Depois da vergonha dos 7% nas últimas eleições, depois de mais um título nacional no futebol com as contribuições decisivas daqueles jogadores com os quais eles andaram num processo de bullying nojento toda a época, como Paulinho, Esgaio, St. Juste, Trincão e Edwards, até o melhor jogador do plantel, Pedro Gonçalves, foi chamdo do pior, este último resultado financeiro da SAD com contas positivas, ao contrário do grande rival, foi mais uma bofetada na cara aos letais com uma toalha bem molhada.
Ao terceiro ano consecutivo com resultados líquidos positivos - o quarto nos último cinco anos, com excepção do ano da pandemia - a auditora responsável pela certificação legal das contas e relatório de auditoria, pela primeira vez em mais de 20 anos, "removeu do seu parecer a incerteza material relacionada com a continuidade da Sporting SAD".
Depois da recompra das VMOCs entendo que esta é uma conquista de enorme valor, apenas possível, num ano sem Champions e com a conquista do título nacional, pela grande competência da gestão financeira da SAD.
Mas voltando aos letais, como a maior parte deles deixou de participar na vida do clube como fez o seu grande lider, muitos deixaram até de pagar quotas e abdicaram dos seus direitos de voto, desertaram das AGs, os blogues e podcasts de martelar "no Varandas" a cargo de adeptos a falar de parte incerta quase desapareceram, resta apenas a tal tasca para perceber o ambiente na seita.
E a azia não podia ser maior, a começar pelo candidato a director de alguma coisa naquela candidatura dos 7%.
Falam do contrato da NOS como se o Bruno de Carvalho tivesse encontrado a NOS algures no deserto e não a NOS o Sporting como a MEO o Porto, esquecem o plantel que recebeu de Godinho Lopes incluindo a melhor equipa B de sempre, esquecem o rombo colossal que foi o assalto a Alcochete quando ele desertou do Funchal, falam no aumento da dívida não tendo a mínima noção do que vale actualmente o plantel e como não há nenhuma SAD que contrate a pronto sem negociar tranches e datas de pagamento.
Não há dúvida nenhuma que Bruno de Carvalho fez um grande trabalho no Sporting no seu primeiro mandato, e por isso foi reconduzido como presidente com uma votação da ordem dos 90%, o meu voto incluído.
Não há dúvida também que os pontos negativos que já vinham do primeiro mandato foram exponenciados ao nível da alucinação no segundo, com Jorge Jesus e Pinto da Costa a serem os maiores catalizadores da sua deriva suicida.
Não há dúvida também que existem seitas que não aceitam o presente, querem reescrever o passado e que, endoutrinadas e aditivadas, são capazes de assaltar a sede de poder do seu clube ou até do país. Aconteceu no Sporting, nos EUA e no Brasil por exemplo.
Também não há dúvida de que o Sporting, como clube e como SAD, está muito - mas muito - melhor agora do que pelo mesma altura do ano em 2018.
Só trabalho em comunicação há 17 anos, mas este timing para anunciar as contas parece-me deveras errado. Não dava para esperar pelo próximo jogo da seleção?
Trincão é capaz de voltar lá para Fevereiro como na época passada.
Fresneda não está à altura da sua reputação no FM24 onde é dos jogadores mais cobiçados.
Pote continua a provar que não tem mercado, mesmo quando marca um golo às três tabelas, graças a tanto passe falhado e àquela atitude blasé.
Edwards será sempre isto.
E enquanto se anda há mês e meio a encanar a perna à rã atrás de um grego que o clube não quer vender, não se repara que é gritante a falta de um lateral ou ala esquerdo. E de um direito, já agora.
Nunca fui adepto da teoria de que «as contas só se fazem no fim». As contas vão-se fazendo o tempo todo. Contas comparativas com o desempenho dos outros e com o nosso desempenho noutras épocas e noutras décadas.
Por maioria de razão, jamais irei aderir à tese de que «a festa só se faz no fim». Cada vitória do Sporting, seja em que data for e seja em que modalidade for, é motivo de celebração.
Esta contabilidade costuma ser feita apenas para os 4 primeiros classificados mas, em virtude do excelente campeonato do Vitória SC, desta vez alargo aos 5 primeiros.
Note-se que ainda faltam ocorrer 5 jogos neste "campeonato".
Os resultados foram:
SCP
SLB
FCP
SCB
VSC
SCP
x
2-1
2-0
5-0
21 de Abril
SLB
2-1
x
1-0
27 de Abril
4-0
FCP
28 de Abril
5-0
x
2-0
1-2
SCB
1-1
0-1
19 de Maio
x
1-1
VSC
3-2
2-2
1-2
12 de Maio
x
A classificação é:
V
E
D
Jogos
Pontos
1. Benfica
4
1
2
7
13
2. Sporting
3
1
2
6
10
3. Porto
3
0
3
6
9
4. Vitória
2
2
2
6
8
5. Braga
0
2
4
6
2
Conclusões:
Como costuma acontecer quase todos os anos, o vencedor deste mini-campeonato será o Campeão Nacional.
O Sporting ainda tem 2 jogos por disputar (Porto fora e Vitória em casa), ao Benfica falta apenas 1 (Braga em casa), pelo que o Sporting pode, pelo menos, igualar o Benfica nesta classificação.
O Sporting tem 2 empates e 2 derrotas na globalidade do campeonato, sendo que destes, 1 empate e 2 derrotas foram com os 5 primeiros classificados, ou seja, com os restante 13 adversários o Sporting só concedeu 1 empate até ao momento.
