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És a nossa Fé!

O (mau) exemplo do FCPorto!

Não é meu costume aqui perorar sobre o que se passa nas outras casas (leia-se clubes!), todavia o que se vai assistindo na cidade invicta leva-nos a pensar que mais tarde ou mais cedo a verdade mostra a sua face.

Muitos dirão que o actual problema nasceu com a saída recente de Jorge Nuno Pinto da Costa da presidência do clube. Eu ouso dizer que tudo começou… com a sua entrada!

Quarenta e dois anos à frente de um clube é obviamente tempo a mais. Criaram-se demasiados vícios, demasiadas relações duvidosas que se plasmam, entre muitas coisas, nas conclusões da mais recente auditoria que o actual Presidente achou por bem mandar fazer.

Os desmandos financeiros no FCPorto feitos na vigência da antiga direcção são quase pornográficos, e que se traduz em milhões de euros desviados e gastos em coisas menos desportivas.

Entretanto e durante muuuuuuuuuuuuuuuitos anos por aqui e por diversos lados os sportinguistas foram-se queixando dos métodos aparentemente pouco ou nada lícitos que o Porto usava para influenciar o poder futebolístico de forma a ganhar jogos e consequentes campeonatos. O próprio PdC ria-se das nossas queixas e dizia à boca cheia: desculpas de perdedores!

O pior nisto tudo foi a insensibilidade da Comunicação Social lusa perante os factos que se percebiam que cheiravam a esturro. Dava mesmo a sensação que se rebaixavam ao poder oriundo da Invicta. Algo que eu nunca percebi porquê...

Mais... A própria justiça assumia-se curiosa e criteriosamente impotente, sendo o processo Apito Dourado, quiçá, o último grande exemplo da forma como o FCPorto dominava o futebol em toda a linha e em todas as suas vertentes.

Hoje o clube da Invicta começa a pagar, com juros, os custos dessas estranhas influências e por aquilo que foi dado conhecimento não sei até onde o Porto poderá cair.

Cabe agora ao Ministério Público fazer o seu trabalho. Entretanto a justiça que seja célere e cega!

Uma nota final para André Vilas-Boas pela enormíssima coragem que tem tido em enfrentar todos estes problemas, sem ousar esconder seja o que for.

Há que lhe tirar o chapéu!

Benfica: a nódoa já não sai

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Não há volta a dar. O Benfica está desde ontem a sofrer danos reputacionais incalculáveis. Não apenas em Portugal, o que é o menos, mas em todo o universo do futebol onde já o equiparam ao Marselha, ao Milão e à Juventus, para sempre manchados por ilícitos face à lei civil e à ética desportiva. Com inevitáveis reflexos nas marcas patrocinadoras do clube, que só podem detestar esta má fama.

Nada que surpreenda. A gestão de Luís Filipe Vieira durante duas décadas à frente da agremiação com sede na freguesia de São Domingos de Benfica funcionou como réplica do consulado de Pinto da Costa, lá no eixo Antas-Campanhã. Por algum motivo conviveram durante largos anos e trocavam confidências de todo o género - incluindo em matérias extra-desportivas. Por algum motivo Vieira chegou a ser sócio do FC Porto. Por algum motivo há ainda quem se lembre dele a "transportar a pasta" do outro quando não passava dum zé-ninguém.

Arguido nos processos Operação Lex e Saco Azul, o ex-homem forte do SLB é agora formalmente acusado pelo Ministério Público dos crimes de corrupção activa, participação em negócio ilícito e fraude fiscal qualificada no âmbito do Caso E-Mail, que andava sob investigação desde 2019. Ele e o seu fiel escudeiro Paulo Gonçalves, que já havia sido condenado, por corrupção activa, no Caso E-Toupeira.

São escândalos a mais, é podridão em excesso. De tal maneira que foi constituída uma equipa no DCIAP só para investigar estes processos.

Valia tudo para disputar a hegemonia do futebol com o FCP, recorrendo aos expedientes mais manhosos, sob o lema "os fins justificam os meios". Este agora é o caso com maior gravidade do futebol português depois do Apito Dourado - a página mais negra de que há memória em Portugal ligada à corrupção desportiva. 

