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És a nossa Fé!

Semana decisiva

Iniciamos hoje uma semana decisiva para as nossas aspirações.

No horizonte, um duplo confronto extramuros, contra as ditas equipas pequenas, ainda que estas não se possam comparar entre si (Moreirense a realizar um campeonato muito meritório, ocupando a 6ª posição; Rio Ave a lutar desesperadamente para não cair nos lugares de despromoção).

É consabido que numa liga como a nossa os campeonatos, usualmente, perdem-se nesses jogos contra os adversários teoricamente mais fracos. Pelo menos, isso é muito verdade quanto ao Sporting.

Ora, se até aqui, a nossa equipa tem sabido, de forma muito competente, lidar com esse tipo de adversários, por que razão é que venho para aqui dizer que estamos perante uma semana decisiva?

Bom, a razão é muito simples: daqui a duas jornadas há um Porto x Benfica, no que poderá constituir uma boa oportunidade para ganharmos 2 ou 3 pontos ao nosso rival (assumindo que o Porto não quererá a desfeita de perder pelo segundo ano consecutivo em casa contra o Benfica).

Ora, para termos em aberto essa boa oportunidade, é preciso chegarmos até essa jornada (de regresso a casa, frente ao Farense), com o nosso percurso imaculado. Para isso é, pois, fundamental ganharmos os jogos fora frente a Moreirense e Rio Ave.

É jogo a jogo, mas estes próximos dois ganham especial relevância.

No rumo certo

Numa época marcada pela recompra da maior parte das VMOCs detidas pelos bancos, que permitiu ao Sporting passar a deter mais de 80% da SAD,  a mesma SAD fechou as contas da época 2022/2023 com resultado positivo e números record em diferentes rúbricas.

Estes resultados só não tiveram mais eco na comunicação social e no universo Sporting porque passaram a ser normais, e a saúde não é notícia, a notícia é mesmo a doença. Estes resultados devem-se muito à estabilidade proporcionada por um presidente com os valores certos no lugar, que soube aprender a navegar num mar revolto e infestado de tubarões, avesso ao estardalhaço, às palhaçadas e às promiscuidades com gente muito pouco recomendável.

No TM relativo ao futebol profissional o ranking dos clubes portugueses, Benfica - 344,5 M€, FCPorto - 283,5M€, Sporting - 241,9€, SCBraga - 124,7M€ indica claramente que o objectivo imediato do Sporting é passar para a 2ª posição, ultrapassando um FC Porto que com Pinto da Costa se tornou num clube mafioso, em que todos os meios servem para se atingir os fins, e com uma claque de bandidos disposta a tudo se lhe derem o sinal para tanto. Mas a idade não perdoa e um dia destes irá cair da cadeira e deixar o clube em guerra civil e com um enorme rombo financeiro por resolver.

Já no que respeita ao futebol de formação e às principais modalidades o Sporting já se encontra claramente em 2.º lugar em termos de resultados desportivos. Acabámos todos os campeonatos respectivos à frente do FC Porto excepto no andebol (mas ganhámos a Taça) e do voleibol feminino (mas a equipa deles consistia numa parceria entretanto desfeita com a AJM). Segundo diz Pinto da Costa, ganharam não sei o quê no bilhar. Não sei se o clássico ou às três tabelas, há muitos anos que não pratico.

 

O Sporting Clube de Portugal está de boa saúde, bem mais unido do que no segundo mandato do ex-presidente. Quase 100 mil sócios pagantes, gameboxes esgotadas mesmo depois dum 4.º lugar na Liga, lotações esgotadas em Alvalade, vendas record no merchandising, e uma lógica transversal de constituição de plantéis, de aposta na formação, e de reconhecimento da importância de treinadores e capitães que qualquer um pode reconhecer.

Claro que ainda tem alguns problemas internos para resolver, desde logo o relacionamento com as claques que continuam a correr em pista própria e a causar danos evidentes ao próprio clube, mas também a requalificação dum estádio e da sua envolvência que se foi tornando um obstáculo ao crescimento do clube (e já agora limpar de vez a frase pindérica e agora semi-apagada do nosso ex-presidente na estátua do leão).

 

Oposição interna com projecto alternativo não existe, existem apenas os que restam do populismo brunista a cavalgar os insucessos do momento e com cada vez menos vontade de pagar quotas e de voltar às bancadas de Alvalade e do João Rocha.

Mas é preciso mais, muito mais. Desde já ultrapassarmos quem está imediatamente à nossa frente no futebol profissional e a partir daí assaltarmos. com base nos nossos valores e não de processos mafiosos e criminosos, a liderança do panorama desportivo nacional. 

Só assim podemos ir de encontro à visão do nosso fundador, "Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande quanto os maiores da Europa". 

SL

Ou vendes, ou fechas a porta

Os meus caros pensam que nos ficaremos pela venda do Ugarte?

Vão ao relatório e contas e, olhem, façam as contas!

Querem que levante um bocadinho a ponta do véu? Então lá vai:

Segundo semestre de 2022. Entre parentesis resultados do segundo semestre de 2021(como os R&C reflectem a época desportiva, estes segundos semestres correspondem aos primeiros das épocas desportivas de 21/22 e 22/23). Os primeiros valores são de fecho a 31 de Dezembro de 2022 (época 22/23) e os entre parentesis são de 31 de Dezembro de 2021 (época 21/22):

Rendimentos e ganhos operacionais sem transação de jogadores, com Champions - 74,4 M€ (79,7M€);

Custos e perdas operacionais : 65M€ (58,8M€);

Amortizações de passes de jogadores: 16,0M€ (11,8M€);

Rendimento com transações de jogadores: 73,9M€ (9,M€);

Serviço da dívida: 8,6M€ (6,9M€).

Ou seja, no semestre terminado a Dez/22 as receitas ordinárias desceram, os custos com pessoal e fornecimentos e serviços externos subiram (este valor semestral está nos 17,9M€, em 2018 no ano todo era de 22,4M€) e o custo com o serviço da dívida também. Porém, vende-se as pratas e dêem cá um aumentozinho.

Depois despedem-se uns funcionários e absorve-se o custo, sem problema.

Foi tudo contra:

Menos receitas;

Mais custos com pessoal e fornecimento de serviços externos (só em combustível foram 800K€, não se sabe quanto em colchões).

