdemos o Europeu pela falta do Otávio e do Galeno... ou do Evanilson... faça favor.

SL

A viola enfiada no saco

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No jogo contra a Eslovénia, Cristiano Ronaldo respondeu em campo, mostrando a todos como se dá a volta por cima. No futebol tal como na vida.

Falha um penálti. Ou melhor: não falha, pois o penálti foi bem marcado, mas com defesa excelente de Oblak. Um quarto de hora depois, volta a marcar - sem tremer, sem vacilar, sem virar a cara ao desafio.

E mete-a lá dentro.

Oblak, ex-Benfica, deixou de ser herói daquele desafio dos oitavos no Euro 2014.

O herói foi também guarda-redes, mas português. Compatriota de Cristiano Ronaldo. Nosso compatriota.

E lá teve a tribo do Ódio ao Ronaldo, uma vez mais, de enfiar a viola no saco. Temos pena.

Llorando Dolores

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Não há nada mais humano que o choro. O momento mais feliz, mais gratificante, mais impactante (já cá faltava uma palavra da moda) da minha vida foi ver o meu bebé nascer e ouvi-lo chorar. Chorou ele e chorei eu.

Já chorei com o Sporting, também, de tristeza e de alegria.

Não sei a razão das lágrimas de Cristiano Ronaldo (provavelmente nem ele) o Record diz que Ronaldo chorou ao ver Dolores no écran do estádio, penso que as dores (dolores em castelhano) seriam outras, julgo que não será difícil perceber quais.

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Estamos no dia 27 de Junho de 2012, os ponteiros já quase apontam as dez e meia da noite, vão bater-se penalties na Dunbass Arena, em Donetsk, cerca de 28 000 pessoas no estádio e milhões pela televisão, preparam-se para ver quem seguirá em frente.

O "bates bem", bateu mal, Bruno Alves bateu na trave, Cristiano Ronaldo não bateu, nem bem nem mal e abandonámos a Ucrânia.

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Parece que temos Cristiano Ronaldo de volta. A atitude do capitão ao pegar na bola e bater o primeiro penalty mostrou-nos que não se deixou abater pelo falhanço anterior e que as lágrimas não eram de desespero.

Teria sido muito mais fácil para Cristiano deixar que fosse Bruno Fernandes a bater o primeiro penalty mas os grandes campeões forjam-se nas dificuldades, remam contra as marés.

Critico Cristiano quando penso que o devo fazer (a questão do arremesso da braçadeira de capitão, por exemplo) mas elogio quando é para elogiar.

A atitude de Cristiano Ronaldo de querer ser ele a marcar o primeiro penalty não foi valorizada, nem elogiada, assim fica aqui registada.

Obrigado, Cristiano, vamos precisar de ti na sexta-feira.

Ecos do Europeu (18)

Temos uma das oito melhores selecções da Europa

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Há jogos épicos. Ontem à noite vimos um deles. Um jogo que parecia interminável: durou duas horas (prolongamento incluído) e terminou empatado a zero. Enfrentámos a Eslovénia, em Frankfurt, nos oitavos-de-final do Campeonato da Europa e seguimos em frente. Com muito esforço, muito suor, muita ansiedade - mas valeu a pena.

Graças a um herói em campo: o melhor guarda-redes português da actualidade, Diogo Costa. Super-herói. Foi decisivo para esta vitória em vários momentos. Primeiro, ao minuto 115 com uma defesa extraordinária após suicida perda de bola de Pepe, que parecia querer rivalizar com António Silva na partida contra a Geórgia: o nosso guardião não se atemorizou perante o esloveno que se isolara à sua frente. Depois, superando-se a si próprio, ao defender três penáltis sucessivos: voou uma vez para o seu lado esquerdo e duas para o lado direito. A selecção adversária não marcou nenhum.

Devemos-lhe o triunfo. Devemos-lhe o passaporte para o próximo desafio, a disputar na sexta-feira contra a França. Foi o melhor em campo. Superior até ao gigante Oblak, que pontificava na outra baliza. 

 

Terminou bem, milhões de portugueses festejam. Caso para isso: a equipa das quinas confirma-se como uma das oito melhores da Europa.

Mas antes da festa houve drama: aconteceu aos 105', quando Cristiano Ronaldo, chamado a converter um penálti sobre Diogo Jota, permitiu a defesa do guarda-redes esloveno que já alinhou no Benfica. Ficou de rastos, incapaz de conter as lágrimas. Raras vezes lhe aconteceu tal coisa ao longo de 21 anos de carreira como futebolista profissional.

