Eu cá por mim aproveitava as faixas, sempre se poupa algum...
Não sei se os mesmos se prontificarão para a tarefa (legítima na altura como o será agora), mas se não, deixem lá o material que alguém rapidamente lhe pegará.
Nota: Foto retirada do Expresso, publicada no dia 04.06.2018 às 23.09 horas, pública portanto.
Todo este processo que nos conduziu até à assembleia-geral de hoje teria sido evitável se o (ainda) presidente tivesse alguma humildade e cultura democrática. A verdade é que procurou por todos os meios obstruir a que fosse dada a palavra aos sócios, chegando a garantir que não haveria votação alguma hoje. A verdade é que foi colecionando derrotas, primeiro os Tribunais consideraram legítima a marcação da Assembleia e ilegal a aberrante e não prevista comissão transitória da mag.
Ontem mais duas derrotas para o menino birrento, com o Tribunal a considerar legítima a nomeação da comissão de gestão, liderada por Artur Torres Pereira. À última hora ainda procurou questões processuais para obstaculizar à votação.
Não sei em que sentido irão os sócios deliberar hoje, espero que no final prevaleça o bom senso, o respeito pelos estatutos, pela democracia. O que de todo não está garantido, duvido que na hipótese de derrota Bruno de Carvalho não arranje mais subterfúgios para não reconhecer o resultado e procurar permanecer no lugar até quando lhe for possível. O que tenho absoluta certeza é que na hipótese dos sócios cometerem harakiri e votarem pela permanência do déspota, de hoje em diante não mais cessará a prepotência, o autoritarismo no nosso clube. Mas se o fizerem, também estarão a hipotecar qualquer possibilidade do clube ainda negociar com os jogadores que apresentaram rescisão, curiosamente ou talvez não, dos 9 apenas 1 já assinou por outro clube, o que não deixa de ser sintomático.
Mas a decisão do futuro do Sporting Clube de Portugal pertence única e exclusivamente aos associados, hoje temos a possibilidade de parar com esta deriva populista e vexatória a que o clube tem sido sujeito. A alternativa será um clube financeiramente asfixiado e sem futuro, porque não mais teremos credibilidade. Viva o Sporting!!!
Será coincidência que das 9 rescisões apresentadas por jogadores do nosso plantel, 8 ainda não tenham assinado por qualquer clube? O (ainda) presidente afirma que está em causa manter o controlo acionista da SAD. Com ele são garantidos 90% do capital na posse do clube. Se nem um empréstimo obrigacionista consegue, com as acções em limites mínimos e perante uma enorme desvalorização de activos, é caso para perguntar, quanto vale 90% de praticamente nada?
É fundamental parar amanhã com a demagogia, mentira, manipulação e ocultação da verdade, que têm sido uma prática lamentável, mas constante do actual Conselho Directivo, ou melhor, do seu presidente, porque na verdade tem sido sempre o birrento mimado o triste protagonista dos infelizes tempos que vivemos. Insultos a quem ousa pensar de forma diferente, tomadas de posição autoritárias, utilização de meios do clube para promoção pessoal, são atitudes próprias de déspotas.
É tudo isto que os sportinguistas têm que decidir amanhã, o país já não suporta este figurão, o Sporting não sobreviveria por muito mais tempo nesta deriva lunática que nos está a levar para o abismo. Sim à revogação do mandato do actual Conselho Directivo. Viva o Sporting!!!
O problema que o nosso clube atravessa tem duas dimensões diferentes: uma ética (com toda a amplitude que o conceito admite); e outra jurídica. Infelizmente, ambos os planos dão origem a análises das quais resultam interpretações e conclusões diferentes, mormente a jurídica.
As últimas semanas foram pródigas em debates de cariz jurídico. Conselho Directivo e Mesa da Assembleia Geral têm-se digladiado publicamente e, neste momento, vive-se um impasse que a generalidade dos sócios tem dificuldade em compreender face à complexidade jurídica da discussão.
Não pretendo aqui (talvez mais tarde dedique um texto exclusivamente a debater o problema jurídico) discutir as minudências técnicas deste processo, mas uma coisa posso dizer de forma cabal: o cerne desta questão só pode ser resolvido pelos tribunais.
A Comissão de Fiscalização designada pelo Presidente da Assembleia Geral (artigo 41.º, n.º 1 dos ESCP), no exercício das suas funções (Artigo 59.º, n.º 1, alínea h), deliberou no sentido de instaurar um procedimento disciplinar ao Conselho Directivo e seu Presidente e de os suspender de funções. Estou em crer que o Conselho Directivo não respeitará essa decisão, pelo que apenas através da sindicância de um Tribunal a questão se pode resolver. Aliás, estou em crer que o mesmo raciocínio se aplica às diferentes Assembleias Gerais convocadas. Para que tudo isto se resolva em tempo útil, convinha ter decisões dos tribunais até sexta-feira.
O maior problema de todos os que existem é que os Tribunais podem não decidir em tempo útil e a cada dia que passa a situação agudiza-se. Não sei se o Sporting tem tempo para isto tudo.
A esta hora as instalações do clube, futuras trincheiras, já devem estar provisionadas sete camas, uma despensa repleta de enlatados, uma arca com carne e peixe em salga, garrafões de água e outros bens essenciais para que os assaltantes barricados se mantenham vivos durante as negociações entre os sequestradores do Conselho Directivo e os verdadeiros donos do clube.
Mas as negociaões vão ser longas porque isto de tentar explicar a realidade a sere animais irracionais (já não há outro nome, desculpem) vai ser difícil!
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