Mais amortizações (comprámos mais e mais caro);

Mais custos de financiamento (juros mais altos e os competentes administradores a não cobrirem o risco de subida das taxas de juro, diz no relatório que por opção, coisa boa para mim que não vejo um boi de contas e tal).

Para resolver o assunto, vendemos uns jogadores e já está. A situação real vai perceber-se no final do primeiro semestre, a Junho deste ano, 2023. Vendeu-se o Porro por 47,5M€ e provavelmente os resultados até descerão do resultado actual porque já não haverá Champions e os custos não irão desaparecer (cada vez que se abre a porta da academia há contas para pagar, estejamos ou não na Champions ou em quarto lugar no campeonato) bem como as amortizações e os custos financeiros, que até subirão, o que tem a ver com a subida dos juros e o factoring (recebimento através de financiador terceiro) do Porro.

Este cenário obriga a vender um jogador até Junho de 2023, para compor o ramalhete e o cenário não parecer tão catastrófico e bem, para não se notarem os 240K€/ano de Varandas.

Façam um esforço e pensem comigo que também não sou nenhum expert na matéria: se fizemos 47,4M€ de vendas líquidas de jogadores (62,8M€ antes de comissões) e 36,4M€ da Champions, agora sem Champions e só com os 47,5M€ do Porro, que deverão ser 40M€ após comissões,  deveremos perder uns 11M€, pelo que a época anual ficará nuns 36M€ positivos, se não vendermos mais ninguém até Junho de 2023.

(Mais um parentesis para dizer que um passarinho me assobiou ao ouvido que a venda do Porro foi feita nestes moldes: Empréstimo até ao fim da época por 5M€, opção de compra pelo Tottenham/opção de venda pelo Sporting por 40 ou 42,5M€ na época seguinte. Ou seja, 40M€ entrarão nas contas de 23/24, já a pensar em atenuar (ou não tornar tão evidente ao público) o buraco entre custos e receitas. A ser assim, esta época desportiva, que começou com o semestre a dar 47M€, terminará a zero. Daí o empenho na venda de alguém até 30 de Junho, de modo a entrar ainda neste exercício anual)

Façamos agora um exercício: Sem 40M€ da Champions e sem 102,8M€ de vendas líquidas, são menos 142,8M€. Ora, subtraindo ao ganho anual deste ano de 36M€, teremos um prejuízo de cerca de 107M€ em 2023, antes de vendas e da Liga Europa.

Estão a ver o que teremos de vender em 23/24? Continuam a achar que isto se fica pelo Ugarte?

A verdade é que os custos não param de subir, as receitas ordinárias apesar da propaganda, desceram e os custos de financiamento aumentaram bem como os custos com as amortizações.

Resumindo os dados publicados acima: As receitas ordinárias caíram 5,3M€, os custos subiram 6,2M€, as amortizações subiram 4,2M€, os custos financeiros subiram 1,7M€ ou seja, num semestre a coisa piorou em 17,4M€ (projeção num ano de 34,8M€). Ora, se o buraco já estava nos 70M€, agora passou para mais de 100M€. E a malta aplaude. E o Varandas aumenta-se!

Ou seja, só há um caminho e só não vê quem não quer: Vender, vender, vender. E lutar pelo terceiro lugar. E a malta, em vez de assobiar quem nos conduz para este cenário, assobia o Chermiti e os miúdos imberbes que são lançados às feras.

 

Vamos a contas

Os três grandes e todas as SAD's provavelmente, apresentaram as suas contas do último semestre.

O Sporting apresentou um resultado positivo de 47,5M€, o Porto um resultado negativo de 9 M€ e o Benfica um resultado também negativo de 13,3M€.

E a gente fica todos contentes! Somos os maiores. Não ganhámos nem ganharemos nada, pelo menos este ano, a ida à CL está comprometida, mas temos lucro. Já o havia escrito aqui, andamos cá para ser os campeões dos R&C. Mas estava redondamente enganado e por isso peço as minhas humildes desculpas a quem foi levado ao engano com aquele post, é que pelo andar da carruagem, nem nos R&C ficaremos bem na fotografia.

Traduzindo por miúdos:

- Sem Champions (35M) e venda líquida de jogadores (63M) teríamos perdido 50 milhões no semestre.

- O serviço da dívida (custos de financiamento) subiu para 8,5M no semestre devido à subida dos juros, algo para que alguns foram alertando que mais tarde ou mais cedo iria acontecer. Quer dizer, devido ao elevado passivo (são um pouco mais de 300M), o custo de financiamento leva-nos 17M por ano, isto antes de metermos a chave na porta e antes de ligarmos a luz. 

- Os custos com pessoal subiram, ao contrário da propaganda, para 38,5M no semestre. As amortizações de passes cresceram 40% em período homólogo (dez 2021) devido às compras a metro.

- Com os custos com pessoal a aumentar e da Champions já praticamente despedidos, a única hipótese que nos safará é lançarmos miúdos na equipa principal que ganhem valor rapidamente.

- Sobre receitas extra Champions e venda de passes de jogadores, nada, que não crescem há anos. Nas receitas ordinárias não temos inflação. Nada se faz (Eu acho que copiar o que está bem feito, não é defeito, passe a cacofonia, então olhem ali para o outro lado da rua e percebam porque têm eles sempre o estádio cheio. E não cheiram um título há 4 anos!).

- Como isto está estruturado a nível de contabilidade de SAD, com as compras registadas em amortizações e as vendas pelo seu valor, se eu comprar um jogador por 50 e vender outro pelos mesmos 50, em vez de um resultado zero eu vou ter um resultado positivo de 40, considerando que os jogadores contratados terão contratos de 5 anos. Depois, em cada um dos 4 anos seguintes, vou perder 10, mas isso que interessa, é atirado para a frente, o que interessa é mostrar um bom resultado no presente. Mas se eu vender sem cuidar dos resultados desportivos e isso passa por continuar a ter uma equipa competitiva, arrisco-me a ficar fora da Champions. No próximo semestre já não haverá receitas da Champions, vai haver uns trocos da Liga Europa. Vendemos o Porro, o que dará para cobrir os custos com mais uma pequena receita da Liga Europa e lá apareceremos com lucro no final do ano.

