Este blogue, como se comprova pelos números publicados aqui mensalmente pelo mister Pedro Correia, é dos mais visitados e comentados desta plataforma e por conseguinte da blogosfera do ludopédio deste cantinho.
Assim, independentemente de quem seja o autor dos posts (o totalista é, mais uma vez, o mister), é facto que é também lido e consultado por quem no Sporting (e nos rivais, veja-se o picar de ponto do Xico Marques diariamente) tem a missão de apalpar o pulso à nação sportinguista e que depois os recados que aqui vão sendo dados, sejam recebidos e analisados por quem o deve fazer.
O post é meu, mas poderia ser de outro autor, no entanto desculpem a imodéstia (colectiva), depois de neste blogue se ter "exigido" uma posição do Sporting sobre o caso E-toupeira e sucedânios (as várias ramificações), o clube reagiu em comunicado. Vale sempre a pena...
Em face das notícias vindas a público ontem e hoje, a Sporting SAD informa o seguinte:
Em 2016, aquando da transferência do jogador João Mário do Sporting CP para o FC Internazionale Milano, o clube italiano e o Jogador João Mário comprometeram-se, entre outras coisas, a efectuar um pagamento adicional de 30.000.000€ se e quando o jogador viesse a ser inscrito a favor de Clubes portugueses, entre os quais o SLB;
Como é público e notório, o FC Internazionale Milano e o Jogador João Mário acordaram, ontem, na cessação, por acordo, do contrato de trabalho que os unia, para que o jogador, acto contínuo, se vinculasse mediante contrato de trabalho com o SLB; isto depois de o FC Internazionale Milano ter recusado uma proposta da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD pelo jogador em causa;
É convicção do Conselho de Administração da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD que foi usado um expediente para que o Inter e o jogador João Mário se procurassem eximir ao que contrataram com a Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD em 2016;
E que esse expediente só ilustra que todas as partes sabiam as obrigações que assumiram em 2016 e a que, volvidos 5 anos, pretendem furtar-se;
A Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD não alimentará publicamente este folhetim, que visa desviar as atenções incómodas sobre outros assuntos da actualidade;
Mas não deixará de defender os interesses do Sporting Clube de Portugal e da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD em sede própria, responsabilizando os intervenientes pelos danos causados e pelo incumprimento das obrigações assumidas.
Os meus caros não têm noção do enorme orgulho que tenho em ser tomarense, terra da filial número um do Sporting, o Sporting Clube de Tomar. É um orgulho acumulado, digamos.
O mesmo sentirão os farenses sportinguistas, um imenso orgulho da filial número dois do Sporting.
Será?
Desde há muitos anos, antes desta última travessia no deserto, depois de António Boronha, que o Sporting Clube Farense se portava mais como Futebol Clube Farense, vá-se lá saber porquê.
E depois dessa travessia no deserto, os farenses e principalmente os sportinguistas de Faro, tiveram a felicidade de rever o seu SCFarense na Primeira Divisão, depois de em 2005 ter desistido das competições oficiais.
As coisas não lhes estão a correr muito bem, tal como aos seus vizinhos de Portimão (mais um Futebol Clube no Algarve), apesar de até praticarem um futebol agradável, pelo que tenho visto. E até tenho visto que nalguns jogos tem sido prejudicado pelas arbitragens. Assim de repente lembro-me de um jogo em Braga onde lhes surripiaram um golo limpinho (limpinho).
Quem não se sente não é filho de boa gente, diz-se, e os algarvios são boa gente, os meus familiares, por exemplo, que são os que conheço mais de perto.
E então, de tanto serem prejudicados pelas arbitragens, que melhor ocasião encontrar para emitir um comunicado, na conta de facebook, que a seguir a um jogo em que trouxeram duas traineiras e um batelão até Alvalade, que atracaram em frente à sua baliza e que perderam em consequência de uma jogada em que em vez de um, há dois penaltis? Alguém leu algum comunicado do Futebol Clube Farense a seguir ao jogo em que foi descaradamente gamado em Braga? Eu não li, admito que a indignação tivesse sido imensa, mas não vi, pronto...