Felizmente as lágrimas duraram pouco. Um quarto de hora depois, Ronaldo redimiu-se ao regressar à marca dos 11 metros, por vontade própria: foi ele a bater o primeiro da ronda final. E desta vez não falhou. Seguiram-se Bruno Fernandes e Bernardo Silva, que também a meteram lá dentro.

Fomos mais fortes, mais competentes. Fizemos sempre mais por vencer nesta partida quase por inteiro disputada no meio-campo defensivo da Eslovénia. Tentámos muito, mas faltou-nos maior rapidez na circulação de bola e melhor pontaria no disparo final. Os números são concludentes: fizemos 20 remates, mas apenas quatro à baliza.

A França, nossa adversária daqui a três dias em Dusseldorf, não fez melhor também ontem, contra a Bélgica: 20 remates, só um dirigido à baliza. E apurou-se graças a um autogolo belga, de  Vertonghen, aos 85'. O nono autogolo neste Euro 2024. 

Além da Bélgica, também a Itália e a Croácia - outras das mais cotadas - já ficaram pelo caminho.

 

Regressando ao Portugal-Eslovénia: boas exibições de Palhinha, Cancelo, Nuno Mendes, Rafael Leão. Tivemos sempre superioridade nos corredores laterais.

Substituições tardias decididas pelo seleccionador: até ao minuto 117 só haviam entrado Diogo Jota (para render Vitinha aos 65') e Francisco Conceição (que entrou para o lugar de Rafael Leão aos 76'). A três minutos dos penáltis finais, Roberto Martínez trocou o desastrado Pepe por Rúben Neves, com Palhinha a recuar para central, e Cancelo por Nelson Semedo.

Não só tardias, mas algumas até incompreensíveis: Vitinha era o maior acelerador no corredor central e Leão desequilibrava na ala esquerda, onde Conceição passou a jogar, fora da zona em que mais rende. Como se não tivéssemos a ambição de marcar um golo antes dos penáltis finais. Como se não tivéssemos avançados no banco de suplentes.

Mas o que importa é valorizar o magnífico desempenho de Diogo Costa, primeiro guarda-redes a defender três penáltis em jogos de fases finais de Europeus. Fica imortalizado a partir de agora em imagens que já dão a volta ao mundo. E na gratidão dos adeptos portugueses.

 

Portugal, 0 - Eslovénia, 0 (3-0 nos penáltis)

Bélgica, 0 - França, 1

A selecção de todos nós

Portugal encerrou ontem com a Geórgia a sua fase de grupos com uma derrota humilhante por 2-0 (que podia ser até mais pesada), conquistando mesmo assim o 1º lugar do grupo mais fraco em competição. Aquilo que podia ter sido uma oportunidade de afirmação das segundas linhas da selecção, considerada uma dos melhores de sempre, transformou-se numa das maiores vergonhas duma selecção portuguesa numa fase final. Agora segue-se uma selecção "menor" como a Eslóvénia, mas depois seguir-se-ão provavelmente a França, a Espanha, na final talvez a Itália, isto se lá chegarmos.

Depois de tudo o que se passou no Catar, Martínez recebeu a tarefa de construir uma selecção à volta de Cristiano Ronaldo e do seu fiel escudeiro, o Pepe, e tudo o resto passou para segundo plano. Inclusivamente a pouca vergonha de naturalizar a martelo brasileiros do balneário do Porto e tão arruaceiros em campo como ele ao serviço do seu clube. Felizmente Otávio e Galeno ficaram fora desta selecção que ignorou alguns dos melhores jogadores da Liga deste ano, por acaso do Sporting. Mas ficou o conceito, que o Paulo Futre bem explicou, o "animal" tem de jogar sempre para estar feliz e contente, se o Gonçalo Ramos calha entrar e marcar três golos lá se vai a felicidade, por muito que o Pepe lhe faça massagens e calce os chinelos, e o balneário entra em crise. E o Pepe para fazer feliz o Ronaldo também tem de estar feliz e contente, por isso tem lá o Danilo, o Conceição, o Diogo Costa e muitos outros. Uma corte.

 

Depois temos o 3-4-3, sistema táctico que passámos a conhecer muito bem com Rúben Amorim, mas com outra interpretação: extremos agarrados à linha e alas a explorar espaços anteriores. Um sistema que precisa de muito tempo e muitos jogos para articular movimentos e permitir à equipa atacar com muitos e defender com muitos também. E porquê o 3-4-3 na selecção com tamanha riqueza de médios? Para o Pepe não ser comido em velocidade por falta de rins, e tê-lo sempre de frente para o jogo? Ontem a mesma coisa com o Danilo?