- A acrescentar a tudo isto, o estádio às moscas não ajuda a publicidade e patrocínios. A televisão antecipa-se até haver e já deve haver muito pouco. A bilhética é o que se tem visto, para ter umas casas compostinhas, oferecem-se bilhetes (compras um levas dois). O merchandising não descola, pois se a Loja Verde parece uma delegação da Luis Vuitton, atendendo aos preços praticados, querem o quê? E nada se faz para inventar novas receitas. Neste aspecto, comparados com os rivais que dizer? Somos muito poucochinho, palavra muito na moda agora.

Mas o pior está para vir, se em 2023/24 não houver Champions. Antes de Champions e venda de jogadores perdemos 50 milhões por semestre, 100 milhões num ano. Antes eram cerca de 80 milhões, mas a subida do serviço da dívida, o aumento das amortizações e do custo com pessoal levou-nos a um ainda maior desequilíbrio e chegados aqui, com cerca de 300M€ de passivo e com despesas de funcionamento de 100M€/ano, a réstea de possibilidade de equilíbrio de contas, no mínimo (e já não dando para o peditório da redução do passivo), é a presença todos os anos na CL e a venda em alta de um jovem formado na academia, mas como já percebemos, não há quantidade de jovens tão grande que permita que se um sai, o lugar fica preenchido com a mesma qualidade que nos permita discutir lugares de acesso à liga milionária e entramos na espiral donde nunca sairemos: Vendemos porque precisamos do dinheiro para água e electricidade, o básico vá, e desfalcamo-nos e ficamos com uma equipa que não consegue aceder aos lugares dos milhões.

É esta a nossa sina? Não sei, eu por mim não estou disponível para levar com pazadas de areia nos olhos, mas pronto, isto vai servir para a narrativa de que "não ganhámos, mas metemos as contas no sítio".

Já agora e para baixar um pouco mais a euforia, o Benfica, que tem um passivo um pouco maior que o nosso, perto dos 400M€, teve agora um resultado negativo, como se viu lá em cima, de pouco mais de 13M€. Mas... Vendeu o Enzo e no ano vai mostrar um resultado enorme, até porque os jogadores que também comprou, uns nórdicos a preço de saldo, vão ter amortizações pelo método descrito acima (parceladas pelo tempo do contrato). Enquanto nós não teremos mais receitas Champions, eles ainda lá estão e vão somar a isso os 120 milhões do Enzo. Cá estaremos no final do ano (segundo semestre, se quiserem) para fazer a contabilidade.

Concluindo? Bom, concluindo só se aparecer um árabe bêbado, o que será pouco provável, bêbado e cego para pegar num clube com mais de 300M€ de passivo, ou se se mudar de paradigma. Os nossos vizinhos perceberam que têm que ganhar para fazer dinheiro (às vezes sabe-se lá com que subterfúgios), nós ainda estamos a discutir se os gajos nasceram em 1903 ou em 1908. Prioridades...

Contas

Depois do comparativo com os rivais com base nos resultados dos últimos encontros no futebol e nas modalidades, trago aqui os resultados financeiros comunicados à CMVM referentes ao primeiro semestre:

Sporting  +47,5M€

Porto        -9 M€

Benfica    -13,3M€

Estes números valem o que valem. São os desempenhos desportivos que permitem sustentar os lucros das SADs, mas os do Sporting reflectem duas coisas:

1. O trabalho brilhante de Rúben Amorim na valorização de activos. Foram as vendas de Palhinha e Matheus Nunes para a Premier League que permitiram estes números. 

2. A prioridade dada por Frederico Varandas neste primeiro ano do segundo mandato à reestruturação financeira relativamente ao reforço da equipa. Sem dúvida um grande risco, com reflexos evidentes no desempenho da equipa e no bom ambiente em Alvalade.

SL

É dia de jogo

E eu vou lá estar, doido da cabeça... desta vez no meu sofá e em frente à TV.

No último post deste tipo, antes do jogo com o Santa Clara, dizia eu: "Esgaio precisa mesmo de parar e na falta de Porro, um dos extremos dextros do plantel deveria assumir o lugar, ou então um Marsà de pé contrário. Vou pelo Arthur Gomes, que penso já ter actuado a lateral." 

Mas a verdade é que não parou, com as consequências que se conhecem nesse jogo e no seguinte.

As explicações de Amorim sobre o facto e sobre o momento não são convincentes, anda ali às voltas concentrando a questão em si mesmo. E a questão não é o treinador campeão e ganhador Amorim, que qualquer dia está no PSG ou noutro grande clube europeu.

Há mesmo qualquer coisa que não está a funcionar no futebol do Sporting e que convinha ultrapassar o mais depressa possível.

 

O Sporting partiu para a quarta época de Amorim em Alvalade com um plantel curto e desequilibrado, em termos físicos, etários e de liderança/atitude, ou pela necessidade premente de saneamento financeiro do clube ou por opções assumidas do treinador, ou por uma aposta clara numa formação recuperada e de volta aos tempos de glória, ou por tudo isso junto.

As lesões sucessivas nos elementos mais capazes e experientes do plantel puseram a nu as insuficiências do mesmo, com consequências para todos os outros jogadores, retirados da zona de conforto ou pelas mudanças de posicionamento que foram necessárias ou pelos parceiros de momento no enquadramento da equipa. Quase nunca Amorim pode repetir o onze inicial e o alinhamento da defesa (os 3+2) tem mudado constantemente.

Então, se é verdade que o treinador não está a proteger Esgaio ao insistir nele quando ele não está em condições para render, parece que a Direcção (Varandas/Viana) também não está a proteger Amorim ao insistir em deixá-lo entregue a si mesmo e a este plantel, carente de reforços efectivos. 

 

Temos então hoje o jogo da Taça com o Varzim.

Lesionados ou "presos por arames" estão Jovane, Porro, Neto, St. Juste, Coates e Bragança. Com viroses (gripe, Covid, o quê exactamente?) parece que estão Arthur Gomes, Callai e Nazinho. Esgotados fisica ou mentalmente estão Ugarte e Esgaio, Pedro Gonçalves anda lá próximo.

Quem é que sobra em boas condições físicas e mentais para fazer um onze que dê garantias num jogo da Taça? Se calhar estes:

Israel; Inácio, Marsà e Matheus Reis; Fatawu, Sotiris, Morita, Nuno Santos; Rochinha, Paulinho, Edwards.