Que raio de indignação é esta, que num jogo em que o apitador de serviço mostrou criteriosamente os amarelos aos jogadores do Sporting a quem "tinha" que mostrar, que teve uma dualidade de critérios gritante e que assinalou uma grande penalidade que até o Duarte Gomes, o Duarte Gomes senhores, sancionou, vem o Futebol Clube Farense no livro das caras, fazer cara de patinho feio e verter lágrimas por um leite que eles próprios derramaram. Como podem constatar acima, na mesma jogada há dois lances que são penalti claro. Que querem os de Faro? Que raio, porque não falaram antes, quando tinham razão mais que justa para o fazerem? Eu digo: Porque é fácil bater no Sporting Clube de Portugal.
E só vejo uma solução para isto: Em Faro já existe um Núcleo Sportinguista, não precisamos de duas representações, ainda mais quando uma apenas carrega e parece-me que o verbo será bem aplicado, o nome do Sporting. Ao cuidado do presidente Frederico Varandas...
Não sei quem escreve agora os comunicados em nome do Sporting Clube de Portugal: aquilo já mudou tantas vezes que desisti de perceber.
Sei, isso sim, que a escrita desses documentos que vinculam o nobre símbolo do Leão é cada vez mais frouxa. O que considero inaceitável num clube como o nosso. Que tem uma história centenária, uma inigualável galeria de troféus e uma massa adepta de milhões, espalhada pelo mundo. E é, não esqueçamos, instituição de utilidade pública.
Nunca deve, portanto, usar palavas meigas nem expressões ambíguas quando reivindica direitos inalienáveis, que não são privilégio do clube mas uma exigência da cidadania. Desde logo o mais importante de todos: o direito à vida e à integridade física.
Foi, pois, com profundo desagrado que li um dos mais recentes comunicados, datado de 26 de Maio, a propósito da cobarde agressão de que foi vítima um jovem sportinguista, acossado, espancado e esfaqueado por uma turba cobarde e selvagem que o deixou gravemente ferido na via pública.
Mas o verbo central não podia ser este, como se estivéssemos a falar de chapéu na mão para os responsáveis da segurança pública - começando pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Administração Interna.
Não "solicitamos" nada: exigimos o fim destes actos bárbaros cometidos cada vez com mais frequência por energúmenos ligados a uma claque benfiquista que já devia ter sido desmantelada e levada a juízo criminal.
Exigimos que a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto dê enfim prova de vida, interditando estes assassinos em potência de frequentar recintos desportivos por manifesto e reiterado delito de ódio desportivo. Que deve ser equiparado a ódio racial, religioso ou político. Com especificação clara na letra da lei.
Exigimos enfim - nós também, sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal - posições de inequívoca firmeza por parte dos dirigentes leoninos.
Esta firmeza começa desde logo pela linguagem escolhida nos comunicados oficiais. Convictos da razão que nos assiste, fiéis aos princípios que defendemos, inabaláveis na condenação da violência. Não é com falinhas mansas que vamos lá.
Várias vezes tenho criticado aqui o presidente do Sporting. E várias vezes continuarei a criticá-lo. Mas neste caso merece um elogio. Porque o Sporting foi a primeira instituição a pronunciar-se, quase em cima do acontecimento, sobre a inaceitável manifestação de hostilidade racista que visou Marega.
Nem o facto de este avançado pertencer aos quadros de um dos nossos principais adversários impediu o Sporting de o defender publicamente, com toda a força simbólica que isso implica, numa questão em que a razão estava do lado do atleta.
Em consciência, não poderia silenciar isto. Nem - até para registo futuro - deixar de subscrever aqui os quatro sucintos parágrafos daquele feliz comunicado, que ficam aqui transcritos, com o meu aplauso.
«O Sporting Clube de Portugal vem por este meio manifestar a sua solidariedade para com o jogador Marega do FC Porto e repudiar qualquer acto de racismo e preconceito social.
Os valores que o Sporting Clube de Portugal defende não se revêem neste tipo de comportamento e consideramos, mais uma vez, que as autoridades devem agir em nome de todos aqueles que pretendem elevar o desporto e a sociedade portuguesa.
Os acontecimentos desta tarde em Guimarães merecem toda a nossa atenção e preocupação e apenas em conjunto conseguiremos erradicar estas atitudes dos estádios em Portugal.
O Sporting CP exige que Liga de Futebol avalie a legalidade da certificação da Associação de Treinadores
A propósito da contratação da nova equipa técnica do Futebol Profissional do nosso Clube, o presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol proferiu declarações ridículas e inaceitáveis que suscitam a seguinte tomada de posição institucional do Sporting Clube de Portugal.