Porquê o 3-4-3 com extremos na selecção quando não temos nenhum de topo, Conceição, Neto ou Rafael Leão sem espaço pouco rendem, e quando o centro sai está o Ronaldo sózinho na área? Quantas vezes ontem entrou um médio nas costas do lateral para receber a bola do extremo? A única forma de Portugal criar perigo foi explorar os remates de meia-distância de Palhinha e Dalot. O resto foi o agarrão ao Ronaldo.

Podemos falar também dos mega-craques produzidos no Seixal: João Félix, António Silva, João Neves, João Cancelo, Gonçalo Ramos, todos endeusados pela comunicação social e pela máquina de propaganda lampiónica. A diferença entre o que dizem deles e o que demonstram em campo é colossal. Infelizmente Gonçalo Inácio já parece contaminado pelo virus "Félix".

 

Bom, e agora? É deixar de inventar e voltar ao "pão com manteiga", o 4-3-3 que todos conhecem, com um extremo mais fixo do lado esquerdo e dando liberdade a Bernardo Silva para vagabundear pelo lado direito, e tendo Vitinha e Bruno Fernandes na organização de jogo. E ajustar as outras peças ao adversário em questão. 

Aquele que me parece ser o melhor onze de Portugal, e pondo lá os obrigatórios Ronaldo e fiel escudeiro, que nesta altura já deveria ter tido minutos e jogos que criassem rotinas colectivas que não se vislumbram, é o seguinte:

Diogo Costa; Nelson Semedo (Cancelo), Rúben Dias, Pepe e Nuno Mendes; Vitinha, Palhinha e Bruno Fernandes; Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (Jota).

Enfim, é assim que vejo esta selecção: muita experiência internacional, muito talento, muita capacidade de improvisação, muitos jogadores parecidos uns com os outros, sete ou oito jogadores de topo mas pouca capacidade física, poucas rotinas de jogo, pouca capacidade de sofrimento. Uma selecção acomodada pela sucessão de vitórias com adversários de menor valia, pela comunicação social enfeudada aos grandes interesses e pelo "lançar das canas antes da festa" de todos nós.

 

Oxalá consiga aprender com esta bofetada na cara, porque senão vai conhecer o outro lado de ser português.

Independentemente de quem seja o presidente, de quem seja o treinador, de quem sejam os empresários dos jogadores e da "macacada" que se autoproclama claque, estamos todos com a Selecção Nacional, a selecção de todos nós.

SL

Ecos do Europeu (9)

Vencer e convencer, silenciando adeptos turcos

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Queriam uma exibição categórica da selecção nacional neste Campeonato da Europa? Pois tiveram-na. Queriam uma vitória clara da equipa das quinas neste certame? Registou-se ontem em Dortmund, num estádio que abarrotava sobretudo de adeptos turcos. Durante a meia hora inicial assobiaram estrondosamente todos os nossos jogadores cada vez que tocavam na bola. Em decalque ampliado do pior que vemos nas bancadas portuguesas.

Antes do jogo diziam que a Turquia iria ser um "sério adversário", temível, capaz de nos travar o passo. Depois do jogo, afinal, alguns dos tais passaram a dizer que enfrentámos um onze menor, correspondente à segunda divisão do futebol europeu, portanto ao vencê-lo não teremos revelado grande mérito.

Há gente em Portugal assim, sempre pronta a denegrir o futebol que praticamos. Esteja o seleccionador que estiver, a música é sempre a mesma. Por mais elogios que nos façam lá fora.

 

Lamento contrariar tal gente, mas superámos com brilhantismo esta prova. Os tais assobios foram-se calando e no estádio onde se disputou o Portugal-Turquia, já perto do fim, apenas se ouviam aplausos às nossas cores. 

Qual o segredo? Superioridade total do princípio ao fim. Maturidade até no plano psicológico: aquelas estrondosas vaias entraram a cem, saíram a mil. Até emudecerem. Primeiro com o golo de Bernardo Silva, aos 21', culminando excelente lance colectivo. Depois, aos 28', com um autogolo turco que entrou de imediato no anedotário do futebol: Akaydin, central do Fenerbahce, jamais esquecerá esta humilhação. Finalmente, aos 56', quando Bruno Fernandes fixou o 3-0, emudecendo de vez os turcos. Até porque quem o assistiu neste golo foi um gigante: Cristiano Ronaldo, aos 39 anos, voltou a cumprir 90 minutos em campo numa inédita sexta participação em fases finais de campeonatos da Europa.