O Porto acaba por estar relativamente perto de Benfica e Sporting, o que mostra que os pontos que perdeu foram principalmente com adversários do fundo da tabela.
A prestação do Braga é o inverso da do Porto, ganha quase todos os jogos com os adversários do fundo da tabela, mas ainda não ganhou este ano a nenhum dos 5 primeiros, o que explica a distância para os 2 primeiros.
Iniciamos hoje uma semana decisiva para as nossas aspirações.
No horizonte, um duplo confronto extramuros, contra as ditas equipas pequenas, ainda que estas não se possam comparar entre si (Moreirense a realizar um campeonato muito meritório, ocupando a 6ª posição; Rio Ave a lutar desesperadamente para não cair nos lugares de despromoção).
É consabido que numa liga como a nossa os campeonatos, usualmente, perdem-se nesses jogos contra os adversários teoricamente mais fracos. Pelo menos, isso é muito verdade quanto ao Sporting.
Ora, se até aqui, a nossa equipa tem sabido, de forma muito competente, lidar com esse tipo de adversários, por que razão é que venho para aqui dizer que estamos perante uma semana decisiva?
Bom, a razão é muito simples: daqui a duas jornadas há um Porto x Benfica, no que poderá constituir uma boa oportunidade para ganharmos 2 ou 3 pontos ao nosso rival (assumindo que o Porto não quererá a desfeita de perder pelo segundo ano consecutivo em casa contra o Benfica).
Ora, para termos em aberto essa boa oportunidade, é preciso chegarmos até essa jornada (de regresso a casa, frente ao Farense), com o nosso percurso imaculado. Para isso é, pois, fundamental ganharmos os jogos fora frente a Moreirense e Rio Ave.
É jogo a jogo, mas estes próximos dois ganham especial relevância.
Numa época marcada pela recompra da maior parte das VMOCs detidas pelos bancos, que permitiu ao Sporting passar a deter mais de 80% da SAD, a mesma SAD fechou as contas da época 2022/2023 com resultado positivo e números record em diferentes rúbricas.
Estes resultados só não tiveram mais eco na comunicação social e no universo Sporting porque passaram a ser normais, e a saúde não é notícia, a notícia é mesmo a doença. Estes resultados devem-se muito à estabilidade proporcionada por um presidente com os valores certos no lugar, que soube aprender a navegar num mar revolto e infestado de tubarões, avesso ao estardalhaço, às palhaçadas e às promiscuidades com gente muito pouco recomendável.
No TM relativo ao futebol profissional o ranking dos clubes portugueses, Benfica - 344,5 M€, FCPorto - 283,5M€, Sporting - 241,9€, SCBraga - 124,7M€ indica claramente que o objectivo imediato do Sporting é passar para a 2ª posição, ultrapassando um FC Porto que com Pinto da Costa se tornou num clube mafioso, em que todos os meios servem para se atingir os fins, e com uma claque de bandidos disposta a tudo se lhe derem o sinal para tanto. Mas a idade não perdoa e um dia destes irá cair da cadeira e deixar o clube em guerra civil e com um enorme rombo financeiro por resolver.
Já no que respeita ao futebol de formação e às principais modalidades o Sporting já se encontra claramente em 2.º lugar em termos de resultados desportivos. Acabámos todos os campeonatos respectivos à frente do FC Porto excepto no andebol (mas ganhámos a Taça) e do voleibol feminino (mas a equipa deles consistia numa parceria entretanto desfeita com a AJM). Segundo diz Pinto da Costa, ganharam não sei o quê no bilhar. Não sei se o clássico ou às três tabelas, há muitos anos que não pratico.
O Sporting Clube de Portugal está de boa saúde, bem mais unido do que no segundo mandato do ex-presidente. Quase 100 mil sócios pagantes, gameboxes esgotadas mesmo depois dum 4.º lugar na Liga, lotações esgotadas em Alvalade, vendas record no merchandising, e uma lógica transversal de constituição de plantéis, de aposta na formação, e de reconhecimento da importância de treinadores e capitães que qualquer um pode reconhecer.
Claro que ainda tem alguns problemas internos para resolver, desde logo o relacionamento com as claques que continuam a correr em pista própria e a causar danos evidentes ao próprio clube, mas também a requalificação dum estádio e da sua envolvência que se foi tornando um obstáculo ao crescimento do clube (e já agora limpar de vez a frase pindérica e agora semi-apagada do nosso ex-presidente na estátua do leão).
Oposição interna com projecto alternativo não existe, existem apenas os que restam do populismo brunista a cavalgar os insucessos do momento e com cada vez menos vontade de pagar quotas e de voltar às bancadas de Alvalade e do João Rocha.
Mas é preciso mais, muito mais. Desde já ultrapassarmos quem está imediatamente à nossa frente no futebol profissional e a partir daí assaltarmos. com base nos nossos valores e não de processos mafiosos e criminosos, a liderança do panorama desportivo nacional.
Só assim podemos ir de encontro à visão do nosso fundador, "Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande quanto os maiores da Europa".
Os meus caros pensam que nos ficaremos pela venda do Ugarte?
Vão ao relatório e contas e, olhem, façam as contas!