À margem da Constituição da República e das Leis, existe no futebol português o entendimento de que os clubes apenas podem inscrever treinadores na Liga Portuguesa de Futebol Profissional depois de ter sido emitido um certificado de habilitação pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol.
Ora, esta associação de tipo sindical não é uma Ordem Profissional pelo que o Estado não lhe atribuiu essa competência especial de regular as normas técnicas e os princípios e regras deontológicas dos respectivos profissionais.
O próprio presidente dessa associação, ao justificar as suas declarações dando como exemplo a actividade médica e procurando assim equiparar as competências da mera associação de treinadores à Ordem dos Médicos, está assim a demonstrar o estado de confusão em que ele próprio vive.
Diz a Constituição que “todos têm o direito de escolher livremente a profissão ou o género de trabalho” e só a Lei pode restringir o direito de escolha da profissão.
Por isso, é ilegal e inconstitucional o princípio em que assentam as declarações do presidente da Associação de Treinadores segundo o qual tem de haver um registo prévio de cariz associativo e uma certificação técnica. Este tipo de certificação, sublinha-se, apenas está conferido pela Lei portuguesa a instituições como as Ordens Profissionais o que Associação Nacional de Treinadores não é.
Acresce que a Constituição estabelece ainda o princípio da Liberdade Sindical, nas suas vertentes positiva e negativa, pelo que está interdito às associações sindicais e equiparadas os poderes exclusivos de acesso a uma determinada profissão.
O Sporting Clube de Portugal orgulha-se de manter uma postura positiva e de equilíbrio relativamente às partes interessadas do nosso sistema do Futebol Profissional, apesar dos sinais de enviesamento clubístico que muitas das vezes algumas dessas entidades vêm tomando.
Desta feita, face ao comportamento absolutamente descabido e de anti-sportinguismo primário relevados pelo presidente da Associação de Treinadores de Futebol, o nosso Clube anuncia que vai encetar diligências para que sejam restringidas as atribuições daquela associação, começando por exigir à Liga Portuguesa de Futebol Profissional que avalie se é Legal o princípio da certificação dos treinadores.
O Futebol Português não pode ser uma terra sem Lei, como não pode continuar a ser uma excepção ao Estado de Direito nem terreno fértil para o exibicionismo vaidoso de oportunistas sem princípios.
Estou na bancada, não sei o que se passa portas adentro. E ainda bem que assim é, cabe-me aplaudir ou patear os espectáculos que me são servidos - pelos quais pago uma pipa de massa, mais do que uma assinatura em S. Carlos - e para nada me interessam os estados de alma dos protagonistas, geralmente evocados como desculpa pelas bodegas que se têm visto.
Esta minha posição obriga-me assim a não me deixar levar por inclinações, preconceitos, fezadas e conjecturas, ou seja "opiniões" (a palavra mais parva e mais em voga do dicionário) sobre factos acerca dos quais careço da boa informação necessária a um juízo racional e ponderado.
Isto impede-me de "achar" quem tem razão nesta infame troca de acusações entre Bas Dost e a direcção do Sporting. Mas é precisamente esta atitude por que tento pautar (nem sempre com sucesso, bem sei...) as minhas apreciações que me permite afirmar que quem está a conduzir pelo lado do Sporting este processo de Bas Dost deve responder aos sócios por manifesto dolo.
Jamais as coisas poderiam ter resvalado para esta nojenta zaragata em praça pública, altamente tóxica para o Sporting (nenhuma saída boa desta trapalhada se perspectiva) além de indignas do bom nome do Sporting e, já agora, de Bast Dost.
Nada adiantará evocar que o agente do jogador é (eventualmente) um trampolineiro, oportunista e ganancioso, porque isso todos nós já sabemos que eles são, num negócio como este do futebol com mais sombras e baixezas do que salubridade. Quem sabe que se vai sentar à mesa das negociações com esta gente tem que saber lidar com esta gente, sendo assim responsável pela condução do processo.
Julgava que os sportinguistas se tinham visto livres destas vergonhas. Aparentemente ao desvairo do Calígula que nos ia desgraçando sucederam (e desde já declaro que votei neles) uns inaptos, desorganizados e atarantados, que não se vão mostrando capazes de levar o Sporting a bom porto.