 

Sustenta o Ministério Público que durante três anos, de 2016 a 2019, Vieira - enquanto presidente do clube encarnado e da SAD benfiquista - financiou indevidamente o Vitória de Setúbal, à época transformado em emblema-satélite do SLB, com várias transacções fictícias de jogadores que lesaram a verdade desportiva e adulteraram a equidade das competições, além do rombo causado ao fisco. Cumpre recordar que o emblema sadino, embora já tomado por um bando de piratas, ainda disputava a Liga 1. Em obsceno concubinato com a turma encarnada.

O despacho do MP é claro: «Através da referida disponibilização de fundos, a SAD do Benfica e os seus representantes arguidos visavam garantir, na medida do possível, a obtenção de resultados favoráveis às suas pretensões desportivas em momentos oportunos, designadamente em sede de disputa de jogos com a Vitória de Setúbal SAD.»

Isto «poderia materializar-se na obtenção de resultados favoráveis às pretensões desportivas» do Benfica, designadamente quando o Vitória «disputasse jogos com os seus rivais diretos, altura em que poderia ter a disponibilidade de promover, caso se proporcionasse, um desfecho em concordância com aquele interesse».

 

A nódoa já não sai.

Importa pouco ao clube de Setúbal, agora relegado para a II Divisão Distrital: caso para dizer que bateu no fundo. Mas importa muito ao Benfica, confrontado com «a acusação mais grave», no plano judicial, de toda a sua história. 

Vai seguir-se o debate instrutório, havendo um prazo de 20 dias para ser iniciado.

Mas aquilo que mais nos interessa a partir de agora, enquanto sportinguistas, é a actuação da justiça desportiva neste caso. Com abertura imediata de um inquérito disciplinar - incomode quem incomodar, tenha as consequências que tiver. Incluindo, se for caso disso, a suspensão do Benfica, pelo prazo que a lei e os regulamentos indicarem, de todas as provas de fuebol profissional em que a equipa encarnada está inscrita. 

Já não poderá ser revertido o campeonato de 2016, entretanto homologado. Mas nós, que nos consideramos lesados, devemos pugnar por uma indemnização correspondente à dimensão do dano sofrido.

É um combate em nome de valores que Vieira e os seus capangas ignoram por completo. Até por isso se torna mais imperioso e mais inadiável.

 

ADENDA: Notícias na Marca, no As, no Mundo Deportivo, no La Razón, no Le Figaro, no Le Soir, no Ouest-France, no La Repubblica, na Gazzetta dello Sport, no De Telegraaf, na Vox (Albânia), na Gazeta Esportiva, no diário O Globo. Algumas entre tantas outras.

Tudo bons rapazes

Dizem que está em curso a operação Bilhete Dourado para apurar um esquema ilegal de venda de bilhetes que decorreria há vários anos. Esta operação segue-se à operação Pretoriano que conduziu à cadeia Fernando Madureira. Aparentemente o clã Madureira tentou manter o negócio a funcionar, mesmo debaixo de investigações e escutas. Era a filha, eram os sogros, era este e aquele.

Nada que há muito não se soubesse no Porto e arredores. Quem queria bilhetes para o Dragão era só dizer quantos. Pela história que ouvi ainda no ano passado em Espinho o carro estava parado à porta do shopping com a bagageira bem recheada para satisfazer qualquer família numerosa, emigrante de preferência. Era um favor que faziam à bilheteira do Porto, diziam.

Agora é curioso que, com tantos milhares de euros a entrar, fala-se em 40 mil euros por jogo, e tudo isso de conhecimento do clube, leia-se Pinto da Costa. Tudo aquilo apenas servia como "moeda de troca pelo apoio que a claque dava à equipa". 

Mas que apoio afinal se poderia realizar com tal saco azul em dinheiro vivo? Era apenas alugueres de camionetas para os SuperDragões? Ou incluiam algumas coisas que vieram a lume com o Apito Dourado (Bilhete Dourado/Apito Dourado, os nomes são sugestivos) como corrupção desportiva e suborno, de árbitros, equipas e jogadores adversários? Como aqueles ex-jogadores do Porto que entram ao meio do jogo e logo cometem penáltis ou se fazem expulsar? 

 

Ainda ontem o "pasteleiro" Artur, aquele mesmo que os SuperDragões visitaram há uns anos, foi decisivo no dérbi da Invicta. Depois duma saraivada de amarelos na 1.ª parte, lá expulsou um jogador do Boavista com o Porto a perder em casa, e lá ganhou no fim. Assim o Porto parte para Braga com a vantagem de depender apenas de um empate para conquistar o 3.º lugar. Uma coisa ao jeito daquele Braga-Sporting onde a expulsão do Inácio quase dava o título ao Porto.