Querem que levante um bocadinho a ponta do véu? Então lá vai:
Segundo semestre de 2022. Entre parentesis resultados do segundo semestre de 2021(como os R&C reflectem a época desportiva, estes segundos semestres correspondem aos primeiros das épocas desportivas de 21/22 e 22/23). Os primeiros valores são de fecho a 31 de Dezembro de 2022 (época 22/23) e os entre parentesis são de 31 de Dezembro de 2021 (época 21/22):
Rendimentos e ganhos operacionais sem transação de jogadores, com Champions - 74,4 M€ (79,7M€);
Custos e perdas operacionais : 65M€ (58,8M€);
Amortizações de passes de jogadores: 16,0M€ (11,8M€);
Rendimento com transações de jogadores: 73,9M€ (9,M€);
Serviço da dívida: 8,6M€ (6,9M€).
Ou seja, no semestre terminado a Dez/22 as receitas ordinárias desceram, os custos com pessoal e fornecimentos e serviços externos subiram (este valor semestral está nos 17,9M€, em 2018 no ano todo era de 22,4M€) e o custo com o serviço da dívida também. Porém, vende-se as pratas e dêem cá um aumentozinho.
Depois despedem-se uns funcionários e absorve-se o custo, sem problema.
Foi tudo contra:
Menos receitas;
Mais custos com pessoal e fornecimento de serviços externos (só em combustível foram 800K€, não se sabe quanto em colchões).
Mais amortizações (comprámos mais e mais caro);
Mais custos de financiamento (juros mais altos e os competentes administradores a não cobrirem o risco de subida das taxas de juro, diz no relatório que por opção, coisa boa para mim que não vejo um boi de contas e tal).
Para resolver o assunto, vendemos uns jogadores e já está. A situação real vai perceber-se no final do primeiro semestre, a Junho deste ano, 2023. Vendeu-se o Porro por 47,5M€ e provavelmente os resultados até descerão do resultado actual porque já não haverá Champions e os custos não irão desaparecer (cada vez que se abre a porta da academia há contas para pagar, estejamos ou não na Champions ou em quarto lugar no campeonato) bem como as amortizações e os custos financeiros, que até subirão, o que tem a ver com a subida dos juros e o factoring (recebimento através de financiador terceiro) do Porro.
Este cenário obriga a vender um jogador até Junho de 2023, para compor o ramalhete e o cenário não parecer tão catastrófico e bem, para não se notarem os 240K€/ano de Varandas.
Façam um esforço e pensem comigo que também não sou nenhum expert na matéria: se fizemos 47,4M€ de vendas líquidas de jogadores (62,8M€ antes de comissões) e 36,4M€ da Champions, agora sem Champions e só com os 47,5M€ do Porro, que deverão ser 40M€ após comissões, deveremos perder uns 11M€, pelo que a época anual ficará nuns 36M€ positivos, se não vendermos mais ninguém até Junho de 2023.
(Mais um parentesis para dizer que um passarinho me assobiou ao ouvido que a venda do Porro foi feita nestes moldes: Empréstimo até ao fim da época por 5M€, opção de compra pelo Tottenham/opção de venda pelo Sporting por 40 ou 42,5M€ na época seguinte. Ou seja, 40M€ entrarão nas contas de 23/24, já a pensar em atenuar (ou não tornar tão evidente ao público) o buraco entre custos e receitas. A ser assim, esta época desportiva, que começou com o semestre a dar 47M€, terminará a zero. Daí o empenho na venda de alguém até 30 de Junho, de modo a entrar ainda neste exercício anual)
Façamos agora um exercício: Sem 40M€ da Champions e sem 102,8M€ de vendas líquidas, são menos 142,8M€. Ora, subtraindo ao ganho anual deste ano de 36M€, teremos um prejuízo de cerca de 107M€ em 2023, antes de vendas e da Liga Europa.
Estão a ver o que teremos de vender em 23/24? Continuam a achar que isto se fica pelo Ugarte?
A verdade é que os custos não param de subir, as receitas ordinárias apesar da propaganda, desceram e os custos de financiamento aumentaram bem como os custos com as amortizações.
Resumindo os dados publicados acima: As receitas ordinárias caíram 5,3M€, os custos subiram 6,2M€, as amortizações subiram 4,2M€, os custos financeiros subiram 1,7M€ ou seja, num semestre a coisa piorou em 17,4M€ (projeção num ano de 34,8M€). Ora, se o buraco já estava nos 70M€, agora passou para mais de 100M€. E a malta aplaude. E o Varandas aumenta-se!
Ou seja, só há um caminho e só não vê quem não quer: Vender, vender, vender. E lutar pelo terceiro lugar. E a malta, em vez de assobiar quem nos conduz para este cenário, assobia o Chermiti e os miúdos imberbes que são lançados às feras.
Os três grandes e todas as SAD's provavelmente, apresentaram as suas contas do último semestre.
O Sporting apresentou um resultado positivo de 47,5M€, o Porto um resultado negativo de 9 M€ e o Benfica um resultado também negativo de 13,3M€.
E a gente fica todos contentes! Somos os maiores. Não ganhámos nem ganharemos nada, pelo menos este ano, a ida à CL está comprometida, mas temos lucro. Já o havia escrito aqui, andamos cá para ser os campeões dos R&C. Mas estava redondamente enganado e por isso peço as minhas humildes desculpas a quem foi levado ao engano com aquele post, é que pelo andar da carruagem, nem nos R&C ficaremos bem na fotografia.
Traduzindo por miúdos:
- Sem Champions (35M) e venda líquida de jogadores (63M) teríamos perdido 50 milhões no semestre.