Pelo menos é isto que vejo daqui, mas pode ser que esteja a opinar. Contudo esta não perdoo e exijo responsabilidades.
Ainda não decorreram 12 meses desde a eleição de Frederico Varandas nas eleições mais concorridas de sempre, ainda não decorreram três meses desde a jornada gloriosa do Jamor, e parece que o circo voltou de novo a Alvalade.
Esta guerra de comunicados, despoletada estupidamente pelo clube, é completamente arrasadora para todos, a começar pelos sócios. Desculpem lá, mas foi aquele jogador que queria sair e que o clube queria despachar, que entrou no Jamor com todas as ganas e pôs a equipa a vencer? Que sempre acarinhou e puxou pelo LP9 quando estava no banco?
O problema de Bas Dost no Sporting não é nenhum dos seguintes: o seu valor, o seu empenho, a média elevada de golos por jogo que regista, a tranquilidade da família, a boa comida, o bom tempo, a relação com os adeptos. O problema de Bas Dost no Sporting tem o nome de Marcel Keizer e o seu modelo de jogo. E Marcel Keizer foi escolhido por Frederico Varandas. Sendo assim, Frederico Varandas é, mesmo que não queira, o primeiro responsável pela desvalorização desportiva e financeira do activo mais caro da SAD. Até por isso, e não falando no que aconteceu em Alcochete e na grande alegria para os sócios que foi o seu regresso, uma eventual saída de Bas Dost motivada pela conjunção da questão financeira com a falta de aposta do actual treinador teria de ser tratada com pinças, no maior recato e anunciada como uma coisa natural e boa para todos. E Bas Dost sair pela porta grande. Com uma medalha de bons serviços se possível.
Porque atrás de Bas Dost está Bruno Fernandes, depois Acuña, depois Raphinha, depois este e aquele... ou seja, a cabeça de jogadores e empresários começa a fazer contas de sumir... e os objectivos desportivos deles no clube para esta época ficam para segundo plano. Neste momento, quer Bas Dost fique, quer Bas Dost saia, quem fica a perder é o Sporting. Bruno Fernandes já tinha colocado o dedo na ferida depois da derrota vergonhosa de Faro: "É o momento de pensar o que fez com que ganhássemos as taças que ganhámos o ano passado e que a união e o companheirismo que tivemos nos levou a essas conquistas!"
Como é possível que Frederico Varandas esteja a repetir a estupidez de Bruno de Carvalho no confronto directo com os jogadores, e que lhe custou a presidência, a expulsão de sócio e a presença no banco dos réus? Vamos ouvi-lo também dizer que "estou no Sporting para defender o interesse do clube e não dos jogadores"?
Daqui deixo um apelo a Frederico Varandas que reflicta no que está a acontecer, corra com quem tiver que correr na comunicação do clube, mas acabe com a promiscuidade com a comunicação social, blinde a SAD e o balneário, estimule a tal união e companheirismo do plantel, resolva as questões no segredo dos gabinetes, porque foi para isso que o elegemos, e informe assertiva e oportunamente os sócios sobre as questões relevantes.
Enquanto os outros clubes preparam os embates com as equipas adversárias, neste início de uma temporada que se prevê muito desgastante e competitiva, o Sporting dedica-se ao passatempo favorito: disparar para dentro. Desta vez contra o seu terceiro maior activo desportivo, que se vai desvalorizando de comunicado em comunicado com a chancela oficial da SAD leonina.
Bas Dost - que chegou a ser, ao serviço do Sporting, o segundo maior artilheiro do futebol europeu, apenas suplantado por Messi - valeu-nos uma das melhores médias de golos da nossa história: 31 por temporada.
Acontece que os vertiginosos comunicados emitidos desde sábado em Alvalade omitem a faceta goleadora de um profissional que poderia constituir um bom encaixe financeiro para o Sporting e as fontes oficiosas do Edificío Visconde de Alvalade apontam-no em simultâneo como uma inaceitável fonte de despesas. Tudo isto, assim conjugado, enfraquece a posição negocial da SAD enquanto entidade vendedora dos seus direitos desportivos. Com inevitáveis danos financeiros, desportivos e reputacionais para o nosso emblema.