Amorim veio dizer que capitão vai ser... Inácio. Precisa de crescer, diz ele. Eu digo que precisa mais de se focar na linha de fora de jogo e não se distrair com outras coisas.

 

O Varzim segue na Liga 3 na zona A com 3V e 2E, o Sporting B na Zona B da mesma Liga com 3V e 2D, a qualidade do nosso onze é mais que suficiente para passar, nem penso noutra coisa. Mas o Benfica passou ontem apenas nos penáltis contra um Caldas da mesma série do Sporting B, com 2V e 3E.

Parece que andamos de VW a fazer de Porsche nas "24 horas de Le Mans" com um grande piloto ao volante. E às vezes uma ou outra peça não aguenta e estampamo-nos.

Se alguém neste contexto vier dizer que o que falta é Amorim apostar na formação, pôr a jogar o Mateus Fernandes ou perguntar pelo Gonçalo Esteves ou outro puto qualquer só pode estar a gozar com o pagode.

 

Depois da aprovação dum R&C da SAD que registava um lucro assinalável, foi aprovado ontem o do clube também com lucro, demonstrando que o tal saneamento financeiro está a resultar. Foi mais uma vitória deste presidente e mais uma derrota duma oposição centrada em Nuno Sousa e nas redes sociais a ele afectas apostada na guerrilha cega e sistemática, sempre à espreita dum pretexto para meter a faca, órfã dum passado a que os Sportinguistas não querem voltar.  Está aí ainda o Rafael Leão para o lembrar. 

Mas por muito bem que estejam as contas, por muito bem que esteja a formação, por muito bem que estejam as modalidades, por muito certo que esteja o rumo seguido, se a equipa de Amorim não ganha hoje e continuadamente, hoje temos o "caldo entornado". Já no jogo de quarta-feira se ouviu trautear na curva Sul uma musica de má memória.

Sem sucesso desportivo não existe sucesso financeiro, ainda ontem repetiu o presidente.

Então... qual é a dúvida do que há que fazer ? Não entendo.

SL

Boas notícias

Enquanto andamos todos obcecados com o futebol jogado dentro do campo e os golos que se marcam e não se sofrem, não queria deixar de lembrar os "golos" que o Sporting está a marcar na área financeira e no que à sua SAD diz respeito:

1) Recompra das VMOCs ao BCP com desconto

2) Liquidação da dívida ao BCP

3) Apresentação do R&C da SAD com lucros de 25M€ em 2021/2022

São mesmo boas notícias para uma SAD assaltada e com os activos mais valiosos em debandada há 4 anos, um dos quais um dos jogadores mais valiosos da Liga Italiana e do qual passado todo este tempo ainda não vimos 10% do seu valor. Destruir é num instante, reconstruir leva mesmo muito tempo.

Mas outras boas notícias são aquelas que deixaram de existir: incumprimentos de pagamentos, demandas judiciais de credores, guerras institucionais, "trolhas" e agentes desportivos a lavar roupa suja na Comunicação Social, infracções ao "fair play" financeiro da UEFA, etc.

O único processo judicial relevante para o Sporting é aquele que Frederico Varandas colocou a Sérgio Conceição, Vitor Baía e aquele assessor com um triste passado na comunicação social pela cilada e roubo de carteira e telemóvel de que foi vítima no Dragão.

Tudo isto com uma reestruturação completa da formação baseada na Academia de Alcochete/Pólo EUL, com um modelo avançado baseado no jogador que também começa a dar excelentes resultados. Na 1.ª jornada da Youth League empatámos fora num jogo em que fomos superiores e desperdiçámos oportunidades, enquanto os rivais perderam os jogos respectivos.

 

Ainda falando dos rivais, sujeitos às mesmas regras de mercado e obrigações regulamentares, o Benfica apresenta um R&C com um saldo negativo de 35M€, e o FC Porto é multado em 100K€ e ameaçado de exclusão das competições europeias por incumprimento do "fair play" financeiro da UEFA.

São mesmo boas notícias para os Sportinguistas para complementar os 3-0 de Frankfurt. 

SL

Derrotados em toda a linha

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Aspecto da assembleia geral de sábado, quando fui votar ao Pavilhão João Rocha

 

Se há coisa em que os encarniçados opositores de Frederico Varandas não primam é pela inteligência. Radicalizam tanto o discurso que ficam sozinhos a clamar no deserto. Divorciados da esmagadora maioria da massa adepta. 

Isto ficou bem evidente na mobilização dos sócios leoninos, que compareceram em força no Pavilhão João Rocha, neste sábado, para viabilizarem por larguíssima maioria as contas do clube referentes a 2019 e 2020. Nunca tantos tínhamos acorrido de forma tão expressiva a uma votação semelhante: fomos mais de sete mil.

Esta demonstração de vitalidade associativa confirmou que os alucinados radicais nada riscam hoje no Sporting. Gravitam num universo paralelo, enchem as redes sociais de perfis falsos e acabam por confundir essa ficção com a realidade.

Acabam de receber um duche de água gelada. Esta votação indica que em três anos encolheram para metade: em Junho de 2018, eram 29% dos sócios; agora não representam mais de 15%. Foram-se isolando em fases sucessivas, cada vez mais alheios à evidência dos factos.

 

Com Varandas ao leme, o Sporting pôs fim ao nosso mais longo jejum de sempre no título máximo do futebol português, conquistando o campeonato nacional - além de uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga e uma Supertaça. Somos também campeões de futsal, basquetebol e hóquei em patins, detentores da Taça de Portugal de voleibol e básquete. E campeões europeus de futsal e hóquei.

É obra: uma das melhores épocas alguma vez registadas no prestigiado historial leonino. Mesmo com o Sporting gerido por duodécimos por ter sido irresponsavelmente chumbado o orçamento já com o País devastado pela pandemia. Quem assim procedeu, movido pelo ódio vesgo a Varandas, marimbou-se por completo para os nossos atletas, os nossos técnicos, a nossa reputação desportiva e financeira. 

O tiro saiu-lhes agora pela culatra. Graças à maioria silenciosa de sportinguistas que não andam aos gritos nas redes sociais, insultando tudo e todos.

 

Entre os que votaram sim às contas no sábado, incluem-se figuras que estiveram com Bruno de Carvalho.