- O serviço da dívida (custos de financiamento) subiu para 8,5M no semestre devido à subida dos juros, algo para que alguns foram alertando que mais tarde ou mais cedo iria acontecer. Quer dizer, devido ao elevado passivo (são um pouco mais de 300M), o custo de financiamento leva-nos 17M por ano, isto antes de metermos a chave na porta e antes de ligarmos a luz.
- Os custos com pessoal subiram, ao contrário da propaganda, para 38,5M no semestre. As amortizações de passes cresceram 40% em período homólogo (dez 2021) devido às compras a metro.
- Com os custos com pessoal a aumentar e da Champions já praticamente despedidos, a única hipótese que nos safará é lançarmos miúdos na equipa principal que ganhem valor rapidamente.
- Sobre receitas extra Champions e venda de passes de jogadores, nada, que não crescem há anos. Nas receitas ordinárias não temos inflação. Nada se faz (Eu acho que copiar o que está bem feito, não é defeito, passe a cacofonia, então olhem ali para o outro lado da rua e percebam porque têm eles sempre o estádio cheio. E não cheiram um título há 4 anos!).
- Como isto está estruturado a nível de contabilidade de SAD, com as compras registadas em amortizações e as vendas pelo seu valor, se eu comprar um jogador por 50 e vender outro pelos mesmos 50, em vez de um resultado zero eu vou ter um resultado positivo de 40, considerando que os jogadores contratados terão contratos de 5 anos. Depois, em cada um dos 4 anos seguintes, vou perder 10, mas isso que interessa, é atirado para a frente, o que interessa é mostrar um bom resultado no presente. Mas se eu vender sem cuidar dos resultados desportivos e isso passa por continuar a ter uma equipa competitiva, arrisco-me a ficar fora da Champions. No próximo semestre já não haverá receitas da Champions, vai haver uns trocos da Liga Europa. Vendemos o Porro, o que dará para cobrir os custos com mais uma pequena receita da Liga Europa e lá apareceremos com lucro no final do ano.
- A acrescentar a tudo isto, o estádio às moscas não ajuda a publicidade e patrocínios. A televisão antecipa-se até haver e já deve haver muito pouco. A bilhética é o que se tem visto, para ter umas casas compostinhas, oferecem-se bilhetes (compras um levas dois). O merchandising não descola, pois se a Loja Verde parece uma delegação da Luis Vuitton, atendendo aos preços praticados, querem o quê? E nada se faz para inventar novas receitas. Neste aspecto, comparados com os rivais que dizer? Somos muito poucochinho, palavra muito na moda agora.
Mas o pior está para vir, se em 2023/24 não houver Champions. Antes de Champions e venda de jogadores perdemos 50 milhões por semestre, 100 milhões num ano. Antes eram cerca de 80 milhões, mas a subida do serviço da dívida, o aumento das amortizações e do custo com pessoal levou-nos a um ainda maior desequilíbrio e chegados aqui, com cerca de 300M€ de passivo e com despesas de funcionamento de 100M€/ano, a réstea de possibilidade de equilíbrio de contas, no mínimo (e já não dando para o peditório da redução do passivo), é a presença todos os anos na CL e a venda em alta de um jovem formado na academia, mas como já percebemos, não há quantidade de jovens tão grande que permita que se um sai, o lugar fica preenchido com a mesma qualidade que nos permita discutir lugares de acesso à liga milionária e entramos na espiral donde nunca sairemos: Vendemos porque precisamos do dinheiro para água e electricidade, o básico vá, e desfalcamo-nos e ficamos com uma equipa que não consegue aceder aos lugares dos milhões.
É esta a nossa sina? Não sei, eu por mim não estou disponível para levar com pazadas de areia nos olhos, mas pronto, isto vai servir para a narrativa de que "não ganhámos, mas metemos as contas no sítio".
Já agora e para baixar um pouco mais a euforia, o Benfica, que tem um passivo um pouco maior que o nosso, perto dos 400M€, teve agora um resultado negativo, como se viu lá em cima, de pouco mais de 13M€. Mas... Vendeu o Enzo e no ano vai mostrar um resultado enorme, até porque os jogadores que também comprou, uns nórdicos a preço de saldo, vão ter amortizações pelo método descrito acima (parceladas pelo tempo do contrato). Enquanto nós não teremos mais receitas Champions, eles ainda lá estão e vão somar a isso os 120 milhões do Enzo. Cá estaremos no final do ano (segundo semestre, se quiserem) para fazer a contabilidade.
Concluindo? Bom, concluindo só se aparecer um árabe bêbado, o que será pouco provável, bêbado e cego para pegar num clube com mais de 300M€ de passivo, ou se se mudar de paradigma. Os nossos vizinhos perceberam que têm que ganhar para fazer dinheiro (às vezes sabe-se lá com que subterfúgios), nós ainda estamos a discutir se os gajos nasceram em 1903 ou em 1908. Prioridades...
Depois do comparativo com os rivais com base nos resultados dos últimos encontros no futebol e nas modalidades, trago aqui os resultados financeiros comunicados à CMVM referentes ao primeiro semestre:
Sporting +47,5M€
Porto -9 M€
Benfica -13,3M€
Estes números valem o que valem. São os desempenhos desportivos que permitem sustentar os lucros das SADs, mas os do Sporting reflectem duas coisas:
1. O trabalho brilhante de Rúben Amorim na valorização de activos. Foram as vendas de Palhinha e Matheus Nunes para a Premier League que permitiram estes números.
2. A prioridade dada por Frederico Varandas neste primeiro ano do segundo mandato à reestruturação financeira relativamente ao reforço da equipa. Sem dúvida um grande risco, com reflexos evidentes no desempenho da equipa e no bom ambiente em Alvalade.