Teme-se o pior: daqui a dois ou três comunicados, valerá certamente ainda menos.
O Sporting acaba entretanto de enriquecer o léxico desportivo popularizando nas notícias que vai difundindo nos órgãos de informação e junto dos papagaios de turno a expressão «alívio salarial». Será inovadora, mas denota algum mau gosto, até pelas conotações depreciativas do termo enquanto verbo pronominal.
Nenhum profissional que envergue a camisola verde e branca merece ser brindado com semelhante vocabulário.
Traduzido em português, e para quem não sabe, quer dizer "Mas que merda é esta ???"
Já tínhamos registado que a comunicação era o "calcanhar de Aquiles" da presidência de Varandas. Os tiros nos pés sucederam-se a um ritmo que muito incomodou quem pensava que tinha eleito alguém que nos faria esquecer da estupidez a todos os níveis que foi o fim da presidência anterior.
Não sei quem manda na comunicação do Sporting, se é o Presidente, se é a LPM, se é a Cláudia, se é seja quem for, se cada um espalha o que quer, onde quer e como lhe apetece, através de jornalistas amigos ou conhecidos, dos Pedros Brazes desta vida, mas quando a comunicação embarca nos piores vícios do antigo Presidente, alguma coisa vai muito mal. Bruno de Carvalho foi corrido ao pontapé e confessa-se agora um desgraçado porquê? Porque resolveu enfrentar o balneário do futebol. Doutra forma, e por muita parvoíce que estivesse a fazer, ainda agora lá estava. O Mustafá está na prisão porquê? Porque embarcou no assalto ao balneário. Doutra forma ainda lá estava a traficar isto e aquilo.
Então como é possível que uma das principais referências do balneário, Bas Dost, e memória viva do que foi o assalto a Alcochete e a jornada negra que se seguiu no Jamor, seja tratada desta forma, primeiro com um comunicado estranho e inoportuno a dizer que havia negociações e agora que as negociações tinham abortado por culpa dele? Estes processos não têm forçosamente que ser tratados no maior secretismo e vir cá para fora apenas com fumo branco a todos os níveis? Já se esqueceram de como Adrien saiu e como isso pesou no balneário?
Recordamo-nos também das questões Nani e Montero, da novela Bruno Fernandes, da questão Matheus Pereira e outros dispensados de idade semelhante, dos que ainda agora se treinam à parte, dos que eram para ser dispensados e não foram mas se calhar ainda vão ser (Gelson Dala) e de que como não existe uma comunicação concisa, assertiva e sempre a valorizar o lema do Sporting, sobre todos estes casos que pesam no balneário e no seu relacionamento com treinador e estrutura. Keizer já se veio demarcar da estrutura e colocar-se do lado do balneário, dizendo que precisa de todos e não entende porque um ou outro têm de sair.
Uma coisa é a defesa dos interesses do Sporting e até posso admitir que a dispensa deste ou daquele, e que a venda do jogador mais caro do plantel seja mesmo necessária, que o orçamento tem mesmo de encolher, que jogadores mais velhos e mais caros têm de dar lugar a jogadores mais novos e mais baratos e que podem vir a render tanto ou mais.
Mas assim, NÃO !!!
E fico-me por aqui...
PS: Lampiões e ressabiados não vale a pena darem-se ao trabalho, os comentários seguem directamente para o lixo.
Já que o outro anda a pecar por ausência e que quem devia defender os interesses do clube e da SAD (que serão os mesmos), anda a desbaratar património.
A Direcção da SAD leonina anunciou aos sócios e adeptos, em sucintos comunicados, a desvinculação de Nani e de Castaignos.
Ambos em formato "chapa cinco": só muda o nome.
Acho inconcebível que dois jogadores tão diferentes recebam, na hora da partida, exactamente o mesmo tratamento impessoal e mecânico. Como se os comunicados tivessem sido escritos por um robô.
Nani - formado em Alcochete, capitão da equipa e campeão europeu em título - leva o mesmo tratamento de um diletante holandês que esteve a gozar férias principescas em Lisboa, durante dois anos e meio, à custa do Sporting.
E nem sequer tem direito a ver impresso, neste comunicado oficial da SAD, o seu nome completo. Que é, não esqueçamos, Luís Carlos Almeida da Cunha. Não faz qualquer sentido chamar-lhe "Luís Nani", como se Nani fosse o seu apelido.