Será que as coisas estão ligadas? Quem é que pode garantir que sim ou que não? Quem é que pode garantir alguma coisa sobre a forma como o Porto tem ganho alguma coisa em Portugal nos últimos anos ou até nos últimos 40?

O Madureira sabe de tudo, mas não fala. Só algum dia, quando se sentir o bode expiatório dos senhores doutores da SAD que tiraram o "cavalinho da chuva" e ficaram amnésicos, iguais ou piores do que o Ricardo Salgado. Ou então só se forem os padres de Fátima, que eles são tão católicos que sempre lá vão confessar todos os seus pecados. 

SL

All Grave, o campeonato da corrupção

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Passaram quase 20 anos mas se há campeonato que sportinguistas, portistas e, principalmente, os benfiquistas sabem que foi conquistado fora das quatro linhas foi a Liga de 2004/2005, o ano do suposto centenário do clube da roda de bicicleta.

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José Veiga, que mais tarde seria preso por corrupção, encomendou um livro onde as manigâncias foram explicadas.

Essa época começa com José Veiga como homem forte do Estoril, principal accionista, e António Figueiredo, o lampião da CMTV, como presidente da SAD do Estoril.

Numa das reviravoltas em que o futebol é fértil, Veiga passa a director do Benfica, muda-se de armas e bagagens (muitas armas e muitas bagagens) para a Luz na companhia do primo José Fernando, uma espécie de guarda Abel ou de diabo de Gaia, um operacional.

Em Outubro de 2004, Veiga "vende" as acções do Estoril.

Em Abril de 2004 comemoraram-se os 30 anos do 25 de Abril, mas será no ano seguinte que, mais uma vez, ficará provado que Abril não chegou ao futebol nacional.

A 12 de Abril de 2005, António Figueiredo, presidente do Estoril SAD, garante que o desafio com o Benfica se vai realizar na Amoreira. No dia seguinte a Liga e o Benfica comunicam, oficialmente, que o jogo ocorrerá no Estádio do Algarve.

"Fomos prejudicados em três pontos naquele jogo e outros três na primeira volta" Carlos Xavier, treinador-adjunto do Estoril.

O jogo, disputado a 24 de Abril, foi um regabofe total. O árbitro, Hélio Santos, até foi presenteado com um par de chuteiras do Benfica.

Na semana antes do jogo, José Fernando, o primo de Veiga, foi visto várias vezes no Estoril a conversar com jogadores do clube da linha.

Resumindo, o Benfica conseguiu mudar o local do jogo para o Algarve, o Benfica "tratou tão bem" o árbitro do jogo que até lhe ofereceu umas botas de futebol à vista de toda a gente e por último aliciou ou tentou aliciar jogadores do Estoril.

Lá atrás tinha falado em regabofe total vejamos algumas incidências do jogo, Ricardo Rocha comete um penalty claro e inequívoco sobre Moses, não assinalado, claro. Aos 79' é expulso mais um jogador do Estoril, "por palavras". Três minutos depois é assinalado um livre inexistente a favor dos vermelhos. 

Desse livre resultou golo, o Estoril com nove jogadores em campo venderá cara a derrota, 1-2 mas pouco ou nada havia a fazer, era impossível o Estoril conquistar pontos naquele jogo.

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Fica o aviso, amanhã vamos jogar com uma equipa algarvia e depois vamos jogar com o Estoril.

Eles andam aí, como vemos na imagem, muito abraçadinhos uns aos outros.

Contra a competência de outros fora do campo nós temos de ser melhores, muito melhores, dentro das quatro linhas.

Calão rima com corrupção e com campeão

Com sucessão e panteão

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Porque hoje não é sábado (é importante ler a Sábado) e eu não sei fazer links, nem ligações, nem corrupções, a partir do telemóvel, este texto (em imagens) é a minha contribuição.

Luís Filipe Vieira queria um sucessor que fosse incompetente, chulo e calão, depois de muito procurar parece que encontrou.

Calão é, de certeza.

Marc Batta topou-o, o actual presidente do Benfica a impedir o actual treinador do FC Porto de entrar em campo.