Como Luís Gestas, ex-membro dessa equipa directiva, que na hora de exercer o direito de voto, como associado, disse o essencial: «Votarei favoravelmente o orçamento porque as contas do Sporting têm de estar acima de tudo. As modalidades merecem.»

Como Nuno Saraiva, director de comunicação no consulado anterior, que também deixou a posição bem clara na hora de dizer sim: «O que está em causa é o primado da decência sobre o extremismo de uma minoria.»

Os letais, cada vez em menor número, foram derrotados em toda a linha. Pela arma mais poderosa em qualquer democracia: o boletim de voto. O que confirma a força indestrutível do Sporting Clube de Portugal.

Varandas: erro corrigido

 

Frederico Varandas faz agora aquilo que devia ter feito antes da assembleia geral de quinta-feira, corrigindo o erro. Vale mais tarde que nunca.

Vai solicitar uma nova reunião magna dos sportinguistas. A realizar na tarde do próximo dia 23, um sábado, antes do jogo Sporting-Moreirense. Para ouvir um número alargado de sócios e não apenas a habitual «minoria de bloqueio» que mais não pretende do que paralisar o processo de decisão no clube. 

«Num ano em que conseguimos reduzir custos, conseguimos dar lucro no clube, conseguimos ter um dos melhores anos desportivos da história do Sporting, vimos um espectáculo degradante, onde nem sequer se respeita a opinião de um sócio, onde se ofende e insulta sócios que têm apenas uma opinião diferente deles. Tenho a certeza de que este não é o Sporting fundado há 115 anos nem é o Sporting da maioria dos sócios», declarou ontem Varandas à Sporting TV.

No entender do Conselho Directivo, o clube «não pode ficar refém» de minoria alguma, como a que se impôs na quinta-feira aproveitando a ausência da esmagadora maioria, impossibilitada de comparecer ou nem sequer mobilizada para o efeito. «Os sócios são os donos do clube, mas os sócios também não se devem demitir das decisões do clube», sublinhou o presidente, em implícita mea culpa.

Estou convicto de que a assembleia geral do dia 23 será muito mais concorrida. E que os resultados serão diferentes.

 

Leitura complementar: O erro de Varandas.

O erro de Varandas

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Frederico Varandas vem agora queixar-se da falta de participação dos sócios na Assembleia-Geral que ontem, irresponsavelmente, chumbou o Orçamento do clube. Pelo segundo ano consecutivo. 

Nem a pandemia, que trouxe brutais prejuízos à gestão das agremiações desportivas, desmobiliza a tropa de choque dos letais ao Sporting.

São só um por cento dos sócios, como ontem o presidente sublinhou em declarações aos sportinguistas após este chumbo.

Falou bem. Mas falou tarde e a más horas.

Este foi o erro de Varandas. Devia tê-lo feito antes, não depois. 

 

«Temos, sistematicamente, um grupo de cerca de 400 pessoas que tem a sua orientação de voto quer o Sporting seja campeão nacional quer o Sporting venha a ganhar a Liga dos Campeões. Tem o seu direito, mas estamos a falar de um por cento dos sócios votantes», declarou.

Mas a culpa também é dele. Porque, como o José Cruz já salientou, esta assembleia-geral nunca devia ter sido convocada para um dia de semana, na macrocéfala capital: basta isto para desmobilizar os sócios.

E também porque ele não fez, como se impunha, um apelo geral à mobilização dos sportinguistas. Para evitar que o Clube continue refém dos tais 400 que farão tudo para condenar o Sporting ao fracasso.

 

Esta minoria activa - cada vez mais mobilizada à medida que se vai reduzindo, como acontece com os negacionistas anti-vacinas e quaisquer outros activistas de seitas fanáticas - declarou guerra sem quartel à Direcção leonina.

Nem a pandemia a travou.

Nem as conquistas no futebol e nas modalidades conseguiram desmobilizá-la.

Enquanto no Benfica, que nada venceu na época passada, os sócios manifestaram há dias uma prova de confiança à direcção.

 

Se em tempos normais já é difícil gerir um clube sem orçamento, muito pior é ver as finanças leoninas à mercê dos duodécimos de 2019 nesta era de crise global no futebol.

Espanto-me de ver pessoas inteligentes e que se dizem fervorosas sportinguistas congratularem-se com este chumbo, tal como aconteceu há um ano. Rendidas à legião do Mustafá, que só por um triz não chumbou também algo que devia merecer apoio unânime dos sócios: a atribuição às portas do Estádio José Alvalade destes nomes ilustres - Damas, Hilário, Stromp, Jordão, Cinco Violinos, Yazalde e Manuel Fernandes. 

Concretizo, para que fique lavrado em acta neste blogue: um número impressionante de letais - 44,6% - votou contra Damas, Hilário, Jordão, Yazalde, Manuel Fernandes, Stromp, Jesus Correia, Albano, Vasques, Travassos, Peyroteo.

Quem faz isto é capaz de tudo.

 

O que só acentua o erro cometido pelo Conselho Directivo do Sporting. «Temos os estatutos e vamos cumpri-los, mas é altura de a grande massa associativa do Sporting pensar o que quer para o clube», diz Varandas. 

Falou bem, mas falou tarde. Foi incapaz de mobilizar os sócios anti-seita. Que somos quase todos nós, larguíssima maioria. 

Estes erros pagam-se caro. 

Por mim, não tenho dúvidas: rejeito um Sporting dominado pelos letais. Nesse combate marcarei sempre presença, como aconteceu até agora. 

O outro lado

Com a vitória categórica no Bessa o Sporting segue destacado no primeiro lugar da 1.ª Liga. A equipa B segue também na liderança da série G do Campeonato de Portugal, e a equipa sub-23 está nos lugares cimeiros da Taça Revelação, depois de afastada da luta pelo título no campeonato. 

No que respeita ao futebol profissional do Sporting, ou seja da SAD leonina, não nos podemos de facto queixar.

Mas depois há o lado financeiro, as verbas a receber, as contas a pagar, os investimentos que têm de ser feitos, lado esse necessariamente negro dada a conjuntura que atravessamos, sem público nos estádios, sem Gameboxes para vender, e que afecta tudo e todos.