Nunca ninguém participou em tantos, nunca ninguém marcou em tantos, ninguém assistiu mais do que ele. Silenciando até aqueles que tentam denegrir o astro maior da formação leonina por ser supostamente incapaz de "futebol associativo". Revejam este golo em que Ronaldo recupera, progride com bola, se isola perante o guardião e a endossa ao companheiro que surge entretanto à sua esquerda, ainda mais bem colocado.

Pensar em movimento é isto. Um hino ao futebol como verdadeiro desporto de equipa.

 

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Criança interrompeu jogo para se fotografar com CR7: jogo deu para tudo, até para isto

 

Este segundo triunfo colectivo, após o 2-1 aos checos, transporta-nos de imediato à liderança do Grupo F e consequente qualificação automática para a partida dos oitavos-de-final, a 1 de Julho, contra um adversário ainda incerto. Dois jogos, duas vitórias, cinco marcados e só um sofrido. Enquanto Chéquia e Geórgia empatavam

Do nosso lado, além dos jogadores já mencionados, quase todos os outros justificam destaque. Cancelo subiu de rendimento, Vitinha manteve o nível da partida anterior, Palhinha mostrou que merece muito mais um lugar no onze do que Dalot, entretanto excluído. Todo o bloco defensivo funcionou na perfeição, desta vez numa linha de quatro da qual emergiu um talento superior: Nuno Mendes, para mim o melhor em campo. Mais talentoso ala esquerdo português da actualidade, sempre em rotação, sempre como seta apontada à baliza adversária sem temor de qualquer espécie.

O mais fraco foi novamente Rafael Leão. Segundo cartão amarelo por simulação grosseira - os árbitros têm instruções da UEFA para serem implacáveis nestes casos. Tal como simulou ter sido agredido em Maio de 2018, no assalto dos bisontes à Academia de Alcochete.

Já não regressou para a segunda parte. Fica fora do próximo desafio, por demérito próprio.

 

Outra nota insólita: pelo menos cinco espectadores invadiram o campo para se fazerem fotografar com Ronaldo. O astro português ainda sorriu ao primeiro, uma criança. Mas deixou de achar graça à invasão. Actos deste género podem constituir séria ameaça aos jogadores, além de lesarem o espectáculo.

Os turcos, estranhamente, iniciaram a partida mantendo no banco duas das suas maiores estrelas, Yildiz (Juventus, 19 anos) e Güler (Real Madrid, 19 anos). Quando ambos entraram, no segundo tempo, já era tarde: a equipa estava partida, extenuada, desmoralizada. Nas bancadas quase só se escutavam cânticos portugueses.

Çalhanoglu, centrocampista que organiza o jogo turco, quase passou despercebido, engolido pela vertigem ofensiva lusa. O benfiquista Kokçu "assistiu" Bernardo no primeiro e limitou-se a fazer cócegas a Diogo Costa, seguro entre os postes.

Mas gostei de rever um central formado na nossa Academia: Demiral, que entrou aos 75'. Hoje com 26 anos, actua no Al-Ahli da Arábia Saudita. Ainda lamento que só tenha cumprido um jogo oficial pelo Sporting. Tanto prometia, tão cedo saiu. 

 

E pronto. Página virada, objectivo cumprido, seguimos em frente. O jogo contra a Geórgia, pela nossa parte, servirá apenas para cumprir calendário. Tomem nota: será na próxima quarta-feira, dia 26.

Espécie de intervalo nas conversas de café, orais ou escritas. Convém sempre fazer uma pausa, até nesse passatempo nacional que é dizer mal da selecção.

 

Portugal, 3 - Turquia, 0

Altruísta?

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Ao fazer a assistência para o golo que Bruno Fernandes marcou, o terceiro do jogo de ontem com a Turquia, Cristiano Ronaldo bateu mais um record: Tornou-se no jogador com mais assistências em fases finais de Europeus (a par de Karel Poborsky que jogou em Portugal no Benfica e Porto, salvo erro), demonstrando que, mais que capitão, é mais um jogador de e para a equipa.

Eu sei que lá virão as carpideiras do costume dizendo que "mais golo, menos golo para ele é igual, o que lhe interessa são os recordes". Essas alimárias são as mesmas que no restante tempo em que nada mais fazem, o perdem a chamar Cristiano de egoísta. Enfim...

Quem não liga muito a isto são os que verdadeiramente gostam de bola e de quem é o melhor praticante deste jogo desde sempre. Com as crianças à frente, como agora mais uma vez aconteceu.

Quanto ao resto, deixai-os falar, de preferência sozinhos.

{ Blogue fundado em 2012. }

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