E eu vou lá estar, doido da cabeça... desta vez no meu sofá e em frente à TV.
No último post deste tipo, antes do jogo com o Santa Clara, dizia eu: "Esgaio precisa mesmo de parar e na falta de Porro, um dos extremos dextros do plantel deveria assumir o lugar, ou então um Marsà de pé contrário. Vou pelo Arthur Gomes, que penso já ter actuado a lateral."
Mas a verdade é que não parou, com as consequências que se conhecem nesse jogo e no seguinte.
As explicações de Amorim sobre o facto e sobre o momento não são convincentes, anda ali às voltas concentrando a questão em si mesmo. E a questão não é o treinador campeão e ganhador Amorim, que qualquer dia está no PSG ou noutro grande clube europeu.
Há mesmo qualquer coisa que não está a funcionar no futebol do Sporting e que convinha ultrapassar o mais depressa possível.
O Sporting partiu para a quarta época de Amorim em Alvalade com um plantel curto e desequilibrado, em termos físicos, etários e de liderança/atitude, ou pela necessidade premente de saneamento financeiro do clube ou por opções assumidas do treinador, ou por uma aposta clara numa formação recuperada e de volta aos tempos de glória, ou por tudo isso junto.
As lesões sucessivas nos elementos mais capazes e experientes do plantel puseram a nu as insuficiências do mesmo, com consequências para todos os outros jogadores, retirados da zona de conforto ou pelas mudanças de posicionamento que foram necessárias ou pelos parceiros de momento no enquadramento da equipa. Quase nunca Amorim pode repetir o onze inicial e o alinhamento da defesa (os 3+2) tem mudado constantemente.
Então, se é verdade que o treinador não está a proteger Esgaio ao insistir nele quando ele não está em condições para render, parece que a Direcção (Varandas/Viana) também não está a proteger Amorim ao insistir em deixá-lo entregue a si mesmo e a este plantel, carente de reforços efectivos.
Temos então hoje o jogo da Taça com o Varzim.
Lesionados ou "presos por arames" estão Jovane, Porro, Neto, St. Juste, Coates e Bragança. Com viroses (gripe, Covid, o quê exactamente?) parece que estão Arthur Gomes, Callai e Nazinho. Esgotados fisica ou mentalmente estão Ugarte e Esgaio, Pedro Gonçalves anda lá próximo.
Quem é que sobra em boas condições físicas e mentais para fazer um onze que dê garantias num jogo da Taça? Se calhar estes:
Amorim veio dizer que capitão vai ser... Inácio. Precisa de crescer, diz ele. Eu digo que precisa mais de se focar na linha de fora de jogo e não se distrair com outras coisas.
O Varzim segue na Liga 3 na zona A com 3V e 2E, o Sporting B na Zona B da mesma Liga com 3V e 2D, a qualidade do nosso onze é mais que suficiente para passar, nem penso noutra coisa. Mas o Benfica passou ontem apenas nos penáltis contra um Caldas da mesma série do Sporting B, com 2V e 3E.
Parece que andamos de VW a fazer de Porsche nas "24 horas de Le Mans" com um grande piloto ao volante. E às vezes uma ou outra peça não aguenta e estampamo-nos.
Se alguém neste contexto vier dizer que o que falta é Amorim apostar na formação, pôr a jogar o Mateus Fernandes ou perguntar pelo Gonçalo Esteves ou outro puto qualquer só pode estar a gozar com o pagode.
Depois da aprovação dum R&C da SAD que registava um lucro assinalável, foi aprovado ontem o do clube também com lucro, demonstrando que o tal saneamento financeiro está a resultar. Foi mais uma vitória deste presidente e mais uma derrota duma oposição centrada em Nuno Sousa e nas redes sociais a ele afectas apostada na guerrilha cega e sistemática, sempre à espreita dum pretexto para meter a faca, órfã dum passado a que os Sportinguistas não querem voltar. Está aí ainda o Rafael Leão para o lembrar.
Mas por muito bem que estejam as contas, por muito bem que esteja a formação, por muito bem que estejam as modalidades, por muito certo que esteja o rumo seguido, se a equipa de Amorim não ganha hoje e continuadamente, hoje temos o "caldo entornado". Já no jogo de quarta-feira se ouviu trautear na curva Sul uma musica de má memória.
Sem sucesso desportivo não existe sucesso financeiro, ainda ontem repetiu o presidente.
Então... qual é a dúvida do que há que fazer ? Não entendo.
Enquanto andamos todos obcecados com o futebol jogado dentro do campo e os golos que se marcam e não se sofrem, não queria deixar de lembrar os "golos" que o Sporting está a marcar na área financeira e no que à sua SAD diz respeito:
São mesmo boas notícias para uma SAD assaltada e com os activos mais valiosos em debandada há 4 anos, um dos quais um dos jogadores mais valiosos da Liga Italiana e do qual passado todo este tempo ainda não vimos 10% do seu valor. Destruir é num instante, reconstruir leva mesmo muito tempo.
Mas outras boas notícias são aquelas que deixaram de existir: incumprimentos de pagamentos, demandas judiciais de credores, guerras institucionais, "trolhas" e agentes desportivos a lavar roupa suja na Comunicação Social, infracções ao "fair play" financeiro da UEFA, etc.