Obviamente que o Sporting não pode deixar que as dificuldades do momento se transformem em danos reputacionais, que afectem a imagem do clube nacional e internacionalmente. Então importa resolver questões pendentes com origem em tempos mais próximos ou mais distantes.

E é com grande satisfação que vejo o "trolha" Salvador dizer que “após a reunião de Setembro com Frederico Varandas, as coisas voltaram à normalidade. Foi feito um novo acordo e que, em abono da verdade, o Sporting tem cumprido escrupulosamente“.

Também se pode ler hoje n´A Bola que o Sporting contratualizou com os clubes com quem tinha dívidas pendentes o pagamento faseado das mesmas, o que veio pôr o Sporting à vontade no que respeita aos licenciamentos nacionais e UEFA e o mesmo está a fazer com empresários e outros fornecedores. Alguns deles já começaram a receber valores em dívida.

Assim, deixaram de aparecer nos jornais aquelas histórias de dívidas e penhoras no Sporting, que estão para os seus sócios e adeptos como as moscas no piquenique. Aparecem mais agora doutros clubes em que infelizmente os jogadores não recebem há alguns meses. E depois se calhar existem as malas, as contratações para a próxima época, etc...

Obviamente que a manta é curta, para tapar a cabeça destapa os pés, e tivemos um despedimento colectivo que é sempre de lamentar, independentemente da justeza ou não da inclusão dum ou doutro elemento que serviu o Sporting no mesmo.

Mais do que nunca são os sócios do Sporting que estão a aguentar o barco, pagando e até antecipando quotas, e são apenas eles que têm legitimidade para exigir e criticar seja o que for. Quem se afastou apenas conseguiu ampliar o problema existente e obviamente tem também responsabilidade nas medidas mais ingratas que tenham sido ou venham a ser tomadas. 

SL

O clube é dos Sócios

O jornalista Henrique Monteiro, que já foi um dos autores desta casa, escreveu algumas linhas sobre a alteração dos Estatutos do Sporting. Advoga que as contas do clube deixem de ser aprovadas pelos sócios em AG e que seja eleito uma espécie de senado, de forma proporcional, passando esse acto para esse senado. Não deixa de ser curioso que esta ideia sobressaia agora, Henrique Monteiro realça que para este novo órgão transitassem diversas competências da AG, mas apenas refere esta em concreto.

Temos assistido, pouco depois da tomada de posse desta direcção, a diversos Sportinguistas com acesso a órgãos de comunicação social, a difundirem uma série de ideias e propostas que têm sempre um ponto em comum: Retirar poder de decisão aos sócios.

Sendo o Sporting um clube desportivo, não apenas uma empresa com accionistas, é estranho esta vontade de alguns em querer que a participação dos sócios do clube, afinal os seus verdadeiros donos, seja reduzida à mera função de contribuidor. Temos quem queira que o clube, logo os sócios, deixem de ter uma maioria qualificada na sad, o que equivale a entregar a alguém estranho o controlo da gestão financeira, económica e desportiva do futebol do clube, podendo, e exemplos não faltam, no futuro alienar essa posição a quem bem entender e por fim desligar por completo a Sporting SAD do clube, dos sócios. É mais estranho ainda haver Sportinguistas que defendendo esta hipótese, estão é claro no seu direito, o façam agora, numa altura em que se acumulam passivos monstruosos, em que a juntar ao défice de cerca de 70 milhões de Euros se vai juntar o falhanço da liga europa e a ausência de público no estádio, elevando este défice para perto dos 100 milhões de Euros. É nestas circunstâncias que alguns Sportinguistas defendem a venda da Sporting SAD a um investidor. Quantos investidores, e já agora, que tipo de investidores, considerariam investir numa SAD com estes problemas financeiros? Qual o valor pelo qual iriam avaliar a SAD? Quanto vale uma SAD com cerca de 300 milhões de passivo e a aumentar? Os Sportinguistas têm que fazer escolhas, temos que decidir se queremos continuar a bater no peito e afirmar que somos diferentes ou então entrar no carrossel e não nos importarmos em perder a SAD e com as suas consequências.

 

Voltando à proposta da criação de um senado para onde transitam algumas competências da AG, retirando-as aos sócios, com destaque para a aprovação de contas, é notório que há aqui uma clara tentativa de diminuir o poder dos sócios. De seguida se as contas são aprovadas pelo senado, porque não também o orçamento? E já agora também a decisão de expulsão de sócios? Em resumo esta proposta está ligada ao recente chumbo das contas e do orçamento, sendo esta uma forma de avisar os sócios que decisões contrárias a esta direcção, podem levar à diminuição do poder de decisão dos sócios.

Por isso sim afirmo e reafirmo, é necessária quanto antes a demissão dos órgãos sociais do clube, permitindo aos sócios escolher alguém com capacidade, que veja nos sócios o seu apoio e não os seus inimigos, que conte com os sócios nesta luta que é dirigir o nosso grande Clube.

Precisamos de saber escolher e acima de tudo não ter medo.

Precisamos de um verdadeiro líder.

O Sporting depois de Varandas

Os sócios do Sporting rejeitaram ontem de forma clara - claríssima - o relatório e contas e o orçamento da direcção de Frederico Varandas:

https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sporting/detalhe/socios-do-sporting-chumbam-relatorio-e-contas-e-orcamento-por-larga-maioria?ref=HP_DestaquesPrincipais

Rejeitaram depois de umas semanas de intensa propaganda, com "notíciazinhas" diárias sobre o "naming" da Academia e até de campos de futebol dentro da mesma. Ouvimos a palavra "formação" centenas e centenas de vezes - como se a aposta nos jovens fosse novidade para o Sporting Clube de Portugal. Para o dia da votação a direcção guardou um "rebuçado": a contratação de um jogador do Portimonense (atente-se ao pormenor, "roubado ao Braga"):

https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sporting/detalhe/tabata-o-novo-bruno-de-alvalade-que-o-sporting-roubou-ao-sp-braga?ref=Sporting_DestaquesPrincipais 

A afluência às urnas foi impressionante, tendo em conta que estamos em tempo de pandemia e de desânimo no Clube. 

Não há outra leitura a fazer de que o resultado da votação demonstra o descontentamento da larga maioria dos sócios com a direcção de Varandas, a sua falta de metas, de ideias e de resultados. 