Quanto ao resto, enfim, é o "príncipe da Damaia", cheio de boa sorte, boa ventura como diria o Di Maria, o jogador que obrigou Lucílio Baptista a ver uma mão no peito de Pedro Silva (consultem o youtube).

Não sou de raivas, nem de vinganças, nem de ficar calado, nem com um melão [feliz dia dos namorados] mas gosto de ver pessoas importantes no panteão.

César Boaventura, Luís Filipe Vieira, Rui Costa, qual estátua junto a Eusébio, bah, pensar pequeno, um lugar no panteão, isso sim.

Quanto mais depressa, melhor.

Quem cabritos vende

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E cabras não tem, de algum lado vem.

O homem deu-se como falido, a origem do dinheiro é desconhecida, dias antes de ter oferecido dinheiro para que fosse facilitada vitória ao seu clube do coração, apareceu-lhe o dinheiro na conta.

Não se sabe de onde veio o dinheiro e a ordem, sabe-se que César Boaventura foi hoje considerado culpado.

Terá em consequência da sua condenação, que pagar 30 mil euros a uma instituição de caridade para não ser preso.

Duas dúvidas me assolam:

1- Se o homem está falido, caso "bata a cláusula", de onde lhe aparecerá o dinheiro na conta;

2- Se a instituição de caridade será o Benfica, que lhe fez, diz-se, chegar tanto dinheiro à conta, a troco de nada.

E com esta decisão do douto tribunal, lá vai para as urtigas a mais que justa pretensão do Sporting a vencer "a título póstumo" o campeonato de 2015/2016. É o que temos...

Varandas sobre a corrupção no futebol

«Nojo que a justiça deve ter coragem de limpar»

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«O Ministério Público está a matar o mensageiro [César Boaventura], mas não está a acusar o verdadeiro mentor e beneficiário de todo este esquema de crime organizado [no SLB]. Vamos pedir a abertura da instrução deste caso. César Boaventura tinha uma relação de grande confiança e proximidade com Luís Filipe Vieira, falavam constantemente.»

 

«Na cabeça de qualquer pessoa não faz sentido algum que um intermediário esteja na disponibilidade de gastar 480 mil euros para corromper quatro jogadores para o Benfica vencer um jogo. O mensageiro [Boaventura] está acusado, mas os principais beneficiários, neste caso Luís Filipe Vieira e a Benfica SAD, não estão. É um erro que esperamos seja corrigido.»

 

«Paulo Gonçalves era assessor jurídico e o braço direito de Luís Filipe Vieira. Estava nas reuniões da Liga. Paulo Gonçalves era um funcionário [do SLB[. Foi condenado considerando que corrompia funcionários judiciais sem a administração do Benfica saber.»

 

«No caso Saco Azul, o clube [SLB] tem um esquema falso de facturas para libertar mais de um milhão de euros em cash. De empresas de um amigo do anterior director financeiro do clube. Para que era um milhão em cash? É normal um clube ter um milhão em cash? Espero que a investigação não fique pela evasão fiscal.»

 

«Em Itália houve um clube, Juventus, a que foram tirados 15 pontos por evasão fiscal e manipulação dos balanços financeiros - e todos os administradores suspensos.»

 

«Obviamente que o Sporting foi uma das principais vítimas deste esquema criminoso.»

 

«O Sporting vai lutar na justiça por isto. Isto é um nojo, não há outra forma de o classificar. Não diferente do Apito Dourado de há 20 anos. Não é diferente. Um nojo que não pode ter lugar no futebol português. Um nojo que a justiça deve ter a coragem de limpar.»

 

«Espero que não haja clubite na justiça e que a justiça não tenha medo da clubite.»

 

«Para um sócio do Sporting, os valores interessam. Para um sócio do Sporting, interessa que o seu presidente não tenha escutas a corromper árbitros com prostitutas. Para um sócio do Sporting interessa muito que o seu presidente não seja apanhado em escutas a escolher um árbitro para uma final da Taça. Para um sócio do Sporting interessa que na administração da sua SAD não haja sacos azuis de um milhão de euros. O sócio do Sporting quer ganhar. Mas, mais do que ganhar, é a forma como se ganha. Isso é o que mais importa. Eu, enquanto presidente do Sporting, prefiro nunca vir a ganhar do que ganhar com estes esquemas. É assim que o Sporting é, é assim que eu sou.»