O único processo judicial relevante para o Sporting é aquele que Frederico Varandas colocou a Sérgio Conceição, Vitor Baía e aquele assessor com um triste passado na comunicação social pela cilada e roubo de carteira e telemóvel de que foi vítima no Dragão.
Tudo isto com uma reestruturação completa da formação baseada na Academia de Alcochete/Pólo EUL, com um modelo avançado baseado no jogador que também começa a dar excelentes resultados. Na 1.ª jornada da Youth League empatámos fora num jogo em que fomos superiores e desperdiçámos oportunidades, enquanto os rivais perderam os jogos respectivos.
Ainda falando dos rivais, sujeitos às mesmas regras de mercado e obrigações regulamentares, o Benfica apresenta um R&C com um saldo negativo de 35M€, e o FC Porto é multado em 100K€ e ameaçado de exclusão das competições europeias por incumprimento do "fair play" financeiro da UEFA.
São mesmo boas notícias para os Sportinguistas para complementar os 3-0 de Frankfurt.
Aspecto da assembleia geral de sábado, quando fui votar ao Pavilhão João Rocha
Se há coisa em que os encarniçados opositores de Frederico Varandas não primam é pela inteligência. Radicalizam tanto o discurso que ficam sozinhos a clamar no deserto. Divorciados da esmagadora maioria da massa adepta.
Isto ficou bem evidente na mobilização dos sócios leoninos, que compareceram em força no Pavilhão João Rocha, neste sábado, para viabilizarem por larguíssima maioria as contas do clube referentes a 2019 e 2020. Nunca tantos tínhamos acorrido de forma tão expressiva a uma votação semelhante: fomos mais de sete mil.
Esta demonstração de vitalidade associativa confirmou que os alucinados radicais nada riscam hoje no Sporting. Gravitam num universo paralelo, enchem as redes sociais de perfis falsos e acabam por confundir essa ficção com a realidade.
Acabam de receber um duche de água gelada. Esta votação indica que em três anos encolheram para metade: em Junho de 2018, eram 29% dos sócios; agora não representam mais de 15%. Foram-se isolando em fases sucessivas, cada vez mais alheios à evidência dos factos.
Com Varandas ao leme, o Sporting pôs fim ao nosso mais longo jejum de sempre no título máximo do futebol português, conquistando o campeonato nacional - além de uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga e uma Supertaça. Somos também campeões de futsal, basquetebol e hóquei em patins, detentores da Taça de Portugal de voleibol e básquete. E campeões europeus de futsal e hóquei.
É obra: uma das melhores épocas alguma vez registadas no prestigiado historial leonino. Mesmo com o Sporting gerido por duodécimos por ter sido irresponsavelmente chumbado o orçamento já com o País devastado pela pandemia. Quem assim procedeu, movido pelo ódio vesgo a Varandas, marimbou-se por completo para os nossos atletas, os nossos técnicos, a nossa reputação desportiva e financeira.
O tiro saiu-lhes agora pela culatra. Graças à maioria silenciosa de sportinguistas que não andam aos gritos nas redes sociais, insultando tudo e todos.
Entre os que votaram sim às contas no sábado, incluem-se figuras que estiveram com Bruno de Carvalho.
Os letais, cada vez em menor número, foram derrotados em toda a linha. Pela arma mais poderosa em qualquer democracia: o boletim de voto. O que confirma a força indestrutível do Sporting Clube de Portugal.
Frederico Varandas faz agora aquilo que devia ter feito antes da assembleia geral de quinta-feira, corrigindo o erro. Vale mais tarde que nunca.
Vai solicitar uma nova reunião magna dos sportinguistas. A realizar na tarde do próximo dia 23, um sábado, antes do jogo Sporting-Moreirense. Para ouvir um número alargado de sócios e não apenas a habitual «minoria de bloqueio» que mais não pretende do que paralisar o processo de decisão no clube.
No entender do Conselho Directivo, o clube «não pode ficar refém» de minoria alguma, como a que se impôs na quinta-feira aproveitando a ausência da esmagadora maioria, impossibilitada de comparecer ou nem sequer mobilizada para o efeito. «Os sócios são os donos do clube, mas os sócios também não se devem demitir das decisões do clube», sublinhou o presidente, em implícita mea culpa.
Estou convicto de que a assembleia geral do dia 23 será muito mais concorrida. E que os resultados serão diferentes.
Mas a culpa também é dele. Porque, como o José Cruz já salientou, esta assembleia-geral nunca devia ter sido convocada para um dia de semana, na macrocéfala capital: basta isto para desmobilizar os sócios.
E também porque ele não fez, como se impunha, um apelo geral à mobilização dos sportinguistas. Para evitar que o Clube continue refém dos tais 400 que farão tudo para condenar o Sporting ao fracasso.
Esta minoria activa - cada vez mais mobilizada à medida que se vai reduzindo, como acontece com os negacionistas anti-vacinas e quaisquer outros activistas de seitas fanáticas - declarou guerra sem quartel à Direcção leonina.
Nem a pandemia a travou.
Nem as conquistas no futebol e nas modalidades conseguiram desmobilizá-la.
Enquanto no Benfica, que nada venceu na época passada, os sócios manifestaram há dias uma prova de confiança à direcção.
Se em tempos normais já é difícil gerir um clube sem orçamento, muito pior é ver as finanças leoninas à mercê dos duodécimos de 2019 nesta era de crise global no futebol.