No final da desastrosa época de futebol do ano passado, promovi um inquérito on-line - certamente falível - mas que já mostrava o descontentamento enorme com a falta de resultados do Clube: 

 https://sporting.blogs.sapo.pt/inquerito-mais-de-90-a-favor-de-5673337

Se a gente que se alapou à direcção do Sporting tivesse um pingo de honra, ter-se-ia já demitido a esta hora e convocado eleições. Já o devia ter feito antes, como aqui escrevi em Julho, para dar tempo à realização de eleições e preparação de uma nova época por outra direcção: 

https://sporting.blogs.sapo.pt/dr-varandas-se-e-um-homem-convoque-5668054

Virão agora os alapados dizer que é preciso estabilidade. Mas incompetência diária é o garante de instabilidade futura. 

Virão agora os alapados dizer que se não forem eles no leme, por aí virá o caos dos malvados das claques. Mas foram eles que, depois de numa primeira fase terem dado o abraço às claques, se passaram a referir a estas como "escumalha", "anormais"  e coisas afins. E, como sabemos (e vemos...), não há melhor receita para a violência do que o insulto a gente violenta.

Sobretudo, virão agora os alapados dizer que não podemos voltar ao passado. Pois não. E, felizmente, o Sporting tem imensa gente competente e disponível para ajudar o Clube. Como também aqui já disse, Pedro Azevedo tem o perfil certo para devolver o Sporting à sua grandeza:

https://sporting.blogs.sapo.pt/pedro-azevedo-um-excelente-candidato-a-5692321

Dr Varandas... endireite as costas, levante o queixo, puxe os ombros para trás e preserve a dignidade que lhe resta - demita-se. 

Que imbecis que se tornaram a maior parte dos sócios do Sporting

Foi o que o ex-presidente Bruno de Carvalho afirmou ontem (?) no programa/podcast Primeiro Tempo do site Rugido Verde, onde mais uma vez tentou justificar as asneiras que cometeu, se lamentou do triste fim que teve, elogiou a capacidade comunicacional e manipulatória da actual Direcção, lamentou a nulidade ("nada") dos diferentes candidatos da praça, incluindo Dias Ferreiras, Ricciardis e Beneditos. e apelou à "intifada socialite" (dos "cús sentados" das redes sociais), mesmo que (segundo ele) uns sejam hipócritas, e outros que "agarrem-me, mas vais lá tu".

Mas se a maioria dos sócios do Sporting se tornaram imbecis, já não basta campanhas de "um sócio, um voto", não é pelos sócios mais velhos e mais ignorantes (palavras dele) terem mais votos e acreditarem em tudo o que lhes impingem Varandas, Rogério e companhia limitada, que algum dia os Leais ao Bruno e os seus "compagnons de route", como as claques ressabiadas, terão oportunidade de fazer seja o que for no Sporting.

Mas se, segundo ele,  a maior parte dos sócios do Sporting se tornaram imbecis, se calhar quando ele foi destituído, suspenso e expulso ainda não o eram, e então só tem de reconhecer a justiça das decisões. Que não reconhece.

No que respeita à próxima AG do dia 26, Bruno de Carvalho vem dizer que não se devia realizar, que viola os estatutos e que a tropa do costume já meteu uma previdência cautelar algures, que o resultado da AG não tem qualquer implicação substancial para o governo do clube, mas que mesmo assim... se este Orçamento e Contas for aprovado... é mesmo uma catástrofe (ia a dizer outra coisa, mas contive-me). Uma grande catástrofe. Uma catástrofe mesmo grande. Para muita gente, ele incluído.

Se calhar o imbecil fui eu e muitos Sportinguistas, quando, fechando os olhos a muita coisa, ajudámos a reeleger com 90% dos votos esta personagem para receber em troca uma guerra civil no clube que culminou no assalto a Alcochete. Mas não o vou ser no próximo dia 26 quando depositar os meus votos para aprovar Contas e Orçamento do Sporting Clube de Portugal. 

Porque não se trata dum voto de louvor a Frederico Varandas e à sua gestão do futebol e da SAD. Ele será devidamente avaliado de acordo com os resultados obtidos em campo, mas trata-se das C&O do Sporting Clube de Portugal, da sustentação do ecletismo e das modalidades de pavilhão, exactamente aquela área onde Miguel Afonso, Miguel Albuquerque, diferentes seccionistas, treinadores, capitães e atletas têm feito um grande trabalho numa conjuntura de pandemia extraordinariamente complicada, trabalho esse traduzido em títulos internacionais e lugares cimeiros nos diferentes campeonatos.

 

Notícia: https://bancada.pt/futebol/portugal/que-imbecis-que-se-tornaram-a-maior-parte-dos-socios-do-sporting

Podcast: https://www.rugidoverde.com/2020/09/22/o-que-foi-dito-no-podcast-estatutos-a-la-carte-ep-61-do-primeiro-tempo-com-bruno-de-carvalho-e-alexandre-godinho/

SL

2+2=4? As contas do Sporting

Eduardo Hilário chamou no dia de hoje a atenção de todos os Sportinguistas para a necessidade de não nos distrairmos do essencial: a votação das contas do último exercício e a do orçamento para a próxima época. É já no próximo dia 26, os documentos foram disponibilizados online e eu... bom, eu, decidi procurar análises às contas. Servi-me da barra disponível no És a Nossa Fé e que nos liga a difentes espaços blogosféricos, filtrei a pesquisa pelo critério 'primeira quinzena de Setembro' e cheguei aos resultados que partilho infra:

 

A Tasca do Cherba

Dois resultados: 1 e 2.

 

Castigo Máximo

1 resultado

 

Leoninamente

1 resultado

 

Leonino (editado às 15:30 - acrescenta ligações: 2 e análise ao Orçamento 2020/2021)

Resultados: 1, 2.

Análise do Orçamento para 2020/2021

 

Mister do Café

1 resultado

 

O Sangue Leonino

1 resultado

 

Pela leitura que fui fazendo à data e que fiz de ontem para hoje, diria que há uma clara tendência para a relativização do que é um exercício que apresenta um lucro de 12,5 milhoes de euros. Aspecto destacado, de resto, por José Cruz, aqui, no És a Nossa Fé.

Dito de outra forma, não nos distraiamos do essencial e analisemos para além da superfície, o já referido lucro de 12,5 milhões de euros. Diria que existem claros sinais de alarme cujo conhecimento será do interesse de todos os Sportinguistas.