Isto não é forma de tratar os nossos. Refiro-me aos que são verdadeiramente nossos, não aos que só passam por cá para fazer turismo.
Leio, interessado, o comunicado sobre as listas que foram apresentadas às próximas eleições. Noto, surpreendido e logo risonho, que o gajo assina "O Comendador". Isto não é surreal (antes fosse), é mesmo sub-real. A ver se se escolhe melhor para o futuro. No clube, e fora dele.
Como vêm a este espaço muitos sportinguistas, uns sócios e outros que o não são, permito-me divulgar o e-mail enviado a todos os associados, hoje, pelo CD:
Por mim, estou a meio do flick-flack. Quer isto dizer que aquilo que já aqui escrevi, defendo cada vez com mais convicção: Deixemos tratar de todos os assuntos que têm que ser tratados, a reestruturação financeira, o empréstimo obrigacionista e a preparação da próxima época, e depois, lá para final de Setembro, início de Outubro, vamos lá a eleições. Parece-me a forma mais séria de defender os interesses do clube.
E já agora, que se cumpram os Estatutos, ou fazemos tábua rasa da Lei que rege o clube?
Nota: os sub-títulos são da responsabilidade do CD.
Comunicação do presidente do Sporting Clube de Portugal, no facebook:
"Neste momento, sinto a obrigação de me dirigir a toda a Nação Sportinguista pois, ao contrário do que foi pedido, estamos num período em que têm surgido ataques internos inadmissíveis num Clube da nossa dimensão.
Vivemos um período delicado em que o trabalho deve prevalecer sobre os interesses pessoais de cada um. Ainda não existe qualquer candidato formal à Presidência do Sporting CP, tão só e apenas protocandidatos, uma vez que ainda não houve a entrega de qualquer lista a ser sufragada. Mas tem havido ruido, muito ruido, e afirmações muito graves.
Existe um sócio do Clube que, tendo apelado a que este fosse um período de elevação, tem demonstrado fazer exactamente o contrário:
1. Acusa pessoas de estarem a ser pressionadas a fazer o que não querem e, confrontado, não concretiza;
2. Acusa o Clube de estar com problemas na formação do futebol, quando todos os escalões estão em 1º lugar ou a lutar pela liderança, ignorando inclusive que na última convocatória das selecções nacionais jovens fomos o Clube mais representado;
3. À porta de jogos fundamentais, para ainda podermos lutar por objectivos importantes, desestabiliza totalmente o balneário contabilizando de forma deprimente quantos jogos o actual treinador supostamente ainda irá dirigir. Para quem jogou à bola, a aprendizagem foi pouca e o respeito pelo Clube é nulo;
4. Acusa o Clube de estar a mentir nas assistências, prejudicando a reputação do mesmo junto dos actuais patrocinadores e parceiros e dos que estamos a negociar. Mentiras gratuitas que em nada contribuem para as eleições mas que mancham o Clube e a SAD com prejuízos que ainda terão que ser apurados;
5. Diz que tem investidores para comprar a Academia e jogadores (aumentando o passivo e revelando total desconhecimento da reestruturação que foi feita e das suas obrigações), mas diz que pagará como se de irmãos se tratassem. Sendo a Sporting SAD uma empresa cotada, afirmações destas levantam suspeição sobre a origem dos dinheiros e o interesse de investir “como irmãos”, colocando-nos sob um radar de suspeita de que não necessitamos e, muito menos, aceitamos. O Sporting CP não precisa de recorrer a este tipo de soluções para resolver o que já está resolvido: a Academia ou a aquisição de jogadores. Isso foi há 4 anos, e este tipo de afirmações só nos denigrem perante os rivais e o mercado;
6. Diz que os sportinguistas ladram, o que é ofender e humilhar toda a Nação Sportinguista que passou a ser alvo de chacota depois dessa afirmação;
7. Diz que o Sporting CP nunca investiu tanto nas modalidades e isso preocupa-o pois é voltar ao despesismo. Falta dizer que, ao mesmo tempo, foi sempre apresentado lucro, coisa que não acontecia há muitos anos;
8. Falam de prémios atribuídos ao Presidente, que em nada correspondem à verdade, lançando dúvidas e lama sobre o líder do Clube que querem servir e que, em momento algum, pode viver sem liderança, ou com esta a ser maldosa e caluniosamente fragilizada e minada.