Espanto-me de ver pessoas inteligentes e que se dizem fervorosas sportinguistas congratularem-se com este chumbo, tal como aconteceu há um ano. Rendidas à legião do Mustafá, que só por um triz não chumbou também algo que devia merecer apoio unânime dos sócios: a atribuição às portas do Estádio José Alvalade destes nomes ilustres - Damas, Hilário, Stromp, Jordão, Cinco Violinos, Yazalde e Manuel Fernandes.
Concretizo, para que fique lavrado em acta neste blogue: um número impressionante de letais - 44,6% - votou contra Damas, Hilário, Jordão, Yazalde, Manuel Fernandes, Stromp, Jesus Correia, Albano, Vasques, Travassos, Peyroteo.
Com a vitória categórica no Bessa o Sporting segue destacado no primeiro lugar da 1.ª Liga. A equipa B segue também na liderança da série G do Campeonato de Portugal, e a equipa sub-23 está nos lugares cimeiros da Taça Revelação, depois de afastada da luta pelo título no campeonato.
No que respeita ao futebol profissional do Sporting, ou seja da SAD leonina, não nos podemos de facto queixar.
Mas depois há o lado financeiro, as verbas a receber, as contas a pagar, os investimentos que têm de ser feitos, lado esse necessariamente negro dada a conjuntura que atravessamos, sem público nos estádios, sem Gameboxes para vender, e que afecta tudo e todos.
Obviamente que o Sporting não pode deixar que as dificuldades do momento se transformem em danos reputacionais, que afectem a imagem do clube nacional e internacionalmente. Então importa resolver questões pendentes com origem em tempos mais próximos ou mais distantes.
E é com grande satisfação que vejo o "trolha" Salvador dizer que “após a reunião de Setembro com Frederico Varandas, as coisas voltaram à normalidade. Foi feito um novo acordo e que, em abono da verdade, o Sporting tem cumprido escrupulosamente“.
Também se pode ler hoje n´A Bola que o Sporting contratualizou com os clubes com quem tinha dívidas pendentes o pagamento faseado das mesmas, o que veio pôr o Sporting à vontade no que respeita aos licenciamentos nacionais e UEFA e o mesmo está a fazer com empresários e outros fornecedores. Alguns deles já começaram a receber valores em dívida.
Assim, deixaram de aparecer nos jornais aquelas histórias de dívidas e penhoras no Sporting, que estão para os seus sócios e adeptos como as moscas no piquenique. Aparecem mais agora doutros clubes em que infelizmente os jogadores não recebem há alguns meses. E depois se calhar existem as malas, as contratações para a próxima época, etc...
Obviamente que a manta é curta, para tapar a cabeça destapa os pés, e tivemos um despedimento colectivo que é sempre de lamentar, independentemente da justeza ou não da inclusão dum ou doutro elemento que serviu o Sporting no mesmo.
Mais do que nunca são os sócios do Sporting que estão a aguentar o barco, pagando e até antecipando quotas, e são apenas eles que têm legitimidade para exigir e criticar seja o que for. Quem se afastou apenas conseguiu ampliar o problema existente e obviamente tem também responsabilidade nas medidas mais ingratas que tenham sido ou venham a ser tomadas.
O jornalista Henrique Monteiro, que já foi um dos autores desta casa, escreveu algumas linhas sobre a alteração dos Estatutos do Sporting. Advoga que as contas do clube deixem de ser aprovadas pelos sócios em AG e que seja eleito uma espécie de senado, de forma proporcional, passando esse acto para esse senado. Não deixa de ser curioso que esta ideia sobressaia agora, Henrique Monteiro realça que para este novo órgão transitassem diversas competências da AG, mas apenas refere esta em concreto.
Temos assistido, pouco depois da tomada de posse desta direcção, a diversos Sportinguistas com acesso a órgãos de comunicação social, a difundirem uma série de ideias e propostas que têm sempre um ponto em comum: Retirar poder de decisão aos sócios.
Sendo o Sporting um clube desportivo, não apenas uma empresa com accionistas, é estranho esta vontade de alguns em querer que a participação dos sócios do clube, afinal os seus verdadeiros donos, seja reduzida à mera função de contribuidor. Temos quem queira que o clube, logo os sócios, deixem de ter uma maioria qualificada na sad, o que equivale a entregar a alguém estranho o controlo da gestão financeira, económica e desportiva do futebol do clube, podendo, e exemplos não faltam, no futuro alienar essa posição a quem bem entender e por fim desligar por completo a Sporting SAD do clube, dos sócios. É mais estranho ainda haver Sportinguistas que defendendo esta hipótese, estão é claro no seu direito, o façam agora, numa altura em que se acumulam passivos monstruosos, em que a juntar ao défice de cerca de 70 milhões de Euros se vai juntar o falhanço da liga europa e a ausência de público no estádio, elevando este défice para perto dos 100 milhões de Euros. É nestas circunstâncias que alguns Sportinguistas defendem a venda da Sporting SAD a um investidor. Quantos investidores, e já agora, que tipo de investidores, considerariam investir numa SAD com estes problemas financeiros? Qual o valor pelo qual iriam avaliar a SAD? Quanto vale uma SAD com cerca de 300 milhões de passivo e a aumentar? Os Sportinguistas têm que fazer escolhas, temos que decidir se queremos continuar a bater no peito e afirmar que somos diferentes ou então entrar no carrossel e não nos importarmos em perder a SAD e com as suas consequências.