 

«Vejo centenas de comentadores a elogiar a Premier League. Mas aquela liga não tem Césares Boaventuras, não tem Paulos Gonçalves, não tem presidentes a corromper árbitros. Aquela liga é limpa.»

 

«Não vale a pena preocuparmo-nos com direitos de centralização para valorizar a Liga quando assobiamos para o ar e vemos corrupção do pior que há ainda no futebol português.»

 

«Não ter telhados de vidro ajuda a ter muita força.»

 

 

Frederico Varandas, esta noite, em entrevista à Sporting TV. Talvez a sua melhor entrevista até hoje.

Não vai nada, sr. presidente?

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Tal como eu, o Sporting Clube de Portugal, SAD e clube, tem em sua posse o acórdão da sentença do Processo Comum Coletivo n.º 6.421/17.2JFLSB , no qual foram condenados entre outros Paulo Gonçalves, por corrupção activa.

Está lá escarrapachado, na matéria provada que "O arguido Paulo Casimiro de Jesus Leite Gonçalves era, à data dos factos adiante descritos, trabalhador da Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, por contrato de trabalho, em regime de comissão de serviços, celebrado em 22 de janeiro de 2007 e mantido por contrato de trabalho sem termo celebrado a 20 de novembro de 2009. O arguido Paulo Casimiro Gonçalves prestava a atividade de assessor da administração, assegurando a assessoria do presidente do conselho de administração para a área jurídica relacionada com o futebol profissional e para as relações institucionais da sociedade, reportando diretamente à administração e também ao Presidente.
O arguido Paulo Casimiro Gonçalves, na estrutura da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, ocupava posição equiparada a diretor. Desempenhou a função de secretário do conselho de administração da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD por deliberação de 31 de outubro de 2008 até, pelo menos, 31 de julho de 2009. A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, NIPC 504882066, é uma sociedade anónima desportiva, com sede na Avenida Eusébio da Silva Ferreira, Estádio do Sport Lisboa e Benfica, Lisboa, que tem por objeto a participação nas competições profissionais de futebol, a promoção e organização de espetáculos desportivos e o fomento, ou desenvolvimento, de atividades relacionadas com a prática desportiva profissionalizada na modalidade de futebol, sendo presidente do conselho de administração, à data dos factos, Luís Filipe Ferreira Vieira".

Da justiça federativa não espero nada, que para a justiça federativa há que malhar nos fracos e no Sporting (vide as vezes que o presidente do Sporting à altura dos factos foi castigado e após recursos, depois de cumprir os castigos, foi ilibado).

Mas perante este acórdão, com as idiosincrasias próprias da justiça portuguesa, como muito bem refere Eduardo Dâmaso na nota editorial acima, que espera o presidente do Sporting para dizer, ou mandar dizer alguma coisa por outrém, sobre um assunto que claramente prejudicou o Sporting desportiva e financeiramente? Ou o campeonato de 2015/16, que o presidente Frederico Varandas afirmou ter-nos sido criminosamente roubado, dizendo ter disso provas, já não interessa para nada? Ou era apenas basófia? Ou a antipatia para com corruptos só tem um sentido? Que se passa no Sporting, senhor presidente, temos rabos de palha e temos algum entendimento com esta gente, ora comprovadamente favorecida pelos condenados neste processo? Só chamamos bandidos a uns e esquecemo-nos dos outros? Somos um clube de bem e não nos queremos chatear com os vizinhos, mesmo que eles nos "encavem" à grande e à francesa? É certo que estes factos, provados pela sentença proferida, são posteriores àquele campeonato, mas não era Paulo Gonçalves, como claramente refere o acórdão, funcionário da Benfica SAD, desde Janeiro de 2007? Para o facto convém não esquecer que também aquele campeonato está em investigação/inquérito e nada melhor que alguém do Sporting viesse lembrar isso.

Fale, senhor presidente, creio que todos gostaríamos de saber o que pensa sobre este assunto e o prejuízo que ele poderá ter causado ao Sporting. Fale, senhor presidente. Ou cale-se e meta a viola no saco.

 

É! Toupeira!

Leiam o título como se fossem o forcado da cara numa pega de um sabido de 500 kg.

Se nunca estiveram em frente a um boi, juro-vos que o cagaço é muito maior do que o de quem já esteve, porque o bicho mete medo.