Na vida não vale tudo e, por enquanto, não existem candidatos, apenas o Presidente. E, porque coloco o Clube acima de qualquer outra agenda, não abdico do meu mandato em toda a sua plenitude até ao dia que, por vontade dos Sócios, deixe de o ser. Sendo assim, e tendo esperado muito tempo para ver se estas intervenções caluniosas e prejudiciais paravam ou, no mínimo, diminuíam, fui estando calado.
Agora, não posso mais. O Sporting CP não pode ser prejudicado por este tipo de intervenções absurdas e sem respeito institucional, reveladoras de total falta de noção da realidade e que apenas têm servido para prejudicar, de forma factual, o Clube. E diminui-lo perante os nossos rivais e parceiros. Ser candidato deve significar um debate sério e elevado de ideias e projectos e não um ataque, vil e calunioso, que prejudica exclusivamente o Clube mostrando a falta de apego ao Sporting CP de quem o desfere, revelando apenas a sede do poder pelo poder.
Seja quem for que entregue as listas até ao dia 2 de Fevereiro, que saiba estar à altura desta enorme Instituição que merece o melhor de quem a serve ou de quem a quer servir.
Vamos todos focar-nos no que realmente interessa: todos ao Dragão a apoiar o nosso Clube, o Sporting Clube de Portugal! E também todos a apoiar nos pavilhões, recintos, ringues, pistas e piscinas em que estivermos a competir! Viva o Sporting Clube de Portugal!"
Numa tomada de posição quase inédita, o presidente veio assumir a sua responsabilidade pela época desastrosa (o adjectivo é meu), ao mesmo tempo que pede apoio para o que ainda resta jogar, não perdendo de vista o título. Uma possível contradição, uma vez que afirma também que se iniciará já a preparação da próxima época. A nota mais importante desta comunicação é o facto de não se colocar em causa Jorge Jesus e o reconhecimento do falhanço de algumas contratações. Ainda a nota de que o plantel irá emagrecer, coisa esperada dada a ausência de objectivos.
Importante também o reconhecimento implícito da falta de alguém que trabalhe a nível psicológico, o plantel.
Por uma vez, a culpa não morreu solteira. É um enorme avanço.
Eu assumo sempre o que escrevo e defendi aqui no início da época (no início de Setembro, para ser mais correcto) que estava entusiamado com os nomes que tinham chegado ao Sporting. À partida eram opções experientes, com condições de nos darem garantias de alternativa a quem já estava e que construiriam um bom plantel. Recordo-me de ter feito uma ressalva a Markovic e de que precisávamos de um lateral esquerdo; Confesso que o primeiro, mais porque entendi que a sua contratação era uma resposta ao "affair" Carrillo e não tanto pela sua suposta qualidade. Veio-se a verificar que os péssimos desempenhos em Inglaterra e na Turquia não foram episódicos, infelizmente.
Retomando. Eu e muitos sportinguistas ficámos entusiasmados com um plantel que no papel tinha todas as condições para lutar pelo título, principalmente depois de uma pré-época fraquinha, para ser simpático, com alguns dos jogadores que agora todos queremos que regressem (eu incluído!), convém não esquecer.
Isto como os jogadores são como os melões, infelizmente só deu certo com Bas Dost.
A juntar ao pesadelo, os motores da equipa teimam em não carburar, Adrien a espaços e William quase sempre, são uma sombra dos jogadores da época passada. Reflexos do Euro, ou de uma gorada saída, é isso que eu gostaria de entender. Falta de força, ou falta de vontade/empenho?
A defesa, que tão bom desempenho teve o ano passado, é hoje um passador e muito por culpa da falta de um defesa esquerdo de qualidade e nalguns jogos da falta, mesmo, de um defesa esquerdo. Elogiei aqui a astúcia de Jesus na primeira vez que utilizou Bruno César a DE e penso que muito bem, mas as surpresas são isso mesmo, surpresas e só o são por uma vez; A partir daí todo o treinador que nos defronta sabe que é por ali que deve ir. E aqui está a explicação não só para o buraco da defesa, mas para os cartões de Rúben Semedo, Coates e Paulo Oliveira: O que por acidente esteja do lado esquerdo, tem que fazer inúmeras vezes de pronto-socorro e a fava calha quase sempre a Semedo, daí as entradas à queima e os cartões.