Voltando à proposta da criação de um senado para onde transitam algumas competências da AG, retirando-as aos sócios, com destaque para a aprovação de contas, é notório que há aqui uma clara tentativa de diminuir o poder dos sócios. De seguida se as contas são aprovadas pelo senado, porque não também o orçamento? E já agora também a decisão de expulsão de sócios? Em resumo esta proposta está ligada ao recente chumbo das contas e do orçamento, sendo esta uma forma de avisar os sócios que decisões contrárias a esta direcção, podem levar à diminuição do poder de decisão dos sócios.
Por isso sim afirmo e reafirmo, é necessária quanto antes a demissão dos órgãos sociais do clube, permitindo aos sócios escolher alguém com capacidade, que veja nos sócios o seu apoio e não os seus inimigos, que conte com os sócios nesta luta que é dirigir o nosso grande Clube.
Precisamos de saber escolher e acima de tudo não ter medo.
Rejeitaram depois de umas semanas de intensa propaganda, com "notíciazinhas" diárias sobre o "naming" da Academia e até de campos de futebol dentro da mesma. Ouvimos a palavra "formação" centenas e centenas de vezes - como se a aposta nos jovens fosse novidade para o Sporting Clube de Portugal. Para o dia da votação a direcção guardou um "rebuçado": a contratação de um jogador do Portimonense (atente-se ao pormenor, "roubado ao Braga"):
A afluência às urnas foi impressionante, tendo em conta que estamos em tempo de pandemia e de desânimo no Clube.
Não há outra leitura a fazer de que o resultado da votação demonstra o descontentamento da larga maioria dos sócios com a direcção de Varandas, a sua falta de metas, de ideias e de resultados.
No final da desastrosa época de futebol do ano passado, promovi um inquérito on-line - certamente falível - mas que já mostrava o descontentamento enorme com a falta de resultados do Clube:
Se a gente que se alapou à direcção do Sporting tivesse um pingo de honra, ter-se-ia já demitido a esta hora e convocado eleições. Já o devia ter feito antes, como aqui escrevi em Julho, para dar tempo à realização de eleições e preparação de uma nova época por outra direcção:
Virão agora os alapados dizer que é preciso estabilidade. Mas incompetência diária é o garante de instabilidade futura.
Virão agora os alapados dizer que se não forem eles no leme, por aí virá o caos dos malvados das claques. Mas foram eles que, depois de numa primeira fase terem dado o abraço às claques, se passaram a referir a estas como "escumalha", "anormais" e coisas afins. E, como sabemos (e vemos...), não há melhor receita para a violência do que o insulto a gente violenta.
Sobretudo, virão agora os alapados dizer que não podemos voltar ao passado. Pois não. E, felizmente, o Sporting tem imensa gente competente e disponível para ajudar o Clube. Como também aqui já disse, Pedro Azevedo tem o perfil certo para devolver o Sporting à sua grandeza:
Foi o que o ex-presidente Bruno de Carvalho afirmou ontem (?) no programa/podcast Primeiro Tempo do site Rugido Verde, onde mais uma vez tentou justificar as asneiras que cometeu, se lamentou do triste fim que teve, elogiou a capacidade comunicacional e manipulatória da actual Direcção, lamentou a nulidade ("nada") dos diferentes candidatos da praça, incluindo Dias Ferreiras, Ricciardis e Beneditos. e apelou à "intifada socialite" (dos "cús sentados" das redes sociais), mesmo que (segundo ele) uns sejam hipócritas, e outros que "agarrem-me, mas vais lá tu".
Mas se a maioria dos sócios do Sporting se tornaram imbecis, já não basta campanhas de "um sócio, um voto", não é pelos sócios mais velhos e mais ignorantes (palavras dele) terem mais votos e acreditarem em tudo o que lhes impingem Varandas, Rogério e companhia limitada, que algum dia os Leais ao Bruno e os seus "compagnons de route", como as claques ressabiadas, terão oportunidade de fazer seja o que for no Sporting.
Mas se, segundo ele, a maior parte dos sócios do Sporting se tornaram imbecis, se calhar quando ele foi destituído, suspenso e expulso ainda não o eram, e então só tem de reconhecer a justiça das decisões. Que não reconhece.
No que respeita à próxima AG do dia 26, Bruno de Carvalho vem dizer que não se devia realizar, que viola os estatutos e que a tropa do costume já meteu uma previdência cautelar algures, que o resultado da AG não tem qualquer implicação substancial para o governo do clube, mas que mesmo assim... se este Orçamento e Contas for aprovado... é mesmo uma catástrofe (ia a dizer outra coisa, mas contive-me). Uma grande catástrofe. Uma catástrofe mesmo grande. Para muita gente, ele incluído.
Se calhar o imbecil fui eu e muitos Sportinguistas, quando, fechando os olhos a muita coisa, ajudámos a reeleger com 90% dos votos esta personagem para receber em troca uma guerra civil no clube que culminou no assalto a Alcochete. Mas não o vou ser no próximo dia 26 quando depositar os meus votos para aprovar Contas e Orçamento do Sporting Clube de Portugal.
Porque não se trata dum voto de louvor a Frederico Varandas e à sua gestão do futebol e da SAD. Ele será devidamente avaliado de acordo com os resultados obtidos em campo, mas trata-se das C&O do Sporting Clube de Portugal, da sustentação do ecletismo e das modalidades de pavilhão, exactamente aquela área onde Miguel Afonso, Miguel Albuquerque, diferentes seccionistas, treinadores, capitães e atletas têm feito um grande trabalho numa conjuntura de pandemia extraordinariamente complicada, trabalho esse traduzido em títulos internacionais e lugares cimeiros nos diferentes campeonatos.