Que votemos Relatórios de Contas e Orçamentos previsionais de forma esclarecida é o meu desejo e, espero, o da larga maioria dos Sportinguistas.

Nota: A moderação dos comentários poderá vir a demorar mais do que é minha prática habitual mas estejam certos de que só serão rejeitados comentários que não obedeçam a elementares regras de saudável convivência. 

Jornal Sporting - Sumário executivo

Pontapé de saída

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14 páginas de reflexão sobre a realidade do Clube, às quais a actual Direcção chamou 'sumário executivo'. Gráficos, tabelas, algum texto. E, acredito eu, muito material para análise e discussão.

Apresenta-se assim:

«A Estratégia do Sporting CP assenta em 4 Pilares – Pessoas, Estrutura, Sistemas de Suporte, Interacção com o Sócio – fundamentais para o cumprimento da sua missão: dar ao Sócio a melhor experiência.»

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Começa na página 10-11 e é de acesso gratuito. Aqui. 

 

Algumas ideias e imagens chave:

«A performance desportiva do Sporting Clube de Portugal no futebol nos últimos 20 anos teve inevitavelmente impactos directos  indirectos, no retorno financeiro do Clube. Neste período o Clube foi campeão 2 vezes, a última das quais há 18 anos, na época 2001/2002.»

«No âmbito organizacional, a estrutura do Clube tornou-se obsoleta, sobretudo fruto de desinvestimento profundo e transversal aos últimos dez anos.»

Dificuldades trazidas por Alcochete e pelo actual momento, a pandemia.

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Priorizou-se a correcção do déficit de tesouraria

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Alterações aos contratos de financiamento com bancos

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Diz-se, entretanto, que caso o actual cenário (pandemia) tivesse acontecido em 2018, o Sporting teria colapsado financeiramente...

De seguida, e já de olhos no futuro:

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Esta selecção de imagens é meramente ilustrativa. Pretende, tão somente, facilitar a (eventual) interacção na caixa de comentários. Recomenda-se, vivamente, a consulta do documento original bem como o seu cruzamento com a informação contida nos RC desde que se iniciou o actual mandato. 

Edição: introdução de subtítulo.

Sporting: Orçamento de rico, resultado de pobre

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Terminada a 1ª volta da temporada de futebol, a classificação do Sporting é medíocre. Ainda mais interessante é vermos os resultados em função do investimento feito. E, neste particular, o Sporting não é 4º. É dos piores do campeonato. O rei do desperdício.

Por cada ponto feito no campeonato, o Sporting gasta 2,4 milhões de euros. O SLB gasta 1,87 milhões. Com 10% do Orçamento do Sporting, o Famalicão está 2 pontos à nossa frente. Gasta 242 mil euros por cada ponto. O Braga gasta 740 mil euros por cada ponto. 

Estas contas de merceeiro são um mero exercício. Mas que mostra bem o desperdício de recursos que é hoje o nosso clube.

E não é difícil perceber porquê: pagamentos de milhões a jogadores vendidos (Thierry), "protocolos" com o Wolverhampton, 600 mil euros gastos com um jogador (Fernando) que esteve basicamente de férias em Portugal, indemnizações a treinadores despedidos, etc etc etc...

É isto a chamada "gestão profissional" do clube? 

Sobre entradas e saídas

Um olhar rápido pelas operações financeiras relacionadas com entradas e saídas de jogadores do Sporting no defeso de Verão, descritas na informação prestada à Comissão do Mercado de Valores Imobiliários, permite desde logo estas conclusões:

 

  •  Pagamos comissões pela saída de jogadores como André Pinto e Petrovic, que rumaram a outros clubes sem renderem um euro aos cofres leoninos - algo inacreditável

 

  •  Pagamos 700 mil euros à empresa de Jorge Mendes por intermediar no acordo com o Olympiacos sobre Podence, tendo o Sporting abdicado do processo no Tribunal Arbitral do Desporto - algo incompreensível.

 

  •  Pagamos cerca de sete milhões de euros em comissões globais na época em que temos um dos piores plantéis de que há memória - algo inaceitável.

Apertar do cinto

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Não conheço ao pormenor a situação financeira da SAD, incluindo a questão da negociação com a banca. Vou sabendo mais por jornais e comentadores do que pelo Sporting, o que é triste, mas não é difícil perceber que deve estar bem complicada e isso explica muito do que foi a actuação do clube nesta janela de mercado. Deixando de parte a questão desportiva, já por demais aqui comentada e vamos ter o resto da temporada para avaliar, podemos constatar que o Sporting fez negócios de venda/empréstimos com opção de compra obrigatória (incluindo Gelson Martins e Podence, Bruno Fernandes à parte) de 19 jogadores no valor de (números redondos) 90,000€ e de compra/entrada por empréstimo de oito jogadores no valor de 25,000€, um saldo positivo de 65,000€. 

Além disso, emprestou 11 jogadores com salários quase todos pagos pelos clubes de acolhimento. Foram então 30 jogadores que saíram da folha salarial, entrando 8. Não sei o que isto representa em poupança anual de salários, mas sairam vários jogadores de salários elevados a começar por Bas Dost e Petrovic, imagino da ordem de 30%. 

Resumindo, foi mesmo um grande apertar do cinto este verão em Alvalade. 

E ainda ficaram alguns casos para resolver:

1. Rafael Leão

2. Ruben Ribeiro

3. Mattheus Oliveira

4. Viviano

5. Irmão do Alan Ruiz, dizem que joga futebol

 

PS: As minhas contas foram as seguintes:

Saídas: 89,5
1. Gelson Martins 22,5
2. Raphinha 21,0
3. Thierry Correia 12,0
4. Matheus Pereira 10,0
5. Bas Dost 7,0
6. Podence 7,0
7. Felix Correia 3,5
8. Jonathan Silva 3,0
9. Domingos Duarte 3,0
10. Tiago Djaló 0,5
11. Salin 0,0
12. André Pinto 0,0
13. Petrovic 0,0
14. Mama Baldé 0,0
15. Wallyson 0,0
16. Jefferson 0,0
17. Ryan Gauld 0,0
18. Carlos Mané 0,0
19. Abdu Conté 0,0

Empréstimos:
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