Eu entendo a simpatia para com João Pereira, mas terá sido avisado deixá-lo sair sem qualquer alternativa, com Schelotto lesionado numa fase crucial da época?
Num grupo de alta competição, diariamente escrutinado, sujeito a enorme pressão, é imprescindível apoio na área da "cabecinha". O Sporting contratou um profissional para o efeito e a ver pelos resultados do ano passado, terá cumprido bem a sua função. Saiu e não se sabe bem porquê, ainda que isso seja irrelevante para o caso, o que teria sido avisado era a contratação, de imediato, de alguém que continuasse o seu trabalho. Não, deixou-se essa tarefa a Jesus, que sabe tão bem motivar um grupo, como eu sei enfrentar uma manada de búfalos e o resultado está à vista.
Parece-me que o que há que recuperar é a confiança dos jogadores no treinador, que andará pelas ruas da amargura e aqui o papel principal cabe ao presidente. Jesus, que é um bom treinador, talvez o único neste momento capaz de tirar a equipa do atoleiro onde se encontra, deve ser resumido à sua profissão.
Espero que o comunicado do presidente, ao assumir responsabilidades, aponte para uma mudança radical nos comandos do futebol.
É que há coisas para as quais Jesus não foi talhado e o presidente não percebeu. Ou foi condicionado, o que é ainda mais grave.
Estiveram os corpos dirigentes reunidos ontem todo o santo dia.
Admito que a discussão tenha sido séria, não a vejo de outra forma, e demorada, porque complexos seriam os assuntos tratados.
Sei que o assunto arbitragens, bem como todos os outros, tem que ser tratado com pinças, que isto de querer mandar uns sopapos a um árbitro é conversa para nós, que não temos responsabilidade de gerir e velar pelos interesses do Clube.
São onze horas e trinta minutos de sexta-feira, dia de reis do ano da graça de dois mil e dezassete, um dia e meio depois dos acontecimentos, graves, de Setúbal e notícias sobre as conclusões dessa reunião, ainda não foram divulgadas. Não que isso me cause grandes comichões, mas o assunto é tão grave e de importância vital para o futuro do futebol em Portugal, que me parece que as novas não se deveriam resumir ao resgate de Gauld e Geraldes.
O fascínio adolescente pelas redes sociais tem levado o Sporting na era de Bruno de Carvalho a multiplicar-se em copiosos textos no facebook que nunca deviam ter sido escritos. Desde a lamentável vergastada desferida publicamente contra jogadores e equipa técnica há dois anos, quando fomos perder 0-3 a Guimarães, à recente apologia das vitórias morais que se seguiu à nossa derrota tangencial no estádio Santiago Bernabéu.
Do oito para o oitenta. Mal, nos dois casos.
No último mês, têm-se sucedido os comunicados com a chancela leonina - num verdadeiro desperdício de energia anímica, como se a gritaria mediática forjasse equipas campeãs. A verdade é que, por coincidência ou talvez não, desde aquela mensagem presidencial a enaltecer a derrota alcançada em Madrid nunca mais a nossa equipa jogou nada de jeito.
"Neste momento o Sporting Clube de Portugal é um “corpo” coeso, único, sólido, que caminha num só sentido, que luta pelos mesmos ideais e que tem um só projecto: ser sempre o Grande Sporting Clube de Portugal! Sabemos honrar o nosso passado, construir o presente e juntos iremos conquistar o futuro. Nós, os mais de 3,5 milhões de sportinguistas que, mesmo por vezes feridos, nunca deixaremos de ser o Rei da selva. E que selva ainda é o desporto português."
"Depois de fazer tremer o Santiago Bernabéu, um jogo menos conseguido onde uma primeira parte com 15 minutos de desconcentração colectiva ditou uma inesperada derrota. O Rio Ave, pela eficácia nesses 15 minutos, mereceu vencer. Também tenho de deixar um registo positivo para a equipa de arbitragem que fez um bom trabalho."
"Sexta-feira vamos encher Alvalade!"
"Este ano estamos na luta em todas as frentes e TU foste convocado para todas! Porque TU é que dás vida ao nosso Clube!"
Excertos da comunicação de Bruno de Carvalho no facebook, ontem, segunda-feira, 19-09-2016.
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