Já quem esteve em frente a uma toupeira, como a douta juíza que condenou Paulo Gonçalves, sabe o que é enfrentar uma verdadeira besta. O ex-tudo no Benfica foi condenado a dois anos e meio por corrupção activa (com pena suspensa, talvez por ser réu primário, aceita-se) quando era funcionário do Benfica, tinha gabinete no estádio da Luz, respondia a Luís Vieira e até representava o clube em sorteios da Liga e da UEFA.

Já perceberam porque é que uma toupeira é muito mais feroz do que um toiro em pontas? Isso, a douta juíza concluiu que nada disto teve a ver com o Benfica.

Ele há corridas de toiros. E há touradas...

Problemas do Futebol - Corrupção

A corrupção subverte os princípios básicos da vivência em sociedade e do desporto.

É um problema global e não apenas do futebol português, sendo que as consequências variam do local onde é praticada. Em Itália tivemos clubes despromovidos para ligas inferiores e perda de pontos, mas em Portugal, não vislumbramos consequências para os inúmeros casos.

Aparentemente é normal aliciar árbitros com favores sexuais, vouchers, “lutar” pelo controlo do conselho de arbitragem, condicionar árbitros nas suas habitações e locais de trabalho, avaliações de árbitros baseadas na performance/beneficio do clube A ou B.

Ou seja, o problema está na mentalidade do adepto e na sociedade portuguesa em geral, que considera normal quando tudo isto acontece em benefício do seu clube. Por outro lado, espera uma justiça implacável quando algo semelhante acontece num outro clube que não o dele.

Na prática parece que a paixão clubística prevalece sobre a justiça, os princípios básicos do desporto e de vivência em sociedade. Falta-nos cultura desportiva. Temos que evoluir neste capítulo porque só assim a modalidade pode sobreviver.

Mãos corrompidas de azul

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Todos sabemos graças a quê e a quem, o clube presidido (presídio) por Pinto da Costa venceu esta Liga.

(não é por acaso que se chama Liga, "me liga, vá").

O FC Porto, alegadamente, compra.

Compra porque há alguém que, alegadamente, se vende, muitos árbitros, observadores de árbitros, etc, etc, etc, alegadamente, vendem-se, alegadamente, venderam-se.

Terão coragem no dia seguinte de fazer festas nos filhos, na mulher (ou no marido) com as mãos a escorrer langonha azul?

Terão coragem de se olhar no espelho.

Quais terão sido os mais responsáveis pelo triunfo do clube apaparicado por Rui Moreira?

Deixo a minha opinião como mote:

- António Nobre (nobre de nome) e Artur Soares Dias, árbitro e VAR do Estoril vs. FC Porto.

(alegadamente, o meu advogado telefonou-me para, alegadamente, não ter problemas jurídicos com a publicação deste texto)

Seguir o exemplo de Itália

«Por estes dias e neste ambiente judicial recordei-me como a Justiça italiana resolveu os seus problemas com o futebol. Por exemplo, quando eclodiu o escândalo de corrupção desportiva (e não só) conhecido por "Calciopoli". A Federação Italiana de Futebol foi buscar o juiz Francesco Borrelli, que se tinha reformado há pouco tempo e em menos de um ano investigou o processo com consequências dramáticas para alguns dos principais clubes italianos. Uns desceram de divisão, outros receberam outras punições severas, tanto na justiça desportiva como na penal. Por cá, já vai sendo tempo de não ficar apenas pelas buscas e de serem extraídas verdadeiras consequências dos processos que aí andam. Enquanto isso não acontecer, a culpa irá morrendo solteira, num ambiente geral de degradação da imagem do futebol e das instituições. E isso é o pior que pode acontecer.»

 

Eduardo Dâmaso, hoje, no Record

Noites de pesadelo

Estão a ser noites de pesadelo para os corruptos no futebol. Motivo: após mais de um ano de prisão preventiva, um ás da informática chamado Rui Pinto passou a estar em regime de detenção domiciliária, a pretexto da pandemia em curso, e os seus advogados anunciaram que o rapaz vai prestar toda a colaboração à Polícia Judiciária, nomeadamente à Unidade Nacional de Combate à Corrupção que também investiga o mundo obscuro das práticas ilícitas associadas aos meandros dos negócios da bola. 

Basta lembrar que foi ele quem contribuiu recentemente para derrubar a mulher mais poderosa de Angola, também considerada a mais rica do continente africano.

Nada voltará a ficar como até aqui.

 

{ Blogue fundado em 2012. }

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